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Como usar a Cinemaquina? Tutorial de operação e dicas de preservação audiovisual Parceiros SUMÁRIO Introdução à preservação audiovisual p.4 Etapas básicas verificação de materiais p.8 Preenchimento das Fichas e Autorização do Uso de Obra p.15 Fluxo de trabalho digitalização p.86 Operando a Cinemaquina p.88 Referências Bibliográficas p.144 Contato, créditos e parceiros p.148 2 3 INTRODUÇÃO À PRESERVAÇÃO “Por ‘Preservação Audiovisual’ se entenderá o conjunto dos procedimentos, princípios, técnicas e práticas necessários para a manutenção da integridade do documento audiovisual e garantia permanente da possibilidade de sua experiência intelectual. “ ABPA: 2013, pg.1 4 INTRODUÇÃO À PRESERVAÇÃO “Por ‘obra ou registro audiovisual’ se entenderá o produto da fixação ou transmissão de imagens, com ou sem som, que tenha a finalidade de criar a impressão de movimento, independentemente dos processos de captação, do suporte utilizado inicial ou posteriormente para fixá-las ou transmiti-las, ou dos meios utilizados para sua veiculação, reprodução, transmissão ou difusão.” ABPA: 2013, pg.1 5 INTRODUÇÃO À PRESERVAÇÃO Preservação Constituir acervo coerência de objetivos e público Documentar catalogar e contextualizar Conservar perpetuar suportes e informações Difundir promover amplo acesso Adaptado do Material Curso de Férias- Gestão de Acervos Audiovisual Fernanda Coelho, 2020 6 7 ETAPAS BÁSICAS PARA VERIFICAÇÃO DE MATERIAIS A. Assegurar-se da limpeza no ambiente de trabalho “As partículas de poeira que pairam no ar costumam grudar na superfície do filme. Podem não ser claramente visíveis, mas qualquer reprodução transformará essa sujeirinha em um ponto fotografado, que não poderá mais ser eliminado. E esse ponto depois poderá ser ampliado muitas vezes numa tela de projeção” (CINEMATECA, p. 09, 2006) Todos os instrumentos de trabalho precisam também de limpeza constante. A mesa, a enroladeira, a coladeira, a moviola, etc. Tudo que entra em contato com o filme precisa de constante checagem. Recomendamos, como metodologia, limpar tudo antes e depois do uso dos equipamentos. 8 ETAPAS BÁSICAS PARA VERIFICAÇÃO DE MATERIAIS B. Iniciar o manuseio do filme Retirar cuidadosamente o filme do seu invólucro, utilizando as luvas anti estáticas. Segurar o filme cuidadosamente pelas bordas. Não coloque o dedo na imagem ou na pista de som, caso haja uma. Caso seja necessário trocar o invólucro do filme, anote todas as informações do primeiro invólucro e as passe para o próximo. Se possível coloque pontas de segurança no início e no final do filme. Prenda a ponta com uma fita adesiva plástica para evitar afrouxamento no filme. 9 ETAPAS BÁSICAS PARA VERIFICAÇÃO DE MATERIAIS C. Análise do estado de conservação “O filme cinematográfico é um material frágil e de difícil conservação, especialmente em ambientes úmidos e quentes, como é o nosso clima natural. Para que um acervo fílmico seja conservado por longo período é fundamental que o responsável pela conservação seja capaz de reconhecer as “formas de deterioração”, seus agentes e que providencias tomar para minimizar ou interromper a ação dos agentes de deterioração. Em boa parte dos casos, os defeitos podem ser revertidos se receberem tratamento especializado a tempo. “ CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.36. 10 11 DESCRIÇÕES GERAIS PREENCHIMENTO FICHAS DE CATALOGAÇÃO De acordo com o Manual de Catalogação da Cinemateca Brasileira: “O simples registro de informações a partir da visão de um filme não configura a catalogação. Ela pressupõe uma complexa tarefa profissional, que exige primeiro a coleta e a análise de dados a partir do próprio material examinado, de fontes escritas e mesmo orais – sendo a coleta feita a partir de uma prévia estruturação de quais dados serão armazenados. Seguese o registro dos dados de uma maneira organizada e a criação de um sistema de fichários que permita a eficiente recuperação das informações que apóiam o funcionamento das atividades do arquivo (...) A catalogação exige pessoal treinado, capaz de trabalhar com autonomia, pensar com clareza, avaliar dados frequentemente contraditórios, ser preciso e detalhado, bem como de acessar informações suplementares, necessárias para responder às perguntas do pessoal do arquivo e de usuários externos” CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.5. 12 DESCRIÇÕES GERAIS De acordo com Lila Foster, em sua dissertação “Filmes Domésticos: uma abordagem a partir do acervo da Cinemateca Brasileira”, o segundo momento da catalogação se inicia quando a base de dados é alimentada com as informações dos boletins de entrada. A primeira classificação em relação ao conteúdo das imagens (consideraremos aqui somente os materiais em película) é feita quando as informações do Boletim de Entrada são inseridas na base pelos arquivistas do setor de Catalogação e os filmes são definidos de acordo com as categorias existentes: cinejornal (CJ), curta-metragem (CM), longametragem (LM), filme doméstico (FDO) e publicidade (PUB) (...). No caso da Cinemaquina não receberemos todos esses tipos de materiais, mas como nosso fluxo de trabalho se inspira parcialmente no trabalho feito pela Cinemateca Brasileira, colocamos aqui a título de informação. 13 DESCRIÇÕES GERAIS As fichas que formam a documentação de Catalogação da Cinemaquina foram adaptadas dos materiais usados na Cinemateca Brasileira, bem como de sugestões de pesquisadores do campo da preservação audiovisual. A indicação é que o preenchimento delas respeite a ordem de apresentação aqui colocada, já que há informações e procedimentos realizados para obter dados das primeiras fichas que logo se repetem. O Termo de Autorização de Uso, também aqui listado, ainda que tenha um propósito diferente, também compõe o protocolo de recebimento de materiais. O Boletim(1.1), as Fichas (2.0) e o Termo de Autorização (3.0) são realizadas com a presença do Depositante. As mesmas visam ampliar o conhecimento sobre os materiais recebidos o máximo possível, bem como garantir a possibilidade de difusão/uso dos mesmos. 14 FICHAS CATALOGAÇÃO PREENCHIMENTO 1.0 Folha de Controle 1.1 Boletim de Entrada e Saída 2.0 Ficha de Depósito 3.0 Termo de Autorização de Uso de Obra de Terceiros 4.0 Ficha de Análise 15 FOLHA DE CONTROLE 1.0 16 FOLHA DE CONTROLE DESCRIÇÃO 1.0 A Folha de Controle é complementar ao Boletim de Entrada que organiza a númeração dos Boletins de modo que não se repitam seus números e que se controle a sequência. Evita que seja quebrada a ordem numérica dos boletins e que se desorganize a catalogação. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.8 17 FOLHA DE CONTROLE CAMPOS 1.0 Número da Folha Número dos Boletins Data de início e fim Data da designação do número Boletim Observações 18 CAMPOS FOLHA 1.0 Os campos da Folha de Controle são auto-explicativos. O campo número, no lado superior direito, diz respeito a numeração da própria folha. Ele é preenchida em algarismos e em ordem crescente. Servem somente para organizar as folhas e ter-se conhecimento de quantas já foram feitas. A data de início diz respeito ao momento do começo da Folha. Ela serve para se medir o fluxo de entrada de materiais, e compará-lo com períodos/intervalos do histórico de uso e recepção de materais da máquina. No campo números se lista a numeração atribuída aos Boletins de Entrada. Eles são listados em ordem crescente e a data em que são atribuídos é colocada ao lado. Nas observações entram eventuais comentários relevantes para a catalogação. 19 20 BOLETIM DE ENTRADA E SAÍDA 1.1 21 DESCRIÇÃO BOLETIM ENTRADA / SAÍDA 1.1 Boletim cujo objetivo é dar uma ideia genérica do material a ser digitalizado (no caso específico do Cinemaquina). O Boletim de Entrada / Saída é o primeiro e talvez o mais importante registro de um filme no arquivo, uma espécie de certidão de nascimento, e deve ser preenchido em duas vias. A primeira para servir como recibo do material para o depositante e a segunda para o controle do arquivo. Se recomenda fazer o preenchimento digitalmente e logo imprimir-se uma cópia para que seja guardada na pasta destinada ao filme/acervo. 22 BOLETIM ENTRADA / SAÍDA DESCRIÇÃO 1.1 O Boletim tem a função de indicar: De onde o filme veio Quem o depositou Com que finalidade A identidade Características físicas do material É necessário que cada lata/rolinho seja igualmente identificado com o número do Boletim de Entrada Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.8 e p.15 23 BOLETIM ENTRADA/ SÁIDA ITENS 1.1 Número do boletim Origem Depositante Forma de Incorporação Finalidade Título / Característica Latas/rolos/ bitola/ material / número Data da entrada e da saída 24 CAMPOS BOLETIM 1.1 Número do boletim É um algarismo atribuído no exato momento de chegada do filme. Uma folha de controle com os números já utilizados deve ficar ao lado do boletim. Alguns dados específicos de cada item também são aqui listados/registrados: título que consta na imagem ou na sua embalagem; bitola; número de rolos que compõe. Também a partir de uma breve inspeção no material se deve determinar o tipo de película: acetato ou poliéster; tipo de material: positivo ou negativo; tipo de emulsão: colorida ou p/b; estado de conservação: especialmente de decomposição. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.8 25 CAMPOS BOLETIM 1.1 Origem É o lugar geográfico de onde veio o filme quando se tiver acesso ao endereço completo (cidade, empresa ou instituição remetente, endereço, telefone, e-mail, responsável direto pelo depósito do filme), ele deverá ser registrado Depositante É a pessoa, empresa, órgão ou instituição que legalmente está colocando o filme sob a guarda do arquivo. Forma de incorporação No caso da Cinemaquina não incorporamos filmes (películas) ao acervo. Somente fazemos empréstimos para a digitalização e devolvemos aos depositantes. Porém incluiremos algumas categorias que não se aplicam ao nosso propósito, a título de informação: 26 CAMPOS BOLETIM 1.1 Doação O filme está sendo doado ao arquivo Depósito O filme está sendo entregue para a guarda do arquivo mas continua sendo propriedade do depositante. Empréstimo O filme entra para servir a alguma finalidade específica e deve retornar ao depositante (é a modalidade usual na Cinemaquina) Aquisição ou compra: O filme foi comprado pelo arquivo 27 CAMPOS FICHA 1.1 Produção O filme foi produzido pelo arquivo Duplicação O filme foi copiado pelo arquivo em um laboratório comercial ou no laboratório do próprio arquivo. Assim como na forma de incorporação, o campo finalidade no caso da Cinemaquina é um tanto restrito. Mas a fim de tornar acessível a informação oferecida no Manual da Cinemateca Brasileira, listaremos aqui as diversas possibilidades. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.9 28 CAMPOS FICHA 1.1 Finalidade É o motivo pelo qual o filme chegou ao arquivo, as finalidades básicas são: Armazenamento O material passa a ser guardado pelo arquivo Consulta Atendimento de solicitação de pesquisa ao material feita pelo arquivo Projeção O filme vai ser exibido nas dependências do arquivo ou em sala cuja programação está a cargo do arquivo 29 CAMPOS FICHA 1.1 Restauração O filme será restaurado ou copiado em laboratório próprio do arquivo ou será encaminhado pelo arquivo para essa ação em um laboratório externo, sob a supervisão do arquivo. Avaliação O arquivo procederá à emissão de laudo técnico sobre o filme. Digitalização O arquivo realizará a digitalização do material. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.11 30 CAMPOS FICHA 1.1 Título Esse campo e alguns dos subsequentes são preenchidos logo de um exame no material a ser incorporado/ emprestado ao acervo. Para que o exame possa ser feito sem danificar o filme, se recomenda o Manual de manuseio de películas cinematográficas, editado pela Cinemateca Brasielira. Em resumo: Verificar se os rótulos estão bem fixados e em caso negativo, afixá-los de modo a durarem pelo menos até a análise do material. Verificar se a lata ou estojo que acondiciona o filme estão amassados, enferrujados, etc. Tentar corrigir os defeitos, lixando ferrugem, desamassando, ou se possível, trocando a lata/estojo. 31 CAMPOS FICHA 1.1 Verificar a condição física do filme através de sua aparência. Saber se há bolor no filme , se ele está bem enrolado, se tem sinais de deteriorização etc. Só desenrolar o filme em casos de necessidade de fazê-lo para que seja possível incluir um rótulo de identificação, no caso do filme não possuir um. Verificar, quando se trata de um conjunto de filmes se todas as latas dizem respeito a um mesmo filme, ou a mais de um. Nesse caso se deve empilhar os filmes em ordem, respeitando a indicação dos rótulos e fazer outra pilha para rótulos com difícil leitura. Checar também se todos os materiais são do mesmo tipo e respeitar o material ao empilhar. Isolando cada um dos materiais do mesmo filme em uma pilha. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.11 32 CAMPOS FICHA 1.1 Uma vez feitas essas observações, voltamos ao preenchimento do campo Título, do Boletim de Entrada/ Saída. Para o título, em princípio, anota-se tal como se vem escrito no rótulo. Sempre levando em conta o fato de que muitas vezes o título poderá estar abreviado ou distorcido. A fim de verificar essa informação, se sugere que se abra o começo do filme em uma enroladeira para procurar o título, tal como ele aparece no rótulo em letreiros de apresentação. Caso não se encontre, procurar nas pontas protetoras do filme, o título costuma estar ali, escrito a mão. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.12 33 CAMPOS FICHA 1.1 Título Além disso é muito importante criar-se um padrão e mantêlo. Como por exemplo o uso da letra maiúscula apenas no primeiro termo/ nome próprio. Exemplo: Deus e o diabo na terra do sol Não: “DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL” Deus e o Diabo Deus e o Diabo na Terra do Sol Deus e o Diabo-Glauber 34 CAMPOS FICHA 1.1 Ainda sobre o título, é comum o material não possuir um título no caso de filmes domésticos, registros amadores de caráter documental e materiais inacabados, especialmente. Nesses casos se atribui um título. Ele deve vir entre parênteses e pode seguir certo padrão. Sendo filmes domésticos se recomenda usar; Nome da família + título que indique seu conteúdo. exemplo: (CABRAL DE MELO, VIAGEM À DAKAR) Se indica o mesmo procedimento no caso de filmes que pertencem a um lote. (BANIWA, PARENTES DO NOROESTE) 35 CAMPOS FICHA 1.1 Características Aqui entram dados complementares que devem ser colhidos. Se o filme é colorido ou branco e preto (BP) tingido e/ou com viragem; se o filme é mudo ou sonoro. Na entrada se devem conservar os rótulos originais. No caso da embalagem original ser substituida, o rótulo original deve ser transcrito no Boletim de Entrada nesse campo. A anotação deve conter a fonte de onde foi retirada e informação, ex. Dados retirados das pontas. Ou dados retirados do rótulo original. É muito comum os filmes virem acompanhados de boletins, papéis ou fichas, envoltos em plásticos ou com papel. Tais invólucros podem ser eliminados, já a documentação complementar, nunca! Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.14 36 CAMPOS FICHA 1.1 Os papéis que se encontram nas latas devem ser númerados de acordo ao número do Boletim de Entrada e deve ser anexado à primeira via desse Boletim. Grau de Conservação (GT) Também é importante verificar se o filme já apresenta algum grau de decomposição passível de ser notado, mesmo sem que o material tenha sido desenrolado. Para facilitar o manuseio posterior do filme se deve desde o inicio se atribuir um grau técnico, mesmo que depois, com o filme melhor avaliado, o mesmo mude. Para tanto existem códigos, formados por um número arábico e uma letra. Os números variam de 0 a 3 e se referem a danos físicos. as letras, de A a D, acompanhadas de x,xx, xxx, se referem aos danos químicos causados ao material. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.14 37 CAMPOS FICHA 1.1 Combina-se um número a uma letra , de acordo com os critérios descritos abaixo: 0 Não há danos físicos na emulsão visíveis, nem na área da imagem, nem da do som. Podem haver pequenos defeitos nas perfurações. 1 A emulsão tem danos físicos na área da imagem ou do som. O suporte não apresenta defeitos graves nas perfurações, isto é, nada que impeça a projeção/digitalização pela Cinemaquina. 38 CAMPOS FICHA 1.1 2 A emulsão se apresenta profunda ou extremamente danificada fisicamente. O suporte apresenta defeitos graves nas perfurações, os quais impedem ou deseconselham a projeção/digitalização. 3 O filme apresenta sinais de decomposição do suporte. A A emulsão não apresenta nenhum sinal visível de sufuração, esmaecimento ou descoramento. B A emulsão tem sinal visível de sufuração, esmaecimento ou descoramento. 39 CAMPOS FICHA 1.1 C Há desplastificação do suporte de acetato D Há hidrolise do suporte de nitrato (desplastificação da base de nitrato). Sendo as combinações mais comuns: 0A O material está novo, não apresenta nenhum dano físico ou químico. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2006, p.61 40 CAMPOS FICHA 1.1 1B Há danos físicos-químicos no filme, porém de pouca intensidade ou quantidade, deixando o material frágil para o uso. 2B Os danos físico-químicos observados tem muita intensidade ou quantidade, deixando o material frágil para uso. 3C O filme em acetato apresenta sinal de deterioração do suporte, em qualquer estágio. A seguir, listaremos os níveis dessa categoria. 41 CAMPOS FICHA 1.1 3D O filme em suporte de nitrato apresenta sinal de deterioração do suporte (hidrólise) em qualquer estágio. (Não se aplica ao Cinemaquina porque não existem super 8 nesse material) O Grau Técnico 3C possui subcategorias. 3C Desplastificação no primeiro estágio. O filme já começa a cheirar a vinagre (acido acético) mas ainda não apresenta nenhum outro grau de deterioração. 3Cx Desplastificação de segundo estágio, quando o filme, além de ‘cheirar’, já tem o suporte com abaulamento, encanouamento ou outra deformação física. 42 CAMPOS FICHA 1.1 3Cxx Desplastificação no terceiro estágio , quando o material, além dos defeitos já descritos, já está cristalizando. 3Cxxx Desplastificação de quarto estágio, quando a película mostra-se, tão deteriorada que está completamente perdida ou deixa dúvidas quanto à possibilidade de restauração. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2006, p.62 43 CAMPOS FICHA 1.1 Rolo É importante distinguir-se duas coisas: a quantidade de rolos do material e a quantidade de latas que embalam tais rolos - é comum haver mais de um rolo em uma mesma lata. A quantidade de rolos de um filme geralmente está relacionada com o que se chama de “número de partes de um filme”. Em bitolas de 35 mm é muito comum o filme estar dividido e as indicações anotadas no rótulo e nas pontas. Em super 8 é mais raro, porém pode ocorrer. Bitola É a largura ou formato do filme ou da fita do som. Os mais comuns são: filme- super 8, 8mm, 9,5mm, 16mm, 35m som- 3/4” (três quartos de polegada) e 17, 5mm 44 CAMPOS FICHA 1.1 Material Em termos genéricos, o primeiro a ser feito é identificar o tipo de suporte, se nitrato ou filmes de segurança (acetato ou poliéster). No caso de filmes super 8 e 8mm não existem filmes em nitrato. Essa identificação é necessária pelo procedimento exigido para esse tipo de material cuja característica de risco de auto-combustão leva a necessidade de cópia e separação para acondicionamento em condições específicas. Nitrato -características básicas: Usado de 1893 ao início dos anos 1950. Primeiro suporte cinematográfico. Muito resistente e transparente. Instável quimicamente, o que produz a auto-combustão. 45 CAMPOS FICHA 1.1 46 CAMPOS FICHA 1.1 Acetato - características básicas: Desde 1909 até o presente. Existe em 35mm, 28mm, 16mm, 9.5mm, super 8 e 8mm. Foi desenvolvido em alternativa ao nitrato e também é chamado de safety fiilm. Temperatura, ventilação e controle de umidade são fundamentais para sua conservação. A sindrome do vinagre, que aponta para o início do processo de degradação do acetato, é muito comum. 47 CAMPOS FICHA 1.1 48 CAMPOS FICHA 1.1 Poliéster - características básicas: Desde meados de 1950 até o presente. Existe em 35mm, 16mm e super 8 Plástico sintético Suporte altamente resistente em relação a sua mecânica e possui grande estabilidade no tocante a sua conservação. 49 CAMPOS FICHA 1.1 50 CAMPOS FICHA 1.1 Tipos de Materiais e suas siglas X = Imagem Y = Som Z = Imagem e Som (combinados) NO= Negativo Original CO= Cópia DP=Máster (duplicate positive) DN=Contratipo (duplicate negative) RV= Reversível CP= Copião No campo destinado, colocamos a combinação das siglas. Por exemplo um filme super 8 pode ser: RVX. Ou seja é um negativo, que ao ser revelado se tornou positivo e que, como a maioria das bitolas super 8, não tem som. 51 CAMPOS FICHA 1.1 Número do material É o número de ordem do material no Boletim. Caso não caiba todo o lote em um só Boletim, abre- se um novo, respeitando a sequência dessa numeração e repetindo o cabeçalho. Data de entrada e saída seguida de Assinaturas Sela a recepção e a devolução do material aos Depositários. É uma espécie de contrato inicial, que antecede o licenciamento mas que o inicia de certa forma. Observações Campo livre para qualquer anotação suplementar de interesse para futuros manipuladores do filme. É importante que o processo do Boletim seja visto como algo de controle e normatização dos procedimentos e não como mero protocolo. 52 53 FICHA DE DEPÓSITO/ DIGITALIZAÇÃO 2.0 54 FICHA DE DEPÓSITO/ DIGITALIZAÇÃO 2.0 55 DESCRIÇÃO 2.0 Sendo os fiimes domésticos um tipo de material que imaginamos que chegarão na Cinemaquina (além dos acervos que já recebemos e digitalizamos), decidimos adotar uma ficha criada pela pesquisadora Lila Foster em sua dissertação de mestrado, intitulada “Filmes Domésticos uma abordagem a partir do acervo da Cinemateca Brasileira”, de 2010. “ (...) é patente que os depositantes de filmes domésticos são especiais. Primeiro pela relação de proximidade que eles podem criar com o arquivista ao narrar a relação da família com a própria filmagem e a recepção das imagens. Este contato requer delicadeza e uma postura que busque identificar o significado que essas imagens assumiram para a família ou para o familiar entrevistado. 56 DESCRIÇÃO 2.0 A entrevista também é de extrema importância para obtenção de informações para uma catalogação completa do material incluindo o período da filmagem, os equipamentos utilizados e as pessoas retratadas. (...) vale ressaltar que uma catalogação plena dos títulos só acontece através deste contato mais próximo com os depositantes e do registro de informações básicas (local, pessoas, situações, cinegrafista) já que a família é a nossa única fonte pois, com raríssima exceções, não existem fontes secundárias que se refiram aos filmes denominados como não-ficcionais (...)” FOSTER 2010, p. 62 57 DESCRIÇÃO 2.0 O Questionário visa portanto, o aprofundamento e detalhamento das informações sobre o(s) material/ materiais a ser(em) digitalizado(s). O ideal é que ele seja realizado com a pessoa responsável pelo depósito/ empréstimo do material para a digitalização. As perguntas se referem tanto ao depositante, quem muitas vezes é também o detentor dos direitos patrimoniais, quanto aos demais familiares, pessoas, lugares e outros presentes nas imagens. A ficha deve ser preenchida digitalmente e quando terminada, uma cópia física (impressa)deve ser anexada às demais fichas do filme/acervo na pasta destinada a ele. 58 CAMPOS FICHA DEPÓSITO/ DIGITALIZAÇÃO 3.0 Nome Depositante Endereço E-mail Profissão Contatos de outros familiares Listagem e detalhes das pessoas que aparecem nas imagens Informações sobre situações e locais Responsável pelas filmagens Informações sobre equipamentos de filmagem e revelação Memórias de exibição Outras informações 59 60 TERMO DE AUTORIZAÇÃO 3.0 61 TERMO DE AUTORIZAÇÃO 3.0 62 DESCRIÇÃO 3.0 O objetivo desse licenciamento dos filmes digitalizados na Cinemaquina é de ampliar e difundir o acesso a esses materiais. Os responsáveis pelo disponibilização dos mesmos para a digitalização devem, preferencialmente, coincidir com os detentores dos direitos patrimoniais. Porém, é possível receber materiais de outros, desde que o depositante tenha obtido a autorização dos detentores patrimoniais previamente. Nesse caso, o depositante passa a responder pelos filmes. Isso já está previsto na licença e a simples assinatura já contempla a demanda. É importante orientar o depositante sobre o propósito da Cinemaquina -acesso e difusão- e que o termo prevê o acesso gratuito, ou comercial caso aceite, da versão digital do(s) filme(s). Também vale salientar que os direitos autorais seguem intactos e aplicáveis. 63 DESCRIÇÃO 3.0 Por último, o fato de usarmos um licenciamento baseado nos termos Creative Commons Licença 3.0 Unported, dá a opção, ou não, do filme ser usado comercialmente a depender do que decida o depositante. Também há um campo que permite o uso/alteração dos materiais. Nessa opção cabe atenção, porque há duas alternativas. A primeira delas permite que se usem as imagens livremente, sem restrições sobre a forma ou o licenciamento futuro dos materiais resultantes das alterações/usos. Já a segunda opção permite também o uso, porém restringe o licenciamento desses materiais à licença similar, o que exige que seja citada a fonte, que se coloque o link para a licença e que se indique(m) a(s) alteração/alterações feita(s). 64 65 FICHA DE ANÁLISE 4.0 66 FICHA DE ANÁLISE 4.0 67 FICHA DE ANÁLISE 4.0 68 FICHA DE ANÁLISE 4.0 69 DESCRIÇÃO 4.0 “Para a elaboração do que chamarei de ficha de análise, devem ser registradas informações de origem do cinegrafista, a profissão, o local de origem e de atuação profissional, histórico familiar, equipamentos, procedimentos de revelação e depoimentos. Informações técnicas sobre a câmera e o negativo utilizado também são importantes, assim como os materiais disponíveis do mesmo título ou coleção e a sua descrição física. Este campo de recolhimento de dados compõe o que Boris Kossoy denomina como análise técnica, a ‘análise do artefato, a matéria, ou seja, o conjunto de informações de ordem técnica que caracterizam a configuração material do documento“. FOSTER, 2010, p.73 70 CAMPOS FICHA DE ANÁLISE 4.0 Contexto > dados produtor, histórico familiar, histórico da empresa produtora (caso haja), Informações técnicas e condições de depósito / digitalização. Análise de Conteúdo Indexação Ficha Catalográfica Anotações técnicas Observações técnicas 71 CAMPOS FICHA 4.0 As informações de Contexto pontos (1a_Produtor; 1b_Histórico Familiar; 1c_Histórico da Produtora; 1d_Informações Técnicas) da ficha serão uma mescla das informações obtidas através da abertura do filme na enroladeira, das informações do questionário-descrito nesse manual e aplicado com a chegada do material ao acervo- e dos materiais correlatos. O maior ou menor grau de acesso: “dependerá da quantidade e da qualidade de fontes secundárias que poderão complementar o contato com a imagem: entrevistas com os cinegrafistas (fontes orais), registros pessoais (diários, anotações sobre as filmagens, biografias), trajetória profissional e depoimentos de familiares.” FOSTER, 2010, p.73 72 CAMPOS FICHA 4.0 Condições de depósito/digitalização Nome do depositante e detentores dos direitos patrimoniais Pessoa física ou jurídica que legalmente trouxe o filme à Cinemaquina. Esse dado advém do Boletim de Entrada. Data de chegada Data em que o filme chegou a Cinemaquina. Data de catalogação Corresponde à data em que se está realizando a Ficha de Análise. Listagem dos filmes depositados Listar o os filmes usando o código do tipo de material, 73 CAMPOS FICHA 4.0 bitolas, ano de produção e anotações. Caso não se encontre facilmente o ano de produção, se pode ter uma estimativa, vendo as marcas listadas na tabela abaixo, na lateral dos filmes. 74 CAMPOS FICHA 4.0 Análise de conteúdo e formas de expressão Descrição de conteúdo “O padrão da Cinemateca Brasileira indica um formato de descrição de conteúdo nos seguintes moldes: ‘A descrição de conteúdo propriamente dita consiste grosso modo no levantamento de informações, visuais e sonoras, que poderão ser solicitadas por consulentes. A partir dessa descrição constitui-se o índice recuperador de assuntos dos materiais do acervo. A Ficha de Catalogação pode ser acrescida de uma ou mais folhas de anotações sobre o conteúdo do filme, por exemplo para a descrição das sequências (entendidas como unidade de espaço, tempo, ação e personagens envolvidos) para os materiais documentais e o resumo de enredo para os filmes de ficção’.” 75 CAMPOS FICHA 4.0 “O Manual de Catalogação também prevê a indicação de enquadramento, movimento de câmera e trucagens. Na prática cotidiana essas informações não são usualmente incorporadas à descrição de conteúdo. Para os filmes domésticos será importante descrever minimamente as características estéticas dos filmes e comentários do catalogador serão incluídos com a devida identificação.” FOSTER, 2010, p.75 Há dois modelos para esse campo, o que foi adotado pela Cinemateca Brasileira, em que são usados somente a sequência e unidade de ação; e um outro mais detalhado proposto por pesquisadores. 76 CAMPOS FICHA 4.0 Nesse segundo modelo: “ As sequências serão divididas como em um roteiro cinematográfico, indicando o tempo e o espaço da ação que formam uma unidade narrativa. As cenas dentro das sequências serão separadas por ponto e vírgula ( ; ) e quando houver uma alteração de espaço, sem ser necessariamente uma alteração de sequência, a cena será separada por uma barra ( / ). Intertítulos serão indicados entre aspas. Por fim, o histórico dos lotes e/ou filmes e o seu trajeto até a instituição serão incluídos sempre que possível. “ FOSTER, 2010, p.75 77 CAMPOS FICHA 4.0 Exemplo do campo preenchido segundo esse modelo: “(animação com brinquedos em forma de sapo e dinossauro; homem de bigode faz careta; outro homem fuma cigarro; mulher com brinquedo em forma de dinossauro na mão / panorâmica praia; homem planta bananeira na areia e faz acrobacias; banhistas saindo da água; grupo na areia, ao fundo casebre com teto de folha e carros ao lado; mulheres fazem ginástica na praia; homem pula na água e nada; panorâmica do mar; pôr-do-sol; grupo em pequeno cais; pequena casa com escrito “Guarujá”; mulher sorri para a câmera com vara de pescar na mão; velho com chapéu; barco ao mar / navio encalhado no oceano; grupo em barco com navio ao fundo; homem faz careta; mulher finge dormir; lancha em movimento / banhistas subindo morro (...) “ 78 CAMPOS FICHA 4.0 Indexação Termos descritores Nesse campo se preenche com termos adotados para a indexação a partir do conteúdo do filme. Tais termos são controlados por um índice de assuntos. Na Cinemaquina adotamos o Vocabulário Controlado de Descritores da Cinemateca Brasileira. É comum usar-se vários termos para descrever um mesmo filme. Descritores Secundários Esse campo é complementário ao anterior e ao que o segue (termos geográficos). Ele serve para a determinação de logradouros, empresas, instituições, referências e identidades. 79 CAMPOS FICHA 4.0 Indexação Termos geográficos Aqui são listado os lugares que aparecem nas imagens do filme. Se o lugar apenas é mencionado mas não aparece de maneira significativa, não se justifica a sua inserção aqui. Ele são basicamente nomes próprios e se organizam pelo nome da cidade seguida do código da federação, ex. <Aracaju, SE>. Sendo estrangeiras se aportuguesa o nome e se segue o código do país, ex. < Florença-IT >. Também aqui se listam pontos turísticos conhecidos, ex. < Rio Sergipe-SE>. Caso não se consiga identificar a UF se deve utilizar o campo Descritores Secundários. 80 CAMPOS FICHA 4.0 Ficha Catalográfica Compor as informações com os seguintes dados: Número de Entrada, Acervo, Depositante, Detentor dos Direitos Patrimoniais, Título, outros títulos, Categoria, Material e Observações. Exemplo: [VASCONCELLOS. ANIVERSÁRIO DE ISABEL E BA TIZADO DE MARILENA. 13.5.56]. -- BR, 1956. -- Direitos patrimoniais: Isabel de Almeida Vasconcellos Caetano. Cópia sonora: 07253-08; 1 rolo (60 m.); 16 mm; BP; Sonoro; Registro pessoal editado. Um dos registros familiares produzidos pela família de Alfredo Fomm de Vasconcellos e Wanda Gonçalves de Almeida Vasconcellos, e seus filhos Alfredo, Ronaldo Alvan e Isabel Vasconcellos. A familia Vasconcelos (...) 81 CAMPOS FICHA 4.0 Anotações Técnicas rolo = número do rolo m = comprimento do rolo e = quantidade de emendas não originais p= defeitos de perfuração negativo original re=risos na emulsão rs=riscos no suporte ec=encolhimento a=abaulamento s=sulfuração f= fungos (ou bolor) de=desprendimento de emulsão h=hidrólise gt=grau técnico pj=possibilidade de projeção pt=possibilidade de telecinagem 82 CAMPOS FICHA 4.0 O primeiro subcampo se refere ao número do rolo examinado; no subcampo M, anotar o comprimento do rolo em metros ou pés, abreviado como m. ou p. Para cada um dos campos seguintes atribuir valores de 0 (zero) a 3 (três), de acordo com o grau de deteriorização do material. Grosso modo pode-se dizer que o 0 é anotado quando o material se encontra em perfeito estado de conservação e 3 quando os problemas são irreparáveis . Os valores 1 e 2 se atribuem para os danos pouco ou bastante acentuados, respectivamente. No antepenúltimo campo GT se refere ao estágio de conservação do rolo e deve ser preenchido a partir do conjunto dos valores anteriores anotados. Ainda que no Boletim de Entrada se tenha um GT ele é preeliminar, aqui ele é mais detalhado e vai definir o que irá ocorrer, por qual etapas o filme irá passar ou não. Adaptado de CINEMATECA BRASILEIRA: 2002, p.30 83 CAMPOS FICHA 4.0 Observações Técnicas Anotações complementares ou atualizações sobre o estado do material no que tange ao suporte; emulsão, Imagem e som. 84 85 FLUXO DA DIGITALIZAÇÃO 86 87 OPERANDO A CINEMAQUINA 1.0 Ajuste da Câmera 1.1 Carregamento do Filme no Projetor 2.0 Organização Arquivos Fotográficos 3.0 Editor de Fotos - Adobe Lightroom 4.0 Editor de Video Adobe Premiere 88 Descrição 1.0 O fluxo de trabalho que criamos na Cinemaquina tem seu início na limpeza da mesa de trabalho e dos elementos, preenchimento das fichas supracitadas e avaliação técnica do filme. É ela que definirá se o material tem ou não condições de passar pela máquina digitalizadora. Com isso feito inciamos a etapa de digitalização propriamente dita. Ela tem as seguintes etapas:carregamento da bateria e formatação do cartão da câmera; ajuste físico da câmera em relação ao projetor, a fim de que o foco se estabeleça; configuração da 89 Descrição 1.0 câmera para acionar o obturador eletrônico; conexão do cabo disparador; carregamento do filme no projetor e acompanhamento do processo. As demais etapas tem relação com softwares e serão descritas na seguinte seção desse Tutorial. 90 PASSO A PASSO 1.0 1.0 Carregar baterias e formatar arquivos 2.0 Posicionamento da câmera e projetor 3.0 Configuração da câmera 4.0 Conexão do cabo disparador 5.0 Carregamento do filme no projetor 6.0 Acompanhamento do processo 91 Carregar a bateria da câmera 1.0 92 Formatar o cartão da câmera 1.1 93 Posicionamento da câmera 2.0 94 Posicionamento da câmera e do projetor 2.1 95 Ajuste da lente da câmera 2.2 96 Configuração da câmera 3.0 No menu Definições Personalizadas ligar a função de obturador de cortina frontal eletrônica. Essa função é essencial pois evita que haja trepidação no momento da foto. A lente ultramacro que usamos na câmera para fotografar o fotograma do super 8 deixa a profundidade de foco mínima, sendo o foco perdido por qualquer movimento. No menu de Definições da câmera configuramos o tamanho da imagem para L (large) e a qualidade em extra-fina. Já o ISO deve ser o nativo do modelo da câmera escolhida. Para essa câmera seria ISO 3200. 97 Conexão do cabo disparador na câmera 4.0 98 Carregar o rolo do filme na parte dianteira do projetor 5.0 99 Encaixar o carretel coletor na parte traseira do projetor 5.1 100 Com a ponta do filme preparada inserir material no projetor 5.2 101 Observar se a passagem do filme pelo gate ocorreu bem 5.3 102 Observar a passagem do filme no mecanismo do projetor e orientá-lo ao coletor 5.4 103 Acompanhamento do processo 6.0 104 105 Descrição 2.0 No fluxo de trabalho da Cinemaquina se produz um grande número de arquivos de imagens pela forma como fazemos captura das imagens dos filmes em super 8. Cada rolo de15 metros gera uma média de 3500 imagens em altíssima qualidade. Nesse sentido, é muito importante ter uma metodologia de trabalho, que pode ou não ser a que descrevemos aqui. 106 PASSO A PASSO 2.0 2.0 Transferindo arquivos, criando e nomeando pastas 107 Criação das pastas 2.0 Essa etapa bastante simples consiste na criação das pastas de trabalho no computador. O importante aqui é que cada Acervo, seja de uma família/cineasta/instituição seja facilmente encontrado. Como o volume de materiais é bastante extenso vale usar como base a seguinte estrutura. Abrir uma pasta mãe com o nome do Acervo. Dentro dessa pasta, as subpastas irão se referir aos rolos digitalizados. Os mesmos podem ser apenas numerados (nesse caso sugerimos o uso do número do Boletim de Entrada). 108 Criação das pastas 2.0 Também podemos usar o Título do filme ou título atribuído. Nesse caso usar as informações da Ficha de Análise. Nessa pasta criaremos a pasta Brutos e logo, através do Software Light Room, a pasta Copiao. Os arquivos captados pela câmera serão arrastados/colocados na pasta Brutos. É importante logo de passá-los checar se realmente todos estão ali. A forma mais simples é ordenando por nome os mesmos e logo checando se a primeira e a última imagem da câmera e da pasta, correspondem. 109 110 Descrição 3.0 A primeira etapa do uso dos Softwares será o detalhamento do Adobe Lightroom. Nele, logo da importação dos arquivos faremos ajustes na orientação da imagem, na sua luminosidade e no tamanho. Logo exportaremos todas as imagens nomeadas de forma sequenciada para a pasta relativa ao nosso projeto. O próprio software, com a configuração que iremos mostrar mais adiante já cria uma pasta, a nomearemos Copiao. O acento (˜) é evitado por não ser reconhecido em alguns sistemas. 111 PASSO A PASSO 3.0 3.1 Abrir o Software e criar um novo catálogo 3.2 Importar imagens para o software 3.3 Selecionar todas as fotos e girá-las duas vezes em 90º 3.4 Manter todas as fotos selecionadas e girá-las horizontalmente 3.5 Escolher enquadramento e cropar imagem 3.6 Copiar metadados e aplicá-los ao conjunto de imagens 3.7 Exportação, designação de pasta e sequeciamento arquivos 112 Abrir Lightroom 3.1 113 Para cada Acervo criar um novo catálogo 3.1 114 Para cada Acervo criar um novo catálogo 3.1 115 Menu_Biblioteca_Importar fotos_ 3.2 116 Menu_Biblioteca_ Selecionar todas as fotos_ 3.3 117 Menu_Biblioteca_Girar duas vezes as imagens em 90º_ cmd (ou) cltr + ] 3.3 118 Menu_Software_Fotos Virar horizontalmente as imagens_ 3.4 119 Menu_Revelação_ Ferramenta crop_ escolher e recortar quadro_ 3.5 120 Salvar metadados_cmd (ou) cltr + shift + c , “marcar tudo” e copiar_ 3.6 121 Menu_Biblioteca_ colar metadados_ cmd (ou) clrt+ shift + v 3.6 122 Menu_Arquivo_Exportar 3.7 123 Local_ exportação_ pasta copiao_ no diretorio do acervo 3.7 124 Nomeação de arquivos_ nome personalizado_sequencia_ 3.7 125 Exportação_final_ 3.7 126 127 Descrição 4.0 A segunda etapa no uso dos softwares diz respeito à conversão em vídeo das imagens captadas pela câmera, trabalhadas e sequenciadas no software editor de imagens. Para isso, detalharemos o uso do Adobe Premiere. Assim como as demais etapas de software as sugestões aqui elencadas podem ser substituidas por outro fluxo de trabalho, assim como o software também pode ser substituído. O processo é bastante simples e a maioria dos editores de video são capazes de realizar o trabalho. 128 PASSO A PASSO 4.0 4.1 Abrir o software, fazer nova sequência, escolher configuração e nomeá-la. 4.2 Importar fotos como sequência de imagens 4.3 Arrastar sequência de imagens para linha do tempo 4.4 Alterar velocidade / duração do clipe para ritmar batimentos filme 4.5 Escalar quadro para ajuste enquadramento 4.6 Fazer export do video com configurações pré-definidas do Cinemaquina 129 Abrir software_ 4.1 130 Criar nova sequência com configurações da Cinemaquina 4.1 131 Criar nova sequência com configurações do Cinemaquina 4.1 132 Nomear nova sequência com dados do Acervo 4.1 133 Importar fotos como sequência de imagens 4.2 134 Importar fotos como sequência de imagens 4.2 135 Arrastar sequência de imagens para linha do tempo 4.3 136 Alterar velocidade / duração do clipe para 73% 4.4 137 Escalar imagem para definir enquadre 4.5 138 Menu Arquivo_Exportar 4.6 139 Escolher Cinemaquina 3K no menu predefinição 4.6 140 Escolher Cinemaquina 3K no menu predefinição 4.6 141 Escolher a pasta do Acervo e nomear o arquivo conforme o titulo ou número filme 4.6 142 Finalizar Exportação 4.6 143 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABPA. Estatuto da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, 2013. CINEMATECA BRASILEIRA. Manual de catalogação de filmes. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 2002. CINEMATECA BRASILEIRA. Manual de manuseio de películas cinematográficas. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 2001. FOSTER, Lila Silva. Filmes Domésticos: Uma Abordagem a partir do Acervo da Cinemateca Brasileira. São Carlos, 2010. Dissertação de Mestrado apresentada ao Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos. 144 145 CONTATO email: cinemaquina@protonmail.com instagram: cinemaquina_ 146 147 CRÉDITOS Concepção e projeto Cinemaquina Moema Pascoini e Ж Produção Nah Donato Criação máquina Ivan Salomão (Lab.rinto.lab) Design .txt texto de cinema 148 149 APOIO E PARCEIROS 150 151