Arrested Development

Julia Leyda focuses on the sitcom Arrested Development and the ground-breaking drama Breaking Bad. Both shows portray the moral and ethical laxity—in the business world and in US-American society and the family—that would later be invoked as the fulcrum of popular understanding of the economic crisis. However, both also depict the commonplace neoliberal appeals to self-improvement and individual responsibility that provided justification for the risky financial behavior that fueled the housing boom and ultimately brought down the economy. Leyda examines the ways in which the material and emotional spaces of the home were opened up to public scrutiny during the early years of the millennium, revealing the ways in which financialization had begun to permeate televised domestic spaces in the USA.

A presente tese tem como objetivo compreender de que forma a homologia estrutural entre as disposições e os desejos de tomada de posição por parte dos gestores do portal de televisão distribuída pela internet Netflix e da equipe criativa da série de comédia Arrested Development, no momento histórico do início dos anos 2010 no campo de produção de séries televisivas estadunidenses, permitiram a manutenção e a exacerbação do caráter inovador e experimental da série na construção narrativa dos episódios de sua quarta temporada, lançados integralmente no serviço de streaming de vídeo online em 2013. A construção do efeito cômico do quarto ano da série, por meio de alternações temporais e da fragmentação narrativa, foi idealizada, por exemplo, tendo em vista a possibilidade de consumo contínuo dos 15 episódios por parte do público – o fenômeno binge-watching, característico do modelo de distribuição da Netflix. Tal decisão resultou em uma radicalização da construção da serialidade e do design em quebra-cabeças da narrativa. Para analisar esse processo, utilizamos o repertório teórico de Pierre Bourdieu, especialmente os apontamentos do sociólogo em As Regras da Arte (1996), de modo a compreender a atuação da Netflix no processo de produção de Arrested Development através da ideia de que a produção de séries constitui um campo que implica um espaço social de tomadas de posição (tanto criativas quanto gerenciais) pelos principais agentes envolvidos – particularmente, os executivos de desenvolvimento de programação original das empresas e os showrunners, roteiristas-chefes e produtores-executivos responsáveis pelas equipes criativas que trabalham nessas séries. Operacionalizada junto com a perspectiva de estilo de Baxandall (2006) e de Bordwell (2008), a abordagem de Bourdieu nos permitiu construir um arcabouço teórico-metodológico que contribui para a superação do antagonismo que divide as pesquisas acadêmicas entre aquelas que examinam a autoria dos produtos culturais focadas somente na forma e no conteúdo, ou seja, nos aspectos poéticos da obra, e as que compreendem as relações entre as condições contextuais de produção das séries por parte das empresas produtoras e distribuidoras, os processos de criação executados pelas equipes criativas envolvidas com as séries e as instâncias de reconhecimento destas experiências. Portanto, o referencial bourdieusiano instiga a análise relacional das duas instâncias – da produção e da obra – em uma visão compreensiva da série, dos agentes envolvidos (das organizações produtoras e dos criadores), segundo as lógicas específicas em disputa no cenário social, econômico e midiático em que estão inseridos. No caso do estudo da produção de Arrested Development comissionada pela Netflix, investigamos o posicionamento do portal de televisão distribuída pela internet (Lotz, 2017) e sua trajetória no mercado de distribuição de audiovisual licenciado, bem como o momento em que a empresa se insere no campo de produção seriada televisiva, ao investir em séries no formato televisivo para circulação exclusiva por meio da internet. Exploramos também o contexto concorrencial do campo que permite compreender as escolhas dos gestores da organização de investirem em programação original, bem como o papel do gerenciamento da Netflix ao assumir riscos e se posicionar como lugar de liberdade e de autonomia criativa em seus investimentos iniciais, em 2013 – posicionamento essencial para a compreensão das tomadas de posição do showrunner Mitch Hurwitz no desenvolvimento narrativo inovador e experimental da quarta temporada de Arrested Development.

This essay is included in a fantastic volume of collected essays, compiled and edited by Kristin M. Barton.  Each essay in this volume explores a variety of themes from the popular television series "Arrested Development" (2003-2013). My chapter, which is excerpted here, explores the strangely close relationship between the monstrous (that which horrifies and threatens) and the comedic, and what this allows us to understand about the function of comedy and social critique within "Arrested Development."

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“Everywhere you look, Everywhere you look, There's a heart...A hand to hold onto.” Vinte e nove anos depois do fim da série original Full House volta a TV com novos episódios e com o elenco original. O mesmo acontecia com Arrested Development pouco tempo antes, em 2013.
Ambos os seriados foram originalmente concebidos para a televisão tradicional, e foram cancelados pela emissora que foram exibidos. Anos após o cancelamento, as séries ganharam uma sobrevida – graças aos seus fãs – e foram renovadas pela Netflix para uma nova temporada.
Com foco na comunidade de fãs, este estudo analisa as principais características narrativas dos seriados, bem como descreve o conceito de fã, e traça um mapa com as principais participações e presenças desses fãs online.

The Danish performance and activist collective dunst has over the last decade made their mark on Copenhagen with their outrageous genderfuck performances that trash all forms of respectability and political correctness. This article anal/yses dunst practice of taking the anal stage to the stage, asking whether it is possible to tease out a queer sexual politic in dunst’s incoherent attacks on the “normalcy dictatorship”.

More about the DTJ issue: http://www.thisisperformancematters.co.uk/news.post110.html

O presente trabalho propõe uma análise do uso da narrativa seriada enquanto estratégia de mercado para conquistar e fidelizar o público na televisão. Pretendemos observar e problematizar as diferentes formas de construção da ficção seriada televisiva nos variados meios e modelos econômicos em que é veiculada. Também analisamos o comportamento da indústria da televisão americana em meio as reconfigurações que constantemente vivencia no âmbito mercadológico e tecnológico, e as reações diante do acirramento da competição e da resposta do público ao qual se dirige. Utilizamos a comédia de situação, Arrested Development (FOX, 2003-2006; Netflix, 2013-presente), por ser uma série que esteve presente em diversos momentos recentes de transição da mídia televisiva americana. Nossa intenção é examinar como todas essas transformações refletem na estrutura narrativa de uma ficção serializada, que por sua vez experimenta todas as reconfigurações sem deixar de ser uma das principais fontes de lucro dos meios de comunicação em massa.

De Marinis (2005) explica que “la reactivación de la comunidad procede desde abajo”, usándolo de puntapié intentaremos indagar sobre cómo se da la reactivación de la
comunidad existente o que quedó luego de la cancelación.

Esto nos permite preguntarnos: ¿Se crea una comunidad nueva, respecto a todo lo anterior? ¿Es más ideal que una realidad?

Aquí seguiremos el texto de Borda (2012) para encuadrar sobre los estudios de fans, comunidad y comunidades en línea y, utilizaremos, por un lado, la noción que retoma de
Raymond Williams en que la comunidad oscila entre lo utópico y nostálgico, en este sentido, más ideal que realidad.
Por otro lado, pondremos a discusión la tesis de Borda (2012) sobre el fanatismo como fondo de recursos (retomado de Thompson con su pool of diverse resources) para trabajar
las identidades de sus fans en la (re)construcción de esta comunidad. Según la autora, este fondo serían prácticas, actitudes, expectativas y modos de relación dentro la comunidad disponibles para la construcción de identidades tanto colectivas como individuales. Esto nos habilita a preguntarnos: ¿Cómo es su relación respecto a las páginas de fan existentes que perduraron desde su cancelación hasta el día de hoy? ¿Existe sinergia entre ellos? ¿Retoman
parte de las prácticas o significados que han elaborado mientras la serie estuvo cancelada? ¿Se hace eco de sus fans o la relación es meramente unidireccional? ¿Qué tipo de
reciprocidad se dan en una y otra en términos de Sahlins (1983)?

A partir de lo anterior seguiremos la construcción de la identidad de la comunidad y de los fans hasta el estreno de la serie, pensando en el texto de De Marinis quien da cuenta que la construcción de sus identidades y la organización de sus opciones se dan sobre los contextos micro de la experiencia. Aquí serán también vitales las nociones sobre identidad de Hall (1996), Brubaker y Cooper (2001) como actividad constante, discursiva, con puntos de adhesión temporarios. Para complementar a estos autores pediremos a Igarza (2009) su concepto de “burbujas de ocio”, para explicar algunas de las propuestas y actividades en los
fandoms en torno a la experiencia efímera de las redes sociales y los dispositivos móviles.

En este objeto de fanatismo es interesante destacar, aunque sea mínimo, la importancia de lo territorial en la identidad, la serie transcurre en Orange County (California) y muchos fans
se definen fans por esa característica. Se podría pensar en la convivencia de las características de las comunidades pre y post sociales de De Marinis y repensar estas prácticas desde el texto Fan Cultures de Mat Hills (2001), que trata a los “Fans de Culto según la región geográfica”.

Finalmente, nos gustaría abordar algunas preguntas posibles que se desprenden de este trabajo en relación a la definición de la industria, la fanificación de sus audiencias y una posible fanificación hacia adentro de la misma industria.

Nematodes are the most numerous animals in the soil. Insect parasitic nematodes of the genus Heterorhabditis are capable of selectively seeking, infecting and killing their insect-hosts in the soil. The infective juvenile (IJ) stage of the Heterorhabditis nematodes is analogous to Caenorhabditis elegans dauer juvenile stage, which remains in 'arrested development' till it finds and infects a new insect-host in the soil. H. indica is the most prevalent species of Heterorhabditis in India. To understand the genes and molecular processes that govern the biology of the IJ stage, and to create a resource to facilitate functional genomics and genetic exploration, we sequenced the transcriptome of H. indica IJs. The de-novo sequence assembly using Velvet-Oases pipeline resulted in 13,593 unique transcripts at N50 of 1,371 bp, of which 53 % were annotated by blastx. H. indica transcripts showed higher orthology with parasitic nematodes as compared to free living nematodes. In-silico...

Uma das pedras fundamentais da análise de discurso em Michel Pechêux é a memória discursiva ou interdiscurso. Ela é definida como "aquilo que, face a um texto que surge como acontecimento a ler, vem restabelecer os 'implícitos' [...] de que sua leitura necessita" 1. O interdiscurso trabalha como suporte semântico de um determinado discurso. Isso ocorre com a repetição de enunciados, formando uma regularidade discursiva-que nos remete a significados implícitos. Para Eni Orlandi, essa memória discursiva pode ser sumarizada no "(...) já-dito que está na base do dizível, sustentando cada tomada da palavra" 2. A função primária da memória discursiva é a estabilização do discurso, mas seus resultados são frágeis. Novos acontecimentos discursivos aparecem constantemente para quebrar a estabilidade. Nesse contexto, precisamos falar sobre a manutenção do mesmo no discurso ou à chegada do diferente: paráfrase e polissemia. Enquanto a paráfrase é a produção dos efeitos de sentido na memória discursiva, ou seja, "um sempre retorno ao já dito na enunciação de um discurso que pela inscrição na história possibilita a realização e a ancoragem do dizer no interdiscurso 3 , a polissemia é o lugar em que a capacidade inventiva da língua é mostrada. Ela rompe com o discurso ou o desloca, e "abre caminhos com seus efeitos de sentido enunciados em processos de (re) significação no contato com o simbólico nos discursos em seus funcionamentos e tipos abrindo espaço para a deriva, o deslizamento de sentido, o sentido outro" 4. As diferentes significações provocadas pela polissemia são prato cheio para a criatividade de roteiristas de televisão. Um dos conteúdos que chama atenção por sua genialidade linguística é Arrested Development, série exibida pela FOX de 2003 à 2006 e adquirida pela plataforma de streaming Netflix em 2014. O interdiscurso e a polissemia estão fortemente presentes na narrativa da série. Como o conteúdo audiovisual seriado apresenta diferenças em suas apresentações originais feitas para 1 PÊCHEUX, M. Papel da Memória. In: Papel da Memória. ARCHARD, P.; ORLANDI, E. (Orgs.).

Capítulo publicado no livro The Age of Netflix: Critical Essays on Streaming Media, Digital Delivery and Instant Access

The purpose of this essay is to understand the place of authorship in the fourth season of Arrested Development, produced by Netflix, as well as to explore the production possibilities and conditions that made possible for the season’s episodes to bet on a anthological, fragmented and multiperspectivist narrative construction. The building of the comic effect of the show’s fourth season, through temporal alternations and narrative fragmentation, was designed, for example, by minding the possibility of continuous viewership of the fifteen episodes – the binge watching phenomenon, characteristic of Netflix’s distribution model. Such decision resulted in a radicalization of the serialized dimension and of the puzzle-like design of the narrative. This perspective explores the innovative aesthetic aspects of the field of television series production, such as narrative complexity, and time shifting in contemporary comedy series.
To analyze this process, we rely on the theoretical repertoire of Pierre Bourdieu, especially the sociologist’s notes in The Rules of Art, in order to understand Arrested Development through the idea that television series production constitutes a field (within which lies a sub-field populated by television companies) that implies a social space of position-takings (both creative and managerial) by the main social agents involved – particularly, original programming development executives, and showrunners, who take up both writing and executive-producing roles and are responsible for the creative teams working on such television series.
Bourdieu’s approach allows us to overcome the antagonism that divides academic researches between those that examine cultural products’ authorship by focusing on form and content, that is, the poetic aspects of the work; and those who aim to understand the relations among the contextual conditions involving the production of a television series, the collective creative process, and the process of authorship acknowledgement in these specific experiences. Therefore, Bourdieu’s theoretical and methodological framework urges the relational analyses of two instances – both of the production and of the cultural product itself – in a comprehensive viewpoint of the television series and of the agents involved in its creation (organizations and creative personal), according to specific logics in dispute in the social, economic and media scenario in which they are inserted.
In the case study of the production of the fourth season of Arrested Development on Netflix, we intend to investigate the production and distribution models of the on-demand internet media streaming provider. We also mean to explore the moment in which the company’s executives decided to positioned Netflix in the field of television series production, by investing in serial narratives, with television’s characteristics and language, to be released exclusively through the internet. Finally, we aim to understand the media context in which the company’s executives decided to invest in original programming, as well as the role of management in Netflix’s will to take risks by positioning the company as an environment of creative autonomy and freedom. We argue that these aspects are essential to understanding the position-takings by the showrunner, Mitch Hurwitz, in the production of Arrested Development.