Resumo: A partir da preocupação existente entre a separação do Ambiental e do Urbano e as implicações que isto tem gerado para as políticas públicas, surge a emergência de um trabalho conjunto entre esses dois ramos. Esta necessidade se... more
Resumo: A partir da preocupação existente entre a separação do Ambiental e do Urbano e as implicações que isto tem gerado para as políticas públicas, surge a emergência de um trabalho conjunto entre esses dois ramos. Esta necessidade se tornou, na prática, uma emergente institucionalização das demandas, por meio do Direito Ambiental e do Direto Urbanístico. Pretende-se, portanto, problematizar essa interlocução entre esses direitos para, então, buscar-se justificar a necessidade de construção/formação de um direito à cidade. Tem-se, neste contexto, como norte, a Carta Mundial pelo Direito à Cidade e a Agenda Habitat.
Estimulado pela percepção de um crescente uso do termo “resiliência” em documentos oficiais, em ambientes acadêmicos e no vocabulário popular, o presente trabalho procura explorar as condições para a propagação do termo, assim... more
Estimulado pela percepção de um crescente uso do termo “resiliência” em documentos oficiais, em ambientes acadêmicos e no vocabulário popular, o presente trabalho procura explorar as condições para a propagação do termo, assim como as consequências de seu uso em políticas públicas. O conceito, popularizado no contexto da disciplina da biologia, foi transportado para as ciências sociais a partir de uma aproximação entre as racionalidades da ecologia e da economia. Este movimento de aproximação resultou em uma nova concepção do mundo social como complexo, permeado por toda sorte de riscos, e habitado por sujeitos fundamentalmente vulneráveis. A ampla mobilização do conceito na Nova Agenda Urbana, principal documento da ONU-Habitat para a formulação de políticas urbanas, demonstra o grau de legitimidade conquistado pela ideia de resiliência urbana. Para melhor entendermos como esta ideia é invocada na prática, analisaremos seu uso nos contextos do Furacão Katrina, quando atingiu o sul dos Estados Unidos, em 2005, e no rompimento da barragem da Samarco em Mariana, ocorrido em 2015 em Minas Gerais.
¿How can we use architecture and the history of architecture as sources for the history of emotions? The following paper is part of my larger editorial project (Love in Times of Architecture) on how architecture, as a currency in an... more
¿How can we use architecture and the history of architecture as sources for the history of emotions? The following paper is part of my larger editorial project (Love in Times of Architecture) on how architecture, as a currency in an emotional economy addressed by deterrence strategies, contributed to Latin Americans´ «war in the mind», or shared assumption of what war is, during the Cold War. The book provides insight in how ideas about love were emotional and cultural ingredients in the political management of conflict when «winning hearts and minds» became a soft war strategy. This paper explores the emotional management of «solidarity» by the Latin American delegates in ONU Habitat Conference on Human Settlements 1976, in the face the squatter settlements controversy. In July 1976 during the Vancouver ONU Habitat Conference on Human Settlements, the architectural debate between a technical non-political approach and a political-humanitarian approach to the solutions of squatter settlements´ problems in the Third World, turn into a hostile confrontation of physical and emotional dimensions among aligned, non-aligned and countercultural actors. The controversy was rife with political significance, but Habitat aligned delegates sought to define the critical situation as unpolitical. Nevertheless, rumors on «hippie mobs», «nomadic Arabic campers» (i.e. Palestinians) and communists camping in Forum Habitat, spread even before the conference opening. The Western media spoke of «truculent» Third World «mobs» threatening humanitarian agendas and unnecessarily politicizing architectural discussions. In a climate of distrust, Prime Minister Trudeau´s welcome address to the conference delegates called for a new dynamic of love in man´s relationship with man in the face of rapid population growth: «The only type of love which would be effective in the tightly packed world we already live in would be a passionate love». Days after, when the conflict escalated and the political-humanitarian issues were dismissed, the non-aligned delegations pledged support for a Trudeau-style world of love.