A cultura dos videogames produz questões concernentes aos modos pelos quais a educação e a saúde organizam experiências planejadas para crianças e jovens. Neste trabalho, discutimos como utilizamos videogames em oficinas realizadas com... more
A cultura dos videogames produz questões concernentes aos modos pelos quais a educação e a saúde organizam experiências planejadas para crianças e jovens. Neste trabalho, discutimos como utilizamos videogames em oficinas realizadas com crianças e adolescentes em um serviço de saúde mental. Destacamos dois importantes elementos de análise: primeiramente, [1] o efeito de compartilhamento promovido pelas oficinas de videogame em três níveis: entre jogo e jogadores; entre os participantes do grupo; e relativamente à cultura do videogame. E, em segundo lugar, [2] como esse compartilhamento pode gerar fissuras no dispositivo psiquiátrico, criando modificações, ainda que momentâneas, nos discursos produzidos e nos modos de habitar os espaços do hospital.
Na busca de repensar os clichês que circundam tanto o espaço escolar quanto a educação ambiental, perguntamo-nos: quais as potências que pulsam no que poderíamos chamar de ambiente-escola? Ao propormos uma porosidade de fronteiras entre... more
Na busca de repensar os clichês que circundam tanto o espaço escolar quanto a educação ambiental, perguntamo-nos: quais as potências que pulsam no que poderíamos chamar de ambiente-escola? Ao propormos uma porosidade de fronteiras entre os termos “ambiente” e “escola”, referimo-nos a um ambiente escolar que existe na sua diversidade de afetos, encontros e acontecimentos. Escola que atualmente é alvo de discursos ultraconservadores que visam suprimir sua potencialidade inventiva de espaços-tempos outros. No percurso dessa pesquisa, abrimo-nos às possibilidades de educações ambientais inventivas e nos movimentamos também rumo a uma ressignificação do espaço escolar, adentrando nas narrativas, poéticas e diferenças que o habitam. Em uma escola pública municipal situada em Florianópolis (SC), convidamos estudantes do nono ano do ensino fundamental e distintos trabalhadores a participarem de oficinas que possibilitaram experimentações em educação ambiental em torno das seguintes perguntas: quais narrativas e poéticas povoam este ambiente-escola? De que forma estes narrares se relacionam com as diferenças e multiplicidades presentes neste ambiente-escola? O diário de campo foi um importante dispositivo para o delineamento dessas questões. Num processo coletivo de criação de outros modos de nos relacionarmos com tal espaço, ao realizarmos diferentes experimentações com narrativas e poéticas junto a essa diversidade de sujeitos escolares, mobilizaram-se as dimensões do afeto e do encontro em distintas práticas em educação ambiental.
A presente comunicação oral parte de uma experiência de estágio na Oficina Terapêutica de Expressão e Arte oferecida no PROJAD (Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas/IPUB). Neste trabalho, seguimos a orientação da... more
A presente comunicação oral parte de uma experiência de estágio na Oficina Terapêutica de Expressão e Arte oferecida no PROJAD (Programa de Estudos e Assistência ao Uso Indevido de Drogas/IPUB). Neste trabalho, seguimos a orientação da psicanálise como diretriz de uma clínica que se dá a partir da palavra e da escrita, que permeiam diversos tipos de linguagens artísticas trabalhadas com os usuários. A proposta da oficina envolve a produção de textos em prosa e poesia, canções, recortes e colagens de revistas, desenhos, bem como materiais de divulgação de demais oficinas da instituição. Os temas são trazidos semanalmente pelos próprios participantes; entre eles estão: a dicotomia loucura e normalidade, o sistema social, mudanças e luto. A direção clínica é que a escrita opere enquanto um terceiro a mediar a relação dual entre sujeito e droga, propiciando alguma separação entre ambos através da construção e circulação coletiva de narrativas e questões singulares. Portanto, o grupo funciona como um destinatário dos trabalhos destes sujeitos, viabilizando algum endereçamento possível para criações antes descartadas. A função da coordenação da oficina consiste em propiciar condições para que tal espaço de fala se mantenha enquanto ponto de sustentação de uma elaboração, no sentido dado por Freud em “Recordar, Repetir e Elaborar”(1914). Neste texto, a noção de trabalho psíquico é apresentada como um percurso no qual cada sujeito constrói estratégias únicas e criativas de estabilização para lidar com o mal-estar e o sofrimento. No presente estudo qualitativo apresentaremos recortes de situações e materiais das oficinas associados a levantamento bibliográfico da literatura psicanalítica, visando a pensar os efeitos da escrita quando utilizada como recurso terapêutico na atenção a usuários de álcool e outras drogas.
Parecer avaliativo redigidido em ocasião da banca de avaliação da monografia de conclusão de curso de Isadora Medeiros da Costa Pereira, orientada pelo professor Leandro Belinaso Guimarães. Título do trabalho: "Ondas que trazem desenhos e... more
Parecer avaliativo redigidido em ocasião da banca de avaliação da monografia de conclusão de curso de Isadora Medeiros da Costa Pereira, orientada pelo professor Leandro Belinaso Guimarães. Título do trabalho: "Ondas que trazem desenhos e infâncias do mar" (2020), disponibilizado no repositório da UFSC: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/204082.