Psicologia Junguiana

Este artigo examina o envolvimento de Jung com o fenômeno da religião durante vários estágios de sua vida e acompanha o desenvolvimento correspondente de suas teorias ao longo desses estágios. Demonstra como a religião gradualmente assumiu um lugar definitivo em sua teoria e prática e permeou os temas mais marcantes: a psiquiatria, a psicanálise, a tipologia, a teoria dos arquétipos e, finalmente, a psicologia dos motivos religiosos. As ideias aqui desenvolvidas baseiam-se em uma ampla revisão da literatura sobre a obra junguiana e em uma série de relatos sobre o autor. Desde os anos dedicados à composição de seu Livro Vermelho, Jung empenhava-se em compreender os efeitos psicológicos e históricos do cristianismo. À medida que amadurecia, mais fortemente sentia que sua tarefa era tratar os males espirituais e religiosos de seus pacientes. Toda a sua obra pode ser entendida como uma tentativa de apreender o futuro desenvolvimento religioso do Ocidente, dada sua convicção de que a religião era necessária para a evolução espiritual da humanidade. Uma poderosa ilustração da influência de Jung sobre a segunda metade do século XX foram as Conferências de Eranos, que ele promovia anualmente para discutir ideias inovadoras sobre religião. As conferências tornaram-se um dos mais importantes fóruns de disseminação de suas ideias religiosas junto ao público mais amplo. Em suas pesquisas, ele ativamente cultivava diálogos com teólogos e historiadores da religião e tudo o que publicava relacionava-se, em alguma medida, com o tema, chegando a empregar termos religiosos para designar a primeira das quatro etapas de seu processo analítico: confissão, elucidação, educação e transformação.

Este artigo tem como seu ponto de partida algumas teses fundamentais da psicologia arquetípica, teses desonvolvidas por C. G. Jung e na virada dos anos 1960 e 1970 extensivamete desenvolvidas pelo James Hillman: 1) a imagem como manifestação primária e viva da psique e não como conceito teórico, 2) a necessidade do mito cultural vivo de cada comunidade humana, 3) aconsciência como titular das polaridades (oposições). Estas três teses podem servir como ponto de partida para a interpretação do encontro histórico da cultura europeia/portuguesa do século XVI e da cultura das tribos indígenas brasileiras e por isso também para a interpretação da cultura contemporâneabrasileira. São justamente essas teses que formam a base do pensamento do analista Roberto Gambini. Este estudo pretende apresentar o pensamento de Gambini sobre a identidade e a alma brasileira e referir-se as outras perspectivas junguianas abertas por conceito recente do “complexocultural” e como é aplicado nas condições br...

El presente ensayo tiene por propósito revisar y entender una etapa del ciclo vital en particular, desde la mirada de la psicología analítica junguiana, simbólica y arquetípica; la adolescencia.
Es importante destacar que Jung dividía la vida en cuatro períodos: (1) Infancia hasta la pubertad, (2) Juventud (pubertad hasta los 35-40 años), (3) Madurez y (4) Vejez. Así también, establece como logros psicológicos de la juventud; la separación de la madre, el logro de un yo fuerte, el abandono del estatus infantil, la adquisición de una identidad adulta, y la consecución de una posición social sólida, que también implica el matrimonio y una profesión (Samuels, 2015).
En este trabajo, primero se define la adolescencia desde la psicología del Desarrollo, para luego ampliar esta mirada con los aportes de la Psicología junguiana. Posteriormente se estudia esta etapa a la luz del “Mito o viaje del Héroe” con un respectivo análisis de los Arquetipos que influyen en este período. Luego, se desarrolla el concepto de los “ritos de iniciación” y los efectos que trae a los adolescentes vivir actualmente carente de ritos de paso. Finalmente se analiza el Arquetipo del puer-senex para dar luces explicativas del comportamiento de los adolescentes

O presente trabalho é uma análise da obra autobiográfica Inferno escrita por August Strindberg, orientada pelo referencial teórico da Psicologia Analítica desenvolvida por Carl Jung, naquilo que se relaciona com o simbolismo da alquimia e suas operações. Esse romance foi escolhido pelo minucioso retrato dos subterrâneos da vida psíquica do autor, terreno este muito fértil para o campo da Psicologia Analítica. A preferência pela alquimia como forma de interpretação, advém da constante narrativa de Strindberg e sua busca pela criação do ouro à maneira dos antigos alquimistas. Compreendemos essa busca como um retrato do processo de individuação do personagem. Para a realização da análise, foi utilizado o livro Anatomia da Psique de Edward Edinger, assim como outros autores pertences à temática proposta. A metodologia empregada foi de cunho qualitativo, especificamente o processamento simbólico arquetípico, que visa ampliar os símbolos como elementos constituintes de conhecimento. A partir disso, tornou-se possível a construção de uma síntese entre as etapas alquímicas e as imagens procedentes do texto, permitindo o desdobramento de um diálogo imagético que contribuiu para a interpretação simbólica e plural da obra. Por fim, destacamos também semelhanças entre as ideias de Strindberg e Jung, como sugestões para trabalhos futuros. Alguns paralelos identificados foram: a necessidade dos autores em estabelecer uma comunicação com seus aspectos internos, a personificação do Self enquanto uma imagem dialética e a importância do Livro de Jó na edificação de suas respectivas obras.

Carl G. JUNG y Carl R. ROGERS están entre los gigantes de la Psicología del siglo XX. Jung, suizo, publicó sus principales trabajos en la primera mitad de tal siglo; Rogers, estadounidense y una generación posterior, hizo lo propio en la segunda mitad. No se conocieron, a pesar de las notables semejanzas de caracteres y circunstancias de vida, y prácticamente no se leyeron. Sin embargo, hay un hilo fundamental que conecta y une los planteamientos de ambos, a pesar de sus diferencias de lenguaje y estilos de investigación.
El propósito de este libro es describir tal hilo para contribuir al enriquecimiento de sus propuestas y para avanzar hacia una síntesis entre ellas. Ello, con miras a favorecer el desarrollo de la Psicología y el actual ejercicio de la psicoterapia, arte al que ambos autores dedicaron más de cuarenta años de su vida.
Con esta finalidad, los pasos que se dan son los siguientes. Primero, se sintetiza la biografía, comprensión de la personalidad y perspectiva terapéutica de C.G. Jung. Segundo, se hace lo mismo con la biografía, comprensión de la personalidad y perspectiva terapéutica de C.R. Rogers. Tercero, se establecen las comparaciones con respecto a cada uno de estos tres aspectos. Y, finalmente, se extraen conclusiones y proposiciones.

La carta que nos enviara Betty Meador, estrecha colaboradora de Rogers durante seis años y formada como analista jungiana después, (y que reproducimos en un anexo), nos da la perspectiva final de este libro cuando nos narra que:

Rogers tuvo un sueño hacia el final de su vida, que una vez contó en una reunión pública, así es que siento que se lo puedo decir. Es el Día de Acción de Gracias en su hogar de infancia, aunque él tiene su edad real. Un gran camión se detiene en frente de su casa, transportando enormes barriles de petróleo. Alguien, ¿el conductor?, instruye a Rogers que vaya con él a llevar petróleo a Bollingen. Ese es el final del sueño. Usted probablemente sabrá que Bollingen es el lugar en que Jung construyó su casa de retiro, una torre medieval en el lago de Zurich. Este es un sueño tan bonito que no me atrevo a interpretarlo. Al menos retrata la influencia del inconsciente profundo en su psique. En el fondo Rogers y Jung estaban unidos de una manera fundamental.  (Meador, 1998)

Um breve ensaio que discute uma perspectiva dos opostos Puer e Senex como formas de percepção temporal "sazonal" e "cronológica" a través da psicologia analítica.
O surgimento deste ensaio é complementar ao texto anterior "Puer Aeternus: uma descrição simbólica".

As interpretações de C. G. JUNG sobre os fenômenos psíquicos compõem sua obra e trazem reflexões que permitem incluir a dimensão psíquica no novo paradigma ecológico. Dentro da Psicologia, esse campo de estudos é chamado Ecopsicologia. O paradigma ecológico atual integra a natureza à subjetividade humana, à psique e às imagens arquetípicas. Assim, a crise ecológica pode ser entendida como um sintoma de uma alma coletiva doente. Por meio dessa questão, desejamos expor os conceitos fundamentais da psicologia analítica relacionados à situação do homem moderno diante do paradigma ecológico atual. O objetivo deste trabalho é abordar a Ecopsicologia à luz dos conceitos da Psicologia Junguiana. O paradigma ecológico é integrador e nos permite divisar caminhos múltiplos de realização para o futuro do planeta.

O presente estudo tem como objetivos fazer um levantamento bibliográfico que
auxilie na compreensão do que vem a ser a técnica da Imaginação Ativa, bem como
compreender qual a representação da mesma e seu respectivo manejo clínico,
perante profissionais psicólogos de orientação junguiana. O método, desenvolvido
por Carl Gustav Jung, pai da Psicologia Analítica, pode ser compreendido como um
procedimento introspectivo, de caráter meditativo, que permite ao ego entrar em
contato com conteúdos provenientes do inconsciente, de forma que, através de um
confronto entre estes dois agentes psíquicos, seja possível a chegada a um acordo
e remediação de conflitos. Para o levantamento dos dados, foi realizada entrevista
semi-dirigida com três psicólogos de orientação junguiana. Concluiu-se,
basicamente, com o presente estudo, que a técnica não é bem compreendida em
seus aspectos teóricos e práticos, por parte dos profissionais consultados, e que
pelo menos uma parte deles pode acreditar que incorpora a técnica, usando-a
clinicamente, quando essencialmente não o fazem. O presente estudo também
levantou a possibilidade de que existam outras técnicas psicoterapêuticas que,
embora não sejam identificadas ou associadas àquilo que foi definido como
“Imaginação Ativa”, sejam em linhas gerais a aplicação da mesma, porém, com
outros pressupostos teóricos, o que evidencia pelo menos uma compatibilidade
entre estes procedimentos. De um modo geral, evidenciou-se que a temática da
Imaginação Ativa ainda é pouco explorada e tem potencial para ser mais
profundamente desenvolvida através de novas pesquisas.

Este ensaio considera os antecedentes históricos do envolvimento de Jung com a imaginação, reunindo alguns dos aspectos que influenciaram a elaboração de suas teorias. Cobre o período desde a cultura romântica alemã até seu encontro com o fenômeno espiritualista e sua amizade com Théodore Flournoy, (1854-1920), psicólogo e pesquisador suíço cujos conceitos de estados não ordinários da consciência e 'imagination créatrice' (imaginação criativa) propiciaram a Jung um entendimento profundo e mais amplo a respeito da natureza da mente subliminal. Discute mais especificamente como os experimentos de Jung com a imaginação ativa, um tipo de pensamento dramatizado extensamente explorado por ele em O Livro Vermelho (2013)  tornaram-se uma das mais importantes ferramentas empíricas da psicologia profunda para a investigação de processos psíquicos inconscientes.

Artigo originalmente publicado em inglês: ‘C.G. Jung’s Active Imagination: Alternative Personalities and Altered States of Consciousness’, em: Jaarboek C.G. Jung Vereniging Nederland, Nr. 29 (2013), 36-58. Agradeço de forma especial a Maria Lúcia de Oliveira pela competente tradução deste ensaio.

Para citar esse trabalho: ISBN 978-989-757-048-3
Actas/Anais do Congresso Lusófono: Esoterismo Ocidental, Vol. II Estudos Junguianos: O Homem Moderno em Busca da Alma, ed. Constança Bettencourt, Lisboa 2016.
http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/7624/Ata%20Estudos%20Junguianos%20V2.pdf?sequence=3

Watchmen, romance gráfico de Alan Moore e Dave Gibbons, é sem dúvida uma das obras mais bem-sucedidas no gênero. Eleito como um dos cem melhores trabalhos de ficção de língua inglesa do século XX, em uma lista produzida pela revista Time (figurando ao lado de romances consagrados de autores como J. Kerouac, G. Orwell e E. Hemingway), Watchmen contribuiu para aumentar o prestígio das bandas desenhadas como media. Nosso foco será observar o sexto capítulo de Watchmen – sem que não venhamos a fazer referência a outros momentos da obra, mas o sexto capítulo será nosso ponto de partida e tornaremos a ele ao fim do texto. Nesse capítulo, Moore e Gibbons se detêm sobre o – curto – tratamento psiquiátrico de um de seus personagens. Uma vez Watchmen é uma das obras icônicas da cultura pop, o tratamento psicoterápico de Rorschach pelo psiquiatra Malcolm Long possibilita um palco interessante para o debate da relação terapeuta/paciente e, como não poderia deixar de ser no caso dessa obra, sobre os perigos do atendimento (psiquiátrico ou psicológico) transformar-se em um jogo de poder.
Não se trata (pois não são seres humanos) de analisar os personagens, mas de tentar observar o significado psicológico destes em uma obra específica, e o leitor deve ter em mente a ideia de que não temos aqui a pretensão de reduzir a obra a conceitos psicológicos. Se buscamos ressaltar alguns aspectos de seu valor para o psicólogo, esperamos que com isso também possamos enriquecer a leitura do leigo que se aproxima de Watchmen.

A segunda década do terceiro milênio chega ao fim e, com ela, um cenário político conservador. No Brasil, o poder da bancada BBB (Bala, Boi e Bíblia) no Congresso e a popularidade do presidenciável Jair Bolsonaro atestam isso. Esse cenário é resultado, em parte, da crescente influência das igrejas pentecostais e neopentecostais na arena política, havendo, em geral, uma convergência entre as posições ideológicas dos evangélicos e seus valores familiares. Para compreender esse fenômeno, fez-se um estudo de caso do mito familiar de uma denominação neopentecostal em particular: a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o maior fenômeno religioso do Brasil dos últimos 30 anos, tomando-se como objeto de estudo a literatura produzida sobre e por seu líder e por membros de sua família. Os marcos teóricos do estudo foram: o pensamento do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, criador da psicologia analítica e a sociologia do neopentecostalimo brasileiro. A mitologia familiar IURDiana foi compreendida principalmente a partir do estudo sobre o mito familiar IURDiano, dividida em: o mito do herói, o mito do Eterno Feminino e o mito familiar propriamente dito, um construto teórico ainda pouco explorado na comunidade Junguiana. Outros intérpretes do mito também foram incluídos: Simone de Beauvoir, Joseph Campbell, Mircea Eliade e James Hillman. Apresentou-se um breve histórico sobre as três ondas do pentecostalismo no país e da trajetória da IURD, desde a sua fundação à inauguração do Templo de Salomão. A análise centrou-se nos perfis do homem, da mulher e da família de Deus idealizados por Edir Macedo. Foram apontadas como características da teologia IURDiana: a submissão da mulher, o domínio da razão sobre emoção, o fomento à prosperidade material e a luta constante contra outros credos, havendo evidências de que o mito familiar da Igreja Universal seja uma adaptação pós-moderna da “família tradicional” brasileira. Esta seria uma família patriarcal, cuja configuração coloca o mito pessoal do pai como o mito central da família. Esse modelo de família tradicional ajudaria as fiéis da IURD a recuperarem a unidade familiar e serem valorizadas frente a situações de exclusão econômica e social. As posturas contraditórias dos pastores, obreiros e até do próprio Bispo perante o seu mito familiar também foram discutidas.

La temática de la psicología de la mujer constituye un foco de gran controversia actual tanto en la psicológica en general, como en el campo de la psicología analítica, en particular.
Por su parte, C.G Jung fue pionero en describir como hombres y mujeres poseían aspectos femeninos y masculinos, que debían ser integrados en búsqueda de la personalidad total. Sin embargo, en la actualidad, especialmente desde la postura constructivista-simbólica, han sido criticadas algunas de las ideas centrales de Jung respecto de la psicología de la subjetividad femenina.
Respondiendo a esta controversia, se plantea proponer y describir un modelo teórico acerca del proceso de individuación en la mujer y discutir algunas de sus implicancias teórico-clínicas a través de una revisión bibliográfica, constituyéndose éste, un estudio de tipo teórico.
Al respecto, se plantea un modelo que posee como idea central; la individuación como la búsqueda de lo otro, utilizando las nociones de eros y logos como principios cardinales en el dinámica del desarrollo de la personalidad.

RESUMEN: Dentro del marco de la psicología junguiana el concepto de “arquetipo” ocupa un lugar central en su planteamiento y es axiomático de las propias líneas maestras que definen la psicología analítica. En este artículo nos ocupamos de la definición del arquetipo junguiano, de su frecuente asimilación a la imagen y de sus relaciones con la idea, con el pensamiento sin pensador o “pensamiento preexistente”, tal como en alguna ocasión se refirió a él el propio Jung. A lo largo de todo el artículo nos movemos siempre alrededor los márgenes de esta pregunta: ¿el arquetipo en sí mismo es forma? ¿o es significado? Adelantamos ya nuestra respuesta, que es consonante con la afirmación de Jung: el arquetipo en sí es en incognoscible, es decir, no lo conocemos, y por lo tanto no podemos saber si es forma o significado o cualquier otra cosa, pero de su estudio empírico intentamos extraer ciertas consecuencias que intentarán aclarar el concepto de “arquetipo”, para lo que será necesario poner en valor, y en cierta medida clarificar, el concepto, también junguiano, de “idea”.

Se realiza un análisis clínico de la protagonista de la película Anticristo (Von Trier, 2009). Se reconstruye cronológicamente el proceso que llevó a esta mujer a la locura; cómo la escritura de su tesis genera la aceleración de un complejo materno hipertrófico, que irá creciendo en intensidad hasta que ocurra la invasión arquetípica en la forma de la Madre Terrible (Neumann, 2009). Se utiliza una caracterización de diferentes manifestaciones del complejo materno para clarificar el caso. Además, se pone en tensión esta dinámica con un momento del mito de Psique: su descenso al Inframundo, en donde debe enfrentarse con lo Femenino Primordial, y abandonar el trato maternal y de piedad hacia los otros. A diferencia de la protagonista del relato griego, la madre de la película no puede emerger renovada de esa prueba, sino que se ve invadida por el contenido del inconsciente colectivo con el que se pone en contacto.

Es un hecho conocido en la Cultura que el Arte se anticipa a los cambios visibles de la Cultura tanto en la esfera artística, como científica y aún política. Desde la óptica de la psicología de Jung, el artista está en contacto con los arquetipos del Inconsciente Colectivo que están por emerger y son sus heraldos anticipando los cambios en el Espíritu de la Época.
      La expresión de estos arquetipos del Inconsciente Colectivo son los mitos que al ser proyectados en el cielo, dando forma al caos del cielo estrellado, han dado origen a la Astrología. A través de este arte han subsistido estos mitos y, en especial para la cultura occidental, los grecorromanos. El arte, a lo largo de este Eón, ha sido otra de las formas donde estos mitos han sobrevivido y, a través de estas representaciones, es que estas nuevas tendencias han aparecido, desde su forma más atenuada, hasta cambios de paradigma culturales provocando modificaciones radicales en el desarrollo de la humanidad
En este trabajo abarco las representaciones del Nacimiento de la Venus Urania, desde Apeles (330 a. C aprox.) hasta la fílmica de Terry Gilliam en 1989 describiendo los cambios culturales e históricos que antecedieron y /o  anunciaron.

C.G Jung fue pionero en su época al describir que hombres y mujeres poseían aspectos femeninos y masculinos, que debían ser integrados en búsqueda de la personalidad mas total.
Sin embargo, en la actualidad, especialmente desde las posturas junguianas constructivistas y simbólicas, han sido criticadas algunas de las ideas centrales de Jung respecto las asociaciones a hombres y mujeres de los principios arquetípicos de eros y logos.
Estas críticas fundamentalmente han apuntado a la compartimentalización que Jung propone de estos principios en la psique de hombres y mujeres.
De este modo, esta controversia ha invitado a la revisión de los conceptos de ánima y ánimus, como el único arquetipo que Jung diferenció para hombres y mujeres, hecho que en la psicología junguiana actual es un núcleo de diversas posturas y nuevos desarrollos.
Al respecto, en el presente escrito se plantean algunas nociones centrales de los planteamientos de Jung en torno a las figuras de estas figuras, posteriormente se describirán algunos debates y propuestas actuales relevantes en torno a estos conceptos, proponiendo a su vez, una lectura posible acerca de cómo podría leerse el concepto de ánima y ánimus en el contexto contemporáneo, propuesta que conceptualiza a estos arquetipos como un arquetipo compuesto.


Palabras clave: Ánima/ánimus, individuación, género.

Una concepción rígida y estereotipada de las aportaciones de C. G. Jung no permite su estudio imparcial y desprejuiciado, no dogmático. Además tal dogmatismo frecuentemente orienta la psicología analítica hacia determinadas derivadas ajenas a la investigación psicológica y de cualquier otra índole. Esto es especialmente válido en lo que se refiere a las relaciones entre el yo y el Sí-mismo, conceptos fundamentales e irresueltos que no admiten hoy por hoy ningún conocimiento definitivo. A esto se añade que las dificultades de traducción no favorecen la plena comprensión de los conceptos y el pensamiento propio de un autor como Jung.

RESUMEN: A través de una revisión crítica de su obra utilizando diversos planteamientos de la psicología profunda-especialmente la psicología kleiniana-, mostramos cómo la psicología de Wolfgang Giegerich es una auténtica afirmación del alma sobre sí misma, y en cuanto tal no es susceptible de ser en sí misma refutada, lo que no significa que nos tengamos que creer-ni que hayan de ser verdaderas-todas las afirmaciones subjetivas que Giegerich desliza a lo largo y ancho de su obra, todos sus deseos y apetencias sobre cómo debe ser el mundo moderno. Sin negar sus observaciones acertadas, no tenemos por qué compartir la visión del mundo que Giegerich propone en su obra, su psicología, y el mundo moderno tampoco nos reclama que lo hagamos, como se desprende de lo expuesto en este artículo.

En el presente artículo nos enfocaremos en los Dioses Masculinos propios de un mito estacional del pueblo celta, teniendo como hipótesis que el Dios Solar y el Dios Astado representan dos formas en que la mujer puede vivenciar su ánimus (y por proyección percibir a sus parejas). Haremos un breve pasaje por las variantes celtas más conocidas para presentar luego fenómenos actuales que responden al mismo patrón arquetipal. Esto nos permitirá observar las características de estas imágenes arquetipales en la historia y en el presente para así poder sacar algunas conclusiones con respecto a cómo las mujeres se acercan a lo masculino hoy.
Palabras clave: ánimus, mitología, celtas, Dios Sol, Dios Astado

El trastorno de personalidad borderline (TPB) es una condición psiquiátrica severa, caracterizada por un patrón generalizado de inestabilidad en las relaciones interpersonales, la autoimagen y la afectividad, acompañado por impulsividad, y que tiende a presentarse al principio de la edad adulta. si
bien no existe información estadística concluyente sobre la prevalencia del trastorno en población chilena, estudios indican que se trata de un diagnóstico habitual en pacientes que ingresan a través de los servicios de urgencia, principalmente debido a intentos suicidas. numerosos investigadores se
han aproximado al TPB con el objetivo de describir sus principales características clínicas y psicodinámicas, destacando en este campo los aportes de Otto Kernberg y Marsha Linehan. en este artículo abordaremos algunas propuestas formuladas por autores adscritos a la corriente analítica fundada
por Carl Gustav Jung, ofreciendo algunas claves de lectura a propósito del funcionamiento psicodinámico de los pacientes diagnosticados con TPB. ilustraremos estas propuestas aplicando dichas nociones al análisis de un caso clínico.

En su reseña a la primera traducción inglesa de Tipos psicológicos, el psicólogo conductista J. B. Watson mostró su irritación por el carácter innato que Jung en su obra daba a la tipología psicológica basada en la oposición extraversión-introversión, términos introducidos con fortuna en psicología por primera vez en 1921 a través de aquel libro de Jung. El ambientalismo extremo de Watson, por entonces en auge, rechazaba que el ser humano no fuera una tabula rasa sobre la que la psicología conductista pudiera modelar la conducta a su antojo, nada más lejos de la psicología de Jung. No es extraño por tanto que a Watson le pareciera que el libro de Jung sólo aportaba oscuridad a la psicología. Los conceptos de extraversión e introversión contaban con una larga trayectoria en la historia de las ideas y anteriormente a Jung tuvieron su formulación más psicológica bajo las denominaciones "introspección" y "extrospección" de Binet, psicólogo al que Jung se dirigió con la intención de investigar experimentalmente el "complejo sentimentalmente acentuado", poco tiempo después de haber sido ya estudiado por el propio Jung en sus experimentos de asociación. Finalmente la colaboración con Binet ni siquiera dio comienzo. En el modelo de Jung, el funcionamiento psicológico consistía por un lado en dos actitudes humanas típicas, la extraversión y la introversión, y por otro lado en las funciones psicológicas, también universales, del pensamiento, el sentimiento, la intuición y la sensación. Combinando las dos actitudes con las cuatro funciones se obtenían una serie de perfiles de personalidad caracterizados por el predominio de uno de los tipos resultantes sobre los demás. En el proceso de análisis que tiene lugar en la psicoterapia se podría desarrollar la función y la actitud opuesta a la predominante, que hasta entonces habría permanecido inconsciente, a tal desarrollo de la función opuesta o inferior Jung lo denominó: individuación, un proceso universal e innato,

Duras palabras se han vertido acerca de la filosofía de Hegel desde sus orígenes hasta el día de hoy, sin duda no siempre palabras justas. En la obra colectiva The Hegel miths and legends, editada por Jon Stewart 18 , se presentan una serie de artículos que esclarecen para el público general diversos equívocos que han sido una fuente de malentendidos constantes de la obra de Hegel. Debemos decir, sin embargo, que a pesar de la contribución de estos autores, la mayor parte de las críticas que se han realizado a la filosofía de Hegel siguen todavía hoy en pie sin haber perdido relevancia, entre otros motivos porque aunque la obra de Hegel pueda haber sido objeto de injustos malentendidos, muchos de los seguidores de Hegel, que también le han malentendido, han contribuido a crear, cada uno a su manera, una "hegeleanería" que corre en paralelo a la historia de la filosofía de Hegel y la mayor parte de las veces se confunde con ella. Esa "hegeleanería" es lo que en consonancia con otros autores llamamos en este artículo "la farsa hegeliana". Intelectualmente no es posible tomarse en serio a la hegeleanería. Recordemos también estas otras lacerantes y agudas palabras del filósofo Karl Popper "[Hegel,] su verborragia y la maraña de sus pensamientos (...) es patológica" 13 y pongámoslas en relación con uno de los escritos del psicólogo junguiano Wolfgang Giegerich, Hegel's language 4. En este breve escrito, Giegerich da su opinión respecto al peculiar lenguaje de Hegel, recurre a la autoridad de los filósofos Ernst Bloch y Terry Pinkard y a la del experto en literatura Emil Staiger, defiende la validez y relevancia de las expresiones de Hegel y compara a Jung con un subnormal (!) por haber juzgado equivocadamente a Hegel y su modo de usar el lenguaje. En algunas ocasiones, como en este escrito, es difícil saber si la motivación principal de Giegerich al escribirlo es atacar a Jung-siguiendo la tónica general de casi todos sus escritos-, o bien defender a Hegel (¿su ídolo herido?). Efectivamente, Jung, al igual que Popper, arremetió duramente contra este lenguaje "amanerado" de Hegel, contra su "lenguaje de poder", lenguaje que para Jung es "un síntoma de debilidad, incapacidad y falta de substancia" 10 , palabras duras que lamentablemente pueden también aplicarse a la obra "psicológica" de Wolfgang Giegerich, para el que, sin embargo, "el problema de Jung con el lenguaje de Hegel y de Heidegger es principalmente su propio problema con la modernidad" 4 , modernidad sui generis que para Giegerich es la medida de todas las cosas. Se piense lo que se piense sobre el asunto, parece claro que además de las cuestiones intelectuales en juego, se mezclan en este tema factores altamente emocionales, y por lo tanto cabe

En el abordaje clínico desde la Psicología Analítica a veces es necesario trabajar con productos de origen arquetipal, pertenecientes al inconsciente colectivo. Este trabajo tiene como premisa que las imágenes arquetipales de los cuentos –a diferencia de los mitos-son más accesibles a la población y permiten trabajar de manera más eficiente cuando se presentan en un caso clínico. Objetivo. Reflexionar sobre la utilización del cuento de hadas como herramienta heurística para el diagnóstico y tratamiento de un caso clínico desde la Psicología Analítica. Se describe cómo entiende la Psicología Junguiana la relación entre el sujeto y los cuentos de hadas y se realiza una revisión de las investigaciones existentes en relación a esta temática. Posteriormente se describe el método hermenéutico de interpretación de Von Franz (1993), que es la herramienta tradicional y más extendida a la hora de traducir una narración a lenguaje psicológico para su ulterior utilización. A continuación, se ilustra lo anteriormente desarrollado aplicando el método hermenéutico a La Hermosa del bosque encantado de Charles Perrault. Finalmente, se utiliza una viñeta clínica para ejemplificar la posible utilización del análisis realizado. Se describe la dinámica psíquica escenificada en el relato, desde una perspectiva femenina. El relato tiene como principal problemática el miedo al paso del tiempo y la vejez. Se presentan las posibles apariciones que este relato podría tener en un caso clínico, y cómo el uso de esta técnica le permite al paciente y al terapeuta comprender de manera accesible y profunda la dinámica de aquello que es motivo de consulta. Abstract. In the clinical approach merging from Analytical Psychology, is sometimes necessary to work with archetypal origin products which belong to the collective unconscious. This report has a premise that archetypal images from fairy tales-more than myths-are more accessible to population and allow working more efficiently when presented in a clinical case. Objective. To think about the use of fairy tales as a heuristic tool for a clinical case diagnose and treatment based on the Analytical Psychology. It describes how Jungian psychology understands the relationship between the subject and the fairy tales, and does a revision of the existing researches regarding in relation to this theme. Afterwards, a description of the Von Franz Interpretation Hermeneutic Method (1993) is presented, which constitutes the traditional and more extended tool when it comes to translate a storytelling to psychological language for its subsequent use. Next, the author does an illustration of the previous development, applying the Hermeneutic Method to The Sleeping Beauty by Charles Perrault. Finally, a clinical vignette is used to exemplify the possible use of the analysis performed. A description of the psychic dynamic staged in the story, from a female perspective. The story has a main problematic topic, the fear of time passing and old age. A presentation of the possible appearances that this story could have in a clinical case. Besides, it is described how the use of this technique allows the patient and therapist to understand easily and deeply the dynamic of the reason for consultation.

Este ensaio visa explorar algumas das repercussões teóricas relativas ao debate sobre a dimensão orientada para o crescimento da personalidade que ocorreu na tradição das psicologias de transcendência no final do século dezenove. O eixo psicoterapêutico franco-suíço-inglês-norte-americano foi o nome dado à 'aliança informal' de cientistas de ponta que investigaram uma série de fenômenos ocultos e paranormais que variavam desde o sonambulismo, estados de transe hipnóticos, duplicação da consciência e personalidades múltiplas a mediunidade e fantasias esquizofrênicas patológicas. Os novos insights sobre o complexo fenômeno de dissociação psíquica postulou uma região que era, não apenas reservatório de trauma, mas também, fonte de uma potencialidade além da consciência normal, uma noção que foi continuada e desenvolvida na psicologia de Jung.

Es indudablemente cierto que en cada época hay un pensamiento dominante. En nuestros días existe una filosofía hegeliana y neohegeliana, deudora de la obra Hegel, pero también existe una lógica hegeliana, independiente en sí misma de todo cuanto dijo Hegel, pero subyacente a su obra, e independiente de todo tiempo y época, porque es una lógica arquetípica, un modo de entender el mundo basado en presupuestos psicológicos profundos. Llamaremos a esa lógica por ahora: lógica de la adaptación, por ser ésta la cualidad más destacable de ese tipo de lógica. Efectivamente, es fácil comprobar hasta qué punto subyace al pensamiento de Hegel el deseo de someterse a los ideales modernos, podríamos decir incluso que Hegel quiere ser "esclavo" (en el sentido nietzscheano) de estos ideales modernos. Igualmente el "psicólogo" ¿junguiano? Wolfgang Giegerich quiere ser esclavo del espíritu de nuestro tiempo y expresa psicológicamente en sus escritos, por activa y por pasiva, aquel deseo de adaptación común a Hegel y a él mismo: "Quiero que lo Real me enseñe cómo tengo que pensar, quiero ser puesto en mi sitio" (Giegerich, CEP V, The Flight into the Unconscious). Giegerich quiere adaptar su pensamiento a "lo Real", y de ello se deriva toda su obra y pensamiento, el pensamiento es por lo tanto para él algo secundario a "lo Real", o mejor dicho, a la sensación que él tiene de lo que es "lo Real". Pero esta lógica de la adaptación, tan bien expresada por Giegerich, se extiende aún más allá de la filosofía y de la psicología. Como el joven Nietzsche vio con claridad: "`Date por contento con el mundo dado´, es el canon ético que el materialismo ha generado" (F. Nietzsche, Apuntes para un ensayo sobre Demócrito, Obras completas I). "Amoldarse a lo dado", tal es el credo común de la filosofía de Hegel, de la psicología de Giegerich y del materialismo científico, lo que no tiene nada de extraño si consideramos la siguiente transformación: HEGELIANISMO > MATERIALISMO Porque, efectivamente, el hegelianismo ha derivado en materialismo: "Otra clase de herederos [de Hegel], que leerá a Hegel más seriamente, (…) declarará que el esclavo no se libera sino esclavizando a su vez. Las doctrinas posthegelianas, olvidando el aspecto místico de ciertas tendencias del maestro, han llevado a estos herederos al ateísmo absoluto y al materialismo científico." (Albert Camus, El hombre rebelde)