Trilha Sonora

Este trabalho é dividido em 3 partes. A primeira apresenta uma análise sobre a composição da arrecadação financeira do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de direitos autorais de execução pública (ECAD), destacando a contribuição das emissoras de televisão. A segunda parte analisa as atas das reuniões da Assembléia Geral do órgão, onde estão registrados os debates que encaminharam as alterações do Regulamento de Distribuição do ECAD que afetaram os compositores de televisão, e outros aspectos indiretamente relacionados. A terceira apresenta um trabalho de investigação etnográfica com alguns desses compositores, predominantemente da TV Globo, em que procuro destacar a trajetória de suas reações frente às alterações descritas na segunda parte, assim como os traços fundamentais de sua organização do trabalho de produção musical, através dos quais busco responder a algumas questões relacionadas à legitimidade artística da categoria.

Através de análises embasadas no conceito de diègesis, um mundo ficcional, interpretado por Cláudia Gorbman, de vococentrismo de Michael Chion, programas e materiais de Jesper Juul apontamos uma semelhança na importância hierárquica do diálogo no cinema para com os sons transdiegéticos, sons de interação entre o jogador e o jogo eletrônico, termo esse criado e desenvolvido por Kristine Jørgesen. Com isso, mesmo que equivalentes, o diálogo, no cinema, e o som transdiegético nos jogos eletrônicos, se manifestam sonoramente diferentes enquanto sintaxe e semântica sendo que o cinema se pauta no significado do texto e o jogo eletrônico se pauta no significado dos sons.

A trilha sonora, que vem do termo inglês soundtrack, é composta por todos os sons de um filme. Porém, sem dúvida um dos mais fascinantes deles é a música. A música de cinema é a música feita especialmente para a imagem, composta para dar vida musical ao que vemos na tela. Ela serve para dramatizar a cena, nos trazendo sentimentos; para anunciar um personagem ou objeto; para nos fazer dançar; para ambientar um local com música diegética; entre muitas outras funções. Como é tão importante a música dos filmes. Desta forma, irei analisar nesta monografia a música de onze filmes potiguares realizados nos últimos cinco anos e qual a sua importância nestes filmes.
Palavras Chave: Música, Cinema, Trilha Sonora

Os caminhos a serem explorados dentro de uma cinematografia tão rica como a de Kenji são praticamente incontáveis, e dentro das possibilidades a música mostra-se um tanto ponderosa, para além dos diversos diagnósticos imagéticos possíveis. Sendo assim, o presente trabalho traz uma pequena sondagem das instalações sonoras otimamente realizadas no filme Ugetsu (1953). A composição da trilha é fruto do trabalho gradativo entre Kenji Mizoguchi e Fumio Hayasaka, este último um dos maiores compositores da música clássica e de trilhas sonoras atreladas a cinematografia japonesa.

Partindo de observações a respeito das culturas juvenis, da prática do juvenicídio no Brasil e da intermidialidade como ferramenta de pesquisa na análise de produções audiovisuais, o trabalho traça uma análise do longa-metragem Bróder (2011), com o objetivo de evidenciar como a trilha sonora e o rap em especial são apropriados na narrativa fílmica para desconstruir o estigma do jovem criminalizado. O filme faz parte de corpus de pesquisa de doutorado em andamento na Universidade de São Paulo, cujo foco são as políticas de representação críticas à criminalização de jovens moradores das periferias brasileiras e em circulação nas mídias audiovisuais. Delineiase como hipótese da pesquisa o entendimento de que um dos eixos articuladores das políticas de representação críticas à criminalização das juventudes pode ser denominado como culturas juvenis, na qual tais culturas articulam, em sua materialidade audiovisual e intermidiática, processos de re-cidadania e valorização das identidades dos sujeitos estigmatizados.