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Na presente comunicação o autor apresenta o modelo de investigação, o qual constitui a base de estudo do envolvimento dos portugueses com o tema da nutrição. A literatura evidencia que o envolvimento é um preditor do sucesso das campanhas... more
Na presente comunicação o autor apresenta o modelo de investigação, o qual constitui a base de estudo do envolvimento dos portugueses com o tema da nutrição. A literatura evidencia que o envolvimento é um preditor do sucesso das campanhas de comunicação públicas. Conhecer o envolvimento que os portugueses têm com o tema da nutrição permitirá identificar e caracterizar os grupos de alto, médio e baixo envolvimento, segmentando-os. E esta segmentação constitui uma ferramenta valiosa para a definição de estratégias de comunicação sobre o tópico da alimentação, possibilitando adequar programas, meios e mensagens a cada segmento. O modelo de investigação aborda o envolvimento numa perspectiva explicativa, propondo estudar-se as motivações que explicam o envolvimento das pessoas com a nutrição, considerando três hipóteses: motivações relacionadas com a saúde (tanto como prevenção como para evitar o agravamento de doença diagnosticada), motivações relacionadas com a aparência física, e mot...
Objectivo da Investigação: Estudar o nível de envolvimento com o tema da nutrição, relacionando-o com o interesse em informação sobre nutrição. Objectivo da comunicação Apresentar os resultados da investigação sobre o envolvimento dos... more
Objectivo da Investigação: Estudar o nível de envolvimento com o tema da nutrição, relacionando-o com o interesse em informação sobre nutrição. Objectivo da comunicação Apresentar os resultados da investigação sobre o envolvimento dos indivíduos com o tema da nutrição e sua relação com o interesse em informação sobre nutrição.N/
Page 1. “Do Multimedia ao Wireless: As Dietas Mediáticas dos Portugueses” Rita Espanha, Luís Soares e Gustavo Cardoso Resumo: Se o séc. ... conhecimentos (GustavoCardoso, 2002). Fausto Colombo (1993) considera novos ...
Aim: During the ongoing wave of the COVID-19 pandemic, there is a recognized need for utilizing mobile social media to facilitate the dissemination of information and to promote public engagement in controlling COVID-19. This paper seeks... more
Aim: During the ongoing wave of the COVID-19 pandemic, there is a recognized need for utilizing mobile social media to facilitate the dissemination of information and to promote public engagement in controlling COVID-19. This paper seeks to explore the relationships between the frequency of use of Sina-microblog, satisfaction with this use, COVID-19related knowledge, health attitudes and the uptake of precautionary measures.
Since the coronavirus disease (covid-19) was declared a public health emergency of international concern by the World Health Organization in January 2020, it has led to the loss of millions of human lives and a global economic recession.... more
Since the coronavirus disease (covid-19) was declared a public health emergency of international concern by the World Health Organization in January 2020, it has led to the loss of millions of human lives and a global economic recession. Recently, there has been a recognized need for effective health communication via social media to deliver accurate information and promote pertinent behavioral change. Thus, this study provides a systematic review to explore what has been done, what conflicts exist, and what knowledge gap remains in terms of social media use during the covid-19 wave, indicating relevant communication strategies. This research is based on 76 relevant papers taken from searches on the Web of Science and Google Scholar. The analysis revealed that much of the literature confirms the positive effect of social media on information propagation and promotion of precautions in the control of covid-19. The spreading of rumors, especially about government performance, in socia...
Informação, comunicação e programas de intervenção em saúde precisam ser planejados com dados precisos e oportunos. Com o objetivo de conceber a dinâmica do comportamento de busca de informação e uso de dispositivos digitais de saúde,... more
Informação, comunicação e programas de intervenção em saúde precisam ser planejados com dados precisos e oportunos. Com o objetivo de conceber a dinâmica do comportamento de busca de informação e uso de dispositivos digitais de saúde, realizamos uma revisão de literatura abordada pela perspectiva de Usos e Gratificações. No estudo analisamos onze artigos produzidos na última década e obtivemos como resultado a formulação teórica de que o usuário procura conhecimento para o autocuidado em saúde com as variantes de 1.Gerenciamento emocional do adoecimento, 2.Gerenciamento do dia-a-dia no processo de adoecimento, e 3.Gerenciamento da motivação para o autocuidado contínuo. Considerações sobre a estruturação da hipótese formulada bem como sobre os conceitos relacionados às suas categorias são fornecidas.
The study of involvement is grounded in its widely accepted role as a mediator of the effects and effectiveness of advertising messages, having already shown evidence of its impact on target audiences’ receptivity to communication.
New technologic environments secure to their users sophisticated exit routes to intrusive publicity. There is, actually a crescent recognition about the sophistication of consumers and the complex relationship between propaganda on the... more
New technologic environments secure to their users sophisticated exit routes to intrusive publicity. There is, actually a crescent recognition about the sophistication of consumers and the complex relationship between propaganda on the digital world. Such a position is supported by 200 million users of Ad blocking software estimated throughout the world. It seems clear that relevant, smart and attractive productions are key pieces to perpetrate advertising as a business in this environment. However, how does the social networks user synthesize these concepts? What are the motives that lead users of digital media to expose themselves to advertising messages? In view of the fact that the nature of the advertisements consumption requires a high degree of interest from the audience member for their exposure, we have conducted a study in Brazil and Portugal, developed by applying the method of Grounded Theory, firmly rooted in one hundred and eighteen in-depth interviews conducted in 201...
La promoción de la alfabetización en salud (AES) está generando cambios significativos en la forma que las personas y los órganos oficiales perciben y gestionan la salud. Los medios de comunicación aparecen como uno de los elementos... more
La promoción de la alfabetización en salud (AES) está generando cambios significativos en la forma que las personas y los órganos oficiales perciben y gestionan la salud. Los medios de comunicación aparecen como uno de los elementos estratégicos para el desarrollo en ese tipo de alfabetización. El objetivo de este artículo es conocer el nivel de visibilidad de las informaciones que fomentan la alfabetización en salud - IFAES - en los diferentes medios de comunicación en Portugal. Se analizaron 947 noticias. Los resultados preliminares de esa investigación indican que las informaciones vinculadas a la alfabetización en salud aún tienen bajo nivel de visibilidad en los medios lusos y, además, revelan que los temas vinculados a la salud pública y tratamientos de enfermedades tienen mayor cubertura que los temas asociados a la prevención de riesgos de la salud o la gestión particular de una vida sana.
The new peer-to-peer (P2P) technologies have impacted the film industry, which advocates sanctions against the downloading and sharing of products found on the Internet. But the economic effect of file sharing on the film industry remains... more
The new peer-to-peer (P2P) technologies have impacted the film industry, which advocates sanctions against the downloading and sharing of products found on the Internet. But the economic effect of file sharing on the film industry remains difficult to determine. In this article, we ask whether file sharing networks will affect the survival or potential growth of European cinema. The steady decline in traditional film distribution channels for European productions—cinema theatres and direct sales or renting—is leading to the emergence of new distribution channels. And yet the results of the movie industry’s calls—including those voiced by its European players—for stronger legislation against these same distribution channels are making their way through Europe by means of enforcement tools like HADOPI and other graduated response programs. Our hypothesis is that this offensive runs the risk of condemning a potential open distribution network and commons business model at its birth. For this, we start by clarifying the emerging global P2P phenomenon; we then stipulate what we mean by European cinema, outline its peculiar traits, and contrast it with North American cinema. Finally, we compare the consumption of European film in theatres with the availability of seeds and leechers for European cinema in P2P networks.
O aparecimento, e a consequente massificação da utilização, das tecnologias de informação e comunicação (TIC) veio permitir, nomeadamente no seio do mundo ocidental, a comunicação e interacção entre indivíduos, de forma praticamente... more
O aparecimento, e a consequente massificação da utilização, das tecnologias de informação e comunicação (TIC) veio permitir, nomeadamente no seio do mundo ocidental, a comunicação e interacção entre indivíduos, de forma praticamente universal. As suas características têm impacto em quase todas as áreas da sociedade, não sendo imunes à mudança os serviços de cuidados de saúde. Neste âmbito, e num contexto de sociedades com populações cada vez mais envelhecidas, a utilização das tecnologias da comunicação proporcionou a geração de novas fontes de valor, à medida que os custos vão sendo reduzidos e novas políticas públicas de saúde, onde o utente ocupa uma posição activa e central, vão surgindo. Esta transmissão de parte da responsabilidade da saúde pessoal do Estado para o sujeito, insere-se no âmbito de um projecto de autonomia mais abrangente, característico da era actual, e que engloba outras vertentes da esfera social além da saúde, como por exemplo o sector do ensino. Para compreendermos a importância dos processos de autonomia, nas sociedades contemporâneas, estes devem ser entendidos como a afirmação por parte do indivíduo da sua capacidade de pensar e agir em função dos seus próprios critérios, valores e esforços, mas também no sentido de “empowerment” do indivíduo em relação ao sistema de saúde, indivíduo que se apresenta perante os sistemas tradicionais “armado” com a informação que encontra na Internet, ou que adquiriu ao assistir a uma série televisiva. É um sujeito “empowered” pelas tecnologias de comunicação e informação, se entendermos empowerment na concepção de Friedmann (1996), ou seja, a autonomia individual na tomada de decisões, sendo que essa capacidade depende sempre do acesso à informação. Um projecto de autonomia é assim, tal como sugere Castells (2003), a afirmação por parte de uma pessoa da sua capacidade de pensar e agir em função dos seus próprios critérios, valores e esforços. No caso concreto da sociedade portuguesa o projecto de controlo corporal dos indivíduos indica a procura do controlo da sua própria saúde e de construção de alguma autonomia face às indicações dos especialistas e das instituições de saúde, definindo-se empiricamente pela leitura dos folhetos relativos aos medicamentos e pela procura de fontes de informação complementares, para além do médico, em casos de doença.
Quando em 1971, na sequência da reforma1 do sistema de saúde e assistência, é primeiramente visível o ensaio de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) marcam-se as coordenadas gerais para as décadas subsequentes: o reconhecimento do direito à... more
Quando em 1971, na sequência da reforma1 do sistema de saúde e assistência, é primeiramente visível o ensaio de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) marcam-se as coordenadas gerais para as décadas subsequentes: o reconhecimento do direito à saúde (universal) dos portugueses, com o Estado a asseverá-lo mediante uma política unitária na alçada do ministério; a integração das actividades assistenciais e de saúde, aspirando à racionalização da utilização dos recursos, e a concepção de planeamento central e execução descentralizada, apta a dinamizar os serviços locais. Esclareça-se, no entanto, que a partir de 1974 a política de saúde em Portugal vive profundas metamorfoses, a reboque de circunstâncias sociais e políticas indutoras da formação do SNS passados cinco anos, cabendo ao Estado assegurar a promoção, prevenção e vigilância da saúde de todos os cidadãos (linha já patente no texto constitucional de 1976). Tendo como desígnio efectivar a protecção da saúde individual e colectiva, o SNS abarca a totalidade dos cuidados integrados de saúde, compreendendo a promoção e vigilância desta, a prevenção da doença, o diagnóstico e o tratamento. Goza de autonomia financeira e administrativa, assenta numa organização descentralizada, congregando órgãos de abrangência central, regional e local e envolvendo serviços de prestação primários (o lançamento dos centros de saúde dá-se por volta de 1972) e diferenciados. Valerá a pena aludir ao novo estatuto do SNS, de 1993, consagrando a separação entre sistema e serviço – “as unidades públicas não constituem as únicas entidades prestadoras de cuidados, pois sempre existiu um importante sector privado que vende serviços aos cidadãos e ao próprio SNS” (Simões, 2004: 73) – e tentando superar a dicotomia cuidados primários/diferenciados pela criação de dispositivos integrados, fomentando a articulação entre grupos personalizados de centros de saúde e hospitais, buscando uma gestão de recursos mais próxima dos destinatários. O ano de 1999 veria então nascer o regime dos Sistemas Locais de Saúde (SLS): “pretendia-se a criação de mecanismos de convergência de recursos, de participação activa e de coresponsabilização de outros serviços e instituições, públicos e privados que, numa determinada área geográfica, desenvolvam actividades na área da saúde” (Simões, 1 A célebre reforma de Gonçalves Ferreira. 4 2004: 84). Falta considerar que, mais recentemente, aprovado outro modelo de gestão hospitalar (Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro), se aplicaram mudanças significativas na Lei de Bases da Saúde, institucionalizada que foi, na Rede de Prestação de Cuidados, a lógica empresarial (EPE). De somenos importância para o aperfeiçoamento constante dos sistemas de saúde não será, sugere Marc Danzon, “a questão (…) de saber qual é a melhor forma de utilizar os recursos humanos e financeiros da saúde” (prefácio a Sakellarides, 2005: 6-7). Mas o director regional da OMS para a Europa não esquece o papel das novas tecnologias da informação e da comunicação. E é esse papel, e ainda as questões que se colocam à saúde, e suas instituições, no uso, adopção, integração e promoção das novas tecnologias da informação e da comunicação que nos interessa analisar neste relatório.
As tecnologias de informação e comunicação possuem importância central nas sociedades modernas. Esta importância não se deve somente à evolução tecnológica per si, mas a todo um processo de mudança ao nível da organização social e das... more
As tecnologias de informação e comunicação possuem importância central nas sociedades modernas. Esta importância não se deve somente à evolução tecnológica per si, mas a todo um processo de mudança ao nível da organização social e das estruturas de base das sociedades modernas. Segundo Castells, assistimos nas sociedades contemporâneas desenvolvidas, a um novo modo de desenvolvimento, o informacionalismo, em que “o poder dos fluxos se sobrepõem aos fluxos de poder”, numa "sociedade que, assim, podemos designar de sociedade em rede, caracterizada pela primazia da morfologia social sobre a acção social” (Castells, 2002:605). A importância das tecnologias de informação é hoje debatida nas mais variadas esferas sociais. No campo político, por exemplo, a União Europeia assume o projecto de implementação das TIC, principalmente da Internet, como uma das prioridades na política presente e futura dos estados membros. Esta estratégia, ficou ainda mais clara quando, em Março de 2000, se realizou em Lisboa o Conselho Europeu. Delineou-se então a estratégia de desenvolvimento da economia do conhecimento, no sentido de torná-la a mais competitiva e dinâmica do mundo, no que ficou conhecido como a “estratégia de Lisboa”, tendo sido lançado o Plano de Acção eEurope. No projecto de uma Europa em rede, a saúde encontrou o seu espaço com o projecto eHealth. Deste modo, aquando da e-Health Ministerial Conference, foi elaborado o documento “e- Health Ministerial Declaration”: «e-Health is today’s tool for substantial productivity gains, while providing tomorrow’s instrument for restructured, citizen-centred health care systems and, at the same time, respecting the diversity of Europe’s multi-cultural, multi-lingual health care traditions. There are many examples of successful e-Health developments including health information networks, electronic health records, telemedicine services, wearable and portable monitoring systems, and health portals»1. 1 http://ec.europa.eu/information_society/eeurope/2005/all_about/ehealth/index_en.htm
Os telemóveis tornaram-se parte integrante do nosso quotidiano e, hoje em dia, é difícil concebermos o mundo sem eles. Se um indivíduo se perde, telefona a pedir indicações do caminho, em vez de perguntar a alguém na rua. Manifestações... more
Os telemóveis tornaram-se parte integrante do nosso quotidiano e, hoje em dia, é difícil concebermos o mundo sem eles. Se um indivíduo se perde, telefona a pedir indicações do caminho, em vez de perguntar a alguém na rua. Manifestações são convocadas através de SMS. O telemóvel é também agenda, lista de contactos, arquivo de ficheiros, walkman, rádio, despertador, consola de jogos, calculadora e relógio. O impacto dos telemóveis na sociedade actual é portanto inegável. No entanto, a natureza precisa desse impacto, assim como as suas implicações em termos de transformação da vida social, permanecem por identificar e analisar em profundidade. Antes de 1991, Portugal vivia sem este tipo de dispositivo. Decorridos apenas 16 anos, o uso deste equipamento tornou-se banal e, nos dias que correm, é difícil encontrar alguém que não possua pelo menos um telemóvel. Em consequência desta rápida massificação, o sector das telecomunicações tornou-se um dos que cresceu a um ritmo mais acelerado no âmbito da História da Tecnologia. Tão rápido, que torna-se por vezes difícil recordar como era organizado o nosso quotidiano antes dos telemóveis. Mas qual o motor deste crescimento? O que explica a adesão das massas a este dispositivo? Serão os telemóveis expressões da identidade, ferramentas, uma moda, ou uma combinação de todos estes elementos? Apesar dos telemóveis serem normalmente considerados meros instrumentos ao serviço dos seus donos, eles são também artefactos sociais. Enquanto meio de comunicação, eles suportam a relação com o outro. Mas para além disso, a prática comunicativa através do telemóvel é influenciada pelo contexto social em que este é utilizado e, ao poder ser activado a partir de qualquer parte e a qualquer momento, o telemóvel passou a assumir também um papel social activo. Mas quem comunica com quem? Qual a estrutura das redes sociais criadas pela comunicação através do telemóvel? Estará o uso do telemóvel associado a um esbatimento das fronteiras entre os contextos sociais das práticas individuais, à medida que os papeis que desempenhamos no quotidiano se intercruzam?
A vigilância e nos dias de hoje um fenomeno disseminado a escala global. A sociedade em Rede, a disseminacao das ferramentas de Web 2.0 e o advento dos dispositivos moveis com acesso a Internet fomentam o surgimento de novas dinâmicas de... more
A vigilância e nos dias de hoje um fenomeno disseminado a escala global. A sociedade em Rede, a disseminacao das ferramentas de Web 2.0 e o advento dos dispositivos moveis com acesso a Internet fomentam o surgimento de novas dinâmicas de interacao social e por conseguinte de vigilância em ambiente 2.0. Este ensaio tem como principal objetivo o de apresentar a ainda muito recente e pouco estudada Vigilância Lateral na Web 2.0 na vertente de seguranca e policiamento. Com vista a contextualizacao deste novo fenomeno de vigilância serao analisados dois episodios: os tumultos de Vancouver de 2011 e os atentados de Boston de 2013.

And 75 more

Research Interests:
Este livro é o produto do trabalho desenvolvido por um conjunto de investigadores das áreas das ciências sociais e da economia, no contexto do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (ISCTE-IUL) em Lisboa e de projectos e parcerias... more
Este livro é o produto do trabalho desenvolvido por um conjunto de investigadores das áreas das ciências sociais e da economia, no contexto do Centro de Investigação e Estudos em Sociologia (ISCTE-IUL) em Lisboa e de projectos e parcerias internacionais. Muitas das temáticas aqui abordadas foram também apresentadas no conjunto de seminários que, a convite de Manuel
Castells, realizei no Internet Interdisciplinary Institute (IN3) em Barcelona em 2010 e 2012. O nosso trabalho de observação e análise incidiu sobre um conjunto diferenciado de registos espaciais que incluem países dos diferentes continentes. Estes trabalhos foram apresentados em conferências internacionais
ou serviram de base para relatórios de redes de investigação, ou foram mesmo publicados em versões iniciais, mas nunca antes foram alvo de uma interpretação global sobre o que eles nos dizem do que é a comunicação contemporânea. Daí que este seja um livro tanto prático, como teórico. É um livro que procura responder tanto a ansiedades das disciplinas científicas que
estudam a comunicação quanto as que assaltam as empresas na tentativa de compreender o que lhes espera no futuro próximo. Acima de tudo, este é um livro que procura colocar questões diferentes para tentar obter respostas diferentes.
Respostas sobre como compreender o que está a ocorrer com a sociologia na sua busca de perceber a realidade. Respostas sobre o papel dos ecrãs e da mediação nas nossas culturas e sociedades, mas também respostas muito concretas sobre
o que espera o cinema europeu nas suas relações com os seus públicos ou das dinâmicas familiares que se estabelecem entre pais e filhos no contexto dos novos modelos de comunicação nos agregados familiares.
Este é também um livro sobre como se investiga quando os objectos de estudo estão para além da dimensão nacional e envolvem a comparação de realidades tão díspares como os Emirados Árabes Unidos, a China, Portugal e os Estados
Unidos, ou quais as culturas que a comunicação de rede está a criar e que podem estar a mudar as nossas vidas num contexto de crise.
Mas, da mesma forma que a crise global, iniciada em 2007, coloca desafios às nossas vidas pessoais no quotidiano, também coloca escolhas difíceis às empresas do sector da comunicação. Tal torna imperativo questionar o que é hoje a televisão, a rádio, a imprensa escrita e fazê-lo num contexto de interpretação da sociologia dos ecrãs.
Research Interests:
Nos dias de hoje, muitos pais poderão pensar que pouco conhecem dos seus filhos, o seu quotidiano poderá parecer estranho, e penetrar no seu mundo ou pelo menos entendê-lo poderá parecer uma tarefa hercúlea. Por exemplo, os jovens parecem... more
Nos dias de hoje, muitos pais poderão pensar que pouco conhecem dos seus filhos, o seu quotidiano poderá parecer estranho, e penetrar no seu mundo ou pelo menos entendê-lo poderá parecer uma tarefa hercúlea. Por exemplo, os jovens parecem tratar a linguagem quase como uma tecnologia
que vai sofrendo actualizações constantes. A esta clivagem linguística junta-se a forma como os mais jovens alteram e brincam com a linguagem escrita nos telemóveis e nas conversas através da internet. As gerações mais novas têm crescido no meio de mudanças no domínio da interactividade da
comunicação e no meio de um sistema de múltiplos produtores e distribuidores.
Ademais, novas competências parecem estar a ser adquiridas intuitivamente pelos mais novos como a forma de explorar a interligação entre as várias realidades mediáticas e a forma de operar vários expedientes mediáticos simultaneamente. Longe parecem os tempos das longas brincadeiras na rua com brinquedos rudimentares, muitos feitos pelas próprias crianças.
O que preenche a vida dos jovens de hoje parecem ser “engenhocas” electrónicas e as suas vidas parecem pulsar ao ritmo dos ecrãs da televisão, dos telemóveis ou dos computadores. As próprias conversas (offline) entre pares
são muitas vezes guiadas por esses ecrãs, discutindo-se a telenovela da moda, as conversas do Messenger ou as mensagens de telemóvel enviadas.
Deste modo, muitos pais poderão perguntar-se como poderão penetrar no mundo dos seus filhos. Quais serão os pontos de contacto, os interesses comuns que se poderão estabelecer entre pais e filhos?
Research Interests:
Este livro, da autoria de Gustavo Cardoso, Rita Espanha e Tiago Lapa, e publicado pela Editora Âncora, é sobremediação e literacias. Tem como objectivo principal fazer uma análise de como os jovens em Portugal usam os media e quais as... more
Este livro, da autoria de Gustavo Cardoso, Rita Espanha e Tiago Lapa, e publicado pela Editora Âncora, é sobremediação e literacias. Tem como objectivo principal fazer uma análise de como os jovens em Portugal usam os media e quais as literacias por eles desenvolvidas e aplicadas nesses processos comunicativos e de mediação. É um livro que resulta da reflexão realizada pelos autores em torno e a partir de dois projectos de investigação desenvolvidos no âmbito do CIES-ISCTE/IUL, em 2006
Este livro é o produto de dois seminários internacionais promovido pelo Europe and Latin America Research Program (ELARP), do CIES/ISCTE, realizados com o patrocínio do Programa Lusitânia (FCT-Instituto... more
Este  livro  é  o  produto  de  dois  seminários  internacionais  promovido  pelo  Europe  and Latin  America  Research  Program  (ELARP),  do  CIES/ISCTE,  realizados  com  o  patrocínio  do
Programa  Lusitânia  (FCT-Instituto  Camões-GRICES).  Os  seminários,  realizados  em  Lisboa  e Buenos Aires em 2005,  tiveram como temática “A sociedade de informação: visões e abor-
dagens nacionais de Portugal, Argentina, Brasil, Chile e Uruguai”.
Contando  com  a  participação  de  conferencistas  de  Portugal,  Brasil,  Chile,  Argentina  e Uruguai  estes  eventos  constituíram  um  espaço  privilegiado  de  debate  sobre  as  relações entre a União Europeia e o Mercosul. As intervenções focaram diversos temas relacionados com  a  evolução,  perspectivas  e  dimensões-chave  da  construção  da  sociedade  de  informa-
ção nos dois espaços (Europa e América do Sul) e até que ponto a proximidade cultural condiciona  ou  não  a  similitude  de  políticas,  experiências  e  necessidades  nestes  cinco  países
ibero-americanos. Os eventos contaram igualmente com a participação de colegas oriundos da França e da Itália. Dos seminários ao convite para juntar numa mesma obra contribuições dos participantes passaram-se 2 anos. Os trabalhos aqui publicados reflectem no essencial o que de investigação foi realizado pelos participantes mas também o produto das interac-
ções e aprendizagens realizadas em comum.
Um livro é também a busca de um traço comum de escrita. Um livro de carácter académico  e  produto  de  diferentes  autores  precisa  de  oferecer  uma  visão  integradora.  E  aquela
visão que nos junta aqui é a de todos sermos cidadãos de sociedades em transição. As sociedades aqui analisadas são sociedades em transição para um modelo informacional baseado
em organização social em rede, isto é, sociedades em rede (Castells, 2002). Como se verifica  pela  análise  das  realidades  de  duas  sociedades  em  transição,  como  a  catalã  e  a  portu-
guesa (Castells et al., 2003, Cardoso, et al., 2005), a Internet é apropriada de forma diferente por diferentes pessoas e nem todas realizam usos que a diferenciem face ao que outros
media poderiam já oferecer. Essa é uma realidade mais perceptível porventura em sociedades onde os níveis de utilização da Internet são ainda reduzidos.
Research Interests:
Quais são, na TV generalista, os Apresentadores de Noticiários preferidos dos portugueses? Globalmente, os portugueses preferem qualificar positivamente os apresentadores de noticiários e mostram-se mais reservados quanto a criticá-los... more
Quais são, na TV generalista, os Apresentadores de Noticiários preferidos dos
portugueses?
Globalmente, os portugueses preferem qualificar positivamente os apresentadores de
noticiários e mostram-se mais reservados quanto a criticá-los negativamente. A taxa
de resposta é superior a 50% quando se pede que os inquiridos se pronunciem sobre
qualificativos positivos como o apresentador preferido, o mais credível e o mais
divertido. Por contraste, uma taxa resposta muito inferior (entre17-28%) quando se
tratam de qualificativos negativos, tais como eleger o apresentador menos
interessante e aquele de que não gosta/suporta
Research Interests:
O trabalho que aqui se apresenta tem como objectivo central compreender quais são os principais traços que caracterizam as Tecnologias de Informação e Comunicação no campo da saúde em Portugal, a sua utilização, as suas... more
O trabalho que aqui se apresenta tem como objectivo central compreender quais são os principais traços que caracterizam as Tecnologias de Informação e Comunicação no campo da saúde em Portugal, a sua utilização, as suas potencialidades e os desafios que colocam à Sociedade Portuguesa.
Research Interests:
Quando em 1971, na sequência da reforma1 do sistema de saúde e assistência, é primeiramente visível o ensaio de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) marcam-se as coordenadas gerais para as décadas subsequentes: o reconhecimento do direito à... more
Quando em 1971, na sequência da reforma1 do sistema de saúde e
assistência, é primeiramente visível o ensaio de um Serviço Nacional de Saúde (SNS)
marcam-se as coordenadas gerais para as décadas subsequentes: o reconhecimento
do direito à saúde (universal) dos portugueses, com o Estado a asseverá-lo mediante
uma política unitária na alçada do ministério; a integração das actividades
assistenciais e de saúde, aspirando à racionalização da utilização dos recursos, e a
concepção de planeamento central e execução descentralizada, apta a dinamizar os
serviços locais. Esclareça-se, no entanto, que a partir de 1974 a política de saúde em
Portugal vive profundas metamorfoses, a reboque de circunstâncias sociais e políticas
indutoras da formação do SNS passados cinco anos, cabendo ao Estado assegurar a
promoção, prevenção e vigilância da saúde de todos os cidadãos (linha já patente no
texto constitucional de 1976). Tendo como desígnio efectivar a protecção da saúde
individual e colectiva, o SNS abarca a totalidade dos cuidados integrados de saúde,
compreendendo a promoção e vigilância desta, a prevenção da doença, o diagnóstico
e o tratamento. Goza de autonomia financeira e administrativa, assenta numa
organização descentralizada, congregando órgãos de abrangência central, regional e
local e envolvendo serviços de prestação primários (o lançamento dos centros de
saúde dá-se por volta de 1972) e diferenciados. Valerá a pena aludir ao novo estatuto
do SNS, de 1993, consagrando a separação entre sistema e serviço – “as unidades
públicas não constituem as únicas entidades prestadoras de cuidados, pois sempre
existiu um importante sector privado que vende serviços aos cidadãos e ao próprio
SNS” (Simões, 2004: 73) – e tentando superar a dicotomia cuidados
primários/diferenciados pela criação de dispositivos integrados, fomentando a
articulação entre grupos personalizados de centros de saúde e hospitais, buscando
uma gestão de recursos mais próxima dos destinatários. O ano de 1999 veria então
nascer o regime dos Sistemas Locais de Saúde (SLS): “pretendia-se a criação de
mecanismos de convergência de recursos, de participação activa e de coresponsabilização
de outros serviços e instituições, públicos e privados que, numa
determinada área geográfica, desenvolvam actividades na área da saúde” (Simões,
1 A célebre reforma de Gonçalves Ferreira.
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2004: 84). Falta considerar que, mais recentemente, aprovado outro modelo de gestão
hospitalar (Lei nº 27/2002, de 8 de Novembro), se aplicaram mudanças significativas
na Lei de Bases da Saúde, institucionalizada que foi, na Rede de Prestação de
Cuidados, a lógica empresarial (EPE). De somenos importância para o
aperfeiçoamento constante dos sistemas de saúde não será, sugere Marc Danzon, “a
questão (…) de saber qual é a melhor forma de utilizar os recursos humanos e
financeiros da saúde” (prefácio a Sakellarides, 2005: 6-7). Mas o director regional da
OMS para a Europa não esquece o papel das novas tecnologias da informação e da
comunicação. E é esse papel, e ainda as questões que se colocam à saúde, e suas
instituições, no uso, adopção, integração e promoção das novas tecnologias da informação e da comunicação que nos interessa analisar neste relatório.
Research Interests:
A saúde individual e a sua gestão quotidiana nunca envolveram tanta informação como actualmente. Grandes quantidades de informação sobre saúde e medicina são disponibilizadas a partir de diversas fontes – sejam essas fontes profissionais... more
A saúde individual e a sua gestão quotidiana nunca envolveram tanta informação
como actualmente. Grandes quantidades de informação sobre saúde e medicina são
disponibilizadas a partir de diversas fontes – sejam essas fontes profissionais de
saúde, especialistas de vários tipos, instituições públicas e privadas ou grupos de
doentes e/ou consumidores – através de uma multiplicidade de canais informativos,
tanto a partir dos media, como de base local ou interpessoal, em interacção com
médicos e outros profissionais de saúde, familiares, amigos, colegas de trabalho, etc.
Este fluxo constante de informação incentiva o indivíduo a ser responsável pela sua
saúde, e dos seus familiares, quotidianamente (Kivits, 2004). Neste contexto de
informação generalizada sobre saúde, a utilização da Internet tem vindo a revelar-se
central. Nos EUA, se considerarmos os dados do WIP1, procurar informação médica
na Internet é a sétima actividade mais comum (50,6% dos utilizadores de Internet
afirmam ter acedido a informação sobre saúde no último ano). Simultaneamente, a
cobertura por parte dos media de assuntos relacionados com saúde obriga-nos a uma
abordagem desta temática que relacione estudos de sociologia médica ou de saúde
com estudos sobre media.
A análise da informação médica está muitas vezes confinada à relação/comunicação
entre médico e utente e entre utente e sistemas formais de saúde. Mas, a noção de
“utente informado” começa a surgir nos diversos debates e a trazer a lume a questão
do “desafio” à autoridade dos médicos pelos utentes que cada vez se tornam mais
informados e conhecedores da sua própria condição médica. As próprias campanhas
de promoção na área da saúde reconhecem que a utilização dos media está a
influenciar as atitudes das “audiências”, as suas crenças e comportamentos face às
questões de saúde (Kivits, 2004). O papel dos media neste contexto dá-nos uma nova
perspectiva de pesquisa, que consiste em compreender os contextos quotidianos de
recepção e percepção da informação sobre saúde, onde a presença dos media é
predominante. A emergência da Internet como uma fonte de informação sobre saúde
oferece-nos uma oportunidade particular para analisar o seu significado no quotidiano
dos indivíduos.
Research Interests:
As tecnologias de informação e comunicação possuem importância central nas sociedades modernas. Esta importância não se deve somente à evolução tecnológica per si, mas a todo um processo de mudança ao nível da organização social e das... more
As tecnologias de informação e comunicação possuem importância central nas
sociedades modernas. Esta importância não se deve somente à evolução tecnológica
per si, mas a todo um processo de mudança ao nível da organização social e das
estruturas de base das sociedades modernas. Segundo Castells, assistimos nas
sociedades contemporâneas desenvolvidas, a um novo modo de desenvolvimento, o
informacionalismo, em que “o poder dos fluxos se sobrepõem aos fluxos de poder”,
numa "sociedade que, assim, podemos designar de sociedade em rede, caracterizada
pela primazia da morfologia social sobre a acção social” (Castells, 2002:605).
A importância das tecnologias de informação é hoje debatida nas mais variadas
esferas sociais. No campo político, por exemplo, a União Europeia assume o projecto
de implementação das TIC, principalmente da Internet, como uma das prioridades na
política presente e futura dos estados membros. Esta estratégia, ficou ainda mais clara
quando, em Março de 2000, se realizou em Lisboa o Conselho Europeu. Delineou-se
então a estratégia de desenvolvimento da economia do conhecimento, no sentido de
torná-la a mais competitiva e dinâmica do mundo, no que ficou conhecido como a
“estratégia de Lisboa”, tendo sido lançado o Plano de Acção eEurope. No projecto de
uma Europa em rede, a saúde encontrou o seu espaço com o projecto eHealth. Deste
modo, aquando da e-Health Ministerial Conference, foi elaborado o documento “e-
Health Ministerial Declaration”:
«e-Health is today’s tool for substantial productivity
gains, while providing tomorrow’s instrument for
restructured, citizen-centred health care systems and,
at the same time, respecting the diversity of Europe’s
multi-cultural, multi-lingual health care traditions.
There are many examples of successful e-Health
developments including health information networks,
electronic health records, telemedicine services,
wearable and portable monitoring systems, and
health portals»1.
1 http://ec.europa.eu/information_society/eeurope/2005/all_about/ehealth/index_en.htm
Research Interests:
O aparecimento, e a consequente massificação da utilização, das tecnologias de informação e comunicação (TIC) veio permitir, nomeadamente no seio do mundo ocidental, a comunicação e interacção entre indivíduos, de forma praticamente... more
O aparecimento, e a consequente massificação da utilização, das tecnologias de
informação e comunicação (TIC) veio permitir, nomeadamente no seio do mundo
ocidental, a comunicação e interacção entre indivíduos, de forma praticamente
universal. As suas características têm impacto em quase todas as áreas da sociedade,
não sendo imunes à mudança os serviços de cuidados de saúde. Neste âmbito, e num
contexto de sociedades com populações cada vez mais envelhecidas, a utilização das
tecnologias da comunicação proporcionou a geração de novas fontes de valor, à
medida que os custos vão sendo reduzidos e novas políticas públicas de saúde, onde
o utente ocupa uma posição activa e central, vão surgindo.
Esta transmissão de parte da responsabilidade da saúde pessoal do Estado para o
sujeito, insere-se no âmbito de um projecto de autonomia mais abrangente,
característico da era actual, e que engloba outras vertentes da esfera social além da
saúde, como por exemplo o sector do ensino. Para compreendermos a importância
dos processos de autonomia, nas sociedades contemporâneas, estes devem ser
entendidos como a afirmação por parte do indivíduo da sua capacidade de pensar e
agir em função dos seus próprios critérios, valores e esforços, mas também no sentido
de “empowerment” do indivíduo em relação ao sistema de saúde, indivíduo que se
apresenta perante os sistemas tradicionais “armado” com a informação que encontra
na Internet, ou que adquiriu ao assistir a uma série televisiva. É um sujeito
“empowered” pelas tecnologias de comunicação e informação, se entendermos
empowerment na concepção de Friedmann (1996), ou seja, a autonomia individual na
tomada de decisões, sendo que essa capacidade depende sempre do acesso à
informação. Um projecto de autonomia é assim, tal como sugere Castells (2003), a
afirmação por parte de uma pessoa da sua capacidade de pensar e agir em função
dos seus próprios critérios, valores e esforços. No caso concreto da sociedade
portuguesa o projecto de controlo corporal dos indivíduos indica a procura do controlo
da sua própria saúde e de construção de alguma autonomia face às indicações dos
especialistas e das instituições de saúde, definindo-se empiricamente pela leitura dos
folhetos relativos aos medicamentos e pela procura de fontes de informação
complementares, para além do médico, em casos de doença.
Research Interests:
A introdução da televisão digital terrestre (TDT) em Portugal deve ser entendida como uma oportunidade de negócio. O negócio diz respeito não apenas à transmissão de televisão, mas igualmente à produção de conteúdos, tanto a nível... more
A introdução da televisão digital terrestre (TDT) em Portugal deve ser entendida como uma oportunidade de negócio. O negócio diz respeito não apenas à transmissão de televisão, mas igualmente à produção de conteúdos, tanto a nível nacional como internacional (sobretudo europeu).
Enquanto negócio a nova plataforma televisiva comporta riscos também. Riscos que podem e devem ser avaliados em função das respostas que se devem dar às seguintes questões:
1. Quem paga a infraestrutura?
2. Qual é o sistema de aquisição de set-top-box pelos consumidores?
3. O sistema será de livre acesso ou através de subscrição de serviços?
4. Que perfis de consumidores estarão dispostos a pagar os serviços?
5. Que tipo de serviços poderão ser fornecidos aos consumidores?
Este flash report pretende tentar contribuir para dar resposta algumas destas interrogações, tendo como ponto de partida a análise de dois exemplos de países europeus em que o TDT está já em funcionamento: o Reino Unido e a Itália.
No que respeita à procura serão analisados os perfis de consumidores de televisão, com base num inquérito nacional de 2006, intitulado “A sociedade em rede em Portugal, 2006”, comparando dois grupos de consumidores, os que optam actualmente pelo acesso gratuito à televisão (quatro canais generalistas) e os consumidores que pagam serviços de televisão (cabo e satélite).
No último ponto apresentam-se em forma de síntese as principais conclusões.
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Research Interests:
Desde 2006 que o CIES‐ISCTE (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia), em colaboração com a PT. COM – Comunicações Interactivas, S.A., e no âmbito de um protocolo de colaboração realizado entre estas instituições, desenvolveu um... more
Desde 2006 que o CIES‐ISCTE (Centro de Investigação e Estudos de Sociologia), em
colaboração com a PT. COM – Comunicações Interactivas, S.A., e no âmbito de um
protocolo de colaboração realizado entre estas instituições, desenvolveu um conjunto
de estudos sobre os públicos jovens utilizadores de tecnologias de comunicação e
informação. Dessa colaboração surgiram os estudos “Crianças e Jovens: A sua Relação
com as Tecnologias e os Meios de Comunicação” desenvolvido com o SAPO e a
pesquisa denominada “EGeneration: Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em
Portugal”, apoiado pela Fundação PT.
O principal objectivo deste projecto é dar a conhecer os hábitos dos jovens em relação
à utilização das comunicações. Pretende‐se assim conhecer os usos e atitudes dos
jovens em relação à internet, telemóveis, jogos de consola e de computador,
televisão/conteúdos audiovisuais e música.
Research Interests:
Na última década, o sector das telecomunicações em Portugal tem sofrido profundas alterações, nomeadamente desde o aparecimento dos telemóveis. Em pouco mais de dez anos, surgiram novas potencialidades e serviços inovadores, aos quais se... more
Na última década, o sector das telecomunicações em Portugal tem sofrido
profundas alterações, nomeadamente desde o aparecimento dos telemóveis.
Em pouco mais de dez anos, surgiram novas potencialidades e serviços
inovadores, aos quais se foram associando também novas necessidades por
parte dos consumidores, num ambiente de convergência tecnológica. A
mobilidade veio permitir o aparecimento de novas fontes de mais valias para os
operadores, levando a uma total reconfiguração do sector e da sua respectiva
cadeia de valor.
Simultaneamente, as estratégias de marketing levadas a cabo pelos players
deste mercado, em associação com a queda dos preços dos equipamentos e
serviços, e com a introdução do sistema pré-pago permitiram a rápida
massificação da utilização dos telemóveis. Assim, a taxa de penetração deste
dispositivo na Europa ultrapassa já os 90%, atingindo um valor de 115,7% em
Portugal no final do quarto trimestre de 2006, de acordo com os dados
disponibilizados pela ANACOM (Autoridade Nacional das Comunicações)1. No
entanto, desenvolvimentos recentes fazem prever novas mudanças estruturais
no mercado das comunicações móveis, alterando mais uma vez as fontes
tradicionais de receitas e valor, com um potencial efeito em termos do negócio,
cadeia de valor, tecnologia e envolvente regulatória
Research Interests:
Metodologia Os inquéritos de 2003 e de 2006 do projecto A Sociedade em Rede em Portugal, cujos resultados são em parte referidos ao longo deste relatório, consistem em inquéritos extensivos por questionário, realizados mediante uma... more
Metodologia
Os inquéritos de 2003 e de 2006 do projecto A Sociedade em Rede em Portugal, cujos resultados são em
parte referidos ao longo deste relatório, consistem em inquéritos extensivos por questionário, realizados
mediante uma entrevista directa, os quais foram aplicados a uma amostra representativa da população
portuguesa.
Na selecção da amostra foi utilizado o método de estratificação por quotas, através do cruzamento de
variáveis como o sexo, idade, instrução, região e habitat/dimensão dos agregados populacionais. Foi
construída uma matriz inicial de região e habitat, a partir da qual foram seleccionadas aleatoriamente
as zonas de amostragem, e onde posteriormente foram realizadas as entrevistas. Como já se referiu
inicialmente, o estudo de 2003 foi aplicado no terreno entre 19 de Março e 13 de Julho a uma amostra
total de 2450 indivíduos residentes em Portugal continental com idades iguais ou superiores a 15 anos,
sendo que, de entre estes, 711 eram utilizadores efectivos da Internet e 1739 não o eram.
Research Interests:
A presente publicação, apresentada pelo Obercom em colaboração com o SAPO, baseia‐se nos dados do inquérito WIP World Internet Project, que conta com edições prévias em 2003 e 20061. Em 2009 a Internet celebra o seu quadragésimo... more
A presente publicação, apresentada pelo Obercom em colaboração com o SAPO, baseia‐se
nos dados do inquérito WIP World Internet Project, que conta com edições prévias em 2003 e
20061.
Em 2009 a Internet celebra o seu quadragésimo aniversário e a World Wide Web o seu
vigésimo. Desde a sua criação, a Internet e a Web reinventaram‐se de várias formas e em diversos
momentos, permitindo inclusivamente o surgimento de novos padrões e modelos de comunicação.
As sociedades são todas caracterizadas por modelos comunicacionais. Se considerarmos os
modelos de comunicação que têm vindo a moldar as nossas sociedades, três principais momentos
podem ser identificados. Um primeiro modelo, a comunicação interpessoal, consiste numa troca
bidireccional entre pessoas de um determinado grupo social. Um segundo modelo, a comunicação
de um‐para‐muitos, acontece quando uma única pessoa envia uma mensagem para um grupo
limitado de pessoas. Um terceiro modelo, a comunicação de massas, foi tornado possível pela
evolução tecnológica e consiste na difusão através de meios electrónicos de uma mensagem,
enviada para uma massa de indivíduos anónima, de dimensão desconhecida e geograficamente
dispersa.
No entanto, com a emergência da Sociedade em Rede, um novo modelo está a surgir, o da
Comunicação em Rede, baseando‐se no argumento que o sistema de media actual parece estar
organizado não em torno da ideia de “convergência”, tornada possível pelas tecnologias digitais,
mas em torno da articulação em rede dos dispositivos de mediação interpessoais (tais como o
telemóvel) e em massa (como por exemplo, a televisão). Mas, também se encontra novidade no
facto de, na sociedade em rede, a organização e o desenvolvimento do sistema de media
depender, em larga medida, da forma como os utilizadores se apropriam socialmente dos media e
não apenas de como os operadores e o Estado organizam a comunicação. Assim, de um mundo de
comunicação em massa constituído por organizações de distribuição de conteúdos, estamos a
dirigir‐nos para um mundo construído, ainda, por grandes conglomerados de media, mas também
pela forma como as pessoas trabalham em rede com diferentes tecnologias mediadas, combinando
mecanismos interpessoais de mediação com mecanismos de mediação de massa.
Research Interests:
O presente relatório foi realizado no quadro do WIP – World Internet Project, em que a participação de Portugal é assegurada pelo LINI – Lisbon Internet and Networks International Research Programme, no âmbito de um protocolo de... more
O presente relatório foi realizado no quadro do WIP – World Internet Project, em que a
participação de Portugal é assegurada pelo LINI – Lisbon Internet and Networks
International Research Programme, no âmbito de um protocolo de colaboração entre o
CIES – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, que integra o LINI, e a UMIC –
Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP.
O LINI – Lisbon Internet and Networks International Research Programme é o resultado do
trabalho em rede de quatro instituições de investigação (CIES, MRC, ADETTI e OberCom). O
LINI é uma rede de centros de investigação orientado para o estudo multidisciplinar da Internet,
redes e sociedade, cuja missão é promover a investigação académica sobre o impacto da
Internet e das redes na sociedade, informar políticas públicas e estimular debates. O LINI visa
também dar a jovens investigadores em todo o mundo a capacidade de desenvolver
competências em Portugal sobre o impacto da Internet e das redes na sociedade.
A UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP (http://www.umic.pt/), do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, é o organismo público português com a missão de
coordenar as políticas para a sociedade da informação e mobilizá-la através da promoção de
actividades de divulgação, qualificação e investigação. Como parte das suas atribuições, a
UMIC promove a realização de estudos, análises estatísticas e prospectivas no âmbito da
sociedade da informação e do conhecimento, e assegura a representação de Portugal em
vários conselhos e grupos do âmbito da União Europeia, incluindo o Grupo de Alto Nível da
Agenda Digital para a Europa 2010-2020 e o respectivo Subgrupo ad-hoc de Benchmarking, e
também na OCDE onde assegura a Vice-Presidência do Comité sobre Políticas de Informação,
Computadores e Comunicações (ICCP) e a representação nos respectivos Grupo sobre
Economia da Informação e Grupo sobre Indicadores da Sociedade da Informação.
O CIES – Centro de Investigação e Estudos de Sociologia é um centro de investigação
universitário do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), constituído em 1985. Tem a
classificação de “Excelente” atribuída pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)
através de avaliação externa internacional. Mantém fortes relações de colaboração com a
instituição de acolhimento, o ISCTE, em particular com o respectivo Departamento de
Sociologia, desenvolvendo também actividades conjuntas com outros centros de investigação
do ISCTE na área das ciências sociais. No CIES desenvolvem-se projectos de investigação
fundamental na área da sociologia e ciências sociais afins, nomeadamente a ciência política,
as ciências da comunicação, as ciências da educação e a antropologia urbana.
O OberCom - Observatório da Comunicação é uma associação de direito privado, sem fins
lucrativos, cujo objectivo central é a produção e difusão de informação, bem como a realização
de estudos e trabalhos de investigação que contribuam para o melhor conhecimento na área
da Comunicação. O OberCom foi constituído com o objectivo estratégico de suprir a tradicional
dificuldade na recolha e tratamento da informação específica no sector dos Media e da
Comunicação.
O WIP – World Internet Project (http://www.worldinternetproject.net/) foi fundado em 1999 pelo
Center for the Digital Future da Annenberg School of Communication, da Universidade da
Califórnia do Sul, com o objectivo de avaliar os impactos sociais da utilização da Internet numa
perspectiva multinacional, reuniindo para tal um conjunto de investigadores de instituições e
universidades de 34 países dos vários continentes. A reunião anual de 2010 do WIP
Research Interests:
Television and Internet: managing uncertainty by doing When we speak about Internet and Mass Media we usually focus our attention in trying to answer a very common question: what is the impact of the internet on the mass media? That is a... more
Television and Internet: managing uncertainty by doing When we speak about Internet and Mass Media we usually focus our attention in trying to answer a very common question: what is the impact of the internet on the mass media? That is a question that must be answered in different ways depending on which media are we referring to. in Colombo,
Fausto e Nicoletta Vittadini, (eds.), 2006, Digitizing TV-. Theoretical Issues and Comparative Studies across Europe, Milano: Vita & Pensiero.
Research Interests: