A Arte de Tocar Saxofone
A Arte de Tocar Saxofone
A Arte de Tocar Saxofone
Larry Teal
NDICE
INTRODUO.....................................................................................................
O INSTRUMENTO...............................................................................................
A FAMLIA DO SAX...............................................................................................
ESCOLHA DO INSTRUMENTO................................................................................
1 - ESTRUTURA DO INSTRUMENTO............................................................
a) O metal........................................................................................................
b) A sapatilha...................................................................................................
c) Rudos..........................................................................................................
d) O funcionamento..........................................................................................
e) Presso das molas........................................................................................
f) Rolios..........................................................................................................
g) Dobradia das chaves..................................................................................
2 - O TESTE AO TOCAR.................................................................................
Teste.................................................................................................................
Entonao........................................................................................................
Expresso.........................................................................................................
Controle do volume..........................................................................................
O local.............................................................................................................
Afinao...........................................................................................................
Instrumentos usados ou reformados.................................................................
O sax perfeito...................................................................................................
CUIDADOS COM O INSTRUMENTO.........................................................................
A BOQUILHA.......................................................................................................
O MATERIAL........................................................................................................
O DESENHO.........................................................................................................
1) A face...........................................................................................................
2) Defletor........................................................................................................
3) A grade da ponta..........................................................................................
4) A cmara......................................................................................................
MISCELNEA.......................................................................................................
A PALHETA..........................................................................................................
ESCOLHA DA PALHETA.........................................................................................
A CANA DA PALHETA...........................................................................................
AJUSTANDO A PALHETA.......................................................................................
PALHETA MUITO MOLE (MACIA)...........................................................................
PALHETA MUITO RGIDA (DURA)..........................................................................
TABELA DE AJUSTE DA PALHETA................................................................
POSIO DE TOCAR.........................................................................................
TCNICA DE RESPIRAO.............................................................................
O MECANISMO DA RESPIRAO...........................................................................
DESENVOLVENDO A TCNICA DE RESPIRAO.....................................................
EXALAO..........................................................................................................
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A INALAO........................................................................................................
O CORTE NO SOM................................................................................................
RESUMO..............................................................................................................
QUALIDADE DO SOM.......................................................................................
A NATUREZA DO SOM NOS INSTRUMENTOS DE SOPRO...........................................
O CONCEITO DA SONORIDADE.............................................................................
O CORPO COMO PARTE DO INSTRUMENTO............................................................
FATORES INFLUENTES NA PRODUO DO SOM NO SAXOFONE...............................
TERMINOLOGIA SONORA.....................................................................................
A RELAO COM A VOZ.......................................................................................
O PROBLEMA FSICO............................................................................................
CONCENTRANDO O SOM......................................................................................
COMBINAO SONORA.......................................................................................
RESUMO..............................................................................................................
A SURDINA NO SAX.............................................................................................
O VIBRATO...........................................................................................................
A NATUREZA DO BOM VIBRATO............................................................................
AS VARIAES DO VIBRATO.................................................................................
ADQUIRINDO O CONCEITO CORRETO....................................................................
TIPOS DE VIBRATO NO SAX..................................................................................
PASSOS PRELIMINARES........................................................................................
TRANSFERNCIA DO MOVIMENTO........................................................................
EXERCCIOS MODELO..........................................................................................
DEZ PONTOS IMPORTANTES..................................................................................
ENTONAO.......................................................................................................
ESCUTANDO O TOM CORRETAMENTE....................................................................
TENSO NA EMBOCADURA..................................................................................
POSIO DO QUEIXO...........................................................................................
POSICIONAMENTO DA BOQUILHA.........................................................................
BOQUILHA APROPRIADA......................................................................................
AJUSTE CORRETO DAS CHAVES............................................................................
EFEITOS POR MUDANA DE TEMPERATURA..........................................................
ESCALA TEMPERADA E NO TEMPERADA.............................................................
AJUSTE TONAL (AFINAO) POR DEDILHADO ESPECIAL........................................
DESENVOLVENDO A TCNICA.......................................................................
RITMO E TCNICA...............................................................................................
AUMENTANDO A VELOCIDADE.............................................................................
VARIEDADE DE POSIO NO DEDILHADO.............................................................
O DEDILHADO ALTERNATIVO...............................................................................
OPES DE DEDILHADO......................................................................................
RESUMO..............................................................................................................
ATAQUE E CORTE DO SOM.............................................................................
POSIO DA LNGUA...........................................................................................
O CORTE DO SOM...............................................................................................
ESTACATO...........................................................................................................
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INTRODUO
O saxofone tem sido, por muitos anos, vtima de uma popular
concepo errnea de que fcil de tocar. Esta concepo poderia ser
corrigida com o acrscimo de uma nica palavra - fcil de tocar mal. A
produo de um som pseudo-musical mais o controle dos problemas de
tcnica, envolvendo a execuo de uma simples melodia, pode ser realizado
no sax com menor esforo do que se feito com a maioria dos instrumentos
de sopro. O amador curioso, disposto com uma tabela de dedilhado e um
livro de instruo elementar, pode num perodo relativamente curto de
tempo, obter um rpido progresso. O avano desse tipo decepcionante,
porque cria a impresso que estudo srio desnecessrio e que o esforo de
concentrao no requerido. Um relacionamento de desprezo ao segurar o
instrumento, muitos dos quais justificado, pode ser atribudo diretamente
falta de esforo de aprendizagem dos saxofonistas em tratar seus
instrumentos com a mesma escolaridade necessria para com os
instrumentos relativos.
Embora a estrutura do saxofone tenha sido aperfeioada
constantemente, existe campo abundante para avanos, antes que ele se
torne estandarte da famlia instrumental. Crdito deve ser dado aos
dedicados e talentosos solistas, os quais, pela devoo de suas vidas na
explorao de suas possibilidades, tem convencido o informado pblico, que
quando se toca artisticamente, no simplesmente ter o sax pendido sob seu
pescoo. Atravs da performance desses artistas, muitos compositores tem
se interessado em escrever para este instrumento e a literatura do saxofone,
quando no abundante, estimulada numa corrida corajosa por livros em
qualidade e quantidade.
Estudantes, freqentemente, perguntam porque o sax no includo
na orquestra sinfnica. H vrias razes:
1- Quando a escrita de sinfonias foi desenvolvida, o instrumento no existia;
2- esforos em inclu-lo, com freqncia foram insatisfatrios, por causa da
imaturidade do som, sua dificuldade de combinar com outros
instrumentos;
3- compositores evitam o instrumento desde que na estabilidade da
orquestra no h saxofonistas regulares e hesitam em adicionar
instrumentos que vo requerer despesas extras;
4- tocar sax ainda no alcanou o ponto, quando o compositor ou o regente
pode ser assegurado de uma performance competente na orquestra.
Este ltimo ponto o mais importante e pe a responsabilidade por
esta negligncia diretamente nos ombros do saxofonista. Enquanto corajosos
passos na melhoria dos nveis de performance so evidentes, tocar sax como
uma arte ainda est na infncia. A situao ideal de aprendizagem, a qual a
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O INSTRUMENTO
O saxofone um dos poucos instrumentos dos quais foi inventado.
Ao passo que, muitos dos instrumentos de hoje tm uma longa histria de
evoluo gradual e seus comeos so difceis de tratar. Historiadores esto
de acordo que Adolph Sax, um fabricante de instrumentos, projetou e
construiu o saxofone por volta de 1840. Este homem famoso pela
construo de instrumentos de metais to bem quanto os instrumentos de
madeira, decidiu cruzar as duas famlias adaptando uma palheta no orifcio
de um cone de metal. O esboo bsico deste instrumento nunca mudou,
embora muitos aperfeioamentos tm sido feitos. Algumas mudanas tm
dado ao sax mais flexibilidade e potncia e, o aperfeioamento no
mecanismo das chaves, introduziu-se a chave automtica de oitava, a
articulao do G# e outras vantagens tcnicas. O registro normal do sax tem
se expandido ligeiramente, do B abaixo do bordo ao F, quarto acima. O sax
moderno expandiu-se para Bb e F acima e com a adio de chaves alcanou
o F# (no alto) e o A (no bartono). Adolph Sax considerou sua inveno
completa em 1846, ento ele foi para Paris e obteve uma patente para ela.
Concebido como um instrumento que combinaria os instrumentos de
madeira com os de metal pela produo de um som que descreveria
propriedade de ambos. Seu primeiro teste em conjunto foi submete-lo s
bandas militares francesas. A aceitao foi imediata. Um ano aps a patente
ser registrada, autoridades tiveram permisso para sua adaptao na
instrumentao de bandas militares. Embora a aceitao do sax seja pouca
na orquestra sinfnica, seu uso na banda como instrumento solista est agora
bem estvel e seu horizonte parece estar expandindo para o uso em todas as
formas dos to falados conjuntos legtimos. A recente tendncia de incluir
o sax no currculo de muitas escolas de msica e conservatrios uma
excelente porta de entrada. Isto proporciona a oportunidade para um estudo
formal e rigoroso no nvel de outros instrumentos e elimina o faz-se como
pode, tipo de estudo que tem sido o destino de muitos estudantes srios. A
estrutura do sax ser definitivamente determinada tendo por base sua
performance.
A famlia do sax
A famlia dos saxofones : Soprano em Bb, Alto em Eb, Tenor em Bb,
Bartono em Eb e Baixo em Bb. Outros primos da famlia, no considerados
estandartes, mas os quais de tempos em tempos tm muita popularidade so:
Sopranino em F, Soprano em C, Mezzo Soprano em F, Meldico em C,
Contrabaixo em Eb. interessante notar que Ravel fez a instrumentao da
famosa passagem para sax soprano no seu Bolero para dois saxofones: o
Sopranino em F e o Soprano em Bb. Este compositor sabia que o Sopranino
em F no existia, mas lgico presumir que havia um disponvel quando
A arte de tocar saxofone - 7
Bb
soprano
Eb
alto
Bb
tenor
Eb
bartono
Bb
baixo
TESSITURA:
Escolha do instrumento
O necessrio para se ter um excelente instrumento, num bom estado,
no enfatizado com a devida importncia. De comeo, difcil obter um
excelente instrumento barato, tem-se que tolerar a frustrao de aprender
num sax inferior. A freqente expresso o suficiente para se aprender
deveria ser banida. O estudante encaminhado para um instrumento que
bom o suficiente para se tocar razoavelmente.
Freqentemente, um professor competente se confronta com um
instrumento em pobres condies, que mal toca uma escala. O estudante
pode ter se deparado com esta situao por muitos meses ou mais, e no seu
entusiasmo de tocar, o efeito na embocadura no difcil de se imaginar. Se
isto possvel, siga o conselho de um expert: a compra de um instrumento
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Entonao
sensato testar o sax por entonao. Se voc est convencido que as
sapatilhas vedam bem o som, faa o seguinte teste: afine o instrumento para
o L (440 Hz) cuidadosamente. Um instrumento eletrnico como o
Stroboconn (Korg) um auxilio incalculvel. Para uma discusso detalhada
da entonao, oriente-se pelo captulo referente a este assunto (pg. 35).
Lembre-se que nada perfeito, e que a consulta a um outro saxofonista
possvel. A maioria dos saxofones de marcas de renome, so bem feitos e
podem tocar afinados, assim sendo, tenha cautela na entonao at que
tenha julgado com acerto.
Expresso
No tocante expresso, novamente, requer-se um critrio judicioso:
o tom uniforme em todos os registros. Existe uma diferena de qualidade
entre o C# (3o espao) e o D (4a linha). Isto mais destacado em alguns
instrumentos do que em outros, sendo assim, deve ser levado em conta.
Toque, cromaticamente do E (4o espao) at C# agudo.
Sem alterar a embocadura ou coluna de ar, escute cuidadosamente
cada nota. A qualidade uniforme? Pegue um outro instrumento e faa o
mesmo. Distancie-se um pouco e julgue isto, uma vez que o verdadeiro som
de um instrumento melhor determinado desta maneira. A consulta de vrias
opinies deve ser solicitada nesta questo de entonao e expresso.
Controle do volume
O volume do som uniforme, ou um som forte enquanto o outro
fraco? Teste sem forar a coluna de ar. Teste em todos os graus de dinmica,
mais especialmente em piano e pianssimo.
O local
Teste os instrumentos no mesmo local, se possvel teste num local
com espao para a ressonncia. Um sax que soa abafado numa sala
pequena, pode ser muito ressonante numa sala de estar.
Afinao
Quando escolher um novo sax, lembre-se que voc ainda
influenciado pelo anterior, e pode ter aprendido a destacar certas notas.
Estas notas foram entoadas de uma tal maneira, por tanto tempo que voc
pode no realiz-las no novo. Ento, teste o instrumento com sua boquilha.
O novo deve ser melhor em entoao e expresso uniforme.
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O sax perfeito
Ainda no foi construdo, e existem razes acsticas que explicam
porque ele no o . Todavia, uma escolha cuidadosa e um bom critrio
musical o levar num bom caminho para obter o melhor instrumento
possvel. Existem boas marcas no mercado. Instrumentos da mesma marca e
modelo tem leves diferenas, mas pesquise o melhor possvel, antes de
tomar a deciso final. O bom instrumento pode passar por todos os testes
indicados aqui.
Cuidados com o instrumento
O sax no requer grande nmero de cuidados, mas o cultivo de alguns
hbitos dirios: proteg-lo e mant-lo limpo, isto deve ser rigoroso. Quando
no est sendo usado, o instrumento deve ser mantido no estojo. A boquilha
deve ser envolta em um pano de tamanho tal, que se encaixe no
compartimento do estojo. desnecessrio dizer que o instrumento deve ser
segurado com cautela. Ele pode ser seriamente danificado, at dentro do seu
estojo, se sofrer uma queda ou batida.
Desde que a maioria dos sax so laqueados, no existe no existe
problema de polimento. Limpando-se com um pano limpo, o necessrio.
Tirar o p de baixo das chaves e das hastes (varas) pode ser feito com uma
pena comum ou um limpador usado na clarineta. Manter o instrumento livre
de sujeiras, prolongar a vida til do sapatilhamento e ir manter as
sapatilhas vedando corretamente. Para limpar o interior do tubo, um
limpador de sax recomendado.
Uma reviso e inspeo anual deve ser feita, at mesmo quando no
apresenta problemas aparentes. O especialista detectar qualquer desgaste
do sapatilhamento e far os reparos, antes que ele desgaste totalmente. O
estudante no deve reparar ou consertar seu instrumento, isto requer percia
de um profissional. Freqentemente, faz-lo sozinho, resulta em lev-lo para
a loja, com mais defeitos.
Algumas vezes uma sapatilha fica suja, por causa de misturas e
sujeiras que se formam no vnculo da sapatilha. Quando isto acontecer,
arrume um pedao de pano fino ou leno e coloque debaixo da sapatilha.
Mantenha a chave fechada com pouca presso. Tire o pano e repita este
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A BOQUILHA
A procura por uma boquilha ideal continuar enquanto os
instrumentos de sopro forem usados, e isto subentende-se, que a cura para
todos os problemas pode no ser encontrada. Nosso objetivo comear na
direo certa. Por outro lado, ns temos a boquilha sofrimento, na qual se
gasta mais tempo trocando do que praticando. No outro extremo, ns temos
a pessoa medrosa que tem medo de tentar qualquer coisa nova ou diferente.
Entre estes dois extremos, est a raiz do problema.
Apenas alguns fatores, os quais previnem o uso de boquilhas idnticas
por saxofonistas, so diferentes:
Todas as boquilhas devem ser limpas aps o uso tanto dentro como
fora. Elas podem ser lavadas com gua morna e sabo, nunca em gua
quente com constncia. A lavagem regular importante no somente pelo
fato que boquilha suja um excelente meio para proliferao de germes,
mas tambm por causa de uma crosta sedimentada que quase impossvel
de remover, ela adere dentro da cmara e muda suas medidas por dentro.
O desenho
O desenho de uma boquilha um assunto para srias consideraes,
uma vez que suas dimenses e formato tm um efeito definitivo na qualidade
sonora, tom, volume, igualdade de registros, flexibilidade e facilidade ao
tocar. O conhecimento destes fatores que controlam a emisso do som
ajudam na escolha de uma boquilha. A qualidade do som comea no final da
cmara com a palheta, boquilha e mecanismo geral. Isto organiza a relao
do som fundamental com suas partes, as quais afetam a qualidade sonora.
Seria bom explicar sobre a face mdia antes de prosseguir. O uso adotado
deste termo define as medidas com as quais a maioria dos saxofonistas
obtm os melhores resultados. Isto foi determinado por acertos e erros, o
que no implica que este seja o melhor desenho (esboo) mas um ponto
inicial do discernimento musical que pode prosseguir. Com isto em mente
ns podemos discutir fatores que controlam a performance da boquilha.
1) A face
Curva inferior que sai da extremidade da boquilha. A distncia entre
a extremidade da palheta e a da boquilha conhecida como boca do
instrumento por onde sopramos. A medida da curva que sai da extremidade
da boquilha o comprimento da face.
A de longa face exige maior presso ao morder para deixar a palheta
no ponto de vibrar. Ela requer uma pequena mordida e uma palheta leve, s
quais enfraquecem as notas altas.
A de face curta diminui o controle da embocadura e flexibilidade. O som
fraco e as notas graves tendem a no sair. fcil para a embocadura mas
perde em dinmica. Uma longa boca (abertura de entrada) torna difcil tocar
piano, o som se torna spero e d um falso sentido de volume. Uma
palheta macia vai ser requerida a menos que os msculos da embocadura
sejam potentes. Uma estreita boca de entrada requer uma palheta rgida,
produz um som fraco e, no registro agudo, notas estridentes. O consenso
geral mostra que a curvatura da face deve ser um arco de um crculo
perfeito. Este ponto de vista apoiado por descobertas cientficas, o que
indica que a palheta fecha a boca de entrada.
O seguinte diagrama ilustra este princpio: um infinito nmero de
faces pode ser produzido pelo movimento do eixo do arco.
A arte de tocar saxofone - 15
2) Defletor
Parte da boquilha que recebe o primeiro impacto das vibraes
produzidas pela palheta. Um defletor alto deixa um pequeno espao entre a
palheta e a boquilha dando um zumbido no som. Esta provavelmente a
causa de chiados. A projeo do som boa, mas quase spera. Um defletor
baixo produz um som escuro, morto, em que falta potncia. Ele cria
resistncia na extremidade da palheta e duro de se tocar.
3) A grade da ponta
Uma grade larga poderia ser descrita como um mecanismo de defesa.
excelente para se tocar macio (piano) mas incapaz de projeo. No tem
vantagem em qualidade, mas tem em flexibilidade.
A grade estreita perigosa e provavelmente a causa de zumbidos. A
palheta tem que ser encaixada justa, a menos que a grade oferea uma tal
resistncia que seja difcil controlar. Algumas vezes h pessoas que desejam
produzir um som com zumbido (alterando o timbre). Isso s deve ser usado
por instrumentista experiente.
4) A cmara
Aqui se d a primeira ressonncia do som. Enquanto a face de
grande importncia axiomtico que uma cmara bem desenhada produzir
bons efeitos com qualquer tipo de face. Uma cmara pequena dar maior
volume e mais vantagens no som do que uma maior. Paredes laterais lisas
vo propiciar sons agudos, um tanto estridentes, paredes laterais curvas vo
propiciar um som mais macio. Existe tanta matria sobre o interior da
cmara que impossvel avaliar generalidades.
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***
Lembre-se: uma boquilha far muito por voc mas ela no
compensar com uma embocadura pobre ou insuficiente suporte de ar.
A PALHETA
A principal funo da palheta como vlvula de ar que abre e fecha
na boquilha com variada rapidez. O ndice de velocidade ou freqncia
desta operao controla a entonao do som e governado pelo tipo e forma
da coluna de ar da pessoa posto em vibrao. Uma cmara de ar larga ir
vibrar menos que uma cmara mais estreita, visto que cria um peso maior na
palheta. Uma presso constante da coluna de ar sobre a palheta se converte
numa srie de jatos curtos de ar que passam atravs da boquilha da seguinte
maneira:
inicio tocam bem mas tm vida curta. Algumas sugestes podem melhorar
sua iniciativa em escolher palhetas:
1- Compre somente marcas padro como a Vandoren, La Voz, Roy Maur,
Vibrator, Selmer ou Ciccone.
2- Escolha uma mdia ou uma relativa resistncia at que voc defina qual
a melhor. Marcas de categoria no so todas uniformes, por isso busque
conselhos nesta questo.
3- Uma palheta de pouca resistncia corriqueiramente se torna fraca
depois de um curto perodo de uso, assim seja cauteloso com as
palhetas que tocam com facilidade no comeo.
4- Se voc tiver o privilgio de escolher uma palheta na caixa, procure por
uma com fibras resistentes. Tome cuidado com listas escuras na parte
talhada. Isto pode ser visto segurando a palheta sob a luz.
5- Pontos escuros na parte macia da cana indicam que a palheta no
ruim. Estes pontos so comuns nesta parte da cana e uma condio
preferida por muitos, mas se existem manchas escuras na base (mesa)
da palheta rejeite-a.
6- Uma cor levemente dourada na palheta um bom sinal. Tome cuidado
com um tom esverdeado ou marrom.
7- Se voc encontrar uma palheta sem cor no a jogue fora de imediato.
Ela poderia at trabalhar e voc no teria nada a perder.
8- Procure por uma delgada em ambos os lados, com bastante densidade
no centro.
9- O ombro da palheta deve separar-se do suporte uniformemente em
ambos os lados. Um corte fora do centro indica um modelo errado ou
uma cana fora da curvatura que deveria ser rejeitada pelo fabricante.
10- Examine o formato do arco na extremidade da palheta. Isto indica o tipo
de haste na qual a palheta cortada. Nem um arco alto ou achatado
produzir resultados satisfatrios.
Arco
mdio
(correto)
Arco chato
(cana muito
larga)
Arco alto
(cana muito pequena)
A cana da palheta
A cana composta de uma srie de filetes, conhecidos como fibras, as
quais se estendem e so fixadas juntas por uma substncia macia, a qual
absorve umidade e forma o fundo, no qual as fibras vibram. Produtos
qumicos da saliva humana reagem na estrutura da fibra e prejudicam a inter
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No devemos nos desfazer destas palhetas, pois elas podem vir a ser
nossas favoritas, depois de serem envelhecidas convenientemente.
Se depois de molhar a extremidade da base da palheta, como descrito
acima, voc soprar por cima pequenas bolhas vo aparecer. As bolhas no
devem ser nem largas, nem profundas, pois indicam que a palheta porosa.
Uma coisa deve ser lembrada: uma palheta larga tem filetes (veias) da
cana maiores que uma palheta menor. Por isso bom escolher uma palheta
que oferece resistncia passagem do ar nesses filetes, mas completamente
para barr-lo. Uma pequena experincia nesse sentido servir de ajuda.
Estes s funcionam com uma cana (palheta) nova.
Uma lista mnima dos instrumentos necessrios para o ajuste da
palheta do sax inclui:
1 - Um pedao de barra de vidro de umas 6 polegadas. As extremidades
devem ser lisas (polidas) para se evitar cortar as mos.
2 - Aparador de palhetas - deve ser escolhido com cuidado. mais
econmico comprar o que for disponvel. O formato do corte deve
igualar-se extremidade da boquilha. Se existir qualquer sinal de
desigualdade, o aparador deve ser rejeitado. Seria uma boa idia voc
levar apenas algumas palhetas usadas e sua boquilha para uma loja para
determinar o formato do corte.
3 - Raspador ou estilete - voc pode obt-lo numa joalheria: um pedao
de ao temperado, com pontas finas para raspar. O formato de sua
extremidade previne que se arranque a cana. Um substituto satisfatrio
pode ser feito em casa, com um filete de pedra com cabo de madeira.
4 - Pino (suporte de apoio para alteraes delicadas) - pode ser achado ao
longo de riachos e terras pantanosas de certas partes do pas. barato e
sua qualidade uniforme assegurada, se comprada em loja de
instrumentos de sopro.
5 - Lixa nmero 8-0 - umas poucas folhas vo durar muito.
6 - Lmina.
7 - Esmeril de bordas.
Se uma palheta toca razoavelmente seu ajuste deve ser adiado, at
que a cana passe por um perodo de amadurecimento. A cana muda suas
caractersticas rapidamente quando usada pela primeira vez e, num ajuste
feito antes disso, ela est propensa a quebrar e pode ser difcil corrigir
depois. A sugesto us-la s um pouco pela primeira vez e ser posta de
lado por um dia. Tente tocar mais um pouco no segundo dia e, assim
sucessivamente at que a cana afirme suas caractersticas. Habitualmente a
palheta vai se tornando macia aps as primeiras tocadas, mas nem sempre
isso se segue (algumas vezes ela fica rgida). de se presumir a direo a
ser tomada nos problemas da palheta, visto que uma questo de erros e
experincias por cada indivduo. Muito pode ser aprendido num perodo
longo de tempo, todavia se algum considerar seus primeiros esforos como
parte de aprendizagem ser recompensado.
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direo
rea de raspar
polegar
indicador
Dedo indicador
Sempre bata na direo da extremidade. Em balanceamento de
palhetas, a parte da palheta a afinar de 5/8 a 1/8 de polegada. Dirija o
corte do centro para os lados, de tal modo que o centro da palheta no se
mova. O centro o ponto de incio da rea de resistncia da palheta e deve
ser cuidadosamente manuseado.
Se a palheta ainda est dura (rgida) depois de ser balanceada
(equilibrada) raspe levemente com um formo (estilete) ao longo dos lados.
Ela deve ser regulada do centro para os lados em direo ponta. Se uma
mancha luminosa aparecer no centro da palheta a melhor coisa a fazer
jog-la fora, pois esse problema no centro fatal.
TABELA DE AJUSTE DA PALHETA
DEFEITOS
REA
FERRAMENT
A
REPAROS
Muito macio
Ponta
Aparador
Zumbido
Falta de ressonncia
Sonoridade apagada
quando se toca piano
Ponta
1e2
1e2
Aparador
Pino
Pino
Apoie um pouco.
Teste depois de cada
aparo.
Idntico acima
Equilibrar (balancear).
Afine ambos os lados
se ainda estiverem
duros. Balanceie
Afine ambos lados e
balanceie
Balanceie e afine o
necessrio
Lixe livremente sobre
a mesa da palheta
cerca de 3/8 de pol.
abaixo da ponta
Balancear
Afine gradualmente
Resistncia (dureza) ao
2
tocar
Registro
agudo,
2
perdendo ressonncia
Ponta muito espessa Debaixo
depois do aparo
da ponta
Assobios na palheta
Som forte e alto
Pino
Pino
Lixa
2
Pino
2e1
Pino
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Pino
Falta de projeo
Pino
Falta de ressonncia no
registro mdio
Registro baixo pesado
Pino
6
7e8
Formo
(estilete)
Lixa
Depois de balancear a
palheta toca bem, mas
com dureza
Mesa no plana
6-5-4-3
Raspador
Mesa
Lmina
Mesa
Lixa
Falta geral de
ressonncia
Obs.: Nmeros que aparecem na rea - vide figura ilustrativa da pgina 100.
POSIO DE TOCAR
Postura e posio do instrumento sempre so aspectos ignorados e
desempenham um papel importante. O sax deve ser considerado como uma
parte do msico e, uma associao ntima com o instrumento cria um
sentimento descontrado ao tocar. Quando uma pessoa assume uma atitude
tensa ao tocar o resultado um atraso nos aspectos fsico e mental do
progresso musical. Um relaxamento e uma posio eficiente deixam o
saxofonista livre para se concentrar nos problemas tcnicos e artsticos.
Peso e equilbrio ditam a maneira de segurar o instrumento, o qual
determinado por :
1- tipo de instrumento;
2- o tipo do executante.
Quando em considerao aos vrios tipos de sax o soprano sempre
seguro de frente, ao centro da pessoa (da mesma maneira que a clarineta ou
obo) exceto que a campana do instrumento situa-se um pouco mais longe.
Isto regulado pela posio mais horizontal da boquilha, a qual de
A arte de tocar saxofone - 25
TCNICA DE RESPIRAO
A respirao uma funo to natural que propensa a dar-se por
esquecida. Sob circunstncias normais os rgos respiratrios ajustam suas
atividades de acordo com as necessidades da pessoa, de uma maneira
simples e eficiente. O uso consciente dos aparatos da respirao uma
situao no comum. Se no repararmos o ano em que a criana tenta
apagar a vela no seu primeiro bolo de aniversario, notaremos que no h um
conceito (conscincia) de sopro e ela deveria ser ensinada sobre essa sua
habilidade, assim como ser ensinada a andar e falar. Qualquer uso dos
aparatos (mecanismos) de respirao para atividades, como prover a coluna
de ar com o volume correto de oxignio, requer um esforo consciente. Isto
o elemento mais importante no domnio dos instrumentos de sopro.
A natureza de um som musical envolve ondas de vibrao de ar
uniformes, as quais exercem presso no ouvido humano. Criar essas ondas
requer uma tcnica a qual, de alguma maneira, por o ar em movimento no
grau de velocidade desejado. No caso do piano a vibrao mdia na corda
produzida por um martelo. Instrumentos de corda so dedilhados ou
friccionados. O uso do arco permite a nota ser sustentada, desde que
mantida a vibrao da corda numa amplitude uniforme, assim como a corda
que percutida ter seu mximo volume no impacto inicial, seguido por um
gradual diminuindo. Os instrumentistas dos instrumentos de metal
conseguem uma vibrao dos lbios, tocando a coluna de ar atravs de uma
pequena abertura nos lbios. Instrumentos de palheta so divididos em duas
categorias: de palheta dupla, como o obo, tem duas palhetas pequenas
vibrando uma contra a outra. Os de palheta simples: clarineta e sax, tm
somente uma palheta vibrando contra a face da boquilha. A coluna de ar que
pe a palheta em movimento to essencial para se tocar correto quanto um
carburador de automvel para o motor.
Ningum que tenha observado os mtodos dos estudantes de violino
est bem informado quanto nfase e tempo gasto na aquisio
(desenvolvimento) de suas prprias tcnicas do golpe de arco. A importncia
dessa fase de se tocar violino continua atravs de toda a vida do violinista
srio. Um violinista talentoso passa o arco lentamente com a tenso
apropriada e produz um belssimo som, enquanto um novato usa mais tenso
obtendo um resultado no musical. Isto aplica-se diretamente ao saxofone,
com a coluna de ar sendo o arco do saxofonista. Freqentemente jovens
msicos que vo tocar por muitos anos, sem dar ateno ao mtodo de
controle da coluna de ar e esta lacuna no seu aprendizado pode ser a causa
de muitas frustraes musicais. O saxofonista critica a boquilha, a palheta e
A arte de tocar saxofone - 27
Exalao inicial
Curva de presso do
ar
Ar residual
Presso do ar
Suporte muscular
Exalao
uniforme
Ponto de equilbrio
QUALIDADE DO SOM
O belo numa arte mais fcil descobrir por si prprio do que
descrev-la e, isto uma realidade no tocante ao som musical. Webster
define o som musical como um som de vibraes regulares que
impressiona o ouvido com caractersticas peculiares, especialmente em
relao ao tom e produz relaes harmnicas. Embora esta definio
satisfaa os aspectos cientficos e literrios, ela omite a qualidade do som
que a caracterstica que marca a maioria dos grandes msicos. Afim de
fazer e desenvolver uma tima sonoridade, um esclarecimento dos fatores
fsicos que influenciam a qualidade sonora essencial.
Larry Teal - 34
1 - fundamental
2 - segmentos
A figura acima no somente uma figura da estrutura do som, mas um
diagrama que ilustra os movimentos da onda sonora. A primeira linha
representa a vibrao fundamental, a qual dominante quando se toca o sax
no registro baixo.
Se a vibrao da freqncia fundamental interrompida a segunda
passa a ser a nova vibrao. Isto produz uma oitava acima. Isto pode ser
feito abrindo-se a chave de no meio ou prxima a extenso mdia da onda,
ou mordendo a palheta de tal maneira que no passe de seu ciclo normal.
Chave de
oitava
conceito de sonoridade;
palheta e boquilha;
rgos respiratrios;
embocadura.
para outra pessoa. Esta situao devida ao efeito sonoro particular para
cada pessoa. Uma observao na voz de um instrumentista revelar suas
futuras tendncias sonoras. Aqueles que falam timidamente so inclinados a
produzir um som pequeno, enquanto uma pessoa exacerbada ter um som
aberto e muito alto. O processo de aprendizagem musical deveria ser
dirigido para o desenvolvimento natural de aptides, de tal modo que o
estudante consiga um grande domnio da dinmica e sonoridade. O tmido
deve aprender a livrar-se de sua timidez e o extrovertido a refinar e restringir
suas tendncias naturais.
O vibrao
corpo como parte do instrumento
reas de
O som que tem uma velocidade de 1080 ps por segundo ter a
mesma velocidade tanto contra como a favor de uma corrente de ar. Isto
pode ser facilmente demonstrado, produzindo um som com as cordas vocais
enquanto estiver inalando, pois o nico caminho para o som sair para cima
contra a coluna de ar. Quando o som no sax produzido, a vibrao sonora
ativada atrs e na frente da palheta.
A cavidade oral, a garganta e os pulmes so contribuies vitais para
a qualidade sonora. Prover a palheta com a presso necessria para faz-la
vibrar proporcionar uma tima ressonncia. Tambm a garganta um local
de ressonncia. Se algum observar o trfego numa estrada movimentada,
quando de repente ela se estreita para uma nica via, fcil observar que
enquanto existe muita presso de um lado, somente um feixe de carros
deixam o ponto de obstruo. O mesmo acontece com o som num
instrumento de sopro quando estorvado por uma garganta estreita. Ambas,
a presso da coluna de ar e a vibrao dos locais de ressonncia so
sufocadas.
O normal a garganta aberta e relaxada, mas esta posio
facilmente influenciada por situaes incomuns, como o nervosismo (o qual
se tem a expresso: sufocado com emoes ou tenso).
Fatores influentes na produo do som no saxofone
fechada
Agora coloque
a boquilha e a palheta por aberta
cima do pescoo e repita
este procedimento produzindo um som. Voc notar que o papel no ficar
suspenso e que impossvel sopr-lo para cima. A energia criada pela onda
sonora no somente segura o papel, mas mantm seu equilbrio que no o
deixa escorregar. Se o mesmo papel colocado na campana do sax quando
se toca um Bb grave ele permanecer em equilbrio dentro do sax. Tentar
soprar o para fora , s conseguir dar mais estabilidade ao mesmo.
Larry Teal - 38
papel
Terminologia sonora
Visto que certos termos usados em relao quantidade sonora so
um tanto vagas, inclumos as seguintes definies:
Intensidade - a fora do som produzido depende do grau de eficincia
com o qual a coluna de ar utilizada. diretamente proporcional ao
volume de ar.
Ressonncia - graus de uso do suporte respiratrio pelo mecanismo geral
(boquilha e palheta). O ponto em que este mecanismo produz a mais
eficiente relao. Coluna de ar - vibrao que conhecida como ponto de
ressonncia. Este ponto permite a projeo do som, sem a necessidade de
grande volume e pode ser identificada pela qualidade sonora. O apoio na
coluna de ar e a embocadura so fatores vitais no controle do grau de
ressonncia.
Centro sonoro - termo usado para se referir ao centro da sonoridade.
um ingrediente de ressonncia e contribui para a estabilidade da
entonao e solidez do som.
Edge - a importncia na penetrao no som, a qual produz projeo mas
introduz um zunido na qualidade sonora. Uma certa quantidade de edge
desejvel e sua proporo vai depender do critrio musical (Edge - termo
em ingls que exprime um som anasalado).
Colorido - termo usado para descrever uma sonoridade escura ou
brilhante, a qual inclu todas as cores do espectro. Uma sonoridade
brilhante enfatiza o edge, enquanto uma sonoridade escura o diminui. A
total eliminao do edge anti musical ao ouvido humano.
Timbre - relao dos vrios harmnicos. Qualidade que permite
distinguir dois instrumentos ou diferentes qualidades sonoras num mesmo
instrumento.
A arte de tocar saxofone - 39
123456-
etc.
No meio popular Stardust de Hoagy Carmichael, Kiss Me Again
de Victor Herbert, so tambm bons exemplos de melodias com intervalos
grandes. Neste ponto vlido o mtodo de Klos Vinte e cinco estudos
dirios para saxofone publicado pelas editoras Carl Fischer e Windsor
Music Press. Este um excelente livro para ser usado como estudo sonoro e
tcnico. A seguinte prtica importante:
toque com uma nica respirao, mantendo a mesma qualidade do som.
Aps cada respirao, repita este procedimento, antes de iniciar a
prxima frase;
toque a frase legato at ela tornar-se leve e solta;
observe as articulaes indicadas no exerccio abaixo e mantenha
uniforme a qualidade sonora.
Exerccio - vide pgina 44.
Uma passagem tcnica deve ser tocada com a mesma qualidade
tcnica que uma frase meldica, exceto o vibrato que no usado. Lembrese que o som sem vibrato no deve ser fechado e a embocadura deve ser
mantida. No devemos separar a sonoridade da tcnica, pois todos os
estudos so de sonoridade e, uma sonoridade ressonante, auxilia nos
exerccios de tcnica. Este procedimento deve ser aplicado em escalas,
teras, arpejos e estudos. S depois de conseguir firmeza nestes
procedimentos devemos nos atentar para as notas longas, da seguinte
maneira:
pp
m
p
A
arte
1
2
3de
m
f
ff ff f mf
f
tocar
4
5 saxofone
6 6 -5 434
m
p
pp
correto
errado
A mudana de intensidade deveria somente envolver uma alterao na
velocidade da coluna de ar. Qualquer mudana de embocadura afetar o
tom e a qualidade sonora. Os seguintes exerccios de nota longa serviro
como prtica:
1 2 3 4 5 6 6 5 4 3 2 1
Concentrando o som
Muitos de ns j tivemos a experincia de vermos uma foto fora de
foco. Isto causado por um ajuste incorreto na cmara em focalizar a
Larry Teal - 44
A surdina no sax
Vrios mtodos de abafar o saxofone so valiosos e, algumas vezes,
so usados como meio de diversificar a sonoridade. O objetivo da surdina
dupla: reduzir o volume e absorver alguns dos harmnicos, dando ao som
uma caracterstica mais branda (suave). A desvantagem da surdina que ela
abaixa o tom das notas graves (baixo, B e Bb), fazendo-se necessrio evitar
certas passagens meldicas. O mtodo mais simples de surdina consiste em
colocar um mao de algodo ou pano, em forma circular, dentro da campana
- um meio satisfatrio, se nenhuma das notas graves vai ser requerida. Uma
surdina comercial consiste num pedao de feltro no formato de uma porca
(circular) mas ela tem o mesmos inconvenientes do pano. O dispositivo mais
satisfatrio introduzido no pas (E.U.A) por Marcel Mule consiste num
ornamento circular de madeira, coberta com uma fita de veludo. A vantagem
deste modelo sua capacidade de ajuste aos diferentes nveis de
abafamento. Na posio aberta, at o Bb grave, pode ser tocado sem
prejuzo da entonao. As figuras abaixo mostram como a surdina pode ser
usada:
Posies da surdina
fechada
meio
aberta
O VIBRATO
Nenhum elemento no campo musical mais controvertido que o
vibrato. A natureza, o uso, o valor artstico de uma nota com vibrato em
oposio a um som puro, liso, gera argumentos em qualquer discusso
musical. Embora os cantores tenham usado o vibrato por muito tempo, sua
aceitao na esfera musical pequena. Os instrumentos de corda
desenvolveram o uso do vibrato mais que os instrumentos de sopro. Foi
somente neste sculo que os instrumentistas tomaram conscincia do estudo
Larry Teal - 46
Batidas do
Este diagrama aproxima-se da vozmetrnomo
humana e a curva aparenta ser
Som bsico
huh. Este vibrato tem provado ser satisfatrio em poucos casos, mas seu
uso restrito, visto que dificulta o controle da velocidade e da amplitude.
O vibrato de diafragma mais usado na flauta, obo e nos metais do que
no saxofone.
Considerando todos os aspectos desta situao, parece que o vibrato
de queixo o que mais se adapta ao sax. Ele resulta num grande controle da
velocidade, amplitude e formato da oscilao. No comeo ele se desenvolve
como um tcnica mecnica, mas depois se obtm um maior controle e nvel
artstico.
Passos preliminares
Depois da embocadura ter sido formada, como explicado em
captulos anteriores, somente ento devemos estudar o vibrato. O sucesso
desta tcnica depende da posio do queixo, relaxamento da garganta e
apoio dos lbios.
O primeiro passo obtermos um movimento controlado e equilibrado
do queixo, que deve estar relaxado. Deve-se fazer isto sem atrapalhar a
embocadura. Uma leve mudana de presso no lbio inferior ir ocorrer,
mas no dever haver uma mudana na posio dos lbios. Nesta prtica
deve-se formar a embocadura correta com os lbios separados de
polegada, de tal modo que permita a entrada da boquilha na boca. Comece
pronunciando oh-oh-ah-ah em grupos de quatro, movendo o queixo para
cima e para baixo (nem para a frente, nem para trs), numa amplitude de 3 a
4 polegadas.
Dobradia do
movimento
(junta)
Larry Teal - 52
ENTONAO
A arte de tocar saxofone - 53
DESENVOLVENDO A TCNICA
O desenvolvimento de uma tcnica apurada depende basicamente de:
1234-
Larry Teal - 60
Evite:
Larry Teal - 62
Larry Teal - 64
Dedilhado F# (Gb ) - deve ser usado com cautela, visto que ao mover o
3o dedo da mo direita fora de seu alinhamento, torna-se difcil retorn-lo
sua posio normal. Assim , ele no deve ser usado se h uma mudana
do F# para D, ou F# - Eb. Ele usado com vantagens na escala
cromtica e como um leve legato (ligadura) nas passagens meldicas:
Evite:
Dedilhado Bb (A#)
Evite:
Evite:
Larry Teal - 68
Use 2 e 3 mais a
chave D e E (agudo)
Dedo:
D#
Resumo
1 - Mantenha os dedos sobre as chaves, num alinhamento e s deve haver
diferena nesse alinhamento se eles estiverem em uso, no momento.
2 - Pressione as chaves com firmeza, mas sem apert-las. Um leve, mas
preciso movimento necessrio. Se a chave requer muita presso
porque as sapatilhas no esto vedando bem (fechando).
3 - Desenvolva a tcnica com exerccios lentos. No sacrifique a clareza do
som ou ritmo pela velocidade.
4 - A mudana de dedilhado deve ser feita sempre em benefcio de
melhores resultados musicais. Esta deciso deve ser determinada pela
afinao e clareza do som e homogeneidade da qualidade sonora numa
determinada frase.
5 - Adapte-se a todos tipos de posio (dedilhado). Esta a nica maneira
para que uma mudana inteligente de dedilhado possa ser feita.
6 - Sempre pratique num ritmo certo. Use um metrnomo se possvel e
execute o valor relativo das notas dentro da pulsao.
7 - Use sua melhor sonoridade sempre e observe os efeitos da tcnica na
afinao.
8 - Mantenha-se relaxado nas passagens mais difceis, tenso somente trar
mais dificuldades.
9 - Prepare (decore) mentalmente a passagem, de tal modo que, haja uma
viso geral da mesma, preferencialmente do que somente a produo de
uma nota.
10 -A obteno de uma tcnica avanada um trabalho para toda vida,
ento requer-se pacincia. Tente evitar hbitos viciosos (defeitos),
praticando corretamente o melhor que voc puder.
inale;
tome a posio dos dentes na boquilha;
pressione a embocadura;
toque a ponta da palheta com a lngua e segure-a nessa posio;
traga a coluna de ar para a ponta da palheta;
liberte a lngua.
1
inale
2
posicione
os dentes
3
embocadura
4
lngua na
palheta
5
presso
do ar na
ponta da
palheta
6
remova a
lngua
O corte do som
O corte ou interrupo do som tem alguns problemas, que algumas
vezes so negligenciados. Um corte errado resulta numa alterao do tom
(desafinao), dilatao (expanso) e uma srie de distores tonais
inaceitveis. O corte to importante quanto o ataque e deve ser estudado
com grande cautela.
Dois mtodos de corte no som so usados:
1- diminuir ou cortar a coluna de ar;
2- tocar a palheta com a lngua.
Cada um dos dois tem vantagens dependendo da situao.
A arte de tocar saxofone - 73
ESTACATO
O estacato , na sua forma mais simples, uma repetio do processo
de ataque e corte do som. Se existe um conhecimento do funcionamento da
lngua, a habilidade e destreza do golpe de lngua, somente sero alcanados
com estudo e prtica. O bom estacato deve ter a melhor qualidade sonora
todo o tempo. Um estudante que toca muito bem uma frase ligada, esquece
todo o aprendido em qualidade sonora quando tocam articulando a mesma
frase, apesar do fato das notas do estacato precisarem do mximo em
ressonncia.
Instrumentistas de sopro confundem destacado (no ligado) com
estacato.
A lngua, que composta de msculos de finas textura capazes de
uma tremenda flexibilidade e controle, o rgo mais complexo que algum
possa imaginar. Seu uso na mastigao pode evidenciar isto. Embora na
funo de produo do estacato a parte concernente a prxima de sua
ponta, a poro anterior deve ser considerada. Quando muito levantada essa
parte impedir o suprimento do ar. A base da lngua deve ficar imvel
durante o estacato, qualquer movimento afetar o formato da cavidade bucal
e estimular o movimento do queixo. Mover o queixo em cada ataque do
som, muda a presso na embocadura, alterando a qualidade sonora e
afinao. Um correto golpe de lngua requer que o porte frontal da lngua
seja controlado independente de quaisquer fatores que fazem a embocadura.
Este controle pode ser praticado pronunciando-se a slaba: ta-ta-ta com
abertura da boca de polegada, sem mover o queixo ou os msculos da
garganta (esta medida a posio aproximada do queixo, lbios e msculos
da garganta quando a boquilha inserida.).
Se colocarmos a mo atrs da garganta, durante essa prtica, qualquer
movimento do queixo ou da garganta ser notado.
O corte na coluna de ar prefervel quando o som seguido de uma
pausa ou se o som tem um diminuindo. Quando no h tempo suficiente para
usar a coluna de ar entre as notas, como um legato - estacato, ou um rpido
golpe de lngua, ela deve ser usada para interromper o som, visto que o
mesmo golpe de lngua que interrompe o som, tem que iniciar o prximo.
Indiferentemente ao mtodo usado a embocadura deve ser mantida at o
final da durao do som.
O corte de ar controlado pelo diafragma e a garganta, em
combinao. Isto cria um efeito de arredondamento na terminao do som e
o formato do som importante nas caractersticas da frase musical. O corte
pela lngua to abrupto quanto o ataque. Em passagens lentas isso
descrito (tem a forma) de um toot.
Larry Teal - 74
O tenuto sobre as notas indica que a nota deve ser mantida no tempo
indicado completo. O sucesso de um estacato eficiente depende de produzir
um bom som curto, sem caractersticas diferentes, tanto no ataque quanto no
corte. Isto melhor adquirido atravs de uma prtica regular e lenta. 10 ou
15 minutos de prtica o suficiente, desde que a lngua no se torne pesada
e cansada. Recomenda-se a prtica diria do estacato. Podemos comear
com um simples exerccio, como por exemplo:
Larry Teal - 76
Ku
Ku
Ku
Ku
1- tu tu ku tu tu ku tu tu ku tu tu ku
2- tu ku tu tu ku tu tu ku tu tu ku tu
3- tu ku tu ku tu ku tu ku tu ku tu ku
ARTICULAO
A articulao poderia ser definida como a arte do agrupamento de
notas, pelo uso do legato ou estacato. O desenvolvimento desta habilidade
vital para a expresso artstica, visto que uma caracterstica do fraseado.
Na velocidade a articulao caracterizada por notas claras e
distintas. O orador, em pblico, deve aprender a articular claramente para
sua mensagem ser entendida. Uma vez li um artigo escrito por um senador
dos E.U.A. que nunca tinha ouvido o presidente Roosevelt falar. Ele disse:
Se eu o tivesse ouvido ele teria me convencido. Eu lia o jornal do prximo
dia para saber o que ele havia dito. Correta articulao na msica
igualmente importante para uma execuo convincente, desde que ela
proporciona um sentido de clareza e coerncia para o ouvinte.
Ritmo na articulao
A primeira funo da articulao delinear a estrutura do ritmo. Se
ns observarmos o efeito de diferentes articulaes na mesma frase se
Larry Teal - 80
Torna-se:
Larry Teal - 82
1- legato
linha sonora
2 legato estacato
linha sonora
3- portato
linha sonora
4- estacato
linha sonora
5- estacatssimo
linha sonora
Os valores acima no so absolutos e servem apenas para
interpretarmos qualquer melodia dada.
Alguns tipos bsicos de articulao o saxofonista deve conhecer.
Estes exerccios bsicos, mostrados abaixo, devem ser aplicados nos
estudos de escala, assim como no mtodo de sax de Klos (25 Exerccios
Dirios), substituindo-se os vrios modelos com sinais de articulao.
FRASEADO E INTERPRETAO
Notao musical
O dicionrio de Msica e Msicos de Grove define a notao: A arte
de expressar as idias musicais pela escrita . quando aplicado na arte da
interpretao e fraseado o sistema presente de notao moderna, deixa
muito a desejar. Todavia tem uma vantagem, visto que permite ao intrprete
o uso de sua prpria experincia e senso artstico. A primeira obrigao de
um musico seguir as indicaes do compositor. Um bom musico esfora-se
em tornar claras as intenes do compositor. A interpretao de uma mesma
msica por Heifetz, Stern e Milstein ter poucas diferenas. Todas se
amoldaro s intenes do compositor. A individualidade na expresso
musical contribui para a perpetuao da grande msica. O musico deve
seguir seu prprio senso artstico ou todas as msicas parecero similares e
tornar-se-o montonas.
Expresso
A expresso musical pode ser adquirida. No nenhum misterioso
senso emocional possudo por poucos. Embora alguns indivduos tenham um
instinto de expresso que supera a mdia, tem-se provado que uma boa
performance artstica pode ser obtida pelo estudo dos elementos bsicos do
fraseado. Isto estimular a confiana no estudante para que ele estude com
afinco, a fim de dominar a interpretao. O cultivo da expresso musical
um exerccio fsico e emocional. O musico primeiro deve compreender que
o autor est querendo dizer e a msica deve ter um significado para ele, a
fim de poder transmitir ao pblico.
Embora o ttulo de uma msica possa dar dicas dos objetivos do
autor, muita msica escrita somente com a indicao Sonata no. 2 ou
Concerto no. 4 em D menor. Isto implica na obrigao do intrprete em
investigar a poca na qual a msica foi composta, o estilo de outras obras do
mesmo compositor e interpretao de grandes msicos, tocando esta mesma
msica. Para obter-se com sucesso uma boa interpretao, requer-se uma
familiaridade com os estilos Particulares dos grandes mestres da msica.
Visto que o sax ainda no existia quando muitas dessas msicas foram
compostas, necessrio fazer transcries. Adaptaes por Sigurd Rascher,
Marcel Mule e outras so contribuies valiosas para a literatura (montante
de partituras) do sax e devem ser estudadas por todos os saxofonistas.
Msicas de mestres como Bach, Wagner e Debussy tm caractersticas
individuais, as quais se assemelham s msicas j aprendidas. Atrs da
A arte de tocar saxofone - 85
Colorido sonoro
O sax um instrumento sem igual na sua habilidade de produzir
variedades sonoras. Um genuno espectro de cores tonais possvel com
este instrumento e devem ser bem utilizadas. O uso de um nico tipo sonoro
para todos os propsitos desnecessrio e anti-musical. Certas
generalizaes referem-se qualidade sonora: som de dana, de estdio so
termos vagos e conotaes indefinidas de um estilo particular, sempre
influenciadas por um tipo particular de boquilha e palheta.
A variedade sonora sem se mudar a boquilha ou palheta uma das
obrigaes de um instrumentista. Experimentos com alterao da
embocadura, coluna de ar e cavidade bucal um excelente ,mtodo para
produzir variedades na performance musical. Quando usado sensivelmente
um caminho que vai separar o artista do novato. A necessidade de uma
variedade sonora importante quando toca-se em conjunto com uma flauta
ou violino. Em muitas ocasies necessrio submergir o som do sax no
conjunto, de modo que perca sua identidade. Todavia em passagem de solo
ele deve projetar-se no conjunto, sem dar a impresso de estar tocando mais
alto.
O uso de vrios coloridos tonais abre um novo e interessante campo
para o saxofonista o qual o musico maduro constantemente leva em
considerao. A unio da variedade de colorido com a experincia musical,
abre um caminho para o nvel da performance musical tornar-se uma arte.
Articulao
Visto que os mecanismos de articulao j foram vistos anteriormente
suficiente adicionarmos que uma exata interpretao da articulao
discreta depende do executante. Devemos guiar-nos pelas caractersticas
gerais da msica, antes de decidir a extenso dos sinais de estacato e legato.
aconselhvel tentar cada frase de modos diferentes antes de uma escolha
final ser feita. O estudante deve compreender que toda frase tem seu real
significado, tanto em si mesmo, como a sua relao com todo o contexto da
Larry Teal - 88
pea.
Vibrato
O uso do vibrato como meio de expresso uma questo a ser
examinada. Visto que o vibrato caracteriza o som do sax deve-se tomar
cuidado. O uso contnuo de um vibrato, em particular para todos os tipos de
msica deve ser evitado. Os graus de vibrato so muitos na velocidade e
amplitude. A caracterstica de cada frase vai depender do volume e natureza
do vibrato. Muitos msicos ignoram o impacto de um no vibrato (som liso)
que tm grande valor em variedades e enfatizam certas nuances e frases. O
saxofonista no deve temer quando no pode fazer uso do vibrato quando
encontra passagens que necessrio sua eliminao ou quando tocando com
instrumentos que no o usam. O controle dos elementos fsicos do vibrato
deve ser desenvolvido ao ponto que se use o melhor tipo de vibrato para
determinado tipo de msica. Um bom controle deste aspecto pode ser uma
grande vantagem, mas uma sonoridade que dependente do vibrato de
uma grande responsabilidade.
VERSATILIDADE
Nenhum mtodo sobre sax estaria completo se a incluso do
problema da versatilidade em tocar-se mais de um instrumento. As
exigncias, hoje em dia, para o educador musical ou artista profissional,
requer que ele toque 3 ou 4 e algumas vezes mais instrumentos. As tarefas
de um educador musical moderno esmagadora e muito crdito deve ser
dado a pessoa que adquire um conhecimento de todos os instrumentos
inclusive os de metal, percusso e cordas.
Aparentemente o saxofonista tem sido o mais vulnervel no campo da
versatilidade e o sucesso nesse campo requer competncia em outros
instrumentos, corriqueiramente quelas da famlias das madeiras. O estudo
de outros instrumentos traz ao saxofonista outras vantagens alm da
econmica. Traz um rico conhecimento dos instrumentos de madeira, o qual
pode ser transferido ao sax. Devemos compreender que a performance do
sax ainda no atingiu o nvel de outros instrumentos pelo fato de ser
relativamente jovem e ainda no ser includo totalmente em orquestras
sinfnicas. Ns temos muito que aprender das performances tradicionais dos
instrumentos das madeiras e o estudo de outros instrumentos desenvolve a
musicalidade.
As desvantagens de tocar-se mais de um instrumento so: dividir o
tempo de estudo, embocadura flexvel; outros instrumentos so caros de se
manter e o sistema de dedilhado pode tornar-se confuso. Todavia os limites
da versatilidade tem se expandido e existe um alto nvel artstico em vrios
A arte de tocar saxofone - 89
Larry Teal - 90
Embocadura
Resistncia
Vibrato
Golpe de
lngua
Saxofone
branda, mas
firme
varivel nos
diferentes
registros
queixo
ponta de
lngua na
ponta da
palheta
Flauta
flexvel e
controlvel
pouca
Clarineta
firme o
suficiente
bastante
Fagote
flexvel e
controlvel
razovel razovel,
mas menor
que no
obo
diafragma,
pouco
diafragma diafragma
garganta ou movimento ou queixo
combinao do queixo
de ambos
debaixo dos ponta da
ponta da
ponto a
dentes
lngua na lngua na ponto com
superiores,
ponta da
ponta da
o
com a ponta palheta ou
palheta movimento
da lngua
um pouco
do queixo
afastada da
ponta da
palheta
Obo
firme
Problemas
tcnicos
extremidade
aguda e
registros
graves
registro
agudo
Palhetas
escolha e
ajuste
no tem
sons de
registro
garganta e
agudo.
registros
Resposta
agudos
no registro
grave
escolha e
feito
ajuste
conforme
desejvel,
ajuste
necessrio
muitos
problemas
em todos
os
registros
feita
conforme
desejvel,
ajuste
necessrio
REGISTRO AGUDSSIMO
Expandir o alcance do saxofone tem sido uma controvrsia, mas uma
tendncia gradual para o registro alto tem ganho consistncia. Esforos
pioneiros por uns poucos solistas so responsveis por este
desenvolvimento. Com o aumento do nmero de jovens estudantes, que
esto estudando seriamente o instrumento, no h dvida que o saxofonista
do futuro tocar num alcance de duas oitavas e 5/8. A adio de algumas
notas no alcance do sax contribuir bastante para seu alcance e habilidades.
O uso desse alcance deve ser determinado pelo valor musical e nunca como
proeza. Se estas notas agudas podem ser tocadas com uma boa afinao e
sonoridade e controle preciso, isto ser benfico para o instrumento. Todavia
se o resultado um som desafinado ou anti-musical, isto afetar
(comprometer) a performance do saxofonista. Requer-se muito estudo e
preparao neste aspecto para obter-se um bom nvel de performance
(atuao musical).
O uso dessas notas altas s deve ser feito por saxofonistas
experientes, que tm uma embocadura bem desenvolvida e um senso de
afinao, sendo o ltimo da maior importncia. O dedilhado nesse registro
tem as possibilidades acsticas de produzir a nota desejada, mas no
100% garantido. O som mantido por uma posio resistente dos lbios, o
qual deve ser levemente alterado para cada nota. Os esforos prematuros
neste sentido, antes de desenvolver-se os msculos da embocadura, no
somente retardaro o progresso, mas prejudicaro os nervos, msculos
delicados dos lbios ao ponto de um dano permanente.
Visto que os sons acima do registro normal requerem uma
manipulao da nota fundamental para seus harmnicos, exerccios
preliminares que mostram as sries harmnicas devem ser estudadas
primeiramente. Os primeiros oito sons da srie harmnica so adequados
para que se acostume a produzir este tipo de som e se assimilados serviro
como base para aprofundar-se neste estudo. No exerccio que se segue,
mantenha a posio do dedilhado na nota fundamental e toque a srie
harmnica, mas adicionando a chave de oitava quando comear o primeiro
harmnico.
Larry Teal - 94
LITERATURA SELECIONADA
(Indicao de livros)
A arte de tocar saxofone - 95
Larry Teal - 96
REA
Ponta
Zumbido
Ponta
Falta de ressonncia
1e2
Sonoridade apagada quando
1e2
se toca piano
Resistncia (dureza) ao tocar
2
Registro agudo, perdendo
2
ressonncia
Ponta muito espessa depois Debaixo
do aparo
da ponta
Assobios na palheta
Som forte e alto quando toca
piano
Registro agudo fraco
FERRAMENTA
Aparador
Aparador
Pino
Pino
Pino
Pino
Lixa
2
2e1
Pino
Pino
Pino
Falta de projeo
Pino
Falta de ressonncia no
registro mdio
Registro baixo pesado
Falta geral de ressonncia
Pino
6
7e8
Formo (estilete)
Lixa
6-5-4-3
Raspador
Mesa
Lmina
Mesa
Lixa
REPAROS
Apoie um pouco. Teste depois
de cada aparo.
Idntico acima
Equilibrar (balancear).
Afine ambos os lados se ainda
estiverem duros. Balanceie
Afine ambos lados e balanceie
Balanceie e afine o necessrio
Lixe livremente sobre a
mesa da palheta cerca de 3/8
de pol. abaixo da ponta
Balancear
Afine gradualmente
com um risco leve
Teste aps uns poucos riscos
Mova 3 para trs da ponta
(isto pode encurtar a vida da
palheta)
Levemente no 3 tambm
Termine com o pino
lixamento da palheta se est
larga p/ boquilha
Afine (raspe) levemente nas
reas indicadas
Risque (raspe) levemente
Friccione levemente para trs e
para frente, sempre na direo
do veio da madeira (cana)