Introdução À Regra de São Bento
Introdução À Regra de São Bento
Introdução À Regra de São Bento
PARTE I
(Sntese extraida de S. Benito su vida y su Regla p.
264.
Ver tambm ALa Regla de San Benito@ p.
12ss)
II - REDAO: (datas)
III - DESTINATRIOS
IV - LNGUA E ESTILO
1 - Comentrios antigos
2 - Comentrios medievais
3 - Comentrios dos sculos XVII e XVIII
4 - Comentrios modernos
PARTE II
I - SITUANDO SO BENTO
A - Hindusmo
Budismo
Jainismo
B - Filosofia grega
C - Monaquismo judaico:
Os essnios
Os monges do Antigo Testamento: Elias
Eliseu
Joo Batista
Ado antes do pecado
Os levitas
A - Jesus
B - Os mrtires
C - Os Ascetas e as Virgens da Igreja primitiva
1 - Pacmio
2 - Baslio
3 - Agostinho
PARTE I
II - REDAO
III - DESTINATRIOS
IV - LNGUA E ESTILO
$ Quando vai falar sobre a Vida Monstica no Prlogo um pouco mais oratrio,
retrico.
$ Quando trata das normas espirituais apresenta um estilo conciso, lapidar.
$ Quando se trata de determinar a ordem na comunidade usa um estilo mais cho,
um tanto jurdico.
Dono da expresso de seu pensamento, o santo se adapta natureza do tema que
est tratando e o tom de seu discurso s vezes enrgico, severo, s vezes mais
tranqilo, paternal e persuasivo. Usa um estilo cho nos captulos que ordenam o
Ofcio Divino, mas se faz vivo e fecundo no captulo 65.
V - FONTES
So Bento no pretendeu de modo algum fundar uma nova Ordem ou uma escola
de espiritualidade original e inovadora. No quer separar-se da tradio, ao contrrio,
adere a ela cordial e estreitamente. evidente, porm, que So Bento se preparou
para escrever sua obra com um intenso estudo da literatura monstica, que na poca
era possvel proporcionar-se em latim, e estudou tambm vastas obras dos Padres. O
que leva D. Delatte a afirmar que a Regra beneditina aparece na metade do sculo VI
como o fruto maduro de todo um passado monstico e da espiritualidade dos Padres.
So Bento, portanto, teve o propsito deliberado de apoiar seu pensamento sobre o
dos antigos, ou ao menos, de falar sua linguagem e tomar emprestado seus vocbulos.
Entre as fontes utilizadas por So Bento ocupam um lugar preeminente:
$ A SAGRADA ESCRITURA:
O uso que dela faz So Bento nos revela seu conhecimento familiar profundo e
completo dos livros santos:
do Antigo Testamento so citados sobretudo:
- Os Salmos
- Os Livros Sapienciais, particularmente os Provrbios
- Os Livros Profticos
do Novo Testamento cita quase todos os livros, mas sobretudo:
- Epstolas de S. Paulo
- Evangelho de S. Mateus
So raros os casos em que So Bento cita literalmente a Bblia. A maior parte das
vezes trata-se de simples reminiscncias ou aluses, e tais citaes se unem to
perfeitamente ao pensamento que ilustram, a ponto de formar um s corpo com ele.
AA Sagrada Escritura constitui a substncia mesma da Regra de So Bento@.
$ A TRADIO MONSTICA
Na tradio monstica So Bento encontrou um imenso tesouro de doutrina e
experincia que soube aproveitar. O Patriarca conhece atravs de verses latinas,
diversas Regras do Oriente, tais como:
- a chamada de S. Macrio
- a Regra dos Quatro Padres; Segunda Regra dos Quatro Padres
- a ARegula Orientalis@
- a de S. Pacmio (traduzida por S. Jernimo)
- a de S. Baslio;
e do Ocidente:
- a de Santo Agostinho
- a de S. Cesrio de Arles, seu comtemporneo.
REGULA MAGISTRI
Em 1934 D. Genestou publicou um artigo dizendo que a Regra do Mestre devia ser
anterior a So Bento. Depois dele Froger, outro monge de Solesmes que estudou
profundamente o problema, sustentou tal afirmao (cf. Introduo - Autenticidade).
Os fatos provam, com efeito, que uma das duas regras plgio da outra. Qual?
Examinemos dois casos possveis e suas conseqncias do ponto de vista de sua
composio literria e de seu contedo espiritual.
O Mestre tem sob seus olhos a Regra de So Bento. Copia quase textualmente:
a) - O Prlogo
b) - Os sete primeiros captulos. (Todavia omite fragmentos importantes). E
acrescenta ainda numerosas pginas, com uma prolixidade que caracterstica de seu
estilo, aos captulos 1, 2 e 6, e ao Prlogo da RB. Tal acrscimo torna-se
particularmente picante quando no cap. 1 aps dizer que sobre o misrrimo
procedimento dos girvagos mais vale calar do que dizer alguma coisa, comea a
fazer uma descrio interminvel. Quanto ao sbrio captulo sexto de So Bento
sobre o silncio a Regra do Mestre substitui por dois captulos (8 e 9).
A partir do captulo 101 o Mestre se baseia mais totalmente na RB. No entanto,
ficamos surpresos ao ver que ele parece evitar reproduzir as palavras luminosas e
lapidares por meio das quais So Bento gosta de condensar seu pensamento
sobretudo no princpio ou no fim de um captulo. No mais, captulos inteiros de So
Bento desaparecem e entre eles os de grande valor espiritual como o cap. 34 sobre a
pobreza, 63 e 64 sobre a Ordem na Comunidade e sobre a escolha de seu chefe, os
captulos 68 a 73 que contm o segredo da unio perfeita de todos entre si e com
Deus.
Para explicar o fato de no se encontrar nenhum trao dos captulos 68 a 73 da RB
na Regra do Mestre supe-se que o Mestre s tenha conhecido a redao primitiva da
RB que continha 66 captulos. Realmente o assunto do captulo 66 (Dos Porteiros do
Mosteiro) em So Bento o mesmo do ltimo captulo do Mestre. Entretanto, nada
fundamenta esta hiptese.
So Bento tem a Regra do Mestre sob seus olhos. Como ele a conhecera? Seria ela
a Regra praticada no Mosteiro do monge Romano, com quem So Bento travara
conhecimento? (cf. cap.I Livro II dos Dilogos).
Ns ignoramos como So Bento conheceu a Regra do Mestre. No entanto,
sabemos que ele se serviu dela e a apreciava, de modo especial o seu princpio, onde
se encontrava uma sntese de vida espiritual que o Mestre havia intitulado: ADo
exerccio do combate espiritual e do modo de fugir do pecado por meio do temor de
Deus@ (cf. RM cap. I a X).
Chega, ento, o momento em que So Bento quis fixar por escrito o fruto de sua
experincia. Ele poderia ter redigido tudo novo dispensando basear-se no Mestre, da
mesma forma que se inspirara em Cassiano e nos Padres, dando, porm, um cunho
prprio aos seus escritos. Teramos, assim, uma Regra cujo estilo seria de ponta a
ponta aquele que ns encontramos nas duas primeiras frases do Prlogo e nos ltimos
captulos da Regra, este estilo sbrio e vigoroso que ns conhecemos bem. Teramos,
sem dvida, tambm, uma Regra melhor construda, os captulos que tratam do
mesmo assunto seriam agrupados se no fundidos, tais como os captulos 2 e 64 sobre
o Abade.
So Bento, porm, seguiu uma outra linha de conduta e a se revela sua humildade.
No ltimo captulo de sua Regra ele qualifica sua obra de Aesboozinho de Regra
para principiantes@. j um modo de falar modesto, humilde. No entanto, prova
bem mais profunda de humildade o fato de ter querido manifestar sua dependncia
e ao mesmo tempo seu reconhecimento face ao Mestre:
b) - seguindo no conjunto de sua Regra a ordem da do Mestre. Nesta Regra que ele
conhece a fundo, discerniu o melhor. So Bento reconhece que o Mestre prolixo,
mesmo nas suas melhores pginas, mas sua experincia espiritual profunda e sua
exposio exprime bem a doutrina tradicional. No teme So Bento assumir o estilo
do Mestre para atestar aquilo que deve ser atestado. Eis por que encontramos alguma
redundncia no Prlogo e no captulo da humildade notadamente no primeiro grau.
Entretanto, no hesita, mesmo quando conserva o texto, em suprimir o que acha
desnecessrio. Tal o caso que assinalamos ao comentar que no Prlogo, aps ter
dito que sobre o misrrimo procedimento dos girvagos melhor calar, o Mestre faz
uma longa exposio sobre os mesmos. J So Bento observa o conselho do silncio
e realmente nada diz, suprimindo o intil desenvolvimento dado na Regra do Mestre.
Uma vez chegado ao termo do captulo 101 que aquele da sntese espiritual do
Mestre, So Bento retoma sua liberdade de redao, mas continua seguindo a Regra
do Mestre quanto ordem das questes a tratar. Aqui ou ali adota So Bento os
princpios ou usos que lhe parecem vlidos na RM, mas estes pontos de contato entre
as duas redaes no fazem mais que colocar em relevo a independncia profunda de
So Bento, porque se para tratar do mesmo assunto ele se apropria de alguns
elementos do Mestre, estes elementos aparecem assimilados por uma sabedoria que
ultrapassa e muito, aquela do Mestre. O estilo, como o pensamento profundo revelam
a originalidade do discpulo, tornado ele mesmo, um Mestre.
Mas isto no tudo. Aps ter esgotado os assuntos tratados pelo Mestre, So Bento
tem ainda alguma coisa a dizer. No somente ele renovou a legislao do Mestre por
um esprito novo, mas completou-a escrevendo os ltimos captulos de sua Regra: 68
a 73. Nestas pginas, do estilo rigoroso passamos ao sopro do Esprito que animava
So Bento e que dirigia sua pena: esprito de caridade e de obedincia, de humilde
fidelidade Verdade, de medida e de paz, em uma palavra o esprito de Cristo que
Bento ama ACIMA DE TUDO.
2 - TIPO INTERPOLADO
Junto tradio precedente existe outro tipo de texto muito difundido na Itlia,
Frana, Inglaterra e Alemanha durante os sculos VII e VIII.
Traube considerou como interpolaes as diferenas que este tipo apresenta
com relao Atradio pura@ que acabamos de ver. Estas interpolaes
devem ter sido feitas naturalmente: Primeiro erro dos copistas, dificuldade
em copiar letra por letra sem errar. Depois havia tambm o problema prtico:
uma coisa que havia cado em desuso era omitida. Assim, foram surgindo
acrscimos e modificaes e tambm adaptaes s regras da gramtica
clssica. Da seu nome de texto interpolado. A este grupo pertencem os mais
antigos manuscritos da RB:
$ $ O Oxoniensis - Hattor 48 (= O) escrito em Canturia pelo ano 700. o MAIS
ANTIGO no s do tipo interpolado, mas de todos os outros manuscritos da
RB que possumos.
$ $ O Veronensis (= V) do sculo VIII - IX.
$ $ O Sangallensis 916 (= S) da mesma poca.
Estes trs Cdices procedem de uma fonte comum.
***
Pouqussimos livros tiveram tantos comentrios, atravs dos tempos, como a Regra
de So Bento. Nenhuma Regra teve uma tradio manuscrita to copiosa, poucas,
tantas edies e tradues. Nenhuma formou como a Regra de So Bento a base do
ensino espiritual de uma ordem religiosa em tantos sculos. Outras Regras mais
antigas como a de Santo Agostinho, ficaram fora de uso durante sculos. A de So
Bento foi observada e sempre serviu de norma espiritual desde o sculo VI at hoje
ininterruptamente. Compreende-se assim que tenha tido muitos comentrios.
Os comentrios podem ser assim classificados:
1) - Comentrios antigos
2) - Comentrios medievais
3) - Comentrios dos sculos XVII e XVIII
4) - Comentrios modernos
1) - COMENTRIOS ANTIGOS
Se, de fato, esse comentrio de Paulo Dicono, escrito nesse ano (em Civate ou
Monte Cassino; as opinies divergem) ele vai exprimir, ento, a observncia
beneditina antes da primeira grande reforma associada ao nome de Bento de Aniane,
pois o comentrio fornece materiais para elaborao de um quadro muito interessante
e muito vivo da comunidade onde viveu o escritor. Exprimiria ento, a vida
monstica beneditina tal como foi vivida nos anos que se seguiram imediatamente
morte de So Bento, antes de qualquer reforma de grande vulto, dando-nos assim
uma noo da fase mais antiga da vida beneditina, antes que ela fosse invadida pelas
idias e usos dos primeiros tempos da Idade Mdia. Evidentemente que seu interesse
seria grandemente realado se ns pudssemos aceit-lo como sendo um quadro da
vida no interior de Monte Cassino.
Hildemaro era um franco que se tornou monge em Civate, perto de Milo, em 850.
Seu ATractatus@ sobre a Regra de So Bento uma srie de conferncias (que ele
mesmo no publicou - mas seus discpulos recolheram notas). Emprega o comentrio
de Paulo para seu texto, mencionando-o quase por inteiro, mas acrescentando aqui e
ali ligeiras modificaes. Estas modificaes do a este comentrio o nico interesse
particular que ele possui.
Hildemaro afirma que o comentrio atribudo a Paulo Dicono no de Monte
Cassino, mas de Civate.
2) - COMENTRIOS MEDIEVAIS
3.4. O de RANC: - ALa Rgle de Saint Benot explique selon son vritable
esprit@
editado em 1689.
Este comentrio uma resposta a D. Mge, no qual de Ranc expe uma vez mais
suas idias de uma austeridade extremada.
3.5. O de E. MARTNE: - ACommentarius in Regulam Sancti Benedicti...@
publicado
em Paris 1690.
No tardou em aparecer este comentrio em que o autor procura exatamente ver o
esprito de So Bento, evitando adaptao muito laxista, como a de Mge ou muito
rigorista como a de Ranc. Este comentrio de D. Martne um tesouro imenso de
conhecimento monstico, histrico, arqueolgico, litrgico e durante muito tempo foi
o comentrio oficial da Congregao de So Mauro e tido como ltima palavra em
comentrio da Regra beneditina.
4) - COMENTRIOS MODERNOS
19. JEAN CHITTISTER, OSB: Wisdom distilled fron the daily - living
the Rule of
St. Benedict today
20. IDEM: The Rule of Benedict - Ensights for the Ages, 1992.
Comentrio de acordo
com a diviso da Santa Regra para cada dia; aprofunda
o 11 livro.
PARTE II
I - SITUANDO SO BENTO
Na linha da Histria da Salvao
$ HINDUSMO / BUDISMO
$ FILOSOFIA GREGA
$ MONAQUISMO JUDAICO
A) - HINDUSMO / BUDISMO
B) - FILOSOFIA GREGA
A Filosofia abrange: investigao, busca, cultivo e amor da
sabedoria. No implica somente em conhecimentos abstratos mas
em como traduzi-los na vida concreta. Os filsofos ensinam como
pensar e como viver, por isso no mundo greco-romano
desempenham o ofcio de diretores espirituais.
Alguns filsofos colocavam em relevo certos valores morais que
mais tarde representariam um papel importante no ideal monstico.
Pensavam em encontrar mediante um ascetismo constante, o fim
supremo de libertar-se das paixes para alcanar a perfeita
Aaptheia@ (impassibilidade) e Aantarquia@ (independncia e
autodomnio).
A Aformao@ destes filsofos requer muita solido e retiro.
Muita ascese e Aanacorese@ (viver sozinho). Os mestres desejavam
antes de tudo que seus discpulos alcanassem a contemplao
mstica. Neste sentido se pode falar de AComunidade Pitagrica@ -
Associao religiosa
- Escola de piedade - de moderao
- de obedincia
- de ordem e virtude
Baseava-se no conceito de Akoinonia@: amizade,
companheirismo, amor fraterno. Funcionava como uma espcie de
Asociedade secreta@. Partes essenciais da doutrina pitagrica eram
consideradas como arcanos reservados s aos iniciados. S era
possvel ingressar na comunidade depois de superar um rigoroso
exame de admisso. Uma primeira prova durava trs anos, a
segunda durava cinco anos. No princpio deste segundo noviciado o
candidato renunciava aos seus bens.
Ao longo destes anos de Aformao@:
deviam guardar rigoroso silncio
deviam praticar a obedincia a um mestre
deviam escutar os ensinamentos com grande devoo.
usavam uma roupa que os distinguia
observavam um horrio regular
comiam em comunidade regime extremamente vegetariano
rezavam antes e depois das refeies
enquanto comiam um dos mais jovens devia fazer a leitura
ao final das refeies escutavam os conselhos e instrues dos
ancios
Na AVida de Apolnio de Tiana@ se descreve o monge como
sendo algum completamente desapegado das coisas do mundo,
desprezador do vinho, da carne, das roupas suntuosas. Andava
descalo e deixava crescer a barba, conservava os olhos sempre
baixos tendo prometido castidade perptua. Para estes filsofos
nada tem valor neste mundo a no ser a virtude e a tranqilidade.
C) - MONAQUISMO JUDAICO
OS ESSNIOS
Graas a trs escritos do sculo I d.C., dois judeus e um romano,
ficamos sabendo que existiu antes do cristianismo, uma seita
judaica chamada dos Aessnios@, que teve sua origem no sc. II
a.C. e perdurou at 70 d. C..
$ Plnio, o jovem, escritor romano escreve:
ANa parte ocidental do Mar Morto, distanciados prudentemente
de suas guas malss, vivem os Essnios: povo singular e
admirvel entre todos os povos da terra; sem mulheres, sem amor,
e sem dinheiro. Renovam-se regularmente graas a grande
afluncia daqueles que se encontram entediados pela vida e pelos
revezes da fortuna... deste modo se perpetua atravs dos sculos
este povo, de onde ningum nasce@.
$ a Regra da Comunidade
$ a Regra da guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas
$ a Regra da Congregao
B) - OS MRTIRES
CIPRIANO
Cipriano exalta o martrio pela fora e pela f com que refora a
Igreja.
AAlegre exulto e dou graas, irmos fortssimos, sabendo a vossa
f e fora pelas quais ilustrada a Igreja me. Ela foi ainda
ultimamente glorificada quando ao prestardes a confisso
recebestes a sentena que vos fez exilados, confessores de
Cristo@.
AA confisso tanto maior e mais brilhante pela honra, quanto
mais violenta pelo sofrimento. CRESCENDO A LUTA, CRESCE A
GLRIA DOS QUE LUTAM@.
ORGENES
AS VIRGENS:
As virgens afastavam-se da vida comum, dedicando-se
exclusivamente ao servio de Deus. Os documentos a respeito das
virgens so abundantes a partir do sculo III e so mais numerosos
que os relativos aos ascetas.
Quase todos os Padres da Igreja deixaram tratados sobre as
Virgens consagradas a Deus. Durante os trs primeiros sculos da
Igreja as Virgens de Cristo viveram em seus prprios lares, no
tinham hbito ou distintivo especial, usavam um vu com que
cobriam a cabea, tomavam parte na vida social, assistiam
casamentos e freqentavam festas. No havia indcios de vida
comunitria.
A virgindade era considerada profisso estvel e definitiva, com
conhecimento da comunidade e aprovao do bispo. J existia de
algum modo o voto de virgindade, embora no conheamos a
formulao precisa.
A partir do sculo IV aparece notvel mudana:
$ As virgens crists so cada vez mais numerosas
$ Abraam seu estado em uma cerimnia litrgica.
$ Ocupam um lugar de honra nos ofcios litrgicos
$ Vo exercendo ministrio de diaconisas
Os Padres da Igreja louvam as virgens:
- ASo a parte mais ilustre do rebanho de Cristo@
- So como Avasos consagrados@
- So santurios escolhidos pelo prprio Deus
- So estrelas radiantes do Senhor
Era exigido da virgem: - prtica de uma ascese vigilante
-o cultivo de todas as virtudes
-uma vida inteiramente santa
Os Padres recomendavam que elas evitassem: as reunies
mundanas, as festas ruidosas, as familiaridades perigosas.
E pediam: que se vestissem modestamente, se comportassem
com simplicidade e humildade, praticassem freqentes jejuns, no
descuidassem as viglias noturnas.
A Escritura deve ocupar na sua vida um lugar verdadeiramente
nico, devem l-la, escut-la, aprend-la de memria. Devem
assimilar os seus ensinamentos.
Os Padres da Igreja identificavam a virgindade plenamente vivida
por amor a Cristo com a perfeio de todas as virtudes.
A virgem deveria tambm praticar:
- obras de misericrdia corporal assistiam os rfos, as vivas,
os pobres, os
enfermos.
- e tambm obras de misericrdia espiritual aconselhavam,
exortavam os que
necessitavam
espiritualmente.
Mais tarde os bispos comearam a fomentar o agrupamento das
virgens para se protegerem mutuamente contra os perigos do
mundo. Comearam a existir ento os mosteiros femininos que
viviam sob a tutela do bispo.
OS ASCETAS:
Sobre os ascetas as informaes so mais reduzidas:
$ Existiram desde os princpios do cristianismo. Praticavam
pobreza herica e o celibato.
$ Formavam grupos em torno de um Mestre, como por exemplo
os grupos de Orgenes, de Jernimo, de Rufino etc.
$ Seu ideal e modo de vida se parecia com o das virgens.
$ No trajavam veste especial, viviam no mundo
$ Davam esmolas aos pobres, tomavam parte nos ofcios
litrgicos
Assim tais grupos ascetas / virgens - aps uma
evoluo homognea - deram origem a este poderoso
movimento de manifestaes to diversas que
chamamos de MONAQUISMO.
$ PACMIO
$ BASLIO no ORIENTE
$ AGOSTINHO} no OCIDENTE
Escritos de Baslio
Como pai espiritual escreve entre outras obras:
$ Regras Morais - (textos do N.T. que dizem respeito vida crist).
No se restringe
aos
monges
$ Regras Monsticas - Tambm chamadas Asceticon, que
compreendem
Regras mais extensas e
Regras menos extensas
Escritos de Agostinho
BIBLIOGRAFIA
REGRA DE
SO BENTO
HISTRIA DO TEXTO DA RB
TEXTO INTERPOLADO
Itlia
Frana
Inglaterra
Alemanha
Histria - em resumo