Livro
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Numérico
Prof.ª Patrícia de Andrade Paines
2019
1ª Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Patrícia de Andrade Paines
P147p
ISBN 978-85-515-0278-5
CDD 515
Impresso por:
Apresentação
O objetivo deste livro é apresentar ao aluno iniciante os principais
métodos de cálculo numéricos, noções básicas de utilização e aplicações
práticas em MATLAB. Esta disciplina visa apresentar uma rápida descrição
do software, onde são apresentados os principais comandos para a
implementação de algoritmos.
A autora.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES.................................................................. 1
VII
TÓPICO 2 – ZEROS DAS FUNÇÕES................................................................................................... 99
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 99
2 ZEROS DAS FUNÇÕES....................................................................................................................... 99
3 MÉTODOS DE RESOLUÇÃO NO MATLAB................................................................................101
3.1 MÉTODO DE BISSECÇÃO ..........................................................................................................101
3.2 MÉTODO INTERPOLAÇÃO LINEAR (FALSA POSIÇÃO)....................................................106
3.3 MÉTODO DE NEWTON-RAPHSON..........................................................................................109
3.4 MÉTODO DA SECANTE..............................................................................................................113
3.5 MÉTODO DE ITERAÇÃO DE PONTO FIXO............................................................................117
3.6 ORDEM DE CONVERGÊNCIA...................................................................................................124
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................126
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................127
VIII
2.2.1 Método de Runge-Kutta de ordem 2..................................................................................189
2.2.2 Método de Runge-Kutta de ordem 4..................................................................................192
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS DE PASSO SIMPLES..................................................196
3 METODOS DE PASSO MÚLTIPLO PARA SOLUÇÃO DE UM PVI.......................................198
3.1 MÉTODO DE ADAMS-BASHFORTH.........................................................................................198
3.2 MÉTODO DE PREDIÇÃO DE CORREÇÃO DE ERRO............................................................199
4 SISTEMAS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS..................................................201
4.1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS DE ORDEM SUPERIOR.................................202
5 ESTABILIDADE NA OBTENÇÃO DA SOLUÇÃO NUMÉRICA.............................................204
5.1 REGIÃO DE ESTABILIDADE DE ALGUNS MÉTODOS.........................................................204
5.1.1 Método de Euler.....................................................................................................................205
5.1.2 Método de Runge-Kutta.......................................................................................................206
6 METODOS DE SOLUÇÃO DE PROBLEMA DE VALOR NO CONTORNO.........................206
6.1 MÉTODO DE DIFERENÇAS FINITAS........................................................................................207
6.1.1 Discretização do domínio.....................................................................................................208
6.1.2 Discretização das equações..................................................................................................208
6.1.3 Resolução do problema discreto.........................................................................................210
6.2 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE UMA CONDIÇÃO INICIAL EM FUNÇÃO
DE UMA CONDIÇÃO DE CONTORNO...................................................................................213
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................217
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................220
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................221
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................223
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
SISTEMAS LINEARES
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade iremos apresentar alguns métodos de resolução de
sistemas lineares que fundamentam o cálculo numérico computacional. Na
matemática, a teoria de sistemas lineares é a base e parte fundamental da álgebra
linear, um tema usado na maior parte da matemática moderna.
2 EQUAÇÕES LINEARES
Um Sistema de Equações Lineares é todo conjunto finito de Equações
Lineares, como afirmam Ruggiero e Lopes (1997) e Franco (2006). Segundo
pesquisas de Steinbruch e Winterle (1987), uma Equação Linear é uma equação
formada por uma soma de termos algébricos, onde, cada termo algébrico é
composto por um produto entre uma variável e um coeficiente numérico. Uma
equação linear pode ser escrita na seguinte forma:
a1x1 + a2 x2 + a3 x3 + ... + an xn =
b (1)
3
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
(2)
(3)
2 x1 + x2 =3
x1 + 4 x2 =
5
sendo,
2 1 3 x1
=A = ,B , X=
1 4 5 x2
4
TÓPICO 1 | SISTEMAS LINEARES
2 1 3
1 4 5
3
2
1
0 x
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-2
-3
-4
5
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Eliminação de Gauss
Gauss-Jacobi
Gauss-Jordan
Decomposição de LU Convergência
de Scarborough
Fatoração de Cholesky
Outros Outros
FONTE: O autor
6
TÓPICO 1 | SISTEMAS LINEARES
7
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Declaração de matrizes:
Matriz qualquer:
>> a = [1 3 6 2;2 5 2 8]
a=
1 3 6 2
2 5 2 8
Matriz identidade:
EYE(N) é uma matriz identidade NxN.
>> a=eye(3)
a=
1 0 0
0 1 0
0 0 1
8
TÓPICO 1 | SISTEMAS LINEARES
Matriz nula:
ZEROS(N) é uma matriz NxN de zeros.
>> a=zeros(3)
a=
0 0 0
0 0 0
0 0 0
Operadores matriciais:
Matriz transposta:
>> [1 5 4;2 7 9]'
ans =
1 2
5 7
4 9
Matriz inversa:
> inv([1 5 4;2 7 9;5 3 7])
ans =
9
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Determinante:
> det([1 5 4;2 7 9;5 3 7])
ans =
61
UNI
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Um sistema de duas (ou três) equações com duas (ou três) incógnitas pode ser
resolvido manualmente por substituição ou com o uso de métodos matemáticos.
11
AUTOATIVIDADE
0.2x + 0.5y = 1
0.3x + 0.2y = 0.6
. x + 0.2 y + 0.4 z =
0125 2.3
0.375x + 0.5 y + 0.6 z =
4.8
0.5x + 0.3y = 2.9
x1 − x2 + x3 =
0
− x1 + x2 − x3 =
0
10 x2 + 25x3 =
90
20 x1 + 10 x2 =
80
1 1 1 1 4
= 2 2 1 1 6
A ,B
1 2 1 2 6
3 1 1 1 6
12
5 Para resolver um dado problema de Engenharia é necessário determinar x
tal que A · X = B.
Determine:
1 0 0 0
2.9444 −6.2222 2.9444 0
A=
0 2.9444 −6.2222 2.9444
0 0 0 1
em que:
B = ( 0.0185 , 01111
. , 0.2222 , 01481
. )T
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
MÉTODOS DIRETOS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico veremos a metodologia que transforma a matriz A do sistema
A · X = B em uma matriz mais simples, porém preservando a solução S do sistema
original. Isso é sempre possível quando fazemos uso das operações elementares
sobre linhas da matriz representativa do sistema. Tais operações são a troca de
linhas, a adição de linhas, bem como a multiplicação de uma linha por uma
constante não nula. Da álgebra linear sabemos que tais operações não alteram a
solução S do sistema, uma vez que uma operação elementar sobre linha equivale
a uma operação sobre a respectiva equação.
2 SOLUÇÃO DIRETA
A solução Direta é um método que viabiliza a solução do sistema
realizando um número finito de operações aritméticas, portanto, o esforço
computacional necessário para se obter uma solução do sistema é previsível.
Esta solução seria exata se não fosse a presença de erros de arredondamento.
Esse método é normalmente empregado em sistemas lineares com matrizes de
coeficientes densas e de porte médio (até 1000 equações). Desconsiderando o
método de Cramer devido a sua ineficiência, os principais métodos diretos são:
15
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
DICAS
16
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Solução:
Processo de triangularização
17
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
0.319
L1 ← L3 − − L1⟹ L3 ←L3 + 0.7121 · L1,
0.448
no elemento i = 3 e j = 1, teremos a seguinte operação de eliminação:
0.319 0.319
a31 = a31 − − · a11 = −0.319 − − 0.448 · 0.448 = 0
0.448
(na ausência de arredondamentos).
c) Como esses mesmos fatores multiplicativos devem ser aplicados para todas
as colunas j das linhas i = 2 e i = 3, é importante que sejam determinados uma
única vez, armazenados e usados em todas as colunas de cada linha i.
0.448 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
0 1.476 0.4164 0.7121
18
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
0.448 0.832 .
0193 1
0 0.002170 -0.3884 -0.9397
1.476
0 1.476 0.4164 0.9397 L3 ← L3 − ⋅ L2
0.002170
L3 ← L3 − 680.2 ⋅ L2
0.448 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0 , 9397
0 0 264.6 −639.9
Observe também que a linha 3 sofreu eliminações duas vezes, nos passos
k = 1 e k = 2, e isso caracteriza um processo cumulativo de operações aritméticas
com erros de arredondamento. Nessa fase, o sistema simplificado já está na
forma de matriz triangular superior, que deve ser equivalente ao sistema original
apresentado nesse exemplo, pois as operações elementares sobre linhas aplicadas
não podem alterar as equações. Então, a solução do sistema original:
19
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
0.448x1 + 0.832 x2 + . x3 =
0193 1
0x1 + 0.002170 x2 − 0.3884 x3 = −0 , 9397
0x1 + 0x2 + 264.6 x3 =639.9
639.9
0 · x1 + 0 · x2 + 264.6 · x3 = 639.9 x3= x3= 2.418
264.6
Segundo passo: posteriormente, podemos obter os valores de x2 e x1 das
equações 2 e 1, respectivamente:
−0.9397 − ( −0.3884 ⋅ x3 )
x2 = x2 =
−0.2529 (com x3 = 2.418)
0.002170
1 − 0.832 ⋅ x2 − 0.193 ⋅ x3
=x1 = x1 1.660
= (x3 2.418 e x2 = − 0.2529
0.448
Vale ressaltar que essa solução S foi obtida de um sistema simplificado, cujos
coeficientes já sofreram acúmulo de arredondamentos, e não do sistema original.
20
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Os resíduos dessa solução exata estimada, obtida com precisão double, são:
Erro x1 =
1.660 − 1.561414494051542 0.098585505948458 ≅ 01
= .
Erro x2 = −0.2529 − ( −0199881764024819
. ) =−0.053018235975181 ≅ 0.05
Erro x3 =
2. 418 − 2.418590333334499 0.000590333334499 ≅ 0.0006
=
21
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Pivotação parcial
a) no início de cada passo k das eliminações, escolher para akk o elemento de maior
módulo entre os coeficientes aik, i = k, k + 1,...,n; e
b) trocar as linhas k e i, se necessário.
22
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Solução:
Processo de triangularização
j =1
-0.319 0.884 0.279 0
0.421 0.784 −0.207 0
i = 3 (0.448) 0.832 0193
. 1
(maior módulo está na linha i = 3)
23
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
( 0.448) 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
0 1.476 0.4164 0.7121
j=2
( 0.448) 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
i = 3 0 (1.476) 0.4164 0.7121 (maior módulo em i = 3)
( 0.448) 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397 L2 ← L3
0 (1.476 ) 0.4164 0.7121 L3 ← L2
( 0.448) 0.832 .
0193 1
0 (1.476 ) 0.4164 0.7121
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
24
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
( 0.448) 0.832 .
01930 1
0 (1.476 ) 0.4164 0.7121
0 0.002170 −0.3884 −0.9397 0.002170
L3 ← L3 − ⋅ L2
1.476
L3 ← L3 − 0.001470 ⋅ L2
( 0.448) 0.832 .
01930 1
0 (1.476 ) 0.4164 0.7121
0 0 −0.3893 −0.9412
−0.9412 x3 = 2.418
x3 =
−0.3893
0.7121 − 0.4164 x3
x2 = x2 = −01997
.
1.476
1 − 0.832 x2 − 0193
. x3
x1 = x1 = 1.561
0.448
25
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Erro x1 =
1.561 − 1.561414494051471 0.000414494051471 ≅ 0.0004
=
Erro x2 = .
−01997 − ( 0199881764024781
. )=
0.000181764024781 ≅ 0.0002
Erro x3 =
2.418 − 2.418590333334500 0.000590333334500 ≅ 0.0006
=
26
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Pivotação total
Solução:
27
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
j=2
0.448 0.832 0193
. 1
0.421 0.784 −0.207 0
i = 3 −0.319 0.884 0.279 0
x1 x2 x3
28
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
j=2
0.884 −0.319 0.279 0
0 0.7039 −0.4544 0
i = 3 0 0.7482 −0.06959 1
x2 x1 x3
b) Efetuamos somente troca de linhas, uma vez que, na coluna, a matriz já está
naturalmente pivotada:
29
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
−0.9408
x3 = x3 2.419
−0.3889
1 + 0.06959 ⋅ x3
x1 = x1 = 1.561
0.7482
0 + 0.319 ⋅ x1 − 0.279 ⋅ x3
x2 = x 2 = −0.2002
0.884
30
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Erro x1 =
1.561 − 1.561414494051471 0.000414494051471 ≅ 0.0004
=
Erro x2 =−0.2002 − ( −0199881764024781
. ) =−0.000318235975219 ≅ 0.0003
Erro x3 =
2.419 − 2.418590333334500 0.000590333334500 ≅ 0.0006
=
0.448 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
0 0 0 0 (usando aritmética exata em i = 3)
31
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
32
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
0.448 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
0 0 0 0 (usando aritmética exata em i = 3)
0.488 0.832 .
0193 1
0 0.002170 −0.3884 −0.9397
0 0 0 49.0603 (usando aritmética exata em i = 3)
No MaTlab
35
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
aux=A(:,cont);
A(:,cont)=A(:,I);
A(:,I)=aux;
aux=index(cont); % mudança de posiçao do vetor index
index(cont)=index(I);
index(I)=aux;
% "AUX = A
% A=B
% B = AUX"
end
end
% Acabou todo o pivoteamento
% Solve do sistema
x(m)=b(m)/A(m,m);
while cont>=1 % contador regressivo
aux=sum(A(cont,cont+1:m).*x(cont+1:m));
x(cont)=(b(cont)-aux)/A(cont,cont);
cont=cont-1;
if cont<1
break
end
end
% "Como sugerido na página 4 de backward_forward.pdf"
% Realojamento do Vetor de Incógnitas nas Posições Corretas:
for cont=1:m
36
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
for i=1:m
if index(i)==index(cont)
aux=x(index(i));
x(index(i))=x(cont);
x(cont)=aux;
aux=index(index(i));% conserta-se o index pra não repetir a operação de troca de
valor em x
index(index(i))=index(cont);
index(cont)=aux;
end
end
end
disp('Vetor de Incógnitas')
disp(x)
FONTE: O autor
37
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
a31
L3 ← L3 − ⋅L
a11 1
a31 a
L3 − ⋅ L1= 0 , para j= 1, a31 − 31 ⋅ a11= 0
a11 a11
a11=
⋅ L3 − a31 ⋅ L1 0 para j = 1, a11 =
⋅ a31 − a31 ⋅ a11 0
38
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
UNI
UNI
Acesse o link para assistir à videoaula e saiba mais sobre o Método de Gauss-
Jordan: <https://www.youtube.com/watch?v=aMNbHF1o_wc.
A −1 ( A ⋅ X) =
A −1 (B)
( A −1 ⋅ A)X =A −1 ⋅ B
)X A −1 ⋅ B
(I =
X A −1 ⋅ B
=
39
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Solução:
3 1.5 4.75 x1 8
4 2 3 ⋅ x2 = 7
2 5 3 x3 −12
3 1.5 4.75 1 0 0
4 2 3 0 1 0
2 5 3 0 0 1
j =1
3 1.5 4.75 1 0 0
i = 2 ( 4 ) 2 3 0 1 0
(elemento de maior módulo da coluna
2 5 3 0 0 1 j = 1 está na segunda linha i = 2)
40
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
b) Trocamos linhas:
3 1.5 4.75 1 0 0 L1 ← L2
( 4 ) 2 3 0 1 0 L2 ← L1
2 5 3 0 0 1 (troca da linha L1 com L2 e vice-versa)
4 2 3 0 1 0
3 1.5 4.75 1 0 0
2 5 3 0 0 1
4 2 3 0 1 0 L1 ← L1 / 4
3 1.5 4.75 1 0 0
2 5 3 0 0 1
1 0.5 0.75 0 0.25 0
3 1.5 4.75 1 0 0
2 5 3 0 0 1
41
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
j=2
1 0.5 0.75 0 0.25 0
0 0 2.5 1 −0.75 0
(o elemento de maior módulo da
i 3 0 ( 4 ) 1.5 0 −0.5 1
coluna j = 2 está na linha i = 3).
b) Trocamos linhas:
42
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
1 0 0.5625 0 0.3125 .
−0125
0 1 0.375 0 −0125
. 0.25
0 0 2.5 1 −0.75 0 L3
L3 ←
2.5
1 0 0.5625 0 0.3125 .
−0125
0 1 0.375 0 −0125. 0.25
0 0 1 0.4 −0.3 0
Então,
43
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
44
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
l11 ⋅ 1 + 0 ⋅ 0 + 0=
⋅ 0 a11 l11 a11
⇒ =
l21 ⋅ 1 + l22 ⋅ 0 + 0=
⋅ 0 a21 ⇒ l21 = a21
l31 ⋅ 1 + l32 ⋅ 0 + l33 ⋅=
0 a31 ⇒ l=
31 a31
a12
l11 ⋅ u12 + 0 ⋅ 1 +=
0 ⋅ 0 a12 u12
⇒ =
l11
a13
l11 ⋅ u13 + 0 ⋅ u23 + 0=
⋅ 1 a13 ⇒ u13
=
l11
l31 ⋅ u13 + l32 ⋅ u23 + l33 ⋅ 1 = a33 ⇒ l33 = a33 − ( l31 ⋅ u13 + l32 ⋅ u23 )
45
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
k =1
l11 = a11
a12
=l21 a=
21 u12
l11
a13
=l31 a=
31 u13
l11
k=2
l22 = a22 − l21 ⋅ u12
a23 − l21 ⋅ u13
l32 = a32 − l31 ⋅ u13 u23 =
l22
k=3
l33 = a33 − l31 ⋅ u13 − l32 ⋅ u23
l11 0 0 c1 b1
l21 l22 0 ⋅ c2 =
b2
l31 l32 l33 c3 b3
b1
c1 =
l11
l11 ⋅ c1 = b1
b2 − ( l21 ⋅ c1 )
l21 ⋅ c1 + =
l22 ⋅ c2 b2 ⇒
= c 2
l22
b3
l31 ⋅ c1 + l32 ⋅ c2 + l33 ⋅ c3 = b − ( l31 ⋅ c1 + l32 ⋅ c2 )
c3 = 3
l33
46
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
· · · · ·
· · · ·
· · ·
Primeiro passo: k = 1
=li1 ai1 =∀i 1,2,3,...,n
a1 j
=u1 j =∀j 2,3,...,n
l11
j −1
lij =
aij − ∑l
r −1
ir ⋅ urj ∀j = k , k + 1,...,n e j =
k
1 i −1
u=
ij
lii
aij −
∑l
r =1
ir ⋅ urj
∀j = k + 1,...,n e i= k
j −1
lij =
aij − ∑l
r =1
ir ⋅ urj i=
j=
n
47
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Solução:
resultando em
48
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
resultando em
j −l
→ lij = aij − ∑ lir ⋅ urj
r =l
( i = k, k + 1,...., n e j = k )
49
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
resultando em
c) Trocamos linhas:
resultando em
1 i −1
→ uij = aij − ∑ lir ⋅ urj
lii
(j = k + 1,...., n e i = k )
r =1
50
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
resultando em
j −l
→ lij =aij − ∑ lir ⋅ urj
r =1
( i =j =n)
resultando em
logo,
51
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
0.448c1 + 0c2 + 0c 3 = 1
L ⋅ C = B ⇒ −0.319c1 + 1.476c2 + 0c 3 = 0
0.421c + 0.002203c − 0.3890c = 2
1 2 3
b1 1 b1 1
b2
= 2 L2 ← L3 ⇒ =
b3 0
b3 0 L3 ← L2 b2 2
1
c1 = c1 2.232
0.448
0 − ( −0.319c1 )
c2 = ⇒ c2 0.4824
1.476
2 − ( 0.421c1 + 0.002203c2 )
c3 = c3 = −2.723
−0.3890
Resolvendo
x3 = −2.723 x3 = −2.723
( 0.4824 − 0.2821x3 )
x2 = ⇒ x2 = 1.251
(
x1 =2.232 − (1.857 x2 + 0.4308x3 ) ) x1 = 1.082
52
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Erro
= S − Sexato :
Erro x1 = 1.082 − 1.08321566094182 ≅1.22 ⋅ 10−03
Erro x2 = 1.251 − 1.25034738133745 ≅ 6.53 ⋅ 10−04
Erro x3 = −2.723 − ( −2.72315874287407 ) ≅1.59 ⋅ 10−04
Podemos ver que os erros da solução S obtida com pivotação parcial são
compatíveis com a precisão de quatro dígitos significativo adotados, embora na
primeira equação ainda ocorra uma propagação de erros para o terceiro dígito
fracionário.
53
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Solução:
Primeiro passo: k = 1
1 2 3 4 1 1 −1
1 2 −3 −4 0 0 0
−1 0 2 3 1 1 1
1 −4 −1 1 2 −2 2
Segundo passo: k = 2
1 2 3 4 1 1 −1
0 = 2 − (1 ⋅ 2 )
1 0 −3 −4 0 0 0
−1 2 2 3 1 1 1 , em que 2 = 0 − ( −1 ⋅ 2 )
1 ( −6 ) −1 1 2 −2 2 −6 =−4 − (1 ⋅ 2 )
54
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
1 2 3 4 1 1 −1
1 ( −6 ) −1 1 2 −2 2
−1 2 2 3 1 1 1
1 0 −3 −4 0 0 0
1 2 3 4 1 1 −1
1 ( −6 ) 0.6667 0.5 2 −2 2
−1 2 2 3 1 1 1
1 0 −3 −4 0 0 0
Terceiro passo: k = 3
1 2 3 4 1 1 −1
1 ( −6 ) 0.6667 0.5 2 −2 2
−1 2 3.667 3 1 1 1
1 0 ( −6 ) −4 0 0 0
em que
3.667 = 2 − ( −1 ⋅ 3 + 2 ⋅ 0.6667 )
−6 =−3 − (1 ⋅ 3 + 0 ⋅ 0.6667 )
55
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
1 2 3 4 1 1 −1
1 −6 0.6667 0.5 2 −2 2
1 0 (-6) −4 0 0 0
−1 2 3.667 3 1 1 1
1 2 3 4 1 1 −1
1 −6 0.6667 0.5 2 −2 2
1 0 (-6) 1.333 0 0 0
−1 2 3.667 3 1 1 1
em que
−4 − (1 ⋅ 4 + 0 ⋅ 0.5 )
1.333 =
−6
Quarto passo: k = 4
1 2 3 4 1 1 −1
1 −6 0.6667 0.5 2 −2 2
1 0 (-6) 1.333 0 0 0
−1 2 3.667 1.112 1 1 1
em que
B1
A⋅X =
B2
A⋅X =
B3
A⋅X =
56
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
57
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
No MatLab
FONTE: O autor
Considerações
58
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
Gauss O (2 n3 / 3)
Gauss-Jordan O (2 n3 / 3)
Inversão O (n3)
Crout O (2 n3 / 3)
59
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
1 2 3 4 1 1 −1
1 2 −3 −4 0 0 0
−1 0 2 3 1 1 1
1 −4 −1 1 2 −2 2
1 2 3 4 1 1 −1
0 −6 −4 −3 1 −3 3
⇒
0 0 −4 −8 −1 −1 1
.
0 0 0 11111 ... 1.7222... 0.3888... 1.6111...
.
−0150000 −0.50000 −0.850000
0.325000 0.525000 .
0175000
X=
−1.900000 −0.300000 .
−2100000
1.550000 0.350000 1.450000
DICAS
60
TÓPICO 2 | MÉTODOS DIRETOS
l11 = a11
ai1
li1 = para todo i = 2,3,...,n
l11
1/2
k −1
lkk akk −
=
∑
r =1
lkr2
1 k −1
=lik
lkk
aik −
∑l l
r =1
ir kr
para todo i = k + 1,...,n
1/ 2
n-1
lnn = ann -
∑
r =1
2
lnr
No MatLab
61
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
FONTE: O autor
DICAS
Acesse o link para assistir à videoaula e saiba mais sobre o Método de Cholesky:
<https://www.youtube.com/watch?v=jFWLfdCgvso>.
62
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Embora não seja possível definir qual tipo de método é mais eficiente sem
fazer um estudo preliminar, em linhas gerais, métodos diretos se mostram
mais eficientes para solução de sistemas de pequeno porte, inclusive nos quais
a matriz de coeficientes é densa, isto é, com muitos elementos diferentes de 0.
63
AUTOATIVIDADE
+5V
IC2
+
R1 C4 C5
8 4
R2 7 TR1 Saída
R4 D - +
3 G
100W
D1 s
IC1
R3
6 5
D2
2 1 D4
D B C3 D3
S1
+
C1
C2 Entrada
- +
12V
i1 + i2 + i3 = 0
Z1i1 − Z2 i2 = e1 − e2
Z i − Z3i3 = e2 − e3
21
Se Z1 = 10, Z2 = 8, Z3 = 3, e1 − e2 = 65 e e2 − e3 = 120:
64
150 −100 0 x1 588 , 6
−100 150 −50 x2 =
686 , 7
0 −50 50 x 784 ,8
3
4 x1 − x2 + x3 =
8
2 x1 + 5x2 + 2 x3 =
3
x1 + 2 x2 + 4 x3 =
11
3x1 − 0 ,1x2 − 0 , 2 x3 =
7 ,85
0 ,1x1 + 7 x2 − 0 , 3x3 =
−19 , 3
0 , 3x1 − 0 , 2 x2 + 10 x3 =
71, 4
3 −0 ,1 −0 , 2 x1 7 ,85
0 ,1 7 −0 , 3 x2 =
−19 , 3
0 , 3 −0 , 2 10 x3 71, 4
6 15 55
A = 15 55 225
55 225 979
65
66
UNIDADE 1
TÓPICO 3
MÉTODOS ITERATIVOS
1 INTRODUÇÃO
Quando o sistema de equações lineares A· X = B tiver algumas características
especiais, como: a ordem n elevada (n é o número de equações); a matriz dos
coeficientes A possuir grande quantidade de elementos nulos (matriz esparsa); e
os coeficientes puderem ser gerados através de alguma lei de formação; em geral,
será mais eficiente resolvê-lo através de um método iterativo (repetitivo), sem
operar com os coeficientes nulos, desde que a convergência seja possível.
67
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
UNI
2 SOLUÇÃO ITERATIVA
Uma solução iterativa de A· X = B consiste em tomar uma solução inicial
X(0) (estimada de alguma forma) para a solução S = {x1, x2, x3, ..., xn} procurada e
construir uma sequência
{ }
∞
X ( k ) = xi( k )
k =0
lim X ( k ) = S
k →∞
(C + E ) ⋅ X = B ⇒ C ⋅ X = B − E ⋅ X ⇒ X = C −1 ( B − E ⋅ X ) (7)
{
X ( 0 ) = x1( 0 ) ,x(20 ) ,x3( 0 ) ,...,xn( 0 ) }
68
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
( 1)
X= (
C −1 B − E ⋅ X ( 0 ) )
fazendo X(0) = X(1) e reaplicando-o no lado direito da eq. (7), obtemos um
x e assim sucessivamente, resultando em uma sequência x(k +1) de soluções S
(2)
aproximadas:
(
X ( 2 ) = C −1 ⋅ B − E ⋅ X ( ) )
1
⋅ ( B − E ⋅ X( ) )
2
X ( 3) = C −1
(
X ( k +1) = C −1 ⋅ B − E ⋅ X ( )
k
) (8)
em que
{ }
∞
S = X( k )
k −0
lim X (
k →∞
k+1)
(
= C -1 B − E ⋅ lim X ( )
k
k →∞
) (10)
lim X (
k →∞
k+1)
= C -1 ⋅ B − C -1 ⋅ E ⋅ lim X (
k →∞
k+1)
( )
⇒ 1 + C -1 ⋅ E ⋅ lim X (
k →∞
k+1)
= C −1 ⋅ B
(11)
Multiplicando a eq. (11) pela matriz C, temos:
(C + E ) ⋅ klim X( ) = B
k+1
→∞ (12)
Mas (C + E) = A, então:
A ⋅ lim X (
k +1)
B
=
k →∞
Logo,
lim X (
k +1)
= S é a solução de A∙ X = B
k →∞
69
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
k +1
(
X ( ) = D −1 ⋅ B − ( L + U ) ⋅ X ( )
k
) (13)
( k +1) 1 j −i
(k) n
(k)
xi = bi − ∑ aij x j − ∑ aij x j
aii j= 1 j = i +1
j <i j >i (14)
70
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
3x1 − x2 − x3 =1
x1 + 3x2 + x3 =
5
x − x + 2x = 2
1 2 3
Solução:
1 + x2( ) + x3( )
k k
( k +1)
x1 =
3
5 − x1( ) − x3( )
k k
x2( ) =
k +1
3
2 − x1( ) + x2( )
k k
x3( ) =
k +1
1+ 0 + 0
x1( )
1
= = 0.333
3
(1) 5 − 0 − 0
=x2 = 1.667
3
(1) 2 − 0 + 0
=x3 = 1.000
2
71
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
0 0 0 0
1 0.333 1.667 1
3 1.296 0.704 1
5 0.868 1.132 1
Note que a aproximação (x1(6), x2(6), x3(6)) = (1.044, 1.044, 1.132), obtida em 6
iterações, está convergindo para uma solução S (nesse caso, Sexato = {1, 1, 1}.
{ }
a) Max xl( k +1) − xl( k ) ≤ ε ⇒ i =1, 2 , 3,...,n
x( k +1) − x( k )
b) Max l ( k +1) l ≤ ε ⇒ i =1, 2 , 3,...,n
xl
{
Max ri (
k +1)
} ≤ ε ⇒ i =1, 2,3,...,n
72
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
Corresponde
n
ao maior resíduo entre todas as equações
i,rl( k +1=
)
bl − ∑ a1l xl( k +1) que já foi aplicado para aferição de soluções de métodos
l −1
diretos, mas pode gerar valores inconsistentes para sistemas mal condicionados.
( k +1)
No caso do Exemplo 9, quando aplicamos o critério Max xi − xi( k ) ≤ ε { }
das diferenças de valores sucessivos, temos:
k x1( k ) x(2k ) x3( k ) x1( k +1) − x1( k ) x(2k +1) − x2( k ) x3( k +1) − x3( k )
0 0 0 0 - - -
1 0.333 1.667 1 0.333 1.667 1
2 1.222 1.222 1.667 0.889 0.555 0.667
3 1.296 0.704 1 0.074 0.518 0.667
4 0.901 0.901 0.704 0.395 0.197 0.296
5 0.868 1.132 1 0.033 0.197 0.296
6 1.044 1.044 1.132 0.176 0.088 0.132
NOTA
73
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
GRÁFICO 1 – EVOLUÇÃO DE x1(K) (NO EIXO VERTICAL) COM O NÍVEL ITERATIVO K (NO EIXO
HORIZONTAL) USANDO O MÉTODO DE JACOBI
2
1.5
0.5
0
0 1 2 3 4 5 6
DICAS
X(
k +1)
= ( D + L)
−1
( B − U ⋅ X( ) )
k
74
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
( D + L ) X ( k +1) = B − U ⋅ X ( k )
D ⋅ X(
k +1)
= B − L ⋅ X(
k +1)
− U ⋅ X( )
k
X (=)
D −1 B − L ⋅ X (
k +1
( k +1)
− U ⋅ X( )
k
) (16)
l −1 n
bl − ∑ a1l xl(
k +1)
− ∑ a1l xl( )
k
l −1 l − l +1
( k +1) l<l l >l
xl = ⇒ i 1, 2 ,...,n
all (17)
k +1 1 + x( k ) + x( k )
x1( ) = 2 3
3
( k +1)
− x3( )
k
( k +1) 5 − x1
x2 =
3
( k +1)
( k +1) 2 − x + x2( )
k +1
x3 = 1
2
(1) 1 + 0 + 0
x1
= = 0.333
3
(1) 5 − 0.333 − 0
= x2 = 1.555
3
(1) 2 − 0.333 + 1.555
= x3 = 1.611
2
k x1( k ) x(2k ) x3( k ) x1( k +1) − x1( k ) x(2k +1) − x2( k ) x3( k +1) − x3( k )
0 0 0 0 - - -
1 0.333 1.555 1.611 0.333 1.555 1.611
2 1.388 0.666 0.638 1.055 0.888 0.972
3 0.768 1.197 1.214 0.620 0.531 0.575
4 1.137 0.882 0.872 0.368 0.314 0.341
5 0.918 1.069 1.075 0.218 0.186 0.202
6 1.048 0.958 0.955 0.129 0.110 0.120
Temos a solução aproximada (x1(6), x2(6), x3(6)) = (1.048, 0.958, 0.955) com
critério de parada Max |xi(k +1) – xi(k)| = 0.129 atingido em 6 iterações.
NOTA
76
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
GRÁFICO 2 – EVOLUÇÃO DE x1 (NO EIXO VERTICAL) COM O NÍVEL ITERATIVO k (NO EIXO
HORIZONTAL) USANDO O MÉTODO DE GAUSS-SEIDEL
2
1.5
0.5
0
0 1 2 3 4 5 6
FONTE: Peters e Szeremeta (2017, p. 84)
DICAS
n
=Zi ∑=
aij ,i 1,...,n,
j =1
i ≠i
77
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
3x1 − x2 − = x3 1 3 ≥ −1 + −1 Válido
x1 + 3x2 + =
x3 5 3 ≥ +1 + +1 Válido
x1 − x2 + 2=x3 2 2 ≥ +1 + −1 Válido
78
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
a) A convergência para a solução S = lim {X(k)} ∞K=0 não depende do valor inicial
(0). Portanto, a escolha do X(0) adequado afeta apenas a quantidade de iterações
necessárias. Quanto mais próxima à solução estimada X(0) estiver da solução
exata S, mais rápida será a convergência (se convergir).
x1 + 2 x2 =
3
x1 − 3x2 =
−2
x1= 3 − 2 x2
2 + x1
x2 =
3
Na tabela a seguir, temos a evolução iterativa da solução aproximada por
Gauss-Seidel:
k x1 x2
0 0 0
1 3 0.666667
2 1.666667 1.666667
3 -0.333333 1.222222
4 0.555556 0.555556
5 1.888889 0.851852
6 1.296296 1.296296
20 0.982658 0.982658
30 1.002284 1.002284
40 0.999699 0.999699
50 1.000040 1.000040
60 0.999995 0.999995
70 1.000001 1.000001
76 1 1
79
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
c) Um sistema que não tenha diagonal dominante pode, em alguns casos, ser
transformado para ter diagonal dominante através de troca de linhas e/ou
colunas (pivotamento parcial ou total).
3x1 − x2 − x3 =1
x1 + 3x2 + x3 =
5
x − x + 2x = 2
1 2 3
k +1 1 + 1x( k ) + 1x( k )
x1( ) = 2 3
3
( k +1)
− 1x3( )
k
( k +1) 5 − 1x1
2x =
3
( k +1)
( k +1) 2 − 1x + 1x2( )
k +1
x3 = 1
2
f) No sistema a seguir:
x1 + 2 x2 =
3
x1 − 3x2 =
−2
80
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
x1= 3 − 2 x2
2 + x1
x2 =
3
81
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
LEITURA COMPLEMENTAR
O CONCURSO
Primeiro, fez uma redação a qual considerou excelente. Isso pra ele não
constituiu grande sacrifício, afinal já foi, em tempos pretéritos, com menção
honrosa, é bem verdade, em um concuros literário. Mas efetivamente ele tinha,
e tem, domínio acima da média da língua mãe. Quando à prova de matemática,
considerou-se a bastante razoável. Era o resultado daquelas noites em claro e
da minha modesta ajuda nas raras horas de folga. Bem, quanto a princípios de
computação, ele considerou que dava pra ir. Agora era aguarda o resultado.
82
TÓPICO 3 | MÉTODOS ITERATIVOS
8, 0 pr + 8, 7 pm + 9 , 2 pc
8, 4 =
pr + pm + pc
8, 0 pr + 7 , 8 pm + 8, 2 pc
8, 3 =
pr + pm + pc
8, 8 pr + 7 , 8 pm + 7 , 9 pc
8,1 =
pr + pm + pc
−0 , 4 pr + 0 , 3pm + 0 , 8 pc =
0
−0 , 3pr − 0 , 5 pm − 0 ,1pc =
0
0 , 7 pr − 0 , 3pm − 0 , 2 pc =
0
83
UNIDADE 1 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
Que possui solução única, uma vez que o determinante da matriz de seus
coeficientes é diferente de zero e vale exatamente 0,285.
Onde a primeira equação foi trocada com a terceira para que a matriz
associada fosse de diagonal estritamente dominante e tivesse convergência
garantida, uma vez que queria resolver o sistema pelo método iterativo de Gauss-
Seidel.
Partindo do vetor nulo, qual não foi a minha surpresaa ao obter o valor
exato da solução do sistema com apenas uma interação: o próprio vetor nulo.
Ora, mais isso era um absurdo, pois estava clara a fraude aplicada no tal
concurso.
Fui imediatamente à casa de Carlos, munido daqueles Cálculos, e o
incentivei a pedir anulação daquele concurso, pois seu resultado certamente não
refletia a realidade.
Infelizmente, Carlos sequer conseguiu ficar entre os classificados nas
novas provas, mas em termos de cidadania obteve nota 10.
84
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
85
AUTOATIVIDADE
5x1 + 2 x2 + x3 =
7
− x1 + 4 x2 + 2 x3 =
3
2 x1 − 3x2 + 10 x3 =
−1
86
a) Aplique o Método de Jacobi considerando x0 a aproximação inicial proposta
pelo problema.
b) Construa o gráfico que ilustra a convergência da solução acima (b).
c) Aplique o Método de Gauss-Seidel. Utilizando a função com os parâmetros
Gauss Seidel ([5, 2, 1; -1, 4, 2; 2, -3, 10], [7, 3, -1], [-2.4, 5, 0.3], 10-2, 100).
d) Construa o gráfico de convergência do item citado anteriormente.
1 70
10
2
60 14
3
40 17
87
O que poderia dizer acerca da convergência do método iterativo de
Gauss-Seidel quando aplicado ao sistema? Justifique.
9 x1 − 2 x2 + 3x3 + 2 x4 =
54 , 5
2 x1 + 8x2 − 2 x3 + 3x4 =
−14
−3x1 + 2 x2 + 11x3 − 4 x4 =
12 , 5
−2 x1 + 3x2 + 2 x3 + 10 x4 =
−21
88
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
• estabelecer valores iniciais para raízes de uma equação não linear f(x) = 0;
determinar as raízes que satifaçam uma equações f(x) = 0 por métodos de
quebra e de iterativos (linearização);
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
89
90
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iremos apresentar métodos para resolução de sistemas não
lineares que fundamentam o cálculo numérico computacional. No processo
de resolução de um problema prático, é frequente a necessidade de se obter a
solução de um sistema de equações não lineares.
91
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
UNI
https://www.math.tecnico.ulisboa.pt/~calves/MC/cap2.html
Devido a não linearidade dos sistemas de equações não lineares eles não
podem ser reduzidos à forma matricial A · X = B, de modo que nem o cálculo
direto pelo método de eliminação gaussiana nem por inversão de matrizes pode
ser aplicado. Outra dificuldade vem da diversidade de funções transcendentes
que impede a elaboração de algoritmo que possa ser aplicado a um sistema de
equações não lineares genérico (GILAT; SUBRAMANIAM, 2008).
f(x∗) = 0 (1)
92
TÓPICO 1 | SISTEMAS NÃO LINEARES
93
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
» fzero(@minhafuncao,x0)
» fzero(@quadratica,6)
» p = [1 2 -5 -6]
» roots(p)
94
TÓPICO 1 | SISTEMAS NÃO LINEARES
f(x) = t 3 + 2t 2 - 5t - 6
25
20
15
10
-5
-10
-15
-20
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
FONTE: Mendonça (2011, p. 52)
» fsolve(@minhafuncao,x0)
y1 = 3x1 + 4 x2 − 16
2 2
2 2
y2 = 2 x1 − 3x2 − 5
» fsolve(@funcs,[1;1])
95
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
96
AUTOATIVIDADE
f1 ( x1 , x 2 ) = x12 + x 22 − 2 = 0
x2
f2 ( x1 , x 2 ) = x12 − 2 − 1= 0
9
x2
-√2 √2 x1
f1 ( x1 , x 2 ) = x12 − x 2 − 0, 2 = 0
f2 ( x1 , x 2 ) = x1 − x 2 + 1 = 0
2
97
x2
98
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos os principais métodos iterativos para a solução
de um sistema de equações não lineares, assim como, exemplos de algoritmos
em Matlab, a saber: a descrição de cinco métodos numéricos utilizados na
determinação da raiz de uma única equação, sendo eles, dois métodos de
confinamento, o método da bisseção e o método de falsa posição, seguido dos
três métodos abertos, o método de Newton, o método da secante, e finalizando, o
método da iteração de ponto fixo.
O MATLAB possui duas funções que podem ser usadas para resolver
equações com uma variável. O comando fzero pode ser usado na obtenção da
raiz de qualquer equação, e o comando roots pode ser usado na obtenção das
raízes de um polinômio.
f(x) = 0
99
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Solução Soluções
x x x x
Nos métodos abertos, assume-se uma estimativa inicial para a solução (um
ponto). O valor dessa tentativa inicial para a solução deve ser próximo à solução
real. Então, usando um esquema numérico, valores melhores (mais precisos) são
calculados para a solução. Métodos de confinamento (bisseção e o regula falsi)
sempre convergem para uma solução. Métodos abertos (Newton, secante e o
iteração de ponto fixo) são usualmente mais eficientes, mas às vezes podem não
levar à solução. Conforme mencionado anteriormente, já que métodos numéricos
não são exatos, é necessário estimar os erros envolvidos, conforme figura a seguir:
100
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
Sistemas Não-Lineares
Métodos
Newton-Raphson
Falsa Posição
Secante
Bisseção
Iteração de
Ponto Fixo
Fonte: O autor
101
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
bn − an
P=
n an +
2
102
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
an + bn
Pn =
2
Porém, esta segunda forma apresenta maior ampliação do erro em
relação à primeira. Ou seja, o primeiro modo irá resultar em menores erros de
arredondamento quando implementado.
bk - 1 - ak - 1 b0 − a0
bk - ak = =
2 2k
b0 − a0 b0 − a0
k
< ε → 2k > → k log ( 2 ) > log ( b0 − a0 ) − log ( ε ) →
2 ε
log ( b0 − a0 ) − log ( ε )
k>
log ( 2 )
103
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
FONTE: O autor
FONTE: O autor
104
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
Exemplo c: Seja f(x) = x² + log (x), resolva a equação não linear pelo Método
da bisseção. Considere o algoritmo em Matlab para o Método de Bisseção.
FONTE: O autor
105
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
DICAS
Casos possíveis:
Como visto no caso ii, para que possamos utilizar o Método da Falsa-
Posição, os valores da função nos pontos P0 e P1 devem ser opostos. Nesse caso, o
Teorema de Bolzano nos garante a existência de uma raiz.
a) Se f(P1) · f(P2) > 0 : Atualiza-se o intervalo [P0 , P1] para [P0 , P2]; e
b) Se f(P1) · f(P2) < 0 : Atualiza-se o intervalo [P0 , P1] para [P1 , P2];
106
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
a) Se f(Pa). f(Pb) > 0 : Atualiza-se o intervalo [Pc , Pd] para [Pc , Pb]; e
b) Se f(Pa). f(Pb) < 0 : Atualiza-se o intervalo [Pd , Pd] para [Pd , Pb];
Exemplo: Seja f(x) = x² + log (x), resolva a equação não linear pelo Método
Falsa-Posição. Considere o algoritmo em Matlab para o Método de Falsa-Posição.
107
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
FONTE: O autor
108
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
DICAS
f ( x1 ) − 0
f ' ( x1 ) = (1)
´
x1 − x2
109
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
f ( x1 )
x2 = x1 (2)
f '( x1 )
A Eq. (2) pode ser generalizada para que a “próxima” solução xi+1 seja
obtida a partir da solução atual:
f ( xi )
xi +1 = xi (3)
f '( xi )
1
f ( x=
) f ( x1 ) + ( x − x1 ) f '( x1 ) + ( x − x1 )2 f "( x1 ) + ... (4)
2!
1
f ( x2 ) =0 =f ( x1 ) + ( x2 − x1 ) f '( x1 ) + ( x2 − x1 )2 f "( x1 ) + ... (5)
2!
f ( x1 )
x2 = x1 (6)
f '( x1 )
Exemplo a:
110
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Exemplo c:
FONTE: O autor
111
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Exemplo d: Seja f(x) = x² + log (x), resolva a equação não linear pelo
Método de Newton-Raphson. Considere o algoritmo em Matlab para o Método
de Newton-Raphson.
FONTE: O autor
112
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
DICAS
O passo anterior se repete e novos intervalos [xk, xk-1] são definidos, como
mostra a figura a seguir. O método chega ao fim após atender um dos critérios
de parada.
DICAS
113
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
f(x)
x0 x1
x3 x4 E x2 x
xn − xn−1
xn+=
1 xn − f ( xn )
f ( xn ) − f ( xn−1 )
1+ 5
=a ≈ 1.618
2
114
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
Exemplo a:
FONTE: O autor
Exemplo b:
FONTE: O autor
Exemplo c: Seja f(x) = x² + log (x), resolva a equação não linear pelo Método
da Secante. Considere o algoritmo em Matlab para o Método da Secante.
115
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
FONTE: O autor
116
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
DICAS
DICAS
FONTE: <https://sites.google.com/site/calcnum10/home/lista-2/metodos/metodo-do-ponto-
fixo>. Acesso em: 10 jan. 2019.
117
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
• Seja f(x) uma função contínua em [a, b], intervalo que contém uma raiz da
equação f(x) = 0. O Método do Ponto Fixo consiste em transformar esta equação
em uma equação equivalente x = Φ(x) e a partir de uma aproximação inicial
gerar a sequência {xk} de aproximações para a raiz R pela relação xk+1 = Φ(xk),
pois a função Φ(x) é tal que f(R) = 0 se e somente se Φ(R) = R. Assim, transforma-
se o problema de encontrar um zero de f(x) no problema de encontrar um
ponto fixo de Φ(x). Uma função que satisfaz essa condição é chamada função
de iteração para a equação f(x) = 0.
x( k +1) =
∅( x( k ) ), k ≥ 0
Vale ressaltar que nem sempre a função φ(x) irá convergir para a raiz,
como ilustram as figuras a seguir:
x0 x1 x2 x x3 x1 x0 x2 x
FONTE: <https://sites.google.com/site/calcnum10/home/lista-2/metodos/metodo-do-ponto-
fixo>. Acesso em: 10 jan. 2-19.
118
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
Observações
119
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
FONTE: <https://sites.google.com/site/calcnum10/home/lista-2/metodos/metodo-do-ponto-
fixo>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Proposição:
Exemplo: f(x) = x3 - 9x + 3
Parte 1)
120
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
FONTE: O autor
Parte 2)
FONTE: O autor
121
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Parte 3)
FONTE: O autor
Exemplo c: Seja f(x) = x² + log (x), resolva a equação não linear pelo
Método da Falsa-posição. Considere o algoritmo em Matlab para o Método da
Falsa-posição.
122
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
FONTE: O autor
123
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
z − xm +1
limm→∞ p
= K∞
z − xm
Se a série converge, e:
xk + 2 − xk +1
=1
xk +1 − xk
lim xk +1 − L
k→∞
q
≥0
k →∞ xk − L
124
TÓPICO 2 | ZEROS DAS FUNÇÕES
DICAS
125
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Graficamente, os zeros reais são representados pelas abscissas dos pontos onde
uma curva intercepta o eixo x.
• Quanto aos métodos para obter os Zeros de Funções, devemos considerar tais
critérios de comparação: garantias de convergência, rapidez de convergência e
esforço computacional.
126
AUTOATIVIDADE
2
x
10 Calcule a raiz da equação − sen ( x ) =
0 , localizada no intervalo [1,5; 2],
2
usando os métodos da bisseção e de Newton-Raphson. Considere ɛ = 10–4.
127
128
UNIDADE 2 TÓPICO 3
INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
1 INTRODUÇÃO
A interpolação é definida como uma forma de estimar os valores de
uma função entre aqueles dados por algum conjunto de pontos de dados. A
interpolação é uma ferramenta valiosa quando não se pode calcular rapidamente
a função nos pontos intermediários desejados. Por exemplo, isto ocorre quando
os pontos dados resultam de medições experimentais ou de procedimentos
computacionais demorados, considere:
f(x)
(x5, f(x5))
g(x)
(x1, f(x1))
x0 x1 x2 x3 x4 x5 x
129
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
DICAS
Acesse o link para visualizar o material das autoras: Lúcia Catabriga e Andréa
Maria Pedrosa Valli e aprofundar seus conhecimentos sobre Interpolação Polinominal.
<https://inf.ufes.br/~luciac/cn/interpolacao-2017-pub.pdf>.
Acesse também o material dos professores: Adriana Cherri, Andréa Vianna, Antonio Balbo,
Edméa Baptista: <http://wwwp.fc.unesp.br/~adriana/Numerico/Interpolacao.pdf>.
2 DEFINIÇÃO
Considere a função f(x) tabelada nos pontos x0 < x1 < ... < xn. Uma função
Sp(x) é denominada spline de grau p com nós nos pontos xi, i = 0, 1, ..., n, se
satisfaz as seguintes condições:
130
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
Splines Cúbicas
Polinômios
Interpoladores
de Newton
FONTE: O autor
131
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
yy = spline(x,y, xx)
Tal que x e y são vetores que contêm os valores sobre os quais ocorrerá a
interpolação, xx contém o conjunto de valores do domínio nos quais queremos a
imagem; e o vetor yy contém o conjunto de pontos com os valores calculados da
interpolação.
132
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
dado1(:,1) = [0,1,2,3,4,5]
dado2(:,2) = [0,20,60,68,77,110]
133
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Tempo (s) T1 T2 T3
0 0 0 0
1 20 25 52
2 60 62 90
3 68 67 91
4 77 82 93
5 110 103 96
dado2(:,1) = [ 0,1,2,3,4,5]
dado2(:,2) = [0,20,60,68,77,110]
dado2(:,3) = [0,25,62,67,82,103]
dado2(:,4) = [0,52,90,91,93,96]
DICAS
134
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
1) Dos valores da função e dos polinômios adjacentes que devem ser iguais aos
pontos interiores. Estas equações são:
para i = 2⋯ni = 2⋯n. Como apenas os pontos internos amostrados foram usados,
as equações acima fornecem cada uma (n − 1)(n − 1) equações para um total de
(2n – 2)(2n – 2) equações.
2) A primeira e a última função deve passar pelos pontos extremos. Com isso,
temos duas equações adicionais:
3) As primeiras derivadas nos pontos interiores devem sempre ser iguais. Isto é,
como a função de ajuste é de segundo grau, sua derivada terá a forma
f′(x) = 2ax + b
para i = 2,⋯,ni = 2,⋯,n. Isso fornece outras (n − 1)(n − 1) equações para um total de
(3n – 1)(3n – 1).
4) A última condição supõe que a segunda derivada seja nula no primeiro ponto.
Isto é
a1 = 0
E
IMPORTANT
135
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
f1 ( x) = ai x3 + bi x + ci x + di
x − xl x − xl −1
=fi "( x) fi "( xi −1 ) + fi "( xi )
xl −1 − xl xl − xl −1
− xi −1 ) f ( xi ) f "( xi )( xi − xi −1 )
( xi − x) + − ( x − xi −1 )
xi − xi −1 6
f 'i ( xi ) = f 'i +1 ( xi )
136
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
Se esta última equação for escrita para todos os pontos interiores amostrados,
temos (n − 1)(n − 1) equações simultâneas com (n + 1)(n + 1) segundas derivadas.
Contudo, como esse é um spline cúbico, as segundas derivadas nos extremos são
nulas e o problema se reduz a (n − 1)(n − 1) equações com (n − 1)(n − 1)incógnitas.
Implementação no Matlab
Continua ...
137
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Continua ...
NOTA
x = [0,1,2,3,4,5]
y = [0,20,60,68,77,110]
temp1 = spline(x,y,2.6)
138
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
temp2 = spline(x,y,[2.6,4.9])
temp2 = [67.3,105.2]
x = [0,1,2,3,4,5];
y = [0,20,60,68,77,110];
newx = 0: 0.1 :5;
newy = spline(x,y,newx);
axis([-1,6,-20,120]);
plot (x,y,newx,newy,x,y,´o’);
title (‘ Interpolação Spline ’);
xlabel(‘ Tempo,s ’);
ylabel(‘ Graus, F ’); grid.
X x0 x1 x2 x3
Y y0 y1 y2 y3
E
IMPORTANT
x − x1 x − x2 x − x3 x − x0 x − x1 x − x3
L0 = . . L2 = . .
x0 − x1 x0 − x2 x0 − x3 x2 − x0 x2 − x1 x2 − x3
x − x0 x − x2 x − x3 x − x0 x − x1 x − x2
L1 = . . L3 = . .
x1 − x0 x1 − x2 x1 − x3 x3 − x0 x3 − x1 x3 − x2
pois:
P(x0) = y0 L0(x0) + y1 L1(x0) + y2 L2(x0) + y3 L3(x0) = y0
pois:
L0(x0) = 1 L1(x0) = 0 L2(x0) = 0 e L3(x0) = 0,
140
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
X 1 2 4 7
Y 3 6 8 12
Assim, P(x) = 3 L0(x) + 6 L1(x) + 8 L2(x) + 12 L3(x). Para calcular, por exemplo,
P(3), faz-se :
P ( 3) = 3⋅
( 3 − 2 )( 3 − 4 )( 3 − 7 ) + 6 ⋅ ( 3 − 1)( 3 − 4 )( 3 − 7 ) + 8 ⋅ ( 3 − 1)( 3 − 2 )( 3 − 7 ) + 12 ⋅ ( 3 − 1)( 3 − 2 )( 3 − 4 )
−18 10 −18 90
12 48 64
P ( 3) = − + +
18 10 18
P ( 3) = 7.422
Exemplo 2:
Seja a tabela:
x -1 0 2
f(x) 4 1 -1
P2(x) =
141
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
142
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
i 0 1 2
x 1 2 3
y 0 -1 -2
i x y Δy Δ2y
0 1 0 -1 0
1 2 -1 -1
2 3 -2
Aplicamos a fórmula:
143
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
Exemplo b:
P₂(x) =
P₂(x) =
P₂(x) =
E
IMPORTANT
144
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
145
UNIDADE 2 | SISTEMAS DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES
LEITURA COMPLEMENTAR
146
TÓPICO 3 | INTERPOLAÇÃO POLINOMIAL
FONTE: GILAT, A.; SUBRAMANIAM, V. Métodos numéricos para engenheiros e cientistas: uma
introdução com aplicações usando o MATLAB. Porto Alegre: Bookman, 2008, p. 95-96.
147
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Interpolação spline, considera que alguma curva suave se ajusta aos pontos,
onde esta suposição é a de que um polinômio de terceira ordem, isto é, um
polinômio cúbico seja usado para modelar cada segmento entre pontos
consecutivos e que a inclinação de cada polinômio cúbico se ajuste nos pontos
de dados.
148
AUTOATIVIDADE
f(0) = 1
f(0.25) = 1.64872
f(0.5) = 2.71828
f(0.75) = 4.48169
x f (x)
0.0 -6.0000
0.1 -5.8948
0.3 -5.6501
0.6 -5.1778
1.0 -4.2817
1
5 Seja P3(x) o polinômio que interpola os pontos (0, 0), , y , (1, 3) e (2, 2). O
2
coeficiente de x3 em P3(x) é 6. Determine o valor de y.
6 Construa o polinômio interpolador de f(x) = cos (x) + sen (x) utilizando os pontos
xi = 0.25 para i = 0, 1, 2, 3. Determine o majorante do erro para x ∈ [x0, x3].
149
i xi yi
0 0.0 0.000
1 0.2 2.008
2 0.4 4.064
3 0.5 5.125
i xi yi
0 0.1 0.0110
1 0.3 0.1170
2 0.5 0.3750
3 0.7 0.8330
i xi yi
0 0.1 1.008
1 0.2 1.064
2 0.3 1.125
3 0.5 1.343
4 0.6 1.512
150
i xi yi
0 0.0 0.0000
1 0.2 0.0480
2 0.4 0.2240
3 0.6 0.5760
4 0.8 1.1520
function YI = Desafio_INT(X,Y,f,XI)
% f : inline('função');
% X : são os pontos da interpolação
% Y : são os valores conhecidos de f(X)e/ou dados coletados para a interpolação
% XI : são pontos para a interpolação com intervalo pequeno
% YI : são pontos obtidos pela interpolação de XI por LagrangeINT.
plot(XI,f(XI),'r',XI,YI,'b',X,Y,'g*');
grid;
xlabel('x');
ylabel('y');
legend('Valores exatos', 'Polinômio de Lagrange','Dados usados na interp.');
end
151
% O comprimento do vetor x fornece o número de termos do polinômio
n = length(x);
for i = 1:n,
%Calcula os termos Li do produtório
L(i) = 1;
for j = 1:n,
if j ~= i,
L(i) = L(i)*(Xint-x(j))/(x(i)-x(j));
end
end
end
Yint = y*(L');
end
152
UNIDADE 3
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
ORDINÁRIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos será apresentada em dois tópicos. Em cada um
deles, você encontrará, ao final dos tópicos, um resumo e autoatividades
para auxiliá-lo na compreensão dos conteúdos estudados.
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico apresentaremos os métodos de IN na solução de problemas
e no cálculo de grandezas nas Engenharias e em outras Ciências. Integrais e a
operação de integração também são usadas na solução de equações diferenciais.
155
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
2 MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
Existem vários métodos disponíveis para o cálculo numérico de integrais.
Em cada um desses métodos, uma fórmula é deduzida para calcular o valor
aproximado de uma integral a partir dos pontos discretos do integrando.
156
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
Fechado Aberto
DICAS
I = f ( x ) dx
∫a
157
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
DICAS
158
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
f(a) f(x)
f(b)
a b x
Em que
b
b−a
∫ f ( x)dx ≈ f (a) + f (b)
a
2
b
b−a
E
= ∫ f ( x)dx − f (a) + f (b)
a
2
Para reduzir este erro pode-se obter uma melhor aproximação com a
soma de vários trapézios. Sejam f(x), f′(x) e f′′(x) contínuas em [a, b] e seja num
inteiro e positivo. Subdividindo o intervalo [a, b] em n subintervalos de mesmo
b−a
comprimento h = , considerando x0 = a, xn = b e os pontos intermediários
n
xi+1 = xi + h, para i = 0, 1,..., n−1, obtém-se, para cada subintervalo [xi−1,xi], uma
integral, dada por:
xi
h
∫ f ( x ) dx ≈ 2 ⋅ f ( x ) + f ( x )
xi −1
i −1 i
h
T ( f , h) = ( )
⋅ f ( x0 ) + 2 f ( x1 ) + ... + f ( xn−1 ) + f ( xn )
2
159
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
∫ f=
a
( x)dx T ( f , h) + E( f , h)
h2
E( f , h) ≤ (b − a) max f "( x) .
12 x ∈ a , b
0 ,4
d= ∫0
v(t ) dt
.
01
T ( v,h ) =
2
( )
⋅ 4.2 + 2 ⋅ ( 7.5 + 9.0 + 10.5 ) + 7.0 .
∫0
e x dx
160
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
FONTE: O autor
b b ∆f ( a) ∆ 2 f ( a)
∫ a
p2 ( x=
) dx ∫
a
f ( a) + ( x − a)
h
+ ( x − a)( x − m)
2h 2
dx .
a+b
Onde m = corresponde ao ponto médio entre ”a” e ”b”; para obter
2
um polinômio de segundo grau são necessários 3 pontos.
b 2
∆ 2 f ( a) h
∫
a
p2 =
( x)dx ∫
0
f ( a ) + α∆f ( a ) + α( α − 1)
2
=hdα
3
f ( a) + 4 f ( m) + f (b) .
161
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
ou seja,
b
h
∫ f ( x)dx ≈ 3 f (a) + 4 f (m) + f (b) .
a
n
h
S( f=
, h)
3 ∑ f ( x
k =1
2 k −2 ) + 4 f ( x2 k −1 ) + f ( x2 k )
ou
h
S(=
f , h)
3
{f ( x0 ) + 4 f ( x1 ) + ... + f ( x2n−1 )
∫ a
f=
( x)dx S( f , h) + E( f , h),
onde
h4
E( f , h) ≤ ( x − x0 ) max f ( 4) ( x) =
O( h 4 )
180 2n x ∈ x x 0, 2n
162
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
( x − 2) 2
f ( x) =
( x + 3)3
1
0 +1
∫ f ( x ) dx ≈ (1 − 0) ⋅ f
0
=1 ⋅ f ( 0.5 ) =0.052478.
2
- Regra do trapézio
1
f (0) + f (1) 0.14815 + 0.015625
∫ f ( x ) dx ≈ (1 − 0) ⋅
0
2
=1 ⋅
2
=0.0818875
- Regra do Simpson
0 +1
1 f (0) + 4 ⋅ f + f (1)
f ( x ) dx ≈ (1 − 0 ) ⋅ 2
∫ 6
0
0.14815 + 4 ⋅ ( 0.052478 ) + 0.015625
≈ 1⋅
6
≈ 0.06228
163
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
164
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
B) Estimar a integral de f(x) indo de 0 até 1,25, considerando que f(1.25)= 7.3275·10−3:
- Regra do trapézio
1.25
h
∫ f ( x) dx ≈
2
( ( )
⋅ f ( x1 ) + 2 f ( x2 ) + f ( x3 ) + f ( x4 ) + f ( x5 ) + f ( x6 ) )
0
0.25
≈
2
(
⋅ 0.1415 + 2 ⋅ ( 0.186946 ) + 0.0073275 )
≈ 0.066171187
- Regra do Simpson
1.25
h
∫ f ( x) dx ≈
3
(
⋅ f ( x1 ) + 4 f ( x2 ) + 2 f ( x3 ) + 4 f ( x4 ) + 2 f ( x5 ) + f ( x6 ) )
0
0.25
≈ ⋅ ( 0.1482 + 0.3569 + 0.1050 + 0.1185 + 0.0313 + 0.0073)
3
≈ 0.063921
Para o primeiro caso (área A), usando apenas os valores do vetor fornecido,
determinamos os erros relativo como sendo:
165
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
166
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
FIGURA 6 - ERRO RELATIVO DA ÁREA A CALCULADO PARA UMA VARIAÇÃO DO MÉTODO SIMPLES
167
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
FIGURA 8 - ERRO RELATIVO À ÁREA B CALCULADO PARA UMA VARIAÇÃO DO MÉTODO SIMPLES
168
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
f(x) f(x)
f(x) f(x)
P1(x)
P1(x)
Para que esta ideia seja melhor entendida, suponha que a expressão da
Regra do Trapézio seja apresentada da seguinte forma:
A ≈ C1 f ( a) + C2 f (b)
169
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
∫ a
f ( x=
) dx A0 f ( x0 ) + A1 f ( x1 ) + ... + An f ( xn ) (1)
∫ a
f ( x) dx A0 f ( x0 ) + A1 f ( x1 )
=
1 b−a b b−a 1
x=
2
a + b + t(b − a) e dx=
2
dt ou ∫
a
f ( x) dx=
2 ∫−1
F(t ) dt
Onde
F(t ) = f x(t )
∫ −1
1 dt = A0 g(t0 ) + A1 g(t1 ) = A0 + A1 = 2
1
∫ −1
t dt = A0 g(t0 ) + A1 g(t1 ) = A0t0 + A1t1 = 0
1 2
∫ −1
t 2 dt = A0 g(t0 ) + A1 g(t1 ) = A0t02 + A1t12 =
3
1
∫ −1
t 3dt = A0 g(t0 ) + A1 g(t1 ) = A0t03 + A1t13 = 0
170
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
obtém-se o sistema:
A0 + A1 2
=
A0t0 + A1t1 =0
2 2
A0t0 + A1t1 =2/3
A t3 + A t3 =0
00 1 1
Cuja solução é:
3 3
t0 =
− t1 = A0 =
A1 =
1
3 3
1 3 3
∫−1
F(t ) dt =F −
3
+ F
3
0, se k é ímpar
1
∫
k
t dt = 2
−1
k + 1 , se k é par
171
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
n tk Ak k
1 -0.57735027 1.00000000 0
-0.57735027 1.00000000 1
2 -0.77459667 0.55555556 0
0.00000000 0.88888889 1
0.77459667 0.55555556 2
3 -0.86113631 0.34785485 0
-0.33998104 0.65214515 1
0.86113631 0.34785485 2
0.33998104 0.65214515 3
4 -0.90617985 0.23692689 0
-0.53846931 0.47862867 1
0.00000000 0.56888889 2
0.90617985 0.23692689 3
0.53846931 0.47862867 4
1
I= ∫−1
(t 3 + 2) dt = A0 f (t0 ) + A1 f (t1 ) + A2 f (t2 )
t0 = −0.77459667 A0 = 0.55555556
t1 = 0.00000000 A1 = 0.88888889
t2 = 0.77459667 A2 = 0.55555556
172
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
4 dx
∫ 0 x2
Solução: O intervalo dado é I = [0, 4], transformado para [-1, 1]. Assim,
calcula-se a integral conforme:
4 dx b−a 1
∫ 0 x 2
=
2 ∫−1
F(t ) dt
Resultando em:
4 dx 4−0
∫ ≈ ⋅ A F ( t ) + A1F ( t1 ) + A2 F ( t2 )
0 x 2
2 0 0
1 1 1
≈ 2 ⋅ 0.555556 + 0.888889 + 0.555556
( 2t0 + 3) ( 2t1 + 3) ( 2t2 + 3)
2 2 2
≈ 0.251745
1
Exemplo 4b: seja a função integrada f ( x ) = efetuada pelos métodos
1+ x
dos trapézios, de Simpson e de Gauss Legendre.
173
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
FONTE: O autor
1 f ( x)
∫ (1 − x ) dx
−1 2
2i − 1
=xi cos π
2n
π
wi =
n
174
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
• n = 1:
1 2
e−x − cos( π / 2 )
2
∫
−1 1 − x2
dx ≈ πe
≈π
• n = 2:
1 2
e−x π − cos( π / 4 )2 π − cos( 3π / 4 )2
∫
−1 1 − x2
dx ≈
2
e + e
2
≈ 1.90547
• n = 3
1 2
e−x π − cos( π / 6 )2 π − cos( π / 2 )2 π − cos( 5 π / 6 )2
∫
−1 1 − x2
dx ≈
3
e + e
3
+ e
3
≈ 2.03652
2 1.90547
3 2.03652
4 2.02581
5 2.02647
6 2.02644
10 2.02644
175
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
Exemplo 5b: seja a função integrada f(x) = ln(1 + x) efetuada pelo método
de Gauss-Chebychev.
FONTE: O autor
DICAS
DICAS
176
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
LEITURA COMPLEMENTAR
(1)
Pelo Teorema Fundamental do Cálculo, F(x) é tal que F’(x) = f(x) · F(x) é a
primitiva ou antiderivada de f(x).
177
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
FIGURA 1– FUNÇÃO F(X) APROXIMADA PELO MÉTODO 1-TRAPÉZIO (R(X)) E PELO MÉTODO
1-SIMPSON (P(X))
(2)
(3)
(4)
178
TÓPICO 1 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
179
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
F(I)
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
22 24 26 28 30 32 34 t
FONTE: Os autores
180
RESUMO DO TÓPICO 1
• O método dos Trapézios será o mais adequado para funções integrandas com
gráfico tipo escada.
181
AUTOATIVIDADE
11
∫0 x +1
dx
3 Use o método de Simpson para calcular a integral com erro inferior a 0.01.
1
∫x
2
cos(x) dx
0
2 2
b) Seja f ( x=
) 1 − x 2 . Sabendo-se que f " ( 0 ) = −1 , que f " = − e que
2 2
f ’’’(x) não se anula no intervalo aberto (0, 1), determine h de modo que a
integração pela regra do trapézio produza o valor de π correto até a segunda
casa decimal.
∫xe
3 2x
dx
0
∫ ln( x) dx
1
182
7 Calcular, pela Primeira Regra de Simpson, a integral abaixo com erro ε < 0.001.
∫ ln( x) dx
1
∫ ln( x) dx
1
a) Calcule a integral pela fórmula composta da Regra dos Trapézios com n = 10:
b) Avalie o erro máximo cometido:
c) Determine o número mínimo de subintervalos necessários para que se
obtenha o valor da integral com erro inferior a 0.001.
183
184
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Equações diferenciais são utilizadas em modelos que descrevem
quantitativamente fenômenos, por exemplo, em fluxo de fluidos, transferência de
calor, vibrações, reações químicas, fenômenos biológicos etc. O seu surgimento
é bem antigo; basta lembrar da equação de Bernoulli para escoamentos simples,
entre outros (BORTOLI; QUADROS, 2009).
( n)
ϕ= (
f x , ϕ, ϕ ', ϕ '',..., ϕ( )
n −1
)
As equações diferenciais podem ser lineares ou não, o que os torna não
lineares é o produto de variáveis.
x y′ = − y linear
x y′′ + (1 − y) y′ + y = 0 não linear
y( 3) ( x) + y( x) =2x
y '( x) = x y
=y(0) y= '(0) 0.....
y( 0) = 0 , 3 =
y( L) y= "( L) 0.....
185
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
dy
= f ( x , y)
dx
y( x0 ) = y0
x=
l x0 + hl ;
l = 0 ,1, 2 ,..., n
x f − x0
h =
n
h2
y( x + h)= y( x) + hf x , y( x) + f x , y( x) + ...
2!
186
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Via expansão em série de Taylor até primeira ordem obtém-se yn+h = yn + hy1
1 5 14
y=ϕ ( t ) = t − + e 3t
3 9 9
y2 = y1 + h · f(t1, y1) = 1.5 + 0.1 · f(0.1, 1.5) = 1.5 + 0.1 · 6.4 = 2.14.
? = 0.1
Solução numérica
6 Solução analítica
Solução numérica ∆t=0,01
5
y
2
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4
188
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
h
yn+1 =yn + (k + k )
2 1 2
onde:
k1 = f(xn, yn) e k2 = f(xn + h, yn + hk1)
189
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
h2
yn + f xn , y ( xn ) h + ! f ' xn , y ( xn )
yn+1 =
2
onde:
yn+1 = yn + [f(ak1, bk2)]h
h2
ak1 + bk2 f xn , y ( xn ) h + ! f ' xn , y ( xn )
=
2
onde:
k1 = f(xn, yn) e k2 = f [xn + ph, yn + qh f (xn), y(xn)]
k2 = f [xn + ph, yn + qh f (xn), y(xn)] ∼ f(xn, yn) + ph fx(xn, yn) + qh f(xn, yn) fy (xn, yn)
onde:
∂
f x ( xn , yn ) = f ( x, y )
∂x x
n , yn
∂
f y ( xn , yn ) = f ( x, y )
∂y x n , yn
Pois,
∂f ( x , y ) ∂f ( x , y )
f ( x , y ) f ( a + h , b + h2 ) f ( a , b ) + h1 + h2
∂x ∂x
a ,b a ,b
h
yn+1 =yn + h ( ak1 + bk2 ) =yn + h f ( xn , yn ) + f '( xn , yn )
2
ou
190
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
e ainda:
ou
Como
d
f=
'( x , y ) =( x , y) fx ( x , y) + f ( x , y) f y ( x , y)
dx
Pode-se escrever
h2
yn+1 =
yn + hf ( xn , yn ) + f ( xn , yn ) f y ( xn , yn )
2!
h( a + b) f ( xn , yn ) + h 2 bpf x ( xn , yn ) + qbf ( xn , yn ) f y ( xn , yn ) =
f (x , y ) 1
hf ( xn , yn ) + h 2 x n n + f ( xn , yn ) f y ( xn , yn )
2! 2!
1 1 1 1
Desta forma, a + b = 1, bp = e bq = . Para b = obtém-se, a = b = ,
2 2 2 2
p = q = 1. Portanto, o método de Runge-kutta de ordem 2 é dado por:
k1 + k2
y(n + 1=
) y(n) +
2
k1 = hf ( xn , yn )
k2 = hf ( xn + h , yn + k1 )
dy
= − xy
dx
y(0) = 1
191
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
0 ,1
yn+1 =+
yn (k + k )
2 1 2
Onde
k1 = − xn yn
− ( xn + 0.1) ⋅ ( yn + 0.1 k1 )
k2 =
h
yn+1 = yn + ( k + 2k2 + 2k3 + k4 )
6 1
192
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Sendo:
k1 = f (tn , yn )
h h
k2 = f tn + , yn + k1
2 2
h h
k3 = f tn + , yn + k2
2 2
k4 = f (tn + h , yn + hk3 )
t1
y (t1 ) − y(t0 ) = ∫
f t , y(t ) dt.
t0
(1)
193
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
t1 h
∫t0
f t , y(t ) dt ≈ f (t , y(t0 )) + 4 f (t1/ 2 , y(t1/ 2 )) + f (t1 , y(t1 ))
6 0
(2)
e para o valor no centro do intervalo escolhe-se uma média entre k2 e k3, isto é,
k2 + k3
f t1/ 2 , y ( t1/ 2 ) ≈
2
Estes valores são substituídos em (2), que é usada na equação (1) para
determinar:
h 4 ( k2 + k3 )
y1 =+
y0 k1 + + k4
6 2
h
yn+1 =yn + ( k + 2k2 + 2k3 + k4 )
6 1
dy
= − xy
dx
y(0) = 1
0.1
yn+1 =yn +
6 1
( k + 2k2 + 2k3 + k4 )
194
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Sendo:
k1 = − xn yn
k2 =
−( xn + 0.05)( yn + 0.05k1 )
k3 =
−( xn + 0.05)( yn + 0.05k2 )
k4 =
−( xn + 0.1)( yn + 0.1k3 )
n xn yn k1 k2 k3 k4 yn+1
0 0,0 1,0000000 0,0000000 -0,0500000 -0,0498750 -0,0995012 0,995012479
1 0,1 0,99501248 -0,09950125 -0,14850561 -0,14813808 -0,19603973 0,98019867
2 0,2 0,98019867 -0,19603973 -0,24259917 -0,24501720 -0,28679909 0,95599748
3 0,3 0,95599748 -0,28679924 -0,32958013 -0,32883147 -0,36924573 0,92311634
4 0,4 0,92311634 -0,36924654 -0,40709431 -0,40624273 -0,44124604 0,88249690
5 0,5 0,88249690 -0,44124845 -0,47322390 -0,47235922 -0,50115659 0,83527021
6 0,6 0,83527021 -0,50116213 -0,52663787 -0,52580991 -0,54788245 0,78270454
7 0,7 0,78270454 -0,54789318 -0,56648241 -0,56578532 -0,58090081 0,72614905
8 0,8 0,72614905 -0,58091924 -0,59253763 -0,59204384 -0,60025020 0,66697684
9 0,9 0,66697684 -0,60027916 -0,60511474 -0,60488505 -0,60648834 0,60653073
h = 0.1
i=1 i=2 i=3 i=4 i=5
195
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
196
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
FONTE: O autor
197
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
tn+1
∫
y(tn+1 ) − y(tn ) =y '(t ) dt
tn (3)
198
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
h
yn+1 =+
yn
24
( 55 fn − 59 fn−1 + 37 fn−2 − 9 fn−3 ) (4)
cujo erro de truncamento global é proporcional a h4.
h
yn+1 =yn +
24
( 9 fn+1 + 19 fn − 5 fn−1 + fn−2 ) (5)
que é do tipo implícita, já que fn+1 = f(tn+1, yn+1).
são conhecidas, pode-se calcular fn−3, fn−2, fn−1 e fn e usar a fórmula de Adams-
Bashforth (preditor = estimativa) para obter um primeiro valor para yn+1:
h
yn( 0+)1 =+
yn (55 fn − 59 fn−1 + 37 fn− 2 − 9 fn−3 ) (6)
24
( )
( 0
)
Em seguida, calcula-se fn+1 = f tn+1 , yn+1 e usa-se a fórmula de Adams-
Moulton (corretor), para obter um valor mais preciso de yn+1:
h
yn+1 =yn + (9 f − 19 fn − 5 fn−1 + fn− 2 ) (7)
24 n+1
FONTE: O autor
200
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
dx
= f (t , x , y )
dt
dy
= g( t , x , y )
dt
Para o método de ordem mais alta também pode ser usado para que se
obtenha um nível razoável de precisão. Um deles seria o método de Runge-Kutta
de ordem 4:
h
xn+=
1 xn + ( k + 2 k2 + 2 k3 + k4 )
6 1
h
yn+=
1 yn + ( l1 + 2 l2 + 2 l3 + l4 )
6
Onde
k1 f=
(tn , xn , yn ) l1 g(tn , xn , yn )
h h h h h h
k2 = f tn + , xn + k1 , yn + l1 l2 = g tn + , xn + + k1 , yn + l1
2 2 2 2 2 2
h h h h h h
k3 = f tn + , xn + k2 , yn + l2 l3 = g tn + , xn + k2 , yn + l2
2 2 2 2 2 2
k4 = f ( t n + h , xn + hk3 , yn + hl3 ) l4 = g(tn + h , xn + hk3 , yn + hl3 )
201
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
m
x "(t ) + cx '(t ) + kx(t ) =
f (t )
g
por exemplo, representa um sistema mecânico para uma mola com constante k.
x′(t) = y(t)
dx
=y
dt
dy
= f (t , x , y )
dt
202
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
dx
=y
dt
dy
=−5x − 4 y
dt
n tn xn xexata
0 0.0 3.00000000 3.00000000
1 0.1 2.52564583 2.52565822
2 0.2 2.10402783 2.10404686
3 0.3 1.73506269 1.73508427
4 0.4 1.41653369 1.41655509
5 0.5 1.14488509 1.14490455
10 1.0 0.33324303 0.33324661
20 2.0 -0.00620684 -0.00621162
30 3.0 -0.00701079 -0.00701204
40 4.0 -0.00091163 -0.00091170
48 4.8 -0.00004972 -0.00004969
49 4.9 -0.00002348 -0.00002345
50 5.0 -0.00000493 -0.00000490
203
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
204
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
dy
= λy sendo λ = constante qualquer
dx
y k +=
1 y k + h(λy k =
) y k (1 + λh)
y k=
+2 y k (1 + λh)2
y k=
+n y k (1 + λh)n
iy
-2 -1 0 x
205
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
( λh ) 2
1 + λh + ≤ 1 → Runge − kutta ordem 2
2
( λ h ) 2 ( λ h )3
1 + λh + + ≤ 1 → Runge − kutta ordem 3
2 6
( λ h ) 2 ( λ h )3 ( λh) 4
1 + λh + + ++ ≤ 1 → Runge − kutta ordem 4
2 6 24
-2 -1 x -3 -2 -1 1 x
-2 -1 x --1
-2.51 -2.79
--2
-1
-2√2
-√3 --3
206
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Por exemplo, para uma EDO de ordem n = 2, y’’ = f(x, y, y’) com domínio
x ϵ [a, b], a especificação dos valores conhecidos nos extremos pode ser
sintetizada pelo sistema:
α1 y( a) + β1 y '( a) = v1
α 2 y(b) + β2 y '(b) = v2
207
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
6.1.1Discretização do domínio
A discretização do domínio refere-se ao particionamento do mesmo em
pontos espaçados uniformemente ou não. Aqui, para mantermos a simplicidade,
vamos considerar apenas o caso de um particionamento uniforme. Desta forma,
escolhemos o número n de pontos da partição e, então, o passo é dado por:
c2 − c1
h= (7)
n −1
x1 = c1 + (i − 1)h (8)
u( xi − h) − 2u( xi ) + u( xi + h)
u "( xi ) + O ( h2 )
h2
(10)
D 2 u( xi )
2
0. h
u( xi + h) − u( xi − h)
=u '( xi ) + O ( h2 )
2h
(11)
D 2u( xi )
0 ,h
Agora, denotando ui ≈ u(xi), temos ui−1 ≈ u(xi − h) e ui+1 ≈ u(xi + h). Então,
substituindo as derivadas pelas fórmulas de diferenças finitas acima na equação
(9), obtemos:
208
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
u − 2ui + ui +1 ui +1 − ui −1 2
α( xi ) i −1 + β ( xi ) + γ( xi ) ui + O( h ) = f ( xi ) (12)
h 2
2h
α( xi ) β( xi ) 2α( xi ) α( xi ) β( xi )
2 − ui −1 + γ( xi ) − ui + 2 + u =f ( xi ) (13)
h 2h h2 h 2h i +1
para i = 2, 3, ..., n−1. Observe que este sistema consiste em n − 2 equações envolvendo
as n incógnitas ui, i = 1, 2, ..., n. Para fechá-lo, usamos as condições de contorno.
Usando a fórmula de diferenças finitas progressiva de ordem h2 para a derivada
u’(c1) temos:
−3u1 + 4u2 − u3 2
η1 + θ1u1 + O( h ) = g1 (15)
2 h
3η1 2η1 η
θ1 − u1 + u2 − 1 u3 =g1 (16)
2h h 2h
Aqui, temos un ≈ u(c2), un−1 ≈ u(c2 − h) e un−2 ≈ u(c2 − 2h), e de (6) obtemos:
3u − 4un−1 + un− 2 2
η2 n + θ2un + O( h ) = g2 (18)
2 h
209
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
η2 2η 3η
un− 2 − 2 un−1 + θ2 + 2 un =g2
2h h 2h (19)
3η1 2η1 η
θ1 − u1 + u2 − 1 u3 =g1 (20)
2h h 2h
α( xi ) β( xi ) 2α( xi ) α( xi ) β( xi )
2 − ui −1 + γ( xi ) − ui + 2 + =u f ( x=
i ), i 2 ,.. (21)
h 2h
2
h h 2h i +1
η2 2η 3η (22)
un− 2 − 2 un−1 + θ2 + 2 un =g2
2h h 2h
~ = B
Au (23)
~
onde u = (u1, u2, ..., un) é o vetor das incógnitas, B é o vetor dos termos
constantes B = (g1, f(x2), f(x3), ..., f(xn−1), g2) e A é a matriz dos coeficientes.
3η
a11 = θ1 − 1 ,
2h
2η
a12 = 1 ,
h
η
a13 = − 1 , (24), (25) e (26), respectivamente:
2h
210
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Onde:
α( xi ) β( xi )
ai ,i −1 =
2 − ,i =2 ,..., n − 1,
h 2h
2α( xi )
ai ,i = γ( xi ) − ,i =2 ,..., n − 1,
h2
α( xi ) β( xi )
ai ,i +1 =
2 + ,i =2 ,..., n − 1,
h 2h (27), (28) e (29), respectivamente:
Em que:
η2
an ,n− 2 = ,
2h
2η
an ,n−1 = − 2 ,
h
3η
an ,n = θ2 + 2
2h (30), (31) e (32), respectivamente:
211
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
1.4
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2
x
FONTE: Konzen (2018, p. 229)
u1 = 0 ,
1 2 1
− 2
ui −1 + 2
ui − ui +1 = sen( xi ), i = 2 ,..., n − 1,
h h h2
un = sen( 2), (37), (38) e (39), respectivamente.
π
onde h = e xi = (i − 1)h. Resolvendo este sistema com h = 0,5 obtemos a solução
n −1
numérica apresentada na figura anterior. Temos ainda a comparação na norma
~
L2 da solução numérica u = (u1, u2, ..., un) com a solução analítica u(x) = sen(x) para
diferentes escolhas de h.
212
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
a) y1 (b) = y(b) = Z (C) é o alvo atingido pela solução numérica da EDO, obtida a
partir de y(a) = y1(a) = v1 e y2(a) = y’(a) = C;
b) y1 (b) = y(b) = D é o alvo correto; e
c) Z(C) representa o cálculo da condição de contorno y1 (x = b), correspondente ao
alvo atingido, em função de uma condição inicial atribuída (mira) y2 (x = a) = C
por meio da solução numérica do respectivo sistema de PVIs.
α '= α + ∆α
∂ε
ε= jij =
J ∆α J = i
∂α
j
213
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
E aproximamos
( ) (
∂ε i ε i α1 ,...,α j + ∆α j ,...,α n2 − ε i α i ,...,α n2
=
)
∂α j ∆α j
dT dz dz
z
= − h '(T∞ − T )
= −0.05 ( 200 − T )
=
dx dx dx
Além do valor inicial de T(0) = 300 K, iremos arbitrar que za1= –5 K/m como
valor inicial para z(0). Podemos então utilizar o método RK quarta ordem para
calcular T(10) baseado nestes parâmetros. Assim:
Obtemos, como resultado, que T(10) = 569.74. Faremos outro teste, agora
supondo que za1= –20 K/m .
214
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
z − za1
za1 + a 2
za = (T − Tb1 )
Tb 2 − Tb1 b
−20 − ( −5)
za =−5 + ( 400 − 569.75)
259.51 − 569.75
za = −13.20
215
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
DICAS
216
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
PROBLEMA PRESA-PREDADOR
Alfred J. Lotka
Vito Volterra
Por tal razão, suponha que a taxa de natalidade dos predadores seja c3x(t)
y(t). Suponha que sua taxa de mortalidade seja proporcional à quantidade de
predadores vivos no tempo, ou seja, que a taxa de mortalidade dos predadores
seja c4y(t). Dado que x’(t) e y’(t) representam, a alteração nas populações de presas
e predadores no tempo, o problema se expressa por meio do sistema acoplado de
equações diferenciais não lineares:
217
UNIDADE 3 | INTEGRAÇÃO NUMÉRICA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
x ' =
3x − 0.002 xy = f (t , x , y ), x0 =
1000
y ' 0.0006 xy − 0.=
= 5 y g(t , x , y ), y 0 500
=
h
xn+1 =xn + ( F1 + 2 F2 + 2 F3 + F4 )
6
h
yn+1 =yn + (G1 + 2G2 + 2G3 + G4 )
6
Em que:
F1 = f (tn , xn , yn )
h h h
F2 = f tn + , xn + F1 , yn + G1
2 2 2
h h h
F3 = f tn + , xn + F2 , yn + G2
2 2 2
F4 = f (tn + h , xn + hF3 , yn + hG3 )
218
TÓPICO 2 | EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINAIS
Então,
h 1
x1 =x0 + ( F1 + 2 F2 + 2 F3 + F4 ) =1000 + ( 2000 + 5775 + 6517.297 + 4640.0221) =4155.3865
6 6
h 1
y1 =y0 + (G1 + 2G2 + 2G3 + G4 ) =500 + (150 + 430 + 470.43592 + 665.56525) =786.00018
6 6
FONTE: PINHEIRO, Felipe Luís Pereira. 2010. Influência das Leis de Escala sobre Dinâmica de
Populações Dissertação de Mestrado - Universidade de Brasília, Instituto de Física. Brasília.
219
RESUMO DO TÓPICO 2
• A ordem de uma EDO é dada pela maior ordem das derivadas presentes.
As EDOs são usadas numa grande variedade de problemas físicos. Alguns
exemplos envolvem tipos de equações, tais como: o movimento de fluídos,
circulação da corrente eléctrica, propagação de ondas e fluxos de calor.
• Nem toda EDO tem solução analítica, mas os métodos numéricos não possuem
tal limitação.
• A solução numérica é obtida como uma tabela de valores da função para vários
valores da variável independente.
220
AUTOATIVIDADE
y '( x) + 2 y=
( x) 0 ∀x ∈ 0 ,1
y(0) = 1
xy '( x) − x y( x) =
2
−2 0 ∀x ∈ 1, 2
y(1) = 3
y "( x) + y(=
x) 0 ∀x ∈ 0 ,1
1
y(0) 0=
= e y '(0)
π
221
a) Método de Euler (método das Tangentes):
b) Método de Euler Aperfeiçoado:
1
c) Sabendo-se que a solução exata da equação é y(x) = sen (πx), compare
π2
com as soluções aproximadas obtidas nos itens anteriores.
y '= 4 − 2 x
y(0) = 2.
1
y '(=
x) ( 2 y + x + 1)
x
y(1) = 0 , 5.
= y ' yx 2 − y
com x ∈ 0 ,1
y(0) = 1.
222
REFERÊNCIAS
APROXIMAÇÃO DE FUNÇÕES. Método de Lagrange e Newton. Disponível
em:https://www.ppgia.pucpr.br/~jamhour/Download/pub/MatComp/5-
InterpolacaoPolinomial.pdf. Acesso em: 7 dez. 2018.
223
CHENEY, E. W.; KINCAID, D. R. Numerical mathematics and computing.
Cengage Learning, 2012.
224
KONZEN, P. H. A. Matemática numérica. 2018. Disponível em: https://phkonzen.
github.io/notas/MatematicaNumerica/main.pdf. Acesso em jan. 2019.
225
SEITI, A.; Ferreira, H.; Alves, M.; Zucolotto, R. Cálculo numérico A. Técnicas da
cálculo numérico para resolução de alguns problemas específicos. Universidade
Federal do ABC, 2016. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/5254624/.
Acesso em: 21 fev. 2019.
226