Convencao Coletiva de Trabalho 2020 2021 2
Convencao Coletiva de Trabalho 2020 2021 2
Convencao Coletiva de Trabalho 2020 2021 2
As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 01º de janeiro de
2020 a 31 de dezembro de 2021 e a data-base da categoria em 01º de janeiro.
A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) dos trabalhadores nas empresas
de transportes de valores, escolta armada, ronda motorizada, monitoramento eletrônico e via
satélite, agentes de segurança pessoal e patrimonial, segurança e vigilância em geral, exceto, a
categoria dos trabalhadores vigilantes de carro forte, guarda, transporte de valores, escolta armada
e tesouraria, com abrangência territorial em Aracruz/ES, Cariacica/ES, Fundão/ES, Guarapari/ES,
Serra/ES, Viana/ES, Vila Velha/ES e Vitória/ES.
Piso Salarial
Os salários dos empregados abrangidos pelo presente instrumento coletivo serão reajustados,
a partir de 1º de janeiro de 2020, pelo percentual de 2,5% (dois e meio por cento), passando o
salário anterior do empregado-vigilante de 1.394,82 (mil, trezentos e noventa e quatro reais e
oitenta e dois centavos) praticado no ano de 2019, para o valor de R$ 1.429,69 (mil,
quatrocentos e vinte e nove reais e sessenta e nove centavos) para vigorar no período de
01.01.2020 a 31.12.2020. Para o período de 01.01.2021 a 31.12.2021 os salários dos
empregados abrangidos pelo presente instrumento coletivo serão reajustados pelo índice do
INPC acumulado no período de 01.01.2020 a 31.12.2020 mais ganho real de 5% do índice do
INPC.
Parágrafo 3°. Ficam garantidos aos empregados (inspetores, supervisores e fiscais) das
empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo o piso mínimo de R$1.918,28 (mil,
novecentos e dezoito reais e vinte e oito centavos) para vigorar no período de 01.01.2020 a
31.12.2020, bem como os mesmos benefícios concedidos aos empregados-vigilantes (tíquete
alimentação, adicional de periculosidade, horas extras e adicional noturno), sendo que as horas
extras e o adicional noturno dependerão exclusivamente da forma do trabalho diário. Para o
período de 01.01.2021 a 31.12.2021 os salários dos empregados (inspetores, supervisores e
fiscais) e o piso mínimo de R$ 1.918,27 serão reajustados pelo índice do INPC acumulado no
período de 01.01.2020 a 31.12.2020 mais ganho real de 5% do índice do INPC.
Parágrafo 4°. Os empregados ligados à área administrativa das empresas abrangidas neste
instrumento coletivo terão seus respectivos salários reajustados pelo mesmo percentual
utilizado para a repactuação do valor do salário normativo do empregado-vigilante. Os
empregados que tenham diploma de nível superior e percebam salário mensal igual ou superior
a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social terão seus
respectivos salários corrigidos mediante livre negociação com seus empregadores, ficando
excluídos dos índices aqui pactuados.
Gratificação de Função
Parágrafo 1º. As gratificações e/ou funções gratificadas dos postos especiais ficarão,
exclusivamente, circunscritas ao empregado indicado ao posto de serviço especial criado pelo
empregador ou determinado em contrato específico da prestação de serviço de segurança.
Parágrafo 2º. Os empregados farão jus ao recebimento das gratificações e/ou funções
gratificadas dos postos especiais pelo período laborado, ou seja, pelo critério pro rata die
trabalhado.
O empregado-vigilante que por ventura vier a substituir outro empregado receberá pelo período
trabalhado na substituição a diferença salarial da função ou cargo conforme a cláusula 3ª supra,
bem como todos os benefícios respectivos aquela função, enquanto durar a substituição da
função ou cargo, ficando desde já estabelecido que não será paga em período de afastamento,
superior a 15 (quinze) dias, inclusive no período de gozo das férias.
Parágrafo 3º. O empregado que deixar de exercer a atividade ou cargo de outro empregado
voltará a perceber somente o seu salário normativo acrescido do adicional de periculosidade,
por isso mesmo em hipótese alguma será considerado como redução salarial.
Parágrafo único. O fato do vigilante possuir o curso de brigadista não lhe dá direito de
recebimento a gratificação se não observadas as condicionantes estabelecidas no caput.
Adicional de Hora-Extra
Fica convencionado entre as partes que as horas extras serão remuneradas com o acréscimo
do percentual de 60% (sessenta por cento) incidente sobre o valor da hora normal de trabalho.
As partes convencionam que a base de cálculo para apuração da hora normal será o salário
acrescido de seus consectários legais e também do adicional de periculosidade.
Parágrafo 2°. Todas as horas extras trabalhadas no período da apuração mensal serão,
obrigatoriamente, incluídas pelos empregadores nos respectivos contracheques/holerites dos
seus empregados para as devidas incidências legais.
Parágrafo 3°. Em caso de eventual convocação do empregado para exercer atividade laboral
fora da escala natural, o empregador fica obrigado a entregar ao empregado o tíquete
alimentação e também o vale transporte (um para ida e outra para volta), considerando para
tanto o critério estabelecido para o fornecimento dos benefícios, que é por dia trabalhado.
Parágrafo 4°. No mês de 30 dias, o empregado deve trabalhar a quantidade de 180 horas e em
caso de necessidade de escala extra, o empregador fica obrigado a pagar as devidas horas
extraordinárias, não podendo, portanto, utilizar a escala extra como forma compensatória.
Parágrafo 5°. No mês de 31 dias, o empregado deve trabalhar a quantidade de 192 horas e em
caso de necessidade de escala extra, o empregador fica obrigado a pagar as devidas horas
extraordinárias. Para o empregado que laborar no mês de 31 dias a quantidade de 180 horas
não poderá a empresa utilizar a escala extra como forma compensatória.
Parágrafo 6°. Quando o empregador determinar em norma interna que o empregado deve
comparecer para o início da escala com antecedência máxima de 10 minutos, não pode o
laborista chegar ao local do trabalho com antecedência superior, sob pena de descumprir a
ordem empresária e por isso não poderá suscitar “tempo à disposição”, considerando que o
procedimento, além de infringir a norma interna será considerado como ato de voluntário.
Parágrafo 1º. As partes registram que a atividade de vigilância é contínua e não pode sofrer
interrupção, assim, em caso de força maior ou de caso fortuito, o empregado-vigilante que
estiver no posto de serviço deverá aguardar a sua substituição no posto.
Adicional Noturno
Considera-se noturno, para os efeitos deste instrumento coletivo, o trabalho executado na forma
do § 2º, do art. 73, da CLT.
Parágrafo 1°. A hora noturna será remunerada pelo percentual de 40% (quarenta por cento). O
valor da hora noturna apura-se pelo salário normativo acrescido dos seus consectários legais e
também do adicional de periculosidade.
Parágrafo 2°. Em razão do efetivo benefício propiciado aos empregados pela remuneração do
adicional noturno (dobro do previsto no caput, do artigo 73, da CLT), as partes resolvem
estabelecer a hora noturna em 60 (sessenta) minutos.
Parágrafo 3°. O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos, por isso mesmo devem ser computados no cálculo do Descanso Semanal
Remunerado – DSR e calcula-se da seguinte forma: somam-se as horas noturnas normais
trabalhadas no mês; divide-se pelo número de dias úteis; multiplica-se pelo número de domingos
e feriados; multiplica-se pelo valor da hora normal; multiplica-se pelo valor do adicional noturno
(40%).
Parágrafo 4°. A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em razão da integração
do adicional noturno habitualmente prestado, não repercute no cálculo das férias, da gratificação
natalina, do aviso prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.
Adicional de Periculosidade
O percentual do adicional de periculosidade será de 30% (trinta por cento) sobre o valor do
salário normativo do empregado, nos termos do artigo 193 da CLT, incluído por força da Lei nº
12.740/2012, publicada em 10.12.12, cuja atividade foi regulamentada pela Portaria n° 1.885/13
do MTE.
Parágrafo 1º. Fica convencionado entre as partes que o adicional de periculosidade integra a
remuneração dos empregados para todos os fins de direito.
Parágrafo 2º. Terá direito ao adicional de periculosidade previsto na Lei n° 12.740/2012, por se
tratar de atividade periculosa, regulamentada pela Portaria n° 1.885/13 do MTE, também os
empregados inspetores, supervisores e fiscais.
Parágrafo 5º. Fica convencionado entre as partes que caso haja alteração no contrato de
prestação de serviço, excluindo o pagamento da insalubridade ou na eventualidade do
empregado deixar de trabalhar no referido posto, caberá ao empregador pagar ao laborista
somente o adicional de periculosidade.
Auxílio Alimentação
As partes estabelecem que o tíquete alimentação terá o valor individual e nominal de R$ 31,75
(trinta e um reais e setenta e cinco centavos) para o período de 01.01.2020 a 31.12.2020 e para
o período de 01.01.2021 a 31.12.2021 o valor do tíquete será reajustado pelo índice do INPC
acumulado no período de 01.01.2020 a 31.12.2020 mais ganho real de 50% do índice do INPC
e as empresas somente poderão contratar o benefício na modalidade "alimentação", ou seja, o
benefício não poderá ser na modalidade "tíquete refeição" e será fornecido por dia trabalhado,
independentemente da jornada diária de trabalho.
Parágrafo 1º. Fica convencionado que nos contratos onde houver previsão para o fornecimento
direto de alimentação as empresas fornecerão também o tíquete alimentação.
Parágrafo 2º. As partes convencionam que a entrega dos tíquetes alimentação deverá ser
realizada mensalmente e até o 5º (quinto) dia útil do mês a ser trabalhado. A quantidade dos
tíquetes alimentação dependerá da escala de trabalho do obreiro. Nos casos de admissão e de
retorno ao trabalho do empregado os tíquetes alimentação serão entregues, no curso do mês,
até o 5º (quinto) dia útil e proporcionalmente aos dias que serão trabalhados.
Parágrafo 3º. Fica convencionado que em caso de faltas ao serviço (justificadas ou não), os
tíquetes alimentação serão deduzidos pelos dias não trabalhados e a dedução respectiva será
operada na entrega no mês subsequente.
Parágrafo 5º. Por força do inciso XXVI, do artigo 7°, da Constituição Federal as partes declaram
solenemente que o tíquete alimentação ou a alimentação direta, isto é, aquela fornecida no
tomador dos serviços em razão do contrato, sob as formas previstas nesta norma coletiva, não
terão, em hipótese alguma, natureza remuneratória, por isso mesmo, não podem ser
considerados como salário-utilidade ou salário in natura, nos termos da Lei nº 6.321/76, de seus
Decretos Regulamentadores e da Portaria GM/MTb nº 1.156/1993.
Auxílio Transporte
Parágrafo 1º. O vale transporte poderá ser fornecido pelo empregador, diretamente ao
empregado beneficiário, em pecúnia (dinheiro), conforme decisão proferida pela Egrégia Seção
de Dissídios Coletivos do Colendo Tribunal Superior do Trabalho (ROAA 370.2007.000.17.00).
Fica desde logo estabelecido entre as partes, que o benefício (vale transporte), quando
fornecido em pecúnia (dinheiro), constitui verba sem natureza salarial, não se incorpora à
remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição
previdenciária ou de FGTS, não constitui rendimento tributável do empregado e não integrará
de forma alguma a remuneração do empregado beneficiário, e também não poderá receber
qualquer reflexo de verba trabalhista, por se tratar de benefício totalmente excluído da condição
de verba salarial.
Parágrafo 2°. Quando o empregador convocar o empregado para comparecer em sua sede ou
para se submeter a cursos fora da sua escala regular de trabalho, palestras internas e outras
atividades inerentes à profissão deverá lhe fornecer os respectivos vales transportes (um para
a ida e outro para o retorno).
Parágrafo 4º. Em caso de falta no serviço, fica o empregador autorizado a deduzir os vales
transporte já entregues no mês anterior que não foram utilizados em razão da falta ao trabalho,
devendo para tanto o empregador fornecer os vales complementares para mês a ser trabalhado.
Auxílio Saúde
Por esta cláusula fica convencionado que as empresas deverão contratar, por livre arbítrio e
preservando a livre concorrência, plano de saúde com operadora de plano de saúde
devidamente aprovada e sem restrições junto a ANS (Agência Nacional de Saúde), isto é, não
podem estar sob intervenção e/ou direção fiscal e funcionando sob efeito de liminar, fato que
colocaria em risco o atendimento médico e hospitalar dos beneficiários do plano de saúde.
Parágrafo 1º. O empregador custeará a quantia de R$ 68,86 (sessenta e oito reais e oitenta e
seis centavos) por empregado que desejar aderir ao plano de saúde empresarial coletivo, quer
na modalidade ambulatorial, quer em outra modalidade de maior cobertura.
Parágrafo 2º. Fica pactuado entre as partes a obrigatoriedade de contratação de plano de saúde
ambulatorial, sem qualquer ônus para o empregado, enquanto prevalecer o valor da
mensalidade preestabelecida de R$ 68,86 (sessenta e oito reais e oitenta e seis centavos),
justamente por ser a parte que cabe ao empregador custear o plano de saúde.
Parágrafo 5°. O empregado que optar pelo plano de saúde empresarial coletivo de valor
superior ao plano ambulatorial, fica a empresa obrigada a custear o valor de R$ 68,86 (sessenta
e oito reais e oitenta e seis centavos), ficando o empregado responsável pelo pagamento da
diferença, que será descontada em folha de pagamento, mediante autorização prévia e por
escrito, nos termos da Súmula 342 do TST.
Parágrafo 6°. Se a empresa empregadora já tiver contratado plano de saúde para todos os
empregados em condições mais vantajosas não poderá fazer alterações, inclusive não podendo
ter coparticipação do empregado e não estará obrigada a fazer outro plano de saúde, podendo
continuar no que já estiver contratado/conveniado, salvo se o empregado optar em aderir ao
plano de saúde contratado pelos sindicatos convenentes.
Parágrafo 7°. Se o empregado já for possuidor de outro plano de saúde, na qualidade individual
ou de dependente, fica a empresa desobrigada de contratar o plano previsto nos itens
anteriores, mediante declaração expressa e por escrito do empregado.
Parágrafo 8º. Os empregados poderão incluir os seus dependentes no plano de saúde com
pagamento total às expensas dos mesmos, devendo os valores correspondentes ser
descontados em folha de pagamento, mediante autorização prévia e por escrito do empregado
nos termos da Súmula 342 do TST.
Parágrafo 9º. Todas as empresas abrangidas no presente instrumento coletivo ficam obrigadas
a encaminhar para os sindicatos convenentes, quando solicitadas, cópia do contrato/convênio
com plano de saúde objetivando fazer prova do cumprimento da cláusula juntamente com a
relação de todos os empregados incluídos no plano de saúde.
Parágrafo 10°. O plano de saúde poderá conter cláusula de coparticipação dos empregados,
quando do seu uso, desde que expressamente divulgado e autorizado, por escrito, pelo
empregado, a exceção do plano de saúde ambulatorial previsto no caput da presente cláusula.
Parágrafo 11º. Aos empregados que estiverem às expensas do INSS, por auxílio doença ou
por auxílio acidente, lhes ficam garantidos o benefício do plano de saúde ambulatorial. Para o
empregado que optou pelo plano de saúde empresarial coletivo de valor superior ao plano
ambulatorial, fica a empresa obrigada a custear o valor de R$ 68,86 (sessenta e oito reais e
oitenta e seis centavos), ficando o empregado responsável pelo pagamento da diferença,
pagando sua parte diretamente a firma prestadora do plano de saúde ou diretamente ao seu
respectivo empregador, até o 5° (quinto) dia do mês subsequente, sob pena de não o fazendo
ficar caracterizada a inadimplência, concorrendo assim para a perda do plano de saúde.
Parágrafo 12°. Fica convencionado entre as partes que o não cumprimento desta cláusula pelas
empresas empregadoras abrangidas neste instrumento coletivo, após a notificação por escrito,
pelo sindicato interessado, acarretará a aplicação de multa equivalente a 01 (um) salário
normativo do vigilante patrimonial pelo descumprimento da cláusula, mensalmente, até a efetiva
regularização da cláusula, sendo revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e
50% (cinquenta por cento) para o sindicato patronal.
Parágrafo 13°. O valor custeado pelo empregador referente ao plano de saúde em hipótese
alguma terá natureza salarial, por isso mesmo não integra e nem incorpora ao salário do
empregado beneficiário do plano de saúde.
Parágrafo 15°. O empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por
auxílio acidente, e que tiver dependente no plano de saúde fica responsável pelo pagamento
integral do referido plano diretamente a firma prestadora do plano de saúde ou diretamente ao
seu respectivo empregador, até o 5° (quinto) dia do mês subsequente, sob pena de não o
fazendo ficar caracterizada a inadimplência, concorrendo assim para a perda do plano de saúde
do seu dependente.
Por esta cláusula fica convencionado que todas as empresas custearão a quantia de R$ 12,00
(doze reais), por empregado, a título de custeio de plano odontológico, que deverá ser
obrigatoriamente regulamentado, sem restrições e devidamente registrado no CRO/ES –
Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo e na ANS – Agência Nacional de Saúde
Suplementar.
Parágrafo 1°. Os sindicatos convenentes, por livre arbítrio e preservando a livre concorrência,
celebraram contrato de cobertura de plano odontológico com operadora devidamente
regulamentada e sem restrições junto a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), no
valor mensal individual de R$ 12,00 (doze reais).
Parágrafo 2°. Fica estabelecido entre as partes que, exclusivamente, para o contrato celebrado
entre as entidades convenentes e a operadora do plano odontológico, a modalidade de inclusão
será compulsória para todos os empregados que não possuem plano odontológico, enquanto
prevalecer o valor da mensalidade preestabelecida de R$ 12,00 (doze reais), justamente por
ser a parte que cabe ao empregador custear o plano odontológico e por não ter ônus para o
empregado.
Parágrafo 3º. As partes estabelecem que os empregados que não possuem plano odontológico
e os empregados admitidos a partir de 01.01.2020 serão obrigatoriamente incluídos no contrato
celebrado pelos sindicatos convenentes, sem qualquer ônus para o empregado.
Parágrafo 4°. As empresas abrangidas pelo presente instrumento coletivo poderão aderir ao
contrato celebrado pelos sindicatos convenentes, na qualidade de empresa interposta, devendo
para tanto solicitar sua adesão diretamente a Corretora que administra o plano odontológico.
Parágrafo 5°. O plano odontológico contratado pelas entidades convenentes deverá contemplar
as coberturas mínimas exigidas pelo rol de procedimentos conforme a Resolução Normativa
387/2015 expedida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e deverá também
atualizar a referida cobertura mínima imediatamente a nova exigência através de resolução da
ANS, e, ainda: a) Oferecer cobertura obrigatória de assistência (procedimentos de urgência e
emergência) 24 horas, todos os dias da semana, com atendimento restrito e garantido no local
do trabalho de cada empregado, quando este estiver exercendo suas atividades laborais; b)
Garantir aos trabalhadores e seus eventuais dependentes que já façam parte do plano
odontológico, por pelo menos 12 (doze) meses ininterruptos, a permanência no mesmo,
gratuitamente, pelo período de 06 (seis) meses, em razão da perda de renda decorrente do
desemprego involuntário; c) Garantir aos eventuais dependentes do trabalhador que já façam
parte do plano odontológico por pelo menos 12 (doze) meses ininterruptos, a permanência no
mesmo, gratuitamente, pelo período de 06 (seis) meses, em razão de morte do trabalhador.
Parágrafo 6°. Fica acordado entre as partes que na eventualidade do plano odontológico
celebrado entre os sindicatos convenentes e a operadora de plano odontológico sofrer alteração
no valor preestabelecido de R$ 12,00 (doze reais), o empregado fica responsável pelo
pagamento da diferença apurada, tudo em comum acordo entre as partes, mediante desconto
em folha de pagamento e prévia comunicação ao empregado.
Parágrafo 7º. No caso do empregado ser beneficiário de outro plano odontológico este poderá
solicitar sua adesão ao plano odontológico contratado pelos sindicatos convenentes diretamente
ao sindicato profissional ou a Corretora que administrar o referido plano, respeitando os prazos
para migração de contrato preestabelecidos pela Lei nº 9.656/98 que regulamenta os planos
odontológicos. Neste caso caberá ao sindicato laboral ou a Corretora que administrar o plano
odontológico encaminhar diretamente para o respectivo empregador a adesão/autorização
prévia e por escrito do empregado, nos termos da Súmula 342 do TST.
Parágrafo 8º. Cabe ao prestador do plano odontológico providenciar a nota fiscal de serviço e
o respectivo boleto de pagamento a ser enviado para as empresas.
Parágrafo 9°. O empregador que já tiver contrato de plano odontológico com outra operadora,
que não seja a contratada pelos sindicatos convenentes, não está obrigado a migrar os
empregados que possuem plano odontológico para o contrato celebrado pelos sindicatos
convenentes, salvo se o empregado optar em aderir ao plano odontológico contratado pelos
sindicatos convenentes, respeitando os prazos para migração de contrato preestabelecidos pela
Lei nº 9.656/98 que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
Parágrafo 10°. O empregador que já tiver contrato de plano odontológico com outra operadora
deverá observar se o contrato celebrado prevê as garantias e condições mínimas pactuadas no
parágrafo 5º desta cláusula, devendo, para tanto, apresentar cópia do referido contrato aos
sindicatos convenentes, no prazo de 15 dias contados do registro da convenção coletiva de
trabalho pelo Sistema Mediador do MTE, acompanhado da relação dos empregados
beneficiários.
Parágrafo 11º. Fica acordado entre as partes que todas as empresas abrangidas no presente
instrumento coletivo deverão encaminhar aos sindicatos convenentes, no mesmo prazo
estabelecido no parágrafo 10º desta cláusula, a relação de todos os empregados que não
possuem plano odontológico.
Parágrafo 12°. Caso o contrato do plano odontológico apresentado pelo empregador não
contemple as garantias mínimas previstas no parágrafo 5º desta cláusula, o empregador terá
que apresentar aos sindicatos convenentes juntamente ao contrato atual, no prazo de 15 dias
assinados pelos sindicatos convenentes, a adequação ao contrato atual, ou, em caso negativo
de adequação, deverá a empresa migrar para o contrato celebrados pelos sindicatos
convenentes, respeitando os prazos para migração preestabelecidos pela Lei 9.656/98 que
dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
Parágrafo 13°. O empregador que já tiver contrato assinado com plano odontológico e que o
custo seja integralmente arcado pelo empregado, fica a empresa obrigada a custear o valor de
R$ 12,00 (doze reais), ficando o empregado responsável pelo pagamento da diferença total do
plano atualmente pago, que será descontada em folha de pagamento, mediante autorização
prévia e por escrito, nos termos da Súmula 342 do TST.
Parágrafo 14°. Se a empresa empregadora já tiver contratado plano odontológico para todos
os empregados em condições mais vantajosas não poderá fazer alterações neste contrato
específico, inclusive não podendo alterar as condições vigentes do contrato e não estará
obrigada a fazer o plano odontológico celebrado pelos sindicatos convenentes, podendo
continuar no que já estiver contratado, salvo se o empregado optar em aderir ao plano
odontológico contratado pelos sindicatos convenentes.
Parágrafo 17°. Ao empregado que estiver às expensas do INSS, por auxílio doença ou por
auxílio acidente, lhe fica garantido o benefício do plano odontológico contratado, sem qualquer
ônus, salvo se o empregado aderiu a plano de valor superior, ficando responsável pelo
pagamento da diferença apurada, pagando sua parte diretamente ao seu respectivo
empregador, até o 5° (quinto) dia do mês subsequente, sob pena de não o fazendo ficar
caracterizada a inadimplência.
Parágrafo 18°. O valor custeado pelo empregador referente ao plano odontológico em hipótese
alguma terá natureza salarial, por isso mesmo não integra e nem será incorporado ao salário do
empregado beneficiário do plano odontológico.
Parágrafo 20°. Fica convencionado entre as partes que o não cumprimento desta cláusula,
pelas empresas empregadoras abrangidas neste instrumento coletivo, após a notificação, por
escrito, pelo sindicato interessado, acarretará a aplicação de multa equivalente a 01 (um) salário
normativo do vigilante patrimonial, mensalmente, até a efetiva regularização da cláusula, sendo
revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e 50% (cinquenta por cento) para
o sindicato patronal.
Seguro de Vida
CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DO SEGURO DE VIDA OBRIGATÓRIO
Por esta cláusula fica convencionado que os sindicatos convenentes poderão contratar, por livre
arbítrio e preservando a livre concorrência, seguro de vida em grupo com assistência funeral
com qualquer Seguradora de Seguros credenciada pela SUSEP, de modo que as empresas
poderão ser subestipulantes do contrato e o seguro deverá ser em favor de todos os
empregados, especialmente os empregados-vigilantes, já que a contratação é de caráter
obrigatório, conforme a Lei 7.102/83 (art. 19), Decreto 89.056/83 (arts. 20 e 21) e Portaria
3233/2012 - DG/DPF, observando, ainda, o disposto na Resolução CNSP 05/84 (anexa ao
instrumento coletivo).
Parágrafo 1°. As partes convenentes estabelecem que as empresas abrangidas pelo presente
instrumento coletivo ficam obrigadas a contratar seguro de vida em grupo, no ato da admissão
do empregado, estabelecendo, ainda, como condições mínimas os capitais segurados para
todos os empregados disposto na Resolução CNSP 05/84; a cobertura básica de morte por
qualquer causa, obedecidas as exclusões legais; a cobertura adicional de invalidez permanente,
parcial ou total, por acidente e o auxílio funeral.
Parágrafo 2°. Fica assegurada cobertura nas 24 (vinte e quatro) horas ininterruptas, dentro e
fora do trabalho, a partir da contratação do seguro de vida em grupo, considerando acidentes e
morte pelos valores e condições abaixo: a) em caso de morte natural ou acidental do
empregado-vigilante a indenização será de 100% (cem por cento) do valor contratado; b) em
caso de invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, fica garantido ao empregado-
vigilante, o pagamento de uma indenização relativa à perda, à redução ou à impotência funcional
definitiva, total ou parcial, de um membro ou órgão, por lesão física, causada por acidente
pessoal coberto, ocorrido durante a vigência da apólice, limitada até o percentual do capital
segurado escolhido para essa garantia. Para o cálculo da indenização deverá ser levado em
consideração o percentual correspondente constante da tabela para cálculo da indenização em
caso de invalidez permanente, constante das condições especiais, que deverá fazer parte do
contrato de seguro, limitado ao valor do capital segurado.
Parágrafo 3°. Fica estabelecido que as importâncias seguradas, de caráter legal e obrigatório,
para todos os empregados e por cobertura, corresponderão, no mínimo, em cada mês os
valores de 26 (vinte e seis) vezes a remuneração verificada no mês anterior, para cobertura de
morte por quaisquer causas naturais ou acidentais; e a 2 (duas) vezes o limite fixado na letra
“a”, para cobertura de invalidez permanente parcial ou total, por acidente.
Parágrafo 4°. No caso do empregado que estiver afastado do trabalho por motivo de férias,
acidente, tratamento de saúde ou às expensas do INSS, será considerada a remuneração
mensal que lhe seria atribuída se estivesse em atividade, excluindo-se apenas as horas extras.
Parágrafo 5°. Se a empresa não contratar seguro de vida em grupo ou se contratar sem
observar as condições mínimas pactuadas responderá na ocorrência do evento (morte ou
invalidez permanente, parcial ou total por acidente), pelos valores mínimos estabelecidos no
presente instrumento coletivo.
Parágrafo 6º. Fica convencionado que os sinistros ocorridos deverão ser informados pela
empresa empregadora à seguradora contratada, por escrito, imediatamente quando do seu
conhecimento, por carta, fax, telegrama ou e-mail e, posteriormente, deverá ser encaminhada
a documentação para a regularização.
Parágrafo 7º. A seguradora contratada, na ocorrência de óbito do segurado, por qualquer que
seja a causa, deverá responder pela assistência do funeral, limitado ao valor de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), sem qualquer custo adicional para as empresas e sem nenhum desconto do
valor do prêmio contratado, garantindo assim a realização dos serviços de assistência funeral
ou o reembolso ao custeador da nota original das despesas efetivamente gastas com o funeral
do empregado até o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), podendo os serviços serem
prestados por empresas de assistência funeral.
Parágrafo 8º. Para a obtenção da assistência funeral, um membro da família deverá comunicar
a empresa empregadora, que acionará a prestadora do serviço, comunicando o falecimento do
empregado e esta deverá, no prazo máximo de 03 (três) horas, disponibilizar a assistência
funeral.
Parágrafo 9º. Para fins de reembolso da assistência funeral, pela seguradora, o referido
reembolso somente será efetuado mediante a apresentação das notas fiscais originais dos
gastos realizados.
Parágrafo 10º. O(s) beneficiário(s) do seguro será(ão) aquele(s) designado(s) pelo segurado
em um documento hábil, podendo ser substituído(s), a qualquer tempo, mediante solicitação
formal, preenchida e assinada pelo próprio segurado, sendo que na falta de indicação de
beneficiário(s) ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for feita, o capital segurado será
pago na forma da legislação vigente.
Parágrafo 12°. Após o envio da apólice de seguro de vida em grupo aos sindicatos convenentes
e na eventualidade da empresa empregadora ter contratado seguro de vida em grupo, sem
observar as condições mínimas pactuadas no presente instrumento coletivo, terá o prazo de 30
(trinta) dias, contados da notificação enviada, por escrito e assinada em conjunto pelos
sindicatos convenentes, para adequar as condições mínimas pactuadas.
Parágrafo 13°. Fica convencionado entre as partes que o não cumprimento desta cláusula pelas
empresas empregadoras abrangidas neste instrumento coletivo, após a notificação, por escrito,
pelo sindicato interessado, acarretará a aplicação de multa equivalente a 01 (um) salário
normativo do vigilante patrimonial, mensalmente, até a efetiva regularização da cláusula, sendo
revertida 50% (cinquenta por cento) para o sindicato laboral e 50% (cinquenta por cento) para
o sindicato patronal.
Outros Auxílios
Parágrafo 1º. Fica convencionado entre as partes que a assistência jurídica prevista no caput
deverá ser prestada pelo empregador no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, após a
empresa tomar ciência do fato, sob pena de pagamento de multa equivalente a 05 (cinco)
salários normativos do respectivo empregado.
Parágrafo 2º. Fica estabelecido que a multa acima será revertida integralmente para o
trabalhador.
Por esta cláusula, fica convencionado que a partir de 01.01.2020, as empresas concederão
Auxílio Familiar ao Trabalhador, em favor de todos os seus empregados, nos termos desta
cláusula e de acordo com os auxílios definidos e aprovados pelas entidades sindicais
convenentes.
Parágrafo 4º. Ocorrendo evento que gerará o direito ao recebimento do Auxílio Familiar ao
Trabalhador, a empresa deverá comunicar formalmente à empresa gestora, o tipo de evento,
acompanhado da documentação comprobatória, no prazo máximo de 10 (dez) dias da
ocorrência.
Parágrafo 5º. Visando o cumprimento das normas de proteção ao trabalhador, deverá constar
a rubrica do Auxílio Familiar ao Trabalhador, nas planilhas de custos e formação de preços em
licitações públicas, em observância ao que dispõe o art. 444 da CLT.
Parágrafo 6º. Em caso de afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente será
devido o recolhimento do valor do benefício naquele período e até 12 (doze) meses seguintes.
Quando do efetivo retorno do empregado afastado ao trabalho, a empresa deverá retomar com
as contribuições do custeio do Auxílio Familiar ao Trabalhador, cabendo a empresa comunicar
tanto no momento do afastamento quando do retorno do trabalhador.
Parágrafo 7°. Ocorrendo eventos que gerariam o direito ao recebimento de Auxílio Familiar ao
Trabalhador, sem prejuízo das demais sanções legais, a empresa que não cumprir na íntegra a
presente cláusula, além de responder ação por descumprimento de norma coletiva a ser
ajuizada pelo sindicato laboral, também será obrigada a indenizar o trabalhador com importância
em dinheiro equivalente ao dobro do valor do auxílio que teria direito na época.
Parágrafo 8º. Para retirada de Certificado de Regularidade e outros serviços solicitados aos
sindicatos convenentes, à empresa deverá apresentar declaração de quitação e regularidade
do Auxílio Familiar ao Trabalhador emitida pela empresa gestora.
Parágrafo 9º. O Auxílio Familiar ao Trabalhador não possui, em hipótese alguma, natureza
salarial por não se constituir em prestação de serviços, tendo caráter compulsório e
eminentemente assistencial. Em nenhuma hipótese integrará o salário contratual, não se
computando nas férias, 13º salário, horas extras, gratificações, adicionais e outros
prêmios/verbas pagos pelo empregador, inclusive nas verbas rescisórias.
Parágrafo 10°. A empresa deverá observar na sua integralidade, em todos os seus termos a
presente cláusula, sob pena de pagamento de multa por descumprimento de cláusula, a título
de danos materiais por cada mês que a empresa gestora não der a devida cobertura do auxílio,
em razão da inadimplência da empresa.
Parágrafo 11°. Aplica-se a responsabilidade civil, aquele que por negligência, imprudência ou
imperícia descumprir a presente cláusula, nos termos da legislação.
Empréstimos
Parágrafo 2º. A utilização do Cartão de Compras pelo empregado não acarretará quaisquer
ônus financeiros para o sindicato profissional; para o sindicato patronal e também para os
empregadores.
Parágrafo 3º. Fica limitado o valor dos descontos, estabelecido no parágrafo 1º, em até 30%
(trinta por cento) do salário normativo acrescido do adicional de periculosidade, de cada
trabalhador e o limite do Cartão de Compras será de no mínimo R$ 200,00 (duzentos reais),
salvo se houver margem para o referido valor.
Parágrafo 4º. O valor utilizado pelo trabalhador será objeto de desconto integral, na primeira
remuneração subsequente a emissão da fatura expedida pela administradora do Cartão de
Compras, com observância da Súmula 342 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Parágrafo 5º. Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, por qualquer motivo, ficam as
empresas autorizadas a efetuar, integralmente, os descontos do saldo devedor no ato da
homologação de sua rescisão de contrato de trabalho.
Parágrafo 6º. Todas as empresas abrangidas no presente instrumento coletivo ficam obrigadas
a encaminhar para os sindicatos convenentes, dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados
do registro no Sistema Mediador do Ministério do Trabalho e Emprego, cópia de documento
comprobatório da contratação e/ou convênio com a empresa que fornece o Cartão de Compras
objetivando fazer prova do cumprimento da cláusula juntamente com a relação dos empregados
que possuem e com a relação dos empregados que não possuem Cartão de Compras.
Parágrafo 7º. O empregado que não possui ou que não aderiu à época o Cartão de Compras
poderá a qualquer momento solicitar sua adesão.
Desligamento/Demissão
A contagem do período antecedente à data-base, para efeito de rescisão dos contratos por
prazos indeterminados, será de 30 (trinta) dias, exceto para a rescisão por justa, por acordo
entre as partes e/ou por pedido de demissão, ou em caso de perda de contrato comprovado
pela empresa.
Parágrafo 4º. Se a empresa não concordar com a suspensão do ato homologatório caberá ao
sindicato laboral proceder com a homologação do instrumento de rescisão contratual mediante
ressalva, especificando as parcelas e discriminando o seu valor, se for o caso.
Parágrafo 7º. A inobservância do disposto nesta cláusula sujeitará a empresa à multa por
descumprimento de cláusula, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em
valor equivalente ao seu salário, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à
mora.
Estágio/Aprendizagem
Parágrafo único. Como o percentual de aprendizagem, de no mínimo cinco por cento, previsto
no art. 429 da CLT, deve ser aplicado em relação às funções que demandem formação
profissional, o que difere do curso de formação de vigilante a que alude a Lei nº 7.102/82, em
seu art. 16, inc. IV, requisito essencial para o exercício da atividade de segurança, não se
confundindo com a mencionada habilitação profissional obtida por meio de curso técnico de
nível médio, prevista nas normas que tratam da aprendizagem, e também por força de lei, o
curso de formação de vigilante somente pode ser autorizado pela Polícia Federal, por isso
mesmo na contratação de aprendizes devem ser excluídos da base de cálculo os vigilantes
(armados e/ou desarmados), os vigilantes de transporte de valores, os inspetores, supervisores
e fiscais de segurança privada, justamente por não demandarem qualquer formação para seu
exercício profissional.
Considerando que o vigilante tem a função legal de inibir ou proibir ação delituosa com o uso
de armas de fogo ou branca, sendo treinado para defesa pessoal, de patrimônio, de pessoas
necessitando, assim, estar em plenitude física e mental, o cumprimento do art. 93 da Lei nº
8.213/91 e arts. 136 a 141 do Decreto 3.048/99, com relação a admissão de pessoa portadora
de deficiência física habilitada ou reabilitada, tomará como parâmetro, a exemplo do que ocorre
na contratação de policiais (art. 37, VIII, CF), o dimensionamento relativo ao pessoal da
administração, ressalvado o comparecimento de profissionais atendendo a publicação da
empresa, que comprove ter curso de formação de vigilante, e que porte Certificado Individual
de Reabilitação ou Habilitação expedido pelo INSS, que indique expressamente que está
capacitado profissionalmente para exercer a função de vigilante (art. 140 e 141 do Decreto nº
3048/99). Fica facultado a empresa submeter antes à Polícia Federal, conforme Lei 7.102/83 e
Portaria/DPF 3233/2012.
Parágrafo 1°. O empregado deverá apresentar manifestação se aceita ou não ser contratado
pela empresa vencedora, mediante assistência do sindicato profissional, visando estabelecer
as condições para a transferência dos empregados, devendo este ser anuído pelo sindicato
patronal, preferencialmente na Comissão de Conciliação Prévia.
Parágrafo 3º. A empresa que venceu o contrato de prestação de serviços, dentro do prazo
máximo e improrrogável de 05 (cinco) dias, após o recebimento da listagem, deverá informar a
empresa que perdeu o contrato e também ao sindicato laboral quais empregados serão
reaproveitados.
Parágrafo 4°. As partes estabelecem que, se o empregado estiver cumprindo aviso prévio e for
admitido pela empresa vencedora do contrato de prestação de serviços, neste caso, o pedido
de dispensa de cumprimento do aviso prévio deverá ser aceito pelo seu empregador observando
em sua integralidade a redação da Súmula n.º 276 do TST.
Parágrafo 5°. Fica estabelecido entre as partes que o empregado que não estiver cumprindo
aviso prévio, mas for reaproveitado pela empresa vencedora do contrato de prestação de
serviços, neste caso, o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo mútuo entre
empregado e empregador, mediante assistência do sindicato profissional, visando estabelecer
as condições para a transferência do empregado, com anuência do sindicato patronal,
preferencialmente na Comissão de Conciliação Prévia.
Parágrafo 6°. As partes estabelecem, ainda, que se o empregado não for reaproveitado pela
empresa vencedora do contrato de prestação de serviços e se seu empregador não tiver local
para transferi-lo, dentro de sua base territorial, neste caso, o contrato será rescindido pela forma
imotivada e caberá ao empregador proceder à anotação na CTPS, comunicar a dispensa aos
órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma
estabelecidos no art. 477 da CLT. Havendo a transferência, esta não poderá violar os preceitos
da Súmula nº 29 do TST.
Parágrafo 7°. Quando a empresa entregar os avisos prévios aos seus empregados em razão
da proximidade do término do contrato de prestação de serviço e por qualquer motivo der
continuidade ao referido contrato caberá ao respectivo empregador reconsiderar o ato, antes de
seu termo, visando à preservação do emprego, com o objetivo de dar segurança econômica ao
trabalhador e incorporá-lo ao organismo empresarial, cabendo ao empregado aceitar a
reconsideração (princípio da continuidade das relações trabalhistas).
Qualificação/Formação Profissional
Parágrafo 3º. A empresa quando solicitada, por escrito, pelo Sindicato Profissional enviará a
este, no prazo de 8 (oito) dias contados do recebimento da solicitação, a listagem dos seus
empregados-vigilantes reciclados no período especificado.
Parágrafo 4º. Os dias em que o empregado estiver realizando o curso de reciclagem, que é de
caráter obrigatório, o empregador deverá lhe fornecer, para os referidos dias, de forma
antecipada, os tíquetes alimentação e os respectivos vales transporte para a realização do
referido curso e não serão consideradas como horas extras, desde que realizado tanto na escala
de trabalho quanto nas folgas, isto é, o vedado ao empregador encaminhar o empregado para
fazer o curso de reciclagem exclusivamente nos dias de folgas.
Parágrafo 5º. O empregado-vigilante que for reprovado no curso de reciclagem deverá ser
submetido a novo curso e o custo será rateado entre a empresa e o empregado-vigilante
reprovado na mesma proporcionalidade, isto é, 50% (cinquenta por cento) para cada uma das
partes, considerando que é imprescindível o certificado de reciclagem, condição exigida em lei.
Parágrafo 6º. Se o empregado-vigilante ficar reprovado pela segunda vez fica convencionado
entre as partes que o curso de reciclagem será totalmente custeado pelo empregado-vigilante,
e se mesmo assim não houver a aprovação, fica pactuado que a empresa e o empregado
deverão comparecer a CCP, mediante assistência do sindicato laboral, para resolver sua
permanência ou não na empresa.
Parágrafo 7º. O empregado-vigilante que trabalhar em escala noturna não poderá realizar o
curso de reciclagem no dia seguinte ao término da escala e, neste caso, o curso deverá ter início
no dia seguinte a sua folga.
Parágrafo 8º. Fica estabelecido que as escolas que ministram cursos de formação de vigilantes
deverão encaminhar, no prazo máximo de 10 dias, ao sindicato profissional, a relação nominal
dos empregados matriculados, contendo a data de início das reciclagens, o nome dos vigilantes
matriculados e seus respectivos empregadores.
Estabilidade Aposentadoria
Fica vedada a dispensa dos empregados abrangidos pelo presente instrumento, com
antecedência de 24 (vinte e quatro) meses anteriores à data do preenchimento dos requisitos
exigidos para adquirir o direito à aposentadoria, seja integral ou proporcional, ficando-lhe
garantida a estabilidade pré-aposentadoria, desde que não exista causa objetiva que determine
ou justifique sua dispensa por justa causa ou pedido de demissão. Adquirida a aposentadoria
cessa imediatamente e de forma automática a garantia aqui conferida.
Parágrafo 1°. Para adquirir o benefício acima referido, o empregado deverá obrigatoriamente
comunicar, por escrito, ao seu respectivo empregador, quando estiver faltando 24 (vinte e
quatro) meses para o tempo de aquisição, apresentando para tanto documento oficial emitido
pelo INSS (CNIS ou simulação pelo próprio site do INSS), atestando o tempo, seja integral ou
proporcional.
Parágrafo 2°. Se o empregado for dispensado, quer por aviso prévio trabalhado, quer por aviso
prévio indenizado, terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da data da ciência do aviso,
para comunicar, por escrito, ao seu respectivo empregador que faz jus ao direito a estabilidade,
apresentando para tanto documento oficial emitido pelo INSS, sob pena de não poder suscitar
a nulidade do aviso prévio e consequentemente a perda da garantia prevista no caput da
cláusula.
Prorrogação/Redução de Jornada
As partes resolvem estabelecer que os empregados terão tolerância de atraso para assumir o
respectivo serviço de até 10 (dez) minutos diários e, no máximo 90 (noventa) minutos por mês,
sem caracterização de falta.
Parágrafo 2°. Quando o empregador determinar em norma interna que o empregado deve
comparecer para o início da escala com antecedência máxima de 10 minutos, este deverá
cumprir a determinação sob pena de indisciplina. No momento que o vigilante substituto assumir
o posto de serviço o vigilante substituído passa o serviço e fica dispensado do trabalho ficando
entendido que o horário do início da escala se compreende com a chegada do empregado ao
posto do trabalho e não pelos procedimentos preliminares posteriores.
Em exceção ao disposto no art. 59 da CLT, o empregado que estiver laborando na escala 12x36,
poderá o empregador conceder, no mínimo 01 (uma) hora para repouso e alimentação ou
indenizar os intervalos, no mínimo de 01 (uma) hora conforme estabelece o art. 59-A da CLT,
com o acréscimo de 60%.
Fica estabelecido entre as partes que nos postos onde há concessão do intervalo intrajornada
ou rendição de almoço, o horário de almoço não poderá ser iniciado antes de 04 (quatro) horas
do início da jornada de trabalho, inclusive a rendição do empregado que deverá ser rendido, no
mínimo com 04 horas do início da jornada de trabalho e no máximo até às 15:00 (quinze) horas.
Controle da Jornada
Ficam os empregadores autorizados a utilizar as escalas 5x2, 6x1 e 12x36 e as referidas escalas
são de regime especial.
Parágrafo 1°. Na escala 5x2 fica estabelecido que o horário diário de trabalho é de 08 horas e
48 minutos e a jornada semanal é de 44 horas e o divisor para apurar o valor da hora normal de
trabalho será o 220. As horas extras, sem exceção, são aquelas que ultrapassam, em cada
semana respectiva da apuração, a jornada semanal de 44 horas efetivamente trabalhadas.
Parágrafo 2°. Na escala 6x1 fica estabelecido que a jornada semanal é de 44 horas e o divisor
para apurar o valor da hora normal de trabalho será o 220. As horas extras, sem exceção, são
aquelas que ultrapassam, em cada semana respectiva da apuração, a jornada semanal de 44
horas efetivamente trabalhadas.
Parágrafo 3º. Fica estabelecido que a jornada mensal na escala 12x36, quando o mês for de
30 dias, será de 180 horas; e quando o mês for de 31 dias, a jornada mensal será de 192 horas
e as horas extras, sem exceção, são aquelas que ultrapassam a jornada mensal de 180 horas
trabalhadas ou 192 horas.
Parágrafo 4º. Fica estabelecido que a jornada mensal, na escala 12x36, quando o mês for de
31 dias será de 180 horas se o empregado laborar 15 escalas e as horas extras, sem exceção,
são aquelas que ultrapassam a jornada mensal de 180 horas trabalhadas e o divisor para apurar
o valor da hora normal de trabalho será o 180.
Parágrafo 5º. No caso dos empregados mensalistas, cujos salários são calculados à base de
30 (trinta) dias, o DSR já se encontra incluído no salário mensal, não cabendo se falar em cálculo
separado do DSR, visto que os salários já são pagos à base de 30 (trinta) dias.
Parágrafo 6°. As horas extraordinárias trabalhadas em quaisquer das escalas autorizadas não
poderão ser objeto de compensação.
Parágrafo 7°. Fica convencionado entre as partes que a execução de horas extras em
quaisquer das escalas autorizadas não serve de pressuposto para a desqualificação e/ou
desconstituição das escalas trabalhadas, mesmo porque há previsão para a execução de horas
extras e, para o caso, as partes se amparam nas regras dos incisos XIII e XXVI, do art. 7°, da
Constituição Federal, no princípio do conglobamento, na regra da cláusula pacta sunt servanda,
respeitando os princípios democrático da livre negociação e concessões mútuas e do
convencionado sobre o legislado.
Parágrafo 9°. As entidades convenentes estabelecem que fica permitida a utilização de registro
de ponto por exceção à jornada regular de trabalho mediante acordo coletivo com o sindicato
laboral com anuência do sindicato patronal perante a CCP.
Considera-se regime OFFSHORE o trabalho dos empregados das empresas sob o regime de
confinamento nas plataformas marítimas de petróleo, gás e navios, que prestam serviços em
plataforma de produção, prospecção e perfuração de petróleo e UMS’S em alto mar.
Parágrafo 1°. A escala de trabalho será de 14 dias trabalhados com 14 dias de folga, e a jornada
dos trabalhadores OFFSHORE, observará as escalas prevista neste instrumento.
Parágrafo 2º. O tempo gasto no transporte fornecido aos empregados que trabalhem nas
condições estabelecidas nesse acordo, não será considerado como hora extra em hipótese
alguma.
Parágrafo 3º. Diante da peculiaridade dos serviços OFFSHORE, fica autorizada a possibilidade
de ocorrer à inversão de escala dos colaboradores, sem que referida alteração acarrete
qualquer tipo de indenização ou futura alegação de alteração prejudicial e/ou unilateral do
contrato de trabalho.
Parágrafo 4º. Uma vez em que o desembarque dos colaboradores que se encontram em regime
de confinamento depende exclusivamente da programação de voo, o colaborador tem plena
ciência de que seu desembarque poderá ocorrer após o 14º (décimo quarto) dia, sem que
acarrete o pagamento de horas extras, desde que entre o término da escala de trabalho do
colaborador e o seu efetivo embarque, não ultrapasse 5 (cinco) horas, sendo que a partir então
será devido o pagamento de horas extras de 60% sobre o salário base. Tal regra somente será
aplicada quando do efetivo desembarque do colaborador.
Parágrafo 7º. Caso o empregado não desembarque após o 14º (décimo quarto) dia de trabalho,
permanecendo em regime de confinamento nas plataformas, ou seja, OFFSHORE, fará jus ao
recebimento de adicional de 100% (cem por cento) para as horas que assim permanecer em
efetivo trabalho.
Parágrafo 8º. Em caso de alteração da data do embarque /ou desembarque por decorrência de
mau tempo, ou situações diversas, a empresa fica obrigada a fornecer hospedagem para o
vigilante no período em que o mesmo se encontrar à disposição da empresa, ou em caso de
vigilantes residentes no município, o fornecimento de passagem para sua residência.
As partes convencionam que o empregador deverá permitir, quando solicitado por escrito pelo
empregado, a troca de escala, na quantidade de 02 (duas) escalas por mês. O empregado só
terá direito a troca de escala, após a autorização da empresa.
Parágrafo 1º. Os empregados que estiverem cursando o ensino médio, fundamental, educação
básica ou curso de nível superior poderão solicitar por escrito a troca de escala e no caso da
recusa do empregador terão abonadas as horas diárias que faltar à escala de serviço, quando
decorrente do comparecimento a exames escolares, sendo obrigatória a comunicação, por parte
do empregado ao seu empregador, com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência à realização
da aludida prova ou exame, por intermédio de declaração escrita do respectivo estabelecimento
de ensino.
Parágrafo 2º. O empregador poderá, desde que solicitado por escrito pelo
empregado/vigilante/estudante, custear em até 60% (sessenta por cento) o material escolar a
ser utilizado pelo referido empregado, ficando desde já devidamente autorizado a efetuar
desconto do referido custo, no salário mensal do empregado beneficiado.
Mediante acordo coletivo obrigatório com o sindicato laboral com anuência do sindicato patronal
serão admitidas jornadas especiais para eventos (cultural, social, esportivo e outros), e a
celebração de contrato de trabalho intermitente com os empregados, nos termos dos artigos art.
443 e 452-A da CLT, bem como, da Lei Federal nº 7.102/83 ou da que vier a substituí-la e
Portaria DPF nº 3.233/2012.
Parágrafo 1º. A convocação dos vigilantes intermitentes deverá ser realizada por qualquer meio
de comunicação eficaz, seja por e-mail, mensagem eletrônica ou ligação telefônica, devendo
ser efetivada 03 (três) dias antes da realização do evento, ato em que, a empresa deverá
fornecer todas as informações ao colaborador, tais como, local de realização do evento com
endereço completo, nome do evento, horário de entrada e saída e nome dos líderes /
supervisores / coordenadores no local.
Parágrafo 2°. Após a convocação o vigilante terá o prazo de 24 horas para confirmar ou não a
sua presença no evento, entendendo no seu silêncio a recusa ao evento.
Parágrafo 3º. Os vigilantes que chegarem atrasados para o trabalho convocado, caso o quadro
de profissionais do evento esteja completo, poderá ser dispensado do evento, sem que lhe seja
devido a indenização prevista no art. 452-A, §4º da CLT.
Parágrafo 6º. Se o vigilante for convocado e permanecer à disposição do empregador por mais
de 04 (quatro) horas, não poderá a empresa fornecer lanche, isto é, deverá oferecer marmitex.
Parágrafo 7º. O empregador fica obrigado a observar a referida cláusula em se tratando de
empregado efetivo da empresa, isto é, o empregado fará jus as mesmas condições aqui
estabelecidas.
Férias e Licenças
Parágrafo 1º. A empresa só poderá cancelar as férias por ela já comunicada somente com a
concordância do empregado.
Parágrafo 2º. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia
de repouso semanal remunerado, exceto na escala 12x36.
Parágrafo 3º. Fica convencionado entre as partes que partir de 01.01.2020 o empregado
receberá o tíquete alimentação na importância integral de R$ 540,00 (quinhentos e quarenta
reais) e a partir de 01.01.2021 o empregado receberá o valor de R$ 540,00 (quinhentos e
quarenta reais) reajustado pelo índice do INPC acumulado no período de 01.01.20 a 31.12.20
mais ganho real de 50% do índice do INPC. O valor será pago de uma vez quando da concessão
das férias, independentemente da eventual venda de férias (abono pecuniário) ou se o
empregado, concordou em usufruir as férias em até três períodos, sendo que um deles não
poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias
corridos, cada um.
Parágrafo 4º. As partes convencionam que a entrega dos tíquetes alimentação previsto no § 2º
supra deverá ser realizada até 15 (quinze) dias contados do início do gozo das férias.
Parágrafo 6º. Por força do inciso XXVI, do artigo 7°, da Constituição Federal as partes declaram
solenemente que o tíquete alimentação sob as formas previstas nesta cláusula, não terá, em
hipótese alguma, natureza remuneratória e por isso mesmo, não pode ser considerado como
salário-utilidade ou salário in natura, nos termos da Lei nº 6.321/76, de seus Decretos
Regulamentadores e da Portaria GM/MTb nº 1.156/1993.
Parágrafo 1º. É proibido o desconto de qualquer peça integrante do uniforme de uso obrigatório,
inclusive do agasalho de proteção ao frio. Se danificado e/ou perdido, no efetivo exercício da
função, sem que o fato tenha ocorrido por culpa do empregado, salvo na ocorrência de culpa
do empregado, ou no caso do uniforme obrigatório e do agasalho serem usados fora da
atividade laboral, nestas últimas situações o empregador fica autorizado a proceder nos salários
do respectivo empregado o desconto para o pertinente ressarcimento.
Parágrafo 2º. Havendo necessidade do uso da capa de chuva, em razão exclusiva da situação
do posto de serviço, o empregador fica obrigado a fornecer o respectivo acessório para o posto.
Parágrafo 4º. Fica vedado qualquer desconto salarial por danos a veículos em curso no
trabalho, ressalvada as hipóteses de comprovação de culpa, dolo, negligência, imprudência ou
imperícia do respectivo empregado.
O atestado médico deverá ser entregue pelo obreiro ou qualquer parente seu, no prazo máximo
de 02 (dois) dias, contados após a data de emissão, que deverá ser entregue à sua coordenação
e/ou fiscalização (fiscal, supervisor ou inspetor) ou diretamente na empresa conforme regimento
interno da empresa, mediante contra recibo, ou por qualquer meio eletrônico disponibilizado
pela empresa, inclusive whatsapp.
Parágrafo 1°. Fica garantido aos empregados abrangidos por esta CCT o direito de exercerem
a opção de procurar tanto médico indicado pela empresa, quanto médico de sua confiança, não
podendo os empregadores rejeitarem os atestados médicos sob qualquer hipótese.
Parágrafo 2°. Fica estabelecido entre as partes que a empresa deve assumir todos os encargos
financeiros com os exames admissionais, periódicos, de retorno e demissional, sem qualquer
custo para o empregado, sob pena de devolução do valor em dobro por cobrança indevida.
Relações Sindicais
Fica assegurada a disponibilidade remunerada dos Diretores investido do mandato sindical, que
esteja em pleno exercício nas atividades representadas pelo SINDSEG-GV/ES, quando
convocado, por escrito, pelo Diretor Presidente e/ou Secretário Geral.
Parágrafo 1°. A disposição acima mencionada será de 07 (sete) Diretores, limitada a um Diretor
por empresa ou grupo econômico. A disposição retro referida somente poderá ser aplicada
mediante solicitação, por escrito, pelo Diretor Presidente e/ou Secretário Geral, com o respectivo
comprovante de recebimento da correspondência pela empresa.
Parágrafo 2°. Fica estabelecido que o Diretor do Sindicato Profissional, enquanto durar a sua
disponibilidade remunerada deverá receber do seu respectivo empregador, mensalmente, e
desde que esteja em efetivo exercício perante a entidade sindical, o salário normativo do
empregado-vigilante mais o adicional de periculosidade e a quantidade de 22 (vinte e dois)
tíquetes alimentação, cabendo ainda ao empregador depositar em sua conta vinculada as
parcelas fundiárias e sem prejuízo dos benefícios previstos no presente instrumento coletivo.
Parágrafo 3°. As partes estabelecem que no período de vigência desta convenção coletiva,
para o empregador que tenha empregado exercendo cargo de dirigente sindical eleito, limitado
a um Diretor por empresa, liberá-lo, por 01 (um) dia por mês limitado a 12 (doze) dias no ano,
previamente comunicado, por escrito, pelo Diretor Presidente e/ou Secretário Geral, sem
prejuízo do seu salário mensal e benefícios, para o exercício de sua atividade sindical.
Contribuições Sindicais
Por deliberação da Assembleia Geral dos Trabalhadores ficou autorizado e mantido o desconto
mensal de R$ 25,00 (vinte e cinco), a título de mensalidade sindical, no período de 01.01.2020
a 31.12.2020. Para o período de 01.01.2021 a 31.12.2021 a mensalidade associativa será
reajustada pelo mesmo índice do INPC apurado no período acumulado no período de
01.01.2021 a 31.12.2021.
Parágrafo 1º. O desconto será efetivado somente dos trabalhadores filiados ao sindicato e
desde que os seus empregadores possuam as respectivas autorizações individuais e pessoais
de desconto da mensalidade.
Parágrafo 2º. A contribuição referente a mensalidade associativa, que já vem sendo descontada
dos trabalhadores, mensalmente, perdurará por prazo indeterminado, para aqueles que já
autorizaram expressamente o desconto.
Parágrafo 4°. O pagamento da mensalidade associativa deverá ser realizado mediante boleto
bancário, que será enviado, até o dia 15 de cada mês, para as empresas juntamente com a
relação dos seus respectivos empregados filiados ao sindicato.
Parágrafo 5°. Em hipótese alguma poderá haver desconto da mensalidade associativa no mês
em que ocorrer o desconto da contribuição sindical.
Parágrafo 6°. O atraso no pagamento do boleto bancário enviado pelo sindicato profissional
implicará em multa de 2% (dois por cento) ao mês e mais a mora diária de 0,33% (trinta e três
centésimos por cento) sobre o valor não repassado, sem prejuízo da aplicação da multa
convencional.
Parágrafo 7°. A desfiliação somente se efetivará por meio de formulário disponibilizado na sede
do sindicato laboral, mediante assinatura protocolo e assinatura do Diretor Presidente, devendo
o empregado entregar ao seu empregador, no prazo máximo de 10 (dez) dias, para a suspensão
do desconto.
Parágrafo 8°. Na hipótese de o trabalhador ser portador de necessidade especial que inviabilize
ou dificulte o seu deslocamento até a sede da entidade sindical, com o objetivo de exercer o seu
direito de desfiliação, poderá este contatar a direção do sindicato objetivando o agendamento
de dia, hora e local para receber a visita de representante do sindicato para o recebimento de
sua carta de desfiliação.
Parágrafo 9°. O exercício do direito de desfiliação será gratuito, não podendo a entidade sindical
cobrar qualquer valor em decorrência do seu exercício.
Por deliberação da Assembleia Geral dos Trabalhadores ficou autorizada e mantido a cobrança
da contribuição profissional extraordinária, na forma estabelecida no TAC nº 0744/2012, no valor
de R$ 30,00 (trinta reais), que deverá ser descontada de todos os trabalhadores integrantes da
respectiva categoria profissional, na base territorial do sindicato, nas competências dos meses
de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho de 2020. Para o período de 01.01.2021 a
31.12.2021 a contribuição extraordinária será reajustada pelo índice do INPC apurado no
período de 01.01.202 a 31.12.2020. A referida contribuição tem por finalidade dar suporte e
assegurar a luta e a busca para melhores condições de trabalho de toda a categoria profissional,
desenvolvida tenazmente pelo SINDSEG-GV/ES, como se comprova nas melhorias obtidas
nesta negociação coletiva, defendendo os interesses e direitos individuais e coletivos de toda a
categoria profissional, não promovendo distinção entre os trabalhadores.
Parágrafo 1°. A empresa deverá descontar o valor indicado no caput de todos os empregados,
nos meses referenciados, devendo, ainda, depositar até o 5° (quinto) dia útil após o desconto
na conta corrente do SINDSEG-GV/ES (Caixa Econômica Federal - agência 0880, operação
003, conta corrente 1598-9).
Parágrafo 2°. As empresas fornecerão ao sindicato laboral, até o 10° (décimo) dia útil do mês
subsequente ao desconto, a lista com os nomes dos empregados contribuintes bem como o
comprovante de depósito, independentemente de solicitação. Valerá como comprovante de
entrega dos referidos documentos o protocolo datado, assinado e carimbado pela Secretaria do
SINDSEG-GV/ES ou, ainda, poderá a empresa encaminhá-los para o e-mail:
secgeral@sindseg-es.com.br, valendo como protocolo a confirmação do e-mail.
Parágrafo 3°. Em hipótese alguma poderá haver desconto dos empregados associados da
referida contribuição.
Parágrafo 4°. O atraso no repasse das retenções referidas no caput implicará em multa de 2%
(dois por cento) ao mês e mais a mora diária de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) sobre
o valor não repassado até a integralização do depósito, sem prejuízo da aplicação da multa
convencional.
Parágrafo 1°. O direito de oposição poderá ser exercido a qualquer tempo pelo trabalhador,
durante a vigência desta Convenção Coletiva de Trabalho.
Parágrafo 5°. Deverá ainda, constar da carta de oposição o nome completo e legível do
trabalhador, o número de sua CTPS ou de qualquer outro documento de identificação legal, seu
endereço, o nome e endereço da empresa ou entidade onde trabalha, local, data e assinatura.
Parágrafo 6°. Na hipótese de o trabalhador ser portador de necessidade especial que inviabilize
ou dificulte o seu deslocamento até a sede da entidade sindical, com o objetivo de exercer o seu
direito de oposição, poderá este contatar a direção do sindicato objetivando o agendamento de
dia, hora e local para receber a visita de representante do sindicato para o recebimento de sua
carta de oposição.
Parágrafo 7°. Deverá ser consignado nas 3 (três) vias da carta de oposição carimbo registrando,
pelo menos, a data do protocolo de entrega da carta, a identificação do sindicato e da pessoa
que recebeu o documento.
Parágrafo 8°. O sindicato terá até 10 (dez) dias, contados do protocolo da carta de oposição,
para encaminhar ao empregador do trabalhador a 3ª (terceira) via da carta, de modo a cientificá-
lo do exercício do direito de oposição pelo seu empregado.
Parágrafo 9°. Na hipótese de transcorrer os 10 (dez) dias, sem que o sindicato tenha
encaminhado ao empregador a carta de oposição, poderá o empregado encaminhar cópia de
sua via ao seu empregador de modo a cientificá-lo de que exerceu o seu direito de oposição.
Somente a partir deste momento poderá o empregador interromper os descontos da
contribuição no salário do trabalhador.
Parágrafo 11°. As disposições ora ajustadas valem tanto para contribuições de desconto único,
por alguns meses ou mensais e durante todo o período de validade do instrumento normativo,
bem como se aplicam, no que couber, aos empregados admitidos após a data-base da categoria
profissional.
Parágrafo 12°. O exercício do direito de oposição será gratuito, não podendo a entidade sindical
cobrar qualquer valor em decorrência do seu exercício.
Para ter acesso à sede dos empregadores, os dirigentes sindicais devidamente credenciados
pelo Sindicato Profissional, deverão solicitar a visita, por escrito, com antecedência mínima de
48 (quarenta e oito) horas, justificando o pedido.
Por força desta convenção as empresas de segurança privada com sede (matriz ou filial), na
base territorial dos respectivos sindicatos convenentes para participarem das licitações públicas
nas modalidades de concorrência, tomadas de preços e carta-convite, promovida no Estado do
Espírito Santo, deverão apresentar ao contratante/licitante a Certidão de Regularidade Sindical
expedida pelos dois sindicatos (SINDESP/ES e SINDSEG-GV/ES).
Parágrafo 2°. A falta da certidão que trata este dispositivo ou sua apresentação com prazo de
validade vencido (que será de 30 (trinta) dias) permitirá as demais empresas concorrentes ou
mesmo as entidades sindicais convenentes alvejarem o procedimento licitatório por
descumprimento de convenção coletiva de trabalho.
Parágrafo 3°. As empresas alcançadas por este instrumento levarão ao conhecimento dos
tomadores de serviços o inteiro teor da presente convenção coletiva de trabalho, bem como das
variações salariais ocorridas durante sua vigência.
Disposições Gerais
As partes convenentes que são partes signatárias da Comissão de Conciliação Prévia do Setor
de Segurança Privada, inscrita no CNPJ sob o n° 07.856.998/0001-70, se comprometem a partir
de 01.01.2020 dar início aos trabalhos da CCP conforme Regimento Interno.
Parágrafo 1º. Fica ajustado entre as partes que antes de iniciar os trabalhos institucionais da
Comissão de Conciliação Prévia do Setor de Segurança Privada, os sindicatos convenentes
comunicarão ao Ministério do Trabalho e Emprego o local, a composição e o início das
atividades e fará ampla divulgação do local e horário de funcionamento.
Parágrafo 2º. Fica pactuado que todos os acordos coletivos e/ou individual deverão ser
celebrados entre as empresas e o sindicato laboral e serão firmados perante a Comissão de
Conciliação Prévia, com anuência do sindicato patronal.
Parágrafo 1º. Fica estabelecido que a cláusula penal do caput terá o seguinte rateio: 50%
(cinquenta por cento) para o trabalhador alcançado pela infração e 50% (cinquenta por cento)
para o sindicato profissional.
Parágrafo 2º. Para a aplicabilidade do caput, fica convencionado que a parte interessada na
cobrança da referida penalidade pecuniária, deverá obrigatoriamente notificar a outra, tida como
infratora, por escrito, indicando especificamente a cláusula convencional descumprida, sob pena
de inépcia.
Parágrafo 3º. Fica, desde logo, assinado o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados do
recebimento da notificação, que poderá ser enviada, inclusive para o e-mail indicado pela
empresa com confirmação de recebimento, para a parte tida como infratora sanar o fato gerador
da penalidade. Dentro do prazo, deve a parte notificada, comunicar, também por e-mail, se
assim desejar, o saneamento do fato gerador da penalidade ou apresentar justificativa sobre a
negativa da existência da infração.
Outras Disposições
Fica convencionado entre as partes o dia 20 de junho como sendo o "Dia do Vigilante".
A empresa gestora da cláusula do auxílio familiar poderá, quando solicitado pelo sindicato
laboral, após anuência do sindicato patronal, encaminhar, por e-mail, a ser indicado pelo
sindicato laboral, a relação de todos os empregados afastados tanto por auxílio doença quanto
por auxílio decorrente de acidente de trabalho.
EDIMAR BARBOSA
Presidente
SINDICATO DAS EMPRESAS DE SEGURANA PRIVADA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO
ANEXOS
ANEXO I - ATA AGE ENCERRAMENTO
Anexo (PDF)