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CCT 2013-2014

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31/07/2019 Mediador - Extrato Convenção Coletiva

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2013/2014

NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: RJ000694/2013


DATA DE REGISTRO NO MTE: 19/04/2013
NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR017584/2013
NÚMERO DO PROCESSO: 46215.009774/2013-12
DATA DO PROTOCOLO: 12/04/2013

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

TERMOS ADITIVO(S) VINCULADO(S)


Processo n°: 46215010558201310e Registro n°: RJ000736/2013

SINDICATO DAS EMPRESAS DE ONIBUS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - RIO ONIBUS, CNPJ n.
33.927.872/0001-59, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). LELIS MARCOS TEIXEIRA;

SINDICATO MUNICIPAL DOS TRABALHADORES EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE


URBANO DE PASSAGEIROS DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO - SMTEETUPM-RJ, CNPJ n.
10.635.706/0001-83, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE CARLOS SACRAMENTO
DE SANTANA;

celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho


previstas nas cláusulas seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE

As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º de março de 2013
a 31 de maio de 2014 e a data-base da categoria em 1º de junho.

CLÁUSULA SEGUNDA - ABRANGÊNCIA

A presente Convenção Coletiva de Trabalho abrangerá a(s) categoria(s) profissional dos condutores de
veículos rodoviários e trabalhadores em transportes urbanos de passageiros, com abrangência
territorial em Rio de Janeiro/RJ, com abrangência territorial em Rio de Janeiro/RJ.

SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO


PISO SALARIAL

CLÁUSULA TERCEIRA - REAJUSTE SALARIAL - PISO SALARIAL

Ficam estipulados os salários abaixo, a serem pagos a partir de 01 de março de 2013:

FUNÇÕES DIÁRIA MENSAL


MOTORISTA 59,33 1.779,87
MOTORISTA ARTICULADO E BIARTICULADO 71,19 2.135,84
MOTORISTA MICRO E MICROMASTER 59,43 1.512,89
COBRADOR 32,74 982,17
DESPACHANTE 59,33 1.779,87
FISCAL 38,70 1.160,89

§ 1º - O percentual de aumento para todos os demais empregados da categoria será de 10%, sobre os
salários percebidos em 28 de fevereiro de 2013, com vigência a partir de 1 de março de 2013.
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§ 2º - Os admitidos a partir de 30 de março de 2013, terão aumento proporcional aos meses trabalhados,
para evitar que o empregado mais novo perceba salário superior ao do mais antigo.

§ 3º As partes reconhecem que o exercício das atividades de “motorista”, “motorista articulado e


biarticulado” e “motorista micro e micromaster” exige experiência e habilitação especificas para cada
uma dessas categorias, justificando-se o piso salarial diferenciado ajustado no caput da presente
cláusula.

PAGAMENTO DE SALÁRIO – FORMAS E PRAZOS

CLÁUSULA QUARTA - PAGAMENTO MENSAL

O pagamento dos salários será mensal e como tal, anotado na CTPS do empregado, mediante folha de
pagamento sendo entregue comprovante da empresa em que se encontre discriminadamente, o valor
recebido e dos descontos efetuados. É vedado o desconto de valor que não esteja claramente identificada
a sua finalidade.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A SALÁRIOS, REAJUSTES, PAGAMENTOS E


CRITÉRIOS PARA CÁLCULO

CLÁUSULA QUINTA - ANTECIPAÇÃO QUINZENAL DOS SALÁRIOS

As empresas concederão aos Rodoviários, 40% (quarenta por cento) de antecipação salarial, até o dia 20
de cada mês.

CLÁUSULA SEXTA - INDENIZAÇÃO ESPECIAL

Para os empregados com contrato de trabalho de duração superior a 5 (cinco) anos ininterruptos na
mesma empresa será concedida, no caso de despedida sem justa causa, uma indenização especial em
valor equivalente a 30 dias de salário base, sem prejuízo do Aviso Prévio.

§ 1º - O valor da indenização especial será compensável com o valor dos dias acrescidos ao aviso prévio
proporcional a que fizer jus o empregado por aplicação da Lei 12.506/2011.

§ 2º - A indenização acima prevista não integrará a remuneração do empregado ou o seu tempo de


serviço para qualquer efeito.

GRATIFICAÇÕES, ADICIONAIS, AUXÍLIOS E OUTROS


OUTRAS GRATIFICAÇÕES

CLÁUSULA SÉTIMA - ADICIONAL DE FÉRIAS POR TEMPO DE SERVIÇO

As empresas concederão, de acordo com as condições adiante especificadas, um ADICIONAL de Férias


por Tempo de Serviço a ser pago de forma complementar ao adicional previsto do inciso XVII do art. 7º
da Constituição Federal, quando ocorrer à concessão de férias, ou mesmo em caso de dispensa, se
adquirido o direito, na seguinte proporção:

a) Os empregados com mais de cinco períodos aquisitivos de férias na empresa, três dos quais, no
mínimo, integrais, sem gradação decorrente de faltas ao serviço (CLT, art. 130), receberão a diferença da
aplicação de 1/3 previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, até completar 50% do salário
ou remuneração vigente no período concessivo das férias.

b) Os que tiverem mais de 10 (dez) períodos aquisitivos de férias na empresa, seis dos quais, no mínimo,
integrais, sem gradação decorrente de faltas ao serviço (CLT, art. 130), receberão a diferença da
aplicação de 1/3 (inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal) até completar 60% do salário ou
remuneração vigente no período concessivo das mesmas.

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§ 1º - O tempo de serviço para apuração das férias, será feito na data em que for completado o período
aquisitivo e o pagamento do adicional só será devido por período completo e vencido.

§ 2º - A diferença do adicional por Tempo de Serviço, concedido nestas condições, não integrará o
salário para nenhum efeito legal, ficando expressamente acordado que o mesmo tem a finalidade
indenizatória e exclusiva de proporcionar ao empregado, uma importância suplementar, para ajudá-lo no
custeio do gozo de suas férias.

§ 3º - O início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com sábado, domingo, feriados
ou dia destinado à folga, conforme disposto no Precedente Normativo nº 100, do TST.

§ 4º - As empresas se comprometem a observar o artigo 5º, item 4, da Convenção nº 132 da OIT,


segundo a qual as faltas ao trabalho por motivos independentes da vontade individual do empregado, tais
como faltas devidas e doenças devidamente comprovadas, a acidentes ou a licença para gestante, não
poderão ser computadas como parte das férias remuneradas anuais mínimas.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO

CLÁUSULA OITAVA - VALE ALIMENTAÇÃO

As empresas fornecerão mensalmente, aos Rodoviários, a partir de março/2013, Vale Alimentação de


livre aceitação no mercado, aos que tiverem no mês anterior, assiduidade durante o contrato vigente, no
valor mínimo de R$ 120,00 (cento e vinte reais), por mês para cada um, descontando do benefício,
como participação do empregado, a importância de no máximo R$ 20,00 (vinte reais).

§ 1º - Para fazer jus a percepção do ajustado na Cláusula, os empregados terão direito a DUAS faltas
injustificadas no mês, havendo, contudo, perda do benefício na hipótese de reincidência em falta
injustificada em dia de segunda-feira no mesmo mês, não se considerando como tal a ausência quando
esta for objeto de compensação.

§ 2º - Fica ajustado que a parcela acima a ser concedida, NÃO é considerada como salário IN NATURA
não possuindo caráter salarial e não se integrando, por isso, à remuneração do empregado, para nenhum
efeito legal.

§ 3º - O empregado que for admitido, o que retomar ao trabalho e tenha mais de 15 dias de serviço no
mês, caso atenda ao que consta no Parágrafo 1º, isto é, tenha a assiduidade necessária fará jus ao vale
alimentação. Também fará jus ao vale alimentação o empregado que estiver de Férias.

§ 4º - As Empresas que fazem parte do PAT, terão que fornecer o VALE ALIMENTAÇÃO,
indistintamente a TODOS os empregados da Categoria, como está ajustado na Cláusula e sem depender
da assiduidade, de restrições e do condicionamento do § 1º.

AUXÍLIO TRANSPORTE

CLÁUSULA NONA - PASSAGEM GRATUITA

É obrigatória a concessão de passagem gratuita nos ÔNIBUS URBANOS DE DUAS PORTAS, COM E
SEM AR CONDICIONADO, aos trabalhadores do setor de transportes coletivo; motoristas,
despachantes, cobradores e fiscais, em igualdade de condições com os demais usuários, desde que cada
trabalhador se apresente, no veículo em que viajar, com seu respectivo CARTÃO ELETRÔNICO
FUNCIONAL, obrigando-se a passar pelo validador e catraca para liberar sua passagem.

§ 1º - O CARTÃO ELETRÔNICO FUNCIONAL referido no caput desta Cláusula, pessoal e


intransferível, será fornecido ao funcionário com um crédito de 60 (sessenta) passagens gratuitas
mensais, para atendimento dos seus deslocamentos casa x trabalho x casa.

§ 2º - Caso o funcionário necessite, mensalmente, utilizar uma quantidade maior de passagens que a
estabelecida no parágrafo antecedente, deverá se dirigir ao Departamento Pessoal de sua empresa,

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comprovando, expressamente, tal necessidade, para que seja providenciado o aumento do crédito mensal
solicitado.

§ 3º - O CARTÃO ELETRÔNICO FUNCIONAL, ao ser fornecido pela primeira vez ao funcionário da


Empresa, o será gratuitamente. Em caso de perda ou extravio deste, a Empresa poderá cobrar o seu
ressarcimento. Porém, este não poderá ser superior ao equivalente a 10 (dez) vezes ao valor da passagem
Modal.

§ 4º - O direito à passagem gratuita, nas mesmas condições acima, será também concedido em
microônibus sem ar condicionado, nas linhas que operam exclusivamente com microônibus, até o limite
de 3 (três) beneficiários no horário entre 6 (seis) e 21 (vinte e uma) horas.

§ 5º - Também será concedido o direito à passagem gratuita nos microônibus nas linhas que operam sem
ar condicionado, exclusivamente, no horário entre 21 (vinte e uma) e 6 (seis) horas, em quantidade
superior ao limite previsto no § 4º.

§ 6º - Os beneficiários de passagem gratuita, nos termos da presente cláusula, manterão o referido


direito, nas hipóteses de (a) - afastamento em gozo de auxílio doença e (b) - rescisão do contrato de
trabalho por iniciativa da empresa, sem justa causa, pelo prazo de 30 dias contados, respectivamente, a
partir do (a) - início do afastamento em benefício previdenciário e (b) - da data da rescisão sem justa
causa.

OUTROS AUXÍLIOS

CLÁUSULA DÉCIMA - DIA DOS RODOVIÁRIOS - 25 DE JULHO

Fica reconhecido o dia 25 de julho de cada ano, como o Dia do Rodoviário. As empresas remunerarão
em dobro os Motoristas, Cobradores e Despachantes, Fiscais e aos demais membros da categoria dos
Rodoviários que trabalharem neste dia.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - UNIFORME

As Empresas fornecerão o uniforme, de uso obrigatório em serviço nos termos da legislação pertinente,
e, ainda, uma jaqueta, aos seus empregados MOTORISTAS, COBRADORES, DESPACHANTES e
FISCAIS.

§ 1º - O fornecimento de uniforme far-se-á na seguinte conformidade:

a) a cada 6 (seis) meses, com início no mês de junho: 2 (duas) camisas na cor azul claro e 1 (uma) calça
na cor preta;

b) anualmente, no mês de junho, 1 (uma) jaqueta de cor azul marinho, e, no mês de dezembro, 1 (um)
par de sapatos pretos.

§ 2º - É de responsabilidade exclusiva dos empregados a manutenção e conservação dos uniformes


fornecidos assim como a substituição do mesmo em caso de perda ou inutilização.

APOSENTADORIA

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - PRÉ APOSENTADORIA

Fica assegurado ao empregado que estiver às vésperas da aposentadoria, isto é, no período de 01 (um)
ano anterior ao prazo mínimo para sua obtenção VOLUNTÁRIA, a garantia de emprego de até 12
(doze) meses, contados da data em que comunicar por escrito ao empregador sua intenção de aposentar-
se, limitado até a data em que complete aquele prazo mínimo necessário à aposentadoria.

§ 1º - Dentro do prazo acima ou do que restar dele, se interessar ao empregador rescindir o pacto laboral,
poderá fazê-lo, mesmo sem Justa Causa. Nesse caso, ficará responsável apenas pelo pagamento das
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Contribuições Previdenciárias, como se fora este CONTRIBUINTE FACULTATIVO, pelas cotas


correspondentes ao empregado e ao empregador, com base no último salário percebido na empresa,
aplicados, a partir do afastamento, todos os aumentos da categoria, até que se complete o prazo mínimo
para a aposentadoria.

§ 2º - A responsabilidade do ressarcimento dos recolhimentos das cotas Previdenciárias, ficará limitada


ao período de 12 (doze) meses ou do que restar dele, CONDICIONADA à apresentação do respectivo
comprovante da guia de recolhimento.

CONTRATO DE TRABALHO – ADMISSÃO, DEMISSÃO, MODALIDADES


OUTROS GRUPOS ESPECÍFICOS

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - O COFRE

É obrigatório à colocação do dinheiro da féria no cofre dos veículos que tiverem o aludido equipamento,
ficando em poder do Cobrador, apenas, a importância equivalente a 20 vezes o valor da passagem
MODAL, vigente na linha em que estiver operando. As empresas fornecerão, diariamente, dinheiro
trocado aos Cobradores, para facilitar sua tarefa.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - FUNÇÃO DE DESPACHANTE

As linhas regulares com mais de 20 (vinte) carros terão a presença obrigatória de DESPACHANTE nos
pontos de rendição.

RELAÇÕES DE TRABALHO – CONDIÇÕES DE TRABALHO, NORMAS DE


PESSOAL E ESTABILIDADES
NORMAS DISCIPLINARES

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - COMUNICAÇÃO DE PENALIDADES

A chamada do trabalhador ao escritório, por qualquer motivo, inclusive quando se tratar de PUNIÇÕES,
deverá ser feita fora do horário de trabalho, a fim de que não fique prejudicada a sua jornada de trabalho
e a sua folga. Caso não se trate de SUSPENSÃO como punição ou despedida, deverá o mesmo trabalhar
no dia seguinte, mediante expressa autorização por escrito, fornecida pela Empresa.

Parágrafo Único - As punições disciplinares aplicadas pelas empresas deverão ser comunicadas por
escrito, inclusive quanto à natureza da falta, para que os empregados possam adotar as medidas
adequadas à defesa de seus interesses.

OUTRAS NORMAS REFERENTES A CONDIÇÕES PARA O EXERCÍCIO DO TRABALHO

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - ESCALAS MENSAIS

As empresas se obrigam a afixar nas garagens e pontos de rendição AS ESCALAS MENSAIS,


abrangendo todos os turnos com os respectivos horários, respeitando as que já o faziam semanalmente.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - TRABALHO DA MULHER

Fica assegurado o acesso da mulher ao trabalho, sem restrições que não as legais, nas funções integrantes
da categoria profissional representada.

OUTRAS NORMAS DE PESSOAL

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - ATESTADO DE AFASTAMENTO E SALÁRIO

Por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, as empresas se comprometem, desde que o empregado
solicite, a fornecer o Atestado de Afastamento e Salário (AAS) para fins Previdenciários e a declaração
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de Rendimentos para fins de Imposto de Renda.

§ 1º - As empresas fornecerão ao sindicato profissional, sempre que este solicitar, cópias das guias de
recolhimento das contribuições sindical, confederativa e assistencial, bem como da devida relação dos
seus empregados.

§ 2º - As empresas se obrigam a encaminhar ao Sindicato Profissional uma cópia da RAIS, para efeito de
programação de projetos assistenciais a serem por ela desenvolvidas, durante a vigência do instrumento
normativo.

JORNADA DE TRABALHO – DURAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, CONTROLE, FALTAS


DURAÇÃO E HORÁRIO

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - HORÁRIO DE TRABALHO

Considerando as características singulares das atividades afetas ao pessoal de tráfego (motoristas,


cobradores e despachantes), exercidas em via pública e sujeitas ao princípio da continuidade, própria dos
serviços públicos essenciais, fica assegurada a manutenção, para aquele pessoal, do sistema de “pegada
única”, que, no entendimento comum das partes, proporciona ao pessoal de tráfego melhores condições
de trabalho com reflexo positivo para a saúde e segurança, inclusive com maior tempo para o convívio
familiar.

§ 1º. A duração do trabalho semanal do pessoal de tráfego (motoristas, cobradores e despachantes) será
mantida em 42 horas.

§ 2º. As partes, com base na Lei nº 12.619/2012, mais precisamente com a inserção do parágrafo 5º do
art. 71 da CLT, ajustam que o intervalo intrajornada será gozado de forma fracionada, nas paradas finais
de cada viagem, com duração nunca inferior a 5 minutos em cada qual. No curso dos intervalos
fracionados nenhum trabalho será exigido, nada obstante serem computados na jornada de trabalho e
como tal remunerados.

§ 3º. Ajustam, ainda, que a possibilidade de fracionamento do intervalo, na forma da lei mencionada no
parágrafo anterior, persistirá no caso de prorrogação da jornada de trabalho, inclusive quando decorrente
de circunstâncias de trânsito que impeçam o cumprimento regular da jornada.

§ 4º Os fiscais e os demais empregados exercentes de cargos não referidos no caput desta cláusula, serão
mantidos no regime normal de 44 horas semanais.

PRORROGAÇÃO/REDUÇÃO DE JORNADA

CLÁUSULA VIGÉSIMA - PRORROGAÇÃO E COMPENSAÇÃO

A jornada de trabalho poderá ser prorrogada até o máximo de 2 (duas) horas diárias (art. 59, CLT)
mediante compensação das horas prorrogadas com a correspondente redução da jornada no curso de um
ou mais dias do mesmo mês, sem prejuízo do Descanso Semanal, mediante escala.

§ 1º - As horas trabalhadas que excedem a jornada de 7 horas e que não forem compensadas até o final
do mês serão pagas como extraordinárias junto com o salário mensal correspondente.

§ 2º - O dia em que o empregado, embora escalado para trabalhar, for dispensado do trabalho não poderá
ser utilizado para efeito de compensação prevista nesta cláusula, isto é, a compensação só ocorrerá
mediante escala.

CONTROLE DA JORNADA

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA - GUIAS DE SERVIÇO

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As empresas deverão anotar corretamente as Guias Ministeriais (Port. Min. nº 03/52 e


Lei 12.619/2012) consignando nas mesmas os horários da jornada cumprida no tráfego. Deve ser levado
em conta que é considerado início de jornada em cada turma, o horário de chegada do empregado para o
qual foi escalado.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA - COBRADORES. ENCERRAMENTO DE JORNADAS

Aos cobradores, após a prestação de contas da féria do dia e o consequente encerramento da jornada, as
empresas se obrigam a fornecer declaração de contas, no ato. Não o fazendo, perderão o direito de
reclamar ou reaver a diferença, salvo se houver erro de cálculo.

Parágrafo Único - Além do tempo necessário para o deslocamento – se houver – serão acrescidos 10
(dez) minutos, que á para cobrir o período médio na prestação de contas da féria do dia.

OUTRAS DISPOSIÇÕES SOBRE JORNADA

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - CONDIÇÕES ESPECIAIS

Tendo em vista os problemas e obstáculos de natureza técnica, operacional, financeira e jurídica


levantadas e reconhecidas pelo grupo de trabalho, entre os quais o compromisso de evitar excesso de
horas extras, as partes resolvem acordar que a jornada dos Motoristas, Cobradores e Despachantes deve
ser considerada como tempo compatível para a jornada a partir do período em que comparecerem de
acordo com os horários para o qual tenham sido escalados. E, se ficarem aguardando, por qualquer
motivo, o apresto ou chegada dos veículos em que irão trabalhar, terão direito à remuneração por hora ou
fração. Não será esse tempo de espera, entretanto, computado de forma a prejudicar a folga. Para os
Despachantes, a jornada de trabalho será computada a partir do início efetivo da jornada de trabalho.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - HORAS EXTRAS

As Horas Extras diárias que somente poderão ser exigidas na forma da lei, em casos excepcionais de
necessidade de serviço, notadamente para término de serviço iniciado e de conclusão inadiável, terão
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) nas duas primeiras e 100% (cem por cento) nas demais, do dia.

FÉRIAS E LICENÇAS
DURAÇÃO E CONCESSÃO DE FÉRIAS

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA - ESCALA DE FÉRIAS

As empresas fixarão em seus quadros de avisos, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias a
ESCALA de férias anuais de seus empregados.

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR


CONDIÇÕES DE AMBIENTE DE TRABALHO

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEXTA - BANHEIROS NOS TERMINAIS

Com o objetivo de oferecer melhores condições de higiene para o pessoal do tráfego, as partes
convencionam que envidarão esforços junto ao Poder Público no sentido de instalar sanitários nos
Terminais Rodoviários e pontos de rendição.

CIPA – COMPOSIÇÃO, ELEIÇÃO, ATRIBUIÇÕES, GARANTIAS AOS CIPEIROS

CLÁUSULA VIGÉSIMA SÉTIMA - ELEIÇÃO DE CIPA


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As empresas comunicarão ao Sindicato obreiro a data da realização da eleição da CIPA enviando à


entidade profissional, a cópia do Edital da Convocação dentro de 48 horas após a sua publicação.

OUTRAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO ACIDENTADO OU DOENTE

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - AUXÍLIO DOENÇA - GARANTIA DE EMPREGO

Fica assegurada a garantia de emprego por 30 (trinta) dias, ao empregado que retorne ao trabalho após a
concessão de benefício pelo INSS.

Parágrafo Único – A previsão de garantia de emprego acima, é concedida, sem prejuízo do disposto no
Art. 118 da Lei 8213/91.

RELAÇÕES SINDICAIS
REPRESENTANTE SINDICAL

CLÁUSULA VIGÉSIMA NONA - COMISSÃO MISTA

Dentro de 30 (trinta) dias as Diretorias dos Sindicatos convenentes indicarão os representantes de cada
Sindicato para a Comissão Mista Paritária composta de até 10 (dez) membros, perfazendo até cinco
representantes de cada lado, para análise e decisão sobre a aplicação do acordo. Os membros e
representantes do Sindicato dos Trabalhadores terão garantia de emprego durante a vigência da
Convenção Coletiva, desde que em efetivo exercício, e terão os dias de reunião abonados. A nomeação
dos membros da Comissão só será feita após troca de ofício entre os Sindicatos, que ajustarão o
funcionamento e a regulamentação de suas funções.

§ 1º - A Comissão Mista Paritária se instalará no prazo de 30 (trinta) dias, contados do final das
indicações de seus membros.

§ 2º - Cada Diretoria das Entidades convenentes, caso haja necessidade, poderá substituir membro por
ela indicado, comunicando a outra parte previamente, sucedendo o substituto ao substituído em todos os
direitos e obrigações.

LIBERAÇÃO DE EMPREGADOS PARA ATIVIDADES SINDICAIS

CLÁUSULA TRIGÉSIMA - LIBERAÇÃO DE DIRIGENTE SINDICAL

As empresas assegurarão a freqüência livre dos dirigentes sindicais, regularmente eleitos nos
quantitativos previstos em lei, para participarem de assembléias e reuniões sindicais devidamente
convocadas e comprovadas, sem que isto configure falta ao serviço.

Parágrafo Único. O pedido de licença, para os efeitos do caput desta cláusula, será feito com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, mediante requisição da entidade profissional dirigida
à empresa, que poderá negá-la se não comprovada a regular convocação da assembléia ou reunião.

CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS

CLÁUSULA TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DESCONTO DE MENSALIDADE

As empresas descontarão mensalmente, nas folhas de pagamento de seus empregados sindicalizados, e


desde que assim tenha autorizado expressamente (CLT, art. 545, caput), as mensalidades sociais,
recolhendo-as do Sindicato Profissional até o quinto dia útil subseqüente ao do desconto.

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31/07/2019 Mediador - Extrato Convenção Coletiva

Parágrafo Único – O sindicato profissional notificará as empresas, expressamente, dos nomes, valores e
condições aprovados e autorizados para a efetivação do desconto mencionado na Cláusula (CLT, art.
545, caput).

CLÁUSULA TRIGÉSIMA SEGUNDA - CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL

As empresas descontarão da folha de pagamento de seus empregados, desde que não haja expressa
manifestação de discordância apresentada ao sindicato profissional e comprovada perante o empregador,
até o dia 15 de julho de 2013, a contribuição negocial aprovada e fixada pela Assembléia Geral
Extraordinária da Entidade Profissional, no valor equivalente a 01 (um) dia de salário básico do mês de
julho de 2013.

Parágrafo Único – Em caso de demanda judicial relativa ao desconto acima referido, o sindicato
profissional assumirá o pólo passivo da ação e as responsabilidades dela decorrentes.

DISPOSIÇÕES GERAIS
OUTRAS DISPOSIÇÕES

CLÁUSULA TRIGÉSIMA TERCEIRA - RESCISÕES

Antes de ingressar na Justiça reivindicando os seus direitos trabalhistas, qualquer que seja o motivo da
demissão, em cinco dias depois de solicitada pelo Sindicato, a empresa em conjunto com a entidade,
buscará fórmulas para superar e resolver o impasse.

§ 1º - Nas rescisões ocorridas por iniciativa da Empresa, esta dará baixa na CTPS do empregado, no ato
da demissão.

§ 2º - Todas as demissões de empregados, independente de sua natureza, deverão, preferencialmente, ser


homologadas no Sindicato.

§ 3º - Nas demissões motivadas por justa causa, o empregado despedido será informado, por escrito, dos
motivos da dispensa.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUARTA - PLANO DE SAÚDE

Os Sindicatos convenentes promoverão estudos no sentido de implantação de plano coletivo de saúde


por adesão, com custeio exclusivo pelos funcionários e buscando a maior economicidade baseada na
maior quantidade possível de aderentes empregados das empresas do segmento econômico.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA QUINTA - REVOGAÇÕES

Fica revogada a cláusula Décima Quarta da Convenção Coletiva anterior, extinguindo-se, assim, a figura
do Motorista Junior. Revogam-se, ainda, expressamente, as cláusulas Trigésima Quarta e Trigésima
Quinta da mesma Convenção, além das outras cláusulas que não estão contempladas no presente
instrumento.

As cláusulas da Convenção anterior que tiveram a sua redação alterada na presente, por cláusula de
mesma natureza e objeto, ficam por estas formalmente substituídas.

LELIS MARCOS TEIXEIRA


PRESIDENTE
SINDICATO DAS EMPRESAS DE ONIBUS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - RIO ONIBUS

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31/07/2019 Mediador - Extrato Convenção Coletiva

JOSE CARLOS SACRAMENTO DE SANTANA


PRESIDENTE
SINDICATO MUNICIPAL DOS TRABALHADORES EMPREGADOS EM EMPRESAS DE TRANSPORTE URBANO DE
PASSAGEIROS DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO - SMTEETUPM-RJ

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