Lynda Chance - Uma Amante Inesperada
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Lynda Chance
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Sinopse:
Mas por quanto tempo essa situação pode ser mantida, quando é um erro
desde o início?
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Uma Amante Inesperada
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Capítulo Um
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E pelo que havia lido até agora, o preço certo era cerca de três mil por mês.
Esse era um valor que ele poderia muito bem se dar o luxo de pagar, se quisesse
realmente fazer isso.
Ele não estava visitando um simples site de namoro, não, longe disso, o site que
estava olhando não era tão socialmente aceitável quanto esse, naquele momento
estava em um site de 'disposição'.
Era um site para homens que estavam mais do que dispostos a pagar pela
companhia de uma mulher e as mulheres, por sua vez, não se importavam em ser
pagas para sair com eles. Não se tratava de prostituição. É claro que não era, afinal,
isso era algo ilegal no seu estado.
O que tornava o site completamente legal era o uso do termo
"relacionamento" consensual entre duas pessoas.
O termo técnico era um monte de merda, mas ele não se importava, porque
isso no momento era algo que lhe convinha.
Ele estava doente e cansado de ter que sair para encontrar sexo. Tinha vinte e
oito anos e nos últimos doze meses essa era a primeira vez, desde a faculdade, que ele
estava sozinho.
O ano passado havia sido o inferno puro e absoluto, havia perdido a sua
esposa, após completar cinco anos de casados em um acidente de carro. Isso havia
acontecido há doze meses e era algo que ele queria colocar dentro de uma gaveta e
nunca pensar.
Na verdade, estava se recusando a pensar nisso desde que aconteceu o
acidente e não se tratava de estar em negação, pois sabia que Val tinha ido embora
para sempre, mas apenas o fato de saber que nada mudaria, independente de passar
todas as horas do seu dia desejando, pensando ou até mesmo tentando orar.
Isso já havia acontecido por vários e vários meses, mas a Val continuava morta
e ele vivo, sozinho e com uma vida que mais parecia uma tigela fumegante de merda.
Tudo o que havia lido sobre aquele tema era a mais pura besteira, sendo que o
que estava no topo delas era: melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado.
Ele tinha absoluta certeza de que quem havia escrito aquela merda nunca havia
passado pelo fato de ter uma mulher que amava muito e de repente puf! Desaparecer
em um segundo da sua vida.
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Apesar de ter tido um casamento bom e decente não significava que queria
passar por aquilo novamente.
Não, tudo o que ele queria agora era sexo sem compromisso, em grande
quantidade, como se fosse uma tranquila torneira onde pudesse ligar e desligar a
chave sem que ela espere nada dele em troca.
Nada em troca... exceto dinheiro.
Esse era exatamente o tipo de ‘relacionamento’ que estava procurando, apenas
o dar e receber, onde ambos mutuamente ficariam satisfeitos e fim de papo.
Agora ele só precisava encontrar a mulher certa para o trabalho.
Ele passou a hora seguinte selecionando até que finalmente limitou a três
possíveis candidatas.
Antes que pudesse voltar atrás disparou três e-mails e esperou para ver que
tipo de respostas receberia.
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Agora ela não tinha uma bolsa de estudos e nenhuma tábua de salvação a sua
disposição, pois não tinha a opção de solicitar um empréstimo estudantil como os
outros alunos.
Não, pois a sua própria mãe havia lhe garantido isso.
Ela tinha arruinado qualquer chance de crédito para Jessica antes que ela
completasse os seus quinze anos.
Sua mãe neste momento se encontrava em uma prisão federal por fraude, mas
não antes de defraudar a própria filha e realizar todos os seus outros golpes que
constavam em sua lista de execução até ser apanhada pela policia.
Mas isso não ajudou Jessica de qualquer forma, afinal ela havia assinado
voluntariamente todos os papéis que a sua mãe havia colocado na sua frente durante
todos aqueles anos de convivência com ela.
Que criança não confiava em sua mãe quando a mesma lhe garantia que
aquele era o único jeito de ficar fora do sistema de serviço social?
Ela deu um suspiro trêmulo e recolheu as suas coisas, afinal não podia se sentir
abatida ainda, tinha que encontrar outra maneira, pois neste momento estava muito
perto de atingir seus objetivos e ter uma graduação.
Sua média geral ainda era muito boa, se tivesse que viver durante as próximas
semanas entre o escritório responsável pelas bolsas de estudo e a assessoria
acadêmica, ela o faria.
Tinha que haver outros tipos de bolsas de estudo, além daquela que havia
acabado de escorregar por entre seus dedos.
Ela não era nada se não uma sobrevivente e tudo o que precisava era de
dinheiro suficiente para seguir mais um semestre.
Um semestre de cada vez.
Isso era tudo o que ela precisava, tudo o que precisava fazer era se concentrar
naquele momento.
Certamente, ela conseguiria encontrar dinheiro suficiente para mais um
semestre, maldição.
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Algo murchou e morreu dentro dele enquanto retirava a sua mão e fazia sinal
para o garçom.
- A conta, por favor.
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para o jantar hoje à noite, nem sequer um misero miojo. Não posso mais fazer as
minhas refeições no refeitório.
Outro choque de angústia bateu sobre Jéssica quando ela pensou sobre o quão
perto estava em não ter mais uma refeição. Apesar da comida no refeitório não ser
grande coisa, era algo nutritivo.
Essa era apenas mais uma coisa que iria desaparecer em poucos dias, agora que
a sua bolsa havia sido suspensa.
- Não, você não vai morrer de fome. Os caras estão grelhando neste momento
um monte de hambúrgueres e mesmo que você não queira ir comigo até lá, sabe o
que deve fazer.
A voz de Allison se animou e um brilho de excitação apareceu em seus olhos.
- Há apenas uma regra quando se é mulher e você pode conseguir isso de
graça.
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Cinco horas após aquela conversa, Jéssica se inclinava contra a parede no canto
de uma sala enorme, segurando na mão uma cerveja que há muito tempo havia
esquentado.
Seu rosto e seus olhos pareciam estar fixos em apenas uma direção, mas seu
estômago estava amarrado em nós, sua mente estava em choque enquanto se
concentrava em espionar duas meninas do grêmio que estavam paradas a alguns
metros de distância dela, conversando de uma forma sussurrada.
- Estou lhe dizendo, Melanie conhece uma garota que fez isso. O cara lhe pagou
a taxa de matrícula.
- Você está falando sério?
- Sim. Há uma indústria nova surgindo na Internet e evidentemente, existem
vários sites divulgando o produto. Eles combinam o encontro com os interessados, é
como tirar doce de uma criança.
- Isso é prostituição.
- Não tecnicamente. Moralmente, sim, talvez. Mas não é contra a lei.
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Mais tarde, naquela mesma, noite ela se sentou na biblioteca em frente ao seu
computador favorito com o coração batendo alto em seus ouvidos. Não havia levado
muito tempo para fazer uma pesquisa sobre o assunto que as meninas do grêmio
estavam discutindo e agora estava ali apenas sentada tentando entender o que estava
escrito na tela do computar e principalmente, no que ela estava pensando em fazer.
Será que conseguiria fazer isso?
Será que conseguiria dormir com um cara em troca de uma restituição
financeira?
Ela não se importava com o que tinha ouvido no início da noite, aquilo soava
para ela como prostituição.
Será que conseguiria se prostituir em troca do seu diploma universitário?
Ela queria muito dizer que não, que era melhor do que isso, mas várias imagens
insidiosas começaram a surgir em sua cabeça como se fosse um filme. Eram imagens
vagas de seu futuro sem um diploma universitário, sem nenhum sistema de apoio da
sua família e sem nenhuma linha de crédito disponível.
Era desesperador saber que jamais poderia comprar um carro.
Teria que passar o resto da sua vida trabalhando em um restaurante fast food
próximo o suficiente de sua casa para que pudesse ir sem precisar de um transporte.
Em seguida, outra imagem lhe veio à mente, era uma memória de uma das
festas realizada pela fraternidade. Lembrava de várias meninas bêbadas saindo de
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diversos cantos escuros com os caras da festa. Como ela e Allison haviam chegado
cedo, Jessica começou a registrar toda aquela movimentação. A maioria delas havia
chegado com outras meninas e não tinham qualquer tipo de relacionamento a longo
prazo com os caras da fraternidade, pelo menos, nada divulgado.
O que ela testemunhou era apenas sexo sem compromisso ou conexões
temporárias.
Vários casais se afastavam da multidão sorrateiramente em direção aos quartos
no andar de cima até que todos estivessem totalmente preenchidos, porém Jéssica
percebeu que em todos os cantos da casa havia pessoas nas preliminares esperando
pela liberação de um quarto.
Apesar que o álcool fluía livremente naquela festa, ela ficou completamente
sóbria, não era só porque que detestava cerveja ou qualquer outro tipo de bebida
alcoólica, mas havia se mantido sóbria o suficiente para ouvir e lembrar de toda aquela
conversa.
Por causa disso, agora estava sentada na biblioteca lutando com todas as suas
forças contra a sua própria consciência.
Era assim que a maioria das outras meninas agia, elas apenas ficavam com os
caras, sem nenhum compromisso, até mesmo a Allison agia dessa forma, apesar de
tentar o seu melhor para nunca julgá-la por seu comportamento.
Quando Jéssica conheceu a Allison, ela tinha um namorado, mas isso não durou
muito tempo e agora ela entendia o fato dela ter ficado com todos os noves caras que
havia saído no último mês. Mesmo assim Allison ainda era virginal em comparação
com as outras meninas, ela ainda tinha um longo caminho a percorrer para ser igual as
demais.
Jéssica não havia se enganchado com nenhum um único indivíduo durante todo
tempo em que estava na faculdade.
Agora a sua mente estava se enchendo de razões e justificativas para o que
estava pensando em fazer.
Se Allison conseguia dormir com nove caras diferente em um mês sem
nenhuma consequência, porque ela não poderia ficar apenas com um?
Será que essa situação toda era algo assim tão ruim?
Será que realmente isso a tornaria uma prostituta ou uma vagabunda?
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E se ela gostasse dele, por que diabos deveria se preocupar com a opinião dos
outros?
E para falar a verdade, ela não pretendia contar a ninguém e muito menos fazer
propaganda disso na universidade.
Talvez até tivesse muita sorte e acabaria encontrando um homem limpo,
agradável, respeitoso e agradecido.
Um conto de fadas começou a se formar em sua mente e apareceu de repente
um homem rico e bonito, mas antes que pudesse ir longe demais, desligou aquele
pensamento, sabendo que estava apenas sendo louca e ridícula.
Ela mordeu o lábio e rapidamente criou um perfil no site, antes que pudesse
desistir. Ela adicionou uma foto de si mesma que estava em seu celular, configurou
uma conta através de um e-mail anônimo e digitou um perfil o mais rápido que pôde.
Uma grande onda de inquietação se espalhou por ela, mas acabou ignorando,
afinal não tinha a obrigação de aceitar qualquer coisa, aquilo era apenas uma
brincadeira, até mesmo um experimento.
Mas enquanto se afastava da biblioteca sentiu uma forte náusea.
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Connor repetia para si mesmo que só iria olhar mais uma vez. Ele daria ao
maldito site mais uma chance, apenas isso, se nada de bom resultasse na sua última
pesquisa, teria que ficar sentado em um bar no centro da cidade neste fim de semana.
Mas assim que acessou a sua conta quase imediatamente foi atingido por um
espiral de desejo tão forte que o chocou.
Notou como a menina do anúncio era nova, assim como a sua conta que havia
sido criada na noite anterior, pelo que havia aprendido desde que criou a sua conta
naquele site, as garotas novas estavam sempre em alta demanda, principalmente se
fossem como aquela, aparentemente bonita.
Ele não conseguia dizer o quão bonita ela era, porque havia postado uma foto
muito indefinida em seu perfil, mas havia algo sobre a curva delicada na sua mandíbula
que o fazia querer ver pessoalmente o resto. Seu cabelo tinha o comprimento médio e
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uma cor comum, mas estava cortado em um ângulo que emoldurava as linhas de seu
rosto e parecia ser muito sedoso e suave. Isso lhe causou uma forte necessidade de
pegar uma mecha, enrolá-la com força entre os dedos.
Ele estudou um pouco mais a sua foto, notando uma ligeira curva para cima de
seu nariz pequeno, ao mesmo tempo em que se perguntava o porquê dela não ter
postado uma foto de corpo inteiro.
É claro que ele só tinha postado uma única foto em seu perfil, mas havia agido
daquela maneira por uma questão de garantir o seu anonimato. Assim, a razão dela
agir dessa forma tinha que ser uma de duas coisas, ou ela não se considerava bonita o
suficiente para competir com todas as outras mulheres do site, ou estava assim como
ele buscando o anonimato, querendo permanecer incógnita na Internet no caso de
alguém conhecido ver a foto dela.
Então, qual seria realmente a opção correta?
Ela parecia bonita o suficiente para superar a maior parte das outras garotas,
de acordo com a pequena amostra revelada através da sua foto, porém a questão
continuava a lhe perturbar, obrigando a descobrir o porquê dela manter aquilo em
segredo.
Tinha que ser a resposta mais óbvia de todas. Ela estava desconfortável em
fazer isso.
Inferno, ele também estava desconfortável em fazer isso.
Ele continuou a deslizar a barra de rolagem para baixo da página, porém não
viu mais ninguém novo ou interessante.
Franzindo a testa rolou a tela de volta até que o cursor descansava sobre seu
rosto novamente. Ele sabia que se ela era algo novo e interessante para ele, também
seria interessante para centenas de outros homens, caso não agisse sobre isso
rapidamente, ela acabaria escolhendo outra pessoa.
Ele disparou um e-mail para ela.
Estava feito.
Essa seria a última chance que daria aquele tipo particular de exploração
sexual.
Agora, tudo o que tinha a fazer era esperar pela sua resposta.
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Pela primeira vez desde que abriu o seu e-mail parou por um momento e leu
com toda atenção às informações disponíveis em seu perfil.
Ele falava que tinha vinte e oito anos e era solteiro.
Ok, ele era um pouco mais velho do que ela, mas ela já esperava algo desse
tipo e não os tipos anteriores que eram tão antigos quanto habitantes da caverna.
Ele tinha os cabelos escuros com um corte bem severo ao redor do crânio e
assim como ela, mostrava apenas uma foto de perfil, o que não facilitava vê-lo
diretamente.
Seus lábios estavam cheios, porém uma de suas sobrancelhas mostrava uma
inclinação sobre um olho que não continha nenhuma sugestão de um sorriso. Assim
como o resto do seu rosto.
Não havia nenhum sorriso.
Ok, ele realmente era um cara muito bonito e aparentemente muito infeliz.
Ela leu a linha em que seus perfis combinavam.
Companheirismo é tudo o que espero.
Jéssica guardou aquilo em seu cérebro, pois era um aviso previamente escrito sob a
forma de uma linha de marcação.
Ela verificou os e-mails restantes e encontrou mais modelos de homens velhos,
nojentos ou brutos.
Ou todos os três ao mesmo tempo.
Ao voltar para o cara mais novo, ficou um tempo estudando as suas feições.
Aquela advertência soava muito forte para ela e de repente sentiu vontade de saber o
que todos aqueles velhotes haviam colocado que esperavam dos seus parceiros, afinal,
todo mundo tinha que colocar as suas pretensões ao criar as suas contas, então
começou a ler cada uma delas para comparar com a daquele cara.
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Capítulo Dois
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O lugar era casual chique e ficou aliviada ao notar que as roupas que estava
usando eram mais do que aceitável.
Jéssica já havia pensado sobre o que falaria quando entrou, então se dirigiu até
a recepcionista e lhe falou que estava em um encontro às cegas e que o nome do cara
era Connor.
A garota a olhou nos olhos e assentiu.
- Sortuda.
Ok, então.
Pelo menos por enquanto, tudo bem.
Esse comentário soou mais do que otimista e Jéssica seguiu a menina se
recusando a tremer quando o encontrasse.
Ela tinha que ser forte, não importava a onda de trepidação que estava
passando correndo através da sua corrente sanguínea naquele instante.
Trinta segundos depois a anfitriã estava mostrando a ela uma mesa e o homem
sentado lá ficou de pé imediatamente.
A primeira coisa que ela notou era que ele era cortês diante daquela respeitosa
ação. Em seguida, Jéssica engoliu profundamente quando olhou para ele, pois a sua
impressão sobre ele a partir da sua imagem no perfil estava totalmente correta.
Ele era extremamente bonito.
E mesmo agora, não estava sorrindo.
Desta forma ela não sorriu para ele, também, apenas apertou a sua boca em
uma linha determinada, assentiu com a cabeça uma vez para ele, para depois tomar o
seu lugar.
A anfitriã lhe entregou um menu e dedicou um último olhar para o homem
sentado à sua frente ao se afastar da mesa.
Jéssica não se sentia confortável olhando diretamente para Connor sabendo o
que precisava fazer com ele, ainda se sentia muito frágil por dentro com toda aquela
situação, então acabou abrindo o menu para parcialmente se esconder atrás dele
enquanto fingia examinar as opções de comida.
Mas na realidade todas as palavras que olhava haviam se transformado em
borrão, enquanto o conhecimento de que aquele homem do outro lado da mesa com
toda a probabilidade queria ter relações sexuais com ela explodia em seu cérebro.
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Ainda por cima, podia sentir seus os olhos escuros sobre ela.
Depois de alguns segundos ele falou.
- Você é uma policial?
Ela ergueu a cabeça ao mesmo tempo em que sentia mais uma onda de mal-
estar ao lhe encontrar a observando tão atentamente.
- Não e você?
- Não.
Ela notou que ele ficou apenas olhando para ela por mais um momento, para
em seguida, baixar os olhos de volta para o seu menu.
Ela permitiria que ele assumisse a liderança naquele encontro, pois não tinha
absolutamente nenhuma maldita ideia do que diabos deveria fazer ali.
- O que você gostaria de beber?
Sua voz era profunda e enviava um grande terremoto que repercutia por todo o
seu sistema nervoso.
Ela não teve coragem de olhar para cima ao lhe responder.
- Uma Coca-Cola Diet, por favor.
Seguiu um momento de silêncio desconfortável, mas logo em seguida, ele falou
de novo.
- Isso se tornaria mais fácil se você tomasse algo mais forte.
Mais uma vez ela não olhou para cima.
- Eu sinto muito, mas não gosto do sabor do álcool e ainda não tenho vinte e
um anos.
- Quantos anos você tem? - Perguntou ele com uma voz aguda.
- Vinte.
- E quando irá completar vinte e um?
- Em seis meses.
O garçom se aproximou e Jéssica achou um alívio ter outra coisa para se
concentrar que não fosse o menu.
Ela sorriu para o jovem que não aparentava ser muito mais velho do que ela
enquanto ele anotava os seus pedidos, assim que terminou seus olhos se fixaram nos
dela e ele limpou a garganta quando lhe dirigiu toda a sua atenção.
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Ela ouviu um som sibilante do outro lado da mesa e olhou para o seu
companheiro, lhe encontrando com os braços cruzados sobre o peito e franzindo a sua
testa severamente, direcionando para o garçom provavelmente a sua melhor
expressão glacial.
- A minha acompanhante gostaria de uma Coca-Cola Diet. - Ele repetiu o
pedido. - E eu vou querer um Bourbon e uma Coca-Cola. Isso é tudo por agora.
- Sim, senhor. - Disse o garçom enquanto se virava para ir embora.
Jéssica ficou sozinha novamente com ele e mais uma vez escondeu seus olhos
dele, com a desculpa de ler o menu.
- Você sempre fica flertando com cada homem que vê?
Seu coração parou e depois começou a bater descontroladamente enquanto
erguia lentamente os olhos para ele.
Como?
De onde diabos ele havia tirado aquilo?
De onde quer que ele havia tirado aquele absurdo não importava, então apenas
estreitou seus olhos e lhe enviou um pequeno sorriso falso.
- Ate agora não flertei com você, certo?
Seus olhos ficaram firme nela por alguns segundos antes que finalmente um
pouco da tensão em seu rosto relaxasse, mas pouco tempo depois uma expressão de
sondagem retornou ao seu rosto enquanto a observava atentamente.
- Por quê?
Ela desviou o olhar daquele escrutínio ardente que era visível em seus olhos.
- Eu não costumo flertar e não estou exatamente confortável com toda essa
situação.
- Eu tenho três perguntas que você precisa responder para mim antes que isso
tudo vá mais longe, Jéssica. Posso te chamar Jéssica?
- Só se eu puder chamá-lo de Connor.
- Pode, esta é a minha primeira pergunta: Fez sexo nesta última semana?
Sua voz tinha um toque de rispidez que parecia imanar dos seus pulmões e
assim que ele fez aquela pergunta um espiral de pânico correu através de suas veias.
Não que ela tivesse tido relações sexuais nos últimos tempos, nada disso, o
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problema era que após a sua resposta surgiriam mais questionamentos e muito em
breve.
Mas ela tinha que lhe responder de qualquer maneira, mesmo que a todo o
momento falasse para si mesma que não havia ninguém segurando uma arma em sua
cabeça, que poderia se levantar a qualquer momento e sair pela porta sem maiores
consequências.
- Não. - Disse ela, para depois acrescentar calmamente. - E você?
Ele ficou em silêncio por um momento, durante esse tempo o garçom surgiu
com as suas bebidas e perguntou o seu pedido, mas embora estivesse olhando para o
menu quase sem parar desde que havia chegado não tinha a mínima ideia do que
estava escrito lá, acabou escolhendo a primeira coisa que viu.
O garçom levou os menus e se virou para ir embora. Jéssica sentiu a perda da
camuflagem quase imediatamente quando colocou um canudo na sua bebida e
começou a girar ao redor de seu gelo, apenas para dar às mãos algo para fazer.
Connor ignorou a bebida na sua frente e retomou a conversa.
- Eu não tive relações sexuais na semana passada, mas isso tudo não é sobre
mim. Quero que fique bem claro que sou eu que faço as perguntas por aqui.
- E por que você está fazendo essas perguntas? Eu pensei que este era um tipo
de reunião para nos conhecermos e verificar se toparíamos realmente continuar com
isso.
O brilho obstinado que estava em seus olhos tornou-se ainda mais pronunciado
quando ele se inclinou na sua direção.
- Vamos deixar de lado toda a ilusão criada pelo site. Você é uma menina muito
bonita e interessada em fazer isso. No entanto, eu sou o único homem com menos de
quarenta anos cadastrado naquele site, portanto não se iluda pensando que não sei o
que esperar quando sou a escolha de uma mulher, pois teria que ser muito estúpido
para não saber que eu sou a melhor escolha daquele site. Eu sou jovem, tenho
dinheiro e não sou feio. Confie em mim quando digo que pesquisei todas as minhas
chances quando embarquei nessa.
Tudo o que ele estava dizendo era completamente verdade, porém ele não
tinha como saber o quanto ela estava desesperada e que independente disso, ela
jamais iria fazer sexo com um degenerado, nojento e ainda por cima velho. Ele
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também não tinha como saber que caso escolhesse outra pessoa, isso não significava
que ela também teria que procurar outro alguém, afinal ainda existia a chance de
conseguir uma bolsa ou um emprego temporário, o que ela não podia perder era a
chance de ser uma geóloga.
Mas por que não mantê-lo ao seu lado por um tempo?
Afinal ele era muito bonito e parecia ser inteligente.
Ao analisa-lo de uma forma clínica, conseguia enxergar tendo relações sexuais
com ele, pois, além de ser muito, muito bonito, também era muito alto, pelo menos
era o que conseguia se lembrar de quando ele estava de pé, caso contrário, ela não
continuaria com isso.
Então tentaria agradá-lo por agora para ver se algo poderia surgir a partir disso.
Ela lhe deu um sorriso sem graça.
- Ok, então. Pode começar.
- Você não fez sexo na última semana?
- Não, já lhe disse isso.
- Você tem tatuagens ou piercings?
- Não.
- Muito bom. Terceira pergunta...
- Espere.
- O quê?
Jessica levantou as mãos que estavam sobre o seu colo até aquele momento e
empurrou o seu cabelo para trás exibindo as suas orelhas, enquanto calmamente
esperava ele estudá-la.
- O quê foi? - Sua voz estava confusa.
- Eu não uso brincos, mesmo minhas orelhas sendo furadas e isso desde que eu
tinha uns dez anos, acho.
Ela nunca pensava sobre isso e apenas usava brincos de ouro de vez em
quando, pois sempre que usava tinha o grande inconveniente de higienizá-los durante
várias horas.
Ela o observou do outro lado da mesa e viu quando seus olhos se estreitaram e
se dirigiram primeiramente para uma orelha e depois para a outra.
- Tudo bem. Isso é muito bom, porém não era sobre isso que eu estava falando.
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Ela apertou os lábios com nervosismo e deixou as mãos caírem de volta para o
seu colo.
Ele continuou a falar como se ela não tivesse lhe interrompido.
- Eu vou lhe fazer a terceira e última pergunta, mas antes você precisa saber
que eu espero a sua resposta dentro de dois segundos, quero uma resposta honesta e
não algo da sua imaginação. Caso você não consiga me responder imediatamente ou
honestamente dentro desse prazo, saiba que irei embora para sempre.
Uma onda de pânico desembarcou dentro dela diante daquela sentença. Ela
não tinha ideia de quão ruim seria essa questão, mas acreditou quando ele disse que
iria embora caso não ficasse satisfeito com a sua resposta.
Ela não estava pronta para isso, mas mesmo assim buscou dentro de si
coragem e se preparou para lhe responder o mais rápido possível.
- Você está pronta? - Perguntou ele.
Ela respirou fundo.
- Sim, pode perguntar.
- Por que você está fazendo isso? Por que você está disposta a aceitar um
acordo como este?
Com a regra de dois segundos tocando em seu cérebro, Jéssica nem parou para
pensar, apenas começou a colocar tudo para fora de uma vez.
- Eu acabei de perder a minha bolsa de estudo e preciso de dinheiro para
começar o meu terceiro ano da faculdade.
Ela lambeu os lábios secos.
- Eu estou tão brava comigo mesma.
Ela sugou o ar de uma forma dura e rápida antes de continuar, como se
estivesse falando com um amigo ou um mentor, ou até mesmo um benfeitor que
poderia ajudá-la, e não alguém que queria fazer sexo indiscriminado com ela.
- Acredite, não sou nada festeira, mas apesar de me matar de estudar sou
péssima em matemática. Não tive condições de pagar um tutor, mas mesmo assim, fui
obrigada a optar pelas matérias de química e cálculo ao mesmo tempo, agora tudo
pelo que trabalhei duramente está prestes a explodir na minha cara. Juro para você
que não sou uma pessoa preguiçosa e que fiz por merecer a bolsa de estudo que
recebi durante os meus dois primeiros semestres e-
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- Jessica. Pare.
Ela engoliu em seco e ficou horrorizada quando seus olhos se encheram de
lágrimas ao sentir novamente uma agitação angustiante que experimentava sempre
que tocava ou pensava naquele assunto, desde que descobriu que havia estragado
tudo e perdido a sua bolsa de estudos.
Sentiu-se consternada com as suas lagrimas e lutou internamente para impedi-
las de cair.
Seus olhos se estreitaram quando notou que ela respirava fundo a fim de se
acalmar.
Ela nunca tinha planejado lhe falar sobre aquilo, mas como ele não havia lhe
dado tempo para pensar em uma boa desculpa e ainda por cima havia cronometrado o
tempo lhe exigindo uma resposta imediata, acabou saindo de sua boca sem que
percebesse.
Enquanto ela tentava se controlar sentia que ele a observava do outro lado da
mesa com tanta atenção que ela começou a se sentir como se fosse um inseto sob um
microscópio.
O garçom se aproximou e depositou a sua comida, mas desta vez Jéssica
meticulosamente manteve os olhos longe do rapaz até que ele terminou de lhe
entregar a refeição e saiu.
Ela pegou o garfo e começou a mover em torno da sua comida.
- ok, você passou no teste.
Jéssica exalou uma respiração reprimida e olhou através da mesa para Connor.
- Onde você estuda? - Perguntou ele.
Ela sentiu quando a corda que estava enrolada ao seu peito desde que havia
saído de casa se soltou um pouquinho.
- UTD. - Ela respondeu.
Uma expressão atravessou o seu rosto, mas ela não conseguia identificar,
então, achando que ele não reconhecia aquela sigla elaborou.
- A Universidade do Texas, em Dallas.
Depois de um momento prolongado ele lhe respondeu laconicamente.
- Sim, eu sei o que é a UTD.
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Seus olhos liberaram os dela quando pegou seu guardanapo e olhou para o seu
prato, porém aquela expressão permaneceu em seu rosto.
O nó que havia se soltado há pouco instantes no seu peito voltou a lhe apertar
novamente, com força total.
- Tudo bem? Algo errado? - Ela conseguiu perguntar.
Houve um longo silêncio até que finalmente ele lhe respondeu.
- Agora vamos comer, depois você me prova que não possui tatuagens e então,
vamos negociar.
Seus olhos queimaram.
- Como faço para lhe provar que não tenho nenhuma tatuagem?
- Você me mostra o seu corpo.
O oxigênio faltou nos seus pulmões quando uma grande onda de pânico se
infiltrou nela.
- Por que você simplesmente não acredita em mim? Qual a vantagem de mentir
para você quando irá descobrir tudo de qualquer jeito?
- Você ficaria surpresa com a profundidade que algumas pessoas enfrentaram
para sobreviver neste mundo.
- Você já fez isso antes? Esta não é sua primeira vez?
Ele pegou o garfo e começou a comer, engolindo em seco quando a respondeu.
- Eu não fiz isso antes, não completamente, de qualquer maneira. Você é a
quarta mulher que eu conheci, mas a única que decidi ir mais longe. Só estou dizendo
que me deparei com muitas pessoas em minha vida que não hesitariam em mentir
sobre qualquer coisa se isso lhes trouxesse algum ganho financeiro ou facilidade para o
seu dia a dia.
- Eu já não estou mostrando o suficiente do meu corpo hoje à noite.
- Sim, você está.
Ela balançou a cabeça enquanto seus olhos se fixavam no prato à sua frente.
- Sim. - Ele repetiu de uma forma inequívoca enquanto continuava a comer.
Sua cabeça se levantou.
- Onde iríamos para fazer isso? Eu não posso simplesmente tirar a roupa aqui e
agora.
- Vamos para o hotel, do outro lado da rua.
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- Se você está disposta a fazer isso, e tenho quase certeza que sim, então você
entende. Mas quero que fique claro que não haverá mais nada entre nós, apesar de
não ter a pretensão de te machucar, isso não tem nada a ver com fazer amor. Vai ser
apenas muito sexo e do caralho de bom, você entende?
Ela endureceu a sua espinha, focou apenas em seu objetivo e não no que ele
estava dizendo.
Ela iria ser uma geóloga.
Ela iria conseguir o seu diploma.
Ela seria alguém finalmente.
- Sim.
Ele continuou a soletrar para ela em termos descritivos para que não ficasse
nenhuma duvida na sua cabeça.
- Não vai ser nada romântico, não vai haver flores ou joias. Não vou tentar te
seduzir. Simplesmente você pega o meu dinheiro e em troca, eu transo com você. Se
você acha que pode lidar com tudo isso neste momento, vamos subir até um quarto
para que possa me certificar que você está dizendo a verdade sobre as tatuagens e
então vamos começar as negociações.
- Juro por Deus que estou te dizendo à verdade. Podemos negociar, em
primeiro lugar, por favor?
Ele a olhou de forma constante com o seu cenho se tornando mais pronunciado
a cada instante.
- Tudo bem. Contra o meu melhor julgamento e apenas porque você é muito
jovem, irei aceitar essa sua condição.
Seus ombros caíram um pouco e então endureceram novamente tão
rapidamente quando ele falou.
- Levanta a camisa.
- O quê?
- Está escuro aqui neste momento, então apenas levante a sua camisa e deixe-
me ver o seu tronco.
Jessica olhou para o interior escuro da sala. Havia algumas pessoas sentadas no
bar, mas ele estava certo, não havia ninguém por perto e ninguém estava prestando
atenção a eles.
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Lynda Chance
Então, ela se abaixou e levantou a camisa até que ficou em torno do seu sutiã.
Seus jeans eram de cintura baixa o que deixou a sua pele branca em plena exibição.
Seus olhos deixaram os dela e deslizou lentamente para baixo, passado pelos
seus braços até o material amontoado sobre seus seios, para depois continuar
seguindo para baixo até que encarava a sua pele nua.
Ele limpou a garganta.
- Muito bem, por enquanto.
Ela deixou cair à camisa e desafiadoramente estendeu a mão sobre a mesa,
pegou a bebida mais uma vez e tomou um gole enorme, assim que devolveu o copo
levantou os olhos para ele.
Grande.
Agora estava se tornando um alcoólatra.
Um lado de sua boca se curvou para cima diante da sua ação, enquanto seus
olhos corriam para cima e para baixo pelo seu torso, com um olhar aquecido.
- Quanto você quer com este negócio, Jéssica?
- De dinheiro?
- Sim.
Ela lambeu os lábios.
- Eu pensei em conseguir o dinheiro necessário para um semestre de cada vez.
Mensalidade, alojamento e alimentação.
Ele a estudou atentamente por um momento antes de afirmar de forma
inequívoca.
- Suas habilidades de negociação é uma porcaria.
- O quê?
- Você está se vendendo muito barato. Não faz muito tempo que sai da escola e
sei o quanto custa. Mensalidades, livros, custo de vida... Ainda falta o que para você
finalizar o seu curso? De dez a doze semestres?
- Sim.
- Muitos custos. Você sabe qual a taxa mínima que ganharia com esse tipo de
acordo?
Ela balançou a cabeça.
- Três mil por mês. Em meio ano você ganharia dezoito mil.
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- Isso significa que você não poder ter um namorado. Você tem um namorado
neste momento?
Seus dentes estavam cerrados quando ele fez aquela pergunta.
- Não, não tenho.
- Bom. Você não pode ter um. Nada de namorados, nada de encontros ou
relações platônicas com os homens que podem ser mal interpretadas. Se eu estou
pagando, então possuo a sua vida sexual totalmente. Compreende?
- Ok.
- Vou conseguir um apartamento para você, mas suponho que você não tem
nenhuma mobília, estou certo?
Será que o seu estado de pobreza era tão evidente assim?
- Não, não tenho nada.
- Tudo bem. Vou arranjar um apartamento mobiliado. Será mais fácil dessa
maneira.
- Pode ser próximo a uma rota de ônibus? Eu não tenho um veículo, portanto
vou precisar de um ônibus para ir até o campus.
Ele já havia dito que iria permitir isso, mas ela precisava ter certeza.
- Sem problemas.
Jéssica endureceu seus nervos e fez outra pergunta.
- Quantas vezes?
- Quantas vezes, o quê?
Ela reprimiu a vontade de fechar os olhos contra o que estava prestes a dizer.
- Quantas vezes você acha que vai querer ter relações sexuais comigo?
Longos segundos se passaram enquanto ele olhava nos olhos dela. Jéssica teve
a sensação de que ele não ia deixá-la fugir com a questão sem o uso de uma
terminologia mais gráfica. Então prendeu a respiração e se preparou para dizer àquela
palavra que ele a forçava a usar.
Mas finalmente ele exalou e respondeu.
- Muito. Você estará ganhando o seu dinheiro. Então será muitas vezes e
sempre que eu quiser.
- Exceto quando eu estiver em sala de aula.
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- Sim. Sei que você tem uma vida, assim como eu também tenho a minha
própria vida. Esta relação tem a intenção de tornar as nossas vidas mais fáceis e não
mais difíceis.
Ela o observou enquanto um pensamento horrível passou por sua cabeça. Seu
perfil falava que ele era solteiro, mas os homens sempre mentiam sobre esse assunto.
- Você não é casado, certo?
Sua expressão tornou-se enegrecida e seus olhos frios quando algo surgiu sobre
seus recursos.
- Não.
Graças a Deus por isso.
E então outra preocupação começou a cutucar tanto a sua cabeça que ela tinha
que saber.
- Eu preciso perguntar... Preciso saber-
- O quê?
- Eu não vou ser passada ao redor como um... - Ela tentou pensar em algo
dentro da linguagem masculina. - Como uma ferramenta de poder, algo que você está
comprando... Você pode fazer o que quiser sexualmente comigo... Mas sem
compartilhar com seus amigos.
Ele a olhou fixamente por alguns segundos. Apenas o suficiente para enviar
uma nova onda de pânico através dela, até que finalmente lhe respondeu, mas de uma
forma lenta e sucinta.
- Qual parte de ninguém mais vai lhe foder que você não entendeu?
Sua pergunta impaciente enviou uma fita de alívio deslizando através dela.
- Então, você concorda?
- Eu concordo.
Ela soletrou mais uma vez para ele.
- Nada de trios. Nenhuma orgia.
- Concordo.
Connor olhou para ela de forma constante do outro lado da mesa, lhe enviando
um fio de calor enquanto ela pensava sobre o que ele queria fazer com ela.
Pânico e calor.
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Ele era incrivelmente bonito olhando para ela e pensando em ter relações
sexuais.
Muito bonito e muito assustador.
Seu silêncio continuou.
Um rubor subiu em seu rosto e ela começou a sentir suas bochechas ficando
quente quando uma imagem de seus corpos nus entrelaçados passou pelo seu cérebro
e não ia embora, sem falar no magnetismo sexual escaldante que explodia sobre ela
vindo do outro lado da mesa enquanto ele a encarava.
Ela começou a respirar tão rapidamente que em poucos segundos estava
totalmente ofegante.
- Acalme-se, Jéssica. Afinal o acordo que estamos fazendo não vai lhe causar
dor, eu prometo. Nenhum tipo de força ou dor existirá ente nós.
Aquilo estava claro sobre o acordo que eles estavam fazendo e não sobre a
quantidade de sexo que fariam.
E em vez de consolá-la a suas palavras foram tão fortes que a quase derrubou
da cadeira.
- Você está pensando em tentar me forçar a fazer alguma coisa sexual que
talvez não queira?
Ela puxou três respirações rápidas tentando acalmar seus nervos.
- Não, não é nada disso que você está pensando e nada para te deixar tão em
pânico.
- O que... o que é essa outra maneira?
Seus olhos baixaram para seus lábios, em seguida, para a sua garganta, onde
ficou por um momento paralisado, antes de deslizar para baixo e parar sobre os seus
seios.
Ele ergueu os olhos para os dela.
- Você já... Jogou antes?
Jogou antes?
O que diabos aquilo significava?
- Eu acho que não.
- Você saberia se já tivesse jogado.
- Ok, então não.
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Seu interior tremia enquanto tentava esvaziar a sua mente de todo e qualquer
pensamento.
Ela olhou ao redor da sala, parando para observar as imagens do papel de
parede, o aparelho de ar condicionado, o chão em frente as janelas, na verdade ela
olhava para qualquer lugar, exceto na sua direção.
Ele soltou um suspiro profundo e lhe deu uma cutucada verbal.
- Neste instante, seria um bom momento.
Seus olhos voaram para os seus.
- Eu não me sinto confortável com isso e já lhe mostrei a pela da minha barriga.
Ela se virou e lhe presenteou com uma amostra do seu corpo ao levantar
novamente a sua camisa acima de sua alça do seu sutiã, porém ao fazer isso ela virou o
seu rosto na direção oposta e manteve seus olhos fixos na porta.
- Você pode constatar que não há nenhuma tatuagem. Onde mais eu poderia
tê-las?
Ela empurrou a sua camisa para baixo e voltou a encará-lo.
Ele se levantou, puxou a sua carteira do bolso de trás e abriu.
- Acho que devemos estabelecer como será essa nossa relação desde o
primeiro momento. Quero algo de você, então vou pagar por isso e você irá me
fornecê-lo.
Ele olhou para ela.
- Quanto vai custar seus livros no outono?
- Cerca de setecentos dólares. - Respondeu ela com uma voz baixa e hesitante.
Era na verdade um pouco menos, mas como não teve condições de comprá-los
no semestre passado não sabia o valor ao certo.
Toda vez que precisava de um livro tinha que implorar, pedir emprestado ou
roubar. Ela realmente não tinha roubado um livro, no entanto, essa era uma opção
que havia passado pela sua cabeça várias vezes. Porém não havia feito porque roubar
um livro de outra pessoa iria machucá-la. Mas na maioria das vezes, a opção de
empréstimo era a que tinha utilizado com mais frequência.
Mas o que ela estava pensando em fazer agora não iria machucar a ninguém.
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Ela engoliu em seco quando ele começou a colocar as notas de cem dólares em
um belo monte sobre a mesa ao lado dele. Assim que terminou, largou a sua carteira
de lado e se sentou mais uma vez, naquela posição reclinada.
- Pago setecentos dólares para me certificar de que você não tem nenhuma
tatuagem. Pegue ele.
Seus olhos voaram para os seus.
- Você realmente não gosta muito de tatuagens, não é?
Suas feições se estreitaram em uma careta de zombaria.
- Não, realmente não gosto.
O coração de Jéssica disparou. Ela não sabia como havia concordado em parar
naquela situação. Ela pensava em si mesma como uma pessoa relativamente
inteligente, mas diante de uma conversa estúpida que havia escutado, agora estava
aqui, fazendo algo que ia contra todas as fibras do seu ser.
Estúpida.
Agora tinha que seguir a maré de qualquer jeito.
Afinal hoje a sua situação era pior do que apenas perder a chance de se tornar
uma geóloga.
Ela tinha que abrir mão do seu quarto no campus em quatro dias, a partir daí
seria uma sem-teto, sem sequer um carro para dormir, ou seja, a sua situação era
muito crítica.
Tudo e toda a sua vida dependia da bolsa que havia perdido. Essa bolsa de
estudos a mantinha na escola, com um teto sobre a sua cabeça e um plano de
refeições que garantia alimentos três vezes ao dia, apesar de não ser um grande
prêmio e sim muito enxuta, ela lhe garantia uma agradável sala quente e acesso a
todas as aulas que era necessária para obter o seu diploma.
Ela começou a arrastar seus pés em agitação, pois sabia que não tinha muita
escolha aqui. Não se ela quisesse viver a sua vida futura do jeito que havia imaginado.
Por um momento cogitou aceitar a estadia com a família de Allison por um
tempo, mas tudo dentro dela se rebelou contra a instituição de caridade que deveria
aguentar ao aceitar aquilo.
Há muito tempo que contava apenas consigo mesma e sempre teve a certeza
que não deveria agir de outra maneira.
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- Jéssica, as roupas.
Ela ouviu o aborrecimento em sua voz e sem pensar se abaixou, puxou a camisa
sobre a cabeça a jogando sobre a cama, fingindo que o seu sutiã era a parte de cima de
um biquine, afinal essa linha de pensamento deveria ajudar a atravessar os próximos
segundos, de qualquer maneira.
Ela não tinha coragem de olhar para ele diretamente, então manteve o seu
olhar preso à esquerda de seu rosto em uma luminária que ficava na parede. Ela se
recusava a pensar sobre o que estava fazendo, aquilo permitiu que o seu foco não se
desviasse e a fizesse sair correndo dali, porém ela não estava distraída o suficiente
para não percebesse quando ele mudou de posição na sua cadeira e levou uma de
suas mãos na testa ao baixar seus olhos sobre seus seios.
Ela usava um sutiã de algodão branco e muito básico, mas começou a tentar se
lembrar que calcinha havia colocado ao sair, é claro que não usava conjuntos e nada
combinando, então poderia ser qualquer uma que possuía.
Ficou um pouco aliviada ao saber que havia escolhido uma calcinha nova e não
uma esfarrapada ou rasgada, já que havia separado com muito cuidado toda a sua
roupa na noite anterior e tinha certeza que havia escolhido o seu material mais novo
em primeiro lugar.
Com esse pensamento em mente tirou as sandálias e lentamente desabotoou a
calça jeans.
Ela nunca havia se despido na frente de um homem, na verdade, não conseguia
se lembrar de se despir na frente de qualquer outra pessoa que não fosse a Allison ou
a sua mãe quando ainda era muito jovem.
Então ela se despia lentamente agora não porque estava tentando atraí-lo, mas
porque ela estava tentando adiar o inevitável.
Pelo menos ela não tinha nada para se envergonhar quando se tratava de seu
corpo. Ele não era perfeito, longe disso, mas era magro e tonificado de tanto andar e
às vezes correr por todo o campus. Como não tinha nenhuma outra forma de
transporte, andava geralmente vários quilômetros dia após dia nos últimos dois anos,
isso havia deixado seus músculos duros e com uma pequena quantidade de definição.
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Ela estava tão horrorizada com o que estava fazendo que não conseguia nem
imaginar o quão ruim seria se ela ainda tivesse que se preocupar sobre se o seu corpo
era bom ou não.
Foi com esse pequeno consolo que empurrou a sua calça jeans pelos quadris e
em seguida, pelas suas pernas.
Assim que terminou ela jogou seu jeans na cama junto com a sua camisa.
Ela olhou para baixo e percebeu que havia colocado a sua calcinha rosa
favorita.
Ela soltou um suspiro trêmulo e ficou paralisada enquanto via seus olhos
quentes correrem para cima e para baixo pelo seu corpo.
Sua voz era rouca e parecia vir das profundezas da sua garganta.
- O resto.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Capítulo Três
Os olhos de Jéssica se arregalaram quando foi sacudida por uma grande onda
de histeria.
- O quê? De jeito nenhum.
- Jéssica, o resto. Agora.
Ela balançou a cabeça violentamente.
- Você disse que não faríamos sexo hoje à noite. - Ela gaguejou.
- E realmente quis dizer isso quando te falei antes. - Sua mandíbula se apertou
visivelmente. - Mas quero ver o que estou comprando com aqueles setecentos dólares
bem ali. - Lembrou ele ao mesmo tempo em que inclinava a cabeça para o dinheiro.
Suas pernas começaram a tremer e ela não fez nenhuma tentativa para
remover os restantes das suas roupas.
Os olhos dele corriam por seu corpo para cima e para baixo e diante da sua
imobilidade total e absoluta, ele se levantou.
Ela deu um passo para trás quando ele atravessou a sala com passos
propositalmente silenciosos, até que ficou na sua frente com apenas alguns
centímetros de distância. Estendendo a mão, colocou um dedo sob seu queixo e
ergueu seu rosto na sua direção.
- Você não vai retirar isso, não é mesmo?
Ele perguntou com uma voz cheia de calor, intensidade e outra coisa que ela
não conseguia identificar.
Aprovação, talvez?
Ela balançou a cabeça uma vez.
- Tudo bem, faremos então as coisas a sua maneira.
Ele respondeu, mas desta vez não havia nenhuma emoção em sua voz.
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Lynda Chance
Jéssica pensou que ele a deixaria em paz, mas sua respiração ficou presa na
garganta com um suspiro de alívio abreviado quando sentiu ele se mover rapidamente
e por as suas mãos sobre ela.
Uma mão firme segurou o seu pulso em um movimento destinado a dominá-la,
enquanto a outra subia entre eles e empurrava o seu sutiã para baixo através de um
movimento tão repentino que a deixou ofegante.
Seus seios ficaram expostos por cima do sutiã, primeiro de um lado e depois o
outro e devido à combinação de choque e frio, seus mamilos abruptamente ficaram
rígidos.
Seus olhos estavam presos aos dela, enquanto ela ofegava e as narinas dele
dilatavam. Sua mão apertou seu pulso duramente para que ela ficasse ciente de sua
força.
Segundos se passaram enquanto ela lutava por oxigênio e então seu olhar caiu
sobre seus seios e manchas vermelhas tingiram suas maçãs do rosto.
Seu corpo inteiro começou a tremer tanto que se ele não tivesse lhe segurando
através de um aperto feroz, ela teria escorregado para o chão. Ela continuava a
respirar com muita dificuldade enquanto ele continuava completamente parado,
apenas olhando para ela.
Ela se sentia intimidada diante da sua grande estatura e totalmente sem
controle enquanto era mantida firmemente no lugar pela força da sua mão que estava
enrolada firmemente em torno de seu pulso.
Seu olhar levantou dos seus seios derramados por cima do sutiã e pousou
brevemente em seu rosto.
- Você escolheu que fosse dessa forma. Eu não tinha nada que colocar as
minhas mãos em você, pelo menos neste primeiro momento. Lembre-se disso
futuramente.
Suas palavras foram cruas, inflexíveis e Jéssica ficou surpreendida ao ouvir a
acusação febril na sua voz que antes estava totalmente desprovida de emoção.
Seu coração acelerou ainda mais, quando ele a girou tão rapidamente que lhe
causou uma tontura devido ao movimento. Suas costas estavam agora de frente para
ele e ela sentiu quando ele começou a retirar de vez o seu sutiã, para que pudesse ver
o seu torso completamente nu.
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Suas mãos e seu toque nela eram totalmente impessoais. Ele não parou
nenhum momento para lhe acariciar ou até mesmo correr um dedo pelo seu corpo em
antecipação. Não houve nada disso e assim que ele empurrou e puxou o seu sutiã para
fora do seu corpo, suas mãos deslizaram para os seus quadris e com um súbito
movimento, deslizou sua calcinha pelas suas pernas até os seus joelhos.
Em estado de choque sentiu quando a sua calcinha começou a cair, mas em
questões de milésimos de segundos ela suplantou o seu choque inicial e agarrou com a
sua mão livre a sua calcinha, a prendendo nas suas coxas para impedir que caísse aos
seus pés.
Ela sentiu o sangue fugir do seu rosto quando ele colocou a mão em seus
ombros e a empurrou para baixo lhe inclinando alguns centímetros. Sua coluna
vertebral e a sua bunda ficaram totalmente expostas para ele nesta posição. O mais
degradante era saber que não tinha nenhuma tatuagem e que havia lhe dito a
verdade.
Ela ainda não entendia o porquê dele odiar tanto tatuagens e apesar de no
momento não ter nenhuma, não era algo que realmente pudesse tomar qualquer
crédito, pois sempre sonhou em ter uma tatuagem, na verdade sempre sonhou em ter
várias espalhadas por seu corpo, mas sempre teve que confrontar a sua vontade de
decorar o corpo ou ter o que comer, nesta história, o seu estômago havia vencido
todos aqueles confrontos.
Mas ela jamais diria isso a ele, afinal, ele não precisava saber nada sobre ela,
além do que ele estava exigindo neste momento.
Ele tomou o seu tempo procurando e durante aqueles longos minutos, que na
realidade deve ter sido meros segundos, foram uma grande agonia para ela.
Se ele pensava que iria encontrar uma pequena tatuagem em seu quadril ou
algo tribal na base de sua bunda, errou feio.
Ela lutou para respirar quando a sua mão esquerda saiu da sua omoplata e
segurou com força o seu braço e tão rapidamente como havia lhe virado na primeira
vez, fez de novo.
Jéssica ficou mais uma vez totalmente horrorizada quando encarou a sua
calcinha ainda em torno dos seus joelhos e a sua feminilidade em plena exibição.
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Sentia apenas um pequeno alívio saber que estava bem cuidados nessa área,
seu pelos eram aparados tão curtos que se tornavam quase inexistentes e apesar de
não ter condições de pagar ceras ou cremes depilatórios, optou sempre por lâminas de
barbear descartáveis que além de baratas, ainda podia usá-los por um longo tempo.
Enquanto ele continuava lhe segurando pelos braços, manteve uma pequena
distância entre eles. Jéssica mais uma vez manteve a sua visão focada na lâmpada ao
lado da sua cabeça, enquanto ele fazia a sua inspeção mais uma vez.
Enquanto permaneciam daquela forma o seu cérebro começou a trabalhar
novamente e ela começou lentamente a perceber as coisas, notou que ele estava
respirando tão duramente quanto ela e que assim como o seu, o corpo dele estava
totalmente tenso e todas as vezes que o seu olhar se voltava para ela era cheio de
calor.
Perdeu a consciência de quanto tempo ficou assim, sem conseguir mover um
único músculo, enquanto seus olhos corriam de cima a baixo pelo seu corpo, mas
sentiu que foi dolorosamente longo.
Assim que o seu pânico diminuiu um pouco e a raiva rapidamente a substituiu,
ela sussurrou não se importando qual seria a sua resposta, na verdade, após falar
apenas apertou seus lábios.
- Será que vale a pena me pagar quatro mil por mês?
De uma vez ele a soltou e deu um passo atrás.
Ela tropeçou, mas conseguiu se equilibrar sozinha antes que pudesse fazer o
papel de tola ao cair de bunda no chão.
- Vista-se.
Ele falou rudemente e saiu na direção do banheiro.
Jéssica não precisou que ele repetisse aquela sentença, rapidamente endireitou
a sua calcinha e vestiu a camisa primeiramente, achando que como ela caia até os seus
quadris lhe proporcionaria uma cobertura mais rápida, para em seguida vestir o seu
jeans.
Quando se sentou na cama, calçando as suas sandálias ele saiu do banheiro,
porém continuou com aquela tarefa e só após terminar se colocou em pé, até mesmo
porque não queria ficar próxima aquela cama por mais tempo do que o estritamente
necessário.
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Ele parou a poucos metros dela, enquanto ela olhava ao redor do ambiente,
incapaz de conter a ruborização que coloria seu rosto.
Ele não fez nenhum movimento para se sentar, mas acabou se apoiando na
parede próximo a entrada da sala.
- Você disse a verdade.
Ela lambeu os lábios.
- Sim.
- Você está dizendo a verdade sobre todo o resto?
- Sim.
- Você me agrada bastante, portanto, estou pronto para passar para a próxima
fase. Se você estiver de acordo, vamos configurar os termos do nosso compromisso.
Enquanto esperava pela sua resposta, ele puxou o celular do bolso e ela
percebeu que ele estava se preparando para trocar seu número com ela. Ela descobriu
que também queria isso, mas com plena consciência que se concordasse com tudo o
que ele lhe exigia neste momento, não teria mais nenhuma oportunidade para desistir.
Ela limpou a garganta enquanto ela reuniu a sua inteligência.
- Estou de acordo, desde que você me diga apenas a verdade e também me
garanta que não haverá partilha, trios ou uso de força. Você não vai me obrigar a fazer
qualquer coisa que eu não queira fazer.
Seu olhar capturou o dela.
- Eu disse a verdade. O único requisito sexual que eu exijo é o meu pau
enterrado em sua buceta. Qualquer outra coisa é um bônus adicional para mim.
Assim que terminou de falar isso os seus olhos ficaram ainda mais aquecidos.
- Eu prometo a você que serei o parceiro sexual mais fácil que você já teve.
Suas palavras tomaram conta de Jéssica com uma corrida aquecida. Ela
percebeu instantaneamente que ele não usou o termo ‘amante’.
Oh, não, ele não gostaria de confundi-la com isso.
Parceiros sexuais eram tudo o que se tornariam evidentemente, ela jamais
deveria esquecer esse fato.
Isso era pouco provável.
- Eu tenho que entregar o meu quarto na faculdade em quatro dias. Você acha
que consegue encontrar um lugar antes disso?
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- Sim. Vou solicitar urgência nos resultados do teste de drogas. Além disso, vou
determinar qual será o seu método de controle de natalidade, assim você terá que
parar de usar pílulas ou qualquer outra coisa que esteja usando. Conforme eu chegar
ao ponto em que confie em você o suficiente para não brincar comigo, vou parar de
usar camisinhas. Mas acredite em mim quando eu lhe digo, nunca vou confiar que
você esteja usando pílulas regularmente.
Inclinando a cabeça em reconhecimento de tudo o que ele tinha acabado de
enunciar, ela puxou o telefone de sua bolsa e se preparou para digitar o número dele.
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A princípio iria concordar com tudo, ser uma pessoa totalmente mansa, na
espera que dessa forma ele tivesse o que queria dela o mais rápido possível e a
deixasse permanecer pelo tempo necessário naquele negócio.
Em nenhum momento esperava ter algum tipo de confronto ou algum tipo de
controvérsia, pois podia sentir irradiando dele uma agressão subjacente e
francamente, não queria fazer parte dela.
Ele era um comandante e possuía uma atitude assertiva a qual ela não tinha
vontade de contestar.
O único problema era que ela não sabia como se comportar de uma forma
mansa.
Em quanto tempo poderia aprender a ser daquela forma?
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Sim, ela seria resistente o suficiente, porque ela era inteligente e não havia
nenhuma dúvida sobre isso, afinal ela esteve na lista do reitor.
Esse ponto havia determinado o momento exato dele escorregar para fora ou
não naquele acordo. E mais uma vez, ele acreditou nela.
Caralho, ele nunca chegou a fazer lista do reitor.
Ele esteve apenas muito perto uma ou duas vezes, mas nunca tinha visto o seu
nome naquela lista dos exaltados.
Quando ela lhe disse que frequentava a universidade e que tinha
momentaneamente perdido a sua bolsa, ele não achou muita coisa, afinal aquela
universidade não era uma das maiores na área de Dallas-Fort Worth, mas não
esperava por essa resposta e não ficou nada satisfeito com ela.
De repente, aquilo a fez parecer mais humana, apenas uma pessoa real com
personalidade e uma vida, e isso era a última coisa que ele queria naquele acordo.
Em sua mente ele podia visualizá-la andando pelo campus, indo para a
associação de estudantes, visitando a biblioteca, mas a imagem que mais lhe abalou e
causou um grande aquecimento em seu corpo foi imaginá-la tão claramente na piscina
do campus se bronzeando.
Não, ele não iria se importar com aquele paralelo, pois não havia nada que
pudesse fazer a esse respeito, então, apenas decidiu que não iria pensar sobre isso.
Tudo mais sobre ela era incrivelmente perfeito.
Ela não estava entrando nesta por curtição e isso foi outro ponto a seu favor.
Ela não era fútil e tinha uma razão legítima para estar disposta a vender o seu próprio
corpo para ele.
E como um bônus adicional não aparentava ter uma vida sexualmente sem
limites, afinal havia lhe exigido uma relação apenas com ele, em nenhum momento
permitiria ser compartilhada e nada de ménage. Não que aquilo tivesse em algum
momento passado pela sua cabeça, ele não suportava essa merda.
Todo aquele seu discurso sobre ser compartilhada ao invés de ferir as suas
chances com ele apenas cimentou que ela era o tipo certo para fazer aquele acordo
com ele.
Conhecia-se muito bem e sabia que tinha de ser capaz de pelo menos ter um
pouco de respeito pela mulher que fecharia esse acordo com ele, pois se não tivesse
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respeito por ela apenas a foderia uma ou duas vezes e cairia fora o mais rápido
possível.
Mas esse não era o seu caso.
Oh, não, pelo contrário.
Ele teve uma ereção desde o momento em que ela entrou no restaurante e
quanto mais ela verbalizava sobre si mesma, mais a atração que sentia continuava a
crescer.
Sim, ele não teria nenhum problema em transar com ela várias vezes.
E agora tudo o que tinha que fazer era colocar a bola em movimento para que
isso desse certo.
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Jéssica sentou-se na calçada junto com as suas nove caixas, duas malas e cinco
bolsas explodindo as costuras.
Seus nervos estavam estressados ao máximo.
Allison a havia deixado no dia anterior e havia lhe prometido enviar uma
mensagem de texto quando chegasse à sua casa.
Ela não se lembrava muito bem das coisas ocorridas ontem, mas Jéssica havia
enviado uma mensagem e Allison tinha lhe respondido que havia feito uma boa
viagem.
Jéssica não culpou Allison pelo esquecimento, apenas imaginou que estava
muito ocupada ao chegar em casa e encontrar seus pais e a sua irmã mais nova. Ela
resolveu acabar com a pitada de ciúme que sentia por causa da vida da outra garota.
Não era como se Jéssica não quisesse que a Allison tivesse uma família, afinal,
praticamente toda a população da terra possuía uma.
Apenas Jéssica não tinha algo parecido no momento.
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Balançou a cabeça, afinal já fazia muito tempo que convivia com esse fato e não
era como se sua própria mãe estivesse morta, ela apenas estava encarcerada pelos
próximos vinte anos ou mais.
E também o fato de não saber quem era o seu pai?
Sua mãe não sabia ou ela mentia sobre isso e nunca compartilhou a informação
com ela.
Jessica abaixou a cabeça entre suas pernas e começou a puxar um fio solto em
seu tênis enquanto esperava ele aparecer.
- Jess.
Ao som de seu nome ela levantou a cabeça e viu um estudante da sua sala de
geologia carregando uma grande caixa para o estacionamento.
- Ei, Anthony.
Ele parou no meio do caminho para falar com ela. Ela o conhecia muito bem,
principalmente na superfície, pois como tiveram várias aulas juntos, estudaram
diversas vezes juntos.
- Você precisa de uma carona?
- Não, obrigada, estou esperando alguém.
Ele franziu a testa por um momento.
- Eu não me lembro de você ter me falado algo assim antes.
Ela sorriu.
- Eu acho que você não me fez esse tipo de pergunta antes, mas sou de Odessa.
- É para lá que você está indo? Visitar a sua família?
- Não, quero ficar longe da minha mãe no verão. Vou apenas ficar na área com
um amigo da família.
- Isso é legal.
- Você está indo para casa?
- Sim, mas estou tão cansado, pois passei a metade da noite festejando e
bebendo todas. Pela primeira vez estou feliz por meus pais viverem a apenas uma hora
de distância. Não esqueça que você prometeu ir ao misturador no verão comigo.
Uma pequena onda de gelo deslizou por sua espinha. Ela tinha esquecido, mas
agora estava se lembrando daquela conversa que havia ocorrido há uns dez dias ou
mais.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
- Serei apenas o seu quebra galho caso não consiga encontrar outra garota,
certo?
Connor tinha dito a ela de forma muito sucinta que ela não poderia ter um
namorado, encontros ou qualquer coisa platônica que poderia ser mal interpretado.
Somando-se a essa preocupação apareceu de repente na estrada um grande e
cinza Cadillac Escalade o que só podia ser o carro dele. Agora ela precisava se livrar de
Anthony rapidamente, de modo que não teria que lidar com uma apresentação ou
qualquer coisa assim.
- Sim, apenas a minha back-up. Enviarei uma mensagem para você quando
estiver mais próximo do evento, mas será no final do verão.
- Ok, mantenha-me informada. Tenho certeza de que isso não será um
problema.
Ela na verdade, tinha certeza de que seria um problema, mas como nunca foi
muito boa para deixar alguém na mão por qualquer motivo, estava metida em mais
essa encrenca.
Ele deve ter ouvido uma vacilação em seu tom.
- Tem certeza disso? Você me prometeu.
Ela se levantou e preparou para começar a carregar as suas caixas.
- Eu vou fazer o meu melhor. Apenas me avise antes, ok?
- Tudo bem. Tenha um bom verão.
Ele se aproximou dela e levou a caixa que levava para o seu quadril, enquanto
lhe agarrava e a puxava para um abraço de urso com um braço só.
- Se você se cansar dessa vida me ligue e poderemos sair, afinal, não estarei tão
longe assim.
- Ok, obrigada.
Ela lhe abraçou de volta e ficou assistindo ele atravessar a rua em direção ao
estacionamento, assim que o Escalade parou ao seu lado.
Ela levantou a primeira caixa sem esperar que Connor saísse do veículo e se
dirigiu para a parte traseira do veículo, onde o porta malas já estava se abrindo
remotamente.
Ah, sim, uma exibição de luxo no seu melhor.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela empurrou a caixa dentro dele e foi buscar a segunda caixa, enquanto
Connor se aproximava para ajudá-la.
Seus olhares colidiram, porém não se falaram. Demorou menos de cinco
minutos para levar todas as suas coisas até o porta malas, assim que terminaram ele
andou um pouco mais rápido e abriu a porta do passageiro para ela. Um tanto
surpresa com o gesto cavalheiresco, ela subiu no assento enquanto ele ainda segurava
a porta e esperava ela se acomodar.
Quando ele estava sentado ao lado dela e já haviam percorrido a avenida por
alguns quilômetros, ele tirou os olhos da estrada e virou a cabeça estudando-a
momentaneamente.
- Quem era aquele menino bonito?
A pergunta a pegou desprevenida. Ela assumiu que ele havia visto aquele
abraço rápido, mas como havia acontecido há uns quinze minutos antes, ela não
achava que ele iria perguntar sobre isso agora.
Um pequeno traço de ansiedade a incomodava quando percebeu que precisava
falar a verdade e enfrentar isso de uma vez, mesmo que fosse a última coisa que
queria fazer.
- Anthony?
- Ele significa alguma coisa para você?
- Ele é um só um amigo e estávamos apenas dizendo adeus, por causa das férias
de verão. Mas-
- Mas, o quê?
- Ele faz parte de uma fraternidade e lhe prometi a várias semanas atrás que
iria com ele para o misturador de verão se ele não encontrasse um par.
- Não.
Mesmo esperando aquela resposta, ela ficou completamente chocada por sua
voz estar tão dura e tão inflexível.
- Mas eu concordei antes de te conhecer e nós somos apenas amigos, além do
mais será durante o dia e em um parque aquático, com um milhão de pessoas ao redor
e toneladas de outros casais.
Jéssica se esforçou para parecer mansa, tentou de todas as formas manter a
sua voz firme e sem nenhum tipo de inflexão.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Eles pararam no sinal vermelho e quando ele freou, olhou para ela e falou com
uma voz suave e controlada.
- A resposta é não a menos que você queira que eu te leve de volta para ele e
coloque todas as suas caixas em seu veículo, para que ele possa pagar a sua
mensalidade e colocar um teto sobre sua cabeça.
Jéssica segurou seus olhos durante o tempo que pôde e então mudou seu olhar
para o farol e ficou assim até que ele saísse do vermelho para o verde. Sabendo que
ele ainda estava lhe olhando, ela balançou a cabeça suavemente, até que ele olhou
para o outro lado e começou a dirigir mais uma vez.
Eles continuaram em silêncio até que ele levou o carro para dentro de um
prédio onde ela sabia que provavelmente iria viver, pelo menos, pelo verão e o
outono.
Era muito bonito, mais bonito do que qualquer lugar que ela já viveu, mas não
pôde evitar a sensação que lhe apertou o coração ao perceber que lá seria a sua
prisão.
Evidentemente ela tinha uma vaga de estacionamento à direita da sua porta,
mas como não tinha um carro, ela sabia qual seria o veículo que ficaria estacionado lá
com mais frequência.
Connor a levou para dentro e ela se animou um pouco quando olhou em volta.
O complexo era bastante novo e o interior era decorado lindamente. Ele tinha apenas
um quarto e um banheiro, mas ela não precisava de nada mais e nunca tinha de fato
tido muito espaço. Ele também continha uma sala de estar e uma cozinha que a
agradou muito, além de um pequeno armário com uma máquina de lavar e secar e um
lugar para empilhar as suas roupas.
A ideia de não ter que arrastar suas roupas por todo o caminho até uma
lavanderia era quase celestial.
Talvez se ela não pensasse nele, exceto quando ele estivesse aqui, poderia
fingir que toda essa situação não existia.
Ela caminhou até a grande janela da sala de estar que era na verdade um
conjunto de portas francesas que se abriam para um pequeno pátio privado, foi
quando viu uma bela piscina com um enorme SPA, sentiu na hora os seu espírito se
levantar.
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Lynda Chance
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Mas seu orgulho não ia permitir pedir para comprar qualquer coisa a ele.
Sacudindo o seu desconforto jogou o seu jogo de cama sobre ela com o pequeno
travesseiro no topo.
Connor havia parado na porta do quarto olhando para ela com um olhar
sombrio e predatório. Nervosa, ela tentou ignorá-lo. Havia suas caixas aos seus pés e
quando ela se aproximou para levantar uma ele parou seus movimentos, colocando a
mão em seu pulso puxando-a até que estivesse na sua frente com o rosto grudado ao
seu.
Ele não falou nada, apenas balançou a cabeça, mas aquele gesto fez com que
um milhão de borboletas fosse à loucura em seu estômago tentando se soltar.
Ela sentiu medo... sentiu pânico... mas calmamente admitiu para si mesma que
também sentiu uma pequena pitada de excitação deslizar por sua coluna e parar em
uma piscina aquecida entre suas coxas.
Ele já havia trancado a porta da frente, pois ouviu o barulho do clique através
do silêncio do apartamento. Agora, ele se virava e trancava a porta do quarto, bem
quando um verdadeiro medo deslizou por ela quando se sentiu impotente e
totalmente sob seu controle.
Quando ele se virou novamente para encará-la, se inclinou tranquilamente
contra a porta e cruzou os braços sobre o peito. Suas narinas dilataram e um profundo
rubor tingiu as maçãs do seu rosto enquanto ele continuava em silêncio, inclinando a
cabeça em direção à cama, em um gesto que ela não poderia deixar de interpretar.
Seus músculos ficarão totalmente tensos.
- Eu posso. - Ela respirou trêmula. - Usar o banheiro primeiramente, por favor?
- Faça isso, mas rápido.
Ela não esperou, trancou rapidamente a porta, deslizou para fora da sua calça
jeans, pegou sua escova e creme dental que havia deixado em uma gaveta e lavou seus
dentes rapidamente, tomando coragem para realizar a sua parte do negócio. Olhando-
se no espelho, passou uma escova no cabelo e disse adeus à pessoa que havia sido até
aquele momento.
Ela deixou as suas calças de brim lá mesmo e caminhou de volta com nada além
de sua calcinha, sutiã e a sua camiseta. Foi obrigada a usar cada molécula de sua força
de vontade para sair do banheiro enquanto sentia a sua alma condenando o seu ato.
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Lynda Chance
Quando o viu ela parou abruptadamente, pois ele estava descalço e sem
camisa, estava vestindo apenas a sua calça jeans desabotoada e com o zíper aberto.
Seu cérebro entrou em curto-circuito quando ela olhou para o seu torso
bronzeado, seus músculos rígidos e o pelo marrom escuro, quase preto, que corria
para dentro do seu jeans.
Sua musculatura era impressionante e podia apostar, caso tivesse algo digno de
aposta, que ele não tinha um grama de gordura em qualquer lugar onde podia ver.
Suas feições estavam com uma carranca e mais uma vez, como antes, ele fez
sinal com a cabeça para ela ir para a cama.
Jéssica rastejou sobre a cama, em cima de sua colcha e olhou para o ventilador
de teto bonito e para as sancas no topo das paredes, queria muito se concentrar em
qualquer coisa, menos no que estava acontecendo com ela. Então se sentou no meio
da cama e colocou as mãos em volta dos joelhos, trazendo para junto do corpo e
colocando o seu queixo pousados neles.
Ela tentava respirar regularmente e controlar o bombeamento de sangue com
tanta fúria que quase a assustava.
Ele caminhou até a mesa de cabeceira e depositou as suas chaves, sua carteira
e três preservativos.
O nó em seu estômago ficou ainda maior.
- Vire.
Disse ele com uma voz tão profunda e grave que ela quase não reconheceu.
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Capítulo Quatro
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Com seus olhos ainda bem fechados, sentiu quando ele passou um braço
musculoso em volta da sua cintura e a levantou, empurrou seu rosto contra o colchão
a forçando a ficar sobre seus joelhos com a sua bunda totalmente no ar e exposta para
ele.
Antes que tivesse a chance de entrar em pânico ainda mais, ele estava se
movendo diretamente atrás dela e empurrando as suas pernas até que ele estivesse
entre elas e com o sangue pulsando loucamente através de suas veias, sentiu a
amplitude do que tinha de ser sua ereção pressionando contra ela... Lá.
Ele começou a se empurrar, mas parou e tirou novamente.
- Você está muito seca. Ainda não está pronta.
Sua voz soava irritada e impaciente e tudo o que ela conseguia pensar em fazer
era pedir desculpas.
- Sinto muito.
Ele não se incomodou em responder, apenas moveu a mão debaixo dela até
que estava tocando uma pequena saliência na parte superior do seu sexo, que a fez
começar a se contorcer. Ele não teve piedade e dentro de dez segundos, ela não
estava mais se contorcendo e sim deitada, completamente imóvel e ofegante, quando
uma onda enorme de prazer bateu sobre ela quando menos esperava.
Ela gemeu e ele tirou a mão.
Ele colocou o seu pênis de volta na sua abertura e a agarrou com tanta força os
seus quadris que os seus dedo marcaram a sua carne. Ele deve ter achado o que estava
procurando, porque começou a grunhir em aprovação e a se empurrar contra ela.
Enquanto ajustava seus joelhos sobre a cama, a pequena onda de prazer que
ainda estava sentindo desapareceu completamente quando ele se afastou e começou
a se empurrar verdadeiramente para dentro.
Ela sugou uma respiração assustada quando suas estocadas curtas rapidamente
se tornaram dolorosas, prendendo a respiração, apenas esperava que isso acabasse
logo.
Respirando com dificuldade, ele segurou os seus quadris ainda mais forte e
quando se afastou e retornou acabou se empurrando para frente com um impulso
muito longo e duro, o que o fez penetrar totalmente dentro dela, porém ela acabou
soltando um gemido de dor agonizante.
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Quando ele fez aquela pergunta, usou o tom mais suave que ela já tinha ouvido
dele. Sentiu quando a mão esquerda que estava em seu rosto deslizou por seu corpo
até que ele apertou o dedo contra aquele seu ponto sensível, mais uma vez.
Ela suspirou e sussurrou miseravelmente.
- Eu não tenho a menor ideia.
- Você ainda quer continuar com isso?
Seus olhos demonstravam todo o seu pânico.
- Você não?
Seu olhar assumiu um brilho que ela não compreendeu e a sua voz se tornou
ainda mais rouca quando ele respondeu.
- O dano já está feito. E não tem como tornar a nossa situação pior do que já
era.
- Isso é um sim? - Perguntou ela.
- Sim.
- Obrigada. - Ela sussurrou.
- Você está me agradecendo?
- Eu não sei o que vou fazer se isso não der certo.
- Será tudo de bom entre nós, Jéssica.
Seus olhos desceram pelo seu corpo e ele franziu a testa. - Toda garota merece
uma primeira vez cheia de boas recordações e como já tirei isso de você, vou tentar ser
gentil, tentar corrigir o que estraguei. Mas você tem que entender que só será dessa
forma desta vez. Eu não quero intimidade com você ou qualquer outra pessoa, pois
desejo apenas sexo do jeito que descrevi para você antes e depois de hoje essa é a
maneira que tem de ser, ok?
Ela lambeu os lábios e assentiu com a cabeça.
Em sua tentativa de selar o acordo, saiu um gemido dele que veio do fundo de
seu peito e a sua boca pousou sobre a dela. Ele puxou o seu lábio inferior em sua boca
e quando ela gemeu, ele enfiou a língua dentro e realmente começou a beijá-la.
Foi a primeira vez que ele a beijou e Jéssica esqueceu tudo quando um
caleidoscópio de estrelas explodiu em sua cabeça.
Ele tinha um gosto tão bom, cheirava incrivelmente bem e tão suave por
debaixo das suas mãos que estavam pousadas em seus ombros segurando-o para ela.
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Lynda Chance
Ela estava tão preocupada com o fato real que não tinha pensado sobre a
emoção de apenas ser beijada. Beijaram-se sem parar até que seu batimento cardíaco
tornou-se totalmente selvagem quando ele rodou a sua língua em torno dela.
Ele levantou a cabeça e moveu os lábios em seu ouvido enquanto passava a
mão entre eles até pousar em seu ponto doce mais uma vez.
O sentimento era tão indescritível que ela se movia freneticamente por baixo
dele, levantando seus quadris contra ele.
Ele gemeu quando passou os seus dentes em sua orelha e ela sentiu a sua
respiração áspera em seu ouvido.
- Me desculpe se eu te machuquei antes, essa nunca foi a minha intenção.
Ele voltou a beija-la por todo o caminho de volta até os lábios, passando
lentamente sobre as maçãs do rosto até que a sua boca pairou sobre a dela.
Ambos estavam totalmente ofegantes.
- Você me perdoa?
- Sim. - Ela sussurrou completamente espantada e chocada com a virada que
aquele encontro havia tomado.
Sua língua saqueou a sua boca de novo e seus quadris se balançaram contra
ela.
Jéssica sentiu o poder da sua ereção movendo-se contra o seu corpo,
empurrando sem descanso contra ela. Sua mão deslizou de seu clitóris até a sua
entrada quando ele começou a excita-la lá. Ele abriu os lábios de seu sexo e passou o
dedo lentamente para cima e para baixo, uma e outra vez, quando empurrou para
dentro um pouquinho a sensação foi incrível. Ela gemeu em sua boca e seus lábios se
lançaram mais freneticamente nos dela.
- Você é tão bonita.
Seu dedo parou de provocá-la e entrou de uma vez dentro dela. Seu coração
parou e em seguida pegou uma cadência tão forte que ela achava ser impossível
sobreviver daquele jeito.
- Quando você entrou naquele restaurante no outro dia... Pensei que tinha
morrido e ido para o céu.
Jéssica soltou um pequeno lamento quando juntou o impacto das suas palavras
de sedução e da sua mão reivindicando o seu lugar mais íntimo.
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Lynda Chance
E então ela notou que ele a estava seduzindo e isso era exatamente o que ele
havia dito que jamais iria acontecer novamente depois desta noite, que ela só teria
esse momento.
Só Agora.
Ela sentiu uma lágrima deslizar pelo seu rosto enquanto tentava guardar cada
palavra e da sensação dos seus lábios contra os dela.
Suas emoções estavam tão tumultuadas que de repente ficou muito triste
diante da pequena amostra do céu que sabia que nunca mais iria experimentar com
ele novamente. Sua excitação escapuliu quando a decepção tomou conta dela, mas
sentia uma necessidade forte e poderosa para que ele estivesse dentro dela de
qualquer maneira.
Ela levantou os quadris novamente e ele entendeu o recado sutil.
Ele tirou a mão dela e moveu seu torso entre as suas coxas. Descendo, ele
ajustou sua posição e passou a ampla cabeça de seu pênis na sua abertura. Ele
começou a empurrar. Parou apenas para levantar as suas pernas e colocá-las em torno
de seus quadris.
- As mantenha aí, minha querida.
Ela fez o que ele disse e seus lábios voltaram para os dela. Ele empurrou para
dentro de seu corpo ao mesmo tempo sua língua empurrou em sua boca. Ele fez tudo
da mesma maneira e estrelas explodiram em sua cabeça enquanto ela sentia sua
espessura e o seu comprimento pela primeira vez e sem dor. Era apenas uma pressão,
muita pressão, mas não havia mais nenhuma dor.
Ela se agarrou a ele enquanto se beijavam, suas pernas ao redor de seus
quadris e as mãos segurando em seus ombros. Ele empurrou para dentro e para fora
várias vezes e achou aquilo bom, tão bom, mas sentia que não seria capaz de atingir o
pico de prazer novamente, pois era muito emocional para isso e ainda muito nova para
o jogo de qualquer maneira.
Mas Deus, aquilo era tão bom.
Ele tocou cada espaço dentro dela, seu corpo era tão forte e duro sobre o dela
e ela se sentia tão bem diante daquele ato, com aquele cheiro tão impressionante que
sabia que estava atolada na luxúria.
Apenas uma vez.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Isso é tudo o que teria e ela já estava tentando acabar com aquele grande
momento esmagando ele grandiosamente.
Ela tentou limpar os pensamentos de sua mente quando sentiu uma súbita
onda de energia vindo dele. Seus golpes se tornaram mais fortes, sua língua em sua
boca tornou-se mais dura e até mesmo em sua inexperiência ela sabia que ele estava
prestes a gozar.
E ela estava certa.
Ele rosnou em sua boca, um som que vinha profundamente de seu diafragma e
a sua ereção, se possível, tornou-se ainda mais difícil quando ele empurrou uma, duas,
três vezes contra ela e depois se acalmou completamente, suas mãos ainda segurando
o seu rosto.
Ele ficou assim por um momento até que sua cabeça caiu sobre o travesseiro ao
lado dela deixando o seu peso em cima dela, mas teve ainda o cuidado de ficar um
pouco de lado, apenas o suficiente para que ele não a sufocasse.
Ela olhou para o teto tentando entender nada e tudo o que atravessava a sua
mente. Ela não estava preparada para o sexo. Ou pelo menos, ela não tinha sido
preparada para o sexo com alguém como ele.
Antes que ela pudesse pensar muito nisso, ele levantou a cabeça e a beijou
rapidamente, apenas uma vez, na boca.
- Você está bem?
- Sim.
Ele estudou suas características e ela achou que ele ficou bem com o que viu,
pois ele gentilmente separou seu corpo do dela e ficou de pé.
Ainda era plena luz do dia e a visão de seu poderoso corpo nu foi
impressionante e real.
Na verdade a visão dele nu fez tudo àquilo de certo modo se tornar ainda mais
real.
Ele pegou a sua calça jeans e caminhou até o banheiro enquanto ela olhava ao
redor e encontrou a sua camiseta. Ela deixou o seu sutiã onde ele havia jogado e se
cobriu o mais rápido que pôde com a sua camiseta.
Jéssica teve apenas cerca de 60 segundo para encontrar a sua calcinha e
deslizá-la antes de Connor sair do banheiro vestido com a sua calça jeans.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela o olhou com cautela enquanto seu cérebro começava a trabalhar a mil por
hora. Ela tinha sangue em suas coxas, havia visto isso, mas apenas brevemente,
enquanto vestia a sua calcinha.
Mas e se tivesse sangue nele também?
Ela não teve coragem suficiente para perguntar, mas acabou descobrindo isso
de qualquer maneira.
Ele vestiu a sua camisa e se sentou na beira da cama, enquanto colocava seus
sapatos.
- Você sangrou.
- Sinto muito.
Ele se virou e olhou para ela com uma expressão de dor cobrindo as suas
feições.
- Olha, eu tenho que ir. Você vai ficar bem?
- Claro.
- Vejo você amanhã, ok?
- Sim.
Ele continuou a estudá-la.
- Você tem alguma coisa para comer quando tiver fome?
- Sim.
- O quê?
Sua mente procurou a melhor resposta. Mesmo agora com o dinheiro que ele
havia lhe dado ela ainda não tinha um transporte para ir comprar qualquer coisa, mas
notou quando estavam vindo para o apartamento que havia uma loja de conveniência
cerca de meia milha de distância e ela podia andar até lá se fosse necessário, mas não
haveria necessidade, pois ela tinha algumas coisas que a socorreria naquele momento.
- Manteiga de amendoim, barras de granola, coisas assim. Eu vou ficar bem.
Ele permaneceu em silêncio quando pegou seu sutiã do chão e entregou a ela.
- Você gosta de pizza?
Deus, sim, ela gostava e muito e jamais chegou a comer uma de verdade, exceto
aquelas da cafeteria da universidade que não tinham nem gosto de pizza.
- Sim.
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Ela se recostou na cama e observou quando ele pegou o seu telefone e discou um
número. Ele levou ao ouvido, enquanto ele estava tocando perguntou-lhe.
- Pepperoni, pode ser?
- Claro.
O telefone foi atendido e ele falou o endereço para entrega após fazer o seu
pedido. Ela apenas ficou sentada em total ofuscação.
Ele colocou o telefone de volta em seu jeans e pegou suas chaves e carteira. Ele
tirou uma nota de cem dólares e a jogou na mesa de cabeceira falando.
- Para a pizza.
Uma forte onda de náusea subiu pela sua garganta quando ele começou a se
afastar. Ela achava que ele iria ficar e comer a pizza com ela, mas evidentemente, ela
pensou errado.
Ele virou antes de sair completamente pela porta da frente e falou mais uma
vez.
- Eu tenho uma chave para esta porta e vou usá-la sempre que quiser. Sua
chave está no balcão da cozinha, mas quero que mantenha a porta fechada e use a
trava em todos os momentos, entendeu?
- Sim.
O olhar que ele lhe deu foi incendiário.
- Lembre-se do que eu disse. Eu sou o dono da sua vida sexual e tudo isso é
meu. Entendeu?
- Sim.
- Você atende ao telefone imediatamente se eu lhe chamar ou enviar uma
mensagem de texto. Sem desculpas, entendeu?
- Sim.
- Vejo você amanhã.
A porta se fechou e ela ouviu o som da sua chave quando ele inseriu e trancou
a fechadura pelo lado de fora.
Então era isso.
Ela saiu da cama e foi dar uma profunda olhada em si mesma no pequeno
banheiro. Ele tinha uma combinação de chuveiro e banheira, então ela ligou a água do
chuveiro para uma lavagem rápida.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela se enxugou com uma de suas duas toalhas, as únicas que possuía, e deslizou
um short fresco e uma camiseta limpa.
A campainha tocou e ela se lembrou da ordem que ele havia lhe dado.
Depois de pagar e despachar o adolescente, ela levou todas as coisas para a
cozinha e começou a pensar naquilo. Ela não tinha prestado muita atenção enquanto
ele fazia o pedido, mas evidentemente, ele não queria que passasse fome.
Havia duas grandes pizzas, uma fina e uma com uma crosta grossa, bem como
uma garrafa de dois litros de Coca-Cola Diet. E para o deleite de seu apetite aguçado,
havia também uma sobremesa, uma pizza com molho de chocolate. Não era
exatamente uma refeição equilibrada, mas não era sua culpa que o Connor havia
comprado comida suficiente para durar quase uma semana, caso ela apenas a
congelasse.
Quando as suas glândulas salivares entraram em atividade, Jéssica correu os
olhos sobre a festa na sua frente, afinal, havia tido um dia difícil, literalmente havia
acabado de dar a sua virgindade para alguém que não queria isso no mínimo, sem falar
no fato de que não tinha família e poucos amigos íntimos com quem comentar tudo
aquilo.
Então, foi direto para a pizza com molho de chocolate, afogar as magoas.
****
Mais tarde naquela noite, Connor estava esparramado no sofá da sua sala de
estar quando uma infinidade de memórias filmadas e gravadas em seu cérebro
passavam através de um panorama implacável que não ia embora.
Uma virgem.
Ela tinha sido totalmente fiel à vida e totalmente virgem.
Ele nem sabia que existiam mais.
Ele tinha certeza absoluta que nunca havia experimentado uma antes em sua
vida. Até mesmo a sua esposa não era virgem quando eles transaram pela primeira
vez. E antes disso, ele havia passado por sua escola e anos de faculdade apenas
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
marcando quantas garotas ele conseguia foder, literalmente só foder, chegou a criar
um livro todos os anos com esse tipo de marcação.
E nenhum deles tinha um registro de uma virgem.
A verdade é que ainda estava ondulando através dele várias ondas de pós-
choque.
De alguma maneira ele tinha conseguido encontrar a única virgem naquela
cidade maldita.
E onde diabos ele a encontrou? Em um maldito site que promovia arranjos
sexuais com uma base financeira.
Isso estava muito além de qualquer coisa que ele jamais poderia ter imaginado
acontecer.
Ele deveria ter puxado para fora de seu corpo pequeno e apertado e saído logo
em seguida, e para o inferno com a locação de seis meses que ele tinha assinado.
Mas não era sobre o dinheiro que ele estava remoendo o assunto.
Era apenas ela, caramba.
Ele não havia sido sacana com ela quando lhe disse que achava ela muito
bonita. Ela era realmente bonita. E não apenas aquele bonito engessado das mulheres
anteriores que havia conhecido a partir do site. É claro que agora ele sabia o porquê.
Ela não era artificial como as outras. Ela era magra e macia, com cabelos
brilhantes que caiam pelos seus ombros como ondas de seda. Sua pele era quase de
porcelana e cada vez que ela corou ele estava lá para ver. Suas feições eram delicadas
e ela possuía uma beleza etérea que era refinada. Ela era de estatura média e tão fina
que seu corpo era gracioso e delicado.
Ele não havia dito nenhuma mentira quando deslizou dos seus lábios aquele
comentário de que pensava ter morrido e ido para o céu quando a viu pela primeira
vez, apenas não tinha a intenção de dizer aquilo, na verdade, nunca teria feito aquele
comentário, mas, de repente, estava lutando contra si mesmo, havia algo se
arrastando em sua alma e ele se recusou a aterrorizá-la ainda mais.
Ele queria apenas que ela se sentisse especial naquele momento.
E também não era tão burro a ponto de descaradamente tirar a virgindade de
uma menina brutalmente ou apenas transar com ela de uma forma egoísta.
70
Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele tinha que fazer e dar muito mais do que o combinado entre eles, mas
precisaria adquirir um controle sobre isso.
Ele absolutamente não poderia pensar em continuar naquela direção.
Ele iria ter que deixá-la ir embora, um dia.
Talvez não depois dos seis meses previstos, como pensou inicialmente, mas ele
não podia ficar com ela para sempre.
Essa ideia era completamente ridícula para ser contemplada.
Certamente, ela havia lhe contado uma história convincente de por que estava
recorrendo a tudo isso, ele sabia que o catalisador era a perda da sua bolsa de estudos,
mas também sabia que havia acontecido algo antes disso.
Algo na sua história tornava impossível continuar a sua educação, algo que ele
ainda não sabia.
Algo que não deveria importar para ele, porém não podia negar que estava
muito curioso, mas tinha que fechar aquela parte de si mesmo e apenas seguir com o
planejado.
Não podia permitir ter qualquer coisa mais intima com ela.
Ele não queria sentir compaixão por ela ou por qualquer outra pessoa, nem nada
parecido. Ele tinha que se manter armado e ficar lembrando a si mesmo que a única
coisa que queria dela era apenas sexo, até mesmo porque não precisava e não queria
uma mulher em sua vida por qualquer outro motivo.
Mas tinha que concordar que até o momento tudo o que havia dito a ela era
apenas a mais pura verdade e que após essa noite de retrospecto, ele não poderia
mais lembrar sobre os sentimentos que neste instante comprimia o seu peito.
Mas agora, permitiria ter esses poucos minutos de contemplação.
Quando a conheceu no restaurante, ficou extraordinariamente aliviado com
tudo o que ela tinha dito, pois se conhecia muito bem e sabia que só concordaria com
esse tipo de acordo com um determinado tipo de mulher e ela mais do que superou
todos aqueles seus requisitos.
Não era apenas devido a sua beleza jovial, apesar deste ter sido o ponto de
partida.
Era também devido aos seus valores morais que gritavam pela inadequação
daquele tipo de reunião que estavam tendo. Tinha certeza absoluta que ela não faria
71
Uma Amante Inesperada
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qualquer coisa por dinheiro, só estava ali por causa das suas demandas mais do que
justificadas, pelo menos, maioria deles de qualquer maneira, e agora que ele sabia
sobre a sua total falta de experiência, ele não podia lhe empurrar ainda mais.
E ele queria muito mais, sem dúvida.
Mas o arranjo que queria inicialmente seria bem difícil para ela lidar, sem ter
nenhum tipo de conhecimento sobre as suas necessidades mais eróticas.
Teria que ser uma coisa de cada vez.
Ele tinha que encontrar um meio termo para que eles pudessem se dar bem,
pois jamais encontraria outra mulher como ela ou que estivesse disposta a fazer o que
ele pretendia, para ficar totalmente sob seu mandato, nem em um milhão de anos.
Ele não poderia assustá-la.
Mas sabia que não podia correr o risco de ficar emocionalmente perto dela.
Isso. Jamais. Iria. Acontecer.
****
Às sete horas da noite seguinte, Jéssica estava olhando por cima da última caixa
que havia acabado de desempacotar quando ouviu a porta da frente ser aberta.
Ela havia gastado todo o seu tempo arrumando as suas coisas, organizando e
decorado o apartamento com o melhor das suas habilidades e com aqueles seus
pertences limitados.
Mas naquele instante ela se pôs de pé e esperou.
Seus nervos sempre ficavam abalados quando pensava em Connor, mas
naquele instante deseja que fosse ele, caso contrário, seria um estranho destrancando
a porta e isso não ia ser nada de bom.
Mas é claro que era Connor.
Ele caminhou para dentro sem olhar nada depois de fechar a porta. Olhou
apenas uma vez em sua direção para, em seguida, caminhar até a mesa pequena da
cozinha e depositar um saco plástico que exalava um aroma que estava fazendo seu
paladar atingir o pico de alerta máximo.
- Comida chinesa.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele foi direto ao ponto como se a conhecesse há muito tempo, embora isso não
fosse verdade.
Ela lhe respondeu da mesma forma.
- Obrigada.
Ele pegou outras duas grandes sacolas enquanto ela permanecia parada no
mesmo lugar e foi até o banheiro, com curiosidade ela foi até a porta do quarto lhe
observar enquanto ele descarregava papel higiênico, toalhas, lenços umedecidos,
sabonete e xampu.
Ela soltou um pequeno suspiro de alívio.
Não havia um único rolo de papel higiênico quando se mudou para lá e agora
ela não precisava mais se preocupar com a tarefa de carregar aquilo dentro de um
ônibus.
Ela tinha seus próprios produtos de higiene pessoal, mas com tudo o que ele
comprou, os seus teria um tempo de duração bem maior.
Ela trabalhava a sua mente para tentar sobreviver com o mínimo de dinheiro
possível, assim, poderia economizar cada centavo do dinheiro que ele lhe dava para a
escola e o seu futuro.
Afinal, nunca mais queria ter de fazer algo assim em sua vida.
Então ontem à noite havia congelado imediatamente a maior parte da pizza
para que ela não estragasse e planejava fazer o mesmo com qualquer outro tipo de
alimento que ele trouxesse para ela, afinal, poderia sobreviver com muito pouco e a
comida que ele lhe havia fornecido até agora e os suprimentos que tinha acabado de
arrumar, poderia ficar por um tempo sem ter que ir às compras.
Sempre que ia às compras acabava comprando uma ou duas coisas a mais,
porque como não tinha um veículo, sempre ficava preocupada com quando iria poder
retornar a loja novamente. E então, antes que percebesse, acabava gastando todas as
suas economias. Desta forma, procurava ficar de fora de todas as lojas durante o maior
tempo possível.
Ele terminou de desempacotar as coisas no banheiro e voltou para o quarto,
tirando uma caixa enorme de preservativos, que colocou na mesa de cabeceira.
Seus nervos automaticamente se abalaram.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
A última coisa que surgiu foi algo parecido com um tubo de lubrificante e
quando ele colocou ao lado dos preservativos antes de jogar o saco vazio no canto da
sala, ela reconheceu uma grande onda de sofrimento se enrolando no seu coração.
O terceiro e último saco continha um jogo de cama com uma sólida cor
bronzeada, porém ele não fez nenhum movimento para tirá-los da embalagem,
simplesmente jogou a embalagem no canto mais próximo.
Quando finalmente virou para encará-la, lentamente e metodicamente
começou a desabotoar a sua camisa, enquanto seus olhos pousaram sobre ela e
prendendo seu olhar. Seus batimentos cardíacos aumentaram e uma lasca de medo e
excitação escorregou dentro de si, formando uma piscina aquecida entre as suas
pernas.
Ele jogou a camisa para longe e acenou com uma inclinação de cabeça a cama,
exatamente como havia feito na noite anterior.
Com as pernas mais parecendo gelatina, ela se arrastou até ficar sentada no
meio do colchão e exatamente como na noite anterior se encontrou envolvendo os
braços em volta dos joelhos como uma forma de autoproteção.
- Tire os seus shorts e a sua calcinha.
Neste instante ele já havia retirado os seus sapatos e meias, bem como a sua
camisa, então ele se virou na direção do criado-mudo e começou a desembrulhar os
suprimentos que havia colocado lá antes.
Ela tirou as suas roupas de baixo ficando completamente nua e puxou o
travesseiro na sua frente para se esconder um pouco dele.
Ele desabotoou a sua braguilha e quando colocou apenas um único
preservativo próximo ao seu alcance, começou a deslizar a sua calça jeans da sua
cintura.
Ele a olhou sentada no meio da cama e com um dedo fez um movimento de
espiral que lhe dizia claramente para que ela deitasse de costas novamente.
Ela fechou os olhos com força, para que dessa forma pudesse se fechar contra
ele e tudo o que estavam fazendo enquanto desenrolava as pernas e ficava na posição
que ele tanto queria.
- Não faça isso.
Ele sussurrou quando subiu na cama.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
- Não aja com mágoa ou beicinho quando não é toda minha a culpa pelo que
está acontecendo.
Ela sentiu seu braço envolver em torno de sua barriga, mais uma vez ele a
ergueu sobre os joelhos e abriu as pernas até que estivesse entre eles. Ela ainda ouviu
o barulho de um tubo abrindo e logo após sentiu um frio repentino entre as suas coxas
enquanto ele espalhava o lubrificante sobre ela.
Dentro de instantes ele já estava se empurrando dentro dela por trás. Seus
músculos estavam totalmente tensos, mas não havia nenhuma dor, apenas uma
pressão implacável e lenta, mas nenhuma dor.
O lubrificante realmente estava fazendo o seu trabalho.
- Estou machucando você?
Jéssica sentia que se ela lhe respondesse naquele instante, ele seria capaz de
perceber que ela estava chorando de novo. Na verdade ela nem tinha percebido isso
até que foi confrontado com a necessidade de falar.
Ele se afastou e voltou com um golpe suave.
- Responda-me.
Ela balançou a cabeça e conseguiu dizer.
- Não.
Nenhuma outra palavra foi dita entre eles.
Ele continuou a bater nela, até mesmo com alguns golpes fortes que a
dizimaram completamente, lhe mantendo presa à cama.
De longe, muito longe, vindo dos recantos mais distantes do seu corpo, uma
pequena onda de calor começou a brilhar, porém ela começou a lutar bravamente
contra ela, pois em quaisquer outras circunstâncias ela poderia ter permissão para se
libertar, mas não agora... não como esta.
Ele tinha comprado o seu corpo, mas jamais poderia comprar esse tipo de
resposta, até mesmo porque as suas atitudes mostravam que ele parecia não querer
isso e também já era tarde demais de qualquer maneira.
Ele rosnou baixo em sua garganta como se fosse um animal raivoso,
esmurrando o seu corpo como se estivesse fora de controle até que se empurrou pela
última vez contra ela, com seus dedos afundando na carne de seus quadris, lhe
segurando firmemente e se trancado dentro dela.
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Capítulo Cinco
Depois de mais sete noites exatamente da mesma forma, Jéssica sentiu que
Connor havia estabelecido um padrão para a 'relação' deles.
Ele trazia comida todas as noites, sempre o suficiente para alimentar duas
pessoas, mas nunca ficava para comer com ela. Ele nunca ficava mais de meia hora no
apartamento e sempre a comia na mesma posição, de bruços, todas às vezes.
Ele nunca mais a beijou ou tocou em seus seios, jamais pediu para que ela
ficasse completamente nua e nunca mais tentou excitá-la novamente como havia feito
na primeira noite. E continuou a usar o lubrificante nela.
Era apenas ‘foder’ ela, exatamente como havia lhe dito no começo, ela seria
apenas o que ele havia descrito, apenas um corpo feminino que ele usava para aliviar
as suas necessidades sexuais.
Sem perceber conscientemente, começou a pensar que a sua parte abaixo da
cintura pertenciam a ele, mas tudo acima da cintura ainda sendo dela e seguro do seu
toque.
E ela deveria se sentir aliviada com o jeito de Connor, pois ele poderia ter sido
muito, muito pior. Apesar de não ser gentil, ele não era uma pessoa realmente difícil.
Ele sempre começava lentamente e ela sabia que ele fazia isso para não machucá-la.
Pelo menos ela tinha muito que agradecer.
Ela sabia que ele realmente jamais a machucaria e também que não exigia nada
demais dela e que se fosse possível se reconciliar com o que eles estavam fazendo
juntos, talvez a sua consciência a deixaria um pouco em paz.
Todas as noites antes de sair ele sempre lhe perguntava se ela estava bem.
Seus olhos sempre fitavam os dela e ela sentia que ele estava realmente preocupado.
Talvez fosse por não querer perder a sua peça conveniente de bunda, mas isso não
deveria ser tudo.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele nunca esperava nada dela, mas ela sabia que ele poderia facilmente obter
gratuitamente o que ele estava pagando uma pequena fortuna.
Ela não teve que aprender todos os movimentos sexuais, na verdade ela não
tinha que fazer nada, apenas abrir as pernas todas as noites para ele.
Para ser franca, ela era apenas uma vagina para ele.
Mas se parasse para analisar à fundo o que estava fazendo, ficaria louca.
Então tentava todos os dias o seu melhor para não pensar nisso.
Mas, já havia decidido que aquilo que estava fazendo com ele não era
prostituição.
O que ela era, mesmo que nunca houvessem discutido isso, a sua amante.
Simplesmente não havia outra terminologia correta para ser usada neste caso.
Ele pagava pelo seu apartamento, além de todas as suas despesas e em troca,
ela o acomodava sexualmente.
Bem, isso era bem melhor do que a prostituição, certo?
Isso era definitivamente bem mais seguro e muito mais limpo do que o outro
caso.
Mesmo que ainda a fizesse querer vomitar.
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do seu comprimento, assim como havia feito muitas e muitas vezes. Mas então ele
abriu a boca e lhe perguntou algo que era muito, muito além do comum.
- Não lhe ocorreu que com a sua aparência você poderia ter vendido a sua
virgindade por tanto dinheiro que nunca mais teria que trabalhar de novo?
O coração de Jéssica deu uma guinada de dor e ela deixou cair a colher de
servir que estava em sua mão.
Ele a encarava de uma forma totalmente brutal.
Isso é o que ele pensava dela?
Esse é o tipo de coisa que ele pensava que ela era capaz de fazer?
Será que achava que ela estava procurando o caminho mais fácil, para nunca
mais ter que trabalhar?
Jesus Cristo, vender a sua virgindade?
Ele era uma pessoa doente.
É claro que ela nunca na vida havia pensado nisso.
Ele ficou à espera de uma resposta e ela sabia que não era a sua intenção que
ficasse com raiva.
Mas isso era exatamente a forma como ela se sentia.
E talvez era porque a raiva era uma emoção mais fácil e ele sabia que ela se
sentiria dessa forma em vez de sentir uma grande dor diante daquele comentário.
Claramente que a sua teoria sobre ser a sua amante estava muito errada,
porque ela não era absolutamente nada, apenas uma prostituta em sua mente.
- Não.
Ela lhe respondeu baixinho enquanto pegava a colher novamente e criava uma
barra de aço para suportar a sua espinha.
- Mas você teria feito isso, certo? Se tivesse pensado nisso?
Ela se esforçou para chegar a uma resposta adequada. Queria apenas ser capaz
de jogar fora a verdade, o que era uma negação ou até mesmo uma mentira e lhe dizer
apenas ‘com certeza'.
Mas ela não podia fazer qualquer um dos dois.
Então, antes de lhe responder, colocou a colher dentro da pia e começou a
fechar os recipientes enquanto perdia totalmente o seu apetite.
- Não está na hora de você ir embora?
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No dia seguinte, Jéssica acordou e decidiu que iria passar o dia de forma
diferente do que os anteriores. A única coisa que havia feito até o momento era
organizar e limpar o apartamento e dar alguns passeios em torno do complexo de
apartamentos. Agora estava decidida a agitar um pouco as coisas, até mesmo porque
não sabia com certeza até quando Connor iria manter toda aquela merda.
E se de repente ele tivesse um ataque e acabasse de vez com aquele negócio?
Ainda bem que podia contar com a oferta do Anthony e lhe pedir a qualquer
momento para vir buscá-la, de modo que eles pudessem fazer alguma coisa divertida.
O dia estava ensolarado e quente, então logo após almoçar, ela vestiu um maiô
debaixo de um short e uma camiseta e foi explorar novos ambientes.
Aquele lugar era próprio para ser alugado apenas por alguns meses, pois tinha
quase tudo o que uma pessoa poderia querer. Além de piscina e a área do SPA, ainda
continha um ginásio, um local próprio para lavagem de carro e um clube completo,
com televisão enorme de LCD plana, uma mesa de bilhar, uma prateleira cheia de
DVDs, revistas e livros de bolso.
Ela já havia frequentado aquele espaço umas três ou quatro vezes, agora cada
vez que ia até ele sempre o encontrava vazio.
Ela não tinha uma televisão em seu apartamento, portanto, ter acesso livre ali
era uma grande conveniência para ela, mas por agora, apenas escolheu um par de
livros e uma revista e caminhou de volta para a área da piscina, que também estava
completamente deserta, resolveu se acomodar em uma espreguiçadeira próxima ao
pátio de seu apartamento.
Ela estava lá fora apanhando um pouco de sol e lendo por talvez uma hora,
quando dois rapazes desceram um lance de escadas em frente ao seu apartamento,
parando muito próximo de onde estava. Ela ficou surpresa ao perceber que conhecia
um deles, na verdade não o conhecia pessoalmente, pois jamais havia falado com ele,
mas tinha lhe visto ao redor do campus várias vezes.
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Por que não lhe ocorreu antes o fato de que o prédio poderia abrigar alguns
alunos, desde que estava localizado tão próximo ao campus?
O outro cara que nunca havia visto antes mergulhou na piscina, enquanto o da
sua faculdade falava com ela.
- Olá.
- Olá. - Ela falou.
- Eu não sabia que você morava aqui. - Disse ele, enquanto colocava uma toalha
e um frasco de protetor solar em cima de uma mesa a poucos metros dela.
- Acabei de me mudar. Morei no campus por dois anos.
Ele sorriu.
- Ah, a liberdade. Você vai gostar disso, é muito melhor.
- Você acha?
- Claro. O lugar está cheio de veteranos. Festas a todo o momento e sem a
preocupação de consumir álcool e ser pego pela polícia do campus.
- Parece divertido.
- Qual o seu nome? - Perguntou ele.
- Jéssica.
- Eu sou o Eric. Estuda Geologia, certo?
Ela ficou surpresa por ele saber daquele fato.
- Sim e você?
- Medicina, baby. - Ele deu uma voltinha ao falar aquilo.
- Impressionante.
Ele riu.
- Eu tento ser.
Ele continuou a olhá-la ainda mais profundamente quando as suas
sobrancelhas se juntaram em uma carranca que ela não conseguia interpretar o
motivo, mas ele não parecia com raiva, apenas contemplativo.
- Você mora sozinha?
- Sim. - Respondeu ela lentamente.
- Em um apartamento?
- Você tem um apartamento desses só para você?
- Sim.
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Aquela noite ele trouxe tacos. Ela podia sentir o cheiro deles lá do quarto
quando Connor entrou.
Jéssica ainda estava triste com aquela sua pergunta depreciativa na noite
anterior e havia decidido que a melhor maneira de lidar com ele, era se livrando o mais
rápido possível.
Bem cedo havia lavado o novo jogo de roupa de cama e quando Connor chegou
naquela noite, estava sobre ele, nua da cintura para baixo, como parecia ser a sua
preferência, mas completamente coberta com o lençol na parte de cima.
Em sua mão havia um livro de bolso que estava quase terminando de ler.
Quando ele entrou no quarto, ela trabalhou internamente para manter toda a
emoção fora da sua expressão.
Ele se manteve em alerta, parado na porta do quarto, apenas lhe observando
com curiosidade. Jéssica sabia que ele estava perplexo, porque ela estava agindo fora
do comum, afinal, ela nunca antes havia feito um movimento em direção à cama até
que ele fizesse o sinal para ela deitar lá.
Como de costume ele não disse uma única palavra e como isso era rotina,
apenas colocou o livro na mesa de cabeceira e virou de barriga para baixo esperando
por ele, enquanto segurava o travesseiro sob a cabeça.
Ele não fez nenhum movimento por um longo tempo, e quando o fez, foi muito
lento e vagaroso enquanto se despia.
Ela podia sentir os seus olhos sobre ela o tempo todo, o que fez com que o seu
coração batesse alto em seus tímpanos. Era por volta das sete da noite, a sua hora
habitual, quando a noite ainda nem tinha começado a cair.
Quando ele se postou ao lado da cama e puxou o lençol que lhe cobria, sentiu
levemente o frio em suas nádegas nuas, ao mesmo tempo em que o ouvia sugar uma
forte respiração.
- O que diabos você fez?
Nervosa com a pergunta e o seu tom de voz, ela se ergueu sobre os cotovelos e
olhou para trás.
- O que você quer dizer com isso?
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Ele estava olhando para a sua bunda e pernas, e embora soubesse que havia
ficado muito tempo no sol, não tinha percebido até aquele momento o quanto.
Ela sempre se queimava com muita facilidade, porém não conseguiu perceber o
dano antes, pois o leve rosado de sua pele não doía, pelo menos não ainda.
Diante do seu contínuo silêncio, ela respondeu a sua pergunta.
- Sentei-me à beira da piscina hoje para ler um livro. Acho que acabei tomando
muito sol.
Ele tirou os olhos da sua bunda e os pousou sobre seu rosto.
- Você apenas acha?
Ela encolheu os ombros.
Sua testa estava franzida, enquanto ele continuava a olhar para a sua metade
inferior com a boca achatada em uma linha de desaprovação.
Tão rapidamente como um bote de uma cobra, ele a virou na cama e lhe tirou a
camiseta que cobria o seu torso. Agora ela não tinha nada por baixo dele, o que a fez
se recostar sobre os cotovelos em uma posição semirreclinada e respirar com
dificuldade. Ela entrou em pânico ao ver o olhar feroz em seu rosto enquanto ele
continuava segurando a sua camiseta na mão e inspecionado suas novas linhas de
bronzeado.
- Este? - Ele apontou para o esboço fraco de seu biquíni com a mão. - Este é o
tipo de maiô que você usou hoje na piscina?
Pelo espaço de alguns segundos, ela pensou que ele estava com raiva porque
tinha ficado muito bronzeada, e que talvez, apenas talvez, ele estivesse preocupado
com ela.
Mas não, é claro que não era nada disso.
Ele estava chateado porque ela havia usado de acordo, com a sua estimativa,
muito pouca roupa.
Em um movimento tão rápido como o que ele havia usado anteriormente com
ela, ela puxou a sua camiseta de sua mão e saiu debaixo dele, deixando-o tão surpreso
que ele acabou quase caindo ao lado da cama.
Por algum motivo insano ela precisava passar a sua camiseta por sua cabeça e
enquanto lutava com aquilo sabia o verdadeiro motivo. Sentia-se completamente e
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totalmente nua sem a blusa, mas o sentimento não era apenas uma nudez física e sim
emocional.
Ela ficava emocionalmente nua sem a camiseta.
Ele usou a sua metade inferior com tanta frequência e tão sem piedade, que a
tornou totalmente imune a ela.
Mas não os seus seios.
Os seus seios e ombros ainda eram dela, ele ainda não havia tocado aquela
parte, nem mesmo naquela primeira noite, ela os queria sempre cobertos quando
estivesse com ele, como agora.
Com a camiseta firmemente no lugar, ela cruzou os braços sobre o peito e ficou
contra a parede oposta da sala, sentindo a onda de choque percorrer como água fria
em suas veias.
Ele se ajoelhou na cama completamente nu, mostrando os seus bíceps
protuberantes e perfeitos e a sua ereção se projetando para fora de seu corpo como
uma prova da sua necessidade e virilidade suprema.
A visão de seu corpo perfeito e pronto, mostrando toda a sua arrogância e o
epítome do macho dominante, a irritou.
- Uma roupa de banho pode ser composta de uma ou duas peças. E desde
quando é da sua conta o tipo de maiô que eu escolho para vestir, maldição?
- Você só pode estar de brincadeira, certo? - Ele saiu da cama e começou a
avançar sobre ela.
- Eu sou dono do seu pequeno corpo e você precisa começar a entender isso,
em seguida, você precisa se lembrar sempre dessa merda. - Ele rugiu.
Ela o evitou passando por debaixo do seu braço inesperadamente e correu para
o outro lado da cama, sentindo-se ainda mais confortável com uma grande peça de
mobiliário entre eles.
- Porra. Você não tem o direito de me dizer que tipo de roupa de banho devo
vestir.
Parando de repente, ele se encostou a parede e cruzou os braços sobre o peito,
aquele era um movimento projetado para parecer preguiçoso e desinteressado, mas
Jéssica não se deixou enganar nem um pouco.
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Ela sabia que por trás daquela sua fachada legal ele estava ferozmente
zangado. Mas com a visão dos seus bíceps, da sua ereção empurrando para cima e
aquele seu olhar irritado e ameaçador, ela começou a hiperventilar.
Seus olhos corriam por todo o seu comprimento, até que parou entre as suas
pernas que estavam em plena exibição devido a sua camiseta curta, apenas olhando
fixamente para ela. Lentamente, ela deslizou uma mão para baixo e cobriu-se lá.
Ele desviou o olhar para o seu rosto, levantando uma sobrancelha e começou a
abanar a cabeça, quando um deslize de apreensão se estabeleceu em sua barriga.
Ela odiava quando ele fazia isso!
Ela odiava quando ele apenas balançava a sua cabeça ou a inclinava lhe
dando ordens não verbais para que saltasse sobre a cama.
Ela ignorou a demanda em silêncio e continuou a se cobrir, enquanto ele
continuava completamente imóvel.
- Para cama. - Ele retrucou.
Ela hesitou e a sua expressão tornou-se ainda mais ameaçadora.
- Você está me recusando, Jéssica?
Uma grande apreensão passou através dela, mas logo ela balançou a cabeça
bruscamente e mantendo-o em sua linha de visão, colocou um joelho em cima da
cama e começou a subir.
- Tire a camiseta.
Em pânico com a nova demanda, ela congelou e se virou totalmente para olhar
para ele.
Ele estava se movendo na sua direção, subindo na cama logo atrás dela, mas
ela ignorou completamente o seu último comando e deitou de costas, na posição em
que pensava que ele a queria.
Ele veio por trás dela.
- Eu lhe disse para tirar a camisa.
Ela fechou os olhos, aliviada por ele não poder vê-la fazer isso e começou a
balançar a cabeça freneticamente.
- Por quê? - Ele perguntou calmamente, na verdade demasiadamente calmo.
- Você não pode ter os meus seios.
A resposta escapou através dos seus lábios trêmulos.
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Ela ficou sentada no meio da cama e apertou o lençol sobre ela e esperou que
ele saísse do banheiro, porém não sabia o que dizer a ele.
Jéssica perdeu tempo ao se preocupar com isso, porque ele não lhe deu
nenhuma oportunidade de falar, pois quando Connor saiu do banheiro, ainda sem
olhar na sua direção ou até mesmo sem falar a sua habitual frase, ‘ate amanhã’, partiu
do apartamento batendo a porta atrás dele.
Ela sentiu pouco consolo no seu cérebro ferrado quando o ouviu fechando a
porta pelo lado de fora.
****
Trinta minutos depois, Jéssica saiu daquela sua letargia e deslizou para fora da
cama, afinal ainda era muito cedo para ir dormir e sabia que não seria capaz de dormir
de qualquer maneira.
Mecanicamente foi até o banheiro tomar um banho quente e tentar relaxar a
tensão em seus músculos. Seus nervos haviam relaxado emitindo um zumbido baixo
em vez do ruído alto que estava batendo através de seu sistema há apenas meia hora
atrás.
Ela ficou parada debaixo da água quente até que ela se tornou morna, enxugou
seu corpo e vestiu uma calcinha e uma camiseta esfarrapada e velha que costumava
dormir regularmente.
Ainda escovou os dentes e passou uma loção sobre seu corpo, desfrutando o
frescor contra o calor de sua pele beijada pelo sol.
Ela foi até a sala de jantar e olhou para o recipiente de tacos que antes havia
tentado tanto o seu apetite. Agora, não sentia mais nada, apenas um pouco de enjoo,
só de pensar em comer alguma coisa. Resolveu guardar tudo na geladeira e quando
terminou parou na pia para beber meio copo d’agua.
Depois do que havia acontecido com Connor, não conseguia parar de se
preocupar com seu futuro imediato.
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Os últimos dez dias foram difíceis, mas pelo menos havia um ritmo e
continuidade ao relacionamento, e isso havia colocado a sua mente mais à vontade
sobre os dias e semanas que estavam por vir.
Mas a partir de hoje não seria mais assim.
Ela estava de volta ao estado de preocupação.
Ela tentou terminar de ler os últimos capítulos de seu livro, mas seu cérebro
estava demasiado tenso para reter as palavras que lia. Colocando ele de lado,
caminhou ao redor do apartamento desesperadamente desejando ter uma televisão
ou um computador próprio. Ela nunca teve dinheiro suficiente para comprar um
laptop, mas felizmente, quase todos os outros estudantes tinham acesso a um, desta
forma todos os computadores da universidade estavam quase sempre disponíveis
quando necessitava.
Porém, não tinha mais esse luxo aqui.
Ela nem sequer tinha Internet em seu telefone.
Sentia-se completamente cansada, mas sem sono.
Agarrando o seu travesseiro e cobertor voltou para o sofá e deslizou sobre ele.
Ela tinha uma bela vista através das cortinas sobre as portas francesas, podia
ver todo o caminho através das cercas de ferro forjado até a água suavemente
ondulada da piscina. Então fixando o seu olhar na água, fingiu que estava assistindo
uma televisão, até que finalmente sentiu o doce esquecimento do sono alcançá-la.
****
O relógio interno de Jéssica e a lua cheia brilhando a sua luz através das portas
francesas lhe disseram que estava no meio da noite, quando foi despertada pelo som
da abertura de sua porta da frente.
Em pânico sentou rapidamente e apertou a colcha contra o peito, mas não
conseguiu conter o suspiro alto de medo que escapou de seus lábios.
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do rosto e o levantou, continuou a segurar seus olhos até que seus lábios se fecharam
sobre os dela.
Aquele era o primeiro beijo de verdade que ele havia lhe dado desde aquela
primeira noite, afinal aquele último que havia lhe forçado há algumas horas antes não
contavam, pois eles estavam cheios de desprezo e eram apenas puni-la, apenas para
exercer o seu domínio e controle sobre ela.
Mas esse beijo era completamente diferente.
Suas pálpebras se fecharam enquanto ela gemia baixinho em seu peito e diante
daquele pequeno ruído a sua língua se empurrou entre os seus lábios e se enroscou
com a dela.
Ele a beijou uma e outra vez, com as mãos ainda lhe segurando o couro
cabeludo quando sua língua e seus lábios lhe exigiam uma resposta.
Ela deu a ele prontamente ao sentir a sua repentina gentileza e a sua
necessidade de intimidade como um bálsamo para seu coração dolorido.
Envolvendo os seus braços ao redor de seu pescoço se entregou ao beijo como
se ele realmente pertencesse a ela. Empurrou violentamente qualquer outro
pensamento de sua mente fingindo que ele era dela e que o manteria para sempre.
Sua excitação cresceu rapidamente e de acordo com a respiração entrecortada
dele, ela sabia que ele sentia o mesmo.
Não foi nenhum choque para ela quando ele estendeu a mão e sem hesitar,
deslizou a sua calcinha pelas suas pernas e a jogou de lado.
Mas ficou completamente chocada quando ele a soltou do beijo e empurrou a
sua cabeça entre as suas pernas.
Ele agarrou seus joelhos e manteve bem distantes um do outro para em
seguida, passar as mãos pelo interior de suas coxas e abri-la completamente para ele,
espalhando a sua feminilidade e depois colocando o dedo no local acima de seu sexo
que a excitava e a tornava suave e flexível para ele.
Ele concentrou o seu olhar entre suas coxas, para depois erguer os olhos para
ela e perguntar lentamente.
- Que outras coisas você nunca fez na vida?
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Capítulo Sêis
A voz de Connor soou profunda e torturada quando ele lhe fez aquela
pergunta, mas não chegou a esperar por uma resposta, pois assim que proferiu
aquelas palavras a sua atenção voltou na direção das suas coxas abertas.
Ele rodou um dedo sobre seu clitóris e em seguida, colocou a sua língua na
entrada da sua vagina exposta e subiu por todo o caminho até o topo.
Ela se esticou e soltou um pequeno som, e diante do seu gemido de aprovação,
ele fez isso de novo... e de novo.
Suas mãos agarraram os seus cabelos enquanto a sua língua se afundava
dentro dela e seus dedo manipulava o seu clitóris majestosamente, massageando e
rodando sem parar.
Ela choramingou novamente, pois sentia uma intensidade dentro de si jamais
sentida. Uma incrível intensidade que fazia com que seus quadris se movimentassem
buscando um maior atrito contra seus dedos e boca.
Ele subiu a sua outra mão pelo seu torso até que pousou em um seio, foi
quando ela imediatamente endureceu contra ele.
Ela ainda não conseguia abrir mão disso e por isso não queria que ele a
tocasse ali.
Ele deve ter sentido a sua objeção, pois imediatamente tirou a mão do seu seio
e a colocou em seu quadril.
Seus dedos afundaram em sua carne quando ele a agarrou com força.
A sua preocupação foi embora tão rapidamente como havia chegado e Jéssica
foi transportada para um mundo que nunca tinha visitado antes.
Enquanto ele continuava a brincar com o seu corpo, ela sentiu que o seu
orgasmo estava fora de alcance e começou a choramingar, precisando de algo mais.
Ele redobrou os seus esforços e enfiou dois dedos dentro dela, enquanto seus
dentes e língua assumiam o seu clitóris estimulando ainda mais forte.
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Ele não disse nada enquanto comiam, mas olhava para ela de forma constante
na maioria das vezes, o que lhe causava uma dificuldade de engolir a comida na frente
dele, apesar de seu apetite estar nas alturas. Ela terminou de comer antes dele e se
levantou rapidamente para começar arrumar a bagunça.
Quando ele terminou de comer se dirigiu até a pequena cozinha e colou as suas
costas contra o balcão, prendendo-a com seus braços.
Ao se inclinar para o seu ouvido sussurrou.
- Eu adorei fazer você gozar. Na verdade, amei fazer você gozar. Quero que
compreenda quando digo que vou fazer mais isso com você, ok?
Ambos ficaram como que encantados e pavimentados com aquelas suas
palavras e a única coisa que conseguiu fazer foi apenas acenar com a cabeça em
concordância.
Ele levantou a cabeça de seu ouvido e lentamente tocou com um dedo na
ponta do seu nariz.
- Até amanhã.
E então foi embora.
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canais de filmes mais antigos. Esse era absolutamente um dos seus filmes favoritos de
todos os tempos e ela não o via há muitos anos.
Conhecendo bem toda a história, sabia de cor que ele tinha cerca de quatro
horas de duração. Rapidamente calculou o tempo e sabia que teria tempo de sobra
antes de Connor chegar até o seu apartamento naquela noite.
Ela tirou os sapatos e o seu celular do bolso, colocando o segundo na sua
pequena pilha de livros e se afundou no sofá, grata como o inferno, por ter encontrado
uma maneira mais decente de passar a sua triste e solitária tarde.
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Sua coluna se enrijeceu, pois ela tinha de ser capaz de ir para lá sempre que
quisesse, até mesmo porque não tinha nada para fazer em seu apartamento, nada.
- Mas-
Ele a cortou.
- Vamos.
Ela engoliu em seco e a sua cabeça começou a girar com a mudança repentina
de assunto.
- Ir para onde?
Ele não lhe deu a resposta que ela havia lhe pedido, apenas exigiu.
- Pegue logo a sua bolsa e vamos. Apresse-se.
Jéssica respirou fundo e foi pegar a sua bolsa no quarto. Ela o seguiu para fora
do apartamento e ficou ao seu lado enquanto ele continuava irritado.
- Para onde vamos?
- Deveria ser óbvio. Você precisa da porra de uma TV, urgentemente.
- Oh, não, está tudo bem. Eu não posso gastar todo... - Ela baixou a voz uma
oitava. - Parte do meu dinheiro em uma televisão. Posso ficar sem uma sem nenhum
problema.
O olhar que ele lhe dirigiu era gritante.
Ele não lhe respondeu, apenas a segurou pelo pulso e lhe puxou na direção da
porta do passageiro do seu Escalade e a colocou dentro do veículo.
Ela se ocupou colocando o cinto de segurança enquanto ele dava a volta no
carro. Ela ficou em silêncio enquanto ele dirigia por cerca de quinze minutos para um
grande centro comercial, onde continha uma enorme loja de eletrônicos.
Ela o seguiu sem uma palavra.
Ele pegou uma televisão de tela plana e todos os seus acessórios em menos de
cinco minutos. Então ele a levou para o departamento de leitores de livros digitais.
- Escolha um.
Ela sentiu quando seus olhos se arregalaram diante daqueles eletrônicos caros,
então sem palavras, começou a sacudir a cabeça.
- Jéssica. Escolha um. Você gosta de ler e fica presa no apartamento o dia todo
e precisa de livros. Este material é para o meu deleite. O meu presente para você.
- Não, eu-
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Só porque estava criando uma conta para ela, não significava que ela tinha
que realmente comprar alguma coisa, certo?
Quando ele terminou, colocou o leitor de livros na mesa de café e ficou de pé
para encará-la. Colocando as mãos em seus ombros, começou a andar até que
encostasse as costas dela na parede.
- Você acha que tem brinquedos o suficientes para mantê-la ocupado por
algum tempo? Entretenimento suficiente para manter essa sua bundinha linda segura
no apartamento? Será que a partir desse momento não preciso mais me preocupar
com você se colocando em perigo?
Suas costas bateram na parede.
- Eu não te pedi para me comprar nada.
- Não, eu sei que você não fez isso.
Ele segurou seu queixo entre os dedos e o polegar e levantou o seu rosto para
ele.
- Não é seguro você frequentar aquele clube sozinha. Sinto-me como uma
merda por não perceber antes que você precisava ter aqui dentro toda essa porcaria.
Prometa-me que não vai se colocar em perigo de novo.
Havia algo em sua voz e em seus olhos enquanto a olhava que demonstrava
para Jéssica que a sua preocupação por ela era real. Aquilo lhe enviou um espiral de
prazer inebriante por suas veias tão forte que saturou todos os seus sentidos.
Seu tronco foi pressionado contra o dela e ela pôde sentir a sua ereção
crescente pressionada contra seu estômago, aquilo a fez lembrar o seu orgasmo da
noite anterior, fazendo com que a sua respiração ficasse ofegante.
Ele estendeu a sua mão livre e aterrissou entre as suas coxas, na parte dela que
ele mais queria. Ele a agarrou na palma da sua mão como se fosse o dono dela e
quando voltou a falar a sua voz estava mais profunda do que o habitual.
- Prometa-me.
Sua mão estava quente em seu corpo e repentinamente uma grande
necessidade dele nublou o seu processo de pensamento, mas ela ainda tinha fôlego o
suficiente para empurrar para fora uma resposta, mesmo não conseguindo mais se
lembrar da pergunta.
- Eu prometo.
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Sua mente tinha ido embora e ele deve ter percebido isso. - O que você está me
prometendo, Jéssica?
Ela olhou em seus lindos olhos e a sua mente entrou em total parafuso quando
um rio de excitação correu por sua espinha e formou uma piscina de formigamento e
umidade entre as suas coxas.
- Eu não sei.
Connor sorriu para ela e pela primeira vez desde que havia lhe conhecido, foi
um sorriso real e ao vê-lo, todas as células do cérebro que ainda que precariamente
estivesse em funcionamento, ficaram totalmente desligadas.
Ele a pegou no colo e a levou para a cama.
Dentro de poucos segundos ele estava completamente despido, assim como a
sua parte de baixo. Ele começou a levantar a sua camiseta sobre a cabeça, mas Jéssica
ainda não estava pronta para isso, então agarrou a bainha nas laterais para evitar que
ele a movesse.
- Não?
Ele perguntou sua voz não mais que um sussurro suave.
Ela balançou a cabeça para trás e para frente.
Ele franziu a testa e seus olhos momentaneamente caíram sobre o seu peito
que estava subindo e descendo com agitação sob o algodão de sua camiseta.
Mas ele apenas se inclinou e a beijou na testa.
- Ok, baby.
O som rouco da sua voz proferindo aquele carinho enviou uma onda de calor e
confusão por ela.
Ela tentou ficar de costas, esperando que fosse isso que ele iria voltar a querer,
mas ele tinha outros planos. Ele ergueu seu corpo, usando a força do braço, até que
Jéssica se encontrasse em cima dele.
Ela prendeu a respiração quando sentiu a dureza do seu pau atrás dela,
empurrando na direção da sua bunda, da sua suavidade feminina aberta se espalhando
sobre o seu torso inferior.
O sentimento era elétrico e seus olhos queimavam um ao outro.
- Você acha que vai gostar deste jeito? - Perguntou ele.
Jéssica se apoiou sobre ele com as mãos em seus ombros.
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- Sim. - Respondeu ela enquanto se equilibrava com uma mão e empurrava seu
cabelo atrás da orelha com a outra.
Ele estendeu a mão e passou os dedos pelo seu cabelo, desde a raiz até as
pontas.
- Deixe desse jeito. Gosto do seu cabelo na minha cara. Colocando a mão atrás
de seu pescoço, ele gentilmente a puxou para baixo e começou a beijá-la.
Seus lábios travaram sobre os dela e a sua língua mergulhou profundamente
em sua boca. O gemido que ele soltou a fez lhe responder com outro vindo do fundo
de sua garganta.
Enquanto se beijavam, seu corpo começou a doer pela plenitude que apenas
ele poderia lhe dar e com vontade própria, seus quadris começaram a se balançar
contra ele, mas quando ele colocou uma mão entre seus corpos e começou a esfregar
seu clitóris, Jéssica sentiu uma onda de emoção tão forte que não conseguiu se
controlar.
O beijo agora estava mais que selvagem e a espera em seu íntimo estava
ficando cada vez mais difícil e mais forte, enquanto ele continuava a persuadi-la a
perder o seu controle.
Ele tirou a boca da dela.
- Você está perto?
- Sim.
- Sente-se em mim, baby.
Jéssica não teve nem tempo para lhe responder, pois Connor logo em seguida a
levantou e ficou lhe segurando equilibrada sobre ele até que ela sentiu a cabeça do
seu pênis em sua entrada.
A sensação era incrível.
Ela não aguentava mais e começou a empurrar para baixo sobre ele, afundando
lentamente até que ela não havia mais nada dele a conquistar. Ele ajustou a sua
posição sobre ela e levantou novamente os seus quadris e quando ela afundou
novamente, encontrou-o ainda mais profundamente do que antes.
Ele a levantou ainda mais três vezes, para depois deixa-la assumir o controle.
Uma sensação de prazer indescritível percorreu pelo seu corpo.
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Ela ouviu o som de gemidos através de sua confusão e de alguma forma, sabia
que eram provenientes de sua própria garganta, mas ela não se importava, ela não
conseguia nem mesmo, se sentir envergonhada.
Connor estava respirando com dificuldade por baixo dela, mas muito
rapidamente, pois ela não queria que isso acontecesse tão cedo, começou a explodir
de uma forma dura sobre ele.
Ele a abraçou bem apertado, lhe dado alguns minutos para ordenhar ao seu
orgasmo.
E então voltou a rosnar baixo em sua garganta, segurando os seus quadris em
um aperto forte começou a empurrar de cima a baixo sobre ele.
Levou apenas cerca de cinco golpes e ele gozou, gritando do fundo da sua
garganta e quando acabou, apenas a puxou para cima dele até que seu corpo estivesse
totalmente em cima do dele e a sua cabeça sobre o seu ombro.
Foi um longo, mas um longo tempo, antes que o seu batimento cardíaco
começasse a se normalizar.
Ele estava completamente parado debaixo dela e quando ela levantou a
cabeça, encontrou-o dormindo.
Ela rastejou para fora dele com tanto cuidado para não acorda-lo e foi até o
banheiro para se limpar. Mas quando se olhou no espelho, sabia que algo dentro dela
havia mudado.
Talvez não com ele, mas definitivamente, algo dentro de si havia mudado.
Não havia nenhuma dúvida em sua mente ou em seu coração que os seus
sentimentos por ele haviam mudado. E apesar de se advertir para ter cuidado, não
podia negar a necessidade que sentia de rastejar de volta para cama e dormir com ele
tão perto.
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Quando percebeu a maciez que tinha na palma da sua mão, tomou muito
cuidado para não acordá-la. Ele sentiu a piscina de sangue escorrendo para a cabeça
do seu pênis, sentiu a onda de testosterona endurecê-lo completamente, mas no
momento, seu pau não era o que mais lhe preocupava.
Ele estava com um dos seus seios em sua mão e era simplesmente uma
sensação incrível.
Movendo os dedos apenas uma pequena fração tentou sentir um pouco mais e
memorizar o peso dele. Apesar de já tê-lo visto nu, nunca os tocou. Eles não estavam
nus agora, mas este era o mais perto que ele tinha chegado de sentir o seu peso suave
em suas mãos.
Quando ele a conheceu e começou a ter relações sexuais com ela, queria muito
tocá-los, mas não se permitiu alimentar essa necessidade, porque era um desejo de
intimidade e ele sabia que não deveria senti-lo.
Desde então, por uma razão desconhecida, ela não permitia o seu acesso e isso
estava lhe deixando louco.
Ele não queria isso no inicio, mas desde que descobriu que não poderia tê-los,
estava furioso com a situação.
Ele quase se sentia culpado ao segurá-los agora na palma da sua mão, como se
estivesse cometendo um grande pecado contra ela, fazendo algo que ela nunca
permitiria se estivesse acordada.
Ele sabia que deveria se levantar e sair, pois era muito perigoso dormir na
mesma cama com ela. O acordo entre eles não permitia tal intimidade, sem falar que
precisa ficar lembrando a si mesmo que ele não queria intimidade de forma alguma.
Mas ele não conseguia se levantar e ir embora. Se ele se levantasse agora teria que
abrir mão daquele toque em seu seio e só Deus sabia quanto tempo levaria até que
fosse capaz de tocá-lo novamente.
Seu pênis estava gritando para ele rolar sobre ela e se enterrar dentro das suas
dobras quentes, macias e apertadas. Mas seu cérebro não deixaria jamais o seu pênis
ganhar uma luta e como ainda tinha algum controle sobre seu corpo neste momento a
sua necessidade mais premente era apenas de segurar aquele seu lindo seio em sua
mão e é o que faria, enquanto podia.
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Como não teve nenhum tipo de acesso a um computador desde que havia
deixado o campus, agora percorria todos os seus sites favoritos e ficou se atualizando
através do Facebook por um tempo.
Ocorreu-lhe que ela agora poderia acessar o portal web da universidade, então
se conectou a ele e com um esforço dedicado, começou a vasculhar as páginas de
ajuda financeira. Ela sabia que a sua média de notas estava muito abaixo para
qualquer uma das bolsas oferecidas diretamente pela universidade, mas havia
toneladas de links para bolsas de estudos financiados pelo setor privado.
Infelizmente, ela continuava a encontrar diferentes obstáculos, ou não estava
no semestre certo, ou não tinha os pré-requisitos corretos, ou a sua média ainda não
era suficiente. Ela ficou entrando em todos os links com oferta de bolsa, estudando
todas as suas chances por várias horas até que de repente, bateu em uma mina de
ouro.
Não a mina de ouro que iria resolver todos os seus problemas, mas que
garantiria o pagamento das suas mensalidades caso ela passasse na entrevista.
A bolsa era de uma companhia de petróleo nacional e eles estavam oferecendo
um valor de cinco mil para um estudante de Geologia que atendesse a todos os
requisitos.
E ela atendia.
Ela leu os requisitos pelo menos umas três vezes e viu que a data de
encerramento da inscrição para alunos do segundo semestre era amanhã.
Então passou duas horas fazendo a sua candidatura da melhor forma que
conseguiu.
Mas quando pressionou o botão ‘apresentar candidatura’, fez uma oração
rápida.
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Ele continuava a visitá-la todos os dias por volta das sete, mas era quase sempre gentil
com ela agora.
Ela continuava a recusar pensar nisso como fazer amor, e pelo amor de Deus,
jamais usaria aquela terminologia grosseira que ele usava, mas sempre que tinham
relações sexuais, era naquela posição do missionário.
Ela continuou a manter a sua camiseta e percebia como isso estava começando
a deixá-lo louco. Sempre que possível, ele esperava ela atingir o ponto máximo da sua
excitação e então começava a deslizar o braço pelo seu torso, ate cobrir um dos seus
seios com a mão.
Várias vezes ele quase conseguiu acabar com a sua força de vontade,
geralmente quando estava tão longe, mas cada vez que percebeu o que ele estava
fazendo, enrijecia imediatamente sob seu toque.
Eles nunca brigaram por isso, nem sequer falaram abertamente sobre o
assunto, então apenas esperava não ter se tornado uma pessoa megera ou mesquinha
ao propositadamente lhe negar seus seios, pois verdadeiramente na era nada disso,
ela simplesmente ainda não estava pronta.
Isso era simplesmente uma grande loucura e ela sabia.
Mas enquanto o dinheiro era o fator que sublinhava aquele relacionamento,
pretendia manter essa parte do corpo dela para si mesma.
Às vezes ele queria ter relações sexuais duas ou três vezes por dia, a primeira
sempre no próprio segundo em que ele chegava, outra vez no sofá por volta das onze
e às vezes de novo no meio da noite. Mas esses interlúdios que aconteciam de
madrugada eram rápidos e apenas para ele, pois sempre acordava com ele já dentro
dela e quase gozando. Levava geralmente apenas poucos minutos.
Ele começou a passar a noite no seu apartamento, ou pelo menos, quase todas
as noites e sem falhar, sabia disso porque sempre que tinha a necessidade de usar o
banheiro por volta das quatro horas da manhã, geralmente ele ainda está lá.
No entanto, sempre que acordava por volta das sete, ele já havia ido embora.
Então, em algum momento nas primeiras horas da madrugada, ele deixava a cama
com ela ainda dormindo profundamente.
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Desde que começou a passar as noites com ela, também começou a comer no
apartamento, o que a fez começar a reconhecer em que noites ele traria certos tipos
de alimentos.
Eles não falavam frequentemente sobre seus passados, mas tiveram algumas
conversas sobre esse assunto.
Ela descobriu que ele era dono de uma empresa start-up de tecnologia e que
por isso ele era capaz de trabalhar tanto em casa como no seu escritório, porque
basicamente, poderia fazer o que quisesse e quando quisesse.
Ela sabia que ele conseguiu um monte de dinheiro com os aplicativos de
negócios móveis que havia inventado e que evidentemente, toneladas de empresas
não podiam viver sem eles. Havia sido uma grande surpresa saber que ele era um
gênio em computadores, porque ele não se parecia de forma alguma com aquele tipo.
Ele era alto, musculoso e bem construído e a última coisa que se parecia era
com um desenvolvedor de software.
Quando descobriu o que ele fazia para ganhar a vida, lhe bateu de brincadeira
no ombro e falou sem pensar que ele não se parecia com um gênio da computação.
Ele pareceu ficar ofendido com o comentário ao lhe virar as costas e lhe falar
bruscamente que os gênios da computação poderiam vir de todas as formas e
tamanhos.
Outra noite quando estavam sentados no sofá, ele começou a interrogá-la
sobre seu passado.
Em sua mente a coisa mais vergonhosa que já havia feito na vida era o que
estava fazendo com ele, então não tinha nada a esconder.
Ela admitiu que não tinha ideia de quem era o seu pai, que a sua mãe estava na
prisão e que ficaria por um longo, mas um longo tempo.
Após isso ficaram apenas sentados em silêncio lado a lado no sofá, o sol já tinha
ido embora a muito tempo, porém ela não havia se movido para ligar as luzes.
O luar entrava pelas janelas e as luzes da piscina lançavam um feitiço suave na
sala.
Ele mudou de posição encostando as suas costas no canto do sofá com uma
perna estendida sobre as almofadas e a outra apoiada na mesa de café, logo após a
puxou para ele até que ela estava entre as suas coxas abertas, seu estômago
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pressionando a junção das suas coxas, a cabeça apoiada em seu peito, ou seja,
totalmente enrolada nele.
Uma de suas mãos foi para o topo de sua cabeça e começou a brincar com o
seu cabelo, enquanto a outra ainda segurava a sua mão. A mão que segurava a dela
não ficou nem um segundo parada, ela acariciava a sua mão, movendo seus dedos
sobre os dela como se estivesse memorizando cada centímetro de sua palma, dedos e
unhas.
Ele aquela altura já havia lhe tomado uma vez no quarto e ela sabia que aquele
novo encontro era para satisfazer as suas necessidades sexuais e esta era a razão pela
qual ele estava aparentemente doido para deitar no sofá com ela agora.
Ele havia deixado de lado a sua cueca, mas estava vestido com a sua calça jeans
apenas com o zíper puxado e não abotoado.
Ela havia colocado uma calcinha limpa e como de costume, estava com a sua
camiseta de dormir firmemente no lugar.
Enquanto ele continuava a lhe acariciar as mãos, um arrepio de desejo a
percorreu, mas ela lutou bravamente contra ele enquanto ele calmamente continuava
a questioná-la.
- Então, porque você resolveu fazer isso, querida? Sei que perdeu a sua bolsa
de estudos, mas por que não usar a rota mais óbvia? Algo como setenta por cento dos
jovens universitários geralmente usam um empréstimo. Você tem algo contra a dívida?
Ela lambeu os lábios.
- Não, claro que não.
- Então por quê?
- Minha mãe arruinou a minha chance de um dia solicitar crédito em qualquer
instituição. Ela destruiu isso totalmente há anos atrás.
- Como assim? Como ela arruinou isso?
- Ela fez um monte de empréstimos em meu nome quando tinha apenas
quatorze anos. Então meu número de segurança social tem uma marca negra no qual
provavelmente, nunca vou recuperar. Estou falando em declaração de falência e tudo
mais.
Ela sentiu que as suas mãos ainda lhe acariciavam e ela sabia que tinha toda a
sua atenção.
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- Eles costumam dizer que o seu crédito pode ser recuperado em cerca de sete
anos, mas isso é um monte de mentiras. Alguma vez em sua vida já ouviu falar em um
pedido de crédito que não tenham perguntado se você já havia declarado falência?
Pois saiba que depois de responder a essa pergunta, você está dentro ou fora para
sempre.
- Então você tentou obter um empréstimo? - Perguntou ele.
- Sim, muitas vezes. Logo depois que terminei o meu estágio acadêmico, no
final do último semestre de outono e novamente quando perdi a minha bolsa.
- E todos foram negados?
Sua mão continuava a correr sobre a dela.
Ela respirou fundo e tentou se concentrar na conversa e não no efeito que a
sua mão estava lhe causando.
- Toda vez.
- Sinto muito por isso.
Jéssica mudou de posição, apoiando uma mão sob seu queixo, olhou dentro
dos seus olhos.
- Isso não é culpa sua.
Ele a olhou com muito cuidado, até que libertou a sua mão e foi massagear ao
seu bumbum. Ele continuou a estudá-la durante todo aquele movimento, mas a sua
expressão ficou nublado de repente com algo que ela não sabia identificar.
- Não é? - Perguntou ele.
Ela franziu a testa pensando no significado de tudo aquilo.
- Não mesmo, você nem sequer me conhecia naquela época.
Ele se inclinou e lhe deu um beijo carinhoso na testa.
- Isso é verdade.
Jéssica suspirou quando ele colocou as mãos sobre seus braços e a puxou
alguns centímetros até que pudesse chegar a sua boca. Seus lábios se encontraram e
ele começou a beija-la suavemente, movendo seus lábios devagar sobre os dela e de
forma alguma, tentando penetrá-la com a língua.
Beijaram-se assim por vários minutos, fazendo com que a cabeça de Jéssica
começasse a flutuar, enquanto as suas mãos acariciavam as suas costas, corria sobre o
seu bumbum, sobre suas coxas e os ombros várias vezes.
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Sua respiração se tornou cada vez mais pesada quando ele deslizou a sua língua
dentro da sua boca e a saboreou mais plenamente.
Colocando a mão na parte de trás de seu cabelo, ele inclinou a sua cabeça para
que pudesse ter um melhor ângulo e desta forma, o beijo se tornar ainda mais
profundo.
Jéssica começou a ficar tonta e foi obrigada a separar os seus lábios para poder
respirar mais profundamente.
Seus lábios se moveram para o seu ouvido e ele sussurrou:
- Você quer jogar um jogo?
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Capítulo Sêtê
A última vez que o Connor havia usado aquela terminologia eles tinham
acabado de se conhecer e a palavra não teve naquela época uma boa conotação entre
eles, diante daquela lembrança Jéssica endureceu em seus braços.
Ele deve ter lido o seu pensamento, pois começou a acalmá-la imediatamente.
- Shh. Acalme-se, pois não estou falando de algo que você não vai gostar e não
a nada a temer, pois não haverá nenhuma dor, querida. Causar-lhe dor não é algo que
me atrai.
Ele endureceu ao lado dela e seu rosto empalideceu.
- Isso apenas teria o efeito oposto.
- Então como é esse jogo? - Ela sussurrou.
- Que tal um jogo simples de fingimento? - Ele perguntou suavemente a
provocando.
- Fingimento? Fingir o quê? - Perguntou ela ao mesmo tempo surpresa e
levemente intrigada com aquela ideia.
Seus dentes roçaram o lóbulo da sua orelha, mordendo suavemente antes de
liberá-la apenas para retirar o seu cabelo para longe de sua orelha e voltar a sussurrar
nela.
- Vamos fingir que somos crianças e estamos namorando. Você é virgem e quer
permanecer desse jeito, mas está muito curiosa sobre o sexo. Vamos fingir que estou
desesperado para fazer mais do que beijar você, que estou muito desesperado para
passar para a segunda etapa.
A respiração de Jéssica engatou quando ele disse ‘segunda etapa', fazendo com
que soltasse um pequeno gemido incontrolável de aflição.
Ela começou a se afastar um pouco dele.
- Eu não sei se sou tão boa em fingir.
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Sua mão postou em volta da parte de trás do seu pescoço, segurando-a firme
no lugar quando seus olhos se chocaram com os dela se recusando a deixa-la partir.
- Por favor, Jéssica. Basta jogar o jogo comigo. Você até pode fazer as regras,
ok? Todo o controle está em suas mãos, eu prometo. Você não tem que fazer nada
que não queira fazer.
Ela prendeu seu lábio inferior entre os dentes, não era nada estúpida e sabia
que Connor estava tentando enganá-la ou seduzi-la para tirar a sua camiseta. Mas,
mesmo em pânico queria fazer isso com ele, pois parecia algo incrivelmente erótico,
exatamente como ela teria adorado ter sido realmente entre eles.
Ela acreditou quando ele lhe disse que teria total controle sobre a situação e
que não fariam nada que ela não quisesse, porém ainda não havia se decido a deixá-lo
chegar à segunda etapa, mas os beijos e carícias que experimentaria, eram muito
tentador para resistir.
Então ela fechou os olhos por um segundo e tentou se colocar no papel da
fantasia.
Ela era uma virgem de novo e Connor queria acabar com isso.
Quando levantou suas pálpebras, já estava dentro do jogo.
Ela arregalou os olhos e piscou para ele.
- Você promete que não vai percorrer todo o caminho? Suas palavras foram
ditas através de um sussurro e ele a recompensou rapidamente.
- Oh, Deus, eu prometo, baby. Eu prometo que não iremos percorrer todo o
caminho.
Com essas palavras, Jéssica sabia que ele também tinha escorregado no
personagem e se juntado a ela no seu 'jogo'.
Seus lábios roçaram em seu rosto e lhe plantou um beijo rápido e suave em
seus lábios.
- Eu só quero te beijar, juro por Deus.
Ele puxou seu lábio inferior em sua boca e começou a mordiscá-lo, enquanto a
sua respiração se juntava e se misturava com a dela.
Ela deixou que ele assumisse a liderança e flutuou em um mundo de fingimento
que nas últimas semanas não havia existido.
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Ela criou uma cena em sua cabeça, onde fingiam que eram recém-namorados e
estavam voltando do cinema e quando a acompanhou para o seu quarto no
dormitório, acabou descobrindo que a sua companheira de quarto não estava lá.
O personagem em sua cabeça sabia que Connor queria sexo, mas ela ainda não
estava pronta e por isso, estava determinado a manter a situação sob seu controle.
Com esse conto de fadas firmemente no lugar, Jéssica deixou o mundo real
para trás e se derreteu sob os beijos que ele estava dando nela.
Sua ereção tornou-se evidente muito rápido e ele começou a empurrá-la contra
o seu estômago, logo acima de sua pélvis, o que acabou enviando uma onda de
necessidade sobre ela.
Ele a beijava cada vez mais devagar, porém com firmeza e tomando o seu
tempo, enquanto a pressão era construída entre eles.
Sua mão acariciava as suas costas sobre a camiseta, se arrastando suavemente
para cima e para baixo na sua coluna, fazendo varreduras a partir do topo de seus
ombros até em baixo, a cada golpe de sua mão, ele chegou mais e mais perto da
plenitude de sua parte inferior. Era como se ele estivesse atormentando-a de
propósito, não movendo a mão longe o suficiente por suas costas para aliviar a dor que
sentia ali.
Ela se balançou contra ele, querendo sentir o seu toque no seu bumbum, mas
quando se moveu, acabou soltando um gemido em sua boca o que fez com que os
seus lábios trancasse os dela com mais firmeza e veemência, tomando a sua boca
como se estivesse dentro de uma tempestade e enfiando a língua dentro para
saboreá-la ainda mais.
Sua ereção cresceu ainda mais e ela sentiu a sua dureza e o seu calor pulsando
embaixo dela. Ele a estava deixando louca, então se arrastou alguns centímetros para
cima, cobrindo ainda mais a sua boca e alinhando a sua virilha com a dele.
Quando ela fez esse movimento, ele gemeu profundamente em sua boca e o
seu beijo se tornou totalmente selvagem.
Sua mão pousou onde ela tanto queria, na sua bunda, e ele começou a aperta-
la com força, do jeito que ela tanto gostava.
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até que estivesse sobre a sua ereção, ela a segurou apenas tempo o suficiente para
que ela soubesse que ele queria que ela ficasse lá.
Ela soltou um som áspero de choque quando a sua mão voltou a apertar entre
as suas coxas novamente. Ela nunca havia lhe tocado antes e mesmo agora, não
acreditava que isso estava acontecendo, mesmo que fosse através do tecido da calça
jeans, ela ainda podia sentir a sua força, calor e energia enviando ondulações de
resposta elétrica através da sua espinha.
Ela lentamente começou a mover sua mão, segurando-o firmemente contra
ela, da mesma forma que ele estava fazendo e aqueles toques individuais, a mão dele
sobre ela e a sua sobre ele, acrescentou uma intimidade nas ações que acabou
enviando uma onda aquecida sobre a sua excitação.
Com a sua boca devorando a dela, ela gemeu impotente ao mesmo tempo em
que ouvia um gemido de resposta vindo dele.
A sensação de seu calor duro debaixo de sua mão estava lhe consumindo,
então apenas se agarrou a ele, amando a sensação de sua ereção e querendo nunca
mais deixá-lo ir.
Ele continuou a manipular o seu clitóris passando um dedo sob o elástico da
sua calcinha, até que seus quadris estavam ondulando contra ele.
Ele a soltou por um momento e começou a subir a sua mão pelo lado de fora da
sua camisa, até que seus dedos pousaram no seu seio, mas rapidamente ele começou
a beliscar o seu mamilo.
A sensação era incrível, totalmente diferente de tudo o que havia sentido até o
momento. Percebeu que em uma parte obscura de seu cérebro um pensamento
tentava entrar, mas se afastou antes que pudesse se definir. Então o que restou
naquele momento foi suspirar em sua boca enquanto a sua mão deslizava para baixo e
empurrava a sua camiseta, para poder espalmar todo a sua mão sobre o seu seio.
Ele largou a sua boca soltando um suspiro profundo e trêmulo e começou a
deslizar beijos por todo o torso até alcançar os seus seios. Com a camiseta ainda
amontoada em volta do pescoço, ele trancou um de seus mamilos com os lábios e os
dentes e começou a lambê-lo, marcando a sua pele branca com a sua barba enquanto
a sua boca puxava o seu mamilo.
Ela sentiu seu orgasmo perto, não iminente, mas só lá, bem ao alcance.
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Ele moveu a sua boca para o seu outro seio e começou a chupar no topo do
inchamento da sua pele enquanto brincava com o seu irmão gêmeo com os dedos.
Ele continuou fazendo aquele assalto dedicado a seus sentidos até que ela
pensou que iria enlouquecer e então ele a soltou apenas o tempo suficiente para
empurrar seu jeans para fora do seu corpo e levar a sua mão para agarrar de forma
íntegra o seu pênis latejante.
Sua boca voltou a manter cativo o seu seio, movendo seus lábios e a língua
sobre o seu mamilo novamente, até que começou a chupá-lo a sério.
Ainda segurando a sua mão sobre a dela, começou a fazer um movimento de
deslizamento, para cima e para baixo, ao longo do comprimento de seu pênis. Ele
segurou a mão dela com firmeza, mostrando-lhe o movimento exato que queria, até
que moveu a sua boca para fora do mamilo, apenas o tempo suficiente para falar:
- Continue fazendo isso.
Seus lábios capturaram o seu mamilo novamente, enquanto voltou a descer a
sua mão livre até que seus dedos serpenteavam sob o elástico da sua calcinha. Ele deu
apenas alguns golpes em seu clitóris molhado e depois abriu as suas dobras e
empurrou seu dedo longo dentro dela.
Ela gritou com o impacto e o movimento da mão em seu pênis, hesitou apenas
um momento antes que ele novamente recomeçasse o movimento que parecia excitá-
la tanto quanto a ele.
Eles respiravam duramente e dentro de alguns minutos daquelas implacáveis
carícias provocantes, Jéssica começou a deslizar em um orgasmo poderoso ao
contrário de qualquer outro que já tinha conhecido. Seus músculos internos se
apertaram em torno do seu dedo e seu útero começou a ter espasmos em ondas de
prazer tão intensas que ela não conseguiu controlar o grito que saiu de seus lábios.
Aqueles barulhos que ela estava fazendo acabou de lhe empurrar de vez sobre
a borda, fazendo com que empurrasse seus quadris com força em sua mão, enquanto
um rosnando baixo saía de dentro da sua garganta. Quando ondas de um prazer
indescritível percorreram através de seu sangue, ele bombeou seus quadris mais duas
vezes e depois ficou completamente imóvel, derramando a sua semente em sua mão.
****
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Mais tarde naquela noite estava deitada enrolada contra ele com a sua
camiseta firmemente no lugar novamente, e sentia como se ele estivesse em cima
dela. Seus braços estavam ao seu redor e quando ele falou disse algo que soava como
se tivesse lhe incomodando muito.
- Você era mais do que apenas uma virgem. Você nunca havia experimentado
nada em toda a sua vida.
Seus olhos se abriram e ela o olhou, sem realmente vê-lo quando suas palavras
a atingiram.
Aquilo era uma afirmação e não uma pergunta, e ela não sabia como abordar
aquela questão.
Ele a cutucou exigindo uma resposta.
- Por quê? - Ele perguntou simplesmente.
Ela lhe respondeu em poucas palavras da melhor forma que conseguiu e
esperava que fosse o suficiente, porque estava muito cansada e não queria nunca mais
ter esse tipo de conversa com ele.
- Minha vida em casa, foi uma merda. Minha mãe era completamente inútil e
desde que tinha quinze anos, fui obrigada a ter um emprego. Trabalhei todas as horas
possíveis, ao mesmo tempo em que frequentava a escola. Dediquei toda a minha vida
a ter boas notas, colocar comida no meu estômago e ficar longe da única forma de
vida que conhecia. Resumindo nunca tive tempo para os meninos.
- Quando ela foi para a prisão?
- Durante o meu último ano na escola, felizmente para mim, depois de ter
completado dezoito anos.
- Será que conseguiu viver em paz até a sua formatura?
- Não, fui expulsa do trailer que alugamos, mas havia uma conselheira da escola
que era incrível. Ela permitiu que eu ficasse em sua casa até ter ir para a faculdade no
outono seguinte. Ela ainda me ajudou a conseguir a bolsa de estudos e segurou a
minha mão, acho que essa é a melhor forma de definição, enquanto eu preenchia
inscrição após inscrição.
- Foi por isso que escolheu a UTD? Por causa da bolsa?
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
- Sim. Eles oferecem algumas das melhores bolsas de estudo no estado. Fiz
exatamente o contrário da maioria das pessoas, primeiramente escolhi a faculdade por
causa da bolsa de estudos e depois escolhi o curso que mais me agradava diante do
que a escola oferecia. Essa era a única maneira de garantir uma educação universitária.
Seus lábios pressionaram suavemente o seu ombro antes de falar novamente,
através de um sussurro rouco.
- Você sabia que me formei na UTD?
Suas palavras se afundaram dentro dela enquanto Jéssica rolava para ficar cara
a cara com ele e a sua mão pousou ao lado do seu rosto.
- De jeito nenhum.
UTD era apenas uma faculdade de médio porte e bastante nova, então você
não encontrava pessoas todos os dias que eram ex-alunos. Claro, que em torno desta
área particular deveria haver vários outros ex-alunos, mas como Jéssica não sabia se
ele morava perto, na verdade, ela ainda não sabia quase nada sobre ele.
Ele sorriu enquanto sua mão brincava com o seu cabelo. - Claro que estudei,
fiz meu curso de Ciência da Computação e logo após meu MBA.
- Por que você não me disse isso antes?
- Eu não sei.
Sua boca se achatou em uma linha fina, seus olhos ficaram encapuzados mais
uma vez, aquele era um olhar que ela reconhecia, era como se uma máscara tomasse
conta do seu rosto.
Aquilo fazia com que o seu coração se afundasse.
- Vá dormir. - Ele ordenou e antes que pudesse ver a dor que surgia em seu
rosto, ela virou novamente de costas e tentou cair em um sono que sabia não viria fácil
aquela noite.
****
Se as suas noites eram gastas com Connor, ela passava todas as suas horas
diurnas se inscrevendo para toda e qualquer bolsa de estudo, não importando se fosse
pequena, assim como também dedicou um tempo à procura de um emprego.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela ainda tirava algumas poucas horas de descanso por semana à beira da
piscina, trabalhando em manter o seu bronzeado. Ela sempre se encontrava com Eric e
seu amigo Travis à beira da piscina e descobriu que a prima de Eric estava começando
a ficar desesperada por um lugar para morar. Jéssica mantinha essa informação
guardada no fundo de sua mente, embora não pudesse se comprometer com nada
devido a sua situação atual.
Mas então duas coisas aconteceram ao mesmo tempo, que quase explodiu a
sua mente. Eles com certeza abalaram o seu mundo, derrubando-a do eixo
semiequilibrado que flutuava naquele momento da sua vida.
O primeiro aconteceu enquanto passava mais um dia nublado no interior do
seu apartamento, conectada a Internet em busca de um emprego.
Todas as vagas de bons estágios para o verão estavam esgotadas, mas isso não
significava que ela não poderia conseguir um emprego e ganhar algum dinheiro
durante o seu tempo livre, ou seja, se ela pudesse encontrar um emprego perto o
suficiente do campus.
Ela passou muito tempo online nessa manhã em particular e acabou
encontrando três possibilidades de emprego, então começou a ligar para as empresas.
Dois deles eram longe demais para sequer considerar, mas o terceiro era bem
próximo, tratava-se de uma grande cadeia de lojas de supermercado e a senhora havia
lhe dito que precisava de alguém de imediato e em tempo integral. Quando Jéssica
disse a ela que era uma estudante na universidade e só poderia trabalhar em tempo
integral durante o verão, a outra mulher ficou impressionada com as suas credenciais e
quase prometeu a ela o trabalho desde que ela passasse na entrevista.
Jéssica não perdeu tempo, andou meia quadra para o ponto de ônibus mais
próximo e dentro de 20 minutos estava realizando a entrevista.
Só depois de aceitar o cargo, descobriu sobre a quantidade de horas que
precisava trabalhar e isso era apenas sobre ela, mas sabia que precisava falar com
Connor sobre isso.
Duas mudanças que precisavam se ajustar seria sobre o período da noite, pois
esse era sempre o período em que ele a visitava, mas também estava preocupada com
o percurso a pé do ponto de ônibus até o complexo de apartamentos no escuro.
Talvez ela pudesse conseguir alguma arma ou algo assim.
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Uma Amante Inesperada
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
sempre que ela se tornava muito emocional perto dele, se fechava ainda mais e fugia
para longe dela novamente.
Era por esse exato motivo que ainda dormia com a sua camiseta, nunca
permitindo que ele a removesse, a não ser por aquele momento mágico do faz de
conta.
Afinal se ele precisava de sua autoproteção, ela também precisava da mesma
forma.
Enquanto ela considerava o que fazer e como ele reagiria, fez uma limpeza
rápida no apartamento e por volta de sete da noite já estava de banho tomado e uma
pilha de nervos enquanto esperava ele chegar.
Às oito horas, Connor ainda não havia chegado e Jéssica começou a ficar tanto
preocupada, como irritada.
Ele chegava sempre por volta das sete, todas as noites e quando ela começou
realmente a se preocupar com ele, sentiu ainda mais raiva por si mesma por se
permitir ter sentimentos profundos por ele.
Empurrando o pensamento perturbador de sua mente percebeu que precisava
comer algo, então descongelou um pedaço de pizza e acabou comendo em frente à
televisão.
Às dez horas decidiu que ele não iria mais aparecer àquela noite, então foi ao
banheiro escovar os dentes e cabelos e caiu sobre a cama.
Estava começando a ficar com dor de cabeça e ainda por cima ficou virando na
cama por horas, tentando encontrar o sono que tanto precisava.
****
Connor só conseguiu sair daquele encontro tarde da noite e todas as vezes que
percebia que tinha que apertar os dentes para continuar com ele, tornava-se ainda
mais puto com ele mesmo.
Depois de pouco mais de um mês, seu corpo já estava acostumado a Jéssica, o
seu relógio interno sabia quando estava próximo das dezenove horas e quando a
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Uma Amante Inesperada
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mesma havia passado sem ter o seu alivio diário. Então, quando saiu da reunião às
nove, tudo o que podia pensar era em dirigir direto para o apartamento e se afundar
dentro daquele seu corpo pequeno e apertado.
Quando parou em um semáforo, a memória do seu perfume endureceu tanto o
seu pau que ele ficou completamente alarmado.
Por que diabos ele estava se lembrando do cheiro dela?
Por que tudo aquilo estava passando por sua mente, mexendo com as suas
entranhas e fazendo com que desejasse tanto trepar com ela?
Quando exatamente havia ficado completamente dependente dela?
A atração que sentia por ela era algo quase magnética, toda aquela carga de
energia positiva vinda dela que recebia todos os dias era difícil de lutar contra.
Mas ele estava tentando lutar contra isso agora.
Tomando uma decisão rápida, decidiu que em vez de seguir para o
apartamento dela, seguiria para a esquerda e iria até um bar do centro que costumava
frequentar antes de conhecê-la.
Ele tentava a todo o momento racionalizar com ele mesmo. Afinal, era um
homem adulto e estava no controle de suas ações.
Não havia nenhuma maneira no inferno de ficar preso a uma pequena virgem
que havia virado a sua prostituta.
Mas assim que esse pensamento foi processado pelo seu cérebro, seu coração
se rebelou contra ele. Ele sentia como se fosse vomitar.
Ela não era nenhuma prostituta.
Na pior das hipóteses, era apenas a sua amante.
Mas ainda assim não ia deixar aquela porra toda acontecer.
Maldição... Caralho... Puta que pariu.
Ele havia sido casado por cinco anos e jamais se sentiu daquela forma com a
sua própria esposa.
Sua esposa era completamente apaixonada e louca por ele. Porém ele sabia, no
fundo de sua alma condenada que não havia lhe amado de volta. Pelo menos, não da
mesma forma que ela o amava.
E agora ele estava retribuindo todo aquele amor e lealdade a uma garota de
vinte anos de idade, a qual estava pagando para ter sexo com ele?
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Lynda Chance
Ele estava chateado por só querer e desejar ter relações sexuais com Jéssica.
E lá estava a diferença, afinal de contas, não é?
A vagabunda no bar era apenas isso, uma vagabunda.
E Jéssica não era nada disso.
Ela era uma garota boa e doce, ele tinha um sentimento súbito e feroz que se
ele não tivesse um pau e a empurrado a fazer o que ela tinha feito, ela teria
encontrado outra maneira para conseguir o dinheiro que tanto precisava.
Então, talvez fosse tudo culpa dele.
Ele não tinha criado aquele seu perfil on-line, é verdade. Mas tornou as coisas
mais fáceis para ela. Não era por vaidade que reconhecia não ser um cara feio, apenas
porque ele era jovem e sempre parecia atrair mulheres.
Então, se ela não tivesse cedido as suas demandas e seguido com a sua vida em
frente, ela não estaria naquela sua atual situação, pois ele sabia, com toda a certeza
em seu maldito coração, que ela não teria feito isso com mais ninguém. Ela jamais
teria aberto seu doce corpo mole e virginal a um daqueles velhos, cheios de tesão para
foder, inscrito naquele site do caralho.
Ele odiava aquele site.
Pior do que isso, ele odiava saber que havia feito algo com ela que não deveria
ter feito.
Tinha encontrado a porra de uma mulher que evidentemente, não conseguia
mais viver sem e agora toda aquela culpa o estava comendo vivo.
****
Por volta da meia-noite Connor se deu por vencido, pelo menos por aquela
noite, e entrou no apartamento de Jéssica.
Uma luz brilhava através da porta do banheiro e ele notou que ela dormia no
meio da cama, com o cobertor emaranhado ao redor dela, onde parecia que ela havia
lutado uma grande batalha com eles.
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Ele deixou a luz acesa, mas fechou a porta até que houvesse apenas uma
pequena fatia de luz derramando para o quarto.
Retirou as suas roupas o mais rápido possível e logo após se arrastou para a
cama o mais cuidadosamente possível, tomando-a nos braços. Movia-se lentamente,
tinha a intenção de acordá-la, mas não queria assustá-la ao sair daquele seu sono
profundo.
Ela soltou um suspiro e ele lhe acariciou o pescoço acima da sua clavícula.
Merda, sentia aquele seu cheiro único de novo.
Seu pau inchou imediatamente e quando ela começou a despertar do sono, ele
deslizou a sua calcinha por suas pernas e pressionou a palma da mão contra a sua
buceta, esse era exatamente o lugar que de tão desesperado para tê-lo havia ficado
tão dolorido por todo aquele maldito dia e noite.
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Uma Amante Inesperada
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Capítulo Oito
A primeira coisa que Jéssica pensou era que estava sonhando. Pensou que
estava tendo um sonho doce e que Connor estava lá com ela. Ele finalmente havia
chegado ao apartamento. Não havia sofrido um acidente e nada de ruim havia
acontecido com ele.
Quando ele lhe tocou entre as pernas, apenas se abriu para ele sem hesitação,
envolvendo os braços em volta do pescoço e suspirando de contentamento.
Mas então, o sonho ficou escuro do nada e um sentimento ruim se arrastou por
suas veias e caiu como algo frio no seu corpo.
O sonho começou a se lançar rapidamente para os reinos de um pesadelo
completo.
Outra pessoa estava na cama com ele.
Outra mulher.
Outra mulher estava em sua cama e aquilo estava enviando pânico e medo por
sua espinha como um rio de água gelada. Sua mente estava confusa e em algum lugar
no meio do caminho entre o sono e a consciência tentava entender o que estava
acontecendo.
Connor não havia lhe dito que não dormiria com outra pessoa?
Pelo menos ela pensava que sim.
Ela pensou no que ele quis dizer quando lhe falou que não precisava se
preocupar em não usar o preservativo.
O que mais aquilo poderia significar?
Ela fazia a sua parte sobre o controle de natalidade, por sua instigação.
Mas agora estava tendo um pesadelo, porque outra mulher estava na cama
com eles.
Isso não podia acontecer, afinal, ele havia lhe prometido que ela não teria que
fazer um ménage a três.
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Sua mão começou a bater ainda mais firme na porta, apesar de não muito alto
e não o suficiente para ser ouvido através das paredes do apartamento e acordar os
vizinhos. Mas era firme e implacável e ela sabia que ele não ia desistir.
Tudo o que vestia era a sua camiseta a qual costumava dormir, pois ele já havia
lhe tirado a calcinha e como não tinha o costume de manter qualquer roupa no
banheiro, teria que enfrentá-lo daquele jeito, pela primeira vez em sua vida, estava
com muita raiva de si mesma por ser uma aberração de tão limpa.
Ela não poderia manter pelo menos um único maldito short espalhado pelo
chão?
Permitiu um momento a si mesma para escovar seus dentes, enquanto ele
continuava a bater, quando terminou enrolou uma toalha em torno de seus quadris e
caminhou para fora do banheiro.
Surpreendentemente ele a deixou passar, e como não queria olhar em sua
direção se encaminhou até a sua cômoda, puxou uma nova calcinha e um short.
Ela sabia que ele não iria permitir que voltasse para dentro do banheiro, então
apenas virou de costas para ele e fez o seu melhor para deslizar suas roupas por baixo
da toalha.
Em poucos segundos ela estava vestida de novo e caminhou até a sala de estar
acendendo todas as luzes.
Seu cérebro ainda estava em um estado de confusão e choque. Por alguma
razão, realmente achava que ele não iria sair e ficar com outra pessoa durante aquele
acordo. Ela realmente havia acreditado que ele não faria isso. E saber que estava
preocupada com ele, preocupada se estava machucado, quando tudo o que ele
realmente estava fazendo era bebendo e transando... sentia-se como uma idiota em
cima de toda aquela dor aniquiladora que estava sentindo.
Apenas para ter algo para fazer, Jéssica caminhou até as portas francesas e
olhou para a piscina além de seu pátio. Havia algumas pessoas zanzando ali, apesar de
ser tarde da noite. Ela reconheceu Eric e Travis, mas havia várias outras pessoas
sentadas em torno das mesas do pátio, rindo baixinho e se divertindo.
Assim como todos os estudantes nas suas férias de verão.
Por que ela não podia ter isso também?
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Por que não podia ser como eles, com nada mais urgente do que algumas
poucas horas gastas com seus amigos?
Ela continuou a se levantar e a olhar através das portas de vidro, pois não
queria se sentar no sofá, onde Connor poderia se elevar sobre ela e invadir o seu
espaço pessoal.
Talvez ficar em pé aqui não fosse uma grande alternativa, mas era a única que
tinha no momento.
Connor a seguiu até as portas francesas e ficou atrás dela. Seu hálito quente na
parte superior do seu cabelo enquanto ele afundava suas mãos em seus ombros,
segurando-a em um aperto de punição.
- Como assim, eu a deixo doente? De onde diabos veio isso?
Ela deu de ombros e se recusou a responder enquanto a sua raiva cresceu
ainda mais forte diante do cheiro que estava agarrado ao seu corpo.
Ele a virou bruscamente para encará-lo e ela notou que a impaciência estava
gravada em suas feições.
- Você vai me responder, agora.
Seus ombros se esticaram, mas ela tentou manter qualquer emoção fora de sua
voz, afinal era o momento certo de esconder a sua dor por trás de qualquer
indiferença.
- Não é grande coisa, apenas o fato de você está cheirando a um bordel.
Ela não olhou diretamente para ele e por isso não conseguiu ver a confusão que
surgiu em seus olhos por um par de segundos, mas ficou claro quando ele a soltou e se
afastou dela que havia feito à conexão e compreendido.
Em sua mente a única razão pela qual ele teria se afastado dela era porque
estava correta, ele realmente cheirava a perfume barato de uma vadia e estava
tentando inibir aquela prova se afastando alguns passos dela.
Jéssica se afastou de vez dele e começou a caminhar em direção à cozinha com
movimentos bruscos.
- Saia, Connor. Sai da minha casa, agora. - Ela continuou de uma forma
totalmente desanimada.
- Você me disse que não iria dormir com outra pessoa. E você nem sequer se
preocupou em lavar o cheiro dela antes de vir até aqui...
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fazia o seu bronzeado se destacar ainda mais e combinava perfeitamente com seu
short e saiu para se juntar à festa.
****
Mesmo que todo mundo estivesse feliz por ela participar daquela festa
improvisada, ainda sentia uma sensação de vazio e Jéssica sabia no segundo em que
havia caminhado para fora que havia cometido um grande erro.
Ela deveria ter ficado no interior da sua casa e conversar com Connor, sozinha e
agora que havia se distanciado dele um pouco, percebia que não queria que ele
descesse até aqui e ficasse olhando para ela.
Mas agora não podia simplesmente ir embora, pelo menos não ainda. Todo
mundo estava bebendo álcool e antes que pudesse respirar direito, Eric a agarrou pela
cintura lhe dando um beijo embriagado em sua bochecha e puxando-a para a mesa
com ele.
Sentou-se e por poucos minutos, quase se esquecendo do ocorrido com Connor
enquanto ouvia várias palhaçadas descontraídas. Havia apenas cinco pessoas, três
rapazes e duas meninas, e com uma sensação de afundamento, Jéssica percebeu que
Eric era o que estava sem par no grupo e a partir do momento em que foi recepciona-
la daquela forma, eles se tornaram mais ou menos um par imediatamente.
Eric tinha uma boa aparência e se não existisse um homem chamado Connor
que possuía a sua vida sexual, Jéssica sabia que provavelmente estaria interessada
nele.
Mas havia um cara chamado Connor.
Pelo menos por enquanto.
Mas se ele tivesse fodido com outra pessoa, ele faria parte da história,
rapidinho.
Graças a Deus e a tudo o que era mais sagrado, ela não tinha mais que aturar as
suas merdas, se não quisesse.
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Se ele não conseguia manter as suas malditas calças no lugar, então ele já era
para ela.
Ela conversou com Eric alguns minutos sobre a sua prima e as aulas que ele
teria no outono e então lhe disse que estava cansada e que tinha ido ali só para dizer
'oi'.
Ele levantou uma única sobrancelha bêbada para ela, como se não acreditasse
que ela estava indo realmente para dentro tão cedo.
Ele parecia tão bobo que ela riu dele quando ficou em pé.
Ambas as outras meninas apenas saltaram para a piscina e vários respingos de
água voaram em cima dela e Eric.
Não querendo deixá-la ir para dentro, Eric começou a correr na sua direção e a
agarrou pela cintura, levantando-a do chão, girando-a em círculo na direção da água.
Jéssica gritou e um riso espontâneo veio através da sua garganta, enquanto se
agarrava a ele e gritava:
- Não, não faça isso.
Eric riu e fez outro círculo e ela começou a bater nas mãos que a seguravam.
Ele a colocou no chão, com os pés balançando na beirada da piscina e as mãos em seus
ombros de uma forma que lhe permitia a oportunidade de empurrá-la ou mantê-la no
lugar.
- O que será que vale a pena para você, linda? - Ele perguntou com seus olhos
azuis escuros olhando para ela e as palavras arrastada pelo excesso de álcool.
- No momento a sua vida, idiota?
A voz enfurecida veio de tão perto que ambos Jéssica e Eric se viraram para
enfrentar o fantasma que o ameaçava.
Connor se elevou sobre os dois, descalço e vestindo apenas a sua calça jeans. A
fúria vinha dele através de ondas e a sua mandíbula estava tão apertada que os seus
recursos tornava-se ainda mais ameaçador a cada segundo.
Sua postura era ereta, mostrando todos os seus músculos e as suas mãos
mantinham-se fechadas ao lado do seu corpo, fechando e abrindo várias vezes.
A palavra agressão estava escrita em cada linha de seu corpo e ele parecia
pronto para detonar a qualquer momento.
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- Fique bem longe dela, seu filho da puta. Se você tocá-la mais uma vez... confie
em mim, eles nunca mais irão encontrar a porra do seu corpo.
Eric ergueu as mãos para o alto em um movimento conciliatório, mas ele
parecia magoado e focou o seu olhar com os olhos turvos em Jéssica enquanto
balançava em seus pés.
- Deveria ter me dito que tem um namorado, Jess.
Jéssica ficou com a boca aberta, vendo um lado de Connor que nunca havia se
insinuado. Mas não havia tempo para mais nenhuma reação quando ela se viu sendo
puxada por um Connor enfurecido, através do portão preto de seu pátio e para dentro
do seu apartamento.
Ele ainda fechou as portas francesas antes de se virar para ela.
- Você tem dois segundos para começar a se explicar.
Os nervos de Jéssica se esticaram e a fúria que sentia por Connor mais cedo
voltou com força total.
- Ou o quê? - Ela cuspiu.
- Você quer realmente saber? Juro por Deus, Jéssica... não me empurre... não
me empurre.
- Você está me ameaçando?
- Porra, puta merda.
Ela soltou um sopro de ar cheio de nojo e se virou para passar por ele.
- Pare.
Ele agarrou aos seus braços e a ergueu apoiando-a contra a parede ao mesmo
tempo em que empurrava o seu torso contra o dela e mantinha os seus pés
balançando no ar.
- Sai de cima de mim, Connor! - Ela gritou.
Ela estava absolutamente furiosa com ele.
Furiosa, mas não com medo.
Ele a ignorou e se apertou ainda mais forte contra ela.
- Você já transou com ele?
Seus olhos se arregalaram, choque e raiva duelavam para obter o seu controle
emocional.
- O quê? É lógico que não!
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- O que foi toda aquela merda que ele vomitou sobre você não lhe dizer que
tem um namorado? Que merda você fez com ele para ele lhe dizer isso?
- Nada, realmente não sei.
Ela remexeu o seu torso num esforço para se libertar.
- E você? Como ousa foder com outra mulher esta noite e depois tentar mudar
de assunto e jogar toda essa merda para cima de mim.
Connor rosnou baixo e se Jessica não estivesse tão chateada, teria levado a
serio aquele aviso.
Seus lábios se curvaram sobre os dentes cerrados e sua voz caiu para uma
precisão gelada.
- Eu já te disse. Eu. Não. Fodi. Com. Ninguém. Porra.
- Mentira, eu senti o cheiro dela em cima de você.
- Eu não quero transar com mais ninguém além de você, Jéssica! - Ele rosnou.
- Se você não transou com ela, tenho a maldita certeza que se tocaram, pois em
algum momento tiveram que ficar perto o suficiente para que o seu perfume barato
grudasse todo em você.
Ele soltou uma respiração mortalmente lenta, enquanto continuava a fixá-la
contra a parede.
- Você não tem nada a dizer sobre isso, não é mesmo? - Ela exigiu saber.
- Não, claro que não, porque é a verdade. - Ele lhe disse. – Porém, mesmo assim
eu não quis transar com ninguém. Na verdade, não transo com ninguém desde que te
conheci.
Seus olhos perfuraram os dela.
- Você transou com ele?
- Não!
- Já transou com outra pessoa? - Sua voz e seus olhos eram como lascas de gelo
a perfurando.
Jéssica recusou a ser puxada de lado naquela luta, então apenas cerrou os
dentes e permaneceu em silêncio.
Seu olhar caiu para a sua boca.
- Você já transou com outra pessoa?
- Sua voz abaixou ainda mais e ele fez a pergunta com uma voz angustiada.
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que realmente havia acontecido. Ela queria saber o que aconteceu com ele antes, para
depois tomar a melhor decisão e se preciso mostrar a ele a sua carta na manga, mais
ainda não.
- Você sabe que é muito mais do que isso, caramba. - Ele rosnou e a sua voz se
contorceu de raiva, não demonstrando nenhum prazer em admitir isso.
- É mesmo?
- Sim, é isso... Se não fosse, eu teria sido capaz de ir até o fim. - Ele empurrou
para fora com os dentes cerrados.
Os olhos de Jéssica queimaram quando ela sentiu seu rosto ficar branco. Ela
começou a lutar com força e violência, o pegando de surpresa e conseguiu sair de seus
braços. Ela se atirou do outro lado da sala e se virou para ele, enquanto envolvia os
braços em volta da cintura em autoproteção.
Ficou um tempo apenas olhando para ele através da sala, suas lágrimas
transbordando em seus olhos.
Ela não sabia qual era a emoção mais forte, se o fato dele ter chegado tão perto
de pegar outra mulher, o cheiro dela sobre ele, ou o alívio dele não ter ido até o fim.
E apesar de tudo isso, ainda existia uma raiva que queimava lentamente
dentro dela.
Ele virou lentamente para encará-la, como se fosse à última coisa que quisesse
fazer, enquanto deixava cair todo o seu peso contra a parede se apoiando contra ela.
Jéssica viu claramente quando ele percebeu exatamente o que havia admitido
para ela.
O calor e a raiva que sentia eram quase insuportáveis, mas mesmo assim
acreditou nele. Acreditou que ele não tinha ido até o fim.
Uma lágrima transbordou pelo seu rosto e ela a enxugou com fúria e cuspiu em
tom acusatório:
- Você queria transar com outra pessoa.
- Eu não transei com ninguém. - Disse ele sem rodeios.
- Você queria... você saiu para se encontrar com outra mulher.
- Nós não vamos ter essa conversa, Jéssica. Não aconteceu nada. Isso é o fim de
tudo.
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Ela balançou a cabeça para trás e para frente, não querendo aceitar isso tão
fácil.
- Isso foi um erro, tudo isso. - Balançou um braço indicando o apartamento e
ele enquanto falava. - Eu não posso mais viver assim.
Ele endureceu e uma máscara tomou conta das suas feições.
- É um pouco tarde demais para voltar atrás.
Continuando a balançar a cabeça com movimentos bruscos, olhou para
qualquer lugar, menos para ele, quando tentava não chorar na sua frente.
Ele se afastou da parede e parou na frente dela.
Tomando seus cotovelos em cada mão a puxou para perto.
- Eu não vou deixar você cair fora do nosso acordo.
Agora era o momento.
Agora era a hora de contar a ele.
Diga tudo a ele, já.
Ela não podia, porque estava com muito medo. Por mais que ele não assumisse
os seus sentimentos, algo o tinha impedido de dormir com outra mulher e isso já era
alguma coisa em que se agarrar.
Tinha certeza que ele havia parado por causa dela e isso significava que ele
realmente se importava com ela, mesmo que apenas um pouco.
Talvez ele estivesse ainda muito longe de admitir ou quem sabe ainda não
estava pronto para admitir para si mesmo os seus sentimentos por ela.
Mas ela sabia que o queria presente em sua vida e junto com a dor que sentia,
havia um pequeno pedaço de esperança de que talvez, apenas talvez, eles fossem
capazes de trabalhar sobre toda essa merda e então assim, ter um relacionamento
verdadeiro.
Uma relação normal como qualquer outra.
Mas se ela falasse tudo para ele agora, se lhe dissesse sobre o seu novo
trabalho e a sua bolsa, ele iria explodir na sua cara. Ele poderia até se afastar dela por
completo e jamais ser capaz de permitir o tipo de relacionamento que ela queria
desesperadamente.
Tinha de haver uma razão, uma razão profunda, para fazê-lo voltar atrás e
encontrá-la do jeito que ele havia chegado, diante do desconhecido estava com medo
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
de impedir o avanço daquele relacionamento, caso o dinheiro não fizesse mais parte
dele em um futuro próximo.
Era muito perigoso.
Se ela lhe disse a verdade agora, ele poderia ir embora e se recusar a levar
adiante, ela não queria perder a sua ultima chance.
Ela precisava levar tudo lentamente com ele, mas ela não tinha nenhuma
experiência em matéria de homens e relacionamento, não tinha ninguém em quem
pudesse confiar o suficiente para compartilhar aquela sua emaranhada e sórdida
história de como se conheceram e sobre o acordo.
Então, ela estava sozinha com isso.
E a sua intuição feminina lhe dizia para não jogar tudo para o alto ainda.
Não se ela queria mantê-lo em sua vida.
E ela queria.
Deus, como ela queria.
****
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
que ela realmente era sua, que ela nunca havia pertencido a qualquer outra pessoa,
que ela era dele e só dele... e ele adorava isso... ele desejava muito isso.
Primeiramente permaneceu em negação, pois tinha vergonha de ter abusado
da sua inocência do jeito que havia feito. Durante aquela primeira semana, tomando-a,
noite após noite de quatro, apenas por trás como um cão atrás de uma cadela no cio, o
envergonhava imensamente.
Porém, agora admitia, que naquela primeira noite, quando havia lhe tirado a
sua virgindade, tinha derrubado todo o seu equilíbrio e amou cada segundo passado
com ela. Mas mesmo assim, depois daquela primeira vez, se recusou a ter mais
intimidade do que a posição do missionário permitia.
Ele a usou fisicamente, mas a culpa que sentia o fez se limitar a tê-la apenas
uma vez por dia. Na primeira semana, todas as noites, queria ficar mais, muito mais e
transar com ela pelo menos mais uma vez. Foda-se, cada vez que deixava a sua cama e
seguia para se limpar no banheiro, ele tinha conseguido outra ereção em poucos
minutos. Mas algo dentro dele, uma pequena faísca cheia de decência, não permitia ao
seu corpo satisfazer o que realmente queria, então restava apenas sair do seu
apartamento todas as noites com a frustração comendo a sua alma.
E então veio o momento épico.
Ele ficou tão ciumento aquela noite, quando descobriu que ela foi para a
piscina, vestida apenas com aqueles três pequenos triângulos que ela chamava de
biquini.
Ele ainda não sabia o que havia sido pior. O ciúme que havia sentido ou o
choque com a profundidade do seu ciúme.
Ele nunca havia sentido ciúmes e não tinha ideia de que pudesse senti-lo
daquela forma.
E todo esse sentimento só havia se intensificado a partir daquele dia, após a
luta que tiveram suas lágrimas e a sua fúria.
Mas isso não foi o fator principal.
O fator aconteceu quando ele voltou para o apartamento, para todos os
efeitos, havia se esquecido o que diabos era realmente importante para ele, se
permitindo fazer amor com ela como se tivesse morrendo de vontade de fazer... como
se tivesse sangrando por dentro para fazer.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela iria usá-lo apenas quando ele estivesse por perto para filmar os outros caras
e colocá-los em seu devido lugar. Isso não seria nenhum problema, mas jamais voltaria
a usá-lo quando ele não estivesse por perto.
Com as emoções confusas e vários nós de tensão nadando através de seu
sistema nervoso, ele partiu agora para ambos, tanto para acalmá-la, como fazê-la
seguir o seu caminho.
- Não chore minha querida. - Estendendo a mão ele limpou as lágrimas do seu
rosto. - Nós tivemos uma briga e isso é tudo.
Ele propositalmente manteve a sua voz suave e não deixando escapar aquele
aviso em sua mente, de que estava fazendo exatamente o que havia lhe dito há apenas
algumas semanas atrás, algo que ele jamais faria. Ele teria que seduzi-la a fazer o que
ele queria, mesmo que isso significasse ter que descobrir a sua própria alma.
- Me desculpe, eu não queria te machucar.
Ele ergueu seu queixo e manteve seus olhos dentro dos dele.
- Isso não vai acontecer de novo, eu juro por Deus. Não sei o que estava
tentando provar... Estou tão fodido por você. Essa coisa que existe entre nós, não
estava no contrato, mas não posso lutar contra ela. Tudo o que eu quero é você. Você
é tudo em que penso e eu... eu quase vomitei quando aquela mulher se sentou ao meu
lado e me tocou. Pensei em transar com ela e estou com muita vergonha de admitir
isso, mas realmente pensei por um minuto sobre isso. Mas tão logo o pensamento
bateu na minha cabeça senti como se estivesse te traindo e olha que eu ainda não
tinha feito nada. Apenas o pensamento de transar com ela era para mim uma traição a
você e senti isso quase fisicamente. Então... então eu me senti culpado, louco e
totalmente fodido e sai praticamente correndo do bar e fiquei apenas dirigindo por
horas. Estou cansado de lutar contra isso, estou cansado de lutar contra meus
sentimentos. Eu quero você, quero tocar cada pedaço de você a cada segundo e eu
prometo, nunca mais vou ferrar isso que há entre nós de novo.
As palavras desconexas de Connor chegaram a um impasse e ele apenas
esperou inquieto por algum tipo de resposta de Jéssica que parecia totalmente cega e
contraria a tudo aquilo. Aproveitando o momento para pressionar ainda mais, deu um
beijo em seus lábios e perguntou:
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
- Você vai para a minha casa comigo esta noite? Preciso sair daqui, ficar longe
deste apartamento, mas tenho que ter você comigo. Pegue as suas coisas e venha
comigo, ok?
Ela começou a balançar a cabeça com pequenos movimentos rápidos para cima
e para baixo e logo após simplesmente disse:
- Ok.
Ele a soltou de seus braços e ela se afastou, começando a recolher os seus
pertences.
****
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Uma Amante Inesperada
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garagem para três carros, apertando um botão em seu painel o que fez levantar
automaticamente as portas da garagem.
Luzes automáticas iluminaram o seu interior e Jéssica ficou surpresa ao ver o
que equivalia a pilhas e pilhas de caixas empilhadas ocupando um espaço organizado
de uma baía inteira. Ela não fez nenhum comentário sobre elas, apesar da sua
curiosidade estar totalmente aguçada.
Connor desligou o motor e em poucos minutos lhe ajudou a descer e
começaram a entrar na casa pela entrada traseira. Ela colocou a sua mochila por cima
do ombro, recheado com roupas e produtos de higiene pessoal, mas enquanto
caminhava pela área ele a pegou para si e a aliviou daquele peso.
Havia algumas lâmpadas que haviam sido deixadas ligadas, por este motivo não
estavam andando na escuridão total. Mas ela não teve tempo para olhar pelos
arredores, porque Connor deixou cair à mochila no chão e sem quaisquer preliminares
a içou pela cintura, jogando ela sobre seu ombro como se fosse um saque e começou a
carregá-la por um longo corredor.
Entraram em um cômodo completamente escuro e ele a colocou no meio de
uma cama, onde ela rapidamente assumiu uma posição sentada. Ele se moveu em
direção à outra porta que ela imaginava ser o banheiro e ligou uma luz que lançava um
brilho suave sobre o quarto.
Seu olhar se fixou no dela, onde continuava sentada e enquanto continuava a
olhar dentro dos seus olhos começou a se despir. Ele fez um rápido trabalho e logo em
seguida veio na sua direção até parar ao pé da cama.
- Tire as suas roupas.
Um espiral forte de calor percorreu Jéssica devido aquele comando brusco, da
mesma forma, que havia feito há um mês. Mas ao contrário do medo e trepidação que
sentira naquele dia, agora era a excitação e antecipação que se enrolavam como um
nó em seu corpo. Lambendo os lábios e contendo um tremor de necessidade, deslizou
seu short e calcinha por suas pernas e deixou que caísse ao chão.
Ele continuou a observá-la em silêncio, enquanto uma potente, quente e
pesada onda de química sexual enchia o ar ao redor deles.
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Ainda sem conseguir fazer uma exibição de seu corpo tão corajosamente, ela
agarrou um dos travesseiros e o colocou na sua frente, efetivamente se escondendo
dele.
Ele rosnou um aviso baixo em sua garganta e o calor que isso a fez sentir
deslizou por sua espinha e se fundiu em um nó de excitação que desembarcou como
fogo liquido entre as suas coxas.
Quando ele olhou para ela, ajustou a sua postura, seus músculos peitorais se
destacaram ainda mais, seus olhos se estreitaram ficando ainda mais aguçado. Sua
ereção se projetava do seu corpo, inchado e rígido.
- Eu quero que você também tire essa camiseta, Jéssica.
Ele falou aquelas palavras em um tom áspero e exigente.
Seu coração começou a bater no peito cantarolando uma excitação abaixo da
superfície que tentava a todo custo se libertar.
Ela queria dar a ele o que queria, mas ainda havia muitos buracos entre eles.
- E sobre o que eu quero?
Seus olhos ficaram nublados enquanto seu corpo se tornava placas inflexíveis
de aço.
- O que você quer?
O que ela queria acima de tudo era a conhecê-lo, se aproximar dele, mas ele
sempre mantinha essa linha invisível entre eles.
- Se eu tiver que ficar nua então, você... você precisa começar a se mover nessa
mesma direção.
Isso levou todo o seu controle para o espaço e ela não conseguiu mais conter o
tremor em sua voz.
Suas sobrancelhas foram para baixo em uma careta e ele apontou para si
mesmo com uma mão, de forma acentuada e impaciente, indicando o seu corpo nu.
Ela balançou a cabeça.
- Isso não é o que eu quis dizer.
- E então? - Ele perguntou com o nervosismo estrondando na sua voz enquanto
o seu eixo empurrava e latejava.
Ela respirou fundo.
- Eu vou tirar a minha camisa, se você responder uma pergunta para mim.
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Capítulo Novê
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Sua respiração engatou e ela tentou empurrar para cima e para trás, tentou
apertá-lo entre as pernas para ele afundar ainda mais dentro dela. Mas ela não
conseguia, pois ele a estava segurando com um braço em volta de sua cintura que
mais parecia uma barra de aço.
Ele controlava todos os seus movimentos e lhe negava a capacidade de sequer
mexer os seus quadris na sua direção.
- Responda-me. O. Que. Você. Quer?
- Você. - Ela implorou em um sussurro.
Ele empurrou mais um centímetro para dentro e soltou o braço dele apenas o
suficiente para que ela pudesse ter pelo menos um ligeiro movimento. Ela se
empurrou contra ele e começou a ofegar. Ela estava consciente da respiração dele
quando se tornou mais alta ao lado de sua orelha.
E então ele parou de novo.
Seu braço em torno da sua cintura moveu e a sua mão serpenteou e pousou em
seu clitóris.
Ele empurrou o seu pau por todo o caminho dentro dela com um suave, mas
implacável impulso e então começou a esfregar seu clitóris em círculos com traços
firmes de seus dedos. Um prazer inebriante correu através dela.
Ele beliscou e puxou a pequena saliência em um movimento que repetiu até
que ela começasse a se fragmentar debaixo dele. Ela gritou durante o seu orgasmo e
ele curtiu o seu deleite por alguns longos segundos antes de se puxar para fora dela e
virá-la mais uma vez, colando as suas costas no colchão.
Ele se empurrou de volta entre as suas coxas e depois levantou as suas pernas a
envolvendo em torno da sua cintura. Enfiando os dedos em seus cabelos, levantou seu
rosto e quando seus olhos se enroscaram com a dela, começou a se afundar dentro
dela mais uma vez.
Seus olhos continuaram a segurar os dela e quando estava completamente
empalado dentro de seu pequeno corpo, seu olhar caiu para os seus lábios. Suas
pálpebras se fecharam para em seguida, abrir novamente, seus olhos fitando os dela
novamente, enquanto o seu corpo permanecia parado dentro dela.
Sua voz quando falou estava totalmente torturada.
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- Você não tem ideia do que faz comigo... Não tem a menor ideia do quanto eu
quero você.
Por um momento Jéssica viu a sua alma e ela sabia que a partir daquele
momento nada mais seria a mesma coisa entre eles.
Ela estava presa debaixo dele, mas as suas mãos estavam livres, de repente,
soube o que faria por ele. Era apenas uma pequena coisa, mas neste momento, queria
apenas aliviar aquele seu tormento, então era aquilo que faria.
Suas mãos pousaram na bainha de sua camiseta e ela começou a se contorcer
debaixo dele. Demorou um pouco para ele perceber que ela queria que ele se
levantasse um pouco e quando se afastou apenas uma polegada, que era todo o
espaço de que precisava, ela deslizou a sua camiseta para cima e a passou pela sua
cabeça.
Jéssica jogou a camiseta o mais longe possível e quando virou novamente na
sua direção as suas narinas estavam ainda mais dilatadas e seus olhos estreitos sobre
ela.
Ela esperava que ele se concentrasse em seus seios imediatamente, mas ele
não o fez. Suas mãos envolveram o seu rosto, enquanto ele ainda olhava para ela,
lentamente começou a mover os seus quadris, a princípio empurrando dentro dela e
puxando para fora, mais e mais, o tempo todo, olhando em seus olhos.
Foi um ato muito íntimo, o mais íntimo que havia experimentado com outro ser
humano e o aquilo tudo sacudiu com força o seu coração.
Justamente quando pensou que teria que fechar os olhos diante de tamanha
intensidade, a sua boca caiu sobre a dela e começou a beijá-la, suavemente,
repetidamente, uma e outra vez.
Finalmente ela teve que virar a cabeça para longe a fim de levar oxigênio para
os seus pulmões e quando o fez, ele escorregou e prendeu a boca em seu mamilo.
Raspando com a sua língua, moveu a sua cabeça de um mamilo para o outro
até que formaram picos duros de desejo quente e brilhante, invadindo a sua pélvis
mais uma vez.
Ele tomou um dos seios em sua mão e o segurou correndo os dedos sobre a
ponta, para em seguida, espalmá-lo completamente.
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Sua boca no outro seio explodia através de um calor úmido em todo o mamilo e
depois mudava para a sua carne branca acima.
Ele começou a chupa-la lá de verdade e a sua boca estava quente e forte
quando ele usou os lábios e a língua sobre ela.
A combinação com o seu aperto firme no seu outro mamilo era implacável e ela
começou a levantar os quadris, respondendo de volta contra os golpes que ele estava
tomando.
Mais uma vez o orgasmo tomou conta dela quente e duro, e o prazer foi tão
intenso que gritava por cada poro do seu corpo.
Ela conseguia ouvir a sua voz estridente e rouca à distância e então sentiu ele
se empurrar com força contra ela e se manter parado lá por um momento.
Na parte de trás de sua mente, além de todo o prazer, além de toda aquela
intimidade vivida, sabia que eles estavam se encaixando de vez.
****
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Ela se aproximou ainda mais do espelho e tocou a sua pele levemente. Não
doeu, mas ela não sabia o que sentia com relação aquilo.
Ela nunca teve um namorado antes e começou a se perguntar qual seria o
motivo por trás daquela sua ação.
A única experiência que teve com chupões foi uma única vez, quando tinha
cerca de quinze e saiu com um grupo de amigas para encontrar alguns meninos no
cinema, que já estavam emparelhados na última fileira. O menino que ela beijou
naquela noite tinha deixado um chupão no seu pescoço e foi o único que havia
recebido, até agora.
É claro que na escola, presenciava chupões o tempo todo, em ambos os rapazes
e moças. Mas era sempre no pescoço e nunca lhe ocorrera que um homem iria colocar
uma marca em uma mulher em algum lugar que ninguém mais seria capaz de vê-lo.
Também a surpreendeu que ela não percebeu quando ele estava fazendo
aquilo. Lembrou-se de ter uma vaga consciência de quando ele estava chupando os
seus seios, mas a maneira como ele estava fazendo isso e as outras coisas que estavam
acontecendo não permitia que a sua mente se concentrasse exclusivamente na boca
que estava devorando o seu peito.
Mas ele deve ter feito isso de propósito.
Enquanto tomava banho tentou descobrir aquele enigma.
Provavelmente era por ter lhe negado os seios por tanto tempo e isso deveria
ser apenas um lembrete do que ela havia lhe dado e que a partir de agora, era todo
seu.
Ela sentiu um deslizamento lento de prazer quando aquele conhecimento
penetrou cada fibra do seu ser.
Finalizando o seu banho, envolveu o cabelo molhado em uma toalha e colocou
roupas limpas. Deveria começar o seu trabalho apenas na segunda-feira, de modo que
tinha apenas hoje e amanhã para descobrir o que e como deveria abordar aquele
assunto com ele.
Ela tinha que falar para Connor sobre o seu trabalho, pelo menos, porque tinha
que voltar para Richardson e seu apartamento, que era muito mais perto do
supermercado. E também ele teria que ir trabalhar na segunda-feira, pelo menos ela
acreditava nisso.
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Ela escovou os dentes e trabalhou duro nos emaranhados de seu cabelo, para
em seguida passar hidratante em sua pele. Quando saiu do banheiro e olhou para a
cama, o encontrou deitado de lado com a cabeça apoiada na mão e olhando
diretamente para ela.
Suas feições estavam duras e convincentes à luz da manhã e quando uma
imagem surgiu espontaneamente do que ele havia feito com ela e sua mama,
juntamente com o jeito que ele estava olhando para ela agora, enviou-lhe uma
corrente de atração crua subindo pela sua espinha.
Mas ela não queria voltar para a cama com ele agora, pela aparência dele, isso
era exatamente o que queria, mas a sua persuasão era algo que ela sentia a
necessidade de lutar contra no momento, pois precisava recuperar uma pequena parte
de si mesma ainda esta manhã e a sua cama não era definitivamente o lugar para fazer
isso.
Ela sentiu um arrepio em sua pele quando lançou um pequeno sorriso na sua
direção para, em seguida, começar a andar pelo quarto.
- Onde você pensa que vai?
Sua voz estava ainda mais profunda do que o habitual, deveria ser por causa do
sono e aquilo a deteve na porta do quarto.
Virando para olhar por cima do ombro falou o mais casualmente possível.
- Eu vou conhecer a sua casa.
E então ela saiu rapidamente do quarto, fugindo dele, pelo menos por
enquanto.
****
A casa era toda construída em um único nível. Era a casa de um executivo, com
todo o espaço e conforto que se poderia esperar. Estava dividida ao meio por uma
grande sala, com tetos altos e uma parede de janelas que mostrava um enorme
quintal, uma linda piscina e um SPA, essa deveria ser o motivo pelo qual Connor havia
lhe dito para trazer o seu biquíni.
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ao redor, girando em um círculo completo e quase pulou de susto quando viu Connor
encostado na ilha central, observando-a em silêncio e vestindo apenas um par de
shorts bem velhos.
Quando seus olhos se encontraram, ele não demonstrou nenhuma emoção,
apenas levantou uma sobrancelha escura, mas não fez nenhum comentário.
Ela se recusou a comentar qualquer coisa, simplesmente se levantou e ficou
olhando enquanto ele se movia em torno da cozinha e preparava o que parecia ser
algum tipo de shake de proteína. Quando tomou o primeiro gole, apontou para uma
porta fechada no canto da sala. Jéssica se aproximou e abriu já esperando que fosse
uma despensa de alimentos e encontrou exatamente isso.
- Eu não sou muito fã de um grande café da manhã, mas você pode fazer para si
mesma o que quiser. - Ele falou com uma voz rouca e profunda.
A copa era abastecida com muitos itens não perecíveis, bem como barras de
proteína, barras de granola e uma grande quantidade de alimentos que poderiam ser
consumidos rapidamente, mesmo sem o benefício de um forno de micro-ondas.
Ela escolheu uma barra de granola e se serviu de um copo de água, uma vez
que não viu qualquer refrigerante de variedade diet.
Eles ficaram em silêncio na cozinha, enquanto terminavam aquele café da
manhã rápido. Já passava das 10:30, pois haviam dormido muito tarde na noite
anterior.
- O que você quer fazer? - Perguntou ele.
- Sobre o que?
Devido ela não ter entendido bem a sua pergunta ele elaborou.
- O dia inteiro. O que você quer fazer hoje?
- Oh. Não sei. Você não tem nenhum plano?
- Só você.
O olhar que ele estava lhe dando queimava um a um os seus neurônios, mas
enquanto ele ainda estava lhe dando uma escolha, ela perguntou:
- Há uma pista de caminhada atrás do seu muro?
- Sim.
- Você faz caminhada nela?
- Sim.
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- Eu trouxe tênis.
Jéssica jogou aquelas palavras esperando que ele as usasse como uma
sugestão.
- Você quer sair para um passeio?
- Sim. Quem sabe uma corrida. - Disse ela. - Você corre?
Ele deslizou os olhos pelo seu corpo, por todo o caminho, do seu rosto até os
pés e depois de volta para o seu rosto.
- Eu provavelmente consigo acompanhar você.
Ela soltou um sopro suave de riso.
- Sim, provavelmente, vamos apostar. Pode me deixar comer a sua poeira, não
me importo. E não quero te deter. A minha corrida provavelmente é descrita mais
como apenas uma corrida.
- Eu não a deixaria de forma alguma para trás, Jéssica. Essas trilhas lá atrás não
são para ser tomadas através de uma brincadeira, entendeu? São trilhas públicas do
município e a cidade não as construiu apenas para mim. E só para você saber as regras,
não deve jamais voltar lá sozinha.
- Essas são as regras da cidade? - Perguntou ela.
- Essas são as minhas regras.
- Alguma coisa ruim já aconteceu por lá?
- Não, mas sempre há uma primeira vez para tudo e confie em mim quando lhe
digo que não vai ser qualquer coisa que tenha a ver com você, entendeu?
- Mm-hmm. Dê-me cinco minutos para colocar os sapatos e prender o meu
cabelo para trás.
- Certo.
Jéssica saiu rapidamente da cozinha e enquanto ela prendia o cabelo em um
rabo de cavalo e amarrava os seus tênis, se perguntava sobre aquela sua necessidade
constante e agressiva por sua segurança. Ele tinha mostrado essa característica antes,
mais especialmente no dia em que ela havia adormecido no clube. Talvez aquele caso
fosse apenas uma exceção, mas não sentia a necessidade de tanto exagero, pelo
menos, não neste caso.
Ele estava provavelmente certo, pois as milhas de bosques e trilhas isoladas
não deveriam ser tomadas com um ânimo leve. Além disso, muito em breve, teria que
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contar a ele sobre o seu trabalho e o fato de que teria que voltar para casa no escuro
em algumas noites por semana.
Não havia absolutamente nenhuma dúvida em sua mente de que ele não ia
gostar nada disso.
Então se tinha que escolher as suas batalhas com ele, com certeza essa não
seria uma delas.
****
Fiel à sua palavra, Connor não saiu do seu lado nem sequer um segundo,
enquanto eles corriam, embora tivesse que desacelerar para uma caminhada algumas
vezes para compensar o seu tranco inferior e a sua pequena capacidade atlética.
As trilhas serpenteavam pela mata e eles seguiram para uma pequena área do
parque com balanços, uma fonte de água e banheiros. Eles pararam para beber um
pouco de água, fizeram alguns alongamentos por mútuo consentimento, e em seguida,
correram de volta.
Ao todo ficaram fora por cerca de uma hora e ambos estavam com muita fome
quando voltaram.
- Preciso de um banho antes de almoçar. - Disse ela, mas ele agarrou a sua mão
e a levou para a cozinha.
- Vamos fazer algo rápido e em seguida, dar um mergulho. Depois cuidamos de
toda a sujeira.
Jéssica estava ansiosa para experimentar a piscina, então juntos começaram a
cortar cubos de frutas e queijo e fizeram uma salada de atum rápido. Connor colocou
tudo em uma bandeja e lhe falou para ir colocar o seu traje de banho.
Eles comeram na mesa do pátio sob um guarda-chuva e depois apenas
empilharam os pratos de volta na bandeja.
Jéssica foi experimentar a temperatura da água, descendo a escada um degrau
de cada vez, em vez de mergulhar.
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De repente, naquela sua maneira de pensar notou que eles estavam na relação
em níveis mais equilibrados, praticamente iguais naquela relação louca que eles
haviam forjado. Seus olhos se fecharam e ela flutuou por um momento, deixando toda
a angústia escapar enquanto curtia a sensação tátil do sol em seu rosto e a água sob a
mão que girava ao seu lado.
Quando ouviu o seu profundo suspiro seus olhos se abriram e caíram sobre ele.
Ele estava olhando para as marcas que havia deixado em seu peito, que estavam
naquele momento em plena exibição no seu pequeno biquíni.
Os músculos do seu rosto estavam retesados e mesmo quando começou a falar
não levantou os olhos de seu peito.
- Eu queria uma relação como esta por que...
Quando Jéssica percebeu que ele estava finalmente respondendo a sua
pergunta da noite anterior, seu coração começou a correr em seu peito. Mas quando
as palavras dele pararam, parou também por um segundo as batidas do seu coração.
Ela esperou que ele recomeçasse a falar com muito medo de estragar o
momento, mesmo que não soubesse o que dizer de qualquer maneira.
Sua mão acariciou a sua perna do arco de seu pé até o joelho e depois
novamente.
- Porque sim... Tenho um forte impulso sexual, Jéssica. Essa era provavelmente
a melhor coisa sobre o casamento. Não ter que sair para procurar por sexo.
Quando ele disse a palavra ‘casamento’, Jéssica quase desmaiou e caiu de cima
da sua boia. Ela só conseguiu ficar parada e controlar qualquer movimento
involuntário de empurrar o seu corpo e sair correndo dali.
Uma onda de ciúme que não podia negar rodou dentro dela e se estabeleceu
no seu coração. Mesmo assim continuou completamente sem palavras, apenas
esperando que ele continuasse.
- E depois que a Val morreu, lá estava eu, sozinho, solteiro novamente. Após
semanas, às vezes, noite após noite... Dormir com uma mulher diferente todo o tempo
perdeu para mim todo o seu apelo, muito rapidamente.
O ciúme desapareceu completamente com aquelas suas palavras e uma
empatia tomou o seu lugar. Ela foi totalmente pega de surpresa. Quando ele
mencionou ‘casamento’, rapidamente assumiu que havia um divórcio, mas agora ficou
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muito abalada ao descobrir que ele tinha perdido a sua esposa e tudo de repente se
tornou muito claro, como se retirasse uma espécie de neblina sobre a sua mente e
conseguiu entender o porquê ele tinha feito tudo aquilo.
Ele limpou a garganta e olhou para longe, para dentro da água e Jéssica sabia o
que isso significava, isso era o fim da conversa e se quisesse saber mais teria que
perguntar.
- Eu sinto muito, Connor. - Ela deixou as palavras se assentar entre eles,
enquanto ele apenas acenou com a cabeça uma vez e continuou a olhar para longe
dela.
- Há quanto tempo ela morreu?
- Um pouco mais de um ano, em um acidente de carro.
Jéssica estava aliviada de que pelo menos havia lhe fornecido aquela
informação, o que fez reforçar os seus nervos para continuar.
- Se você teve um bom casamento na primeira vez... - Ela manteve a voz suave
e gentil. - E você gosta de estar em um relacionamento, por que apenas não tenta
seguir em frente? Você não quer encontrar outra mulher para compartilhar a sua vida?
- Ela baixou a voz uma oitava e disse devagar e suavemente. – Sabe, não seria nada
difícil. Você é muito bonito, educado e incrivelmente boa pinta-
Seus olhos se voltaram para os dela e ele a cortou.
- Você não entende. Val me amava. Ela me amou com tudo o que tinha para
dar, e eu-
Suas palavras pararam de novo e ele respirou fundo.
- Não se preocupe com isso. Não quero mais falar sobre esse assunto, ok?
Jéssica apesar de ter um milhão de perguntas sabia quando parar. Ela tinha
agora, algumas peças do quebra-cabeça, mas não a peça que precisava
desesperadamente.
Ele precisava de tempo.
A angústia que viu em seus olhos a cortou profundamente e tudo o que queria
fazer era acalmá-lo.
Ela lhe deu um sorriso amargo e acenou com a cabeça. - Ok.
Fechando os olhos fingiu descansar sob o sol, enquanto no seu interior, o
quebra-cabeça que era Connor Montgomery, estava lhe deixando louca.
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Ela caminhou até ele e aceitou a sua mão, sentando-se ao seu lado. Levantando
o controle remoto da mesa de centro desligou a televisão com um simples apertar de
um botão. Voltando seu rosto na sua direção deu de cara com aquele seu escrutínio
aquecido, preso em cada movimento dela, sabendo que se quisesse fazer algo teria
que executar o seu movimento rápido, antes que ele se lançasse sobre ela.
Seu coração batia loucamente quando ela inclinou a cabeça para o lado, se
escondendo parcialmente por trás da queda de seu cabelo, enquanto tentava segurar
seus olhos.
Ela lambeu os lábios secos e tentou tornar a sua voz forte e sedutora, mas
soube que não conseguiu completamente quando ouviu o seu próprio sussurro.
- Você quer jogar um jogo?
Suas narinas e seus olhos caíram sobre seus lábios e não havia dúvida de que
ele reconhecia as suas próprias palavras lhe atacando e o que estava implícito ali.
- O que você tem em mente?
Um guincho saiu da sua garganta e o rubor vermelho vivo tingiu as suas maçãs
do rosto, lhe dando coragem para continuar.
- Podemos fingir que somos namorados?
Ela novamente pegou emprestadas as suas próprias palavras e enquanto falava
soltou a sua mão e levantou do sofá. Ela ficou de joelhos no chão e empurrou seu
torso entre as suas coxas abertas.
Suas palavras continuaram em voz baixa, pois não conseguia aumentar o som.
- Podemos fingir que até muito recentemente eu era virgem.
Suas mãos pousaram sobre os músculos de aço que eram as suas coxas e seus
olhos deslizaram para a protuberância em sua bermuda.
- E que você me ensinou um monte de coisas novas...
Sua mão deslizou para sua ereção e ela sentiu o calor vindo dele em ondas
através do material de seus shorts.
- Mas há algo que eu nunca fiz antes.
Seus olhos se levantaram e se enroscaram com os dele, ela parou de falar
abruptadamente, enquanto esperava a sua reação.
Mais uma vez, não teve que esperar por muito tempo.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele respirou fundo e ela observou fascinada quando o seu pomo de Adão se
convulsionou em sua garganta.
- Jesus Cristo, Jéssica. Você está me oferecendo um boquete?
Fogo lambeu através dela diante daquela sua pergunta contundente e só
conseguiu lhe responder balançando a cabeça, apenas uma vez.
Seus olhos se estreitaram e seus músculos ficaram tensos.
- Eu não quero fingir. Quero saber a verdade, apenas a verdade. Alguma vez
você já fez isso?
Ela balançou a cabeça.
- Não.
Sua mão segurou forte o seu cabelo quando ele agarrou os lados da sua cabeça.
- E isso é algo que você quer fazer?
- Sim. - Sua bravura foi embora rapidamente. - Se você quiser, é claro.
- Oh... Foda-se... Quero muito, minha querida... - Disse ele através de um
gemido gutural.
Ela corou.
Ela realmente se sentiu corar com a veemência do seu tom.
- Tudo bem. Mas eu não sei-
- Está tudo bem. - Ele começou a acalmá-la imediatamente. - Não tem
problema. Vou te ensinar como fazer. Você se sentiria melhor se eu lhe desse as
instruções passo a passo? - Ele estava olhando profundamente em seus olhos
enquanto sua mão lhe acariciava.
Ela não sabia se ele estava brincando ou se ele estava falando sério.
- Sim, na verdade. Mas isso seria legal para você?
- Eu não consigo pensar em nada melhor. Mas deixe-me dizer uma coisa. Você
não pode me machucar. E não importa o que fizer comigo, tudo será muito bom.
Portanto, não se preocupe em tentar fazer direito. Qualquer coisa que fizer será bom,
eu prometo a você.
Sua voz estava áspera e impulsionada pelo desejo.
- Eu não sei o devo fazer depois... Depois. Você sabe, com o seu esperma. Eu li
que você pode engolir, mas eu-
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele deve ter visto a indecisão em seus olhos, porque começou a sacudir a
cabeça e a cortou.
- Você não tem que engolir nada. - Sua atenção deslizou para a boca e depois se
concentrou em seus olhos novamente. - Você pode se quiser, mas querida, não deve
fazer se não se sentir confortável. Apenas coloque essa boca pequena doce em mim...
isso é tudo o que posso lhe pedir.
Não lhe dando nenhum segundo sequer para mudar de ideia, levantou a mão
onde ela distraidamente acariciava, tirou a sua bermuda e cueca e se sentou
novamente.
- Venha até aqui por um minuto.
Ele ordenou enquanto a levantava pelos braços e a colocava sobre ele. Ele
passou os braços em volta dela e começou a beijá-la tão furiosamente e
profundamente que ela quase se esqueceu sobre o que ela iria fazer com ele.
Sua língua duelou com o dela e suas mãos corriam para cima e para baixo em
sua coluna com uma carícia aquecida. Durante aquele percurso levantou a sua
camiseta e parou o beijo apenas tempo suficiente para puxar a camiseta sobre a
cabeça e a jogar para o lado.
Antes que ela pudesse se controlar soltou um pequeno som incontrolável de
aflição.
Ele prendeu a mão em seu queixo e manteve seus olhos fixos com os dele.
- Não vamos mais voltar para toda aquela merda, baby. Com a mão livre
abrangeu com a palma todo o seio que havia marcado tão profundamente na noite
anterior.
- Você deu tudo isso para mim ontem à noite, de sua livre e espontânea
vontade e não pode mais tê-los de volta. Eu não vou deixar você fazer isso. Agora eles
são meus, assim como todo o resto de você, entendeu?
Não era possível sequer acenar com a cabeça, porque o aperto no seu queixo
estava muito forte, então ela sussurrou. - Sim.
Com o seu acordo, ele começou a beijá-la novamente e dentro de poucos
segundos sua excitação estava em níveis de fundição e ela estava sentindo uma dor lhe
impulsionado a deslizar para baixo entre as suas pernas mais uma vez.
Com esse pensamento em mente ela parou o beijo e murmurou:
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Lynda Chance
Seus dedos beliscaram o seu mamilo e o gosto erótico dele já estava fazendo
com que balançasse a sua pélvis.
- Deus, sim. Abra a boca e o coloque para dentro.
Seu corpo estremeceu quando ela fez o que ele pediu.
- Agora mova a sua mão, assim.
Ele colocou a sua mão sobre a dela e lhe mostrou como realizar os golpes,
muito parecido com os golpes que tinha usado nele antes.
- Mova a boca e a mão ao mesmo tempo.
Sua respiração vaiou enquanto tentava seguir com as suas instruções.
Ele gentilmente torceu o seu cabelo em suas mãos e passou os dedos em torno
de seu crânio, movendo ela com a força que tanto precisava. Ele só aguentou seis ou
sete movimentos e então começou a apertar o seu toque.
Empurrando a cabeça para baixo com força suave o suficiente para mantê-la lá
ele sussurrou.
- Estou prestes a gozar.
Ela ajustou o ângulo que estava usando apenas um pouco, apenas o suficiente
para que não se engasgasse como ele havia lhe dito.
Ela sentiu seu corpo se apertar e ele gemer com a força de sua libertação. Ela
ainda provou a sua quente essência salgada enquanto ele a segurava firmemente
contra ele e sabia que ele estava em um estado irracional do orgasmo.
Depois de alguns segundos, ele a permitiu que fosse para longe com a boca
cheia dele olhando ao redor freneticamente. Ele lhe entregou uma lata de Coca-Cola
vazia com o levantar de uma sobrancelha arrogante. Ela olhou para ele, olhou, mas em
seguida, apenas fechou os olhos e engoliu em seco. Sabia que ele a viu fazer aquilo,
pois sentiu seus músculos tensos quando a puxou para ele, abraçando-a com tanta
força que ela mal podia respirar.
Ele beijou o lado de seu rosto e depois passou os lábios em sua orelha.
- Obrigado.
Ela descansou a cabeça em seu ombro.
- Eu fiz o certo?
- Não foi tão ruim.
Ferida ela levantou a cabeça e olhou diretamente nos seus olhos.
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Capítulo Dêz
Domingo à noite chegou muito rápido e Jéssica sabia que não podia mais adiar
o que tinha a lhe dizer.
Fortalecendo seus nervos foi até a porta do seu escritório, onde ele estava
ocupado no computador, usando óculos de leitura, os quais ela nem sabia que ele
precisava. Aqueles óculos em vez de torná-lo mais acessível, tinha o efeito contrário,
fazendo-o parecer ainda mais austero.
Ela viu quando seus músculos ficaram tensos ao olhar para cima e vê-la parada
na porta.
Encostada no batente, correu os olhos pela sala, observando as estantes e os
equipamentos de computador, mas quando o ar se tornou espesso em torno deles,
finalmente soltou o ar em seus pulmões e as palavras que tanto precisava dizer.
- Eu preciso ir para casa.
- Casa?
- Voltar para o apartamento. - Ela qualificou.
Seus olhos se estreitaram e a sua carranca que parecia ser quase permanente
intensificou ainda mais.
- Por quê?
- Porque agora tenho um emprego. Começo amanhã.
Sua boca se achatou ainda mais e seu olhar ficou totalmente penetrante.
- Um trabalho. - Suas palavras estavam sem vida.
- Sim. Tempo integral pelo resto do verão e em seguida, tempo parcial durante
as aulas.
Com muito cuidado e movimentos exatos, ele colocou a caneta sobre a mesa e
perguntou de forma sucinta:
- Onde?
Ela falou o nome do grande supermercado perto da universidade.
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Uma nova onda de borboletas decolou em seu estômago quando teve certeza
que ele não ia gostar da sua resposta.
- Cerca de um quilômetro de distância.
Suas feições endureceram.
- E quais são os seus horários?
- Geralmente das nove da manhã até as seis, com uma hora de intervalo para o
almoço.
- Geralmente?
Merda.
Essa era a parte em que ele teria o seu acesso de raiva, pois seu tempo com ele
seria comprometido... e também devido ao fato de que ela teria que andar no escuro.
- Segunda-feira e quarta-feira meu horário é do meio-dia até as nove. - Ela disse
a ele rapidamente para acabar de uma vez com isso.
- Não. – Aquela única sílaba veio rapidamente e era inflexível.
- Connor-
Seus pensamentos fugiram quando ele ficou de pé e caminhou ao redor de sua
mesa até parar na sua frente, erguendo as mãos empurrou seus cabelos para ambos os
lados de seu rosto e levantou seus olhos para ele.
- Não. - Ele reiterou mais suavemente enquanto seus polegares acariciavam as
maçãs do seu rosto.
Jéssica respirou fundo e focou na parte do problema que de alguma forma
sabia, não importava tanto assim para ele.
- Estarei em casa por volta das 21:45, no máximo. E nas outras noites, estarei
em casa bem antes de você chegar lá, eu prometo.
Seus quadris pressionaram os dela com uma ameaça sutil, enquanto suas mãos
e voz ficavam ainda mais suaves, porém firmes, como se estivesse explicando um
conceito simples que ela simplesmente não conseguia entender.
- Esse não é o problema, Jéssica. O problema é a sua falta de transporte.
Apenas não a quero andando ou parada no ponto de ônibus, até considero que aquela
é uma área relativamente segura durante a luz do dia e neste período tenho certeza
que você vai ficar bem. Mas não há nenhuma maneira no inferno de você ficar
circulando por lá depois do anoitecer.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ela ignorou seu ditame e falou sobre o motivo para isso. - Eu pensei sobre isso
também e eu estou buscando uma forma de conseguir algo para me defender.
- Algo para se defender? - Ele repetiu a ideia, mas logo em seguida, revirou seus
olhos e balançou a cabeça como se ela não fizesse sentido. - Isso não é bom o
suficiente...
Suas palavras pararam como se estivesse imerso em seus pensamentos e em
seguida continuou mais abruptamente.
- Não, você precisa ligar para eles amanhã de manhã e falar que não será capaz
de aceitar o trabalho-
Com raiva ela se empurrou contra ele e o interrompeu com a sua carta na
manga.
- Então, você quer que eu tenha que fazer isso novamente depois que o nosso
tempo juntos se acabar? - Ela fez sinal com a mão entre seus corpos o que era um
indicativo do tipo de relação em que estavam.
Seus dentes cerraram e ele rosnou como um animal.
- Não.
- Se eu conseguir guardar um monte de dinheiro agora, nunca mais teria que
fazer isso de novo, entende?
Seu rosnado se tornou ainda mais baixo e ferido e Jéssica sabia que ele
percebeu que ia ter que deixá-la ganhar aquela disputa.
- Você tem que estar lá as nove da amanhã?
- Sim.
- Estarei esperando por você no estacionamento. Pode aceitar o fato de que irei
buscá-la todos os dias em que seu turno acabar mais tarde ou poderemos ter uma luta
explosiva se persistir no contrário, mas eu garanto que vai ser inútil, porque irei ganhar
no final. Saiba que essa é a única maneira de que isto aconteça.
Jéssica respirou fundo e tentou acalmar seus nervos.
- Você percebe que não é o meu chefe ou o meu dono, certo?
Uma grande mão deslizou por seu cabelo até parar e beliscar o seu queixo.
- Você acha que não? Porque tenho a certeza de que sou exatamente isso.
Então não vamos colocar esse fato à prova, certo? Agora seja a garota inteligente que
eu sei que é e apenas acene com a cabeça concordando com o que eu te disse.
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Ela olhou para ele, mas seguiu o seu conselho e acenou com a cabeça.
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Ele nunca falava nada durante esses episódios, não enquanto estava
acontecendo ou depois e Jéssica não podia deixar de sentir, cada vez que ocorria,
muito magoada.
Às vezes ela ficava tão magoada e confusa que queria arrancar seus cabelos
fora e em seguida deitar formando uma pequena bola apertada e chorar até não poder
mais.
Essa era a razão da sua confusão ou ele estava lhe preparando para o fim
daquele relacionamento ou ele havia feito uma coisa ruim.
Uma coisa muito, mas muito ruim.
Realmente foi o que aconteceu após uma daquelas noites maravilhosas, uma
noite em que ele tinha feito amor com ela. Um infinito e lento amor.
Ele havia estava tão chateado na noite anterior quando chegou e apenas a
virou de costa e rapidamente concluiu o seu serviço indo embora, que nesta noite,
ficou totalmente agradecida e quase chorosa por ele ter feito amor com ela
novamente.
Ele segurava o rosto dela entre as mãos e olhava dentro de seus olhos
enquanto lentamente bombeava dentro dela, mas pouco antes dela gozar ela
sussurrou aquelas três pequenas palavras horríveis.
- Eu te amo.
Ele congelou por cima dela, obviamente, mais chocado com as suas palavras do
que ela mesma. Mas logo em seguida, suas narinas se dilataram ainda mais e ele se
perdeu... gozou dentro dela com uma onda de energia tão grande que igualou o
orgasmo que ela estava tendo.
Ela pensou que estava tudo bem por um momento. Mas não estava, porque ela
havia arruinado tudo. Ou talvez ele que arruinou. Isso realmente não importa, porque
não podia mais recuperar aquelas palavras ditas.
Ele se afastou dela e caminhou até o banheiro como se não pudesse esperar
para escapar da sua presença.
E então as coisas só pioraram cada vez mais.
Ele saiu completamente vestido poucos minutos depois e parou ao lado da
cama para olhar para ela, mas antes que pudesse fazer um comentário, seu celular
tocou, fez uma careta, mas mesmo assim atendeu.
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- Sim?
Quando ele respondeu seus olhos pousaram em Jéssica e ficou sobre ela.
Sentia-se como uma tola ali, totalmente humilhada do que havia dito a ele, algo
totalmente estúpido.
Ele apenas a olhava com o que parecia ser acusação em seus olhos e ela queria
apenas uma varinha para desaparecer ou pelo menos fingir que nada havia
acontecido.
Enquanto ouvia apenas a metade do que parecia ser uma conversa de
negócios, sua mente começou a vagar, tentando culpar alguém, mas foi ela mesma
que proferiu aquelas palavras tão estúpida.
Talvez se tivesse tido uma mãe decente ao crescer se conhecesse melhor.
Talvez uma boa mãe tivesse tido tempo para lhe explicar sobre os pássaros e as
abelhas, ou para dizer a ela o fato saliente de que se uma mulher é respeitada por um
homem e se a química sexual estiver sempre presente e ele a trate bem, se ainda
existir o fato dele fazer amor com ela uma e outra vez, deixando cair continuamente à
guarda e lhe mostrando a sua alma, então não havia praticamente nenhuma dúvida de
que ela iria se apaixonar por ele.
Mas ela não teve uma mãe decente e jamais ocorreu a Jéssica que ela iria cair
tão fundo e tão rápido por ele.
Enquanto continuava a ficar ali, sentindo-se tão exposta e diminuindo a sua
dignidade, começou lentamente a prestar mais atenção no lado da conversa que
conseguia ouvir. E quando o fez, a sua dor e vergonha se transformou em raiva tão
rápido que pensou que poderia entrar em combustão.
Ela precisava de uma grande armadura para o que estava prestes a acontecer e
com a cabeça girando ela quase se esqueceu da sua confissão ridícula enquanto a fúria
abrangia sobre ela.
Ela olhou ao redor e rapidamente pegou uma camiseta e puxou-a sobre sua
cabeça.
Quando Connor terminou a chamada e colocou o telefone no bolso, Jéssica caiu
fora da cama, do lado oposto de onde ele estava.
O ressoar do seu coração estava alto e os nervos esticados, quando perguntou:
- Quem era?
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Ele cruzou os braços sobre o peito e lhe dirigiu toda a sua atenção mais uma
vez.
- Tiffany, uma mulher que eu contrato para fazer o projeto gráfico no meu
negócio.
- Eu ouvi você concordar em levá-la a uma espécie de encontro?
Suas feições viraram granito e a sua voz endureceu.
- Não é um encontro. Ela apenas precisa de um par em um casamento, no
próximo fim de semana.
- Um casamento. Quantos anos tem esta mulher, exatamente?
- Por que você quer saber?
Diante daquela sua curta pergunta glacial, Jéssica se perdeu inteiramente.
- Diabos, qual é a idade dela, Connor?
- Isso não é da sua conta, Jéssica. Isto não tem nada a ver com qualquer uma
das regras básicas que você e eu estabelecemos. Você não pode me fazer uma
pergunta como esta.
- Eu não posso, não é?
Uma grande onda de raiva como nunca havia experimentado antes passava por
suas veias como fogo.
Sua mandíbula se apertou.
- Não.
- Você não pode sair com qualquer outra pessoa, Connor. - Jéssica colocou tudo
aquilo para fora através de palavras sucintas das quais ele não poderia deixar de
entender.
- Eu não vou transar com ela, Jéssica. Ela só precisa de um par no sábado,
maldição. Estou tentando ser legal, apenas a porra de um cavalheiro.
- Você não pode ser tão ingênuo, Connor! Já se olhou no espelho ultimamente?
Confie em mim, ela não quer apenas um acompanhante. Ela quer você.
- Isso é besteira. Ela foi muito explícita. Apenas precisa de um par e é só desta
vez.
- Assim como o Anthony também precisa de um par para o misturador de
verão?
A raiva de Jéssica infundiu em sua voz com desdém.
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Quando seus dedos a apertaram ainda mais, ela sentiu que as suas palavras
perfuravam o seu coração, ao mesmo tempo em que sentiu a queda de todas as suas
esperanças e sonhos com ele.
Sua raiva lentamente desapareceu e só lhe restou à tristeza.
Era o fim.
Queria tanto que aquele tempo com ele fosse maior.
Mas não podia mais deixá-lo tratá-la daquele jeito, por isso tinha que acabar.
Lágrimas vieram aos seus olhos, mas já não importava. Ela havia se humilhado
ao máximo, dizendo-lhe que o amava. Então algumas lágrimas na frente dele não
significaria nada a longo prazo.
Obrigando a se acalmar e impor um controle de ferro sobre os estragos que
sangravam por seu sistema.
- Eu não quero mais o seu dinheiro, Connor. Foi um erro desde o começo e
lamento profundamente e provavelmente lamentarei pelo resto da minha vida. Mas
pelo menos agora eu sei como você realmente se sente sobre mim... que nunca serei
para você mais do que... - Ela balançou a cabeça. - Não importa. - Sua voz parou
enquanto lágrimas gêmeas transbordavam através do seu rosto.
Ele olhou para ela com uma expressão inescrutável e seus pulmões se
encheram com uma respiração profunda e sibilante.
- Você não pode mudar as regras só porque as coisas não estão indo do jeito
que você quer. Você não pode simplesmente acabar comigo. Por um lado, você
pertence a mim.
Suas mãos lhe apertaram ainda mais e a sua voz ficou afiada de raiva.
- Você é minha, Jéssica e você precisa entender essa merda imediatamente. Em
segundo lugar, você não tem dinheiro o suficiente mesmo com o seu trabalho.
Sua voz se tornou uma ameaça e Jéssica respirou fundo, se proibindo o luxo de
fechar os olhos para expulsar a sua presença enquanto ele continuava com ainda mais
veemência.
- E além de tudo isso, assinei um maldito contrato de seis meses em seu nome!
- Deixe-me ir. - Ela exigiu com uma voz monótona e inexpressiva.
- O quê?
- Eu preciso me afastar de você. Pode me ferrar com aquele contrato.
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Capítulo Onzê
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Ela caminhou até o lado do passageiro e entrou no banco quando ele ligou o
motor. Assim que afivelou o cinto de segurança, virou para encará-lo.
- O que você está fazendo aqui?
Ele a ignorou como se ela não tivesse falado, seguindo direto para o
apartamento dela, onde ele colocou o carro em frente à sua unidade, não desligando o
motor.
Ele não disse nenhuma palavra e as suas ações e comportamento a deixaram
totalmente confusa.
Ela colocou a mão na maçaneta da porta se preparando para sair.
- Eu não entendo você. - Disse ela simplesmente.
Ele agarrou o volante com força.
- O que você não entende?
- Eu pensei que você precisava de tempo. Porque veio me pegar?
A pergunta o irritou e seus dedos ficaram brancos onde apertava firmemente o
volante.
- Eu preciso de tempo. - Ele sussurrou baixinho. - Mas que porra você esperava?
Que eu a deixasse ir para casa nesse escuro maldito?
Seus olhos estavam vidrados e torturados, o que fez com que Jéssica lhe
respondesse o mais suavemente possível.
- Eu posso cuidar de mim mesma, na verdade, é o que venho fazendo há muito
tempo.
- Você não vai voltar para casa no escuro.
Ela o observou em silêncio, quase sentindo a sua dor.
- Você se importa comigo. - Disse ela em voz baixa, quase chocada com a
revelação.
Seus olhos se fecharam e depois reabriram, mas primeiramente fitaram o céu e
só após ele virou aquele seu olhar glacial sobre ela.
- Você só agora descobriu isso?
Ela lambeu os lábios.
- Acho que sim.
Uma grande emoção os envolveu, mas depois de alguns segundos ele quebrou
o elo invisível inclinando a cabeça na direção da porta da frente, lhe dispensando.
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Mas ela conhecia Connor e Anthony era um rapaz muito agradável para levar
para o meio daquilo.
Se ela fosse com ele para o parque aquático no sábado, teria que praticamente
soletrar de antemão que era apenas amizade, apenas um favor para que ele não
tivesse que aparecer no misturador sozinho.
Ela disse a si mesma que daria à Connor até esta noite, quarta-feira, para
decidir sobre os seus sentimentos antes de se comprometer com Anthony.
Anthony lhe assegurou que não se importava em ter que esperar por uma
resposta, até mesmo porque, já estava completamente sem chances de conseguir
outra garota, ainda para piorar a faculdade estava de férias e quase todo mundo
estava em suas casas curtindo o verão.
Ela conseguiu terminar o seu turno sem ficar completamente louca e quando
saiu, encontrou Connor encostado ao seu veículo da forma que suspeitou que ele
estivesse.
Procurou lhe dar a melhor tentativa de um sorriso, enquanto várias borboletas
se remexiam em seu estômago. Dessa vez não esperou pela sua ordem para entrar em
seu carro, apenas se dirigiu a ele, abriu a porta do passageiro e deslizou para dentro.
Ele subiu ao seu lado e não olhou para ela, nem uma única vez.
Ele ligou o motor e em poucos minutos estavam parando em frente ao seu
apartamento. Ele apenas acenou com a cabeça para que ela saísse e a lembrou com os
seus comandos não verbais sobre a sua fidelidade de uma forma que um calor líquido
deslizou por sua espinha e caiu entre as suas coxas.
Deslizando a mão para a maçaneta da porta, Jéssica agiu como se estivesse à
beira de abrir a porta, quando essa não era a sua verdadeira intenção.
Ela se voltou para ele, fingindo que era apenas uma despedida e perguntou:
- Você ainda vai para o casamento no sábado?
Seus lábios se comprimiram e laconicamente ele acenou positivamente com a
cabeça.
Ela apertou a sua boca, ergueu as sobrancelhas e balançou a cabeça como se
não pudesse acreditar que ele estava realmente pensando naquilo. Ela segurou seus
olhos e tentando chocá-lo, mas chocando a si mesma no processo, anunciou
claramente:
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Sua língua bateu entre seus lábios e foi fundo dentro da sua boca, lhe roubando
o fôlego imediatamente.
Calor e luxúria nublaram a sua mente e com a mão livre agarrou o seu cabelo e
o segurou com força contra ela.
O beijo que ele lhe dava era violento, molhado, quente e muito profundo.
Ela ainda estava em seus braços sentindo um alívio tão intenso que não
conseguia pensar e se concentrar em nada que não fosse o cheiro e o toque dele.
Foi embora todas àquelas horas e os dias sem saber o que estava acontecendo
dentro de seu cérebro, sem saber se havia alguma esperança ou nenhuma esperança e
isso quase a matou. E agora ele a estava beijando como se quisesse devorá-la por
inteiro.
De repente, lembrou-se de beijá-lo de volta e quando o fez, o beijo se tornou
ainda mais selvagem.
Ele afundou a mão em seu cabelo, agarrando forte o seu couro cabeludo e
levantando seu rosto para um melhor acesso. Suas línguas se entrelaçaram enquanto
as respirações se misturavam e ela conseguia até ouvir o seu batimento cardíaco
vibrando através de seus ouvidos.
Ou era seu?
Ela permaneceu naquele calor feliz enquanto a sua língua lambia a dela
descontroladamente, antes de mover os lábios para o lado de sua boca e mordiscá-lo,
para depois voltar a morder e sugar seu lábio inferior em sua boca.
Ela arfava por ar e queria mais do que qualquer coisa arrastá-lo para dentro do
seu apartamento e deixar tudo aquilo no passado.
O beijo continuou e a sua mão caiu para os seus seios, amassando e puxando os
mamilos através das camadas de roupas que o cobria.
Mais uma espiral de calor arranhou-lhe a espinha e ela apertou ainda mais a
sua mão no seu cabelo.
Connor tirou a boca da dela.
- Você é minha, Jéssica. Nunca se esqueça disso.
Seus lábios se encontraram novamente, mas Jéssica puxou os seus para longe
dele, respirando com dificuldade.
- Diga-me que você não vai ao casamento, Connor.
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Ela tremeu em seu assento enquanto o observava e ela não conseguiu mais
controlar as lágrimas que corriam por seu rosto.
Quando ele não se moveu daquela posição, ela sacudiu a fechadura da porta,
abriu a porta do carro e correu para dentro do seu apartamento.
****
Desde que havia acabado de viver os piores dias em dois anos e meio da sua
vida, Jéssica estava mais do que surpresa por realmente estar se divertindo na noite de
sábado.
O parque aquático era pura diversão e os passeios incríveis. Os caras da
fraternidade eram muito engraçados e até mesmo os seus pares, que em sua maioria
eram as meninas do grêmio, estavam sendo gentis com ela.
Ela conseguiu empurrar Connor de sua mente, exceto por cinco ou seis vezes a
cada hora.
O único problema que estava tendo era o fato de que Anthony não tinha levado
a sério o fator ‘amizade’. Ela estava tendo um pouco de problema com ele, pois queria
tocá-la a todo instante e não queria de forma alguma ser rude com ele. Ele era bonito
e a fazia sorrir, mas droga, ela sabia que ele tinha um motivo oculto.
Depois da terceira vez de tirar as suas mãos de cima dela, ela estreitou os olhos
para ele.
- Não faça isso, Anthony. Você prometeu que seriamos apenas amigos.
Jéssica sentiu bem ao castigá-lo, porque eles eram os últimos da fila para pegar
uma Coca e nenhum do seu grupo poderia ouvi-los.
- Eu estou tentando jogar limpo, Jéssica... Você apenas não deixa. - Brincou.
A resposta de Anthony foi acompanhada com olhos de cachorrinho e um único
dedo dele correu pelo lado do seu corpo. Ela não podia ajudar a si mesma e acabou
sorrindo para ele.
- Bem, então pare com isso.
Quando ela se afastou dele e seguiu na direção do grupo o seu telefone tocou.
Tirando fora do seu bolso, sentiu um arrepio quando viu o número de Connor.
Ela apertou o botão e colocou o telefone no ouvido.
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- Olá.
- Olá. Estou te observando.
Jéssica sentiu seus nervos se esticarem e várias borboletas levantar voo
enquanto olhava ao redor.
Nesse momento Anthony resolveu falar com ela novamente e passar o braço
em volta de seu pescoço.
Um assobio veio do outro lado da linha telefônica e ela sabia que naquele
momento de fato, Connor estava olhando para ela.
- Fique longe desse cara. Agora.
Jessica ouviu o comando de Connor e a interrupção da chamada antes de
responder, então só lhe restou colocar o telefone de volta no bolso.
Ela torceu o torso e se abaixou um pouco para que o braço de Anthony saísse
do seu pescoço. Ela continuou andando e se recusou a olhar em volta novamente.
Connor tinha que estar em algum lugar atrás deles, para que ele pudesse segui-la mais
facilmente.
E ela sabia que ele faria.
Seu telefone tocou mais cinco vezes nas duas horas seguintes, a cada vez que
Anthony colocava as suas mãos sobre ela. Jéssica pensou em começar alguma merda
só para chatear ainda mais Connor, mas não queria brincar com ele e também não
queria ter que lidar com um Anthony confuso, mas simplesmente deixou de atender o
seu telefone. Simplesmente continuou a ficar longe das mãos de Anthony e todas as
vezes que fazia isso, sentiu Connor em todos os lugares.
Eventualmente a noite chegou ao fim e teve que convencer Anthony, mais uma
vez, que não podia sair com ele e como não era uma pessoa fácil, pareceu aceitar
aquilo no tranco.
Quando ele a deixou em seu apartamento, não saiu do carro e ela não o
convidou a entrar, então apenas saltou de seu carro e ele foi embora.
Ela estava em pé na calçada que levava para a sua porta quando viu o carro de
Connor parado na sua vaga de estacionamento.
Quando ele havia chegado aqui?
Ela não estava surpresa que ele já estivesse aqui, apenas completamente
confusa, como havia estado durante a noite toda.
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Quando ela entrou no apartamento Connor estava sentado em seu sofá, com
as mãos atrás da cabeça, esperando por ela. Ela olhou para ele, mas não parou porque
não tinha descoberto ainda o que iria lhe dizer.
Então passou pela sala, pelo seu quarto, indo direto para o banheiro, onde
começou a tirar os brincos de ouro das orelhas. Quando olhou para o espelho, viu o
seu reflexo encostado no batente da porta a observando.
- Por que não está no casamento?
- Eu não fui.
Incrédula se virou bruscamente para encará-lo.
- Você não foi?
- Não, eu não fui.
- Não entendi.
- O que é que você não entendeu baby?
- Connor, você disse que tinha que ir e isso me deixou arrasada, eu... chorei, na
verdade, tenho chorado por dois dias e meio sem parar.
Connor estendeu a mão para Jéssica com o único pensamento em sua cabeça
de confortá-la... e se consolar ao mesmo tempo.
Porém, ela se manteve a um braço de distância dele, hesitando ir, até que
finalmente, deixou-se ir para os seus braços.
Graças a Deus.
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
Ele apertou seus lábios contra a sua testa e ergueu seu queixo para lhe enxugar
uma lágrima. Movendo os lábios em sua orelha, ele a envolveu com mais força dentro
de seu abraço.
- Eu não fui porque você ficou tão chateada com tudo isso e não consigo
suportar ver você tão chateada. Apenas não estava pronto para admitir isso para você,
então não disse a você que já tinha decidido não ir. Lamento ter lhe preocupado tanto,
mas pelo menos não é algo que você vai ter que se preocupar mais ou usar contra mim
para sempre. Porque eu não fui.
- Para sempre?
Ele ouviu a palavra sussurrada e mordeu o lóbulo da sua orelha com cuidado.
- Eu não consigo imaginar ter que viver sem você, nem hoje e nem nunca. Eu
não posso imaginar ter que passar pelo que passei hoje, não por sua vontade e nem
pela minha. Vê-la com ele quase me matou, mas eu a peguei de volta, porque merecia
isso depois de tanta merda que passei na vida.
Connor sentiu o seu tremor e quando ela o agarrou e se inclinou ainda mais
sobre o seu corpo, foi a sua ruína.
Ele queria fazer desse momento uma declaração de... apenas uma declaração.
Mas rapidamente se transformou em outra coisa, quando pura necessidade chiou
através da sua espinha e o endureceu completamente.
Ele tinha tantas coisas que precisava dizer a ela, tantas coisas que precisava que
ela entendesse. Mas agora, tudo isso era secundário, porque a sua maior necessidade
era afundar dentro dela.
Ele precisava reclamá-la da forma mais primitiva possível.
Ele precisava sentir a sua pele nua contra a dele.... sentir o seu abraço apertado
em torno dele e tirar de vez todo o pânico que sentira antes, quando a viu rindo e feliz
com aquele idiota da fraternidade.
Enquanto ainda estavam na soleira da porta do banheiro, estendeu a mão
entre eles e começou a levantar a sua camiseta sobre a cabeça. Seu corpo endureceu
novamente e a ansiedade sacudiu através dele e pousou no seu coração, por causa da
negação que sentia vinda do seu corpo como aquela que vinha dos seus lábios.
- Connor, não, eu não acho-
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Lynda Chance
Ele colocou um beijo em seus lábios, pronto para fazer qualquer coisa para que
ela o perdoasse e deixasse levá-la em seus braços.
- Jéssica, por favor, meu amor. Fiz merda. Fiz uma merda das grandes, mas
prometo que nunca mais vou colocá-la nesse inferno de novo.
Seus olhos se agarraram aos dele e ele pôde ver todas as suas dúvidas.
- Eu vou fazer isso por você, juro por Deus. Nunca mais vou fazer algo para
prejudicá-la novamente. Mas preciso tocar em você agora. Você tem que me deixar.
Vou morrer aqui e agora, se não puder fazer isso.
Seus olhos brilharam quando ela exalou profundamente e seu torso relaxou
contra o seu.
Gratificação rápida e forte sangrou através de seu sistema, quando ela permitiu
que ele retirasse sua camiseta.
Logo em seguida tirou o seu sutiã e seus seios ficaram livres. Eles eram lindos
como sempre, mas hoje estavam bonitos de uma maneira diferente, de uma maneira
única, pois eram dele... ela era dele... e ele nunca mais tinha que voluntariamente
desistir deles.
Ele levou os montes suaves em suas mãos e deslizou seus polegares sobre as
pontas cor de rosa até os montes cheios. Ele ouviu o doce som de sua respiração
ofegante e abaixou a cabeça para tomar um mamilo em sua boca. Mesmo impaciente
começou com um movimento lento, mas inexorável em direção à cama a arrastando
com ele. Quando chegaram ao seu lado Connor moveu as mãos de seus ombros para o
seu short e com menos paciência do que teria gostado desabotoou e empurrou
juntamente com a sua calcinha pelas suas pernas.
- Saia deles.
Ela o fez com um pequeno tropeço contra ele, ao revelar a sua luta para ficar
em pé e o tremor de seus membros, fez alguma coisa em seu interior que não
conseguia explicar.
Suas mãos agarraram os seus quadris e puxou o seu corpo contra o dele,
mantendo um braço em volta da cintura, terminou de empurrar o sutiã pendurado nos
seus ombros delgados para o chão.
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Lynda Chance
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
- Eu te amo muito. Estou muito, muito arrependido pelo que te fiz passar.
Seus dedos se agarraram aos seus ombros e logo em seguida seus lábios
sussurraram:
- Eu também te amo.
Alegria forte e segura o envolveu como se fosse um casulo de seda e euforia.
Ele abaixou a boca para a dela e fez de forma lenta e doce amor com ela.
****
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Lynda Chance
Sua mão se levantou para a sua bochecha e a conexão física que ela lhe enviou
através daquele gesto, acalmou a sua alma.
- Tudo bem. - Disse ela simplesmente.
- Valerie e eu nos casamos logo após a faculdade, para ser mais preciso, logo
depois que terminei a minha graduação. Tínhamos namorado por um tempo e
também estávamos terminando nosso bacharelado juntos.
Quando ele respirou fundo Jéssica perguntou:
- Ela estava na UTD, também?
Ele podia ouvir alguma coisa em sua voz e ficou feliz que toda aquela revelação
não estava lhe perturbando, nem mesmo um pouco.
- Não, ela estava em North Texas. Nós nos conhecemos através de amigos em
comum e começamos a fazer o trajeto para nos vermos sempre que possível.
Connor podia ver uma dica de alívio em seus olhos, pois ele sabia que UTD seria
apenas deles. Mesmo que não tivesse nenhum controle sobre o passado ficou
contente com aquela verdade. O que antes o incomodava... quando Jéssica falou que
frequentava a UTD, agora só lhe agradava.
- Val conseguiu um trabalho muito bom em Dallas, quase que imediatamente
após terminar o curso, e eu estava começando o meu mestrado, mas já tinha
desenvolvido um aplicativo que estava decolando e entre fazer o marketing do meu
produto e continuar indo para a escola, me tornei uma pessoa muito ocupada.
Escorreguei para o relacionamento porque era mais fácil, conveniente e fiquei nele
pela mesma razão. Num primeiro momento Valerie era muito independente e tinha
uma vida própria, além da que compartilhávamos, então apenas achei que aquele
deveria ser um relacionamento perfeito, quando ela continuou insistindo sobre
casamento, eu apenas cedi. Ela me amava e eu pensei no momento que eu a amava
também.
Connor sentiu tanto quanto ouviu o suspiro que Jéssica soltou e seus braços se
apertaram ao redor dela.
- O casamento foi quase unilateral desde o início, mas era muito conveniente
para mim e nos primeiro anos foi as mil maravilhas. Eu era uma pessoa ocupada e ela
tambem, nós não nos víamos o suficiente para que as coisas fossem diferentes. E
depois que terminei a minha MBA, comecei a trabalhar de verdade para alavancar a
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Uma Amante Inesperada
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minha empresa. Graças a Deus correu tudo bem para mim e quando o dinheiro
começou a rolar, ela quis uma casa de verdade. Mas não qualquer casa e com certeza,
não a que vivo agora.
Jéssica inalou bruscamente enquanto perguntava.
- Você não ficou lá depois do ocorrido?
- Mudei logo após a sua morte. Tive que vender aquela casa... Não conseguia
respirar nela. Ela queria uma maldita mansão... Não literalmente, mas era quase isso.
Não vi a necessidade disso na época e queria apenas injetar parte daquele dinheiro de
volta no meu negócio, mas tive que comprar aquela casa para que ela se calasse. Então
logo após inventou que queria largar o emprego e ‘cuidar de mim’ e foi o que ela fez.
Ela largou o trabalho e então começou a me sufocar tanto que eu quase não conseguia
mais respirar. Rapidamente, ela não tinha mais uma vida própria, não tinha amigos e
eu era o seu mundo. Seu único mundo. Talvez eu devesse ter gostado daquela sua
atenção, mas não gostava, na verdade eu odiava. Então ela chegou em casa um dia
com a primeira tatuagem. Um coração e as minhas iniciais em seu quadril. E dentro de
poucos anos estava com o corpo todo decorado com um único tema 'Connor', era:
meu nome, a data do nosso primeiro encontro, nosso primeiro beijo, aniversário de
casamento e várias outras besteiras desse tipo. Eu estava em negação sobre o nosso
casamento desde a compra da casa e sabia no fundo que não tinha mais solução, mas
como ela me amava pra caramba e eu me senti tão malditamente culpado todas as
vezes que pensava em me divorciar dela que acabava colocando tudo aquilo em
banho-maria e me concentrava apenas no meu negócio. Mesmo assim aquilo ficava lá
no meu coração todos os dias. E ficou lá também, no dia em que ela morreu. Ao saber
do ocorrido primeiramente senti alívio. Meu Deus. Você pode acreditar nisso? Quão
fodido é isso? Eu senti uma vergonha tão grande desse sentimento de alívio que tive
que quase me aleijou. Eu não consigo te explicar o quanto me senti culpado. E quando
te conheci... Jesus Cristo...
Connor sentiu os músculos de Jéssica se inflamarem em seus braços, para
depois relaxar através de um respiração, mas como permaneceu em silêncio, ele
continuou.
- Eu quis você desde o primeiro momento que te vi. Quando você entrou
dentro daquele restaurante... Jesus. Eu sabia que era você, reconheci imediatamente
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Uma Amante Inesperada
Lynda Chance
por causa da sua foto no site, mas devo admitir... que era ainda muito melhor em
pessoa. Você estava linda naquela foto, mas o que ela não mostrava era... a sua
sensualidade.
Ele estendeu a mão para beijá-la porque tinha que prová-la antes que
continuasse. Ela olhou para os seus lábios e ele podia sentir seu coração batendo no
ritmo do dele.
- Eu nunca conheci uma mulher mais sexy do que você. Acredito que não exista.
É isso aí, baby. E você nem parece perceber isso. Eu amo isso em você. Lembro-me de
ficar completamente paralisado enquanto você andava até a mesa. Lembro-me que
dentro de mim dava varias ordens para que o meu cérebro funcionasse... ser uma
pessoa educada... levantar-me... mas não conseguia me mexer.
- Mas você se levantou Connor. - Disse Jéssica com uma suavidade em seus
olhos que ele não podia descrever.
- Eu fiz isso? Merda. Então estava pior do que pensei baby e desde o primeiro
momento. Mesmo quando vi a sua foto e depois de falar com você, sabia que não era
adequada para o que eu tinha em mente. Nem um pouco . Você era muito jovem,
muito inocente e também... fresca. Tentei me convencer do contrário e ate tentei uma
vez me levantar e sair dali, você se lembra?
- Sim.
- Querido Deus... Graças a Deus que você me parou. Mas foi um caminho muito
difícil e cheio de culpa. Tudo começou quase que assim que te vi e foi ficando cada vez
pior. Quanto mais eu queria você, mais eu me sentia culpado. Então quando... - Ele
respirou fundo. - Você me disse que me amava quase me perdi completamente. Quero
tanto você, mesmo que nunca tenha lhe dito nada... e nem sobre o tipo de merda que
sentia naquele momento. Fiquei pensando que ainda estava vivo e a Val morta, que
durante muito tempo desejei que ela saísse da minha e agora tudo o que eu mais
queria era você, Jéssica. Então meu telefone tocou. Era como um presságio, sabe? Não
era muito, mas foi o que me convenceu a parar e pensar sobre tudo aquilo. Eu
precisava de uma desculpa para fugir de você, correr para longe da minha culpa, então
peguei a primeira coisa que me apareceu. É por isso que eu lhe dizia que não ia dormir
com ela, porque não havia nenhuma maneira no inferno dessa porra acontecer. Mas
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estava com muita vergonha do jeito que estava me sentindo e você era a última
pessoa que eu podia admitir meus sentimentos naquele instante.
Connor parou de falar e tentou ver o que ela estava pensando, mas ele não
sabia dizer.
- E mesmo agora, estou esperando você me dizer que sou um ser humano
desprezível, que não mereço ter o seu amor e que provavelmente nem sequer mereço
estar vivo.
Jéssica não podia acreditar no que Connor estava dizendo para ela, mas mesmo
assim acreditava nele, absolutamente.
Ela podia sentir seu coração acelerado como um louco e naquele instante
precisava acalmá-lo, apenas acalmá-lo.
- Está tudo bem.
Ela correu os dedos por sua bochecha até o seu cabelo com uma suave carícia.
- Não se preocupe. Você é uma pessoa decente e muito boa, não tem nada de
desprezível ou qualquer outra coisa negativa. Você não queria que ela morresse
Connor, apenas não queria continuar casado com ela. Tenho tido aulas de Psicologia,
sabia? Você está apenas sentindo a culpa do sobrevivente e cada pedacinho dela é
normal. Além disso, acho que é bastante normal quando você quer sair de um
relacionamento tão desesperadamente, ter algum tipo de pensamentos da outra
pessoa morrendo. Isso acontece o tempo todo. Não é que você realmente a queria
morta, só não queria ser o único a ter que machucá-la com o divórcio. Estudamos esse
fenômeno na aula de Psicologia. Você tem que deixar isso pra lá. Você realmente não a
queria morta, certo?
- Deus, não, mais é claro que não.
- Bem, então, você precisa perdoar a si mesmo e começar a viver de novo. Você
está certo quando disse que está vivo e ela não. Você já lamentou a sua perda e o seu
relacionamento perdido, agora merece cada pedacinho de felicidade que vier até você.
- Você acha?
- Sim, mas se não consegue superar a culpa sozinho precisa procurar um
especialista e pedir ajuda.
- Eu me sinto melhor só confessando toda essa merda para você.
- Eu me sinto melhor sabendo o porquê de você ter agido daquela maneira.
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- Você me perdoa?
- Sabendo agora a verdade, não há nada para perdoar, mas se isso te fizer se
sentir melhor, sim te perdoo.
Sua testa se deslocou para baixo para tocar a dela.
- Podemos começar de novo? Você e eu, sem nenhum dinheiro entre nós?
- Sim, por favor.
- Eu quero que você vá morar comigo.
Jéssica suspirou.
- Você está falando sério?
- Sim, estou. Podemos encontrar alguém para sublocação do apartamento, mas
primeiro, vamos mudar as suas coisas para a minha casa e logo.
- Como... Como vou conseguir ir para o trabalho? E a faculdade?
- Vamos conseguir um carro para você. Algo de tamanho médio, mas
totalmente seguro.
- Eu não sei não. Isso não está se parecendo com uma relação de equidade.
- Foda-se a equidade. Eu quero que você mude para a minha casa. Amanhã, ok?
Jéssica respirou fundo e viu a tensão nervosa em seu rosto.
- Você realmente me ama?
Seus olhos brilharam dentro dos dela.
- Sim, eu realmente amo você.
Jéssica sentiu seu coração se derreter.
- Ok, me mudo amanhã para a sua casa.
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Epílogo
Como os anos voaram tão rapidamente? Como ele já tinha 35 anos e Jéssica
vinte e sete?
Enquanto esperava pelo avião de Jéssica fazer a sua descida com uma mão
gordinha segurando a sua, Connor respirou fundo e repetiu a mesma oração que
sempre fazia quando ela estava no ar.
Querido Deus, a mantenha segura, mantenha a nossa filha sempre segura e
dá-nos muitos e longos anos de vida juntos.
Quando ele ouviu o número do seu voo sendo anunciado, soube que o avião
dela havia chegado em segurança, na mesma hora sentiu seu coração acelerar, como
sempre acontecia toda vez que ela retornava para casa. Ela tinha que fazer três ou
quatro viagens curtas por ano nos dias de hoje, mas nem sempre foi assim.
De longe o pior período foi os seis meses logo após a sua formatura na
faculdade.
A empresa de petróleo em que ela trabalhava agora, era a mesma que havia lhe
concedido a bolsa de estudos há sete anos, essa empresa havia lhe enviado para a
Antártica por seis meses. Seis malditos meses. E ele ainda se lembrava do pânico que
sentiu como se fosse ontem.
Aquele era o trabalho dos sonhos de Jéssica e a oportunidade de uma vida.
Connor lembrou-se do espiral de medo que sentiu quando ela lhe disse que
havia aceitado o trabalho e viajaria dentro de uma semana. O olhar em seu rosto e o
som de sua voz quando lhe comunicou gerou uma memória que ele jamais esqueceria.
Suas palavras eram determinadas, mas ao mesmo tempo trêmulas e ele
rapidamente descobriu que tinha que apoiar a sua decisão de fazer a viagem, porque
não podia correr o risco de perdê-la completamente.
Mas isso não o impediu de logo em seguida apressá-la pelo aeroporto, quando
uma das melhores lembranças de sua vida começou a fazer cócegas em sua mente,
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lembrou-se do olhar chocado em seu rosto enquanto ele definia os seus termos para
aceitar a sua viagem.
Ele iria deixá-la ir para a Antártica sem nenhuma briga... mas ela tinha que se
casar com ele em Las Vegas antes de ir.
Aqueles seis meses haviam sido um verdadeiro inferno, mas o vínculo de
casamento e todas as mensagens de textos, ligações e vídeo conferência haviam lhe
permitido sobreviver aquele período.
Mas isso não queria dizer de forma alguma que quisesse repetir a experiência.
Ele respirou fundo quando o avião começou a desembarcar e uma massa de
pessoas começou a descer a rampa.
Finalmente Jéssica apareceu ao virar uma esquina e correu na direção deles.
Seu rosto se iluminou e seus olhos brilharam maliciosamente para ele, mas
primeiramente seguiu para baixo dos seus quadris e levantou a sua filha em seus
braços, seu instinto maternal era muito forte e isso era mais uma coisa que ele amava
sobre ela.
Ela se pôs de pé novamente com a sua menininha em seus braços e ele a
abraçou, sentindo seu mundo no lugar certo novamente.
- Como foi em Houston? - Perguntou ele.
- O mesmo... apenas um pouco pior.
Ele franziu o cenho.
- Como assim?
- Eu tive náuseas todas as manhãs.
Com a sua filha ainda entre eles com o polegar dentro da boca, Connor estudou
Jéssica pensativo.
- Você quer dizer-
- Sim, eu quero exatamente dizer isso. - Ela riu.
Seus braços se apertaram em volta dela quando um grande prazer explodiu
dentro do seu cérebro e correu através das suas veias.
- Como aconteceu? - Ele não conseguia parar a pergunta que derramou de sua
boca.
- Como? Realmente você quer saber Connor?
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Jéssica estava rindo agora e com a alegria evidente em seu rosto, ele sentiu um
rio de felicidade envolvê-lo enquanto abraçava o que lhe era mais precioso e mantinha
todos eles junto ao seu coração, antes de levá-los para casa.
Fim
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