Ana Rita Moreira - Mestrad
Ana Rita Moreira - Mestrad
Ana Rita Moreira - Mestrad
Lisboa
2014
0
ANA RITA COSTA CORREIA VICENTE MOREIRA
Lisboa
2014
0
Ana Rita Moreira – Atividade Laboratorial no Ensino das Ciências: um estudo exploratório
Agradecimentos
À Professora Doutora Elisa Maia, pelo privilégio da sua orientação e pelo constante apoio,
incentivo, ensinamentos e disponibilidade, em todos os momentos deste trabalho.
Às Professoras Leonor Marinho e Olga Santos, por terem permitido que realizasse o
trabalho com as suas turmas, pela ajuda prestada durante o processo e à direção da escola
por ter consentido a sua implementação.
Aos alunos do 10ºC1 e do 10ºC2, pela sua disponibilidade para participarem neste projeto.
Às minhas colegas de Mestrado Paula, Cristina e Zé, por cada uma à sua maneira terem
contribuído para que tudo se tornasse mais simples e possível.
Aos meus Pais pelo apoio constante neste e em todos os meus projetos.
Resumo
Apesar das limitações, este estudo pode servir como ponto de partida para uma
reflexão sobre o modo como as atividades laboratoriais são implementadas no ensino da
Física e da Química e de que forma contribuem para o envolvimento dos alunos na
construção do seu próprio conhecimento.
Abstract
The objective of this research study was to evaluate, in school context, the learning
of the concepts related to the Absorption and Emission of Radiation, a teaching module
integrated in the teaching unit called From the Sun to the Heating, part of the secondary
school curriculum of the Physics and Chemistry A course.
The research study was undertaken in the Secondary School Eça de Queirós, in
Lisbon, with the participation of two 10th grade classes, chosen as convenient.
The methodology used was based on the application of a word association test
before and after the pedagogic intervention with students. This intervention was an
investigative laboratory activity carried out in one of the classes and a traditional laboratory
activity in the other class. The investigative activity consisted in the elaboration, by the
students, of a protocol to be used as the base of the corresponding laboratory activity.
Students’ laboratory books and reports of the activity were also used as instruments
for information collection about their learning of the topic.
The results obtained with the evaluation instruments used allowed to conclude that
both classes had a positive evolution, but with a greater evolution in the class where the
pedagogic intervention had occurred.
An opinion questionnaire used at the end of the process suggests that laboratory
work plaid a motivating and interesting role for the learning development of both groups. The
students of the experimental class showed an opinion clearly in favour of the methodology
proposed.
In spite of its limitations, this study may be used as a starting point for a reflection on
the way laboratory activities are implemented in the teaching of Physics and Chemistry and
how they contribute to students’ involvement in the construction of their own knowledge.
Keywords: laboratory activities, word association tests, secondary school teaching, energy,
absorption, emission.
ÍNDICE
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
1.1. Introdução
Vários estudos revelam que grande parte das atividades laboratoriais propostas,
nomeadamente nos manuais escolares, apresentam um elevado grau de estruturação,
informando os alunos sobre as várias etapas a seguir, as respostas a obter e as conclusões
a retirar, remetendo-os para um papel totalmente passivo (Leite, 2006). Nos últimos anos
têm-se sucedido as críticas ao ensino tradicional no que diz respeito à ação passiva dos
alunos face ao que o professor expõe, apontando as soluções propostas para a participação
ativa dos mesmos nas diferentes atividades a desenvolver.
As dificuldades que afetam o ensino das ciências não são recentes, havendo vários
estudos que demonstram isso mesmo. Neste contexto, o papel das atividades
prático-laboratoriais no ensino da Física e da Química e a sua relevância no processo de
Ensino-Aprendizagem têm sido amplamente debatidos.
(Sequeira, 2000a; Johnstone and Al-Shuaili, 2001). A forma como as atividades são
propostas aos alunos, na maioria das vezes sujeita aos moldes consagrados nos currículos
e nos manuais escolares, não significa necessariamente um maior sucesso de
aprendizagem.
o facto dos grupos utilizados como amostra não serem escolhidos de forma
aleatória;
o reduzido número de aulas em que foi possível desenvolver o estudo, o que não
permite tirar conclusões mais abrangentes e significativas;
Por fim, no quinto e último capítulo, faz-se uma síntese das conclusões decorrentes
do trabalho desenvolvido, passando por uma análise reflexiva da metodologia utilizada e
apresentando sugestões para investigações futuras.
2.1. Introdução
Ao longo dos anos, os currículos escolares têm sofrido várias alterações. No ensino
das ciências, a grande evolução cientifico-tecnológica ocorrida nas últimas décadas tem
conduzido a mudanças não só ao nível dos conteúdos abordados mas também das
metodologias usadas.
nos Estados Unidos, de projetos como o Physical Science Study Committee, no âmbito da
Física, e o Chemical Bond Approach, no âmbito da Química, a aprendizagem das ciências
volta a ser realizada recorrendo à investigação, à descoberta e ao trabalho laboratorial
(Leite, 2001; Lunetta, Hofstein & Clough, 2007). Todos estes projetos visavam um maior
envolvimento dos alunos em investigações, as quais desempenhavam um papel central no
ensino, aumentando o seu interesse pelas ciências, o seu sucesso na aprendizagem e o
desenvolvimento de capacidades relevantes para a sua formação em diversos contextos
(Almeida, 2001).
Nos anos 80, com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE, Lei
nº46/86 de 14 de Outubro) surgiu, em Portugal, a grande reforma do sistema educativo
nomeadamente no ensino das ciências. O artigo 9º da Lei de Bases do Sistema Educativo
Ou seja, o autor considera que as atividades laboratoriais, nos moldes em que são
geralmente apresentadas, podem ser totalmente improdutivas em termos de aprendizagem
significativa.
Segundo Hodson (1994, 2000), a dimensão Fazer Ciência engloba três tipos de
aprendizagem, reforçar a compreensão dos conceitos inerentes ao tema em estudo, reforçar
o conhecimento processual tendo em conta as relações entre a teoria e a prática e aumentar
a capacidade investigativa. Assim, ao planear uma atividade do tipo investigativo, há que ter
em conta os objetivos que se pretendem atingir e quais as formas mais adequadas de o
conseguir, de forma a manter bem presente a interrelação entre estas três dimensões.
De acordo com Jiménez, Llobera & Llitjós (2006) o nível de abertura das atividades
laboratoriais está diretamente relacionado com a maior ou menor intervenção do professor
em todo o processo. Quanto menor for a sua intervenção, maior será o grau de abertura da
atividade. Uma atividade laboratorial pode ser do tipo investigação dirigida, apresentando
esta um nível intermédio de abertura. Neste contexto, as informações fornecidas em
protocolos são reduzidas, são dados os objetivos do trabalho, algum material e é pedido aos
alunos que elaborem o procedimento experimental. Segundo os mesmos autores este tipo
de abordagem pode potenciar o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
construir explicações alternativas e comunicar as suas conclusões (Yebra & Menbiela, 2006;
Suart & Marcondes, 2009). Numa perspetiva construtivista, centrada na participação do
aluno no processo de construção do conhecimento, o professor deve ser um mediador ou
facilitador, investindo em estratégias de ensino capazes de proporcionar o desenvolvimento
cognitivo do aluno e contribuindo para que o objetivo da compreensão de um conteúdo por
parte do mesmo se concretize (Suart & Marcondes, 2009).
Mesmo assim, alguns trabalhos efetuados com base numa abordagem deste
género, cuidadosamente implementada, têm revelado resultados bastante satisfatórios,
sobretudo a nível de motivação dos alunos e de melhoria no aproveitamento e nas
aprendizagens efetuadas (Figueiredo, Viana & Maia, 2001, 2004; Figueiredo & Maia, 2005).
No mesmo contexto, Leite (2001) refere que mais importante do que a quantidade de
atividades laboratoriais, é a qualidade das mesmas. Segundo a mesma autora “essa
qualidade passa não só pela utilização de atividades de tipos diversificados,
adequadamente selecionadas e executadas em condições consistentes com os objetivos a
atingir, mas também pela avaliação da consecução destes objetivos com recurso a técnicas
de avaliação devidamente selecionadas”.
Apesar da função sumativa ser muitas vezes sobrevalorizada (Hodson, 1992; Black,
1998), a avaliação das atividades laboratoriais necessita do reconhecimento das quatro
funções anteriormente mencionadas, assim como de se adequar às finalidades e às
condições em que é desenvolvido o trabalho laboratorial (Leite, 2000).
De acordo com Leite (2000), para que seja possível satisfazer as recomendações
do Ministério da Educação no que diz respeito à avaliação das aprendizagens dos alunos
associadas às atividades laboratoriais, não deixando de parte a ideia de realização das
atividades laboratoriais como atividades de investigação, torna-se necessário que o tipo de
atividades laboratoriais seja diversificado, o nível de abertura das mesmas seja elevado, os
critérios de avaliação sejam adequados às características das atividades implementadas,
privilegiando a avaliação formativa e as próprias técnicas e os instrumentos sejam variados,
permitindo a avaliação de inúmeros conhecimentos inerentes às atividades laboratoriais.
Segundo Tamir (1990, citado por Leite, 2000) não existe uma técnica ou
instrumento de recolha de informação que seja, por si só, suficiente para avaliar de forma
adequada as múltiplas aprendizagens que podem ser associadas às atividades laboratoriais.
No entanto, uma conjugação de dois ou mais instrumentos de avaliação poderá promover o
envolvimento dos alunos na aprendizagem dos diferentes domínios de conhecimento e
fornecer ao professor dados que lhe permitam melhorar o processo de ensino e tornar a
avaliação mais justa.
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA
3.1. Introdução
Neste capítulo apresenta-se a metodologia adotada para dar resposta aos objetivos
deste estudo, sendo a abordagem baseada em metodologias seguidas por outros autores.
Começa-se por referir o design de investigação escolhido, seguindo-se a descrição da
investigação efetuada, a caracterização da amostra e a definição dos instrumentos e
procedimentos usados no desenvolvimento do trabalho. Por fim, é referido o tratamento e
análise de dados.
Dois aspetos a considerar neste tipo de estudos são, a validade interna, referente à
extensão com que a abordagem testada é responsável pelos resultados obtidos e a validade
externa, que se refere à representatividade das suas conclusões.
No que respeita à validade externa, esta pode estar de algum modo ameaçada pela
denominada interferência de tratamentos múltiplos (Mertens, 1998; Tuckman, 2012).
Segundo estes autores, quando os participantes numa investigação são sujeitos a vários
tratamentos em simultâneo, uns experimentais e outros não, pode ocorrer uma interferência
entre os mesmos que reduza a representatividade dos efeitos decorrentes do tratamento
experimental. No presente estudo, os alunos participantes mantiveram a sua atividade
escolar normal, com todas as características que lhe estão inerentes, o que pode ter
conduzido a resultados diferentes dos que seriam obtidos por aplicação isolada do
tratamento experimental.
No que respeita aos conteúdos a serem abordados, a aula teórica foi planeada de
igual forma para ambas as turmas (apêndice II). A aula experimental sobre os conteúdos
teóricos estudados foi apresentada de forma diferente às duas turmas. A turma experimental
foi desafiada a elaborar um protocolo experimental que lhes permitisse testar os conceitos
abordados com base num guião fornecido pela investigadora (apêndice III). À turma de
controlo foi entregue, tal como habitualmente, um protocolo experimental elaborado pelo
professor com todos os detalhes do trabalho a desenvolver (apêndice IV).
Como amostra foram usadas duas turmas de 10º ano do Curso de Ciências e
Tecnologias da escola onde a investigadora se encontrava a fazer estágio, no ano letivo de
2012/2013, encontrando-se ambas as turmas já constituídas e com a componente letiva a
decorrer em pleno, quando da intervenção aqui descrita. De referir ainda que, como já foi
mencionado, cada turma tinha um professor diferente responsável pela disciplina de Física e
Química A. Assim, cada turma foi escolhida por conveniência e não aleatoriamente.
A turma 10ºC2, é composta por 30 alunos, dos quais 17 são raparigas, 57%, e 13
são rapazes, 43%. A turma 10ºC1, é composta por 28 alunos, dos quais 19 são raparigas,
68%, e 9 são rapazes, 32%.
No início do ano letivo, as médias das idades dos alunos em cada uma das turmas
eram de 15 anos, tendo estes idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos. A maioria
dos alunos apresentava uma idade correspondente à que seria de esperar para este ano de
escolaridade, 14 - 15 anos, o que pressupõe que a maioria dos alunos nunca reprovou.
A turma 10ºC2 possui cinco alunos repetentes do 10º ano de escolaridade, dos
quais pelo menos três reprovaram na disciplina de Física e Química A. A turma 10ºC1
possui quatro alunos repetentes do 10º ano de escolaridade, dos quais pelo menos três
reprovaram na disciplina de Física e Química A.
Este tipo de testes é muitas vezes aplicado em investigação, tendo como principais
vantagens o pouco tempo despendido na recolha de dados e a fácil e rápida análise que
estes proporcionam. Para além disso, permite monitorizar de forma individualizada as
competências que vão sendo adquiridas.
Como já foi referido, aos alunos da turma experimental foi proposta a elaboração de
um protocolo experimental. Para tal, foi-lhes fornecido um guião experimental (apêndice III)
onde lhes eram dados a conhecer a finalidade do trabalho e o material de que dispunham. O
objetivo passava por cada aluno apresentar o seu próprio protocolo experimental com todos
os aspetos que considerasse relevantes para dar resposta às questões colocadas.
De acordo com Leite (2000), uma das técnicas de recolha de informação acerca
das aprendizagens efetuadas pelos alunos em associação com as atividades laboratoriais
consiste na análise de documentos produzidos pelos próprios. Um dos instrumentos
utilizados nesta técnica é o caderno de laboratório.
O caderno de laboratório (Tamir, 1990, citado por Leite, 2000) é um documento que
tem por objetivo dar informação de forma contínua sobre a evolução dos alunos, uma vez
que para cada atividade laboratorial devem ser anotados procedimentos, dados recolhidos
e, igualmente, uma síntese, análise e interpretação dos resultados obtidos.
3.5.4. Relatório
O relatório é outro dos instrumentos que pode ser utilizado na técnica de análise de
documentos produzidos pelos alunos (Leite, 2000). Está tradicionalmente associado ao
trabalho laboratorial e os próprios programas das disciplinas atribuem-lhe algum destaque
(Leite, 2001).
Na análise dos relatórios envolvidos neste estudo, procurou-se avaliar de que forma
os alunos apresentam e fundamentam os seus próprios argumentos.
3.5.5. Questionário
Este tipo de análise foi usado no tratamento de resultados obtidos pelo teste de
associação de palavras. A partir dos resultados obtidos pelos outros instrumentos de recolha
de dados, foi efetuada uma análise de conteúdo.
4.1. Introdução
Turma Controlo
total associações aceitáveis % aceitáveis
Pré-teste Pós-teste Pré-teste Pós-teste Pré-teste Pós-teste
Energia 101 108 64 97 63,37 89,81
Radiação 91 102 83 92 91,21 90,20
Conservação de Energia 38 28 3 17 7,89 60,71
Transferência de Energia 49 57 8 44 16,33 77,19
Absorção de Energia 29 38 3 29 10,34 76,32
Emissão de Energia 31 22 17 13 54,84 59,09
Bom Absorsor 11 41 5 39 45,45 95,12
Bom Amissor 12 26 3 9 25,00 34,62
Radiação Térmica 49 32 46 26 93,88 81,25
Corpo Negro 12 48 3 46 25,00 95,83
Energia Interna 14 45 4 42 28,57 93,33
Média 39,73 49,73 21,73 41,27 41,99 77,59
Turma Experimental
total associações aceitáveis % aceitáveis
Pré-teste Pós-teste Pré-teste Pós-teste Pré-teste Pós-teste
Energia 238 173 194 163 81,51 94,22
Radiação 125 114 103 106 82,40 92,98
Conservação de Energia 65 38 33 28 50,77 73,68
Transferência de Energia 70 54 46 53 65,71 98,15
Absorção de Energia 35 39 10 35 28,57 89,74
Emissão de Energia 30 37 15 29 50,00 78,38
Bom Absorsor 21 39 10 39 47,62 100,00
Bom Emissor 19 33 12 21 63,16 63,64
Radiação Térmica 36 27 26 20 72,22 74,07
Corpo Negro 18 49 9 49 50,00 100,00
Energia Interna 26 15 19 12 73,08 80,00
Média 62,09 56,18 43,36 50,45 60,46 85,90
Como já foi referido anteriormente, por condições impostas pela própria escola, os
professores das turmas não foram os mesmos, tendo por isso mesmo formas próprias de
lecionar os diferentes conteúdos. Para além disso, a própria turma experimental foi definida
muito tarde no processo de investigação em curso, tendo a aplicação do pré-teste ocorrido
numa fase em que já teria havido uma abordagem, ainda que introdutória, aos conteúdos da
unidade didática em estudo. Os resultados do pré-teste poderão de alguma forma ter sido
influenciados pelas razões apontadas anteriormente, nomeadamente no que diz respeito
aos estímulos Conservação de Energia e Transferência de Energia, visto fazerem parte do
início da unidade.
evidência pode concluir-se que, apesar dos alunos fazerem em média um menor número de
associações, as associações que fazem são, na sua maioria, aceitáveis, no contexto da
investigação em curso.
Energia Radiação
100,00 100,00
associações aceitáveis (%)
60,00 60,00
40,00 40,00
Controlo Controlo
20,00 20,00
Experimental Experimental
0,00 0,00
pré-teste pós-teste pré-teste pós-teste
80,00 80,00
60,00 60,00
40,00 40,00
Controlo Controlo
20,00 20,00
Experimental Experimental
0,00 0,00
pré-teste pós-teste pré-teste pós-teste
80,00 80,00
60,00 60,00
40,00 40,00
Controlo Controlo
20,00 20,00
Experimental Experimental
0,00 0,00
pré-teste pós-teste pré-teste pós-teste
60,00 60,00
40,00 40,00
Controlo Controlo
20,00 20,00
Experimental Experimental
0,00 0,00
pré-teste pós-teste pré-teste pós-teste
60,00 60,00
40,00 40,00
Energia Interna
100,00
associações aceitáveis (%)
80,00
60,00
40,00
20,00 Controlo
Experimental
0,00
pré-teste pós-teste
Figura 1 (cont.) - Evolução da média das associações aceitáveis para cada estímulo
Através dos gráficos da figura 1 pode ainda concluir-se que, com exceção dos
estímulos Radiação, Emissão de Energia e Radiação Térmica, todos os conceitos
apresentavam à partida, em média, valores superiores, ainda que ligeiramente, no pré-teste
para a turma experimental.
O estímulo Radiação Térmica foi o único para o qual os valores médios da turma
experimental foram inferiores nos dois momentos considerados.
80 77,59
70
60 60,46
50 Controlo
40 41,99 Experimental
30
20
10
0
pré-teste pós-teste
Por observação da figura 3, que reúne os resultados obtidos para cada parâmetro,
parece evidenciar-se para os parâmetros considerados, existir uma tendência para a turma
experimental apresentar valores superiores, o que pode significar uma maior evolução nas
suas aprendizagens.
100,00
68,00
60,00 53,33
48,00 46,67
40,00
30,00
20,00
8,00 6,67
0,00
1. Esboçou 2. Elaborou 3. Comparou 4. Apresentou 5. Manifestou
gráficos tabelas resultados conclusões opinião sobre
comparativas com outros a atividade
grupos
Pontos chave
valores estão de acordo com as atitudes manifestadas no desenrolar da aula, com os alunos
da turma experimental a assumirem desde logo um maior cuidado e interesse, no geral, no
desempenho das diferentes fases de todo o processo.
Por observação da figura 4, que reúne os resultados obtidos para cada parâmetro,
pode verificar-se que dos 19 parâmetros considerados, 14 apresentam um resultado mais
elevado para a turma experimental, o que parece ir ao encontro das expetativas da
abordagem metodológica aplicada.
Quanto aos resultados obtidos nos parâmetros com os números 8.2, Radiação, e
8.11, Energia Interna, sempre superiores para a turma de controlo, parecem estar de acordo
com os já obtidos nos testes de associação de palavras (Fig. 1). No primeiro caso, o grupo
de controlo manifestou à partida uma maior percentagem de associações aceitáveis, sendo
no segundo momento a diferença para o grupo experimental muito ligeira. No segundo caso,
100,00
100,00
100,00
91,30
88,46
80,00
Percentagem de alunos
78,26
69,57
69,57
69,57
60,00
65,38
65,38
60,87
57,69
56,52
56,52
53,85
50,00
40,00
46,15
46,15
43,48
39,13
38,46
20,00 34,78
23,08
21,74
11,54
19,23
17,39
19,23
15,38
13,04
13,04
15,38
8,70
8,70
0,00
1 2 3 4 5 6 7 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7 8.8 8.9 8.10 8.11 9
Pontos chave
Turma Experimental Turma de Controlo
Legenda
1. Refere Lei da Conservação da Energia 8. Contextualiza as palavras apresentadas no pré-teste
2. Distingue o melhor absorsor 8.1 Energia 8.7 Bom Absorsor
3. Distingue o melhor emissor 8.2 Radiação 8.8 Bom Emissor
4. Explica o significado de corpo negro 8.3 Conservação de Energia 8.9 Radiação Térmica
5. Refere o objetivo da experiência com o cubo 8.4 Transferência de Energia 8.10 Corpo Negro
6. Refere a possibilidade da utilização de outros materiais 8.5 Absorção de Energia 8.11 Energia interna
7. Relaciona a energia interna com a temperatura 8.6 Emissão de Energia
9. Manifesta opinião sobre a atividade
atividade prática, tendo sido usada uma escala de 1 a 5. Os valores da escala são
caracterizados em 1 – totalmente em desacordo, 2 – em desacordo, 3 – não concordo nem
discordo, 4 – de acordo e 5 – totalmente de acordo.
Pela observação da figura 5, verificou-se, no entanto, que 30% dos alunos estão
totalmente de acordo que “A elaboração do protocolo experimental facilitou a compreensão
prévia do trabalho a realizar”, estando os restantes 70% também de acordo.
3
5
7%
30% 5
4 45% 4
70% 48%
3 3
5
11% 19%
33%
4 4
56% 81%
2 em desacordo
5
3 não concordo nem discordo
30%
4
70% 4 de acordo
5 totalmente de acordo
3 3
3% 4 7%
31% 5 4
5 41%
66% 52%
2 3
5
3% 10%
28%
5 4
4 55% 35%
69%
“A elaboração do protocolo
1 totalmente em desacordo
experimental pelos alunos,
facilitaria a compreensão prévia do
trabalho a realizar” 2 em desacordo
2 3
5 4% 17% 3 não concordo nem discordo
38%
4
41% 4 de acordo
5 totalmente de acordo
Por observação dos dados obtidos pode admitir-se que, o trabalho laboratorial
desempenha um papel motivador e de relevante interesse para o desenvolvimento das
aprendizagens de ambos os grupos. Fazendo uma análise comparativa entre a turma
experimental e a turma de controlo, pode verificar-se que o padrão de respostas é
semelhante, o que permite concluir que a existência de uma preparação diferente e mais
exigente dos alunos da turma experimental não diminuiu o seu interesse e motivação,
havendo mesmo indicação de que aumentou.
Percentagem de alunos
80,00 80,00
70
65,52
60,00 60,00
48,15 44,44
41,38 37,93
40,00 30 40,00
31,03
17,24
20,00 20,00
7,41
3,45
3,45
0,00 0,00
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
100,00 100,00
Experimental Controlo Experimental Controlo
Percentagem de alunos
Percentagem de alunos
80,00 2 em desacordo
70,37
3 não concordo nem discordo
60,00 55,17
4 de acordo
20,00 10,34
0,00
1 2 3 4 5
Turma Experimental
% aceitáveis
Pré-teste Pós-teste Diferença
Turma Controlo
% aceitáveis
Pré-teste Pós-teste Diferença
Energia 63,37 89,81 26,45
Radiação 91,21 90,20 -1,01
Conservação de Energia 7,89 60,71 52,82
Transferência de Energia 16,33 77,19 60,87
Absorção de Energia 10,34 76,32 65,97
Emissão de Energia 54,84 59,09 4,25
Bom Absorsor 45,45 95,12 49,67
Bom Emissor 25,00 34,62 9,62
Radiação Térmica 93,88 81,25 -12,63
Corpo Negro 25,00 95,83 70,83
Energia Interna 28,57 93,33 64,76
Média 41,99 77,59 35,60
Nos registos dos cadernos de laboratório (Fig. 3), o esboço dos gráficos, após o
recurso à calculadora gráfica, foi o recurso que mais se destacou, tendo sido considerado
por 100% dos alunos, resultado já esperado pelo impacto que esta ferramenta teve durante
o desenrolar da atividade.
No que respeita aos relatórios (Fig. 4), alguns alunos revelaram pouco detalhe,
existindo mesmo quem não refira o objetivo da experiência com o cubo. Os casos mais
evidentes destas falhas, ocorreram, em grande parte, nos alunos que apresentaram
igualmente cadernos de laboratório com registos bastante incompletos.
Mais uma vez sai reforçada a ideia de que o trabalho laboratorial desempenha um
papel fundamental e decisivo no enriquecimento conceptual e no desenvolvimento das
aprendizagens dos alunos, qualquer que seja o tipo de abordagem metodológica.
5.1. Introdução
Para dar resposta a estas questões foi aplicado um conjunto de técnicas de recolha
de informação relativa às aprendizagens associadas às atividades laboratoriais dos alunos
de duas turmas de 10º ano, usando abordagens diferentes. Numa turma, denominada turma
de controlo, seguiu-se a abordagem metodológica tradicional, tendo sido fornecido um
protocolo experimental, com todas as informações sobre a atividade e na outra, a turma
experimental, foi entregue pela investigadora aos alunos um guião muito simplificado da
atividade, sendo-lhes pedido que fossem eles próprios a elaborar o protocolo experimental
para posterior realização da atividade. Como instrumentos de recolha foram usados testes
de associação de palavras antes e depois da intervenção metodológica, os protocolos
experimentais elaborados pelos alunos a partir do guião experimental fornecido, os
cadernos de laboratório, os relatórios e questionários de opinião.
Pelos resultados dos testes de associação de palavras, embora não seja possível
garantir que os conteúdos foram corretamente assimilados, fica a ideia de ter ocorrido um
enriquecimento do quadro conceptual dos alunos do pré para o pós-teste, na unidade
testada em qualquer das turmas. Os alunos deixaram de associar aos estímulos, ou pelo
menos houve uma redução dessa associação, palavras do senso comum ou ligadas a
outros contextos e a associar mais palavras utilizadas ao longo das aulas dedicadas a esta
temática. Em conclusão podemos dizer que, no pós-teste existem várias associações que
surgem como consequência direta da intervenção pedagógica.
Os dados dos cadernos de laboratório revelam empenho por parte da maioria dos
alunos, particularmente no caso da turma experimental, principalmente em dar resposta às
questões propostas. Também os relatórios são reveladores de um enriquecimento
conceptual para grande parte dos alunos, o que permite concluir que houve uma evolução
ao longo do processo de Ensino-Aprendizagem.
A observação dos dados obtidos nos questionários de opinião permite admitir que o
trabalho laboratorial desempenha um papel motivador e de relevante interesse para o
desenvolvimento de aprendizagens de ambos os grupos.
Apesar de tudo isto, o empenho foi notório, podendo dizer-se que este tipo de
metodologia aplicada a atividades laboratoriais pode ser uma mais valia. Refira-se, ainda,
que na turma de controlo observou-se uma menor dedicação e interesse durante o
desenrolar da atividade.
ideia de que alguns alunos, em particular da turma de controlo, não terão estado tão
envolvidos na atividade como seria desejável.
Apesar de todas as limitações, parece ter sido possível proporcionar aos alunos
uma experiência de aprendizagem diferente, envolvendo-os ativamente na construção do
seu próprio conhecimento.
Nos pré-testes deste estudo foram muitos os alunos da turma de controlo que
relacionaram com o estímulo Conservação de Energia a poupança de energia, o evitar o
desperdício, a política dos três R’s e as energias renováveis. Sendo este um tema bastante
atual e interdisciplinar, pode ser um ponto de partida para futuras investigações.
Numa altura em que a desmotivação pela aprendizagem das ciências tem sido
notória, é fundamental que se implementem estratégias de motivação e de estímulo dos
alunos, para que esta situação se inverta. Estas estratégias podem passar por diversificar o
tipo de atividades laboratoriais, aumentando o seu nível de abertura, potenciar o
envolvimento dos alunos e reformular a avaliação das atividades, utilizando critérios
adequados à avaliação dos inúmeros conhecimentos inerentes às atividades laboratoriais.
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Legislação
APÊNDICES
Nome:_______________
CORPO NEGRO ENERGIA INTERNA
Turma:________
Computador
Através do método de pergunta resposta,
Explicar que a radiação que incide num relembrar a relação entre:
Participação
corpo pode ser absorvida, reflectida ou o radiação emitida pelo Sol e temperatura
transmitida, verificando-se a Lei da da Terra (D2)
Conservação da Energia o radiação incidente num corpo e Lei da
Conservação da Energia
Marcar TPC
o Manual pág. 53 Exercício 15
o Manual pág. 54 Exercício 19
Objetivo
Material e Equipamento
Cubo de Leslie
Tubos de vidro com diferentes acabamentos: pintado de branco, pintado de preto,
forrado com papel de alumínio
Termómetro
Candeeiro eléctrico com lâmpada de incandescência de 100 W
Cronómetro
Régua
Atividade
Objetivo
Material e Equipamento
Cubo de Leslie
Termómetro
Candeeiro eléctrico adequado com lâmpada de incandescência de 100 W
Cronómetro
Régua
Procedimento Experimental
Tratamento de Resultados
1. Traçar os gráficos da temperatura, em função do tempo, para cada uma das faces;
2. Analisar e comparar os gráficos obtidos para as diferentes faces;
3. Tirar conclusões relativas aos poderes absorsores de cada uma das faces;
4. Criticar os resultados obtidos.
Questões pós-laboratoriais
1. Qual a face que tem maior poder de absorção?
2. O que sucedeu à radiação incidente em cada face?
3. O intervalo de tempo de arrefecimento é igual para todas as faces?
4. Explica porque motivo as casas alentejanas são pintadas de
branco.
5. Dá uma explicação para o facto de a parte interna de uma garrafa-termo ser espelhada.
Nome:__________________________
Afirmação 1
“A elaboração do protocolo experimental facilitou a compreensão prévia do trabalho a
realizar”
1 2 3 4 5
Afirmação 2
“A elaboração do protocolo experimental enquadrou-se nos conteúdos abordados na aula
teórica”
1 2 3 4 5
Afirmação 3
“A realização da(s) experiência(s) facilitou a aprendizagem da matéria teórica”
1 2 3 4 5
Afirmação 4
“A forma de abordagem deste trabalho prático foi interessante e motivadora”
1 2 3 4 5
Afirmação 5
“O trabalho prático contribuíu para a minha aprendizagem”
1 2 3 4 5
1- totalmente em desacordo
2- em desacordo
3- não concordo nem discordo
4- de acordo
5- totalmente de acordo
Nome:__________________________
Afirmação 1
“A atividade experimental enquadrou-se nos conteúdos abordados na aula teórica”
1 2 3 4 5
Afirmação 2
“A realização da(s) experiência(s) facilitou a aprendizagem da matéria teórica”
1 2 3 4 5
Afirmação 3
“A forma de abordagem deste trabalho prático foi interessante e motivadora”
1 2 3 4 5
Afirmação 4
“O trabalho prático contribuíu para a minha aprendizagem”
1 2 3 4 5
Afirmação 5
“A elaboração do protocolo experimental pelos alunos, facilitaria a compreensão prévia do
trabalho a realizar”
1 2 3 4 5
1- totalmente em desacordo
2- em desacordo
3- não concordo nem discordo
4- de acordo
5- totalmente de acordo
Objetivo
Material e Equipamento
Cubo de Leslie
Tubos com diferentes acabamentos: pintado de branco, pintado de preto, forrado
com papel de alumínio
Termómetro
Candeeiro eléctrico com lâmpada de incandescência de 100 W
Cronómetro
Régua
Procedimento Experimental
Tratamento de Resultados
1. Traçar os gráficos da temperatura, em função do tempo, para cada um dos tubos e das
faces;
2. Construir tabela de T em função de t para todas as experiências efetuadas;
3. Analisar e comparar os resultados obtidos para as diferentes faces e os diferentes
tubos;
4. Tirar conclusões relativas aos poderes absorsores de cada uma das faces e de cada
um dos tubos;
5. Criticar os resultados obtidos.
Questões pós-laboratoriais
ANEXOS
Turma Experimental
pré-teste pós-teste
Turma de Controlo
pré-teste pós-teste