2016 3
2016 3
2016 3
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências na Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. E-mail: risosta@yahoo.com.br
2
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil E-mail: regiachacon@ig.com.br
3
Professor do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. E-mail: tintorer@bol.com
4
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências na Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. E-mail: juciel.souza@hotmail.com
5
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. E-mail: niserizzatti@gmail.com
6
Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Estadual de
Roraima, Boa Vista, Roraima, Brasil. E-mail: josi903@yahoo.com.br
298
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Introdução
O ensino de ciências na atualidade tem sido um tema amplamente discutido, tanto
na formação de professores nos cursos de licenciatura, bem como nos cursos de
pós-graduação, acadêmico ou profissional, em ensino de ciências. Estas discussões
tentam de certa forma compreender e, a partir dessa compreensão, vislumbrar
melhorias futuras no processo de ensino-aprendizagem em ciências. Uma vez que
as aulas de ciências nas escolas públicas são, em sua grande maioria, meras
reproduções do material didático transcritos na lousa.
Com o objetivo de contribuir de forma significativa para a melhoria no processo de
ensino-aprendizagem em ciências, este trabalho visou avaliar as concepções dos
estudantes de pós-graduação sobre a experimentação com materiais alternativos,
como proposta metodológica para a melhoria na formação complementar dos
profissionais em educação em ciências.
A proposta, em questão, apresenta dois experimentos, onde se buscou organizar as
informações a partir de elementos teóricos que compõem suas estruturas científicas.
Nesse contexto, o primeiro discute o processo de “Descontaminação da água por
eletrofloculação”; abordando em sua estrutura os conceitos de oxidação, catodo,
anodo, entre outros conceitos da eletroquímica. E o segundo experimento, “as cores
que se movem”; no qual estão envolvidos os conceitos de interações
intermoleculares, micelas, dentre outros.
Cada experimento foi dividido em três etapas: consistindo na primeira, a discussão
sobre os conhecimentos prévios dos sujeitos e o conteúdo em questão. Na segunda
etapa, a realização do experimento e, na terceira e última fase, a aplicação de um
questionário com perguntas abertas e fechadas.
Assim, procurou-se investigar a concepção dos estudantes de pós-graduação sobre
a importância das atividades experimentais no ensino de ciências, sua contribuição
para o aprendizado e as dificuldades encontradas no uso do laboratório de ciências.
Procedimentos Metodológicos
O trabalho foi desenvolvido no laboratório de química da Universidade Estadual de
Roraima com 8 estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ensino de ciências,
mais especificamente nas atividades da disciplina de Experimentação no Ensino de
300
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
301
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resultados e Discussão
Dos 17 questionamentos propostos, todas as questões foram respondidas pelos oito
mestrandos, possibilitando desse modo à obtenção de uma base de dados,
contendo 17 respostas, sendo reservado o direito do anonimato.
Assim, para cada uma das questões avaliadas, destacamos neste trabalho a área de
formação como critério, para melhor compreensão dos resultados obtidos no
procedimento experimental.
Os estudantes com formação em pedagogia foram identificados com as letras A,B,
C, D, os estudantes com formação em física com as letras E, F e os estudantes com
formação em química G e H; totalizando um grupo de oito estudantes de pós-
graduação em ensino de ciências.
Na primeira etapa do questionário, todos os mestrandos responderam que acharam
interessante participar da aula sobre experimentos de eletrofloculação e de interação
molecular. Além disso, todos afirmaram que gostariam de ter outras aulas usando o
método experimental, conseguiram observar com a experimentação que a química
faz parte do seu dia a dia e que a atividade de experimentação contribui com o seu
aprendizado.
Tabela1: Primeira etapa do questionário.
Perguntas Sim Não Estudantes
1ªVocê achou interessante participar da aula sobre 100% Química, Física
experimentos de eletrofloculação? e Pedagogia
2ªVocê gostaria de ter outras aulas usando o método 100% Química, Física
experimental? e Pedagogia
3ªVocê notou com a experimentação que a química 100% Química, Física
faz parte do seu dia a dia? e Pedagogia
4ª A atividade de experimentação contribui com o seu 100% Química, Física
aprendizado? e Pedagogia
5ªAs atividades experimentais podem ser realizadas 12,5% 87,5% Química, Física
somente nos laboratórios? e Pedagogia
6ªAs atividades experimentais pouco estimulam o 12,5% 87,5% Química, Física
aprendizado? e Pedagogia
302
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
303
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
305
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Conclusões
Concluem-se, portanto que o procedimento experimental realizado com estudantes
de pós-graduação em ensino de ciências, foi considerado satisfatório visto que, esta
prática possibilitou ampliar novos horizontes, levando a compreensão do conteúdo
científico, gerando curiosidade e um sentimento de satisfação, diferenciada da rotina
de sala de aula na qual estão acostumados. Além disso, a pesquisa mostrou que as
aulas não precisam necessariamente contemplar experimentos no laboratório, sendo
que é possível realizá-los em sala de aula, onde atenderia a demanda das escolas
que não dispõem de um espaço adequado. Este trabalho também possibilitou uma
306
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
RELATO DE EXPERIÊNCIA
reflexão crítica sobre a prática dos professores, ampliando assim, outras habilidades
em elaborar atividades cada vez mais construtivas.
Referências
AXT. R.; MOREIRA, M. A. O ensino experimental e a questão do equipamento
de baixo custo. Porto Alegre, vol. 13. dez /1991. p. 97- 103. Disponível em:
<http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/vol13a08.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2014.
ESPINOZA, A. M. Ciências na escola: novas perspectivas para a formação dos
alunos. Tradução Camila Bogéa São Paulo: Ática, 2010.
GIORDAN, M. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências. química nova
na escola. n.10, p.43-49, 1999. Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf>. Acesso em: 9 jan. 2015.
GUIMARÃES, C. C. Experimentação no Ensino de Química: caminhos e
descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola. v.31,
n.3, p.198-202,2009. Disponível em:
<http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/QNEsc31_3/08-RSA-
4107.pdf >. Acesso em: 5 jan. 2015.
LABURÚ, C. E. Fundamentos para um Experimento Cativante. Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v.23, n.3, p. 382-404, 2006.
MATEUS, A. L. Química na cabeça: experiências espetaculares para você fazer em
casa ou na escola. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
SERAFIM, M. C. A falácia da dicotomia teoria-prática. Rev. Espaço Acadêmico,7.
Disponível em: <www.espacoacademico.com.br/007/07mauricio.htm>. 2001. Acesso
em: 18 jun. 2015.
Sociedade Brasileira de Química. A química perto de você: experimentos de baixo
custo para a sala de aula do ensino fundamental e médio. / Organizador: Sociedade
Brasileira de Química. – São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 2010. 146p. il.
307
Rev. ARETÉ | Manaus | v.9 | n.18 | p.298-307 | jan-jul | 2016