ESTUDO DE CASO 3 - Teoria X Prática
ESTUDO DE CASO 3 - Teoria X Prática
ESTUDO DE CASO 3 - Teoria X Prática
Além disso, a parte operacional absorve muito do seu tempo. Por ser um
gestor que também cuida da parte de desenvolvimento de novos produtos, da
sua montagem e venda, sobra muito pouco espaço para que ele trate da área
estratégica, como marketing, relacionamento com o cliente, inovação e
tecnologia, gestão de equipe, dentre inúmeras outras necessidades. Dessa
forma, sua empresa até atende à demanda, mas presta um suporte muito ruim
e não evolui, fica estagnada.
Uma empresa que visa somente o lucro pode acabar ficando sem essa
diretriz, e se perdendo, portanto, no meio do caminho. Sem um produto que
atenda às necessidades dos clientes, sem atendê-los de maneira satisfatória,
ao não compreender o mercado o público-alvo de seus produtos e/ou serviços,
negligenciando a importância de investimento em tecnologia e ignorando as
boas práticas na gestão de pessoal, a organização provavelmente fracassará.
Pode até se manter por um certo tempo em funcionamento, mas
eventualmente acabará por ser ultrapassada pela concorrência.
Vale ressaltar, contudo, que uma empresa que perde de vista o seu fim
máximo, a lucratividade, também está fadada ao insucesso. Pode até ser um
local agradável de se trabalhar, produzir e atender com qualidade e ser
inovadora, mas caso não atue de forma impactante na redução de gastos e
maximização de ganhos, na produtividade, nas vendas, na rentabilidade, na
eficiência e eficácia, vai acabar endividada e fechará as portas.
Por ser engenheiro eletrônico (ou seja, ter a capacitação técnica) e por
ter o conhecimento prático do processo de desenvolvimento dos monitores
hospitalares (uma vez que foi ele quem os desenvolveu), Batalha poderia até
acumular a função de gestor (mais estratégica) com a de supervisor da parte
de desenvolvimento dos produtos (mais gerencial e operacional, mas ainda
assim ligada ao estratégico) – essa função é mais linear e a princípio não
demandaria tanto de seu tempo quanto uma função diretamente operacional,
como montagem e vendas, em uma alta demanda.
Nada impediria que eu fizesse um panorama geral, assim como feito por
Sérgio. Porém, quando ele apresenta seu relatório de forma mais superficial,
sem se aprofundar em nenhum tópico específico, e sem espaço para apontar
as virtudes da empresa, há uma propensão maior a que ocorra exatamente
como no caso em tela: Ao invés de Batalha focar nos pontos de melhoria e
tentar compreender os fatores causadores dos problemas de seu
empreendimento, ele acabou se sentindo ofendido, uma vez que vê seu
trabalho desvalorizado; além disso, talvez por não possuir o conhecimento
técnico relativo ao setor administrativo e seus princípios, Batalha não consegue
compreender a necessidade de uma análise teórica para que haja
embasamento para trabalhar nas deficiências encontradas, de forma que
acredita que, na prática, os problemas citados por Sérgio primeiro não são tão
graves assim e, em segundo lugar, podem ser solucionados por ele de forma
individual, como ocorreu até esse ponto.
De certa forma, Batalha não está inteiramente errado. É ululante que sua
empresa tem problemas de organização, e que seu perfil centralizador é
prejudicial ao negócio. Óbvia fica, também, a necessidade de um suporte
melhor aos clientes, uma vez que eles apontam já ter reclamado da situação
com os colaboradores da Alpha Monitores. O relatório de Sérgio, nesse
sentido, foi de fato "mais do mesmo", não apresentando nenhuma novidade e
sugerindo poucas opções para a implementação de mudanças que corrijam os
maiores problemas da empresa atualmente.
Faltou ainda que Sérgio orientasse mais sua análise ao objetivo principal
de Batalha, que era aumentar os lucros auferidos. Demonstrações financeiras e
até mesmo exemplos de empresas onde foi feito trabalho similar poderiam
trazer a Batalha um vislumbre da importância do trabalho proposto, mas como
não foram apresentadas, permanece a crença de que toda essa análise teórica
foi inútil.
Por fim, vale sinalizar também que não foi demonstrada a Batalha as
vantagens, financeiramente falando, de se adotar as mudanças propostas por
Sérgio. Como seu maior enfoque é no lucro que a empresa gera, e está
enxergando essas alterações somente como um gasto (investir na contratação
de novos profissionais, mais qualificados, para supervisionar cada um dos
setores, por exemplo), e não como investimentos importantes que gerarão
ainda mais retorno financeiro à Alpha Monitores.
Integrantes do Grupo:
Antonio Marinho Oliveira da Silva – RA 22210194
Barbara Sughayyer Elias – RA 0020482313052
Pedro Henrique Lima Ribeiro – RA 0020482313073
Thais de Siqueira Medeiros – RA 0020482313080
FATEC São Paulo – Análise e Desenvolvimento de Sistemas