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Bibliologia - A Doutrina Das Escrituras

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ETC | Escola de Teologia Consistente | Curso Fundamental em 12 Meses:

Grade Curricular:

01. Teologia - A Doutrina de Deus.


02. Bibliologia - A Doutrina das Escrituras.
03. Dispensações e Alianças.
04. O Tabernáculo e sua Tipologia.
05. Soteriologia - Doutrinas da Salvação.
06. Cristologia - A Doutrina de Cristo.
07. Daniel - O Apocalipse do Velho testamento.
08. Hermenêutica Bíblica - A Arte de Interpretar Texto.
09. Homilética - A Arte de Pregar.
10. Paracletologia - A Doutrina do Espírito Santo.
11. Escatologia Bíblica - Doutrina das Últimas Coisas.
12. Apocalipse - Desvendando os Mistérios do fim.

Ministério Joel Rocha | Conferências de Estudos Bíblicos e Pregações.

BIBLIOLOGIA -- A DOUTRINA DAS ESCRITURAS

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça, a fim de que o servo de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra. (1 Tm 3.16,17)

CONTEÚDO

I .INTRODUÇÃO À BIBLIOLOGIA.
II. A HISTÓRIA DA BÍBLIA, OS ORIGINAIS.
III. O ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRAICO.
IV. O NOVO TESTAMENTO EM GREGO.
V. HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES.
VI. A AUTORIDADE DA BÍBLIA.
VII. REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO.
VIII. MATERIAIS USADOS PARA OS ESCRITOS BÍBLICOS.
IX. A FORMAÇÃO DO CÂNON.
X. O LIVRO SAGRADO.
XI. A ESTRUTURA DA BÍBLIA.
XII. EM QUE LÍNGUA FOI ESCRITA A BÍBLIA?
XIII. QUEM ESCREVEU A BÍBLIA?
XIV. RAZÃO E NECESSIDADE DAS ESCRITURAS.
XV. A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS.
XVI. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA.
XVII. O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA.
XVIII. A PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA.
XIX. DEVEMOS CONSIDERAR AO ESTUDAR A BÍBLIA.

I. INTRODUÇÃO À BIBLIOLOGIA.

A palavra Bíblia é derivado do grego que significa livros. O plural grego veio a ser no latim
singular e feminino. Está dividida em Velho e Novo Testamento. Inclusive a palavra
testamento vem do latim testamentum, tradução da Vulgata para a palavra grega diatheke,
do hebraico berith, que significa concerto.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ao lê-la percebemos uma unidade de pensamento
interligando todos os livros, sejam eles históricos, poéticos, proféticos e etc. indicando que
uma Mente única inspirou toda a escrita e a compilação.
Um jargão popular diz que “a voz do povo é a voz de Deus”, mas não é verdade, porque “A
Voz de Deus” é a Bíblia, a sua Palavra. Ademais, as Sagradas Escrituras não são um
compêndio de histórias mitológicas, uma odisseia de deuses e homens, mas a inerrante
Palavra do Criador. Afinal, a Bíblia não é um livro, mas o LIVRO dos livros.
Os livros da Bíblia, num total de 66 foram escritos por autores humanos, sendo que alguns
desses escritores não são conhecidos. Houve nessa seleção divina a escolha de homens
das mais variadas classes sociais, desde fazendeiros a rei, de pescador a médico, de
príncipe a soldado. Contudo, é fato que Deus os dirigiu para escreverem, através de muitos
séculos, exatamente o que o Eterno quis.
Nos tempos de Jesus havia apenas o Velho Testamento. A Bíblia foi o primeiro livro a ser
impresso no mundo, em 1452 d. C.
As partes mais antigas da Bíblia foram escritas há cerca de 3400 anos. É possível que
documentos contidos nas tradições recuem outros 400 ou 500 anos.
A maneira como o Senhor fez para a Escritura chegar aos nossos dias é maravilhosa. O
povo de Israel considerava os primeiros livros bíblicos, desde o princípio, como inspirados
por Deus. O rigor dos escribas na preservação foi tamanho que o mais primitivo texto do
Antigo Testamento foi copiado em cerca de 1100 d.C. Então, com a descoberta dos
pergaminhos do Mar Morto, textos do AT datando de aproximadamente 200 a.C., sendo que
alguns tinham 1300 anos de idade foram comparados por estudiosos e eram praticamente
idênticos.

II. A HISTÓRIA DA BÍBLIA, OS ORIGINAIS.

Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das
Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos
textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego,
que era a língua mais utilizada na época.
Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das
Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim
cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram
escritos pelos seus autores, se perderam.

As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas


melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às
descobertas arqueológicas. Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de
Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já
para o Novo Testamento é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades
Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem
hoje, disponíveis para tradutores.

III. O ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRAICO.

Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu
mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros
tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e
muitas vezes e passados de geração em geração. Com o passar do tempo, esses relatos
sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por a Lei, os Profetas, e as Escrituras.
Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes
do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros
cinco livros da nossa Bíblia.

Já os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué,


Juízes, 1 e 2 Samuel, e 1 e 2 Reis. E as Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os
Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações,
Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias, e 1 e 2 Crônicas. Os livros do Antigo Testamento
foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados
cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros eram escritos em um
pergaminho separado, embora A Lei frequentemente fosse copiada em dois grandes
pergaminhos. O texto era escrito em hebraico, da direita para a esquerda e, apenas alguns
capítulos, em dialeto aramaico.

Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo
Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha
muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947,
juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.

IV. O NOVO TESTAMENTO EM GREGO.

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das
cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados
que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses grupos marca o início
da Igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não
tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma,
começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande
circulação.

A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos


primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita
dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a
ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares
também começaram a circular.

O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de


papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João
18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos
descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Velho Testamento e o
texto em grego do Novo Testamento.

Outros Manuscritos.

Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam
nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o
Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos
anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi
feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente
autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de
Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e
ensinamentos de Jesus.

No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o
Novo Testamento foi constituído. Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego
podem ter sido escritos naquela ocasião, o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus.
Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo
temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros
cinco séculos. Quando Constantino proclamou e impôs o cristianismo como única religião
oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla
por boas cópias de livros do Novo Testamento.

É possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha conseguido
demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados,
porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de Constantinopla.
Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamento foram
apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.

V. HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES

A linguística moderna veio mostrar que traduzir um texto estrangeiro não é coisa simples,
ainda mais quando se considera o fato de ser um trabalho em que os tradutores não
dispunham de um referencial nem de modelo, numa época em que talvez não existisse um
Léxico(Reparatória de palavras de uma língua ou u texto) satisfatório de Hebraico-Aramaico
e Grego. Traduzir é colocar em outra língua a mesma mensagem. Desde muito cedo na
história do povo de Deus a revelação Divina esta a disposição de outros povos na língua de
cada um deles. Não existe na Bíblia o conceito de língua sagrada, algo típico de algumas
religiões não cristãs, como o Sânscrito Para os Hindus, e o Árabe para o Islamismo. O
desejo de Deus é que o homem conheça a sua vontade e não importa em qual nível de
linguagem.

A Septuaginta. Tradução da Bíblia do Hebraico para o Grego. (Somente o Antigo


Testamento)."Septuaginta", termo que vem do latim e significa"Septuagésimo"

O rei do Egito, Ptolomeu Iv, Filadelfo, cujo reinado foi entre 285-247 ac; patrocinou a
tradução das Escrituras dos Judeus para a Língua Grega. O rei comissionou o bibliotecário
Demétrio de Falero para reunir na biblioteca de Alexandria a tradução de todos os livros do
mundo, o monarca enviou uma carta ao sumo sacerdote Eleazar em Jerusalém solicitando
uma cópia do Texto Hebraico e tradutores para a realização da obra. Enviou ainda
presentes para o templo e notícia de que 120.00 Judeus prisioneiros foram libertos por
Ptolomeu. O sumo sacerdote retribuiu enviando uma carta e presentes ao Rei, enviou ainda
uma comissão de tradução formada por 72 piedosos eruditos Judeus, seis de cada tribo dos
filhos de Israel.
Esses 72 eruditos levaram 72 dias para concluir a tradução do Hebraico para o Grego.
Terminado o trabalho, Demétrio leu o texto em voz alta para a comunidade Judaica, que
acolheu por aclamação unânime, proferindo palavras de maldição para quem acrescentasse
algo ao texto ou tirasse dele alguma palavra.
A Vulgata Latina. Do Latim, que é de uso público. Tradução da Escrituras do Grego para o
Latim, feita no Séc. IV por Jerônimo, um dos mais fecundos doutores da igreja. A Vulgata,
construída a partir dos originais Hebraico e Grego, seria declarada como versão oficial da
igreja Católica pelo Concilio de Trento.
Concílio. Do latim concilium, reunião, assembleia. Realizado de 1545 a 1563, este concílio
constituiu na resposta da igreja Católica a reforma protestante de Martinho Lutero.
A Versão Almeida. João Ferreira de Almeida foi ministro do evangelho da igreja reformada
Holandesa, em Batávia, então capital da ilha de Java, na Oceania. Almeida traduziu
primeiro o Novo Testamento, terminando-o em 1670; em 1681 foi ele impresso em
Amsterdã, Holanda, isto e, 100 anos antes da primeira edição católica da Bíblia. O texto de
Almeida foi revisado em 1894 e 1925. Em 1951, a imprensa Bíblica Brasileira(Organização
Batista Independente) publicou a edição"Revista e Corrigida"ARC.
Uma comissão de especialistas Brasileiros trabalhando de 1945 a 1955 apresentou a
edição "Revista e Atualizada de Almeida' ARA. É uma obra magnífica com linguagem
qualificada e de melhor tradução. O Novo Testamento foi publicado em 1951 e o Antigo
Testamento em 1958. A publicação é da Sociedade Bíblica do Brasil.

Qual a melhor Tradução?

A fidelidade aos originais é fundamental para uma boa tradução. Todas as traduções, ou
versões, publicadas e distribuídas pela SBB são fiéis aos originais. Elas se distinguem no
seguinte: (a) Na linguagem: a linguagem das Almeidas é mais erudita e, às vezes, até
arcaica; já a linguagem da NTLH é mais simples e atual.(b) No princípio de tradução: as
Almeidas são mais literais e formais; já a NTLH expressa o sentido conforme o modo de
falar da maioria das pessoas. Há pessoas que preferem a linguagem erudita e formal; já
outras, a linguagem simples. Logo, precisamos perguntar: qual é a melhor tradução para
quem? Para pessoas eruditas? Para pessoas simples? Para pessoas que já são cristãs há
muito tempo? Para pessoas que nunca leram a Bíblia nem conhecem a fé cristã? Para
adultos? Para crianças? Ou, precisamos perguntar: qual é a melhor tradução para quê?
Para estudar? Para evangelizar? Para memorizar? Para ensinar?

Em resumo, cada tradução será boa para alguém ou para alguma finalidade. Por isso, é
muito bom que tenhamos várias traduções. Pessoas que não sejam tocadas por uma
tradução poderão ser por outra. Encaremos, portanto, as traduções como bênçãos que
Deus nos dá para alcançar o maior número de pessoas para o seu Reino. (cf. 1Co 9.22).
"Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB."

VI. A AUTORIDADE DA BÍBLIA

Poderiam ser apresentados muitos argumentos racionais a favor da autoridade da Bíblia,


mas em última análise aceitamos a autoridade que se baseia na fé. Consideramos a Bíblia
como a Palavra de Deus a reclamar para si própria uma autoridade decisiva. Nada obstante
que nela depositamos toda a confiança, aceitando essa Palavra e a autoridade que nela
implica.

É na Bíblia que frequentemente se alude ao fato de se tratar de uma mensagem


diretamente outorgada por Deus. Diz-se, por exemplo, que Moisés recebeu de Deus não só
as tábuas da lei, mas ainda outras recomendações rituais relativas à manutenção do
tabernáculo ou sobre os cuidados a ter com o povo de Israel. É também notória a
insistência dos profetas em afirmarem que não são autores daquilo que pregam, mas se
trata de uma mensagem recebida de Deus.

Jesus Cristo falou com autoridade porque tinha a consciência de agir como Filho Eterno de
Deus, e não apenas como pregador vulgar. A Bíblia é a Palavra de Deus, ela é uma obra
completa onde não há contradição, procure observar que no Novo Testamento apenas não
são citados oito livros do Antigo Testamento: Esdras, Neemias, Ester, Eclesiastes,
Cantares, Obadias, Naum, e Sofonias.

Teorias Contrárias à Autoridade da Bíblia.

A doutrina estabelecida pelo concílio de Trento (1545-1563) é defendida até hoje por muitos
teólogos romanos modernos. Aparentemente a igreja católica aceita a Bíblia de uma
maneira parecida com a ortodoxa, porém três questões se levantam e evidenciam o seu
erro:

1. Ela afirma que na Bíblia devem ser incluídos os chamados apócrifos. Assim, esses livros
teriam o mesmo valor ou a mesma autoridade dos demais;
2. Supõe-se que o texto das Escrituras Sagradas é demasiado obscuro e de difícil
interpretação. Nesse caso, há necessidade de outra autoridade que decida em caso de
dúvida;
3. Eles não consideram a Bíblia como única regra de fé e admitem uma tradição derivada
diretamente dos apóstolos e em pé de igualdade com a Bíblia.

VII. REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO


A palavra revelação vem do grego apokalypsis e significa literalmente o ato de desvendar
alguma coisa oculta, para que possa ser vista e reconhecida como ela é.
Podemos falar acerca da revelação tomando-a em dois sentidos:
Revelação no sentido ativo: é a atividade de Deus, enquanto se dá a conhecer aos homens.
Revelação no sentido passivo: é o próprio conhecimento que é comunicado aos homens.
A história de Israel, como nação, sua religião, bem como a igreja, foi o resultado evidente da
revelação Divina. Vemos referências abundantes à revelação de Deus nas páginas das
Escrituras: Deus revelou-se na aliança efetuada com Abraão: "Estabelecerei a minha
aliança entre mim e ti a tua descendência no decurso das suas gerações’’ Gn 17:7.
Deu a Israel a sua lei: "Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel:
Vistes que dos céus eu vos falei’’ Ex 20:22.

Podemos considerar alguns exemplos de revelação dada por Deus

1. Original

A Bíblia afirma que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, para que este
pudesse conhecer, amar, servir, e glorificar a sua pessoa. Segundo o relato bíblico, Adão no
Éden tinha um conhecimento de Deus que transcende ao nosso entendimento e ao nosso
conhecimento. A narrativa da criação mostra dentre outras coisas, que Deus se revela
particularmente às suas criaturas. O homem ainda hoje mesmo derrotado, e dominado pelo
pecado, sente em seu próprio ser que Deus existe.

2. Redentora

Por causa do pecado o ser humano perdeu a possibilidade de aprender e compreender o


testemunho interior ou o da criação. Por isso, Deus se manifesta através de uma revelação
especial operada pelo Espírito Santo, dentro do homem, fazendo-o voltar-se para ELE.

3. Verbal

Através de Jesus Cristo o homem tem consciência da vontade de Deus para a sua vida. A
encarnação de Cristo como verbo de Deus é a mais completa das revelações, e, no
entanto, é da mais difícil compreensão por parte dos homens. Em Atos dos Apóstolos a
revelação verbal manifestou-se de múltiplas maneiras, tais como: visões, sonhos,
inspirações proféticas que iam da meditação ao êxtase, etc...

4. Bíblica

O plano de Deus era para o fundamento da fé pessoal, um guia para o cristão, um manual
para a igreja, e grandes maravilhosos exemplos, faz da Bíblia um livro completo no sentido
de revelar Deus aos homens. O que diferencia a Bíblia de qualquer outro livro é a sua
inspiração divina.
Diferença entre Revelação e Inspiração.

1. Revelação

Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas e que, por si só, o homem não
poderia conhecer.

2. Inspiração

O Espírito Santo age como um sopro sobre os escritores, capacitando-os a receber e


transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor nesse caso pôde valer-se de
outras evidências ou qualquer outro material.
Exemplo
Moisés escreveu o Gênesis, recebendo-o por visões, sonhos, ou mesmo pelo próprio Deus.
Temos então REVELAÇÃO. Mas, se ele usou de escritos anteriores, incluindo a tradição,
desde que usado pelo Espírito Santo, temos a INSPIRAÇÃO. A palavra inspiração significa
normalmente uma influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os autores bíblicos,
garantindo que aquilo que escreveram era precisamente o que Deus pretendia que eles
escrevessem para a transmissão da verdade divina, podendo por isso, dizerem realmente
"inspirados’’ou literalmente "soprados’’ por Deus’’ (2Tm 3:16).

Teorias Falsas da Inspiração da Bíblia:

1. Inspiração Natural.

Esta ensina que a Bíblia foi escrita por homens talentosos como Sócrates, e outros
tantos escritores e poetas.
"O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua" (2Sm
23:2).

2. Inspiração Comum.

Ensina que da mesma maneira como os escritores da Bíblia foram inspirados, ainda hoje o
somos. Quando oramos, cantamos, ou ensinamos a Palavra, estamos inspirados por Deus.

3. Inspiração Parcial.

Ensina que partes da Bíblia são inspiradas, outras não. É essa a teoria que afirma que a
Bíblia contém em parte a Palavra de Deus. Traz confusão, pois como iríamos saber qual a
parte inspirada e a que não tem inspiração!
4- Inspiração Verbal
Ensina que Deus ditou para os escritores aquilo que queria que fosse escrito. Nessa
teoria, os homens funcionaram apenas como máquinas ou computadores. Sabemos que
Deus usou apenas as faculdades mentais dos homens, mas, deixou livre a sua
racionalidade, os seus estilos, atividades, etc...
5. Inspiração das ideias.

Ensina que Deus inspirou as idéias, mas não as palavras. Essas ficaram a cargo do
escritor.Se a palavra é a expressão da ideia, não podemos separá-las. A inspiração da
Bíblia, além de pensada, foi também falada. "Disto também falamos, não em palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas
espirituais com espirituais.’’ (1Co 2:13)

Teoria Correta da Inspiração da Bíblia:

A Teoria da Inspiração Plena é a que ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente
inspiradas. Os escritores foram capacitados pela cooperação vital, e contínua do Espírito
Santo. Os homens escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob a
influência do Espírito, o que escreveram foi realmente a Palavra de Deus.

Depois de ter sido escrito o último livro do Novo Testamento, a inspiração plena cessou.
Ninguém mais pode dizer inspirado no mesmo sentido dos escritores da Bíblia. Foi uma
inspiração especial para que fosse produzido o Livro dos livros, o Livro de Deus.

VIII. MATERIAIS USADOS PARA OS ESCRITOS BÍBLICOS

1. Pedra

Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Deus
deu a Moisés os Dez Mandamento escritos em tábuas de pedra (Êx 31:18, 34:1,28). Dois
outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel
de Ezequias, junto ao tanque de Siloé (700 a.C).

2. Argila

O material de escrita predominante na Assíria, e Babilônia era a argila, preparada em


pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha chamados de escrita
cuneiforme, e depois assada em um forno ou seca ao sol. Milhares desses tabletes foram
encontrados pelas pás dos arqueólogos.

3. Madeira

Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever.


Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever entre os
gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30:8
e Habacuque 2:2.

4. Couro

Talmude judeu exigia especificamente que as Escrituras fossem copiadas sobre peles de
animais, sobre couro. É praticamente certo, então, que o Antigo Testamento foi escrito em
couro. Eram feitos rolos, costurando juntas as peles que mediam de alguns metros a 30
perpendiculares ao rolo. Os rolos, entre 26 e 70cm de altura, eram enrolados em um ou dois
pedaços de pau.

5. Papiro

É quase certo que o Novo Testamento foi escrito sobre papiro, por ser este o material de
escrita mais importante na época. O papiro é feito cortando-se em tiras seções delgadas de
cana de papiro, empapando-as em vários banhos de água, e depois sobrepondo-as umas
às outras para formar folhas. Uma camada de tiras era colocada por sobre a primeira, e
depois as punham numa prensa, a fim de aderirem uma às outras. As folhas tinham de 15 a
38 cm de altura e 8 a 23 cm de largura. Rolos de qualquer comprimento eram preparados
colocando juntas as folhas. Geralmente mediam cerca de 10m de comprimento.

6. Velino ou Pergaminho

Velino começou a predominar mediante os esforços do rei Eumenes ll, de Pérgamo


(197-158 a.C). Ele procurou formar sua biblioteca, mas o rei do Egito cortou o seu
suprimento de papiro, sendo-lhe então necessário obter um novo processo para o
tratamento de peles. O resultado é conhecido como velino ou pergaminho. Embora os
termos sejam usados intercambiavelmente, o velino era preparado originalmente com a pele
de bezerros e antílopes, enquanto o pergaminho era de pele de ovelhas e cabras.
Obtinha-se assim um couro de excelente qualidade, preparado especial e cuidadosamente
para receber escrita de ambos os lados. Este tipo de material foi utilizado centenas de anos
antes de Cristo e, por volta do século IV a.D., ele suplantou o papiro. Quase todos os
manuscritos conhecidos são em velino.

IX. A FORMAÇÃO DO CÂNON

A palavra Cânon vem do hebraico caneh, é de origem semítica e originalmente significava


"instrumentos de medir’’, passou a ser usada para designar a lista de livros reconhecidos
como a autêntica, original, inspirada e autorizada Palavra de Deus, diferenciando-os de
todos os outros livros como "regra’’ de fé.
Bem cedo na história, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio da Sua
revelação ao homem: Os Dez Mandamentos escritos em pedra, (Êx 31:18; Dt.10:45), Deus
mesmo escreveu nas duas tábuas e as deu a Moisés como testemunho da aliança entre Ele
e Israel.

X. O LIVRO SAGRADO

Estamos estudando sobre o livro mais importante do mundo. Livro por excelência, o mais
vendido e lido em todo o mundo; o maior best-seller de todos os tempos. Falamos das
Escrituras Sagradas, ele é um manancial de bênçãos para todas as pessoas, sejam: sábios,
leigos, ricos, pobres, raças, tribos, nações, e línguas. Todos podem ser abençoados e
alcançados por este livro maravilhoso.
Para o mudo ele é a boca;
Para o cego a visão;
Para o perdido o caminho;
Para o sedento a fonte de água;
Para o marinheiro a bússola;
Para o viajante o mapa;
Para o enfermo o remédio;
Para o desesperado a esperança;
Para o triste a alegria;
Para o infeliz a felicidade;
Para o condenado a salvação;
Para o prisioneiro a liberdade;
Para os salvos ele é tudo, pois nele que encontramos a Palavra de Vida Eterna, nele nós
encontramos o caminho que conduz ao céu. Nele nós aprendemos a amar ao Deus Pai, ao
Deus Filho, e ao Deus Espírito Santo. É através deste livro que aprendemos que sem Deus
nada podemos fazer. (Jo 15:5).
Um dia estávamos perdidos, mas através deste livro, encontramos o caminho. Estávamos
com sede e descobrimos nele a fonte de água viva. Foi este livro que nos orientou a buscar
respostas certas para todas as nossas dúvidas. Estamos falando da BÍBLIA SAGRADA.
Do vocábulo grego "bíblos", temos o plural "Bíblia’’, que quer dizer livros. Daí o nome da
nossa Bíblia, um sinônimo de Bíblia é "As Escrituras’’, do grego ta "gramata ou hai graphai"
como vemos nos textos:

1- Perguntou-lhe Jesus: nunca lestes nas Escrituras’’ (Mt 21:42).


2- Ainda que não lestes esta Escritura: A pedra... ’’(Mc 12:10)

XI. ESTRUTURA DA BÍBLIA.

A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento;


(hebraico e grego diatheke), que significa: Aliança, concerto ou testamento.
Contém 66 livros divididos em duas partes, sendo:

Antigo Testamento: 39 livros assim divididos:

Os cinco (05) primeiros, os Livros da Lei, são chamados Pentateuco, escritos por MOISÉS,
inspirado pelo Espírito Santo, após tudo já ter acontecido e são eles:

Gênesis (Gn)
Êxodo (Ex)
Levítico (Lv)
Números (Nm)
Deuteronômio (Dt)

Os Livros Históricos são doze (12):


Josué (Js)
Juízes (Jz)
Rute (Rt)
1º Samuel (1Sm)
2º Samuel (2Sm)
1º Reis (1Rs)
2º Reis (2Rs)
1º Crônicas (1Cr)
2º Crônicas (2Cr)
Esdras (Ed)
Neemias (Nee)
Ester (Et).

Os Livros Poéticos são cinco (05):

Jó (Jó)
Salmos (Sl)
Provérbios (Pv)
Eclesiastes (Ec)
Cantares de Salomão (Ct)

São assim chamados devido ao seu gênero de seu conteúdo, também chamados
Devocionais.

Os Livros Proféticos são dezessete (17)

Divididos em dois grupos Profetas Maiores e Profetas Menores. São assim chamados
devido a quantidade de escritos de cada profeta.

Profetas Maiores são cinco (05):

Isaías (Is)
Jeremias (Jr)
Lamentações de Jeremias (Lm)
Ezequiel (Ez)
Daniel (Dn)

Profetas Menores são doze (12):

Oséias (Os)
Joel (Jl)
Amós (Am)
Obadias (Ob)
Jonas (Jn)
Miquéias (Mq)
Naum (Na)
Habacuque (Hc)
Sofonias (Sf)
Ageu (Ag)
Zacarias (Zc)
Malaquias (Ml)

O Novo Testamento contém vinte e sete (27) Assim divididos:

Os quatros primeiros são chamados Os Evangelhos, são livros Biográficos e falam da


descendência, nascimento virginal, vida, ministério, morte, ressurreição, e ascensão de
JESUS.

São eles:

Matheus (Mt)
Marcos (Mc)
Lucas (Lc)
João (Jo)

Livro Histórico, um (01):

Atos dos Apóstolos: que conta a história do nascimento da igreja. E do derramamento do


Espírito Santo, poderíamos chamá-lo Atos do Espírito Santo.

Epístolas Paulinas são treze (quatorze com Hebreus) (14):

São elas:

Aos Romanos (Rm)


1 Coríntios (1Co)
2 Coríntios (2Co)
Aos Gálatas (Gl)
Aos Efésios (Ef)
Aos Filipenses (Fp)
Aos Colossenses (Cl)
1 Tessalonicenses (1Ts)
2 Tessalonicenses (2Ts)
1 Timóteo (1Tm)
2 Timóteo (2Tm)
Tito (Tt)
Filemon (Fm)
Hebreus (Hb)

Epístolas Gerais, Universal ou pastorais -- são sete (07):


Tiago (Tg)
1 Pedro (1Pe)
2 Pedro (2 Pe)
1 João (1Jo)
2 João (2Jo)
3 João (3Jo)
Judas (Jd) (Irmão de Jesus)

Livro Escatológico, Soteriológico e Profético, um (01):

Apocalipse (Ap)

O Antigo Testamento contém:

39 livros;
929 capítulos;
23214 versículos;
592.439 palavras;
2.728.100 letras;
O livro do meio: é Provérbios;
O capítulo do meio: Jó 39;
O livro menor: Obadias;
O menor versículo: Êxodo 20:13, e Deuteronômio 5:17;
O maior versículo da bíblia Ester 8:9.

O Novo Testamento contém:

27 livros;
260 capítulos;
7.959 versículos;
181.253 palavras;
838.380 letras;
O livro do meio: 1 Tessalonicenses;
O capítulo do meio: Romanos 13,14;
Livro menor: 3 João;
Versículo menor: Lc 20:30.

Algumas curiosidades sobre a Bíblia:

Quantas letras tem a Bíblia?

A Bíblia contém cerca de 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras.

Quantos versículos tem a Bíblia?


A Bíblia, na tradução de Almeida Revista e Corrigida, possui 31.105 versículos (o maior é Et
8.9; o menor é Êx 20.13).

Quantos capítulos tem a Bíblia?

A Bíblia conta com 1189 capítulos.

Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem?

A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo
Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade
de Paris, na França.

Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?

A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das
Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os
massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à
formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram
eles que, entre os séculos IX e X primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento)
em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um
impressor francês chamado Robert d’Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no
ano de 1551. D’Etiénne morava então em Gênova, na Itália.
Qual (is) a(s) primeira(s) Bíblia(s) completa(s) publicada(s) com a divisão de capítulos e
versículos?
Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi
assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A
primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi
a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suiça. Os primeiros editores da Bíblia de
Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a
memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. (Hoje, as notas históricas
dos estudiosos protestantes de Genebra agregadas a novas notas de estudo podem ser
encontradas em um recente lançamento da Sociedade Bíblica do Brasil: a Bíblia de Estudo
de Genebra.) Em Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de
Almeida (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.

Toda a Bíblia Sagrada contém:

66 livros;
1.189 capítulos;
31.173 versículos;
773.692 palavras;
3.566.480 letras;
Capítulo do meio: Salmos 118.8;
Livro menor: 3 João;
Versículo menor: Lc 20:30;
Versículo maior Ester 8:9.

Analisemos um pouco a different Bíblia Católica.

Nas Bíblias de edição Católica-Romana, os livros 1 e 2Reis, são chamados de 1 e 2


Paralipômenos, Esdras e Neemias são chamados de 1 e 2 Esdras. Também nas edições
católicas de Matos Soares, e Antonio Pereira Figueredo o Salmo 9, corresponde na versão
João Ferreira de Almeida aos Salmos 9 e 10. O Salmo 10 é o nosso de número 11, e assim
segue-se até ao Salmo 145, o 146 e 147 correspondem ao nosso 147. Os últimos três
Salmos são iguais em todas as Bíblias. Essa diferença não afeta o conteúdo, pois é a
Palavra de Deus.

A Bíblia Católica possui sete livros a mais que a nossa:

1- Tobias - Após o livro de Esdras;


2- Judite - Após o livro de Tobias;
3- Sabedoria de Salomão - Após o livro de Cantares;
4- Eclesiástico - Após o livro de Sabedoria de Salomão;
5- Baruque - Após o livro de Jeremias;
6- 1º Macabeus;
7- 2º Macabeus.

XIII. EM QUE LÍNGUA FOI ESCRITA A BÍBLIA?

1. Hebraico:

Quase todos os 39 Livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico. As letras tipo
bloco eram escritas em maiúsculas, sem vogais, sem espaços entre palavras, frases ou
parágrafos, e sem pontuação. Os pontos das vogais foram acrescentados mais tarde (entre
500 e 600 a.D.) pelos eruditos massoretas. O hebraico é conhecido como um dos idiomas
semíticos.

2. Aramaico:

Um idioma aparentado com o hebraico, o aramaico tornou-se a língua comum na Palestina


depois do cativeiro babilônico (500 a.C.) Algumas partes do antigo Testamento foram
escritas nesse idioma: uma palavra designando nome de lugar em Gênesis 31:47; um
versículo em Jeremias 10:11; cerca de seis capítulos no Livro de Daniel (2:4b - 7:28); e
vários capítulos em Esdras (4:8-6:18; 7:12-26). Aramaico continuou sendo o vernáculo da
Palestina durante vários séculos. Temos assim algumas palavras aramaicas preservadas
para nós no Novo Testamento: Talitha Cumi ("Menina, levanta-te"), em Marcos 5:41;
Ephphatha ("Abre-te"), em Marcos 7:34; Eli, Eli lama sabachthani (Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste?), em Mateus 27:46. Jesus se dirigia habitualmente a Deus como
Abba (aramaico, Pai). Note a influência disto em Romanos 8:15 e Gálatas 4:6. Outra frase
comum dos primeiros cristãos era Maranatha (Vem, nosso Senhor), em 1 Coríntios 16:22.
3. Grego:

Apesar de Jesus falar aramaico, o Novo Testamento foi escrito em grego - grego Koinê. A
mão de Deus pode ser vista nisto, porque o grego era o idioma predominante do século I,
tornando assim possível a divulgação do evangelho através de todo o mundo então
conhecido.

XIV. QUEM ESCREVEU A BÍBLIA?

Aproximadamente quarenta (40) autores escreveram a Bíblia, em quinze (15) séculos, os


autores viveram em épocas diferentes e tinham modo de vida também diferentes, cada um
escreveu em situações diferentes, por exemplo: Davi escreveu em meio as guerras,
Salomão dentro de seu palácio, Moisés no deserto, Jeremias nas masmorras, Paulo atrás
das grades...
Eram pessoas de diferentes classes sociais, por exemplo: Davi e Salomão Eram reis e
poetas;
Jeremias e Zacarias sacerdotes e profetas;
Daniel era Ministro de Estado;
Lucas era Médico;
João, Pedro, Tiago eram Pescadores;
Amós era homem do campo, cuidava do gado;
Mateus era Funcionário Público;
Paulo era Teólogo e Erudito.
Mesmo com tantas divergências na vida destes homens, a Bíblia é a mais perfeita obra feita
pelas mãos do homem, pois nela não há erros, ou parcialidade, ela foi escrita por inspiração
de DEUS. O Antigo Testamento se encontra, e se completa no Novo Testamento.

XV. RAZÃO E NECESSIDADE DA BIBLIA

Deus se revelou através dos tempos por meio de suas obras, isto é, a criação. "Porque as
suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo...Os céus manifestam a glória de Deus, e
o firmamento anuncia a obra das suas mãos..." (Rm 1:20, Sl 19:1-6), porém na Palavra de
Deus temos uma revelação especial e muito maior. É dupla esta revelação e a temos de
duas maneiras:

1. Na Bíblia a Palavra Escrita. (Verbo preexistente).


2. Em Cristo a Palavra Viva. (Verbo Encarnado).

XVI. A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS:

É a própria Bíblia que nos traz passagens que desenvolvem em nós o desejo a necessidade
de estudá-la.

a) - ..."Santificai a Cristo, como o Senhor em vosso coração, estando sempre preparados


para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós’’ (1Pe 3:15).
(esse preparo vem pelo estudo das escrituras).
b) - ‘‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, e que maneja bem a palavra da verdade" (2Tm 2:15).
c) - "Buscai no livro do Senhor, e lede, nenhuma destas coisas falhará, nem uma, nem
outra faltará, porque a boca do Senhor a ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará’’ (Is
34:16).
d) - "A revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples.’’ (Sl
119:130).

O estudo destes versículos nos conduz a dois pontos importantes que são:

1. Porque devemos estudar a Bíblia?

A) Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor.

O crente foi salvo para servir ao Senhor "Mas vós sois geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes daqueles que vos chamou das
trevas para sua maravilhosa luz.’’ (1Pe 2:9). Entre as promessas de Deus àqueles que
conhecem devidamente a sua palavra, temos a do profeta Isaías que diz: "Assim será a
palavra que sair da minha boca, não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e
prosperará naquilo que a designei’’ (Is 55:11).

B) Ela alimenta nossa alma.

"Jesus, porém respondeu e disse, está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda
a palavra que procede da boca de Deus.’’(Mt 4:4).

"Achando as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o
coração, pois pelo teu nome sou chamado, oh! Senhor Deus dos Exércitos.’’ (Jr 15:16).

"Desejai ardentemente como criança recém nascida, o genuíno leite espiritual, para que por
ele, vós seja dado crescimento para salvação.’’ (1Pe 2:2).

Não há dúvida que a leitura da Palavra de Deus trás nutrição para o crescimento de nossa
vida espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão para o corpo. Nas passagens
citadas ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é absorvido pelo
organismo. O texto de (1Pe 2:2), fala do intenso apetite dos recém nascidos assim deve ser
o nosso apetite pela Palavra de Deus. Bom apetite pela a Bíblia é sinal de saúde espiritual.

C) Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa.

"Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus’’


(Ef 6:17). Se em nós houver abundância da Palavra de Deus, o Espírito Santo terá o
instrumento para operar. É preciso, pois meditar nela. "Antes tem o seu prazer na lei do
Senhor, e nela medita dia e noite.’’ (Sl 1:2). "Não se aparte da tua boca o livro desta lei,
antes medita nele dia e noite... ’’(Js 1:8). É preciso deixar que ela domine todas as esferas
de nossa vida, nossos pensamentos, nosso coração, e assim molde todo nosso viver
diário. Precisamos ficar alimentados da Palavra de Deus. Um requisito primordial para
Deus responder nossas orações é estarmos possuídos pela sua Palavra. Aqui está em
parte a razão de muitas orações não serem respondidas: desinteresse pela Palavra de
Deus. "Se permanecerdes em mim e as minhas palavras em vós, pedireis tudo, e vos será
concedido’’ (Jo 15:7).

Três fatos nos chamam a atenção aqui:

1º- Na oração precisamos apoiar a nossa fé nas promessas de Deus, e estas estão na
Bíblia;
2º- Por sua vez a Palavra de Deus produz fé em nós (Rm 10:17);
3º- Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14), e o meio de
saber a vontade de Deus é a sua Palavra.

D) Ela enriquece e espiritualmente a vida do cristão. (Sl 119:72)

Essas riquezas vêm pela revelação do Espírito Santo "Para que o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda o Espírito de sabedoria e revelação no pleno
conhecimento DELE’’ (Ef 1:17). A pessoa que procura entender a Bíblia somente através da
capacidade intelectual, muito cedo desistirá da leitura. Só o Espírito de Deus conhece as
coisas de Deus. (1Co 2:10)

XVII. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA.

- Leia a Bíblia conhecendo o seu autor


Isto é muito importante, é o único livro que você lê, com o autor te auxiliando, presente na
leitura.
- Leia a Bíblia diariamente ( Dt 17:19)
É estimado que 90% dos crentes não fazem este exercício diariamente, por isso não
podemos estranhar haver tantos frios nas igrejas. Mais do que isso, são anões, raquíticos,
mundanos, carnais, e indiferentes, nervosos, iracundos e sem crescimento espiritual. Assim
Deus não nos revelará as suas verdades profundas (Jo 16:12; Hb 5:13; Mc 4:33). Existem
pessoas que acham tempo para tudo, menos para ler a Bíblia. Alimentam-se de tantas
outras coisas que se enfadam e não se nutrem da Bíblia. Não podemos esquecer que
muitos líderes de muitas igrejas não levam o povo a ler a Bíblia. Não basta ir aos cultos,
nem só ouvir lindos sermões, comer o que lhe derem na boca, é necessário urgente voltar
para a leitura da Palavra de Deus. Pois assim se ninguém lhe der de comer morrerás por
falta de nutrição espiritual.
- Leia a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual.
Para obter êxito na leitura da Bíblia, para guardar em todo o momento é necessário tomar
algumas precauções, tais como:

A) - Estudá-la como Palavra de Deus e não como obra literária;


B) - Estudá-la com o coração e atitude devocional, e não apenas com o intelecto.
As riquezas da Bíblia são para os humildes que temem ao Senhor, "Pelo que rejeitando a
imundícia e toda superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós
enxertada, a qual pode salvar as vossas almas’’. (Tg 1:21). Quanto maior for nossa
comunhão com Deus, mais humildes seremos. Os galhos mais repletos de frutos são os
que mais se abaixam. É preciso ler a Bíblia sem duvidar do seu ensino, aceitá-lo, praticá-lo
e ensiná-lo. A dúvida ou descrença, cega o leitor. "E ele lhes disse: Oh! Néscios e tardos
de coração para crer em tudo aquilo que os profetas disseram’’ (Lc 24.25).
- Leia a Bíblia devagar e meditando
Assim fizeram os grandes nomes da Bíblia "Bendito és tu, oh! Senhor; ensina-me os teus
estatutos. Desvia os meus olhos para que veja as maravilhas da tua lei’’ (Sl 119:12,18). Na
presença do Senhor, em oração, as coisas incompreensíveis passam a ser compreendida.
"Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado. Até que entrei no
santuário de Deus; então entendi eu o fim deles.’’ (Sl 73:16,17). A meditação aprofunda o
sentido. Muitos lêem a Bíblia para estabelecer recordes de leitura somente. Ao lê-la aplica-a
primeiro em si próprio, senão, não haverá virtude nenhuma.
- Leia a Bíblia toda
Há nisso uma riqueza incomparável, é a maneira única de conhecermos a verdade
completa do que trata a Bíblia. A revelação de Deus é progressiva, como entender um livro
se não completou a leitura deste. Não existe ainda no mundo algo tão incomparável como
este livro. Nada o substitui, e nada se iguala. "As profundidades das riquezas, tanto da
sabedoria, como da ciência de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis
os seus caminhos. Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu
conselheiro? (Rm 11:33, 34, 1Co 13:12, Dt 29:29). Muitos começam a ler a Bíblia e param
no meio do caminho, não persistem, não buscam em Deus os recursos necessários para
prosseguir. É o Espírito Santo quem revela para nós, o que não entendemos.

XVIII. O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

Jesus é o tema central da Bíblia, ela é CRISTOCÊNTRICA, foi ELE que disse:"São estas
palavras que vos disse estando ainda convosco, que convinha que cumprisse tudo que de
mim estava escrito na lei, nos profetas, e nos salmos.’’ (Lc 24:44). E também, "Examinai as
escrituras, porque vos cuidais ter nela as palavras de vida eterna, e são elas que de mim
testificam.’’ (Jo 5:39).
Se observarmos bem ao estudarmos a Bíblia veremos tipos, figuras, símbolos, profecias
que falam apontam para Jesus em todo Antigo Testamento.

- Em Gênesis ELE é a semente da mulher;


- Em Êxodo ELE é o cordeiro pascoal;
- Levítico, sacerdote expiatório;
- Números, a rocha ferida;
- Deuteronômio, o profeta;
- Josué, o capitão dos exércitos;
- Juízes, o libertador;
- Rute, o parente divino;
- Reis e Crônicas, o rei prometido;
- Ester, o advogado;
- Jó, o nosso redentor que vive;
- Salmos, o nosso socorro e alegria;
- Provérbios, a sabedoria de Deus;
- Cantares de Salomão, o nosso amado;
- Eclesiastes, o alvo verdadeiro;
- Nos profetas, o messias prometido;
- Nos evangelhos, o salvador do mundo;
- Atos, o Cristo ressurgido e poderoso;
- Nas epístolas, o cabeça da igreja;
- Apocalipse, o Alfa eo Ômega, o Cristo que volta para reinar.

Se crermos que Jesus é o centro da Bíblia, podemos definir os 66 livros em quatro partes:

1. Preparação: Todo o Antigo Testamento trata da preparação do nascimento de Jesus. (Mq


5:2)

2. Manifestação: Os evangelhos tratam da encarnação, manifestação, e vida de Jesus. (Lc


1:28; Jo 1:1)

3. Explanação: As Epístolas dão a explanação da doutrina de Jesus.

4. Consumação: O Apocalipse trata da consumação de todas as coisas preditas através de


Jesus.

XIX. A PROVA DA INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA.

Ainda que aceitemos a harmonia e a unidade da Bíblia como prova contundente de que ela
é divinamente inspirada, faz se necessário dar outras provas dessa natureza, vejamos:

A) Jesus aprovou a Bíblia:

Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; crêem que ELE fez milagres, confiam na sua
ressurreição e ascensão, mas não aceitam a Bíblia.

Jesus em relação à Bíblia:

1. Ele a Leu: Lc 4:16-20;


2. Ensinou: Lc 24:27;
3. Chamou-a..."Palavra de Deus...’’ Mc 7:13;
4. Cumpriu a Bíblia: Lc 24:44.

B) O testemunho do Espírito Santo na vida do crente.

A cada pessoa que aceita Jesus como salvador, o Espírito Santo põe em sua alma a
certeza quanto a autoria da Bíblia. É uma coisa automática. Não seria necessário ensinar
isso, quem de fato aceita a Jesus, aceita a Bíblia num todo como a Palavra de Deus.
"Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.’’ (Jo 17:17). E ainda "O mesmo Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.’’ (Rm 8:16).

C) O cumprimento fiel das Profecias da Bíblia.

Inúmeras profecias da Bíblia se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total; várias


outras cumprem-se em nossos dias, e muitas outras cumprir-se-ão daqui para frente. As
profecias sobre o Messias, por exemplo, proferidas séculos antes do Seu nascimento,
cumpriram literalmente com toda precisão quanto ao tempo, local e outros detalhes.
(Gn 49:10; Is 7:14; 53; Dn 9:24-26; Mq 5:2; Zc 9:9; Sl 22; etc). O cumprimento contínuo
das profecias da Bíblia é uma prova de sua origem divina. O que Deus disse sucederá,
Jeremias 1.12. Graças a Deus por tão sublime e glorioso livro!

Observemos que a Bíblia é completa e maravilhosa, mas ainda podíamos dizer que ela é:

1. Sempre maravilhosa e inesgotável;


2. É familiar em cada povo;
3. Familiar em cada indivíduo;
4. Familiar em qualquer lugar;
5. É superior em relação a qualquer livro;
6. Nela contém apenas verdades;
7. Ela é imparcial;
8. Ela nos faz diferentes;
9. Ela influencia pessoas e nações;
10. Ela pode transformar o mundo.

XX. DEVEMOS CONSIDERAR AO ESTUDAR A BÍBLIA.

1. Relação entre séculos e anos:

Século I = 1 a 100 anos;


Século II = 101 a 200 anos;
Século III = 201 A 300 anos;
Século XX = 1901 a 2000 anos;
Séculos XXI = 2001 a 2100 anos.

2. A era antes de Cristo (a.C):

A contagem antes de Cristo é regressiva, isto é parte de Cristo para a criação, que se
juntássemos tudo daria (4004 anos). Exemplo: o profeta Isaías pregou em mais ou menos
800 a.C, ou seja, após a pregação passaram-se 800 anos e nasceu Jesus.

3. O tempo e suas divisões.

A) Nos dias do Novo Testamento. O dia era natural, ou seja, o período que havia luz, entre
os Judeus e os Romanos era contabilizado em 12 horas. (Jo 11:9).
- A hora primeira era às seis da manhã;
- A hora sexta era ao meio dia;
- A terceira, e a sexta, e a nona hora, eram de oração, e adoração;
- Antes da terceira hora os Judeus não comiam, nem bebiam. (At. 2:15).

B) No Antigo Testamento o dia (período de luz), era dividido em três tempos:

- Manhã = 6 às 10 horas.
- Calor do dia =10 às 14 horas.
- Frescor da tarde =14 às 18 horas.

O dia civil era contado de um pôr-do-sol ao outro (Lv. 23:32).

C) As noites no Antigo Testamento eram divididas em três vigílias.

- Primeira vigília = 6 às 10 que é igual a 18 às 22 horas.


- Segunda vigília = 10 às 02 que é igual a 22 às 02 horas da manhã.
- Terceira vigília = 02 às 06 da manhã (Lm. 2:19, Jz. 7:19, Ex. 14:24)

D) As noites no Novo Testamento eram divididas em quatro vigílias:

- Primeira = à tarde, 6 às 9 (18 às 21 horas).


- Segunda = meia noite, 9 às 12 (21 às 24 horas).
- Terceira = cantar do galo, 24 às 03 horas.
- Quarta = manhã, 03 às 06 horas.

4. Cronologia da história contemporânea bíblica:

Período antediluviano - 1656 anos (Gn 2:5).


Adão foi criado em 4004 a.C.
O dilúvio ocorreu em 2348 a.C.
Nesse tempo Babilônia era o berço da humanidade, atingindo elevado grau de civilização.
Período do dilúvio à dispersão das raças -100 anos
2348 a 2248 a.C.
Nascimento de Abraão 1996 a.C.
Período dos patriarcas Gn 12 a Ex 12 - 430 anos
Da chamada de Abraão ao Êxodo 1921 a 1491 a.C.
Chamada de Abraão 1921 a.C.
Do dilúvio a chamada de Abraão 427 anos.
Período no deserto, e conquista de Canaã (Ex 13; a Js 24).
Êxodo a chegada em Canaã 1491-1445 a.C.
Período no deserto 40 anos Nm 10:11; Dt 2:14.
Período da Teocracia = 345 anos (Jz 1 a 1 Sm 10).
Época de Juízes até Samuel 1445-1100 a.C.
Período da monarquia 120 anos (1053 a 933 a.C)
Esse período compreende apenas o reinado em Israel, sendo Saul, Davi, Salomão.
Período do reino dividido 350 anos (Israel e Judá 933 a 583 a.C).
Período que inclui cativeiro e restauração de Israel (583 a 432 a.C).
431 anos a.C até o Novo Testamento (do livro de Malaquias a Mateus), anos em que Deus
ficou em silêncio não falou com o homem. Quando então foram criados os livros apócrifos,
por inspiração humana.

5. Livro, Escritores e Data aproximada:

Quem escreveu os livros da Bíblia?


Conferir tabela abaixo. Nem todos os escritores são conhecidos. O ponto de interrogação
assinala este desconhecimento.

Quando os livros foram escritos?


Conferir tabela abaixo. Nem todas as datas são precisas ou conhecidas. O ponto de
interrogação assinala esta imprecisão ou desconhecimento.

- Antigo Testamento:

Gn - Moisés - séc. XIV aC.


Êx - Moisés - séc. XIV aC.
Lv - Moisés - séc. XIV aC.
Nm - Moisés - séc. XIV aC.
Dt - Moisés - séc. XIV aC.
Js - ? - séc. XIV - XIII aC.
Jz - ? - séc. XIII - XII aC.
Rt - ? - séc. XIII - XII aC.
1Sm - Samuel e outros - sec. XI aC.
2Sm - Samuel e outros - sec. XI aC.
1Rs - ? - séc. X - VI aC.
2Rs-?- séc. X - VI aC.
1Cr - ? - séc. X - VI aC.
2Cr - ? - séc. X - VI aC.
Ed - Esdras ou Neemias - séc. VI - V aC.
Ne - Esdras ou Neemias - séc. VI - V aC.
Et - ? - séc. VI - V aC.
Jó - ? - ?
Sl - Davi e outros - séc. XII - V aC.
Pv - Salomão e outros -:séc. X - IX aC.
Ec - Salomão - séc. X - IX aC.
Ct - Salomão - séc. X - IX aC.
Is - Isaías - séc. VIII aC.
Jr - Jeremias - séc. VI aC.
Lm - Jeremias - séc. VI aC.
Ez - Ezequiel - séc. VI aC.
Dn - Daniel - séc. VI - V aC.
Os - Oséias - séc. VIII aC.
Jl - Joel - séc. VIII - VII aC.
Am - Amós - séc. VIII aC.
Ob - Obadias - séc. VII - VI aC.
Jn - Jonas - séc. VII - VI aC.
Mq - Miquéias - séc. VII - VI aC.
Na - Naum - séc. VI aC.
Hc - Habacuque - séc. VII - VI aC.
Sf-Sofonias-séc. VII-VI aC.
Ag - Ageu - séc. VI - V aC.
Zc - Zacarias - séc. VI - V aC.
Ml - Malaquias ‘ séc. VI - V aC.

- Novo Testamento:

Mt - Mateus - sec. I dC.


Mc - Marcos (e Pedro - sec. I dC.
Lc - Lucas - sec. I dC.
Jo - João - sec. I dC.
At - Lucas - sec. I dC.
Rm - Paulo - sec. I dC.
1Co - Paulo - sec. I dC.
2Co - Paulo - sec. I dC.
Gl - Paulo - sec. I dC.
Ef - Paulo - sec. I dC.
Fp - Paulo - sec. I dC.
Cl - Paulo - sec. I dC.
1Ts - Paulo - sec. I dC.
2Ts - Paulo - sec. I dC.
1Tm - Paulo - sec. I dC.
2Tm - Paulo - sec. I dC.
Tt - Paulo - sec. I dC.
Fm - Paulo - sec. I dC.
Hb - ? - sec. I dC.
Tg - Tiago - sec. I dC.
1Pe - Pedro - sec. I dC.
2Pe - Pedro - sec. I dC.
1Jo - João - sec. I dC.
2Jo - João - sec. I dC.
3Jo - João - sec. I dC.
Jd - Judas - sec. I dC.
Ap - João - sec. I dC.

6. O que vem a ser Livros Sinóticos?

A palavra Sinópticos vem do grego sun, "junto com’’, e ópsis, "visão’’, dando a entender
uma visão conjunta sobre algo, uma visão de um mesmo ângulo. Esse adjetivo é aplicado
aos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas porque seu ponto de vista sobre a vida de
Cristo concorda e é praticamente o mesmo. Um grande fato relatado e serve de exemplo de
sinótico para nós é a passagem da conversa de Jesus com o jovem rico. Mt 19:16; Mc
10:17; Lc 18:18. Supõem os estudiosos que primeiro foi escrito Marcos e os demais são
cópias, pois dos 661 versículos de Marcos cerca de 600 estão inseridos em Mateus, e 330
em Lucas. As diferenças são que Mateus escreveu para os Judeus, Marcos aos Romanos,
e Lucas aos Gregos. Obs: O evangelho de João foi escrito para a igreja, que somos nós.

7. Harmonia Bíblica de Gênesis à Apocalipse:

A Bíblia toda é uma só história. Os últimos textos de Apocalipse soam como o final da
história iniciada em Gênesis.

No princípio criou Deus os céus e a terra. Gn 1.1


Vi um novo céu e uma Nova Terra. Ap 21.1
Ao ajuntamento das águas formou o mar. Gn 1.10
E o mar já não existe. Ap 21.1
As trevas se chamou noite. Gn 1.5
Lá não haverá noite. Ap 21.25
Deus fez os dois grandes luzeiros. Gn 1.16
A cidade não precisa nem de sol e nem de lua. Ap 21.13
No dia em que dela comeres morrerás. Gn 2.17
Não haverá mais morte. Ap 21.4
Multiplicarei sobremodo as tuas dores. Gn 3.16
Não haverá mais sofrimento. Ap 21.4
Maldita é a terra por tua causa. Gn 3.17
Não haverá mais maldição. Ap 22.3
Satanás aparece como enganador da humanidade. Gn 3.1,4
Satanás desaparecerá para sempre. Ap 20.10
Foram afastados da Árvore da Vida. Gn 3.22,24
Reaparece a Árvore da Vida. Ap 22.2
O homem afastou-se da presença de Deus. Gn 3.2
E verão a sua face. Ap 22.4
A primeira habitação do homem foi num Jardim à beira de um rio. Gn 2.10
A eterna habitação do homem redimido será às margens de um rio que corre para sempre
do Trono de Deus. Ap 22.1

Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. (Mt 24.35).

BIBLIOGRAFIA
Bíblia Módulo Avançado - 3.0 – SBB
Bíblia – ARA - SBB
Bíblia Sagrada - RC- SBB/1995
LIVRO DA EETAD - ANTONIO GILBERTO - BIBLIOLOGIA
SOMBRAS TIPOS, MISTÉRIOS DA BÍBLIA - CPAD - JOEL LEITÃO MELO
INTRODUÇÃO BÍBLICA – PASTOR J. CABRAL
MANUAL DO ESTUDANTE - CPAD
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, ENCICLOPÉDIA HISTÓRIA, FILOSOFIA, TEOLOGIA;
O NOVO TESTAMENTO COMENTADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO Milenium
R. N Champlin, Ph.D, J. M. Bentes, O ANTIGO TESTAMENTO COMENTADO VERSÍCULO
POR VERSÍCULO.

Coordenação:

Joel Antunes da Rocha, Teólogo,


Conferências de Estudos Bíblicos e Pregações.

Núcleo:

ETC | Escola de Teologia Consistente.

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Verão 2019

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