CP Damat 2021 2 02
CP Damat 2021 2 02
CP Damat 2021 2 02
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
CORNÉLIO PROCÓPIO
2021
ANNA LUIZA ALINO DOS SANTOS
CORNÉLIO PROCÓPIO
2021
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Cornélio Procópio
Diretoria de Graduação
Departamento de Matemática
Curso de Licenciatura em Matemática
FOLHA DE APROVAÇÃO
____________________________________
Profa. Dra. Eliane Maria de Oliveira Araman
(orientadora)
____________________________________
Profa. Ma. Maria Lucia de Carvalho Fontanini
____________________________________
Prof. Dr. Jader Otavio Dalto
AGRADECIMENTOS
SANTOS, Anna Luiza Alino dos. Exploratory Tasks for Teaching Mathematics: an
experience in the 6th year of middle school. 2021. 65 f. Course Conclusion Paper
(Graduation) – Mathematics Degree. Federal Technological University of Paraná.
Cornélio Procópio, 2021.
This qualitative research has as its theme the exploratory tasks, with the objective of
analyzing the mathematical reasoning processes present in the resolution of
exploratory tasks related to the content of fractions in two pairs of sixth-year students
of middle school. For this, in this study, we performed the theoretical foundation
regarding mathematical reasoning and its processes, the teacher's actions in the
classroom and exploratory tasks, based on the study of several authors. The data
that make up the corpus of analysis of this research were collected during the
performance of exploratory tasks in the analyzed pairs, remotely. The instrument for
data collection consisted of three exploratory tasks. The results indicate that
exploratory tasks contribute to the processes of conjecture, formulation, justification,
validation and generalization and promote mathematical reasoning, since students,
through knowledge already acquired, developed other.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 10
2 RACIOCÍNIO MATEMÁTICO ............................................................... 13
3 AÇÕES DO PROFESSOR.................................................................... 18
4 TAREFAS MATEMÁTICAS.................................................................. 22
4.1 Tarefas exploratórias ............................................................................ 23
5 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................... 26
5.1 A pesquisa qualitativa ........................................................................... 26
5.2 Sujeitos da pesquisa ............................................................................. 26
5.3 Instrumento de coleta de dados ............................................................ 27
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 30
6.1 Transcrição e análise dos estudantes 2 e 3 ......................................... 30
6.1.1 Tarefa 1 ................................................................................................. 30
6.1.2 Tarefa 2 ................................................................................................. 33
6.1.3 Tarefa 3 ................................................................................................. 41
6.2 Transcrição e análise dos estudantes 4 e 5 ......................................... 45
6.2.1 Tarefa 1 ................................................................................................. 45
6.2.2 Tarefa 2 ................................................................................................. 48
6.2.3 Tarefa 3 ................................................................................................. 54
6.3 Discussão ............................................................................................. 55
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 59
REFERÊNCIAS..................................................................................... 61
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
para participação na pesquisa .......................................................... 64
10
1 INTRODUÇÃO
Desenvolver o raciocínio matemático dentro de uma sala de aula, em todos os
seus processos de desenvolvimento, é um dos maiores objetivos da Matemática
escolar (MATA-PEREIRA; PONTE, 2018). Podemos ressaltar esta importância ao
analisar a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018), por exemplo,
por ser um documento curricular que preza pelo desenvolvimento do raciocínio
matemático nas aulas de matemática.
Mas inicialmente, devemos pensar: o que é este raciocínio matemático? O
que devemos fazer, enquanto professores, para que esse desenvolvimento ocorra
na vida escolar dos alunos?
Podemos dizer que raciocinar matematicamente é estabelecer inferências ou
conclusões a partir de fatos conhecidos ou assumidos como verdadeiros. Mata-
Pereira e Ponte (2018, p. 783) entendem que “raciocinar matematicamente consiste
em fazer inferências justificadas, ou seja, utilizar informação matemática já
conhecida para obter, justificadamente, novas conclusões”. Já para Jeannotte e
Kieran (2017, p. 7), o raciocínio matemático é um “processo de comunicação com
outros ou consigo mesmo que permite inferir enunciados matemáticos a partir de
outros enunciados matemáticos”. E também podemos nos referir à definição de
Morais, Serrazina e Ponte (2018) que reconhecem o raciocínio matemático como um
conjunto de processos mentais complexos por meio dos quais se obtém novas
proposições a partir de proposições conhecidas ou assumidas como verdadeiras.
Porém para que o desenvolvimento do raciocínio matemático em sala de aula
ocorra, a ação do professor é fundamental. Para que o professor possa promover o
raciocínio matemático de seus alunos, é necessário um conhecimento sobre o
próprio raciocínio matemático e os seus processos.
Os professores precisam criar um ambiente escolar que proporcione
oportunidades estimulantes e reflexivas na disciplina: momentos de discussão,
argumentação e elaboração de justificativas, dando o protagonismo da aula aos
alunos, de maneira a valorizar as contribuições corretas e incorretas, sempre
propondo novas questões e encorajando os alunos a argumentarem e justificarem
seus argumentos, conduzindo discussões enriquecedoras e propondo tarefas
desafiadoras.
Para George Pólya (1975), o professor deve propor problemas aos seus
alunos para que estes possam se sentir desafiados nas suas capacidades
11
2 RACIOCÍNIO MATEMÁTICO
“O raciocínio matemático é uma das capacidades-chave a se desenvolver
desde os primeiros anos de escolaridade” (SERRAZINA; RODRIGUES; ARAMAN,
2020, p. 20), e isto porque um dos grandes objetivos do ensino da Matemática é
desenvolver a capacidade de racionar, como afirma Ponte, Quaresma e Mata-
Pereira (2020).
É notório que diversos pesquisadores trazem a ideia do raciocínio matemático
como algo de sublime importância nas aulas de matemática, e isso podemos
confirmar quando Mata-Pereira e Ponte (2020) nos diz que raciocinar
matematicamente consiste em fazer inferências justificadas, ou seja, utilizar
informação matemática já conhecida para obter, justificadamente, novas conclusões,
ou então quando vemos que vários documentos curriculares ao redor do mundo,
apesar de, por vezes, não descreverem o raciocínio matemático de forma clara,
destacam seu desenvolvimento por parte dos estudantes como um importante
objetivo (JEANOTTE; KIERAN, 2017).
Muitos autores, embora descrevam o raciocínio matemático de formas
diferentes, compartilham uma essência semelhante, na qual devemos construir
novos conhecimentos com base nos já existentes, cuja afirmação podemos analisar
a partir desde quadro:
Definição Referência
“Processo de comunicação com outros ou consigo mesmo
que permite inferir enunciados matemáticos a partir de outros JEANNOTTE; KIERAN (2017, p. 7)
enunciados matemáticos”.
Processo de inferência como o que utiliza informação
STYLIANIDES (2009)
matemática já conhecida para obter novo conhecimento ou
novas conclusões.
Processo que utiliza “informação já conhecida para obter, MATA-PEREIRA; PONTE (2018, p.
justificadamente, novas conclusões”. 782)
Processo conjunto de conjecturar, generalizar, investigar
LANNIN; ELLIS; ELLIOT (2011)
porquê, argumentar e refutar se necessário.
Um conjunto de processos mentais complexos através dos
MORAIS; SERRAZINA; PONTE
quais se obtêm novas proposições (conhecimento novo) a
(2018)
partir de proposições conhecidas ou assumidas como
verdadeiras (conhecimento prévio).
E para que isso seja realizado, autores como Morais, Serrazina e Ponte
(2018) evidenciam que alunos de diferentes anos escolares conseguem participar de
processos do raciocínio matemático, e desta maneira, o trabalho com esse
desenvolvimento ocorre por meio dos processos associados ao raciocínio
matemático, tais como generalização, conjectura, identificação de padrões,
comparação, validação, que inclui a justificação e a prova, e por fim, a
exemplificação, que ajuda a atender tais recomendações da BNCC já citada.
O raciocínio matemático deve ocorrer em todas as aulas de matemática, por
meio de questionamentos, solicitação de porquês, interrogações durante as
resoluções, trazendo o aluno como protagonista da aula. Para isso, Jeannotte e
Kieran (2017) identificaram dois aspectos principais de raciocínio matemático:
estrutural, que diz respeito aos diferentes tipos de raciocínio (dedutivo, indutivo e
abdutivo), e o processual, que trata dos diferentes processos.
O raciocínio dedutivo, referido muitas vezes como raciocínio lógico ou
raciocínio logico-dedutivo, segundo Ponte, Quaresma e Mata-Pereira (2020, p.7),
“produz conclusões que são necessariamente válidas”. Como refere Oliveira, esse
raciocínio é “o elemento estruturante, por excelência, do conhecimento matemático”
(OLIVEIRA, 2002, p.178). É por meio desse raciocínio que se validam as afirmações
matemáticas, de tal forma que o traduzem como “selo da Matemática” (DAVIS;
HERSH, 1995 apud PONTE; QUARESMA; MATA-PEREIRA, 2020)
Já o raciocínio indutivo e abdutivo são muitas vezes usados em conjunto
(RIVERA; BECKER, 2009 apud PONTE; QUARESMA; MATA-PEREIRA, 2020), e
contribuem na criação de novo conhecimento, de tal forma que a
3 AÇÕES DO PROFESSOR
As ações do professor perante uma sala de aula de Matemática são
essenciais. “É de grande importância saber como pode o professor, na sala de aula
de Matemática, contribuir para que os alunos desenvolvam a capacidade de
raciocínio nas suas diversas formas.” (MATA-PEREIRA; PONTE, 2018, p.789).
Para Jeannotte e Kieran (2017)
uma atividade discursiva do aluno consiste em o que os alunos dizem, a
maneira com que ele falam, o que eles fazem com a informação, as
representações e desenhos que eles montam, as maneiras como eles usam
essas representações, e suas entonações e gestos [...] Para fornecer essa
contribuição, os professores não devem apenas estar cientes da natureza
das formas e processos de raciocínio matemático que desejam que os
alunos aprendam a participar mas também reconhecem quando os alunos
estão engajados nos aspectos desejados de raciocínio. (JEANNOTTE,
KIERAN, 2017, p.3)
Quadro 3: Quadro de análise das ações do professor que apoiam o raciocínio matemático
E por fim, o professor deve desafiar o aluno de modo com que ele queira
avançar em seu pensamento e querer aprender e aprimorar ainda mais seu
conhecimento, procurando novas formas de representação e refletindo sobre o tema
dado, justificando suas respostas e buscando sempre a generalização.
E é por isso que as ações do professor são necessárias e importantes para o
desenvolvimento do raciocínio matemático. As perguntas realizadas pelos docentes
estão relacionadas à capacidade do pensamento matemático do aluno, isso porque
“a forma como os professores iniciam os seus alunos nas discussões bem como as
rotinas de participação que eles proporcionam estão diretamente relacionados com
um papel mais ativo desempenhado pelos alunos” (SERRAZINA; RODRIGUES;
ARAMAN, 2020, p.24).
22
4 TAREFAS MATEMÁTICAS
“Quando se está envolvido numa atividade, realiza-se uma certa tarefa. Uma
tarefa é, assim, o objetivo da atividade” (PONTE, 2005, p. 1).
Uma tarefa matemática pode surgir de diversas formas: formulada e
direcionada pelo professor ou pela iniciativa de algum aluno, sendo aplicada em
qualquer momento em que o professor achar oportuno. Pode-se dizer que as tarefas
são ferramentas de mediação fundamentais no ensino da matemática. A ação do
professor mediante a aplicação da tarefa também é de extrema importância, pois
Figura 1: Relação entre diversos tipos de tarefas, em termos do seu grau de desafio e de abertura.
Uma tarefa “fechada” é aquela onde é dito, de forma clara, o que é pedido, e
já uma tarefa “aberta” é aquela que possui um grau de indeterminação do que é
dado e pedido.
Já para relacionar uma tarefa ao seu desafio, deve-se levar em conta a
dificuldade da questão apresentada e “constitui uma dimensão desde há muito
23
usada para graduar as questões que se propõem aos alunos, tanto na sala de aula
como em momentos especiais de avaliação como testes e exames” (PONTE, 2005,
p.7).
Analisando essa figura, tendo em contas as respectivas propriedades de cada
tipo de tarefa, podemos notar que: um exercício é uma tarefa fechada e de desafio
reduzido, um problema é uma tarefa também fechada, mas com desafio elevado,
uma investigação é de um grau de desafio elevado, porém uma tarefa aberta, e a
tarefa de exploração, é uma tarefa de grau reduzido e dita como aberta.
partilha do resto. Esse resultado foi obtido utilizando a divisão do número de lanche
pelo número de pessoas, porém, o resultado, muitas vezes, deve ser formado por
um número natural acompanhado de um número fracionário menor que a unidade,
permitindo uma compreensão mais ampla dos números fracionários.
A terceira tarefa, por sua vez, tem o objetivo de levar o aluno a visualizar o
resultado das frações em outras representações, como o número decimal e a
porcentagem.
30
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
ESTUDANTE 3: Pelo que eu vi aqui, parece que tem uns dez melões, se juntar tudo
igual a professora comentou. A gente já tem cinco inteiros, três pela metade e sete
que estão cortados em fatias menores, uma de quatro partes.
ESTUDANTE 2: Tá, então se um ele cortou em quatro partes iguais, a gente tem
que juntar as quatro e ver quantos que vai dar. Se eu não me engano, é isso.
ESTUDANTE 3: Então se a gente juntar os quatro, vai formar um melão inteiro, e daí
vai sobrar três partes dessas menores. E daí, os que estão cortados pela metade,
nós vamos juntar, e como ali também é um número ímpar, não vai dar para juntar
tudo.
ESTUDANTE 2: Nossa, verdade! Eu achei que se juntasse tudo, ia dar número par,
daí a gente conseguiria juntar, mas agora que reparei que estão cortados diferentes,
igual você falou. O de cima tem três e é metade, e o de baixo tem sete, mas tá
cortado em quatro. Eu não tinha percebido, e agora eu vi.
ESTUDANTE 2: Eu acho que um daqueles melões que está cortado pela metade, a
gente pode juntar com dois daqueles três cortados em baixo.
ESTUDANTE 3: Isso, verdade! Mas vai sobrar um pedaço daí. Então calma, se ele
cortou em quatro, então ali vai sobrar três. Então, se ele cortou em quatro, vai ficar
duas partes de um lado e duas do outro. Daí a gente pega dois daqueles três que
sobrou e coloca com a outra metade que sobrou, daí vai sobrar só uma parte menor.
É isso ne?
ESTUDANTE 3: Tá, então vamos lá: uma metade junta com a outra metade, daí vai
dar um melão. Daí a outra metade que sobrou então, vai juntar com os outros dois
melões cortados menores, daí fica mais um. Daí pega mais quatro desses menores
e forma mais um. Pronto, vai sobrar um mesmo, não tem o que fazer com essa
parte.
ESTUDANTE 3: Será que tem que contar com os melões que já tão certo?
ESTUDANTE 2: Acho que sim, daí a gente vai ter um total de oito melões, mais
aquela partezinha que sobrou.
(O raciocínio descrito acima foi feito enquanto não estava ali com as alunas)
ESTUDANTE 2: Olha, a gente pensou assim: A gente foi vendo os melões e ali nos
que foram cortados pela metade são três, que é um número ímpar, e embaixo são
sete, que também é um número ímpar. Daí ali, como ele cortou em quatro partes,
para dar um melão inteiro, são quatro, e vai sobrar três. E ali, como já tem os pela
metade, a gente pegou dois, juntou e deu um melão, daí a gente pegou a metade
que sobrou, juntou com dois pedaços menores, que juntos também formam uma
metade e deu mais um melão.
ESTUDANTE 3: Então com os cinco lá de cima, deu oito melões inteiros e mais uma
partezinha menor.
32
PROFESSORA: Vocês falaram dos números impares: o que isso tem a ver?
ESTUDANTE 2: É porque se fosse número par, era só a gente juntar que ia dar
certo. Por exemplo, se fosse seis metades, oito metades, ia dar um número de
melões inteiros, mas como a gente tinha um número ímpar, ficou sobrando.
ESTUDANTE 3: Nossa professora, e agora o de baixo, pensando bem, tinha que ser
tipo, os números da tabuada do quatro ne? Já que para formar um inteiro, tem que
ter quatro partes. Se tivesse mais uma partezinha ali, ia dar dois melões, mas se
tivesse seis, por exemplo, não ia dar muita diferença, ainda ia sobrar.
os outros dois melões cortados menores, daí fica mais um. Daí pega mais quatro
desses menores e forma mais um. Pronto, aí vai sobrar um mesmo, não tem o que
fazer com essa parte”.
A partir disso, a estudante 2 responde facilmente a tarefa: “daí a gente vai ter
um total de oito melões, mais aquela partezinha que sobrou”. Nesse momento, a
professora se aproxima da dupla e solicita que elas expliquem como fizeram. Elas
relatam para a professora como fizeram. Nesse momento, a professora as questiona
sobre a conjectura do número ímpar, pois até o momento elas tinham tomado como
válida essa conjectura, mas não a tinham justificado.
6.1.2 Tarefa 2:
ESTUDANTE 2: Tá, então vamos lá: então a gente tem que elas levaram oito
sanduiches, então como são quatro amigas, vai ficar dois sanduiches para cada,
porque daí né, oito dividido por quatro pessoas dão dois para cada.
ESTUDANTE 3: Aham
ESTUDANTE 2: Tá, uma torta salgada.... a gente não sabe o tamanho da torta.
ESTUDANTE 3: Vamos pro outro para a gente tentar ver se tem quantidade.
34
ESTUDANTE 2: Três litros de suco e seis cupcakes. Como são quatro pessoas....
Tá, seis dividido por quatro... Dá um para cada né? E vai sobrar dois cupcakes
ainda.
ESTUDANTE 3: Tá, então vamos voltar: o sanduiche vai dar dois para cada mesmo,
a torta a gente não sabe o tamanho então não tem como a gente saber quantos
pedaços de torta vai dar para cada uma... A Julia levou três litros de suco. Consegue
fazer a conta de três vezes quatro?
ESTUDANTE 3: Então doze dividido por quatro... é três. Então cada uma vai poder
beber três copos de suco...
ESTUDANTE 2: E os cupcakes?
ESTUDANTE 3: A Maria levou seis, então é aquilo que você falou, são quatro
pessoas... se elas comerem um inteiro, vai sobrar dois, e esses dois que sobrarem
elas dividem pela metade. Duas pessoas ficam com um cupcake e outras duas ficam
com o outro. Daí cada uma vai comer um e meio.
ESTUDANTE 2: Caraca, a gente está indo super bem, nem estou acreditando
(risadas)
ESTUDANTE 3: Acho que está certinho mesmo, vamos pra próxima e depois a
gente vê com a professora sobre a torta.
ESTUDANTE 2: Tá, então eles levaram mais uma torta salgada... Agora dificultou...
(risadas)
ESTUDANTE 2: Pera, vai dar uma laranja para cada um, e vai sobrar quatro laranjas
35
ESTUDANTE 2: E a torta não tem como a gente saber.... não tem o tamanho da
torta
ESTUDANTE 3: Então... como a gente vai saber quanto cada um comeu? Se sobrou
ou não sobrou, se faltou, não dá para saber...
ESTUDANTE 2: Então, porque as vezes fez uma torta de oito pedaços, de dez
pedaços, como a gente vai saber né?
PROFESSORA: Pensem em uma torta inteira... vocês podem imaginar ela da forma
que quiserem.
ESTUDANTE 2: A gente pode considerar como tipo... um quilo de torta para cada
torta?
ESTUDANTE 2: Olha, um quilo de torta deve dar uns doze pedaços né? Não é
muito, mas não é pouco também, a gente pode fazer essa estimativa de doze
pedaços.
ESTUDANTE 3: Então vamos ficar com doze fatias... Então, no primeiro exercício,
doze dividido pelas quatro amigas dão três pedaços de torta para cada.
ESTUDANTE 2: É, e na outra, são seis pessoas, mas eles levaram mais uma torta.
ESTUDANTE 3: Então não vai ser mais doze pedaços, vai ser vinte e quatro.
ESTUDANTE 2: Aham, daí são vinte e quatro pedaços para seis pessoas... vinte e
quatro dividido por seis dão... quatro.
36
ESTUDANTE 2: Então professora, olha: o sanduiche na primeira vai dar dois para
cada, a torta vai dar três pedaços para cada pessoa...
PROFESSORA: Então vocês consideraram uma torta como se ela tivesse doze
pedaços, é isso?
ESTUDANTE 3: Sim, porque a gente pensou que ela poderia ter um kg, e dai a
gente imaginou que um quilo não é muita coisa, então imaginamos doze pedaços...
ESTUDANTE 2: Hmmm, deixa eu ver... são quatro amigas né? Então ficaria dois
pedaços para cada...
ESTUDANTE 3: É, se a torta for maior, são mais pedaços para cada, se a torta for
menos, menos pedaços
ESTUDANTE 2: No suco, a gente fez que ia dar três copos para cada.
PROFESSORA: Então calma, quantos copos vocês fizeram para um litro? Vocês
calcularam isso? Uma garrafa de um litro, da quantos copos? Como chegaram
nesses três copos para cada?
ESTUDANTE 3: A gente fez quatro vezes três, porque são quatro pessoas e três
litros, dai depois a gente pegou o resultado que era 12 copos e dividimos por quatro,
daí deu três copos para cada uma.
PROFESSORA: Então vamos pensar... quantos copos da por litro? Se são dozes
copos no total, quantos copos seriam em um litro?
ESTUDANTE 2: Daí nos cupcakes, vai dar um para cada amiga, e mais metadinha
para cada uma também, porque vai sobrar dois, que vai ser dividido entre as quatro
amigas.
ESTUDANTE 2: O sanduiche, pensando aqui agora, vai dar um pra cada né? E dai
vai sobrar dois...
PROFESSORA: Mas os dois amigos comeriam mais? Não tem como dividir de
forma igual será?
ESTUDANTE 2: Ah professora, eu acho que não... acho que os dois meninos vão
comer mais... meninos comem mais mesmo (risadas)
ESTUDANTE 2: Nos três litros de suco, vai ficar dois copos para cada, porque é a
mesma quantidade de suco né...
ESTUDANTE 3: É, como a gente tinha falado, tem 12 copos de suco no total, dai vai
ficar dois copos para cada, porque são seis amigos...
ESTUDANTE 2: O cupcake é simples, vai ser um para cada mesmo, não vai ter
briga... E nas laranjas, deu uma para cada
ESTUDANTE 3: Daí vai sobrar quatro né... Essas quatro laranjas poderiam ficar com
as meninas né? Já que os meninos comeram mais sanduiche...
PROFESSORA: Não tem como dividir essas quatro laranjas entre as seis pessoas?
38
ESTUDANTE 3: Olha, estou pensando aqui, dá para dividir três das que sobraram
no meio, daí fica uma laranja e meia para cada, e sobra uma, para quem ainda
estiver como fome...
ESTUDANTE 2: Professora, eu acho que não dá não, não tem como dividir mais do
que isso em uma laranja...
Com relação aos sanduiches, elas foram bem breves e elaboram a conjectura
que será um sanduiche para cada amigo, e sobraram dois. A professora, ao
40
questionar o que seria feito com esses dois que sobraram, é respondida por meio do
seguinte pensamento: “dá para dividir um em quatro partes, e o outro em duas...”,
porém, a professora ainda tenta sugerir as estudantes perguntando se não teria
como dividir de forma igual entre os amigos, ou se duas pessoas comeriam mais, e a
estudante 2 é certa no que diz quando elabora a seguinte conjectura: “ah
professora, eu acho que não... acho que os dois meninos vão comer mais... meninos
comem mais mesmo (risadas)”, o que, infelizmente, não é uma resposta
matematicamente proveitosa, o que nos mostra mais uma vez a falta de
conhecimento das estudantes com relação ao conteúdo de fração como
representação de números.
Já para as dez laranjas, a estudante 2 elabora uma conjectura inicial, onde diz
que, como agora serão seis pessoas, dará uma laranja para cada e sobrarão quatro.
Em seguida, a estudante 3 traz uma resposta, não matemática, para a conjectura da
sobra das quatro laranjas: “essas quatro laranjas poderiam ficar com as meninas
né? Já que os meninos comeram mais sanduiche...”. Através dessa resposta, pode-
se entender que as alunas não conseguiram alcançar o objetivo da atividade:
trabalhar com a relação parte-todo, utilizando a representação de frações.
41
6.1.3 Tarefa 3:
ESTUDANTE 2: Calma... a gente vai ter que contar tudo esses quadradinhos?
ESTUDANTE 3: Acho que pro total, a gente pode contar os dos lados e multiplicar
né? Porque vai ser 10 x 10... tem dez linhas e dez quadradinhos em cada linha,
então daí é só fazer 10x10 que tem o total de quadradinhos entendeu?
ESTUDANTE 2: Acho que em todas tem a mesma quantidade, está tudo do mesmo
tamanho...
ESTUDANTE 3: Sabe o que eu entendi aqui? Tem que pegar esse cem e escrever
em forma decimal...
ESTUDANTE 2: Han?
PROFESSORA: Tem uma forma mais fácil, sem ser contar um por um?
ESTUDANTE 2: Então como a gente já viu que todos tem cem quadradinhos, agora
a gente precisa ver os pintados de todas as toalhas para calcular os números...
ESTUDANTE 3: Eu conto!!
(contando)
ESTUDANTE 2: 28? Tá, então em forma decimal fica 0,28, em porcentagem fica
28% e em fração 28 em cima e 100 em baixo, porque é a mesma coisa da primeira
toalha...
ESTUDANTE 2: Tá, então vai ficar 40%, 40 sobre 100 em forma de fração e 0,40 em
número decimal
ESTUDANTE 2: Então vai ser a mesma coisa, 36%, 36/100 e 0,36... Isso porque
todos em baixo são 100, senão seria muito mais difícil de fazer sabia?
ESTUDANTE 2: Sim, daí a gente seguiu o modelo dos primeiros e achou essas
respostas...
50
Dessa forma, elas encontram a fração da primeira toalha, , mediante a tal
100
Para a terceira toalha: “Então vai ficar 40%, 40 sobre 100 em forma de fração
e 0,40 em número decimal”.
PROFESSORA: Mas da onde você tirou esse 0,11? Você fez alguma conta para
chegar nesse resultado?
ESTUDANTE 4: Não, eu simplesmente deduzi esse número e sei que tem que ir
somando até chegar no número 1, que daí vai ser um melão.
ESTUDANTE 5: Acho que entendi melhor seu raciocínio professora... Se ele dividiu
em duas partes iguais, é só juntar dois que tem um melão inteiro
(demora um tempinho)
ESTUDANTE 4: Vai ser mais ou menos sete melões e meio, não é? Sete melão e
pouco...
ESTUDANTE 4: Aqueles melões ao meio, dois ali já dá um... O que está dividido em
quatro, eu junto quatro e dá mais um...
ESTUDANTE 5: Então calma, daí o total é sete melões, porque lá em cima tem cinco
melões... Em baixo tem três, junta duas metades e da mais um, total de seis melões,
46
daí vai sobrar ainda uma partezinha... No de baixo ainda, você junta quatro e da
mais um, daí fica sete melões, três partes menores e uma metade.
ESTUDANTE 4: Foi isso que eu fiz, que daí deu sete melões e pouquinho...
ESTUDANTE 5: Ahh... Entendi... Daí junta duas partes com a metade que sobrou
ali em cima e da mais um melão...
ESTUDANTE 4: Então agora a gente tem oito né? Porque antes tinha sete, mais
esse que a gente descobriu agora da oito
ESTUDANTE 5: Daí tem a partezinha que sobrou, que eu não consigo pensar em
qual número que eu posso usar para representar isso...
ESTUDANTE 4: Então vai ser um quarto... Oito melões e um quarto que sobrou, que
não dá para juntar...
47
explicando “junta duas partes com a metade que sobrou ali em cima e da mais um
melão...”
Por fim, eles chegam à conclusão que se tem um total de oito melões, mas o
estudante 5 ainda quer uma representação para a parte que sobrou. Dessa forma, a
professora faz o seguinte questionamento: “essa partezinha (referente a sobra), se a
gente pegar de um melão inteiro... vai ser qual parte?”. O estudante 4 realiza uma
nova conjectura, entendendo que essa parte é equivalente a fração um quarto,
elaborando uma justificação para a conjectura, “oito melões e um quarto que sobrou,
que não dá para juntar...”
6.2.2 Tarefa 2:
(leem o enunciado)
ESTUDANTE 4: Tá, essa tá fácil, o sanduíche vai ser dois para cada, na letra a.
ESTUDANTE 5: Porque eu peguei a torta inteira, que é uma torta, e dividi por quatro
pessoas, daí eu coloquei só na forma de fração: um quarto.
ESTUDANTE 5: É só dividir, daí vai ficar 0,25, não tem como ficar número normal,
porque vai dividir por partes...
ESTUDANTE 5: Professora, o sanduíche vai ser dois para cada, a torta vai ser 0,25,
o suco vai ser 0,75...
PROFESSORA: Como que você chegou nisso? Como chegou até esses valores
decimais?
ESTUDANTE 5: Ah, eu peguei a quantidade e dividi por quatro: uma torta dividida
por quatro pessoas dá 0,25 de cada pedaço, pode ser tipo 25 gramas, sei lá... o
suco também, três dividido por quatro dá 0,75, que daí eu acho que pode ser 750 ml
né? Já que um litro tem 1000 ml....
49
ESTUDANTE 4: Professora, pode pensar desse jeito também olha: uma torta a
gente pode pensar que tem 100, 100 alguma coisa, daí para dar cem tem que somar
o 25 quatro vezes.... 25,25,25,25... Daí por isso que tem que ser 0,25, porque na
verdade não é cem né, é um.
ESTUDANTE 5: Tá, então pode pensar nisso também no suco né? Como um litro
tem 1000ml, eles têm 3000ml, daí tem que ser 750 quatro vezes também, para dar
três mil.
PROFESSORA: Isso, e o cupcake agora? Será que a gente consegue pensar dessa
mesma maneira que vocês estão pensando?
ESTUDANTE 5: Ah professora, eu fiz agora a divisão de seis por quatro, deu 1,5, ou
seja, deve ser um e meio para cada né?
ESTUDANTE 4: Mas é isso mesmo, pensa... Vamos pegar um cupcake para cada
uma né? Daí vai sobrar dois cupcakes... É só a gente dividir esses cupcakes no
meio, daí vai ficar metade para cada uma, então cada uma vai comer um cupcake e
meio...
ESTUDANTE 5: Tá, o sanduíche vai ser 1,33, porque são oito sanduiches divididos
por seis pessoas...
ESTUDANTE 5: Eu fiz 1,25 e somei seis vezes, mas não deu, deu sete sanduiches
e meio... Daí eu fiz 1,50 e passou, deu nove sanduiches, daí eu fui no meio termo...
peguei 1,30 e somei seis vezes, chegou mais perto, deu 7,8, daí eu fui aproximando
e cheguei no 1,33...
ESTUDANTE 4: Tem uma forma mais simples, que é só dividir mesmo oito por seis,
já dá esse número...
ESTUDANTE 5: Olha, vão ser duas tortas agora, e seis pessoas, então é só fazer
dois dividido por seis, que vai dar 0,33 também, vai ser um pedaço um pouco maior
do que os da letra a, porque o da letra a era 0,25 e esse já é um pouco maior, mas
não muito.
ESTUDANTE 4: Aumentar.
ESTUDANTE 4: Não...
PROFESSORA: Isso...
PROFESSORA: Isso! Que outro número por exemplo, que a gente fazendo a
divisão, da 0,5, você sabe me dizer?
ESTUDANTE 5: Ah, cinco dividido por dez, porque cinco é metade de dez...
PROFESSORA: Isso, então quanto de suco vai ser para cada um?
ESTUDANTE 4: Nossa, o do cupcake é fácil, vai ser um para cada mesmo, não vai
dar nem número com virgula...
ESTUDANTE 5: Tá, agora as laranjas vai ser o seguinte: vai ser dez laranjas para
seis pessoas, então dividindo dá 1,66, uma laranja e mais um pouquinho...
Com relação ao suco, o estudante afirma que será 0,75 para cada um. A
professora então pergunta como o estudante chegou a esses valores decimais, e o
mesmo responde: “três dividido por quatro dá 0,75, que daí eu acho que pode ser
750 ml né? Já que um litro tem 1000 ml...”, usando a mesma relação parte-todo, já
que ele pegou os três litros de suco e dividiu pelo tanto de amigas. A partir do
comentário do estudante 4 sobre o não uso da fração, é notório que o aluno
realmente para de utilizar fração e transforma todos os números em notações
decimais, porém o método utilizado para alcançar tais números ainda é o de relação
de divisão do numerador com o denominador. Ainda sobre o suco, eles pensam
também em transformar a medida litro em mililitro, para que o cálculo fique mais
fácil, pois então não será necessário o uso de números decimais: “Como um litro tem
1000ml, eles têm 3000ml, daí tem que ser 750 quatro vezes também, para dar três
mil.”
Para o sanduíche, o estudante afirma que será 1,33 sanduiche para cada
pessoa. O estudante 5 realizou a seguinte conjectura: “eu fiz 1,25 e somei seis
vezes, mas não deu, deu sete sanduiches e meio... daí eu fiz 1,50 e passou, deu
nove sanduiches, daí eu fui no meio termo... peguei 1,30 e somei seis vezes, chegou
mais perto, deu 7,8, daí eu fui aproximando e cheguei no 1,33...”. Nesse caso, ele
anuncia uma conjectura inicial, de que era 1,25 sanduíches para cada um, mas ele
mesmo, logo em seguida, já invalida essa conjectura. Sendo assim, aqui
encontramos dois processos: conjectura e validação. Deste modo, ele reformula sua
conjectura, que ainda é a mesma, atribuindo valores maiores até que ele encontre
um número, tal que este multiplicado por seis dê oito sanduíches. O estudante 4,
logo em seguida, já pensou de maneira mais simples: “é só dividir mesmo oito por
seis, já dá esse número...”. Porém, apesar de métodos diferentes de resolução,
todos utilizaram a divisão da quantidade de sanduiches pelo número de pessoas.
Apesar dos estudantes terem chegado no resultado correto, a professora poderia ter
interferido e perguntado como seria comer 1,33 sanduiche, porém não houve essa
ação no momento da aplicação.
Para as tortas, pois agora são duas, assim como a letra a, eles usaram
novamente a relação parte-todo, porém representada em números decimais. O
estudante 5 utiliza a divisão de dois por seis para chegar ao resultado: 0,33 da torta
para cada amigo. Ainda realiza a comparação com a letra a, onde o pedaço de torta
seria um pouco maior.
Para o cupcake, eles simplesmente falam que será um para cada, pois são
seis cupcakes para seis pessoas, utilizando a mesma conjectura de toda a tarefa.
E por fim, as laranjas, o estudante 5 afirma que será 1,66 laranja, se referindo
a uma laranja e mais um pouquinho. A professora questiona: “você consegue
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imaginar a laranja que representa esse 66 que você falou” e o estudante afirma que
é mais que a metade, mas não justifica.
6.2.3 Tarefa 3:
(leem o enunciado)
ESTUDANTE 4: Vamos contar quanto tem em tudo e depois quantos coloridos tem,
e depois quantos brancos tem...
ESTUDANTE 5: Mas o branco não precisa, não é o que a gente quer, a tarefa quer o
colorido só, não o que está em branco.
ESTUDANTE 4: E daí a porcentagem vai ser 50%, porque eu lembro das aulas que
0,5 é a mesma coisa de 50%, porque a gente faz isso...
Ao analisar esse caso, podemos perceber que esse cálculo deu certo
justamente porque a imagem apresentava 50% de quadradinhos coloridos, onde
estavam distribuídos sequencialmente, tanto em volta como ao meio da toalha.
6.3 Discussão
A análise das tarefas feita por meio do diálogo dos alunos sugerem indícios
de raciocínio matemático. Para relatar suas estratégias de resolução, assim como
diz Ponte (2005) com relação as tarefas exploratórias, os alunos basearam-se em
conhecimentos anteriores. Nas três tarefas, as duas duplas elaboraram conjecturas,
mesmo que ainda de forma incompleta, e fizeram tentativas de validá-las,
investigando elementos matemáticos que pudessem justificar os métodos usados,
mediado sempre pela discussão em dupla.
A tarefa 1 tinha como objetivo analisar a percepção dos alunos sobre a
insuficiência dos números naturais para expressar algumas situações cotidianas,
como o corte de melões em uma feira. A tarefa demandava do aluno o uso de
frações para representar os cortes feitos nos melões.
Para isso, as duplas 1 e 2 elaboraram conjecturas parecidas, que se apoiam
no conceito de parte-todo de uma fração. Elas juntam os melões de modo a formar
uma fruta inteira. Após esse momento, ambas as duplas chegam ao resultado da
sobra de um quarto de melão, que a dupla 1 e 2, respectivamente, denominam como
“aquela partezinha que sobrou” e “essa partezinha”.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mencionado na introdução deste trabalho, esta pesquisa tem como objetivo
analisar os processos de raciocínio matemático presentes nas resoluções de tarefas
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REFERÊNCIAS
ARAMAN, E. M. O.; SERRAZINA, M. L.; PONTE, J.P. “Eu perguntei se o cinco não
tem metade”: ações de uma professora dos primeiros anos que apoiam o raciocínio
matemático. Educação Matemática Pesquisa. São Paulo, v.21, n.2, p.466-490.
2019.
2. A importância deste estudo é a de analisar as ações dos alunos de acordo com as atividades
propostas com relação ao conteúdo de frações. As atividades são de caráter exploratório, ou seja,
são atividades aonde os alunos terão que discutir e argumentar sobre seus conhecimentos já
adquiridos em sala de aula para a resolução das atividades com os colegas, de tal maneira a
ampliar seu aprendizado. Esta atividade acontecerá de forma on-line, através do Google Meet.
4. A sua participação será nas seguintes etapas: autorizando a participação do menor sob sua
responsabilidade na pesquisa
6. A qualquer momento, você poderá recusar a continuação de seu filho (a) a estar participando do
estudo e, também, que poderá retirar seu consentimento, sem que isso lhe traga qualquer
penalidade ou prejuízo.