Direito Internacional e Direito Interno-1
Direito Internacional e Direito Interno-1
Direito Internacional e Direito Interno-1
CURSO DE DIREITO
VI - GRUPO
CURSO DE DIREITO
Cadeira:
VI - GRUPO
Discentes:
1. Introdução
1.2. Objectivos
Este trabalho possui como objetivo geral, estudar o Direito Internacional e o Direito
Interno.
1
CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA
I - DIREITO INTERNACIONAL
2.1. Contextualização
Paulo Henrique Portela enfatiza que “os conflitos que ocorrem na seara internacional não
podem, via de regra ser solucionados da mesma maneira, o que se deve, fundamentalmente, à
forma pela qual a sociedade internacional está organizada do ponto de vista jurídico”.1 Referido
autor aponta que as relações internacionais são caracterizadas por:
Direito Internacional é o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores
que compõem a sociedade internacional.2 Estes actores, chamados sujeitos de direito
internacional, são, principalmente, os Estados nacionais, embora a prática e a doutrina
reconheçam também outros atores, como as organizações internacionais. Na definição dada por
GUTIER (2011, p. 5), Direito Internacional é o conjunto de princípios e normas, sejam
positivados ou costumeiros, que representam direito e deveres aplicáveis no âmbito internacional
(perante a sociedade internacional). O Direito Internacional se caracteriza pelo conjunto de
normas que regulam as diversas relações existentes entre os múltiplos atores que compõem a
sociedade internacional.
1
PORTELA, P. H. G. (2009). Direito internacional Público e Privado. Salvador: JusPodivm.
2
MELLO, C. D. de. A. Curso de Direito Internacional Público. (15.ª Ed – revista e ampliada). Brasil, São Paulo:
Renovar
2
O direito internacional não é doptado da mesma coerção existente no prisma interno dos
Estados, mas estes princípios e normas são aceitos quase que universalmente, incidindo sobre:
O Direito Internacional tem profunda relação com a área das Relações Internacionais, de
que constitui um instrumento. É por meio do Direito Internacional que as relações internacionais
entre os Estados acontecem com maior segurança, e as relações privadas de caráter internacional
são facilitadas. A expressão direito internacional (international law) surge com Jeremias
Bentham, em 1780, utilizada em oposição a national law ou a municipal law. Ela foi traduzida
para o francês e demais línguas latinas como direito internacional. (ACCIOLY, 2009, apud Silva,
2012, p. 10).
O direito internacional trata destas relações e deste âmbito normativo, que pode ser
positivado ou costumeiro (costumes). Denomina-se Direito internacional público quando tratar
das relações jurídicas (direitos e deveres) entre Estados, ao passo que o Direito internacional
privado trata da aplicação de leis civis, comerciais ou penais de um Estado sobre particulares
(pessoas físicas ou jurídicas) de outro Estado.
3
SILVA, J. B. (2013). Direito Internacional Público. Brasil, Santa Catarina: Palhoça. P.11
3
Quanto às características do DIP, é importante salientar que, no plano internacional, não
existe autoridade superior nem milícia (força militar) permanente. Os Estados se organizam
horizontalmente e se dispõem a proceder de acordo com as normas jurídicas, na exata medida em
que essas tenham constituído objeto de seu consentimento. Os Estados possuem direitos
formalmente iguais (igualdade soberana) e devem fazer suas próprias leis.
O Direito Internacional Privado (DIPr) pode ser conceituado como o conjunto de normas
reguladoras das relações de ordem privada da sociedade internacional, conjugando leis de
ordenamentos jurídicos distintos e indicando a lei competente a ser aplicada. O objectivo do
Direito Internacional Privado é decidir qual lei será aplicada quando houver divergências entre as
leis internas de dois países em questões de interesse privado. (SILVA, 2013, p. 11)
II – DIREITO INTERNO
2.3. Noção
O Direito de cada país regula a vida interna do seu Estado, enquanto o Direito
Internacional regula as relações internacionais dos actores já considerados linhas atrás: os
Estados, os organismos internacionais, as empresas transnacionais e o Homem.
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2.4. Relações entre o direito interno e o direito internacional
A teoria monista admite a existência de apenas uma ordem jurídica coordenada no contexto de
uma unidade normativa, logo, o Direito Internacional aplica-se diretamente na ordem jurídica dos
Estados, independentemente de qualquer transformação. De acordo com essa teoria, as normas
internacionais podem ter eficácia condicionada a harmonia de seu teor com o direito interno. Da
mesma forma, a aplicação das normas nacionais não podem contrariar os preceitos do Direito
Internacional aos quais o Estado encontra-se vinculado.
Já o monismo internacionalista teve como maior precursor Hans Kelsen, formulando a conhecida
imagem da pirâmide das normas, sendo que no vértice deveria encontrar-se a norma fundamental,
que vem a ser o direito internacional.
Para essa teoria, o direito interno e o direito internacional, embora tratem de assuntos
diferentes, fazem parte de um todo harmônico e, portanto, devem conviver desta maneira, porém,
em caso de conflitos de normas internacionais e as do ordenamento jurídico interno de cada
Estado, aquelas se sobrepõem a estas, surgindo então a superioridade hierárquica do direito
internacional em face do direito interno.
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2.4.2. Teoria dualista
A denominação de dualista foi dada por Alfred Verdross, em 1914, e aceita por Triepel,
em 1923. (MELLO, 2004, P. 122). O primeiro estudo sistematizado acerca da existência de um
conflito entre normas foi realizado por Heinrich Triepel, em 1899, na obra Volkerrecht und
Landesrecht, Triepel defendia que o direito interno e o direito internacional são duas ordens
jurídicas separadas, autônomas e independentes. Em decorrência dessa completa independência,
não existe possibilidade de um conflito entre elas.
De acordo com essa teoria, para que uma norma internacional seja aplicada na ordem
interna de um Estado, este deve primeiramente transformá-la em norma de direito interno,
incorporando-a ao seu ordenamento jurídico. Essa concepção traduz a chamada Teoria da
Incorporação.
As fontes do Direito Internacional são diferentes das fontes do Direito Interno, porque as
primeiras resultam da vontade coletiva dos Estados ou de organismos internacionais, por
meio de tratados, e as segundas advêm de um só Estado na produção de normas de seu
Direito Interno.
A eficácia da norma internacional ocorre na área internacional, ainda que possa também
viger na área interna por aceitação de cada Estado, enquanto a norma interna só tem
eficácia no território do Estado.
Uma norma internacional pode vir a influenciar o Direito Interno; raramente ocorrerá de
forma contrária. Tal influência far-se-á mediante a "recepção de normas" com a
incorporação da norma pretendida ao Direito Interno.
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO
3.1. Conclusão
Este trabalho abordou a matéria inerente ao Direito internacional e Direito Interno. Ao fim
mesmo concluímos que Direito Internacional é o conjunto de normas que regula as relações
externas dos atores que compõem a sociedade internacional. é o conjunto de princípios e normas,
sejam positivados ou costumeiros, que representam direito e deveres aplicáveis no âmbito
internacional (perante a sociedade internacional).
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3.2. Referencias bibliográficas
ACCIOLY, H. N. (2009). Manual de direito internacional público. (17ª Ed). Brasil, São Paulo:
Saraiva,
GUTIER, M. S. (2011). Introducao ao Direito Internacional Público. Brasil, Urereba – MG.
MELLO, C. D. de. A. Curso de Direito Internacional Público. (15.ª Ed – revista e ampliada).
Brasil, São Paulo: Renovar
PORTELA, P. H. G. (2009). Direito internacional Público e Privado. Salvador: JusPodivm.