Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Trabalho de Grupo13

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 16

Teoria da Comunicação

Interdisciplinar/Multidisciplinar da
Escola de Palo Alto

Inês Silva A22205378

Maria Constança Teixeira A22202448

Maria Madalena Anjos A22204607

Maria do Carmo Barbosa A22205234

Teoria e Modelos da Comunicação | Comunicação Aplicada | Abril 2023


O presente trabalho resulta de um conjunto de interpretações de vários autores
sobre a Teoria da comunicação interdisciplinar/multidisciplinar da escola de
Palo Alto no âmbito da disciplina de Teoria e Modelos da Comunicação.

O objetivo central é refletir sobre a teoria mencionada, tomando como base os


estudos dos principais pesquisadores e a interpretação feita por outros autores.

A Teoria da Comunicação Interdisciplinar/Multidisciplinar Dmed da Escola de


Palo Alto é uma abordagem teórica que busca entender a comunicação
humana como um fenômeno complexo e multifacetado, que não pode ser
compreendido por uma única disciplina. A Escola de Palo Alto, também
conhecida como a Escola de Comunicação de Palo Alto, é uma abordagem
teórica interdisciplinar que se concentra na comunicação humana como um
fenómeno complexo e multifacetado que não pode ser compreendido por uma
única disciplina.

A Escola de Palo Alto baseia-se em 5 Axiomas, são elas não se pode não
comunicar, toda comunicação possui um aspecto de conteúdo e um de relação,
a metacomunicação - onde a relação classifica o conteúdo, de seguida temos a
natureza da relação está na contingência da pontuação na sequência
comunicacional entre os comunicadores e por fim a comunicação, que está
classificada em dois níveis: primeiro nível é o digital: sintaxe lógica complexa e
poderosa, mas carente da adequada semântica no campo das relações.
Segundo nível é a analógica: possui semântica, mas não tem uma sintaxe
adequada para a definição não ambígua da natureza das relações.

A teoria da Comunicação Interdisciplinar/Multidisciplinar da Escola de Palo Alto


também influenciou a terapia familiar sistêmica. Essa abordagem terapêutica
concentra-se na dinâmica familiar e nas relações entre seus membros para
entender e tratar problemas de saúde mental. A terapia familiar sistêmica
enfatiza a importância do contexto social na saúde mental e na resolução de
problemas.

Em resumo, a teoria da Comunicação Interdisciplinar/Multidisciplinar da Escola


de Palo Alto é uma abordagem teórica interdisciplinar que procura entender a
comunicação humana como um fenômeno complexo e multifacetado. A teoria
enfatiza a relação entre os comunicadores, a influência do contexto social na
comunicação e a importância da reflexividade na comunicação. A teoria
também influenciou a terapia familiar sistêmica, que se concentra nas relações
entre os membros da família para entender e tratar problemas de saúde
mental.

Paul Watzlawick foi um dos principais teóricos da comunicação na Escola de


Palo Alto e é amplamente considerado um dos principais fundadores da
comunicação disciplinar/multidisciplinar. Nasceu em 1921 na Áustria e faleceu
em 2007 nos Estados Unidos.

Watzlawick começou a sua carreira na Escola de Palo Alto como pesquisador


em comunicação humana, trabalhando com nomes como Gregory Bateson e
Jurgen Ruesch. É conhecido pelas suas contribuições para a teoria da
comunicação, especialmente a sua teoria de segundo grau que se baseia na
ideia de que a comunicação é uma ação como uma reação e que as pessoas
não se comunicam apenas com palavras, mas também com comportamentos,
gestos e expressões faciais.

Além disso, Watzlawick também é conhecido pelo seu trabalho na teoria dos
sistemas que afirma que os sistemas são compostos de partes
interdependentes que trabalham juntas para manter a estabilidade do sistema
como um todo. Aplicou esta teoria aos sistemas familiares argumentando que a
comunicação familiar é uma maneira de obter feedback circular que afeta a
dinâmica familiar como um todo.

Outra contribuição importante de Watzlawick para a teoria da comunicação


disciplinar/multidisciplinar foi a sua abordagem pragmática que se concentra na
forma como as pessoas usam a linguagem para construir realidades
compartilhadas. Acreditava que a comunicação é a base de toda a ação e que
as pessoas criam as suas próprias realidades através das suas interações
comunicativas.

Paul Watzlawick é também conhecido pelo seu livro "Pragmatics of Human


Communication”, escrito em coautoria com Janet Beavin e Don Jackson. O livro
tornou-se um clássico na teoria da comunicação disciplinar/multidisciplinar e
influenciou muitos teóricos na área.

A frase "Não podemos não comunicar. Mesmo o silêncio é uma forma de


comunicação" é uma das mais famosas do psicólogo Paul Watzlawick, ele
acreditava que a comunicação é uma parte essencial da vida humana e que é
impossível não comunicar.

Mesmo quando não estamos a falar ou a usar palavras, estamos a comunicar


incluindo a linguagem corporal, expressões faciais, postura e até mesmo o
silêncio. Tudo o que fazemos ou não fazemos pode enviar uma mensagem
para os outros, e essa mensagem pode ser interpretada de diferentes
maneiras.

Para Watzlawick, a comunicação não é apenas uma troca de informações, mas


também um processo que envolve a criação e manutenção de relacionamentos
interpessoais. As pessoas criam realidades compartilhadas através da
comunicação, e que essas realidades têm um impacto significativo na sua
forma de ver o mundo.

A frase "Não podemos não comunicar. Mesmo o silêncio é uma forma de


comunicação” é uma das mais famosas do psicólogo Paul Watzlawick, ele
acreditava que a comunicação é uma parte essencial da vida humana e que é
impossível não comunicar.

Mesmo quando não estamos a falar ou a usar palavras, estamos a comunicar


incluindo a linguagem corporal, expressões faciais, postura e até mesmo o
silêncio. Tudo o que fazemos ou não fazemos pode enviar uma mensagem
para os outros, e essa mensagem pode ser interpretada de diferentes
maneiras.

Para Watzlawick, a comunicação não é apenas uma troca de informações,


mas também um processo que envolve a criação e manutenção de
relacionamentos interpessoais. As pessoas criam realidades compartilhadas
através da comunicação, e que essas realidades têm um impacto significativo
na sua forma de ver o mundo.
Gregory Bateson (1904-1980) foi um antropólogo, biólogo, psicólogo e filósofo
inglês, considerado um dos fundadores da ecologia da mente e da cibernética.
É conhecido pelas suas contribuições inovadoras em várias áreas, incluindo a
teoria dos sistemas, a comunicação humana e animal, a antropologia ecológica
e a terapia familiar. Foi também um dos fundadores da Escola de Palo Alto,
juntamente com outros intelectuais.

É a partir das noções como sistema e circularidade que Gregory Bateson


começa a formular uma teoria geral da comunicação.

Bateson e os seus interlocutores da Escola de Palo Alto defendiam que a


comunicação deveria ser estudada a partir de um modelo próprio, das ciências
humanas, e não a partir de lógicas matemáticas.

A “Teoria Geral dos Sistemas” que vai inspirar Bateson, começa a ser
desenvolvida pelo biólogo Bertalanffy com o intuito de compreender a realidade
a partir de um modelo próprio das ciências humanas e não a partir de lógicas
matemáticas.

Bateson enfatiza a importância de se entender os sistemas como um todo


interconectado, em vez de partes isoladas. Argumentou que os sistemas são
complexos e dinâmicos e que a mudança de um sistema pode afetar outros
sistemas.

Bateson vai se interessar também pelo mecanismo de retroação ou feedback.

Segundo essa ideia, o sistema não funciona de forma linear (de A para B),
mas num

esquema circular, pois há adaptações e movimentos constantes (mecanismos


de idas e voltas). Pelo mecanismo de retroalimentação, há possibilidade de
adaptações e ajustes no próprio organismo e nas relações com outros
sistemas.

Os pensadores de Palo Alto focaram-se nas pequenas interações, os


‘pormenores da sociedade’. De um certo ponto de vista, Bateson leva alguns
pressupostos interacionistas a tentar compreender a comunicação, dizendo
que é a condição para que haja interação e que a sociedade é considerada
uma comunidade de ação e comunicação.
Com um longo trabalho etnográfico, viria, mais tarde, a criar o Conceito de
Duplo

Vínculo, a partir de observações entre pais e filhos nas aldeias de Bali. A


hipótese refere-se a uma rede de relações contraditórias, paradoxos, trocas,
estímulos e reações que têm sempre uma ação retroativa, uma circularidade
que se repete, em que alguns códigos são mais redundantes que outros. Se
essas configurações forem conhecidas, será possível fazer avaliações e mudar
as condutas.

Bateson segue os seus estudos, sempre com ajuda de novos integrantes, na


tentativa de compreender as interações, as experiências que decorriam entre
as pessoas, não importando a que ambiente se aplicavam (acreditava que as
questões de interação poderiam ser aplicadas a qualquer campo de
conhecimento).

Bateson e sua equipe insistiam no fato de que a teoria do duplo vínculo não
poderia ser entendida em termos de estímulo, mas em termos de pessoas
tomadas num sistema permanente que produz definições conflituais.

Essa abordagem influenciou, nos anos 60, estudiosos da terapia familiar,


como Don Jackson, John Weakland e Jay Haley.

Estes pensadores entendem a família como um sistema governado por regras,


que está sempre em equilíbrio, graças à procura de reorganização constante.

Estes métodos de terapia representaram uma reação ao modelo freudiano,


concebido como causal e baseado apenas no indivíduo.

Gregory Bateson Bateson explorou a ideia “Nós não vemos coisas como elas
são, nós as vemos como somos” no seu livro "Steps to an Ecology of Mind"
(1972), onde ele escreveu: "O que a mente sabe é que ela sabe apenas sobre
si mesma. O mundo e a mente são impenetráveis um ao outro. Só podemos
conhecer o mundo que vemos através dos olhos da mente. Essa é a razão pela
qual não vemos as coisas como elas são. Vemos as coisas como somos."

A percepção da realidade é subjetiva e influenciada pelas nossas experiências


individuais, crenças e perspectivas. A realidade é construída de maneira ativa
através da nossa interpretação das informações sensoriais e mentais que
recebemos. A visão do mundo difere de pessoa para pessoa e pode ser
alterada através da mudança das perspectivas e experiências. Gregory
Bateson "Steps to an Ecology of Mind" (1972).

Janet Beavin é uma psicóloga e terapeuta americana que contribuiu


significativamente para o desenvolvimento da terapia familiar e da teoria da
comunicação na Escola de Palo Alto.

Beavin trabalhou como pesquisadora no Mental Research Institute (MRI) em


Palo Alto, Califórnia, onde conheceu seu marido, o psiquiatra Don D. Jackson.
Juntos, eles desenvolveram a teoria da comunicação simétrica e
complementar, que descreve os padrões de comunicação que podem ocorrer
em relacionamentos interpessoais.

Beavin e Jackson também contribuíram para a teoria do duplo vínculo, que


descreve uma situação em que uma pessoa recebe duas mensagens
conflitantes ao mesmo tempo, criando uma situação confusa e contraditória
levando a uma situação de ansiedade.

Beavin e Jackson também foram pioneiros na terapia familiar, que se baseia


em grande parte na teoria da comunicação interdisciplinar. A terapia familiar
enfatiza a importância da comunicação eficaz e saudável dentro da família, e
muitas das técnicas utilizadas na terapia familiar foram desenvolvidas a partir
das ideias da Escola de Palo Alto e da teoria da comunicação interdisciplinar.

Beavin também foi uma das primeiras psicólogas a estudar o papel do gênero
na comunicação, e ela defendeu a importância de considerar as diferenças de
gênero na compreensão da comunicação humana.

A teoria da comunicação e complementar é um exemplo claro de como


Jackson combinou ideias de várias disciplinas para criar uma teoria
interdisciplinar.

Jackson também contribuiu para a teoria da comunicação multidisciplinar por


meio de seu trabalho na terapia familiar. Ele e seus colegas da Escola de Palo
Alto desenvolveram técnicas terapêuticas que se baseavam em uma
abordagem multidisciplinar, incluindo a utilização da teoria da comunicação
simétrica e complementar e a teoria do duplo vínculo.

Jackson estudou medicina e psiquiatria na Universidade de Chicago e depois


tornou-se professor de psiquiatria na Universidade de Stanford, onde iniciou a
sua colaboração com outros membros da Escola de Palo Alto, incluindo
Gregory Bateson, Jay Haley, Virginia Satir, Paul Watzlawick e Janet Beavin.

Uma das suas principais contribuições para a teoria da comunicação foi o


desenvolvimento da teoria da comunicação simétrica e complementar, em
parceria com Janet Beavin. Essa teoria descreve os padrões de comunicação
que podem ocorrer em relacionamentos interpessoais e é considerada uma das
principais teorias da comunicação em psicologia e sociologia.

Infelizmente, Jackson morreu prematuramente em um acidente de carro em


1968, aos 48 anos, mas o seu legado e as suas contribuições para a teoria da
comunicação e para a terapia familiar continuam a ser reconhecidos e
estudados até hoje.

Uma das citações mais conhecidas de Janet Beavin Bavelas é: "A


comunicação é tão importante quanto a respiração. Sem ela, não podemos
sobreviver como seres sociais". Essa frase enfatiza a relevância da
comunicação em nossa convivência social e ressalta a importância de nos
comunicarmos de maneira eficiente para construirmos relacionamentos
satisfatórios e saudáveis com as pessoas ao nosso redor. Janet Beavin
Bavelas, uma influente teórica da comunicação, fez grandes contribuições para
a teoria da comunicação multidisciplinar, trabalhando em parceria com Don D.
Jackson e outros membros da Escola de Palo Alto. Em suma, a frase enfatiza a
importância de nos comunicarmos eficazmente para estabelecer conexões
significativas e ter relacionamentos saudáveis com os outros, e destaca a
relevância das contribuições de Janet Beavin Bavelas para a teoria da
comunicação.

Uma das frases mais aclamadas de Don D. Jackson é "The most important
thing in communication is to hear what isn't being said." Esta é uma frase
amplamente citada e frequentemente associada às contribuições de Don D.
Jackson para o desenvolvimento da teoria da comunicação e da terapia
familiar. No entanto, não está claro se esta citação vem de um livro ou artigo
específico escrito por Jackson, pois parece ser uma declaração mais geral
sobre comunicação.

Esta citação enfatiza a importância de prestar atenção às dicas de


comunicação não-verbal, como linguagem corporal, tom de voz e expressões
faciais, que muitas vezes transmitem um significado que vai além das palavras
que estão a ser faladas. Em outras palavras, a comunicação eficaz não é
apenas sobre o que está a ser dito, mas também sobre o que não está a ser
dito. Ao prestar atenção aos sinais não-verbais, podemos obter uma
compreensão mais profunda da mensagem que está a ser transmitida e
construir conexões mais fortes com as pessoas com quem estamos a
comunicar. Essa ideia é central para o campo da teoria da comunicação e é um
componente-chave de muitas abordagens terapêuticas.

John Weakland foi um psicólogo americano que se destacou no campo da


terapia familiar e da comunicação. Ele nasceu em 1919 em Michigan e faleceu
em 1995 na Califórnia. Weakland foi um dos fundadores da Escola de Palo
Alto, um grupo de pesquisadores que desenvolveu uma abordagem inovadora
para a terapia familiar, que ficou conhecida como terapia sistêmica. Interessou-
se pela linguagem e pela comunicação. Acreditava que a forma como falamos
e nos comunicamos pode influenciar os nossos relacionamentos e o
comportamento das pessoas ao nosso redor. Ele estudou o uso da linguagem
na terapia e como as palavras podem ser usadas para mudar padrões de
comportamento negativos.

Na terapia sistêmica, Weakland acreditava que os problemas emocionais e


comportamentais de um indivíduo são influenciados pelas relações e
interações dentro de sua família e ambiente social. Portanto, o tratamento deve
envolver toda a família ou grupo, em vez de apenas um indivíduo isolado. John
Weakland abordava a terapia familiar e a comunicação de uma forma
integrada, considerando os padrões de relacionamento e comunicação do
sistema familiar ou social como um todo, a fim de melhorar a saúde emocional
e os relacionamentos dos indivíduos envolvidos.
Embora tenha falecido há mais de duas décadas, o legado de John Weakland
ainda é sentido hoje em dia. Sua abordagem inovadora para a terapia familiar e
sua compreensão da linguagem e da comunicação continuam a ser estudadas
e aplicadas em todo o mundo.

"Quanto mais se tenta consertar um problema, mais difícil se torna.”. Esta


grande frase de John Weakland sugere que, muitas vezes, quando nos
concentramos exclusivamente em consertar um problema, podemos ficar
presos em uma mentalidade limitada e estreita, o que torna cada vez mais
difícil encontrar soluções eficazes. Em vez disso, ele sugere que pode ser mais
útil buscar soluções alternativas ou contornar o problema de maneiras criativas
e inovadoras. A ideia por trás dessa frase é que, muitas vezes, é necessário
pensar fora da caixa e explorar novas opções e perspectivas para encontrar
soluções eficazes para os problemas.

Milton Erickson foi um psiquiatra e hipnoterapeuta americano que se tornou


uma figura influente no campo da terapia breve e da hipnose clínica. Ele
nasceu em 1901 e faleceu em 1980.

Destacou-se pela sua abordagem única e criativa à terapia, que envolvia a


utilização de metáforas, histórias e outras técnicas não convencionais para
ajudar seus pacientes a superar problemas emocionais e comportamentais. Ele
também foi um dos principais pioneiros da hipnose clínica moderna, e sua
abordagem foi fundamental para o desenvolvimento da terapia breve
estratégica.

Era conhecido por sua capacidade de superar suas próprias limitações físicas.
Ele foi diagnosticado com poliomielite na adolescência e ficou paralisado do
pescoço para baixo, mas aprendeu a utilizar sua mente e comunicação para
superar suas limitações físicas e se tornar um dos mais renomados terapeutas
de sua época.

Erickson publicou vários livros e artigos ao longo de sua carreira e é


considerado uma das figuras mais influentes na história da psicoterapia
moderna. Sua abordagem única e sua capacidade de superar suas próprias
limitações fizeram dele um modelo e inspiração para muitos terapeutas e
pacientes em todo o mundo.
Milton Erickson foi uma figura importante para a teoria da comunicação
disciplinar/multidisciplinar da Escola de Palo Alto por várias razões.

Em primeiro lugar, Erickson utilizava técnicas hipnóticas para ajudar os seus


pacientes a superar problemas emocionais e comportamentais, técnicas que
foram estudadas e incorporadas pela Escola de Palo Alto na sua abordagem
terapêutica. Erickson foi um dos principais pioneiros da hipnose clínica
moderna, e a sua abordagem foi fundamental para o desenvolvimento da
terapia breve estratégica, que é um dos principais pilares da Escola de Palo
Alto.

Além disso, Erickson era conhecido pela sua capacidade de comunicação


eficaz e a sua habilidade em utilizar histórias e metáforas para transmitir
mensagens e ajudar os seus pacientes a resolver problemas.

Por fim, Erickson também era um defensor da abordagem centrada no


paciente e acreditava que o terapeuta poderia adaptar a sua abordagem às
necessidades e características específicas do paciente.

Em resumo, Milton Erickson tornou-se importante para a teoria da


comunicação disciplinar/multidisciplinar da Escola de Palo Alto devido às suas
contribuições para a hipnose clínica moderna, as suas técnicas de
comunicação eficaz e a sua defesa da abordagem centrada no paciente. Essas
contribuições foram estudadas e incorporadas pela Escola de Palo Alto na sua
abordagem terapêutica, e tornaram-se parte fundamental da teoria da
comunicação disciplinar/multidisciplinar.

Uma das citações mais conhecidas de Milton H. Erickson é "O terapeuta não é
um especialista em problemas, mas um especialista em soluções". Essa frase
é uma das ideias centrais do livro "Terapia Breve: Conversas com Milton H.
Erickson", que foi escrito por Jeffrey K. Zeig. O livro é uma compilação de
conversas entre Zeig e o psicólogo e hipnoterapeuta Milton H. Erickson.

Erickson enfatiza a importância de o terapeuta ser um especialista em


soluções, em vez de se concentrar apenas nos problemas dos pacientes. Ele
acredita que, em vez de se concentrar em questões passadas ou presentes, o
terapeuta deve ajudar o paciente a encontrar soluções para os seus problemas
atuais e futuros.

Esta ideia enfatiza a importância de uma abordagem centrada no paciente, na


qual o terapeuta trabalha em colaboração com o paciente para encontrar
soluções viáveis para os seus problemas.

Jurgen Ruesch foi um psiquiatra e psicólogo austríaco-americano, nascido em


1910 e falecido em 1995. Ele é mais conhecido pelas suas contribuições para a
teoria da comunicação humana e a psiquiatria social.

Ruesch estudou medicina na Universidade de Viena, na Áustria, e


posteriormente emigrou para os Estados Unidos, onde se formou em
psiquiatria pela Universidade de Illinois. Ele tornou-se professor de psiquiatria
na Universidade da Califórnia, em San Francisco, onde iniciou a sua pesquisa
sobre a comunicação humana.

Ruesch foi um defensor da psiquiatria social, que se baseia na ideia de que a


saúde mental deve ser vista dentro do contexto social e cultural de uma
pessoa. Ele acreditava que a comunicação é uma ferramenta importante para a
construção de relações saudáveis e para a compreensão da psicopatologia.

Ruesch escreveu vários livros sobre comunicação humana e psiquiatria social,


incluindo "Nonverbal Communication: The Legacy of Mime" (1957),
"Communication: The Social Matrix of Psychiatry" (1961) e "Disturbed
Communication" (1972). Suas contribuições para a teoria da comunicação
humana e a psiquiatria social continuam a ser estudadas e influenciaram a
prática clínica atual.

É possível argumentar que Jürgen Ruesch influenciou a teoria da


comunicação disciplinar/multidisciplinar em Palo Alto de várias maneiras.

Em primeiro lugar, Ruesch foi um dos primeiros a defender uma abordagem


interdisciplinar para o estudo da comunicação humana. Ele acreditava que a
comunicação era um processo dinâmico e complexo que envolvia uma
variedade de fatores, incluindo palavras, gestos, expressões faciais e outros
sinais não verbais. Essa abordagem holística para a comunicação influenciou
a teoria da comunicação disciplinar/multidisciplinar em Palo Alto, que também
adotou uma abordagem interdisciplinar para o estudo da comunicação.

Além disso, Ruesch também enfatizou a importância da compreensão do


contexto social e cultural para o estudo da comunicação humana. Ele
acreditava que a comunicação era moldada pelas normas culturais e sociais, e
que a compreensão desses fatores era crucial para entender a psicopatologia e
o comportamento humano. Essa ênfase no contexto social e cultural também
influenciou a teoria da comunicação disciplinar/multidisciplinar em Palo Alto,
que valoriza a compreensão do contexto em que a comunicação ocorre.

Por fim, Ruesch também contribuiu para a teoria da comunicação


disciplinar/multidisciplinar em Palo Alto por meio de suas pesquisas sobre
linguagem corporal e comunicação não verbal. Ele acreditava que a
comunicação não verbal era tão importante quanto a comunicação verbal e que
as duas formas de comunicação interagem entre si. Essa abordagem
influenciou a teoria da comunicação disciplinar/multidisciplinar em Palo Alto,
que valoriza a compreensão da comunicação não verbal e sua interação com a
comunicação verbal.

A citação de Jurgen Ruesch "A cultura é uma forma de linguagem socialmente


transmitida, que molda nossas percepções do mundo e influencia nossos
comportamentos" pode ser encontrada no livro "Nonverbal Communication:
Notes on the Visual Perception of Human Relations" (de Jurgen Ruesch e
Weldon Kees). Esta frase destaca a ideia de que a cultura é uma forma de
linguagem que é transmitida socialmente e que desempenha um papel
fundamental na formação das percepções do mundo e dos comportamentos
dos indivíduos. Isso significa que a cultura é um conjunto de significados e
valores compartilhados que são comunicados por meio de símbolos, gestos,
tradições, crenças e normas sociais, e que influenciam a forma como as
pessoas veem a si mesmas, aos outros e ao mundo ao seu redor.

Em resumo, os estudos da teoria da comunicação disciplinar/multidisciplinar


da Escola do Palo Alto trouxeram contribuições significativas para a
compreensão da comunicação humana e suas implicações na sociedade. Essa
abordagem teórica inovadora destacou a importância da comunicação na
construção e manutenção dos relacionamentos interpessoais, bem como na
solução de problemas sociais e emocionais. Além disso, a teoria da
comunicação de Palo Alto enfatizou a necessidade de entender a comunicação
em termos de processos interativos, levando em consideração o contexto
social e cultural em que ocorre. Essa abordagem multidisciplinar, que integrou
conceitos da psicologia, antropologia, sociologia e linguística, entre outras
disciplinas, abriu novas perspectivas para a pesquisa em comunicação e
influenciou outras áreas do conhecimento. Em suma, os estudos da teoria da
comunicação disciplinar/multidisciplinar da Escola do Palo Alto tiveram um
impacto significativo na compreensão da comunicação humana e continuam a
inspirar pesquisas e práticas em comunicação em todo o mundo.

Bibliografia

Change: Principles of Problem Formation and Problem Resolution, with Paul


Watzlawick and Richard Fisch (WW Norton, NY, 1974)

The Interactional View: Studies at the Mental Research Institute, Palo Alto,
1965–1974, edited with Paul Watzlawick (WW Norton, NY, 1979)

Rigor and Imagination, Essays from the Legacy of Gregory Bateson, edited with
Carol Wilder-Mott (Praeger, NY, 1981)

John Weakland. (2023, 24 fevereiro). Retirado a 10 de abril de 2023 de


https://en.wikipedia.org/wiki/John_Weakland#Books

Escola de Palo Alto ( 2023, 13 de março). Retirado a 10 de abril de 2023 de


https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Palo_Alto
Lima, A. (2012). Escola de Palo Alto. Retirado 13 de abril de 2023 de
http://teoriasdejornalismo.blogspot.com/2012/01/escola-de-palo-alto.html

Milton H. Erickson. (2023, 28 de fevereiro). Retirado a 13 de abril de 2023 de


https://en.wikipedia.org/wiki/Milton_H._Erickson
Hughs, J. (1996). The World's Greatest Hypnotists. New York: University Press
of America.

Hayley, J. (1968). Advanced Techniques of Hypnosis and Therapy: Selected


Papers of Milton H. Erickson M.D. New York: New York.

Lankton, S. (1983). The Answer Within: A Clinical Framework of Ericksonian


Hypnotherapy. Crown Publishers.

Milton Erickson (1901-1980). (2015, 7 de março). Retirado a 13 de abril 2023


de https://www.goodtherapy.org/famous-psychologists/milton-erickson.html

Tyrrell Mark. (2014, 26 de setembro). Retirado a 13 de abril de 2023 de


https://www.unk.com/blog/what-you-can-learn-from-milton-erickson-therapy-
techniques/

Paul Watzlawick. (2022, 1 de abril). Retirado a 15 de abril de 2023 de


https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Watzlawick

González, S. (2020. 2 de maio). A comunicação bem-sucedida segundo Paul


Watzlawick.

Retirado a 15 de abril de 2023 de


https://amenteemaravilhosa.com.br/comunicacao-bem-sucedida-paul-
watzlawick/
Jurgen Ruesch. (2023, 10 de abril). Retirado a 15 de abril de 2023 de
https://en.wikipedia.org/wiki/Jurgen_Ruesch

Rivera, F. (2023, março). In honour of Jurgen Ruesch: Remembering his work


in psychiatry. Retirado a 15 de abril de 2023 de
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29313408/

Bateson, G. (1972). Steps to an Ecology of Mind.

Zeig, J. Terapia Breve: Conversas com Milton H. Erickson.

Ruesch, J. e Kees, W. Nonverbal Communication: Notes on the Visual


Perception of Human Relations.

Você também pode gostar