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Terapia Familiar Sistêmica

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Introdução à

Terapia Familiar
Sistêmica
O Modelo Bioecológico

● Bronfenbrenner foi o fundador da teoria.


● Reforçou as características biopsicológica da pessoa em
desenvolvimento.
● Neste modelo, são apresentados quatro aspectos multidirecionais
inter relacionados, o que é designado como modelo PPCT: Pessoa,
Processo, Contexto e Tempo.
PPCT: Pessoa, Processo, Contexto e Tempo.

Pessoa: Refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser


humano em desenvolvimento, no decorrer de sua existência.
A abordagem ressalta a importância de se considerar as características do
indivíduo em desenvolvimento, como suas convicções, nível de atividade,
temperamento, além de suas metas e motivações.
Para o autor, isso tudo tem considerável impacto na maneira pela qual os
contextos são experienciados pela pessoa, tanto quanto os tipos e
contextos nos quais o sujeito se insere.
PPCT: Pessoa, Processo, Contexto e Tempo.

Processo: Tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e se


acha constituído pelos papéis e atividades diárias da pessoa em
desenvolvimento.
Para se desenvolver intelectualmente, emocionalmente, social e
moralmente um ser humano, criança ou adulto, requer - para todos
eles - mesma coisa: participação ativa em interação progressivamente
mais complexa, recíproca com pessoas, objetos e símbolos no
ambiente imediato.
Para ser efetiva, a interação tem que ocorrer em uma base bastante
regular em períodos estendidos de tempo, tais formas duradouras de
interação no ambiente imediato se referem a processos proximais.
PPCT: Pessoa, Processo, Contexto e Tempo.

Processo: São achados exemplos de padrões duradouros destes


processos na relação pais-criança-criança em grupo ou jogo solitário,
como lendo, aprendendo habilidades novas, resolvendo problemas,
executando tarefas complexas e adquirindo conhecimento e
experiências novas.
PPCT: Pessoa, Processo, Contexto e Tempo.

Contexto: quando o autor fala em contexto de desenvolvimento, está


se referindo ao meio ambiente global em que o indivíduo está inserido
e onde se desenrolam os processo desenvolvimentais.

Os vários ambientes subdivididos pelo autor, abrangendo tanto os


ambientes mais imediatos nos quais vive a pessoa em
desenvolvimento, como os mais remotos, em que a pessoa nunca
esteve, mas que se relacionam e têm o poder de influenciar o curso de
desenvolvimento humano.
Os ambientes são: Micro, Meso, Exo e Macrossistemas.
Micro

Meso

Exo

Macrossistemas

Fonte: adaptado de Berk & Roberts, 2009, p. 28


● Nesta ótica, o desenvolvimento infantil ocorre
conforme a criança se envolve ativamente com o
ambiente físico e social, assim como ela o
compreende e o interpreta.

Fonte: adaptado de Pixabay, 2018.


O modelo sistêmico

A idéia central desta escola é ser o “doente”, ou o membro


sintomático, apenas um representante circunstancial de alguma
disfunção no sistema familiar.

Modelo Tradicional: O distúrbio se engendra e se manifesta por força


de conflitos internos; tem sua origem no próprio indivíduo.

Modelo Sistêmico: Enfatiza o distúrbio mental como a expressão de


padrões inadequados de interação no interior da família.
O modelo sistêmico

Concepção fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas desenvolvida


por Von Bertallanfy (1940) e na ramificação desta teoria – a cibernética.

A família pode ser considerada um sistema aberto – devido o


movimento dos seus membros dentro e fora, de uma interação uns
com os outros e com os sistemas extra-familiares, num fluxo recíproco
e constante de informação e energia.
O modelo sistêmico

1. Globalidade: Toda e qualquer parte de um sistema esta relacionada


com as demais partes que, a mudança numa delas provocará
mudanças nas demais e consequentemente no sistema total.

Unem-se através de uma relação circular (idéia de circularidade)


O conceito central desta epistemologia é a ideia de circularidade em
oposição à ideia de causalidade linear.

O terapeuta transferir responsabilidade para onde o problema


começou é tão inapropriado como a família definir o membro
sintomático como culpado dos problemas.
O modelo sistêmico

O conceito central desta epistemologia é a idéia de circularidade em


posição a idéia de causalidade linear.
Tradicionalmente a doença é pensada em termos lineares, históricos
ou causais.
No modelo sistêmico: a doença mental é pensada dentro da
concepção de circularidade.
Nesta concepção todos os membros em interação movem-se juntos. A
descrição do processo é feita em termos de relações, informações e
organização entre seus membros.
O modelo sistêmico

2. Retroalimentação ou Feedback:
A família, segundo o modelo sistêmico, pode ser encarada como um
circuito de retroalimentação, dado que o comportamento de cada
pessoa afeta e é afetado pelo comportamento de cada uma das outras
pessoas.
O modelo sistêmico

A cibernética oferece subsídios para melhor entender as propriedades


de retroalimentação e circularidade do sistema familiar.

Gregory Bateson (antropólogo) introduziu os conceitos da cibernética


no entendimento da comunicação patológica e de sua manutenção no
interior da família.
Comparou a família a um sistema homeostático ou cibernético.
O modelo sistêmico

O sistema oferece resistência à mudança além de um certo limite,


mantendo seus padrões de interação – sua homeostase.

Para manter sua homeostase a família é um sistema que se auto


governa através de regras, que definem o que é e o que não é
permitido.
O modelo sistêmico

Homeostase: Conceito usado por Don Jackson (supervisor clínico do


projeto sobre comunicação humana criado por Bateson) que primeiro
usou o termo homeostasia familiar.

Jackson descreveu a família como um sistema onde o comportamento


de um membro provocaria modificação corretiva na resposta dada
pelo sistema, isto é, quando uma pessoa apresenta mudança em
relação à outra, esta atuará sobre a primeira de forma a diminuir e
modificar a mudança que foi apresentada.
O modelo sistêmico

Cada família desenvolve formas padronizadas e repetitivas de se


comportar que são governadas por regras.
Estas regras são verbalizadas ou inferidas pela observação das
qualidades das transações na família.

Estabiliza-se, equilibra-se em torno de certas transações que são a


concretização dessas regras.
Sistema Familiar

A estabilidade ou equilíbrio do sistema familiar não significam


necessariamente sanidade. A família pode se equilibrar em torno de
padrões disfuncionais.

Um sistema familiar disfuncional mantém rigidamente o seu status quo


interacional, mesmo quando uma mudança em suas regras é essencial
para o seu desenvolvimento.
Sistema Familiar

A estabilidade ou equilíbrio do sistema familiar não significam


necessariamente sanidade. A família pode se equilibrar em torno de
padrões disfuncionais.

Um sistema familiar disfuncional mantém rigidamente o seu status quo


interacional, mesmo quando uma mudança em suas regras é essencial
para o seu desenvolvimento.
Referências

BRONFENBRENNER, Urie. A ecologia do desenvolvimento humano:


experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia. O modelo bioecológico do


desenvolvimento humano. In: KOLLER, Sílvia (org). Ecologia do
desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. p. 55-69.

NICHOLS, Michael P., SCHWARTZ, Richard C. Terapia Familiar: conceitos e


métodos. Porto Alegre: Artmed, 2007.

PINTEREST. Modelo bioecológico. Disponível em:


<https://br.pinterest.com/pin/324470348123577290/>. Acesso em: 07 out.
2021.

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