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Teorias Sistêmicas

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Terapia Familiar - Conceitos e Métodos

Video para eu entender minimamente a psico sistêmica

Três teorias principais foram a base da teoria sistêmica: a teoria geral dos sistemas
(agrega várias áreas, física, química, e não apenas a área da psicologia, ou seja, é
mais ampla), a cibernética e a teoria da comunicação.

Sistema (Bertalanffy): conjunto de elementos em estado de interação. Ex: um casal,


uma família, um grupo de amigos.

Globalidade: todos os sistemas funcionam como um todo coeso e mudanças em


uma parte provocam mudança no todo. Ex: muda um pai, essa mudança afetará a
mãe, a filha.

Não-somatividade: o sistema não é a soma das partes, devendo se considerar o


todo em sua complexidade.

Homeostase: processo de autorregulação que mantém a estabilidade do sistema.


Ex: mãe super protetora, filhos têm dificuldade de ser independentes (todos fazendo
as mesmas coisas em equilíbrio), esse é o jeito que o sistema funciona.

Circularidade (causalidade circular/bilateralidade/não-unilateralidade): relação


bilateral entre elementos, relação não linear e obedece a uma sequência circular.
Ex: Um casal, mulher (A) homem (B), A causa algo em B e B causa algo em A, ou
seja, é circular.

Retroalimentação/Feedback: o qual garante a circulação de informações entre


elementos do sistema. Ex: quando quebra o circuito disfuncional de relação há uma
quebra também da homeostase, e cria uma nova funcional = retroalimentação
positiva no sistema. A retroalimentação negativa seria quando há a quebra da velha
homeostase mas colocam uma coisa ruim no lugar, mantendo a homeostase antiga
(isto é, uma homeostase disfuncional).

A ênfase do pensamento sistêmico está nas relações

A teoria sistêmica passa a ganhar força trazendo a proposta de mudar, no foco


das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou seja, do
intrapsíquico para o inter-relacional.

Dentro da Psicologia, o Pensamento Sistêmico pode ser utilizado tanto para o


embasamento teórico de pesquisas quanto na intervenção clínica com
indivíduos, famílias e grupos sociais. Pensar sistemicamente, embasando-se
na ciência novo paradigmática, implica reconhecer o sujeito no seu contexto;
o terapeuta ou pesquisador se inclui no sistema no qual intervém ou que
estuda, entendendo que a realidade não é estática e nem presumível. Assim,
pensar sistemicamente não significa negar os fenômenos intrapsíquicos, e
sim buscar compreender e trabalhar os fenômenos psíquicos de uma
complexa rede de relações interpessoais.

TRABALHO

Uma das terapias mais influentes dentro da abordagem da terapia familiar foi
Kurt Lewin e a teoria de campo, na qual foi observada que os conflitos são normais
dentro de um grupo ou família, pois assim como os animais os seres humanos lutam
pelo espaço próprio, e a tensão gerada por esses conflitos vai oscilar de acordo com
os papeis determinados pelo próprio grupo. Outro fator importante para a terapia
familiar foi o conceito de Kurt Lewin acerca do presente, ao invés de se preocupar
com o passado e quem errou ou acertou, ele se preocupava com o que ocorria no
presente. E nesse contexto de focar em como as pessoas falam e não sobre o que
falam é uma das bases para terapia familiar. Já na teoria das comunicações, os
teóricos também focaram no presente, mas além disso, procuravam por padrões de
comportamento, utilizando o método de circularidade, em que padrões de
comportamento são reforçados a partir de ações em rotação, e não ações de
apenas um indivíduo.
De acordo com os terapeutas da comunicação, dentro de uma família existe
o conceito de padrão homeostático, no qual mantém o modo que a família e seus
membros agem e pensam dentro desse sistema, ou seja, se uma família estiver
“presa” dentro de um padrão homeostático disfuncional ele precisam de uma quebra
desse padrão, para ocorrer uma mudança. Essa quebra seria feita a partir do
feedback negativo, para que os papeis dentro desse sistema mudassem de forma,
retirando a ideia engessada de vítima e vitimizador. Outra questão importante
enfatizada pela terapia da comunicação familiar é que a mudança individual em
causa a mudança familiar ou grupal.
Uma maneira de causar mudanças dentro de uma família pelos terapeutas de
grupo familiar era ajudando os membros da família a se comunicarem uns com os
outros, se abrirem um para o outro, para que assim os indivíduos começassem a se
ver de uma nova forma e consequentemente se relacionarem de uma forma nova.
Os terapeutas representam uma mudança nas regras que as famílias não
conseguem visualizar primeiramente, por medo, conforto, ou apenas por receberem
a informação de um membro da família de forma errônea.
Ensinar a ter uma comunicação compreensível, analisar e interpretar padrões
de comunicação dentro de um sistema familiar era uma técnica básica dentro da
terapia familiar das comunicações. Nesse contexto, é notável que a maneira como
os membros de uma família se relacionam é o ponto central dos terapeutas
familiares. Denominar as famílias como um sistema também foi um fator de grande
ajuda para que os membros da família entendessem que o comportamento de cada
um dependia do comportamento de todos os outros.
Conforme a teoria dos sistemas, o todo é maior que a soma das suas partes,
e quando a família é diminuída a elementos separados ocorrem os problemas
dentro desses sistemas. Ou seja, a única forma de solucioná-los seria realizando a
terapia com todos os membros da família.
Para criar a teoria geral dos sistemas o Ludwig von Bertalanffy, juntou os
conceitos da teoria dos sistemas com os da biologia, para obter uma teoria universal
dos sistemas vivos. Essa teoria agrega diversas áreas, sendo mais ampla e não
focando apenas na psicologia, e foi importante para ressaltar a importância dos
sistemas serem mais do que apenas a soma de suas partes, e que a interação
dentro desse sistema é mais importante do que as personalidades que nele
consistem.
Em suma, é importante levar em conta as teorias que foram base para a
terapia familiar, e seus conceitos de sistemas, triangulações, feedbacks,
causalidade circular e estrutura familiar, para compreender os meios dos quais se
formou essa abordagem e sua importância na reestruturação nos padrões de
comunicação disfuncionais e nas limitações de padrões dentro da estrutura familiar,
para desmanchar a limitação dos papeis dentro do sistema familiar.

Construtivismo
O primeiro exemplo de construtivismo na terapia familiar foi a técnica estratégica de
reenquadramento – reclassificar comportamentos para modificar a reação da família
a eles. O rótulo ou classificação que a família aplica aos seus problemas leva a
estratégias ineficazes de manejo, talvez um novo rótulo ou classificação altere seu
ponto de vista o suficiente para eliciar respostas mais efetivas.
O construtivismo nos ensina a olhar além do comportamento, para a nossa maneira
de perceber, interpretar e construir a nossa experiência.

A construção social da realidade


O construcionismo social expande o construtivismo assim como a terapia familiar
expandiu a psicologia individual. O construtivismo afirma que percebemos o mundo
e nos relacionamos com ele baseados em nossas interpretações. O
construcionismo social salienta que essas interpretações são moldadas pelo
contexto social em que vivemos.

Conceitos importantes
Complementaridade se refere à reciprocidade,
Os relacionamentos são assim. Se uma pessoa muda, o relacionamento muda.

Causalidade circular
A causalidade circular sugere que os problemas são sustentados por uma série
contínua de ações e reações.
Triângulos
Um casal, ou apenas duas pessoas que envolvem uma terceira pessoa no conflito
sem que ela esteja lá possivelmente no início das consultas, resultando em conflitos
constantes. Ao trazer a terceira pessoa para a questão, a relação costuma
estabilizar.

Processo/conteúdo
Focar o processo de comunicação, ou seja, em como as pessoas falam, em vez do
seu conteúdo, sobre o quê elas falam, talvez seja a mudança mais produtiva que um
terapeuta familiar pode fazer.

Estrutura Familiar
A estrutura define a organização dentro da qual essas interações ocorrem.
As famílias são estruturadas em subsistemas – determinados por geração, gênero e
função.
Demarcados por fronteiras interpessoais, barreiras invisíveis que regulam a
quantidade de contato com os outros.
Refere-se ao padrão organizado em que os membros da família interagem. Já
que as transações familiares se repetem, criam expectativas que estabelecem
padrões duradouros. Depois que os padrões são estabelecidos, os membros da
família usam apenas uma fração do leque completo de comportamentos disponíveis
para eles.

Capítulo 7

FORMULAÇÕES TEÓRICAS
Três construtos são os componentes essenciais da teoria estrutural familiar:
Estrutura familiar, subsistemas e fronteiras.

Estrutura familiar
Padrão organizado em que os membros da família interagem. Já que as transações
familiares se repetem, criam expectativas que estabelecem padrões duradouros.

DESENVOLVIMENTO FAMILIAR NORMAL


O que distingue uma família normal não é a ausência de problemas, mas uma
estrutura funcional para lidar com eles. Todo casal precisa aprender a se ajustar um
ao outro; a criar os filhos, se decidir ter filhos; a lidar com os pais; a lidar com seus
empregos, e a se adaptar à comunidade. A natureza dessas lutas se modifica de
acordo com os estágios desenvolvimentais e as crises situacionais.
Quando duas pessoas se unem para formar um casal, os requerimentos estruturais
da nova união são a acomodação e a criação de fronteiras.

Fronteira
Os indivíduos, subsistemas e a família inteira são demarcados por fronteiras
interpessoais, barreiras invisíveis que regulam o contato com os outros.
Nesta acomodação mútua, o casal também precisa negociar a natureza das
fronteiras entre eles e das fronteiras que os separam dos outros. Uma fronteira
difusa entre o casal é aquela em que ambos costumam se telefonar durante o
trabalho, em que nenhum tem amigos próprios ou atividades independentes e em
que passam a se ver como um par, e não como duas personalidades diferentes. Por
outro lado, a fronteira é rígida se eles passam pouco tempo juntos, têm quartos
separados, tiram férias separadamente, têm contas separadas no banco, e ambos
investem mais na carreira ou em relacionamentos externos do que no casamento.
Os casais também precisam definir uma fronteira que os separe de suas famílias de
origem.

Subsistemas
O nascimento de um filho transforma instantaneamente a estrutura da nova família,
criando um subsistema parental e um subsistema filial.
Podemos dizer que as famílias sadias modificam sua estrutura para acomodar
circunstâncias modificadas; as famílias disfuncionais aumentam a rigidez das
estruturas e deixam de ser efetivas.

DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO


Nas famílias desligadas, as fronteiras são rígidas, e a família não consegue
mobilizar apoio quando necessário.
Nas famílias emaranhadas, por outro lado, as fronteiras são difusas, e os
membros da família reagem exageradamente e se envolvem com os outros de
maneira intrusiva. Pais emaranhados criam dificuldades ao impedir o
desenvolvimento de formas mais maduras de comportamento em seus filhos e ao
interferir em sua capacidade de resolver os próprios problemas.
Um padrão frequentemente encontrado é a síndrome mãe emaranhada/pai
desligado – “o arranjo característico da família de classe média perturbada”
(Minuchin e Nichols, 1993, p. 121).

OBJETIVOS DA TERAPIA
Com famílias emaranhadas, o objetivo é diferenciar indivíduos e subsistemas,
reforçando as fronteiras entre eles. Com famílias desligadas, o objetivo é aumentar
a interação, tornando as fronteiras mais permeáveis.
CONDIÇÕES PARA A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
Reunir-se e acomodar-se são considerados pré-requisitos para reestruturar. Para se
reunir a uma família, o terapeuta precisa transmitir que aceita seus membros e
respeita sua maneira de fazer as coisas.

TERAPIA
Avaliação
As dificuldades costumam refletir problemas na maneira pela qual a família
inteira está organizada. Portanto, supõe-se que, se ocorrer uma mudança entre a
mãe e a filha, as coisas também mudarão entre marido e mulher.
A primeira etapa é fazer perguntas sobre o problema apresentado até os
membros da família começarem a perceber que o problema vai além da pessoa que
apresenta o sintoma e inclui a família toda.
A segunda etapa é ajudar os membros da família a perceber como suas
interações podem, inadvertidamente, estar perpetuando o problema.
A terceira etapa é uma breve exploração do passado, focalizando como os
adultos da família chegaram às perspectivas que agora influenciam suas interações
problemáticas.
A quarta etapa é explorar opções que os membros da família possam pôr em
prática para interagir de maneiras mais produtivas, que criem uma mudança na
estrutura familiar e ajudem a resolver a queixa apresentada.

Técnicas terapêuticas
A estratégia da terapia, por outro lado, precisa ser organizada. Em geral, a terapia
familiar estrutural segue estes sete passos:

1. União e acomodação
2. Encenação
3. Mapeamento estrutural
4. Focalização e modificação de interações
5. Criação de fronteiras
6. Desequilibração
7. Desafio de suposições improdutivas

União e acomodação
Primeiro, o terapeuta precisa desarmar defesas e aliviar a ansiedade. Isso é
feito pela criação de uma aliança de entendimento com cada membro da família. O
terapeuta saúda cada pessoa pelo nome e faz algum tipo de contato amigável.
Um bom começo é saudar a família e depois perguntar a opinião de cada
pessoa sobre o problema. Ouça cuidadosamente e reconheça a posição de cada
um, devolvendo o que você ouviu. “Entendo, Sra. Jones, a senhora acha que a Sally
deve estar deprimida por alguma coisa que aconteceu na escola.” “Então, Sr. Jones,
você vê algumas coisa que a sua esposa também vê, mas não está convencido de
que este é um problema sério. É isso?”
Encenação
Se o terapeuta começar dando a cada pessoa a chance de falar,
habitualmente alguém dirá algo sobre outro que pode ser um trampolim para uma
encenação. Quando, por exemplo, um dos pais diz que o outro é rígido demais, o
terapeuta pode dar início a uma encenação dizendo: “Ela diz que você é rígido
demais; você pode responder a ela?” Escolher um ponto específico para resposta é
mais efetivo que pedidos vagos, como: “Por que vocês dois não falam sobre isso?”
As famílias demonstram emaranhamento quando se interrompem com
freqüência, falam por outros membros, fazem coisas para os filhos que estes podem
fazer sozinhos ou brigam constantemente. Nas famílias desligadas podemos ver um
marido sentado impassivelmente enquanto a mulher chora, uma total ausência de
conflito, uma surpreendente ignorância de informações importantes sobre os filhos
ou falta de consideração pelos interesses dos outros.

Mapeamento estrutural
Uma avaliação estrutural amplia o problema além dos indivíduos para o
sistema familiar e transfere o foco de acontecimentos isolados do passado para as
transações que estão acontecendo no presente.
Avaliações estruturais levam em conta tanto o problema que a família
apresenta quanto a dinâmica estrutural revelada. Incluem todos os membros da
família. Neste caso, saber que mãe e filha estão emaranhadas não é suficiente:
você também precisa saber o papel que o padrasto desempenha. Se ele é
razoavelmente próximo da esposa, mas distante da filha, encontrar atividades
mutuamente prazerosas para padrasto e enteada ajudará a torná-la mais
independente da mãe. Por outro lado, se a proximidade da mãe em relação à filha
parecer uma função de sua distância do marido, então o par conjugal poderia ser o
foco mais produtivo.

Focalização e modificação de interações


Quando as famílias começam a interagir, surgem transações problemáticas.
Reconhecer suas implicações estruturais exige um foco no processo, não no
conteúdo. Nada sobre estrutura é revelado ao se ouvir quem é a favor de castigos
ou quem fala bem de quem. A estrutura familiar é revelada por quem diz o que a
quem e de que maneira.

Criação de fronteiras
A dinâmica familiar disfuncional é produto de fronteiras demasiado rígidas ou
difusas. Os terapeutas estruturais intervêm para realinhar as fronteiras, aumentando
ou a proximidade ou a distância entre os subsistemas familiares.
Nas famílias emaranhadas, as intervenções do terapeuta têm o objetivo de
fortalecer as fronteiras entre subsistemas e aumentar a independência dos
indivíduos. Famílias desligadas tendem a evitar conflitos e, assim, minimizam a
interação. O terapeuta estrutural intervém para desafiar a evitação do conflito e
bloquear os desvios, a fim de ajudar os membros desligados a aumentarem o
contato entre si. Sem agir como juiz ou árbitro, o terapeuta encoraja os membros da
família a se enfrentarem honestamente e a lidarem com suas dificuldades.
A pessoa que pede mudanças precisa aprender a mudar seu jeito de tentar
obter isso.

Desequilíbrio
Ao criar fronteiras, o terapeuta quer realinhar relacionamentos entre
subsistemas. Ao criar desequilíbrio, quer mudar o relacionamento dentro de um
subsistema. O que geralmente mantém as famílias em um impasse é que familiares
em conflito se fiscalizam e se equilibram e, em resultado, permanecem congelados
na inação. Ao criar desequilíbrio, o terapeuta se reúne a um indivíduo ou subsistema
e o apóia, à custa de outros
Criar desequilíbrio é parte de uma luta pela mudança que às vezes assume a
aparência de um combate. Quando o terapeuta diz a um pai que ele não está
fazendo o suficiente ou a uma mãe que ela está excluindo o marido, pode parecer
que o combate é entre o terapeuta e a família, que ele os está atacando. Contudo, o
combate real é entre eles e o medo – o medo de mudar.
.
Desafiar suposições improdutivas
Embora a terapia familiar estrutural não seja uma abordagem primariamente
cognitiva, seus praticantes às vezes desafiam a maneira pela qual os membros da
família vêem as coisas. Mudar a maneira de eles se relacionarem oferece visões
alternativas de sua situação. O inverso é verdadeiro: mudar a maneira pela qual
eles vêem sua situação lhes permite mudar sua maneira de se relacionar.
O terapeuta faz isso primeiro com um “afago” e depois um “pontapé”. Se ele
está lidando com uma família em que a mãe fala pelos filhos, ele poderia dizer a ela
“Você é muito prestativa” (afago), mas aos filhos “A mamãe tira a voz de vocês.
Vocês são capazes de falar por si mesmos” (pontapé). Assim, a mãe é definida
como prestativa, mas intrusiva (um afago e um pontapé).
O objetivo não é educar ou enganar, mas oferecer um pronunciamento que
ajude a família a mudar. Por exemplo, dizer aos filhos que eles se comportam como
se fossem menores do que são é uma maneira muito eficaz de fazer com que
mudem. “Quantos anos você tem?” “Sete.” “Oh, eu pensei que você fosse mais
jovem; a maioria das crianças de 7 anos não precisa mais que a mamãe entre com
elas na escola.”

Resumo
Os subsistemas são unidades da família baseados em função. Se a liderança
de uma família é assumida pelo pai e por uma filha, então eles, e não o marido e a
mulher, é que são o subsistema executivo. Os subsistemas são circunscritos e
regulados por fronteiras interpessoais. Nas famílias sadias, as fronteiras são
suficientemente claras para proteger a independência e a autonomia, e
suficientemente permeáveis para permitir mútuo apoio e afeição (fronteiras nítidas).
As famílias emaranhadas são caracterizadas por fronteiras difusas; as famílias
desligadas, por fronteiras rígidas.
Os papéis familiares não existem independentemente uns dos outros; cada
papel é circunscrito por outros papéis, recíprocos. Não podemos ter um cônjuge
dominador, por exemplo, sem um parceiro submisso.

As mudanças no ciclo de vida familiar - Outro livro - Capítulo 8


Os genetogramas são retratos gráficos da história e do padrão familiar, mostrando a
estrutura básica, a demografia, o funcionamento e os relacionamentos da família.
Eles são uma taquigrafia utilizada para descrever os padrões familiares à primeira
vista.

Casamento e Recasamento
Mostra a união de duas famílias separadas, indicando o lugar de cada cônjuge em
seu próprio ciclo de vida familiar. Para começar uma nova família, ambos os
parceiros devem chegar a um acordo com suas famílias de origem.
Famílias recasadas são formadas sobre as perdas da primeira família.

A transição para a paternidade e as famílias com filhos pequenos


Pais precisam assumir a pesada responsabilidade de criar filhos ao mesmo tempo
em tentar manter seu próprio relacionamento.
É o nascimento do primeiro filho, mais do que o próprio casamento, que marca mais
profundamente a transição para uma nova família.
A perda é considerada como uma transição maior que rompe os padrões de
interação do ciclo de vida, e que, portanto, requer uma nova organização familiar e
propõe desafios de adaptação compartilhados.

Família com adolescentes


A tarefa é a de preparar a família para uma mudança qualitativa nos
relacionamentos entre as gerações, uma vez que os filhos não são mais tão
dependentes de seus pais. É durante a adolescência que os filhos começam a ter
interesses fora da família, tanto na escola quanto com os amigos.

Famílias no meio da vida


É o período em que os filhos deixam a casa para serem independentes. No
passado, esta fase normalmente se misturava com o casamento, uma vez que os
filhos não saiam de casa até casarem.
Esta fase é a base do ciclo de vida da família moderna, é crucial para as outras
fases que estão por vir. Pular esta fase, ou prolongá-la, pode afetar todas as futuras
transições de ciclo de vida.
Paternidade, a próxima geração
Essa época é muitas vezes difícil para os casamentos, com as energias dos
cônjuges tão centradas em seus filhos e em seu trabalho.
O nascimento do último filho pode ser um ponto decisivo na vida familiar.

Famílias no estágio tardio da vida


Durante a fase do envelhecimento, a família deve chegar a um acordo com a
mortalidade da geração mais velha, enquanto os relacionamentos devem ser
modificados na medida em que cada geração avança um nível na hierarquia
desenvolvimental e todos os relacionamentos precisam ser reordenados.

Conclusões
O genetograma pode ser usado para mapear a família em cada fase do ciclo de vida
familiar. Configurações diferentes no genetograma sugerem possíveis triângulos e
problemas que podem ser explorados em cada fase. E ele é o melhor instrumento já
desenvolvido para traçar o ciclo de vida familiar.

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