A terapia familiar é realizada através de sessões conjuntas com membros da família para ajudar um membro. Ela se concentra no sistema familiar em vez dos indivíduos. Existem várias abordagens como a psicanalítica, que dá ênfase ao passado, e a sistêmica, que observa padrões de interação. A terapia familiar visa entender e melhorar o funcionamento da família como um todo.
A terapia familiar é realizada através de sessões conjuntas com membros da família para ajudar um membro. Ela se concentra no sistema familiar em vez dos indivíduos. Existem várias abordagens como a psicanalítica, que dá ênfase ao passado, e a sistêmica, que observa padrões de interação. A terapia familiar visa entender e melhorar o funcionamento da família como um todo.
A terapia familiar é realizada através de sessões conjuntas com membros da família para ajudar um membro. Ela se concentra no sistema familiar em vez dos indivíduos. Existem várias abordagens como a psicanalítica, que dá ênfase ao passado, e a sistêmica, que observa padrões de interação. A terapia familiar visa entender e melhorar o funcionamento da família como um todo.
A terapia familiar é realizada através de sessões conjuntas com membros da família para ajudar um membro. Ela se concentra no sistema familiar em vez dos indivíduos. Existem várias abordagens como a psicanalítica, que dá ênfase ao passado, e a sistêmica, que observa padrões de interação. A terapia familiar visa entender e melhorar o funcionamento da família como um todo.
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TERAPIA FAMILIAR
Marcielle Aparecida de Fátima Oliveira-Psicóloga
É um método psicoterapêutico realizado através de sessões conjuntas com os elementos de uma família, mesmo que a ajuda psicológica seja solicitada apenas para um dos membros. A terapia familiar é toda terapia que se centra mais no sistema da família do que nos elementos que a compõe, ela busca a teoria geral dos sistemas (cada um composto por diferentes elementos: escola, grupo cultural ou social, nação, bairro, emprego). O nascimento deste modelo ocorreu nos Estados Unidos, a terapia familiar evoluiu a partir de uma multiplicidade de influências da formulação da psicanálise, Freud considerou e ressaltou em seus estudos as relações familiares. Em Fragmento da Análise de um Caso de Histeria (1905), ele afirma que devemos prestar tanto atenção às condições humanas e sociais dos enfermos quantos aos dados somáticos e aos dados patológicos, ressaltando que o interesse do psicanalista deve dirigir – se sobretudo para as relações familiares dos pacientes. Freud faz referência à família em vários outros momentos de sua obra. Em umas das suas conferências ele se refere às resistências externas, emergentes das circunstâncias do paciente, de seu ambiente, que interferem no processo analítico e que podem explicar um grande número de fracassos terapêuticos. Torna – se impossível isolar o indivíduo do seu meio, ambos evoluem simultaneamente e mudam reciprocamente, a importância do contexto torna – se mais clara, bem como a noção de evolução, que é determinante na terapia familiar. (Relvas, 1999). Entre os mais importantes autores no âmbito da terapia familiar e do seu desenvolvimento, encontramos Milton Erikson (Psiquiatra americano) que desenvolveu a história clínica e uma forma muito particular de fazer terapia. A terapia familiar de enfoque psicanalítico dá ênfase ao passado, à história da família tanto como causa de um sintoma, quanto como um meio de transforma – lo . Os sintomas são visto com decorrência de experiências passadas que foram recalcadas fora da consciência. O método utilizado, na maior parte das vezes, é interpretativo com o objetivo de ajudar os membros da família a tomar consciência do comportamento passado, assim como do presente e das relações entre eles. Enquanto entidade, a terapia familiar é atravessada por inúmeras correntes aparentemente contraditórias (psicanalíticas, sistêmicas, comportamentais, gestálticas, etológicas, sociológicas, etc.), supondo sempre um trabalho prévio de indicações e contra - indicações, depreendo – se daí um vasto leque de práticas. Da estrutura interna da terapia familiar podemos salientar três aspectos unificadores: A necessidade que o terapeuta tem de se apoiar numa teoria da família tem de ter sempre em consideração a dinâmica familiar e o seu processo de mudança, a organização das relações interpessoais e uma conceituação sobre a saúde mental versos patologia da família, à qual se irão ajustar os procedimentos técnicos (Vetere, 1987, eit in Gameiro, 1992). O processo terapêutico pode ser definido como a psicoterapia de um sistema social natural, tendo, freqüentemente, na base a entrevista interpessoal conjunta. Aqui o terapeuta deve assinalar quais os elementos da família que participam na entrevista, em função do seu posicionamento teórico ou da prática fase e vicissitudes do processo terapêutico. O ritmo, periodicidade, número, duração e espaçamento das sessões variam em função dos modelos (Relvas, 1999). O setting específico da terapia familiar converte – se num instrumento terapêutico por excelência. O suporte instrumental do terapeuta engloba: técnicas particulares, suporte de análise do caso, e do processo e ainda na formação e supervisão. (Fontaine,1993, Bleandonu, 1986, Heivil, 1984). Sendo assim, as varias escolas da terapia familiar foram sendo reconcetualizadas, mas hoje em dia a atual terapia familiar é designada de 2º ordem ou pós – moderna. De entre as escolas de terapia familiar, encontramos A teoria e terapia dos sistemas familiares de Murray Bowen: elaborou um modelo teórico de compreensão no sistema familiar e patologias “explicáveis” em que seu paradigma é sistêmico, postulando que é necessário compreender o individuo através da forma como se põe e relaciona com o sistema. A importância atribuída à família deriva do fato de a considerar como um lugar de criação e sucessão para gerações humanas, em que o ser humano é definido como “familiar e potencialmente criador”. A sua teoria estende – se das relações do individuo consigo próprio, com a família nuclear, às famílias de origem e à sociedade. (Relvas. 1999). A terapia familiar estratégica, a escola de Palo Alto: existe em certa dispersão de abordagens desta terapia familiar estratégica, pela grande quantidade de autores que fizeram parte desta escola. Os elementos unificadores que parecem interligar – se, encontramos a importância atribuída à comunicação e aos efeitos que os seus paradoxos exercem sobre o comportamento, em termos de compreensão da patologia e da sua utilização terapêutica. O fato de se tratar de um modelo estratégico, essa corrente é considerada mais como uma prática do que uma teoria, está mais correta se falar teoria da mudança, que postula que os sistemas estão em permanente mudança e é nela que se centra a gênese dos problemas. (Relvas,1999). A terapia familiar estrutural: constitui uma escola que afirma que uma estrutura é desenvolvida por uma personalidade original que se elaborou como um todo. O seu principal representante é Salvador Minuchin e defende que a família deve ser entendida com uma organização de sujeitos, que comporta transições funcionais evolutivas (ciclo vital) que implicam definir limites e hierarquias, alianças e distanciamentos, bem coligações, ou seja trata – se da aplicação da noção estrutura ao grupo familiar em estreita ligação com o sistema. (Relvas, 1999). Por fim a terapia familiar de 2º ordem: que engloba as implicações decorridas da evolução dos modelos de terapia familiar anteriormente referidos e equacionados a dois níveis: a própria visão sistêmica da família e da concepção da intervenção, particularmente no que se refere à criação do sistema terapêutico formado por terapeutas e família (Relvas,1999). Apesar de varias teorias na área da terapia familiar, ela continua a ser vista como um sistema que integra influências externas, mas que não está dependente delas, ao mesmo tempo que existem forças internas que contribuem para a sua regulação, conferindo – lhe uma capacidade auto – organizativa, coerência e consistência no jogo do equilibro dinâmico interior – exterior. Quanto à criação dos sistema terapêutico: o terapeuta deixa de ser um mero observador neutro e exterior ao sistema, passando a ser encarado como um observador participante da realidade em construção de acordo com a teoria dos sistemas, implicando sempre uma acoplagem de dois sistemas (terapeuta e família) que se perturbam mutuamente, (Relvas, 1999). A terapia familiar, embora formada por varias correntes, muito diferentes entre si, não se descurou do seu elemento principal: a família enquanto agente de mudança e com poder para mudar seu funcionamento e progredir ao longo do seu ciclo vital. Sabe se que a família é entendida como um sistema em constante transformação e mudança, devendo estes dois pontos nunca ser esquecidos numa situação de intervenção terapêutica. Terapia familiar com enfoque Psicanalítico
A terapia familiar de enfoque psicanalítico dá ênfase ao
passado, à história da família como causa de um sintoma, quanto como um meio de transforma – lo. Os sintomas são visto como decorrência de experiências passadas que foram recalcadas fora da consciência. O método utilizado, na maior parte das vezes, é interpretativo com o objetivo de ajudar os membros da família a tomar consciência do comportamento passado, assim como do presente e das relações entre eles. Influenciados pelo trabalho estritamente psicanalítico, desenvolvido na clinica Tavistock de Londres, Pincus & Dare (1978) formulam suas hipóteses que fundamentam a prática clínica com famílias e casais a partir de um grande interesse na trama inconsciente dos seus sentimentos, desejos, crenças e expectativas que unem os membros de uma família entre si e aos passados individuais e familiar. Estes autores interessam – se particularmente pelos efeitos dos segredos e dos mitos na dinâmica familiar. Ressaltam que os segredos podem pertencer a um membro da família ou serem compartilhados com outros, inconscientemente. Terapia Familiar Sistêmica Esta abordagem privilegia a observação, no seio da família, das condutas interativas e das trocas comportamentais manifestadas das quais se tende a denunciar os efeitos patogênicos. A terapia sistêmica possui as suas próprias técnicas (contra- paradoxo, conotação positiva, desqualificação, redefinição, reenquadramento e provocação) para clarificar a comunicação perturbada no sistema familiar (Doron & Poirot, 2001). ◼ A noção de família: é o conceito – chave da terapia familiar. Andolfi (1995) considera a família como um sistema de interação que supera e articula dentro dela os vários componentes individuais, e normas que regulam a sua vida como grupo. A família como um sistema aberto, social e auto – organizado: constituído por várias unidades ligadas no conjunto, por regras de comportamento e por funções dinâmicas em constante interação e com trocas com o exterior. ◼ A família é como um sistema ativo regulado: por regras desenvolvidas e modificáveis no tempo através de tentativas e erros que irão permitir aos vários membros experimentar o que é permitido na relação e aquilo que não é permitido. A família não é um ser passivo, mas sim um sistema intrinsecamente ativo, em que a mudança no seu interior (nascimento dos filhos, separação, luto, divórcio) ou no seu exterior (mudanças de trabalho, ou contexto de valores) irá repercutir – se no sistema de funcionamento familiar, exigindo um processo constante de adaptação (Andolfi, 1995). ◼ A familiar é um sistema aberto com interação com outros sistemas ( escola, emprego, bairro): as relações intra- familiares mantêm uma relação dialética com as relações sociais: irão condiciona – La ao mesmo tempo que será condicionadas pelas normas e valores da sociedade onde está inserida. A família é um sistema em constante transformação: e que se adapta às diferentes exigências das diversa fases do seu ciclo de desenvolvimento, assim como às mudanças e solicitações sociais com o fim de assegurar a continuidade e o crescimento psicossocial dos seus membros. A idéia de mudança, ou seja, cada família vai – se transformando ao longo do seu tempo de vida em três aspectos fundamentais: estrutural, inteireção e o funcional. A mudança é um conceito fundamental para perceber a família dentro do conceito sistêmico. A escolha da intervenção sistêmica: a consulta psicológica da terapia familiar A terapia familiar no âmbito da consulta psicológica, irá atravessar diversas etapas que vão conduzir a concretização de um determinado objetivo. Optar por uma intervenção sistema leva que a família deve ser entendida e analisada como um todo, em que se um membro tem um determinado problema, toda a família contribui para a sua manutenção ou resolução. A intervenção sistêmica defende que o terapeuta deve convocar toda a família procurando estabelecer, desde logo, uma atmosfera de cooperação e confidencialidade. Dentro da terapia familiar o terapeuta deve se apoiar em uma teoria da família e deve satisfazer os seguintes requisitos: ◼ 1 – Descrever e explicar a estrutura familiar, a sua dinâmica, processo e mudança ◼ 2 – Descrever as estruturas interpessoais e as dinâmicas emocionais dentro da família ◼ 3 – Ter em conta a família como ligação entre o individual e a cultura ◼ 4 - Descrever o processo de individuação e a diferenciação dos membros da família ◼ 5 - Prever a saúde e a patologia dentro da família, isto é, ter um conjunto de hipóteses acerca do funcionamento familiar e das causas da disfunção. ◼ 6 - Prescrever estratégias terapêuticas para lidar com a disfunção familiar. (cit. Em Gameiro, 1992). O processo terapêutico pode ser definido como a psicoterapia de um sistema social natural, utilizando a técnica base que é a entrevista interpessoal conjunta (o terapeuta vai – se desenrolando através de diversas entrevistas com os elementos da família, o terapeuta pode trabalhar diretamente com um só individuo, ou com mais subsistema. O ritimo e periodicidade das entrevistas variam conforme o terapeuta, podem ser mais ou menos espaçadas, regulares ou não. A função do terapeuta é ainda, a de compreender o problema em termos e interação de todos os membros da família, o objetivo da terapia não é apenas mudar, mas fundamentalmente aprender a mudar, a mudança é a condição dessa aprendizagem, pois é necessário que o sistema mude para aprender a mudar. ◼ BIBIOGRAFIA ◼ Andolfi, M. (1995). A terapia familiar (cap. I). Lisboa: Veja Universidade ◼ Bloch, D. (1979) Techniques de base em therapie familiale. (p.21-49). Paris: Jean – Pierre Delarge. ◼ Doron, R.& Parot, F. (2001) Dicionário de Psicologia: Lisboa: CLlimepsi ◼ Gameiro, M. (1992): Voando sobre a Psiquiatria. Porto: Edições Afrontamento ◼ Graham, P. (2002). Cognitive – Behaviour Therapy for children and families. (Cap. 11). ◼ Relvas, A. P. (1999) Conversas com famílias: discursos e perspectivas em terapia familiar (p.11-38). Porto: Afrontamento. ◼ Sampaio. D & Gameiro, M. (1995) Terapia Familiar: Porto: Edições Afrontamento. ◼ Relvas, A. P. (2002). A terapia familiar em Portugal. Psychologica (nº31). Coimbra: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.