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Aula04 Pensamento Sistêmico

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

A Perspectiva Sistêmica

PROFa. ALINE NOGUEIRA DE LIRA


UM POUCO DE HISTÓRIA

 Primeiros trabalhos de estudos psicológicos


com a família: meados do século XX
 Pós-Guerra - Movimentos sociais da
contracultura: malefícios que o meio social
pode produzir aos homens
A família ficou sob suspeita:
potencializadora do desenvolvimento x A FAMÍLIA COMO O
adoecedora “PACIENTE”
 1960: Teóricos da Cibernética ou
movimentos terapêuticos grupais
trouxeram definitivamente a família para a
cena clínica
UM POUCO DE HISTÓRIA

O tratamento focalizava o indivíduo

“Santuário” Psicoterapêutico:
empreendimento privado

No campo da psiquiatria: não é possível


compreender e tratar o paciente portador
de transtornos mentais sem que se leve
em consideração e trate também a família

Nichols & Schwartz, 2006/2007)


TERAPIA FAMILIAR
 Década de 1950 (EUA): Gregory Bateson,
em Palo Alto – intervenções com pacientes
portadores de esquizofrenia

 Tratamento da família inteira

 O objetivo da terapia familiar é mudar o


padrão de interação disfuncional da família

(Costa, 2010); Minuchin (2006/2007)


PRINCIPAIS BASES TEÓRICAS

Teoria da Cibernética Teoria Geral dos Teoria da


Sistemas Comunicação Humana
- O conceito de - A família é um sistema
retroalimentação se aberto, formada por - As pessoas se
aplicará às famílias para subsistemas relacionam através da
entender o - A família é um todo
comunicação
funcionamento saudável organizado
e disfuncional - Seus membros são
interdependentes
Resumindo...

 As famílias tendem a autoorganização;


 A família é um sistema aberto e organizado por subsistemas
 Considerar a reciprocidade como influência mútua nos
relacionamentos;
 Analisar as interações e os problemas vivenciados como produto de
uma causalidade circular;
 Valorizar o processo de comunicação;
 O sintoma é ao mesmo tempo expressão de um sofrimento familiar e
possibilidade de estabilização do sistema;
 Perceber a emergência de problemas e conflitos considerando a
passagem da vida familiar por ciclos.
CIBERNÉTICA

Antropólogo inglês Gregory Bateson


(1904-1980)
Estudo dos mecanismos de feedback em
sistemas que se autorregulam

RETROALIMENTAÇÃO – CIRCULARIDADE –
A CONTINUIDADE MANUTENÇÃO DA ESTABILIDADE
(HOMEOSTASE)
CIBERNÉTICA

A família tem tendência a manter estabilidade usando o


feedback de informações sobre o seu desempenho

A ideia primordial que deu origem à cibernética é que há uma


pauta organizadora dos processos físicos e mentais

Uma metáfora importante para descrever como as famílias


mantêm a sua estabilidade

 Na cibernética é impossível separar a estabilidade da mudança –


lados complementares da moeda sistêmica
A implicação clínica da epistemologia cibernética de Bateson
está na ideia de interdependência do ecossistema formado
por ambos os sistemas
A repercussão de uma mudança gera transformações em
outros pontos desse ecossistema, tal como ocorre na relação
entre o ser humano e a natureza
A palavra cibernética signifique a “arte de pilotar”- perdeu
seu aspecto de controle e adquiriu um sentido mais amplo,
integrando mente e natureza

https://youtu.be/UirW2aBP-PY
A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS

Bertalanffy (1901-1972) O biólogo austríaco


Desenvolveu as ideias nos
EUA
Teve origem na matemática,
física e engenharia (década
de
As 40)
mesmas leis que regem os
sistemas abertos, como físico-
químicos e os biológicos, podiam ser
aplicados aos familiares
A TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
 A família é um sistema aberto na sua interrelação com o meio

 Nesse sistema, cada membro da família tem sua localização dada


pelas relações que estabelece com as outras partes. Estas relações
dão sentido à função de cada um no sistema familiar

 Um membro familiar tem um sintoma e é um sintoma da família

 Sintoma: função homeostática

 O paciente mental deveria ser tratado como parte de um sistema, o


sistema familiar
A TEORIA DA COMUNICAÇÃO
HUMANA
 Psicólogo e filósofo austríaco Paul Watzlawick (1921-2007)
 Pragmática da comunicação humana

 Axiomas
1) Todo comportamento numa situação interacional tem valor de
mensagem, ou seja, é comunicação

2) Qualquer comunicação implica um envolvimento e, como


conseqüência, define a relação

3) A comunicação pode ser simétrica ou complementar


TERAPIA FAMILIAR

1990: Interpretativos
1960: surge a TF e discursivos …

1970 e 1980:
2000: Sistemas
surgem as escolas
mais amplos
“NOVO PARADIGMA” – Esteves de Vasconcelos

 Evolução da física (física


quântica; termodinâmica;  Não neutralidade do
cibernética) terapeuta

 Sistema familiar: sistema  Terapeuta é mais um no


complexo, “multiverso” sistema - Sistema terapêutico

 A instabilidade é uma  Revisão de conceitos e


característica-chave aproximação de novas escolas

 Intersubjetividade
“NOVO PARADIGMA” – Esteves
Vasconcelos
 Mudança do paradigma da ciência tradicional (demonstração da
verdade) para o novo paradigma da ciência contemporânea
(critério de co-construção das verdades num espaço
intersubjetivo)

 Avanços que definiram esta mudança de paradigma:

COMPLEXIDAD INSTABILIDAD INSTABILIDAD


E E E
ESCOLAS CLÁSSICAS DE TERAPIA
FAMILIAR

Escolas Terapia
Intergeracion Familiar
ais Estratégica

Terapia
Escola
Familiar
Experiencial
Estrutural
ESCOLAS DE TERAPIA FAMILIAR (NOVO
PARADIGMÁTICA)

Narrativis Resiliênci
ta a Familiar

Sociodra
Psicanális
ma
e Vincular
Familiar
BIBLIOGRAFIA

Baptista, M. N., & Teodoro, M. L. M. (2012). Psicologia da Família: Teoria, avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed Editora.

Costa, L. F. (2010). A perspectiva sistêmica para a clínica da família. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26, 95-104.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (1995). Terapia familiar sistêmica. Bases cibernéticas. Campinas: Psy.

Esteves de Vasconcellos, M. J. (2002). Pensamento sistêmico. O novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus.

Féres-Carneiro, T. (1996). Terapia familiar: Das divergências às possibilidades de articulação dos diferentes enfoques. Psicologia: Ciência e
Profissão, 16, 38-42.

Nichols, M. P. & Schwartz, R.C. (2007). Terapia familiar: Conceitos e métodos. Porto Alegre: Artmed Editora.

Minuchin, P., Colapinto, J., & Minuchin, S. (1999). A Estrutura: Uma orientação sistêmica e uma abordagem centralizada na família. In P.
Minuchin, J. Colapinto & S. Minuchin (pp. 19-73), Trabalhando com famílias pobres. Porto Alegre: Artmed Editora.

Szymanski, H. (2002). Teorias e “teorias”de famílias. In M. C. B de Carvalho (Org.), A família contemporânea em debate (pp. 23-27).
OBRIGADA!!!

alinelira@unifor.br

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