Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Explorando o Pensamento Sistemico e A Teoria Dos Sistemas Unidade Iv - Final-1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

EXPLORANDO O

PENSAMENTO SISTÊMICO
E A TEORIA DOS SISTEMAS
UNIDADE IV
A PSICOTERAPIA SISTÊMICA
Elaboração
Ducinéia Morais da Silva

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
A PSICOTERAPIA SISTÊMICA.................................................................................................................................................5

CAPÍTULO 1
A TEORIA SISTÊMICA E A PÓS-MODERNIDADE.................................................................................................. 5

CAPÍTULO 2
MÉTODO E ABORDAGEM NA TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA................................................................... 12

CAPÍTULO 3
A TERAPIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA................................................................................... 15

PARA NÃO FINALIZAR..........................................................................................................................22

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................24
A PSICOTERAPIA
SISTÊMICA
UNIDADE IV

Finalmente chegamos à nossa última unidade e nesta convém convidar o aluno para o
aprendizado sobre os novos acontecimentos pós-modernidade que sucederam depois
da teoria sistêmica. Quais são os métodos e abordagem utilizada na Terapia Familiar
Sistêmica; por fim, faremos um mergulho na Terapia da Constelação Familiar Sistêmica.

Capítulo 1
A TEORIA SISTÊMICA E A PÓS-MODERNIDADE

"[...] as questões emocionais não resolvidas continuam conosco,


tornando-nos vulneráveis a repetir conflitos que nunca chegamos a
resolver com nossas famílias". (NICHOLS; SCHWARTZ, 2007, p. 49).

A segunda metade do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças


na história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas
tecnologias de comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças
paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições.

De modo geral, as críticas apontam para as raízes da maioria dos conceitos sobre a
humanidade e seus aspectos, constituídas no século XV e consolidadas no século XVIII.
A Modernidade surgida nesse período é criticada em seus pilares fundamentais, como a
crença na Verdade, alcançável pela Razão, e na linearidade histórica rumo ao progresso.

Para substituir estes paradigmas, são propostos novos valores, menos fechados e
categorizantes. Estes serviriam de base para o período que se tenta anunciar — no
pensamento, na ciência e na tecnologia — de superação da Modernidade. Seria, então,
o primeiro período histórico a já nascer batizado: a pós-modernidade.

Dito isto, a Teoria Sistêmica teve a sua contribuição importantíssima nessa nova era
pós-modernismo, contribui com evidências sobre o pensamento sistêmico e suas
características, promovendo saberes diferenciados e autênticos para a nova realidade.

5
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

Com isso, novos conhecimentos epistemológicos foram sendo conduzidos historicamente


e transformando a ciência paradigmática da lógica/mecanicista para uma outra
concepção de visão de mundo, totalidade/sistêmico.

Segundo Grandesso (2020), “o pós-modernismo pode ser compreendido como uma


mudança paradigmática que surge da crise do modelo epistemológico da modernidade,
colocando em xeque, dentre outras coisas”.

A teoria sistêmica foi percursora para a grande mudança acontecer, com o axioma
(hipótese) principal do todo é maior que as partes, fizeram o modelo linear ser
substituído pelo modelo circular (padrão interativo).

Você já deve ter ouvido, alguma vez na vida, o ditado: “nenhuma pessoa é uma ilha”.
Pois esta frase retrata muito bem o que iremos apresentar nessa unidade por meio do
conhecimento sobre a psicoterapia sistêmica.

1.1. Da Psico-terapia à Psico-Sistêmica


Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas (TGS) proposta por Bertalanffy que já
abordamos bastante na Unidade I, na Cibernética de Wiener (compreende os processos
físicos, fisiológico, psicológico etc. de transformação da informação, é a teoria dos
sistemas de controle baseada na comunicação entre os sistemas e o meio/ambiente e
dentro do próprio sistema) e na Teoria da Comunicação (hipótese do duplo vínculo, ou
seja, uma forma de comunicação paradoxal que tem profundas implicações nas relações
interpessoais) formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática sistêmica.

A Terapia/Psicoterapia Sistêmica é uma abordagem terapêutica que observa o sujeito


em seu meio, normalmente a família e toda a sua dinâmica familiar. Não o considera
isoladamente, mas no sistema em que se criou e vive; possibilita uma visão mais ampla
do sujeito, das relações, das dificuldades, das demandas/problemáticas apresentadas
e das possíveis soluções.

A abordagem sistêmica na psicologia tem suas raízes na terapia familiar. Desenvolvida


com inspiração na teoria geral de sistemas, na teoria cibernética, entre outras, esta
abordagem sistêmica tem recebido críticas do construcionismo social pós-moderno,
por sua visão estruturalista e mecanicista.

A literatura científica oferece novos paradigmas epistemológicos, com inspiração nos


sistemas dinâmicos, os quais possibilitam um novo olhar para a abordagem sistêmica
na psicologia. Assim, sugere-se a adoção de uma integração da perspectiva de
auto-organização paralelamente à autorregulação.

6
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

O pensamento sistêmico tem sido a “virada de chave” para resoluções de questões de


modo generalizado, pois atualmente é aplicado em diferentes abordagens de diversos
segmentos.

Tal abordagem é realmente diferentemente de todas as anteriores, pode-se considerar


que a sistêmica no campo da psicologia foi introduzida por conta, de alguns profissionais
ficarem insatisfeitos com a própria prática terapêutica e não em relação à acadêmica.

Por isso, os terapeutas sistêmicos, tendem a visar a família como um sistema único,
integral, vivo e dinâmico, também compreende o sistema familiar como vários
subsistemas (conjugal, paterno/materno, filial, fraterno, entre outros), os quais funcionam
com base nas características do sistema familiar (hierarquia, fronteiras, regras, modos
de comunicação etc.).

O que é a terapia sistêmica? Como ela acontece? c/ Marcela.

https://www.youtube.com/watch?v=OwfhTvR-aW4.

1.2. Um olhar para a psicoterapia sistêmica familiar


A Terapia Sistêmica Familiar surgiu da contribuição de autores das mais diferentes
áreas do saber. Surgiu aproximadamente na década 1950, com alguns precursores:
pesquisadores, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, dentre outros mais.

Nichols e Schwartz (2007) definem as etapas de desenvolvimento da terapia familiar


dizendo que ela nasceu na década de 1950, cresceu nos anos 1960 e ficou adulta na
década de 1970. Portanto, a terapia familiar recebeu definições e nomenclaturas mais
específicas, como sistêmica, estratégica, estrutural, boweniana, experiencial somente a
partir da década de 1970.

As situações trazidas em consultórios pelos clientes sempre relacionavam ao atendimento


da área da terapia familiar: relações disfuncionais, problemas com cônjuges, filhos etc.

No entanto, antes o foco era mais voltado para o indivíduo que para a família, não sendo
comum que problemas fossem relacionados à dinâmica familiar: tratava-se o paciente
identificado e praticava-se o afastamento da família. Tanto em hospitais psiquiátricos
e até mesmos nos consultórios, o afastamento da família era visto como necessário ao
tratamento (NICHOLS; SCHWARTZ, 2007).

7
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

Com a demanda crescente sob esta ótica e visto a necessidade neste contexto, percebeu-se
a colocação precisa dos profissionais quanto ao seu papel da família em tratamento,
nascendo, então, uma terapia direcionada a este trabalho.

Tomou como base a mudança na organização da família para resolução dos problemas
trazidos. Essa linha de terapia ainda entendia que, mesmo quando suas atividades
focavam a mudança de somente uma pessoa de uma família, todo o sistema familiar
seria afetado por ela e sofreria mudanças também.

Para Nichols e Schwartz (2006/2007), a abordagem individual e a familiar oferecem


condições de compreensão e ajuda para a resolução de conflitos e alívio do sofrimento
humano. A mudança individual favorece a mudança familiar e vice-versa.

No entanto, a TF presta-se melhor ao enfrentamento terapêutico de determinados


problemas interacionais (queixas entre membros da família ou entre o casal) ou
problemas ligados a momentos de transição da vida familiar (como adolescência e uso
de drogas).

A Terapia Familiar traz para análise o campo de interseção dos indivíduos em família, e
desta com o ambiente sociocomunitário que a circunda, enfocando sistemas, subsistemas
e sistemas mais amplos em conexão.

Vamos pensar nesse exemplo a seguir?

Para tentar compreender o comportamento de uma criança, fazia-se necessário


solicitar que ela viesse para a entrevista junto com os demais membros da família
origem (pais, irmãos) e, até algumas vezes, a família ampliada (avós, tios, cuidadores)
pode ser convidada, pois faz parte e pode ser muito significativa no trabalho
sistêmico familiar.

É importante pensarmos que, para a abordagem sistêmica fluir, necessita de encontrar


respostas na interação do indivíduo com a sua família e o meio em que está inserido.
O terapeuta sistêmico tem a principal tarefa de promover o despertar de seus clientes
para a importância dessas interações familiares. Pois, pensar que quando um muda,
todos mudam, o sistema muda, talvez esta seja uma das premissas fundamentais para
abordagem, como processo de mudança e transformação do sujeito e do sistema
num todo:

Por isso, acredita-se que um terapeuta sistêmico deva ter uma


abordagem de atendimento em que possa utilizar, como ferramenta,
não somente um instrumento proposto por uma determinada escola,

8
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

mas, estando habilitado em várias ferramentas propostas pelas diversas


escolas, selecionar a técnica que seja mais eficiente para tratar a queixa
apresentada pela família ou paciente identificado (CORDIOLI, 2009).

1.3. Ferramentas da teoria de sistemas/abordagem


sistêmica na psicologia
» Retroalimentação (feedback): enfoque circular de causalidade, na qual o efeito
é realimentada como causa. Existe uma retroalimentação positiva, que predispõe
à mudança, e uma negativa, a qual busca a homeostase do sistema, ou seja, a
manutenção de um estado de equilíbrio;

» Caixa-preta: um sistema psicossocial pode ser examinado somente a partir da


relação entre suas saídas (comportamentos, emoções, sintomas, ações) e suas
entradas (disposições psicogenéticas, e estímulos do ambiente psicossocial), sem
que seja necessário compreender a estrutura dos processos mentais privados, mas
apenas como alteram funcionalmente os comportamentos.

» Equifinalidade: em um sistema fechado, o estado final pode ser determinado


inequivocamente pelas condições iniciais, mas isso pode não ocorrer em sistemas
complexos. Além disso, um sistema psicossocial é um sistema aberto, em que se
pode atingir um estado final idêntico com origem em condições iniciais distintas,
e por meio de diversas formas e meios de desenvolvimento.

» Totalidade e não-somatividade: um sistema não pode ser compreendido apenas


a partir da soma das partes, pois estas estão inter-relacionadas.

» Complexidade: sistemas amplos, redes, ecossistemas, causalidade circular,


recursividade, contradições, pensamento complexo.

» Instabilidade: desordem, evolução, imprevisibilidade, saltos qualitativos,


auto-organização, incontrolabilidade. Tudo está em constante movimento é preciso
portanto, considerar a situação em que você sempre Está e nunca É.

» Intersubjetividade: inclusão do observador, autorreferência, significação da


experiência na conversação, co-construção. Sempre precisa ser validada, ou seja,
acatada pelo observador.

» Não-somatividade: afirma que o sistema não é a soma das partes, devendo-se


considerar o todo em sua complexidade e organização; assim, embora o indivíduo
faça parte da família, ele mantém sua individualidade.

9
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

» Homeostase: é o processo de autorregulação que mantém a estabilidade do


sistema preservando seu funcionamento, ou seja, como o sistema se retroalimenta
para manter a mesma dinâmica. Quando não há por parte dos elementos do
sistema uma disposição para mudar a retroalimentação desse sistema.

» Morfogênese: é o processo oposto à homeostase, ou seja, é a característica


dos sistemas abertos de absorver os aspectos externos do meio e mudar sua
organização. Quando há uma disposição por parte dos elementos do sistema
para mudar a forma de retroalimentação desse sistema, reorganizando o sistema.

» Circularidade: também chamada de causalidade circular, bilateralidade ou


não unilateralidade, diz respeito à relação bilateral entre elementos, sendo
que esta relação é não linear e obedece a uma sequência circular. Envolve
muitos fatores e não apenas um fator determinante.

» Equicausalidade: pode-se ter as mesmas causas, mas o sistema pode tomar


direções completamente diferenciadas, ratificando a ideia de que todo sistema é
aberto.

» Sinergia: os elementos estão interagindo, ou seja, os elementos do sistema estão


conectados, possuem o mesmo dinamismo e objetivos dentro daquele contexto.

» Entropia: não há sinergia dentro do sistema. Os objetivos são diferentes e seus


elementos estão desconectados com o sistema.

» Paciente Identificado (PI): termo usado para aquele membro do sistema que
é identificado ou apontado pelos demais membros como a causa de todos os
problemas que corrompem o bom funcionamento do sistema. Porém, o Psicólogo
Sistêmico não vê no sistema a existência de um PI, o próprio sistema que o aponta.

» Funcional: há uma satisfação entre os membros da família. O sistema é bom para


todos, então é considerado funcional.

» Disfuncional: ocorrem insatisfações entre os membros da família, bastando que


apenas um membro esteja insatisfeito para que seja disfuncional o sistema.

Além da teoria geral dos sistemas, compõem o arcabouço da abordagem sistêmica na


psicologia:

» Teoria da pragmática da comunicação humana (WATZLAWICK et al., 1967):


considera-se que os significados são objeto dos significados, a construção
desses significados de comunicação, os sinais e a linguagem e a transmissão de
informação. A pragmática da comunicação aborda a comunicação como conduta
comportamental.

10
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

» Teoria cibernética (WIENER, 1948): evoluiu da chamada “primeira cibernética”,


com uma visão focada na homeostase do sistema psicossocial, para a “segunda
cibernética”, que consolidou o enfoque circular sistêmico por meio do
questionamento circular e da mudança adaptativa (retroalimentação positiva).

» Teoria da informação (SHANNON, 1948): incorpora conceitos de fonte de


informação, mensagem, transmissor, sinal, canal, ruído, receptor.

» Teoria dos jogos (VON NEUMANN; MORGENSTERN, 1945): incorpora modelos


para a tomada de decisão.

11
Capítulo 2
MÉTODO E ABORDAGEM NA TERAPIA FAMILIAR
SISTÊMICA

Normalmente, é mais usual falarmos em terapia individual, e como fica quando a


questão é sistêmica familiar? Sabe-se que a família tem uma grande importância para
o desenvolvimento humano, é como uma parte integrante de nossa estrutura e a base
fortalecedora de vínculos ou não.

Hoje faz muito sentido a existência de uma terapia familiar sistêmica, nem sempre a família
recebeu tanta importância no estudo do comportamento humano. Pois é por meio desta
abordagem e método que profissionais da área conseguem com a terapia sistêmica não
envolver só indivíduo de forma isolado, mas sim um sistema de indivíduos/familiares.

Tabela 5. Terapia Individual X Terapia Sistêmica.

Diferenciação Terapia Individual Terapia Sistêmica Familiar


Indivíduos em
Nunca mais de um Dois ou mais
terapia
Sem observador, sem registro Muitas vezes como supervisão direta, com
Setting
em áudio ou vídeo registro e áudio
Frequência De 1 a 5 vezes/semana Habitualmente semanal a 3 em 3 semanas
Duração Anos Habitualmente semanas ou meses
Definição de Conflito intrapsíquico ou
Disfunção no sistema em causas
patologia defeito na estrutura psicológica
Intervenções verbais, Muito variadas, ativas, prescrições,
Técnica
sobretudo de interpretação instruções paradoxais etc.
Modificações nos processos de interação
Objetivos Promoção de insights de modo haver correção na disfunção do
sistema

Fonte: Sampaio, 1984.

Adeptos da prática terapeuta sistêmica familiar consideram que a família seja um sistema
equilibrado, nesse mesmo âmbito, são as regras do funcionamento dos relacionamentos
que mantêm o equilíbrio do todo.

O estudo e o interesse pela participação da família na construção dos conflitos e do


sofrimento decorrente destes últimos vêm desde os primórdios das ciências psicológicas.

A família passa, então, a ser a protagonista da cena com o reconhecimento de que seu
estudo auxilia a compreensão da dimensão individual do conflito. A partir daí é que se
desenvolvem os modelos sistêmicos da TF.

A terapia familiar enfatiza mudanças no sistema familiar, está preocupada com problemas
de dinâmica, além disso, essas alterações ocorrem sobretudo por meio da reorganização

12
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

da comunicação entre os membros da família. No momento da terapia, todos os


envolvidos revisitam acordos, crenças e dinâmicas a fim de tratar o sistema como
um todo.

2.1. Abordagens intrassistêmicas familiar


Diante dessas pontuações, pode-se considerar a existência de três abordagens feitas
pela terapia familiar sistêmica: Estrutural, Transgeracional (recorre à ferramenta do
genograma) e Estratégica breve. Vamos conhecê-las a seguir?

a. Estrutural: proposta pelo terapeuta familiar Salvador Minuchin, essa corrente


acredita que a maneira como a família se organiza pode provocar uma disfunção
no sistema.

“Por exemplo, uma filha pode estar confrontando a mãe. Minuchin diria assim:
‘essa menina está sentada sobre os ombros do pai, por isso, está tão grande
e poderosa. Você é a pequena, seu pai e sua mãe são os grandes’ e colocaria
cada membro posicionado de forma a reorganizar o sistema de acordo com o
que ele acreditava ser a organização normal”. Ainda segundo a psicóloga, nesta
abordagem, as fronteiras da família também são observadas, podendo ser mais
frágeis ou muito rígidas.

b. Transgeracional: essa corrente recorre à ferramenta do genograma (representação


gráfica da família) para identificar, ao longo de pelo menos três gerações, as
informações importantes ao entendimento dos problemas atuais, que são
repetições de padrões familiares anteriores.

c. Estratégica breve: com destaque para as escolas de Milão e Palo Alto, essa
abordagem dá ênfase ao uso de tarefas com instruções paradoxais para favorecer
a alteração de padrões de comunicação que trazem sofrimento. “Utilizam-se
também de perguntas circulares, quando um membro fala como vê a interação
entre os outros integrantes e que ampliam, ao invés de fechar, a compreensão de
uma questão”.

Com tantas mudanças pós-modernidade, principalmente ao contexto familiar, a visão


trazida pelas Escolas de Terapia Familiar Sistêmica amplia a perspectiva de enxergar
essas novas configurações trazendo algumas propriedades da Teoria Geral dos
Sistemas, como a Totalidade, Homeostase e Circularidade para se enxergar a família
com maior complexidade.

13
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

Assim a família é reconhecida como um sistema vivo em sua estrutura, com conceitos
sobre fronteiras, subsistemas e papéis. Desta forma, a família pode ser atendida ainda
que seu modelo não seja o tradicional, pois qualquer que seja sua formatação (extensa,
reconstituída, monoparental, com padrasto ou madrasta, entre outras), a visão sistêmica
tem aplicabilidade:

A família pode ser compreendida, então, como um sistema em relação,


que deve ser visto em seu contexto (um sistema em relação com outros
sistemas); em sua complexidade (com interações múltiplas e diversas);
em sua instabilidade (articulações e mudanças em constante andamento)
e em sua intersubjetividade-realidades múltiplas decorrentes de
interações (VASCONCELLOS, 2002).

2.2. Processos metodológicos


Os procedimentos estão ordenados pela descrição da queixa inicial apresentada pela
família quando da procura pelo atendimento terapêutico, seguida da composição
familiar, apresentação das sessões dos atendimentos realizados e os resultados
analisados à luz da visão sistêmica e das escolas de terapia familiar.

Alguns autores da Escola de Milão foram precursores em colocar conceitos fundamentais


do estudo teórico-metodológico em questão. Esse núcleo preocupou-se com
apresentação de recursos e ações que envolvessem todos os membros da família como:

» Questionamento circular (reflete o conceito de circularidade, de que os sistemas


vivos são caracterizados por formações de círculos relacionais).

» Conotação positiva (adoção de rituais, que são ações prescritas para


dramatização).

» Elaboração de hipóteses (ideia de que o terapeuta e os membros da família estão


construindo e “testando” explicações sobre o que se passa com a família).

14
Capítulo 3
A TERAPIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA

"Temos que nos retirar para nos darmos conta de uma união mais
profunda. Se soltarmos aquilo que já passou, podemos fechar o círculo;
pode surgir espaço onde o velho morre e o novo nasce".
(HELLINGER, 2009)

A Constelação Familiar Sistêmica é bem mais do que uma ferramenta terapêutica, é uma
filosofia/sabedoria de vida e para a vida. É um método de terapia breve, desenvolvido
pelo alemão Bert Hellinger, padre, filósofo, psicoterapeuta, o qual foi indicado para o
Nobel da Paz em 2006.

Sua história se inicia com a eclosão da 2ª Guerra Mundial, na qual foi recrutado para
guerra e logo capturado pelas tropas americanas passando um ano como prisioneiro
de Guerra. Após este acontecimento em sua vida, pode retornar para Berlim onde serviu
em uma ordem Missionária Católica, cujo foi enviado para África do Sul.

Hellinger viveu aproximadamente 16 anos na África, ele se envolveu com a tribo Zulu,
aprendendo muitas coisas, inclusive podendo observar como era grande o respeito que
os filhos possuíam pelos seus pais, a forma como as mães Zulus tratavam suas crianças,
observou também que neste ambiente da tribo existiam poucos conflitos familiares.

Constelação Familiar – Bert Hellinger – Uma vida (Documentário 90 anos)

https://www.youtube.com/watch?v=I0ul_IDtRxM.

Foi graças a sua/essa rica experiência, sua profunda observação sobre famílias ao longo
de suas vivências e todo o seu desenvolvimento empírico, que culminou no seu grande
projeto de sucesso: o método/terapia da constelação familiar (Familienstellen):

Trata-se de uma tecnologia, que em sua aplicação prática, tem como


objeto de trabalho, a família: célula mater da sociedade. Sistema ao qual
a pessoa pertence e que determina suas interações futuras, pois, de
acordo com Bucher, “a família, enquanto unidade sistêmica, se apresenta
como sendo a base do processo de individuação de seus membros e,
por sua vez, é também influenciada por eles”. Segundo Hellinger, as
dificuldades que um indivíduo enfrenta ao longo da vida, tem origem
no sistema familiar (OLDONI, 2018).

15
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

HEELINGER, Bert. Bert Hellinger: Meu Trabalho, Minha Vida. 1. ed. São Paulo:
Cultrix, 2020.

Caminhos da Reportagem | Constelação Familiar: explicando relacionamentos.

https://www.youtube.com/watch?v=cXp9TTeCfvk.

Ele começou sua pesquisa sobre o fenômeno da representação em 1978 e descobriu as


leis básicas da vida, que o chamou de “Ordens do Amor”. Estas ordens formam a base
da Constelação Familiar.

O método terapêutico da constelação familiar é um procedimento de representação


gráfica em que as pessoas são colocadas no espaço representando membros de uma
família, uma empresa ou um produto, a fim de fazer uma leitura de uma dinâmica a
partir dessas pessoas correlacionadas.

A Constelação Familiar é uma ferramenta útil e de grande importância, onde as


decisões/questões são necessárias, ou seja, onde há uma necessidade urgente
para agir.

O objetivo desta técnica é colocar o sistema (familiar, organizacional etc.) em ordem


e, com isto, auxiliar pessoas/família/ambiente a desvendar as demandas que surgem
e podem ocasionar de diversas formas como: fracasso, doenças, desorientação, vícios,
agressão, desejo de morte e muito mais. Muitas vezes, essas problemáticas estão ocultas
no sistema familiar e cria emaranhamentos (desordens) aos membros deste sistema,
trazendo sofrimento e conflitos.

Emaranhamento significa que alguém na família retoma e revive


inconscientemente o destino de um familiar que viveu antes dele. Se,
por exemplo, numa família, uma criança foi entregue para a adoção,
mesmo numa geração anterior, então um membro posterior dessa
família se comporta como se ele mesmo tivesse sido entregue. Sem
conhecer esse emaranhamento não poderá se livrar dele (HELLINGER;
HÖVEL, 2007, p. 13).

16
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

Figura 15. Constelando famílias.

Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/fam%c3%adlia-pai-m%c3%a3e-quebra-
cabe%c3%a7a-1480074/. Acesso em: 3/9/2022.

A constelação familiar leva em consideração padrões que se repetem ao longo de


gerações. Sempre trata da vida e da morte, de ser ou não ser. Qualquer pessoa que
tenha experimentado as Constelações Familiares notará que o movimento interior
inevitavelmente vai sempre em frente, ou seja, em direção à vida.

Sabe-se que quando planejamos algumas coisas, muitas vezes, não conseguimos
realizá-las, talvez, porque os emaranhamentos da vida, família, nos impedem de
fazer isso.

Ao libertar os velhos vínculos inconscientes tanto coletivo como individual, nosso foco
se dirige para o verdadeiro amor, afeto, atenção e respeito e podemos ver as coisas
acontecerem, se tornam realidade.

A verdadeira razão da constelação familiar é gerar informação e colocar o sistema em


ordem, quando isto acontece, libera a pessoa de situações em que estava envolvida
inconscientemente por diversos motivos.

A Constelação Familiar leva à percepção/consciência de que nunca é tarde demais para


uma vida satisfatória, plena e feliz. Para cada pessoa, só há um lugar certo na família,
e esse é o seu próprio lugar. Uma vez encontrado e tomado este lugar, uma nova
perspectiva se abre, o que torna a pessoa capaz de agir.

3.1. As ordens do Amor


O pai da constelação familiar, Hellinger, determinou que esta abordagem parte do
pressuposto de que todo ser humano pertence a um sistema, a uma família. Ela é
aplicada considerando os padrões familiares que se repetem ao logo de gerações, e

17
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

como o indivíduo pode estar atuando mais em função da consciência familiar do que
da própria.

Todos vivem, de forma privada e profissional, sempre em relacionamentos. A família


é a base para cada ser humano. Quem quer encontrar o seu lugar certo e a sua tarefa
na vida deve conhecer os princípios básicos da vida, as “Ordens do Amor”, que foram
descobertas por Bert Hellinger, e integrá-las na sua vida.

As Ordens do Amor são leis universais da vida, independentes da cor da pele, da cultura
e da religião. Elas são a base para o sucesso da vida em todos os níveis. Tem como
norte três ordens:

HELLINGER, Bert. Ordens do amor: um guia para o trabalho com constelações


familiares. Trad. Newton de Araújo Queiroz. Rev. Heloisa Giancoli Tironi, Tsuyuko
Jinno-Spelter. São Paulo: Cultrix, 2007.

» Hierarquia: é uma ordem cronológica, que coloca os pais antes que os filhos, o
primeiro filho antes do segundo, e o amor entre pai e mãe antes do amor entre
pais e filhos. Não se trata de definir um grau de importância, mas sim, respeitar
a ordem dos fatos.

» Equilíbrio entre dar e receber: se pauta pela necessidade de haver equilíbrio em


todas as relações, o que gera respeito e igualdade de condições.

» Pertencimento: todos os membros têm o direito e o dever de serem reconhecidos


como pertencentes à família, para que o sistema seja justo e equilibrado. Isso se
aplica também a quem morreu precocemente, a deficientes, a filhos abortados,
adotados etc.

Muitas vezes, são as crenças que herdamos dos nossos pais que nos mantêm
presos no passado. Estas foram criadas no subconsciente e agora estão no nosso
caminho. Isto evita mudanças de comportamento. Nas Constelações Familiares as
nossas crenças ocultas vêm à luz, podem ser questionadas, libertas e sobrescritas.
A decisão se você está pronto para isto é sua. Pense nisso!

3.2. Alguns benefícios/áreas de atuação da Constelação


Familiar
Os benefícios alcançados pela constelação familiar são inúmeros, hoje observamos que,
cada vez mais, ela está sendo usada para diversos problemas, antes sem solução, e que

18
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

muitos ambientes estão procurando-a para que possa ser um campo beneficiário às
pessoas e outras mais. Vejamos a seguir:

» Nas famílias: em todos os tipos de conflitos e problemas existenciais intrafamiliares.

» Com casais: para manter e melhorar o relacionamento, comunicação, desigualdade


na relação.

» Para os filhos: em todos os tipos de problemas: escolares, doença, agressividade,


TDAH, vícios ou bullying.

» Profissão/Trabalho: em caso de conflitos, fracasso profissional, insucesso,


inseguranças, frustração.

» Nos negócios e gestão: para a comunicação, hierarquia, tomada de decisões e


liderança.

» Em caso de doenças: para compreender os antecedentes e a dinâmica das doenças


e sintomas.

» Para vícios (todos os tipos): algo afetou profundamente e faz com que algo o
leva a depender de algo externo para que possa viver.

» Nos relacionamentos interpessoais: dificuldades com pessoas, brigas,


dependência afetiva, relação tóxica.

» Problemas de heranças: desentendimentos, duelos, perdas, roubos, inapropriados.

» Em caso de adoção: quando o processo é difícil de compreensão, filhos adotados.

» Em questão de dinheiro/financeiro: desequilíbrio com dinheiro, não saber cobrar,


não sentir merecedor(a), instabilidade financeira.

Áreas de atuação:

» Política.

» Grandes corporações, pequenas, médias e grandes empresas.

» Direção e administração empresarial.

» Escolas e universidades.

» Tribunais, Jurídico.

» Hospitais.

» Presídios.

» Naturalmente para todos os assuntos pessoais de indivíduos.

19
UNIDADE iv | A Psicoterapia Sistêmica

3.3. Prática da Constelação Familiar


Na constelação em grupos, os atendimentos costumam ser coletivos, a constelação
junta pessoas que não se conhecem e que representam papéis da vida de quem está
sendo “constelado”. Para participar, você diz seu problema e escolhe entre quem está
na sala para representar todos os inseridos na situação.

Para uma constelação individual presencial, o constelador(a) tem diante de si, a pessoa
a ser constelada, o campo mórfico, os bonecos e âncoras e outros elementos que irão
compor a necessidade da prática no momento.

No atendimento individual online, o constelador utiliza o mesmo material da prática


presencial individual como os bonecos e âncoras. Já quando a constelação acontece
também online, porém em grupo, podem ser usados bonecos, âncoras e pessoas como
representantes.

Figura 16. Prática de constelação com bonecos.

Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/constela%C3%A7%C3%A3o%20familiar/. Acesso em:


3/9/2022.

Normalmente o constelador(a) solicita ao constelado a “questão para onde ele quer


olhar”, é necessário que tenha uma questão e seja algo pertinente a nível de conflito
ou sofrimento que esteja causando a pessoa interessada, nunca por curiosidade ou só
porque quer resolver a vida de uma hora para outra.

A constelação familiar é um trabalho lindo, rico e profundo, ao mesmo tempo, sério


e respeitoso, não depende do outro acreditar ou não no processo. Todo o trabalho
é feito por meio do campo mórfico, não deve ser induzido pelo constelador. Não
tem espaço para sugestão, intuição ou simplesmente vontade própria de quem está
mediando o método.

20
A Psicoterapia Sistêmica | UNIDADE iv

A constelação familiar permite ao constelador, também denominado de


facilitador, acessar o campo morfogenético do cliente, ora constelado,
mais especificamente as suas memórias familiares, podendo, assim,
perceber o que está em desordem. Tal técnica pode ser desenvolvida: (1)
individualmente, ou seja, com a presença do facilitador, do constelado
e de bonecos playmobil, que representarão os membros de sua família;
e (2) coletivamente, através de dinâmicas em grupo, assemelhando-se
a uma peça teatral sem roteiro (CÉSPEDES, 2017).

O profissional que faz uso desta ferramenta necessita colocar a neutralidade a seu favor,
não conduzir com intenção e nem querer ajudar/salvar o constelando, pois as ordens
de ajuda são uma intervenção prejudicial no processo.

O sucesso da Constelação Familiar de Bert Hellinger se mostrou ainda mais visível graças
ao crescente números de adeptos. Bem, quando se há muitos casos fica possível mapear
com facilidade os ganhos gerais e em comum.

Ainda que cada situação defina o resultado, é perfeitamente possível ganhar:

1. Autoconhecimento: o trabalho das Constelações Familiares de Bert Hellinger


promove uma clareza imediata sobre si mesmo. Esse tipo de percepção torna
mais fácil o entendimento a respeito da própria essência e segurança contra os
bloqueios. Desse modo terá mais controle sobre as escolhas que faz, bem como
os resultados atingidos.

2. Equilíbrio: dado o modo de vida que temos, cada vez mais adoecemos por conta
dos conflitos internos alimentados diariamente. No momento em que a terapia
sistêmica entra em ação podemos distribuir adequadamente pesos e medidas. O
equilíbrio alcançado apazigua nossas emoções e dá autonomia sobre como nos
sentir e pensar.

3. Ressignificação pessoal: quando pensar que está no fim da jornada, a Constelação


revela que ainda possui opções e ramificações para escolher. Com isso pode refazer
as suas escolhas, definindo o que poderá levar a sua vida mais longe. É dar um
novo sentido para si mesmo e enriquecer ainda mais o caminho a ser perseguido.

Constelações individuais com bonecos por meio do movimento dos espíritos.

https://www.youtube.com/watch?v=7MsUwI2Eq90.

21
PARA NÃO FINALIZAR

“A vida” por Bert Hellinger (1925-2019)


A vida decepciona-o para você parar de viver com ilusões e ver a
realidade.

A vida destrói todo o supérfluo até que reste somente o importante.

A vida não te deixa em paz, para que deixe de culpar-se e aceite tudo
como “É”.

A vida vai retirar o que você tem, até você parar de reclamar e começar
agradecer.

A vida envia pessoas conflitantes para te curar, pra você deixar de olhar
para fora e começar a refletir o que você é por dentro.

A vida permite que você caia de novo e de novo, até que você decida
aprender a lição.

A vida lhe tira do caminho e lhe apresenta encruzilhadas, até que você
pare de querer controlar tudo e flua como um rio.

A vida coloca seus inimigos na estrada, até que você pare de “reagir”.

A vida te assusta e assustará quantas vezes for necessário, até que você
perca o medo e recupere sua fé.

A vida tira o seu amor verdadeiro, ele não concede ou permite, até que
você pare de tentar comprá-lo.

A vida lhe distancia das pessoas que você ama, até entender que não
somos esse corpo, mas a alma que ele contém.

A vida ri de você muitas e muitas vezes, até você parar de levar tudo
tão a sério e rir de si mesmo.

A vida quebra você em tantas partes quantas forem necessárias para a


luz penetrar em ti.

A vida confronta você com rebeldes, até que você pare de tentar
controlar.

A vida repete a mesma mensagem, se for preciso com gritos e tapas,


até você finalmente ouvir.

22
Para não finalizar

A vida envia raios e tempestades, para acordá-lo.

A vida o humilha e por vezes o derrota de novo e de novo até que você
decida deixar seu ego morrer.

A vida lhe nega bens e grandeza até que pare de querer bens e grandeza
e comece a servir.

A vida corta suas asas e poda suas raízes, até que não precise de asas
nem raízes, mas apenas desapareça nas formas e seu ser voe.

A vida lhe nega milagres, até que entenda que tudo é um milagre.

A vida encurta seu tempo, para você se apressar em aprender a viver.

A vida te ridiculariza até você se tornar nada, ninguém, para então


tornar-se tudo.

A vida não te dá o que você quer, mas o que você precisa para evoluir.

A vida te machuca e te atormenta até que você solte seus caprichos e


birras e aprecie a respiração.

A vida te esconde tesouros até que você aprenda a sair para a vida e
buscá-los.

A vida te nega Deus, até você vê-lo em todos e em tudo.

A vida te acorda, te poda, te quebra, te desaponta… Mas creia, isso é


para que seu melhor se manifeste… até que só o AMOR permaneça
em ti.

23
REFERÊNCIAS

BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas: aplicação à psicologia. In: BERTALANFFY, L. et al. (Ed.) Teoria
dos sistemas. Rio de Janeiro: FGV, 1976.

CALAPRICE, A. The ultimate quotable Einstein. Princeton University Press, 2010.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 2006.

CAPRA, F.; LUISI, P. L. The systems view of life: a unifying vision. Cambridge University Press, 2014.

CAPRA, F.; LUISI, P. L. A teia da vida – the web of life. São Paulo: Pensamento-Cultrix LTDA, 1996.

CAPRA, F.; LUISI, P. L. et al. Ecoalfabetização: preparando o terreno. Learning in the Real World, 2000.

CAPRA, F.; LUISI, P. L. O ponto de mutação - a ciência, a sociedade e a cultura emergente. Trad. Álvaro
Cabral. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 1995.

CÉSPEDES, A. S. R. A constelação familiar aplicada ao direito brasileiro a partir da lei de mediação.


Monografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017, 58f.

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna


administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 48.

COLENGUI, V. M. O & M e qualidade total: uma integração perfeita. 3. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2007.

CORDIOLI, A. V. Psicoterapias: abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed, 2009.

CURY, A. Organização e métodos: uma perspectiva comportamental. São Paulo: Atlas, 1983.

FERREIRA, A. B. H. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa - 7. ed. São Paulo: Positivo, 2008.

GIL, J. Portugal, Hoje o medo de existir. 5. ed., Lisboa: Relógio D’água Editores, 2005, pp. 7-9.

HELLINGER, B.; HOVEL, G. T. Constelações familiares: o reconhecimento das ordens do amor. Trad. Eloisa
Giancoli Tironi e Tsuyuko Jinno-Spelter. São Paulo: Cultrix, 2007.

HELLINGER, B. Ordens do amor: um guia para o trabalho com constelações familiares. Trad. Newton de
Araújo Queiroz. Rev. Heloisa Giancoli Tironi, Tsuyuko Jinno-Spelter. São Paulo: Cultrix, 2007.

HELLINGER, B. O amor do espírito do espírito na Hellinger Sciencia. Patos de Minas: Atman, 2009.

HELLINGER, B. Bert Hellinger: meu trabalho, minha vida. 1. ed. São Paulo: Cultrix, 2020.

LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

MARTINS, L. C. Pensamento sistêmico na gestão de organizações (PMEs - Gestão Sistêmica de


Organizações). Monografia de Pós-Graduação em Gestão de Micro e Pequenas Empresas da Universidade
Federal de Lavras (UFLA), 2007 p.18.

MATURANA, H. R.; VARELA, F. A árvore do conhecimento - as bases biológicas do entendimento humano.


Trad. de Jonas Pereira dos Santos. Campinas: Editorial Psy II; 1995.

MORIN, E. O método 1: a natureza da natureza. Porto Alegre: Sulina, 2002.

24
Referências

MORIN, E. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo. Rio de Janeiro: Forense-Universitária,
1977, p.101.

NICHOLS, M. P.; SCHWARTZ, R. Terapia familiar: conceitos e métodos. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

OLDONI, F. Direito sistêmico: aplicações das leis sistêmicas de Bert Hellinger ao direito de família e ao
direito penal. 2. ed. Santa Catarina, Manuscritos. 2018.

OLIVEIRA, D. de P. R. de. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed. São
Paulo, 2002.

PERRY, T. A carta do Cacique Seattle. 1. ed. Rio de Janeiro: Versal Editores. 2007.

PERRY, T. A carta do Cacique Seattle. In: CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica
dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 9.

SAMPAIO NETO, A. et. al. Relações e dinâmicas intrafamiliares: olhares multidisciplinares em família.
V. 1, Curitiba-PR: CRV, 2020.

VASCONCELOS, M. J. E. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. 7. ed. Campinas – SP:


Papirus, 2002.

VASCONCELOS, M. J. E. Terapia familiar sistêmica: bases da cibernética. São Paulo: Editorial Psy, 1995.

Sites
ANTUNES, A. Pensamento – (O Real Ao Vivo). You tube, 25 de set. 2020. 1 vídeo (0,51). Disponível: https://
www.youtube.com/watch?v=G-pB9OU8H2Y. Acesso em: 23 jan. 2022.

ASSIS, M. O ponto de mutação. (Filme 1990). You tube 21 de abr. 2020. 1 vídeo (1:51:08). Disponível
https://www.youtube.com/watch?v=Q-c5_xnRsTI. Acesso em: 28 fev. 2022.

CANAL DO CARVALHA. Teoria Geral dos Sistemas”, por Ludwig von Bertalanffy. You tube 16 de mar. 2022.
1 vídeo (13,09). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=puy94Z_GZ2Y. Acesso em: 20 mai. 2022.

CUMULUS TV. Um novo mundo é possível? O pensamento complexo de Edgar Morin. You tube 1 de
jun. 2020. 1 vídeo (2.27). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=ZiFQqEHH4QA. Acesso em: 25
jan. 2022.

EMERGIR CO. Consciência de Pensamento Sistêmico. You tube 27 de set. 2017. 1 vídeo (8,34). Disponível
https://www.youtube.com/watch?v=988JNG0oHv8. Acesso em: 19 de mai. 2022.

ESTEVES, M. J. Aprendemos nossas premissas - Pensamento Sistêmico Novo-Paradigmático. You tube


10 de jan. 2020. 1 vídeo (3,33). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=HPr4ybVF7A. Acesso em:
21 fev. 2022.

ESTEVES, M. J. Pensamento Sistêmico. You tube 03 de ago. 2018. 1 vídeo (24,36). Disponível https://
www.youtube.com/watch?v=wRuvo4CGOcU. Acesso em: 27 jan. 2022.

FACULDADE SUDOESTE – UNIGRAD. O que é a terapia sistêmica? Como ela acontece? com Marcela
Aguiar. You tube 27 fev. 2019. 1 vídeo (3, 43). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=OwfhTvR-
aW4. Acesso em: 22 mar. 2022.

25
Referências

ICDP – CURSOS E TREINAMENTO – Cursos na Baixada Santista – SP. Filme Tempos - Modernos –
Charles Chaplin. You tube 13 de set. 2016. 1 vídeo (1:26:34). Disponível https://www.youtube.com/
watch?v=3tL3E5fIZis. Acesso em: 18 abr. 2022.

INSTITUTO IPÊ ROXO. Constelação Familiar: Bert Hellinger – Uma vida (Documentário 90 anos). You tube
27 de dez. 2016. 1 vídeo (17,55). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=I0ul_IDtRxM. Acesso em:
15 de mai. 2022.

PROFESSOR DANIEL SANTANA. Abordagem sistêmica – Teoria dos Sistemas (Aula 1). You tube 01 de
dez. 2020. 1 vídeo (20,39). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=1L864KDEmxc Acesso em: 18
fev. 2022.

TODAS AS FAMÍLIAS. O que é família? You tube 11 de abr. 2016. 1 vídeo (2,54). Disponível https://www.
youtube.com/watch?v=Bq1gEOlRD40. Acesso em: 8 mar. 2022.

TV BRASIL. Caminhos da Reportagem. Constelação Familiar: explicando relacionamentos. You tube 12


de set. 2019. Disponível https://www.youtube.com/watch?v=cXp9TTeCfvk. Acesso em: 20 abr. 2022.

TV PONTA VERDE – SBT. Constelações individuais com bonecos através do movimento dos espíritos.
You tube 23 de nov. 2015. 1 vídeo (8,27). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=7MsUwI2Eq90.
Acesso em: 14 mai. 2022.

UNIVESP. Gestão Empresarial – Organização, Sistemas e Métodos com Marcelo Menezes. You tube 7
de mai. 2015. 1 vídeo (8,10). Disponível https://www.youtube.com/watch?v=wPQrJ-2TmDE. Acesso em:
15 mar. 2022.

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v18n2/v18n2a02.pdf.

http://z3950.crb.ucp.pt/biblioteca/gestaodesenv/gd19/gestaodesenvolvimento19_139.pdf.

https://www.aacademica.org/000-032/332.pdf.

https://terapianarrativa.com.br/wp-content/uploads/2020/11/pos-moderno.pdf.

http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/576/O.pensamento.sist%C3%AAmico.e.a.modelag.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482003000100013.

https://www.scielo.br/j/pe/a/RCJXQSy4sSshMHLdxL3xfqF/?lang=ptt.

https://sociologiadodireitounesp.blogspot.com/2014/04/ponto-de-mutacao-troca-da-visao.html.

h t t p s : / / r e p o s i t o r i o . c e s p u . p t / b i t s t r e a m / h a n d l e / 2 0 . 5 0 0 . 1 1 8 1 6 / 1 2 7 / Te s e _ Pa r t e % 2 0 2 .
pdf?sequence=2&isAllowed=y.

https://www.altoastral.com.br/estilo-de-vida/metodos-terapia-familiar/.

http://isssbrasil.usp.br/artigos/gso_5.pdf.

https://www2.unifap.br/glauberpereira/files/2015/12/TGA-EBOOK2.pdf.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2016000200011.

https://www.scielo.br/j/ptp/a/hH3DDqjySX3GHXgYG7tJwZD/?format=pdf&lang=pt.

http://www.profcordella.com.br/unisanta/textos/tgs31_cibernetica_e_sistemas.htm.

26
Referências

Figuras
Figura 1 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 2 – Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/sistema-rede-digitaliza%c3%a7%c3%a3o-nuvem-35


99932/.

Figura 3 – Fonte: https://cantodojo.blogspot.com/2012/02/sao-3-ou-4-barras.html.

Figura 4 – Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/anatomia-pulm%C3%B5es-respirando-humano-145696/.

Figura 5 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 6 – Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/sistema-rede-not%c3%adcia-pessoas-3541579/.

Figura 7 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 8 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 9 – Fonte: https://filosofopsicodelico.com/2020/10/18/cogito-ergo-sum/.

Figura 10 – Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/fam%c3%adlia-o-distanciamento-social-4937226/.

Figura 11 – http://literalmente-literalmente.blogspot.com/2020/06/todas-as-partes-de-umorganismo-
humano.html/.

Figura 12 – Fonte: https://blog.maxieduca.com.br/primordios-administracao-historias/.

Figura 13 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 14 – Fonte: Elaboração própria da autora.

Figura 15 – Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/fam%c3%adlia-pai-m%c3%a3e-quebra-


cabe%c3%a7a-1480074/.

Figura 16 – Fonte: https://pixabay.com/pt/images/search/constela%C3%A7%C3%A3o%20familiar/.

Tabelas
Tabela 1 – Diferenças entre os pensamentos.

Tabela 2 – Critérios fundamentais de um sistema vivo.

Tabela 3 – Comparação entre os pressupostos das abordagens.

Tabela 4 – Ideias e Contribuições Teóricas.

Tabela 5 – Terapia Individual X Terapia Sistêmica.

Quadros
Quadro 1 – Teorias da Administração.

27

Você também pode gostar