02 Bulas Profissional Tramadol
02 Bulas Profissional Tramadol
02 Bulas Profissional Tramadol
Cápsulas duras
50mg
cloridrato de tramadol
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÃO
Embalagem com 10 cápsulas duras contendo 50 mg de cloridrato de tramadol.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula dura contém:
cloridrato de tramadol.........................................................................50 mg
excipiente q.s.p. ..................................................................................1 cápsula
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e dióxido de silício.
1. INDICAÇÕES
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos Clínicos
O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a pacientes com dores geradas após procedimentos
cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50
e 75 mg do tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60 mg de sulfato de codeína,
mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg de fosfato de codeína.
O tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, a longo prazo, envolvendo um total de 820 pacientes, onde 530
deles receberam tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados em um estudo clínico
duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250 mg de tramadol em doses
divididas, foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína,
a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 30 mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de
500 mg de paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não-seletivo dos receptores opioides μ (mi), δ (delta)
e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico de
tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de serotonina.
O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, as doses analgésicas do tramadol em uma ampla faixa
não apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório. Também, a motilidade gastrintestinal é menos afetada. Os
efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência do tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da
morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de concentração
sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Em humanos, cerca de 90% de tramadol é
absorvido após administração oral (tramadol cápsulas). A meia-vida de absorção é 0,38 ± 0,18 h.
Uma comparação das áreas sob as curvas de concentração sérica de tramadol (ASC) após administração oral e I.V. mostra
uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para tramadol cápsulas. Comparado com outros analgésicos opioides, a
biodisponibilidade absoluta de tramadol cápsulas é extremamente alta.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Cloridrato de tramadol) é contraindicado:
- A pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente da fórmula;
- É também contraindicado nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos;
- cloridrato de tramadol é contraindicado a pacientes em tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados
com esses fármacos nos últimos 14 dias;
- cloridrato de tramadol não deve ser utilizado em epilepsia não controlada adequadamente com tratamento;
- cloridrato de tramadol não deve ser utilizado para tratamento de abstinência de narcóticos.
Gravidez
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
cloridrato de tramadol deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça;
choque, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função respiratória ou do
centro respiratório; pressão intracraniana aumentada.
cloridrato de tramadol deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
O risco pode aumentar quando as doses de tramadol excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg). O tramadol
pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para
crises convulsivas (vide item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Pacientes com epilepsia, ou aqueles suscetíveis
a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob circunstâncias inevitáveis.
O tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e
dependência física e psíquica. Em pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, o tratamento com
tramadol deve ser realizado somente por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
O tramadol não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol seja um agonista
opioide, o tramadol não pode suprimir os sintomas da síndrome de abstinência da morfina.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas.
Lactação
Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose materna de tramadol é secretada no leite. cloridrato de
tramadol não é recomendado durante a amamentação. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação após
uma única administração de cloridrato de tramadol.
Fertilidade
Vigilância pós-comercialização não sugere um efeito de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram um
efeito de tramadol sobre a fertilidade.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO.
Em pacientes tratados com inibidores da MAO nos 14 dias antes do uso do opioide petidina foram observadas interações
com risco de vida no sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular. As mesmas interações com inibidores da
MAO não podem ser descartadas durante o tratamento com tramadol.
A administração concomitante de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC), incluindo
álcool, pode potencializar os efeitos no SNC.
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou concomitante de
cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente relevantes. Administração prévia ou
simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da ação.
O tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de causar convulsões dos inibidores seletivos da recaptação de
serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros
fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante do tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da
serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e
mirtazapina pode causar toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado:
- Clônus espontâneo;
- Clônus induzível ou ocular com agitação ou diaforese;
- Tremor e hiperreflexia;
- Hipertonia e temperatura corporal > 38°C e clônus induzível ou ocular.
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da
natureza e gravidade dos sintomas.
O tratamento com tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente monitorado,
devido a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com maior sangramento e de equimoses em alguns pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo de tramadol
(N-demetilação) e provavelmente também do metabólito ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não foi
estudada.
Em um número limitado de estudos a aplicação pré ou pós-operatório do antiemético antagonista 5-HT3 ondansetrona
aumentou a necessidade tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
A menos que prescrito de outra forma, cloridrato de tramadol deve ser administrado como segue:
Método de administração
As cápsulas devem ser engolidas inteiras, não partidas ou mastigadas, com líquido suficiente, com ou sem alimento.
Pacientes Idosos
O ajuste de dose não é usualmente necessário em pacientes idosos até 75 anos sem manifestação clínica de insuficiência
hepática ou renal. Em pacientes idosos acima de 75 anos a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o
intervalo entre as doses deve ser aumentado de acordo com os requerimentos do paciente.
Duração do Tratamento
Opio não deve sob nenhuma circunstância ser administrado por mais tempo que o absolutamente necessário. Se for necessário
tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, então monitoramento regular e cuidadoso deve ser
feito (se necessário com interrupções no tratamento) para estabelecer se e em que extensão tratamento adicional é necessário.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes. As
frequências são definidas como:
Transtornos cardíacos
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia). Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso
de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente estressados.
Rara: bradicardia.
Investigações
Rara: aumento na pressão sanguínea.
Transtornos vasculares
Incomum: regulação cardiovascular (hipotensão postural ou colapso cardiovascular).
Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão
fisicamente estressados.
Transtornos psiquiátricos
Rara: alucinação, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de tramadol que varia individualmente em intensidade e
natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Esses efeitos incluem alteração no humor
(geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação) e
alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção).
Pode ocorrer dependência da droga.
Os sintomas das reações de abstinência, similares àquelas ocorrendo durante a retirada de opiáceos, podem ocorrer como
segue: agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia, tremor e sintomas gastrintestinais. Outros sintomas que foram
vistos muito raramente com a descontinuação de cloridrato de tramadol incluem: ataques de pânico, ansiedade grave,
alucinações, parestesias, zumbido e sintomas não usuais do SNC (como confusão, ilusões, despersonalização, desrealização,
paranoia).
Transtornos do olho
Rara: miose, midríase, visão turva.
Transtornos gastrintestinais
Muito comum: náusea.
Comum: constipação, boca seca, vômito.
Incomum: ânsia de vômito, desconforto gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago, distensão abdominal),
diarreia.
Transtornos hepatobiliares
Em poucos casos isolados foi relatado aumento nos valores das enzimas hepáticas em associação temporal com uso
terapêutico de tramadol.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED,
disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10. SUPERDOSE
Sintomas
Tratamento
Aplicar medidas de emergência gerais. Manter aberta a via respiratória (aspiração), manter a respiração e circulação
dependendo dos sintomas. O antídoto no caso de depressão respiratória é a naloxona. Em experimentos animais, a naloxona
não apresentou efeito no caso de convulsões. Em tais casos, deve-se administrar diazepam intravenosamente.
No caso de intoxicações com as formulações orais, a descontaminação gastrintestinal com carvão ativado ou por lavagem
gástrica é recomendada somente dentro de 2 horas após a ingestão de tramadol. A descontaminação gastrintestinal mais tarde
pode ser útil no caso de intoxicação com quantidades excepcionalmente grandes ou com formulações de liberação
prolongada.
O tramadol é minimamente eliminado do soro por diálise ou hemofiltração. Portanto, o tratamento de intoxicação aguda com
cloridrato de tramadol apenas com hemodiálise ou hemofiltração não é apropriado para desintoxicação.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
M.S.: 1.0043.1251
Farm. Resp.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 24/10/2019.
Fabricado por:
Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira -SP
Registrado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Av. Vereador José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
CNPJ: 61.190.096/0001-92
Indústria Brasileira
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera Dados das alterações de bulas
bula
Data do No do Assunto Data do No do Assunto Data de Itens de bula Versões Apresentações
expediente expediente expediente expediente aprovação (VP/VPS) relacionadas
Solução
100 mg/mL
cloridrato de tramadol
APRESENTAÇÕES
Solução oral 100mg/mL: embalagem contendo 1 frasco gotejador com 10mL.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução oral contém:
cloridrato de tramadol....................................................................100 mg/mL
veículo q.s.p.....................................................................................1 mL
Excipientes: ciclamato de sódio, sacarina sódica, sacarose, glicerol, aroma cereja/menta, metilparabeno, propilenoglicol,
hidróxido de sódio, polietilenoglicol 50, óleo de rícino hidrogenado e água para injetáveis.
1. INDICAÇÕES
O cloridrato de tramadol é indicado para tratamento da dor de intensidade moderada a grave.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos Clínicos
O cloridrato de tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a pacientes com dores geradas após
procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50
e 75 mg de cloridrato de tramadol. A dose de 100 mg de cloridrato de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60
mg de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg de
fosfato de codeína.
O cloridrato de tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, a longo prazo, envolvendo um total de 820
pacientes, onde 530 deles receberam cloridrato de tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram
estudados em um estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250
mg de cloridrato de tramadol em doses divididas foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de
paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 30 mg de fosfato
de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500 mg de paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O cloridrato de tramadol é um analgésico opioide de ação central. É um agonista puro não-seletivo dos receptores opioides
μ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito
analgésico do cloridrato de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina e o aumento da liberação de
serotonina.
O cloridrato de tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, as doses analgésicas do cloridrato de
tramadol em uma ampla faixa não apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório. Também, a motilidade
gastrintestinal é menos afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular tendem a ser leves. Foi relatado que a potência do
cloridrato de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, cloridrato de tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio
de concentração sérica (Cmáx) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Em humanos, cerca de 90%
A farmacocinética de cloridrato de tramadol comprimidos e solução oral, não é significantemente diferente de cloridrato de
tramadol cápsulas com respeito à extensão da biodisponibilidade como medida pela ASC. Há uma diferença de 10% na Cmáx
entre cloridrato de tramadol cápsulas e cloridrato de tramadol comprimidos. O tempo para atingira Cmáx foi 1 hora para
cloridrato de tramadol solução oral, 1,5 horas para cloridrato de tramadol comprimidos e 2,2 horas para cloridrato de tramadol
cápsulas, refletindo a rápida absorção das formas líquidas orais.
O cloridrato de tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual [Vd, β (beta) = 203 ± 40 L] e cerca de 20% liga-se às proteínas
plasmáticas. O cloridrato de tramadol atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. Pequenas quantidades de
cloridrato de tramadol e do derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02% da dose aplicada
respectivamente).
A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidas na biotransformação de cloridrato de tramadol pode afetar a
concentração plasmática de cloridrato de tramadol ou seus metabólitos ativos. Até o momento, não foram observadas
interações clinicamente relevantes. O cloridrato de tramadol e seus metabólitos são quase completamente excretados via
renal. A excreção urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada. A meia-vida de eliminação t1/2,β é
de aproximadamente 6 horas, independentemente do modo de administração. Em pacientes com mais de 75 anos de idade,
pode ser prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose hepática, as meias-vidas de eliminação
são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 9,4 h (O-desmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h,
respectivamente. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2
h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente.
Em humanos, o cloridrato de tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos
da O-desmetilação com ácido glucurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças
quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos. Até o momento, onze metabólitos foram detectados
na urina. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2 - 4 vezes mais potente do que o fármaco
inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4 – 9,6 h), bastante similar à meia-vida de cloridrato de
tramadol.
O cloridrato de tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica.
A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico é dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos
isolados. Uma concentração sérica de 100 - 300 ng/mL é usualmente eficaz.
Em ratos, doses de no mínimo 50 mg/kg/dia de cloridrato de tramadol causaram toxicidade materna e aumento da mortalidade
neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos. A fertilidade
masculina e feminina não foi afetada. Em coelhos, foi relatada toxicidade materna em doses superiores a 125 mg/kg e
anomalias esqueléticas na prole.
Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em ratos e camundongos. O estudo em
ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência de tumores devido a essa substância. No estudo em camundongos,
houve uma incidência aumentada de adenomas de células hepáticas em animais machos (aumento dose-dependente, não
significativo a partir de 15 mg/kg) e um aumento nos tumores pulmonares em fêmeas de todos os grupos de doses
(significativo, mas não dose-dependente).
4. CONTRAINDICAÇÕES
O cloridrato de tramadol é contraindicado:
- A pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente da fórmula;
- Intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos, opioides e outros psicotrópicos;
- Pacientes em tratamento com inibidores da MAO, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos nos últimos 14 dias;
- Cloridrato de tramadol não deves ser utilizado em epilepsia não controlada adequadamente com tratamento;
- Cloridrato de tramadol não deves ser utilizado para tratamento de abstinência de narcóticos.
Gravidez
Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a
taxa de mortalidade neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Não estão disponíveis evidências adequadas na
segurança de tramadol em mulheres grávidas. Portanto, tramadol não deve ser utilizado durante a gravidez.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos, pode induzir
alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico durante a gravidez pode
levar a sintomas de abstinência no neonato.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
O cloridrato de tramadol (cloridrato de tramadol) deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos
opioides; ferimentos na cabeça; choque, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com
distúrbios da função respiratória ou do centro respiratório; pressão intracraniana aumentada.
O cloridrato de tramadol somente deve ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar quando as
doses de cloridrato de tramadol excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg). O cloridrato de tramadol pode
elevar o risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para crises
convulsivas. Pacientes com epilepsia, ou aqueles suscetíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob
circunstâncias inevitáveis.
O cloridrato de tramadol apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver
tolerância e dependência física e psíquica. Em pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, o
tratamento com cloridrato de tramadol deve ser realizado somente por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
O cloridrato de tramadol não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol seja um
agonista opioide, tramadol não pode suprimir os sintomas da síndrome de abstinência da morfina.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos, pode induzir
alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico durante a gravidez pode
levar a sintomas de abstinência no neonato.
Lactação
Durante a lactação deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose materna de tramadol é secretada no leite. O cloridrato de
tramadol não é recomendado durante a amamentação. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação após
uma única administração de cloridrato de tramadol.
Fertilidade
Vigilância pós-comercialização não sugere um efeito de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram um
efeito de tramadol sobre a fertilidade.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O cloridrato de tramadol não deve ser combinado com inibidores da MAO.
Em pacientes tratados com inibidores da MAO, nos 14 dias antes do uso do opioide petidina, foram observadas interações
com risco de vida no sistema nervoso central, função respiratória e cardiovascular. As mesmas interações com inibidores da
MAO não podem ser descartadas durante o tratamento com cloridrato de tramadol.
A administração concomitante de cloridrato de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central (SNC),
incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC.
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou concomitante de
cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente relevantes.
Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico e a duração da
ação.
O cloridrato de tramadol pode induzir convulsões e aumentar o potencial de causar convulsões dos inibidores seletivos da
recaptação de serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e
outros fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da
serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos e
mirtazapina pode causar toxicidade de serotonina. A síndrome da serotonina é possível quando um dos seguintes é observado:
- Clônus espontâneo;
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da natureza e
gravidade dos sintomas.
O tratamento com cloridrato de tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente
monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina (INR) com maior sangramento e de equimoses em alguns
pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo do tramadol
(N-demetilação) e provavelmente também do metabólito ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não foi
estudada.
Em um número limitado de estudos a aplicação pré ou pós-operatória do antiemético antagonista 5-HT3 ondansetrona
aumentou a necessidade de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
Manter o frasco bem fechado. Não deve ser transferido para outra embalagem.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas/organolépticas: Solução límpida isenta de partículas estranhas, incolor a levemente amarelada. O
produto tem sabor e odor característicos de cereja e menta.
A menos que prescrito de outra forma, cloridrato de tramadol deve ser administrado como segue:
Guia para dose relacionada ao peso corporal em crianças a partir de 1 ano de idade:
Idade Peso Número de gotas para dose única (1 - 2
aproximada corporal mg/kg)
1 ano 10 kg 4–8
Método de administração
O cloridrato de tramadol solução oral deve ser tomado com um pouco de líquido puro ou misturado a líquido adoçado, com
ou sem alimento.
Pacientes Idosos
O ajuste da dose não é usualmente necessário em pacientes idosos até 75 anos sem manifestação clínica de insuficiência
hepática ou renal. Em pacientes idosos acima de 75 anos a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo
entre as doses deve ser aumentado de acordo com os requerimentos do paciente.
Duração do Tratamento
O cloridrato de tramadol não deve sob nenhuma circunstância ser administrado por mais tempo que o absolutamente
necessário. Se for necessário tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, então monitoramento
regular e cuidadoso deve ser feito (se necessário com interrupções no tratamento) para estabelecer se e em que extensão
tratamento adicional é necessário.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea e tontura, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes. As
frequências são definidas como:
Muito comum: ≥ 10%
Comum: ≥ 1% e < 10%
Incomum: ≥ 0,1% e < 1%
Rara: ≥ 0,01% e < 0,1%
Muito rara: < 0,01%
Desconhecida: não pode ser estimada pelos dados disponíveis.
Transtornos cardíacos
Incomum: regulação cardiovascular (palpitação, taquicardia). Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no
caso de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente estressados.
Rara: bradicardia.
Investigações
Rara: aumento na pressão sanguínea.
Transtornos psiquiátricos
Rara: alucinação, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de cloridrato de tramadol que varia individualmente em
intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Esses efeitos incluem alteração
no humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente
elevação) e alterações na capacidade cognitiva e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção).
Transtornos do olho
Rara: miose, midríase, visão turva.
Transtornos gastrintestinais
Muito comum: náusea.
Comum: constipação, boca seca, vômito.
Incomum: ânsia de vômito, desconforto gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago, distensão abdominal),
diarreia.
Transtornos hepatobiliares
Em poucos casos isolados foi relatado aumento nos valores das enzimas hepáticas em associação temporal com uso
terapêutico de tramadol.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VIGIMED,
disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
10.SUPERDOSE
Sintomas
Em princípio, no caso de intoxicação com tramadol, são esperados sintomas similares aos de outros analgésicos de ação
central (opioides). Estes incluem em particular miose, vômito, colapso cardiovascular, distúrbios de consciência, podendo
levar ao coma, convulsões e depressão respiratória até parada respiratória.
Tratamento
Aplicar medidas de emergência gerais. Manter aberta a via respiratória (aspiração), manter a respiração e circulação
dependendo dos sintomas. O antídoto no caso de depressão respiratória é a naloxona. Em experimentos animais, a naloxona
não apresentou efeito no caso de convulsões. Em tais casos, deve-se administrar diazepam intravenosamente.
No caso de intoxicações com as formulações orais, a descontaminação gastrintestinal com carvão ativado ou por lavagem
gástrica é recomendada somente dentro de 2 horas após a ingestão de tramadol. A descontaminação gastrintestinal mais tarde
pode ser útil no caso de intoxicação com quantidades excepcionalmente grandes ou formulações de liberação prolongada.
O tramadol é minimamente eliminado do soro por diálise ou hemofiltração. Portanto, o tratamento de intoxicação aguda com
cloridrato de tramadol, apenas com hemodiálise ou hemofiltração não é apropriado para desintoxicação.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
M.S.: 1.0043.1251
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 24/10/2019.
Fabricado por:
Cristália – Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira -SP
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