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UNIPLAN - CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO

FEDERAL CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALEX JOHSEFF MARTINS DA SILVA


FRANCISCO ANDERSON VIEIRA DA SILVA
HUARITA MENEZES DE FREITAS
WENDELY DA SILVA MENEZES

DESAFIOS DA SAÚDE MENTAL NA SAÚDE PÚBLICA: A FALTA


DE ACESSO A TRATAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE
MENTAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.

CRUZEIRO DO SUL, AC.


2024
ALEX JOHSEFF MARTINS DA SILVA
FRANCISCO ANDERSON VIEIRA DA SILVA
HUARITA MENEZES DE FREITAS
WENDELY DA SILVA MENEZES

DESAFIOS DA SAÚDE MENTAL NA SAÚDE PÚBLICA: A FALTA


DE ACESSO A TRATAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE
MENTAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.

Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de


Curso apresentado a Uniplan - Centro
Universitário Planalto do Distrito Federal
como requisito básico para a conclusão do
Curso de Bacharelado em Enfermagem.

CRUZEIRO DO SUL, AC.


2024
ALEX JOHSEFF MARTINS DA SILVA
FRANCISCO ANDERSON VIEIRA DA SILVA
HUARITA MENEZES DE FREITAS
WENDELY DA SILVA MENEZES

DESAFIOS DA SAÚDE MENTAL NA SAÚDE PÚBLICA: A FALTA DE


ACESSO A TRATAMENTOS E SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL
PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA.

Banca Examinadora

__________________________________________
Prof.

___________________________________________
Prof.
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho nossos mestres, pela paciência em nos orientar de


forma tão compreensiva e motivadora, bem como, pelos conhecimentos transmitidos
ao longo do Curso.
Aos nossos amigos e colegas de curso pela união nos trabalgo9s em grupo e
pela autoajuda nos trabalhos individuais, e, principalmente na elaboração da
pesquisa, fazemos referência a todos eles.
Aos nossos familiares, em especial, aos nossos pais, presente em todos os
momentos de nossas vidas, e sempre nos incentivaram e motivaram a seguir
aprendendo cada vez mais.
AGRADECIMENTOS

A Deus, pelas bênçãos, pela proteção, pela saúde, e pela força e sabedoria,
nos momentos em que nossas orações foram ouvidas. Por nos ter mantido firmes e
com perseverantes ao longo do curso bem como ao longo desta pesquisa de
Trabalho Conclusão de Curso – TCC que tanto exigiu de nós muita fé, união e
confiança.

Aos nossos familiares, em especial nossos pais, pela motivação, apoio e


encorajamento nas horas em que nos sentimos fracos e cansados, e justas nesses
momentos nos encorajaram e usaram de sábias palavras, nos sustentaram em
todos os aspectos, e pelas orações para que pudéssemos alcançar nossos
objetivos.

À nossa orientadora, Profª Ana Luiza Costa Silva, pelos conhecimentos


compartilhados, pela paciência, pela companhia e amizade, e pelas preciosas
orientações pelos conhecimentos transmitidos ao longo do Curso e pela orientação
na qual contribuiu para a conquista deste sonho, sempre nos conduzindo com boas
orientações, norteando os meios pelo qual pudéssemos chegar à conclusão final,
sempre estando disposta a nos atender sempre que precisamos.

Aos colegas de Curso, pela parceria e descontração nos momentos de


aprendizado e que proporcionaram momentos inesquecíveis e amizades eternas.

A cada componente do grupo, que se dedicou e se esforçou ao máximo para


durante a elaboração deste trabalho, e que não mediram esforços dia e noite nas
pesquisas e análise dos dados referente à temática escolhida, sempre demostrando
muito compromisso, dedicação e profissionalismo em todos os momentos.

A todos estes citados, nossos mais sinceros agradecimentos!


RESUMO

A presente pesquisa tem como tema, “Os desafios da saúde mental na saúde pública: a
falta de acesso a tratamentos e serviços de saúde mental para a população de baixa renda”,
tendo em vista que, mesmo com a implementação do SUS (Sistema Único de Saúde), a
acessibilidade aos serviços básicos de saúde ainda é um problema muito grave no Brasil. O
objetivo geral desta pesquisa é analisar sobre diferentes aspectos, a falta de acesso aos
tratamentos e serviços de saúde mental dos usuários do SUS, verificando as principais
causas para a dificuldade de acessibilidade da equipe de saúde e do paciente. Nesse
contexto justifica-se pelo fato de que, torna-se essencial abordar a saúde mental como um
campo amplo e integrado à saúde pública, do qual ela mesma depende, de forma
interconectada. A metodologia utilizada partiu de uma analise documental (pesquisa
bibliográfica), em sites como Scielo, revista Brasileira de Saúde Pública, artigos
selecionados relacionados ao tema e demais autores e fontes que discutem sobre o
assunto. Os dados evidenciam que, é indiscutível o direito de o paciente ser cuidado em
todos os níveis de atenção à saúde, mas também não se pode deixar de ressaltar o déficit
de conhecimento dos profissionais que cuidam de pacientes com transtorno mental. Isso
implica dizer que é crescente a necessidade de capacitação específica para atuar nessa
área.

Palavras-chave: Saúde mental. Saúde Pública. Acesso. Desafios.


ABSTRACT

This research has as its theme, “The challenges of mental health in public health: the lack of
access to treatments and mental health services for the low-income population”, considering
that, even with the implementation of the SUS (Sistema Único of Health), accessibility to
basic health services is still a very serious problem in Brazil. The general objective of this
research is to analyze different aspects, the lack of access to treatments and mental health
services for SUS users, verifying the main causes for the difficulty in accessibility for the
healthcare team and the patient. In this context, it is justified by the fact that it is essential to
approach mental health as a broad and integrated field of public health, on which it itself
depends, in an interconnected way. The methodology used came from a documentary
analysis (bibliographical research), on websites such as Scielo, Brazilian Public Health
magazine, selected articles related to the topic and other authors and sources that discuss
the subject. The data show that the patient's right to be cared for at all levels of health care is
indisputable, but it is also important to highlight the lack of knowledge among professionals
who care for patients with mental disorders. This implies that there is a growing need for
specific training to work in this area.

Keywords: Mental health. Public health. Access. Challenges.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................09

2. REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................10

3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................12

4. PROBLEMÁTICA DA PESQUISA...........................................................................13

5. OBJETIVOS...........................................................................................................13

5.1 Objetivo geral...................................................................................................13

5.2 Objetivos Especifícos.......................................................................................13

6. METODOLOGIA.....................................................................................................13

7. CRONOGRAMA ....................................................................................................14

8. RESULTADOS.......................................................................................................15

9. DISCUSSÃO.........................................................................................................16

10. CONCLUSÃO.......................................................................................................18

11. REFERÊNCIAS....................................................................................................19
9

1. INTRODUÇÃO

As políticas de saúde mental no Brasil passam por um momento importante,


marcado pela necessidade de consolidação dos avanços alcançados em termos de
serviços comunitários e do estabelecimento da Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS), que integra a assistência de saúde mental a toda a rede de saúde e a
demais recursos disponíveis em cada território.
Entretanto, e, ao mesmo tempo, essas políticas têm enfrentado perdas e
retrocessos nos últimos anos, que podem ameaçar a consolidação de tais avanços e
impedir a superação das fragilidades ainda existentes. As discussões trazidas neste
trabalho abrangem dentre outros aspectos, as dificuldades de acessibilidade das
pessoas de baixa renda que sofrem de problemas mentais à unidades de
tratamentos como o CAPS e outras unidades terapêuticas.
A população de baixa renda no Brasil sempre foi vítima e vulnerável as
demandas básicas de saúde, segurança e educação, moradia e renda. Os CAPS
têm como fim proporcionar às pessoas portadoras de sofrimento psíquico um
tratamento que incorpora o acompanhamento clínico e os cuidados de inclusão
social de seus usuários por meio do acesso ao trabalho, ao lazer, pelo exercício dos
direitos civis, bem como pela construção ou reconstrução dos laços comunitários e
familiares (BRASIL, 2004).
A pesquisa aqui supracitada tem por objetivo, realizar uma análise critica
sobre os fatores que influenciam para a falta de acesso aos tratamentos e serviços
de saúde mental dos usuários do SUS, principalmente as pessoas de baixa renda,
sendo estes, o público que mais carece de serviços básicos de saúde, mas que
infelizmente muitas vezes são os menos assistidos.
Para este estudo, foi realizada revisão bibliográfica em artigos científicos,
livros e em documentos governamentais sobre a temática. Os resultados indicam
que os principais desafios enfrentados pelos usuários do serviço de saúde mental
estão relacionados à falta de acesso aos serviços de saúde mental, estigma e
discriminação, falta de apoio da família, suporte social, econômico e problemas de
adesão ao tratamento.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

As políticas de saúde mental no Brasil passam por um momento importante,


marcado pela necessidade de consolidação dos avanços alcançados em termos de
serviços comunitários e do estabelecimento da Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS), que integra a assistência de saúde mental a toda a rede de saúde e a
demais recursos disponíveis em cada território.
Segundo Ribeiro (2019), “a saúde mental no cenário da Saúde Pública
brasileira, enquanto campo de ação profissional e prestadora de assistência à
população é recente em nossa história”. A princípio, como precursora da trajetória
da saúde mental, a psiquiatria aparece no século XIX e se instala em hospitais
psiquiátricos que começam a aparecer nas principais cidades brasileiras (Ribeiro,
2019, p. 88).
Entretanto e ao mesmo tempo, essas políticas têm enfrentado perdas e
retrocessos nos últimos anos, que podem ameaçar a consolidação de tais avanços e
impedir a superação das fragilidades ainda existentes. As mudanças nas práticas de
saúde mental, assim, há mudanças em diversos campos, desde o teórico ao cultural,
atravessando ainda a construção de políticas e modelos de atenção. Além da
construção dessas práticas visa-se instituir novos métodos no âmbito da assistência
à saúde
A área da saúde mental não tinha cobertura pelos sistemas previdenciários.
Por volta de 1941, o governo federal, por meio de Decreto-Lei, sujeitou os
Estados e Municípios a prestarem assistência psiquiátrica aos
previdenciários. Porém, nas décadas de 40 e 50, a saúde mental
direcionava-se quase que unicamente para o atendimento em hospitais
psiquiátricos, com escassos serviços em nível extra-hospitalar
(Ribeiro,2019).

Antes da reforma psiquiátrica, o tratamento das pessoas com transtornos


mentais era baseado em modelos de assistência que priorizavam a internação em
hospitais psiquiátricos e a utilização de tratamentos invasivos, como eletrochoques e
lobotomias. Esses modelos eram conhecidos como modelo asilar ou manicomial
(DAIANA, 2021).
Entre os direitos sociais na Constituição Federal de 1988 o acesso à saúde é
um direito de todos no que tange os princípios do Sistema Único de Saúde:
universalidade, integralidade e equidade (BRASIL, 2015). Nessa perspectiva, a
pessoa com deficiência possui esse reconhecimento orientado pelo conceito
11

ampliado de saúde e em princípios basilares por meio da Política Nacional de Saúde


da Pessoa com Deficiência na Portaria nº 1.060, de 5 de junho de 2002.

O Sistema Único de Saúde-SUS assegura o acesso à saúde pública e visa


garantir serviços para a promoção, proteção e recuperação. A oferta de
forma igualitária pressupõe extrema importância para o acesso à pessoa
com deficiência no âmbito do Sistema Único de saúde, pois dessa forma
assegura o atendimento em equidade a partir das necessidades específicas
de cada pessoa. Desse modo, pretende-se aqui citar os principais pontos
legais no âmbito da política pública que assegura este direito à pessoa com
Deficiência (BRASIL, 2015, p. 84)

A trajetória da pessoa com deficiência é marcada por luta pelo


reconhecimento por cidadania e contra práticas discriminatórias. Historicamente
impera a imagem do corpo dentro de padrões definidos na cultura histórica da
sociedade. Dessa forma, a humanidade colocou a pessoa com deficiência em uma
posição de imperfeição ou deformação do corpo ou da mente (RIBEIRO, 2019).
Segundo Oliveira e Alessi (2003), a importância do debate implica ao notar-se
o número expressivo de pessoas com deficiência, as quais usualmente necessitam
do acesso aos serviços públicos de saúde. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (ONU) nos dados de 2011, 1 bilhão de pessoas viviam com algum tipo de
deficiência, significando que um em cada dez habitantes.

Ademais, aponta alerta que 80% das pessoas que vivem com alguma
deficiência residem nos países em desenvolvimento. Alerta a dificuldade do
mapeamento para os dados Estatísticos contribui como um obstáculo para
implantação de políticas públicas e causa a invisibilidade da população
(ONU, 2011). Nessa perspectiva-se, nota-se que é assegurado direitos
sociais à pessoa com deficiência, entre estes os serviços da saúde pública
no âmbito do Sistema Único de Saúde (Waidman, 2012, p.54).

Dessa forma, é pertinente discutir sobre os direitos conquistados nos últimos


anos, tratar os limites, avanços e dificuldades para efetivação dos direitos nos
princípios do SUS. Verifica-se que houve um avanço para as pessoas com
deficiência, porém, não significa diretamente um fator para uma qualidade de vida,
mediante as dificuldades ainda existentes.
Diante disso, nota-se a constatação das dificuldades da pessoa com
deficiência no acesso aos seus direitos. Entre esses desafios é o acesso aos
serviços de saúde, haja vista as dificuldades de locomoção, informação,
acompanhamento etc. Nesse contexto, a acessibilidade deve estar alinhada ao que
rege os direitos à saúde da pessoa com deficiência, contudo ainda é um fator
desafiante mediante as problemáticas existentes. A relação será na resposta as
necessidades dos usuários, a oferta de serviços e a melhor forma do acesso,
conforme Sousa (2014, p.61):

3. JUSTIFICATIVA

Uma em cada oito pessoas em todo o mundo tem questões de saúde mental,
sendo as mulheres e os jovens desproporcionalmente impactados, de acordo com
dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a situação não é
diferente, com um alto número de pessoas afetadas por questões de saúde mental.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que mais de 30% da população brasileira
sofra com algum tipo de transtorno mental durante suas vidas, tornando o Brasil um
dos países mais afetados por esse problema na América Latina.
As relações entre saúde/doença mental e vulnerabilidade social são muito
complexas e exigem uma série de reflexões e contextualizações para serem
compreendidas de forma que não reproduzam uma lógica simplista que associa
loucura e pobreza reforçando a estigmatização e o preconceito com relação à
população menos favorecida. Ao mesmo tempo, problematizar esta questão pode
indicar direções para boas práticas na área de saúde mental.
A pesquisa sobre esse tema tem como principal justificativa refletir a respeito
das relações entre elas a partir das diversas lógicas presentes neste cenário. Para
tanto é necessário refletir sobre o conceito de saúde mental e sobre o conceito de
vulnerabilidade social tendo como pano de fundo o processo de implantação das
Políticas Públicas de Saúde no Brasil. Os transtornos mentais são uma das
principais causas de incapacidade e afetam milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, existem políticas públicas que visam à melhoria do tratamento e
acompanhamento no âmbito dos usuários dos serviços de saúde mental.
O trabalho traz essa justificativa em analisar os desafios dos usuários do
serviço de saúde mental, destacando a importância de políticas públicas efetivas e
da participação da família e da sociedade no processo de tratamento e recuperação,
com ênfase na acessibilidade de um usuário da classe baixa. Para entender como
esses fatores explicam a desigualdade social no acesso aos serviços de saúde, os
índices de concentração foram estimados inicialmente sem a inclusão das
covariáveis, seguido da inclusão sequencial de cada um desses grupos de fatores.
13

4. PROBLEMÁTICA DA PESQUISA.

Diante desse cenário, surge a seguinte pergunta: quais são os desafios


enfrentados pelos usuários de baixa renda no âmbito dos serviços de saúde mental
e como pode ser solucionado o problema de acessibilidade?

5. OBJETIVOS

5.1. Objetivo Geral

Analisar sobre diferentes aspectos, a falta de acesso aos tratamentos e


serviços de saúde mental dos usuários do SUS, verificando as principais causas
para a dificuldade de acessibilidade da equipe de saúde e do paciente.

5.2. Objetivos Específicos

 Identificar as dificuldades de acessibilidade de pessoas com problemas


mentais aos serviços de saúde;
 Discutir sobre as consequências causadas quando não há atendimento
disponível para o público de baixa renda;

 Mostrar os impactos negativos quando os pacientes com saúde mental não


são assistidos ou tratados.

6. METODOLOGIA

Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma revisão sistemática,


que é a análise que reúne estudos consideráveis, sobre os desafios enfrentados
pelos usuários do serviço de saúde mental. A pesquisa privilegiou artigos publicados
em bases de dados relevantes, como SciELO, dentre outros aportes específicos
utilizados nesta pesquisa.
Os critérios de inclusão serão artigos em português, publicados nos últimos
24 anos, que abordem os desafios enfrentados pelos usuários do serviço de saúde
mental. No que concerne aos resultados, estes foram apreendidos por meio de uma
análise de conteúdo e as informações foram organizadas em categorias relevantes
para a discussão.
O trabalho sobre os desafios dos usuários do serviço de saúde mental aborda
diversas categorias centrais, como a estigmatização e discriminação, o acesso ao
tratamento adequado, a falta de recursos financeiros e humanos nos serviços de
saúde mental, a exclusão social e a violência contra pessoas com transtornos
mentais.
Entre os principais autores que discutem essas questões, destacam-se
Ribeiro (2019), Almeida (2019), Tenório (2002), que em sua obra Escritos
selecionados em saúde mental e reforma psiquiátrica; Amarante (2020), que aborda
a reforma psiquiátrica no Brasil e a construção de serviços comunitários de saúde
mental em suas obras Loucos pela Vida e Saúde Mental e Atenção Psicossocial.
A revisão da literatura é indispensável não somente para definir bem o
problema, mas também para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos
conhecimentos sobre um dado tema, as suas lacunas e a contribuição da
investigação para o desenvolvimento do conhecimento cientifico (TENÓRIO, 2002).
Considera-se a pesquisa bibliográfica um excelente método de se buscar
informações sobre um determinado tema, através de consulta de documentos
diversificado podemos agregar conhecimento, além de nos proporcionar uma visão
mais ampla sobre o estudo.

7. CRONOGRAMA

Atividades Fev Mar Abr


Pesquisa do tema X X X

Pesquisa bibliográfica X X X

Coleta de dados X
bibliográficos
Apresentação e discussão
dos dados
Elaboração do trabalho X X X

Entrega do
Trabalho. X
15

8. RESULTADOS

Este trabalho buscou analisar as problemáticas e os direitos a saúde da


Pessoa com Deficiência nas legislações brasileiras. O debate dar-se sobre as
condições de acessibilidade da pessoa com deficiência aos serviços de saúde.
Assim, trazendo os direitos garantidos por Lei por inclusão social, mas a existência
de fatores que contribuem para que não sejam efetivados, por intermédio de
restrição, impedimento e exclusão social.
Os valores do IC variam entre −1 e 1. Um valor igual a zero indica ausência
de desigualdade social enquanto valor igual a 1 ou −1 indica que somente os
indivíduos mais ricos ou mais pobres, respectivamente, apresentam o atributo de
saúde analisado. A principal vantagem do uso do IC em relação à construção de
taxas de utilização ou razões de chance entre grupos socioeconômicos é que o IC
considera as diferenças na variável de interesse ao longo de toda a distribuição de
renda.
Como afirma o autor Basaglia (2011), no contexto brasileiro, a cobertura de
plano de saúde tem um papel relevante na oferta dos serviços de saúde, sendo
importante entender em que medida a presença de cobertura privada é o elemento
gerador dessas iniquidades. Os grupos socioeconômicos mais altos têm maior
probabilidade de ter plano de saúde determinando dupla entrada no sistema de
saúde e, portanto, acesso diferenciado.
Nesse contexto, os índices de concentração foram estimados em quatro
modelos que controlam por esses fatores. As covariáveis incluem idade, mensurada
na forma contínua, e variáveis binárias para sexo, presença de plano. Com
diferentes situações, contextos e múltiplas realidades, para efetivação do acesso
aos direitos, da mesma forma que a saúde é universal, a acessibilidade também
deve estar dentro deste princípio ao que rege os direitos a saúde. Sendo para todos
em suas atividades humanas, de forma em barreira arquitetônica, mas também na
dimensão da comunicação, acompanhamentos, deslocamentos entre outros fatores.
Os resultados mostram dentre outros aspectos negativos, que em relação os
serviços de saúde têm relação com acessibilidade sócio organizacional, ou seja,
relacionada aos aspectos de funcionamento dos serviços que interferem na relação
entre os usuários e os serviços; a acessibilidade geográfica, relacionada à
distribuição dos recursos, transporte e localização das unidades de saúde.
Nas palavras da autora Daiana (2021), no sócio organizacional variáveis em
sua pesquisa e estudo consideradas foram: tempo de espera para marcar uma
consulta, tempo de espera entre a marcação da consulta e o atendimento, tempo de
espera para ser atendido na realização da consulta e tempo.
Neste sentido, diminuir desigualdades - diante da impossibilidade de eliminá-
las - deve ser o objetivo central de toda política pública. Buscar essa redução é,
também, requisito para que uma política pública possa ser considerada como social,
já que nem toda ação governamental tem essa virtude apenas por que se situa em
setores sociais como saúde, educação, previdência, habitação.
Para Oliveira e Alessi (2003), a existência de serviços “fechados” de atenção
a saúde com financiamento público e de subsídios fiscais ao consumo privado, por
exemplo, não provocam a mesma indignação da mídia como a motivada pelas filas
na madrugada ou pelo sucateamento de hospitais públicos. Talvez porque, por
herança escravocrata e/ou quaisquer outras causas, a sociedade brasileira tenha se
acostumado com a iniqüidade, já que convive há décadas com uma brutal
concentração de renda.

9. DISCUSSÃO

Transtornos mentais estão cada vez mais presentes no mundo do trabalho e,


geralmente, estão relacionados a elementos como a má divisão e parcelamento das
tarefas, as políticas de gerenciamento das pessoas no trabalho, assédio moral e
sexual e a estrutura hierárquica organizacional.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificações
(SINAN), a quantidade de notificações de transtornos mentais relacionados ao
trabalho aumentou na última década, sendo o transtorno misto ansioso e depressivo
a principal causa das notificações. Juntos, episódios depressivos, transtorno
depressivo recorrente e transtornos ansiosos representaram mais da metade das
notificações.
Em relação às dificuldades de acessibilidade das pessoas de baixa renda aos
serviços de saúde pública, Vechia e Martins (2009) afirmam que, o sistema de saúde
brasileiro possui características opostas que diminuem ou mantêm a pobreza e a
desigualdade. As positivas são:
17

- cobertura universal gratuita, pelo menos legalmente, mas ignorando se


todos os pobres têm um acesso real;
- programas públicos com financiamento fiscal que oferecem prestações
básicas, preventivas e curativas, assim como nutricionais (várias delas focalizadas),
protegendo os pobres de maneira uniforme;
- fundos de compensação que garantem prestações mínimas e diminuem as
diferenças regionais em ações de alta complexidade;
- alta descentralização com poder local para adaptar o atendimento às
necessidades;
- regulamentação e supervisão federal do setor privado; - financiamento por
impostos, em sua maioria de impacto progressivo.
As pessoas de baixa renda com deficiência, portanto, necessitam de
cuidados gerais adequados em saúde, que cubram todos os aspectos, incluindo os
preventivos e promotores de saúde, amparados pela atenção primária, secundária e
terciária, e também podem exigir cuidados de reabilitação e tratamento
especializado – relacionados ou não à sua deficiência subjacente – para “otimizar a
funcionalidade e reduzir a incapacidade (RODRIGUES, 2018).
Da mesma forma Waidman (2012), argumenta que, a ausência de
comunicação entre os serviços e profissionais que compõem a atenção básica e a
atenção especializada é também um aspecto que atua diretamente como inibidor do
acesso e, consequentemente, aponta para a fragilidade na constituição da rede
assistencial. A demora no agendamento das consultas especializadas é uma das
barreiras de acesso para o atendimento integral da população.
10. CONCLUSÃO

Portanto, as principais dificuldades identificadas no estudo para o acesso a


serviços de saúde especializados são o deslocamento para o local de atendimento,
a fila de espera, e a dependência do paciente que fica aos cuidados dos familiares.
Esses fatores decorrem da redução da resolutividade da atenção básica, da
retenção de pacientes na atenção especializada e do dimensionamento e
organização da oferta dos serviços.
Logo, a insuficiência do atendimento no nível primário resulta no aumento da
demanda do nível terciário. Além disso, o atendimento inadequado no serviço básico
e a espera pelo atendimento especializado podem agravar do problema de saúde do
paciente, exigindo um maior nível de complexidade de assistência.
Por meio do processo de revisão de escopo, foi possível observar que a
falta de comunicação é uma barreira muito importante e pode ocorrer em diversos
contextos, entre usuários e prestadores de serviço, entre prestadores de serviço e
gestão dos serviços de saúde e entre os níveis de atenção à saúde.
Dessa forma, a comunicação falha entre os usuários e os profissionais não
obstaculariza apenas o acesso aos serviços em todos os níveis, mas tem potencial
para impactar negativamente a autonomia da pessoa com deficiência ao seu
tratamento. Aspectos econômicos, de território e de infraestrutura são barreiras que
apresentam grande impacto para o acesso dos usuários aos serviços de saúde,
assim como a falta de treinamento e capacitação dos profissionais; falha do sistema
de saúde; barreiras físicas; falta de recursos/tecnologia e barreiras de idioma são
barreiras encontradas que afetam os prestadores de serviço.
19

11. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, JMC. Política de saúde mental no Brasil: o que está em jogo nas
mudanças em curso. Cad. Saúde Pública 2019; 35:e00129519.

BASAGLIA, F. Escritos selecionados em saúde mental e reforma psiquiátrica.


Rio de Janeiro: Garamond, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde Mental em Dados Informativo Eletrônico


(Brasília). 2015;10(12):1-47.

CAVALCANTI, MT. Perspectivas para a política de saúde mental no Brasil. Cad.


Saúde Pública 2008; 35:e00184619.

DAIANA P. M. B. Um olhar amplo sobre a saúde mental pública. RESENHA. Cad.


Saúde Pública 37 (2). 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csp/a/sxRMbfggNG7YJ4rvXSjCJ3t/?lang=pt> Acesso em:
18/04/2024.

ONOCKO-CAMPOS RT. Saúde mental no Brasil: avanços, retrocessos e desafios.


Cad. Saúde Pública 2019; 35:e00156119.

TENÓRIO, F. A reforma psiquiátrica brasileira, da década de 1980 aos dias


atuais: história e conceitos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos. Rio de
Janeiro, v. 9, n. 1, p. 25-59, jan./abr. 2002.

VECHIA, M. D.; MARTINS, S. T. F. Desinstitucionalização dos cuidados a


pessoas com transtornos mentais na atenção básica: aportes para a
implementação de ações. Interface – Comunicação, saúde, educação. São Paulo,
v.13, n.28, p.151-64, jan./mar. 2009.

WAIDMAN, M. A. P. et. al. Assistência de enfermagem às pessoas com


transtornos mentais e às famílias na Atenção Básica. Revista Escola de
Enfermagem da USP, São Paulo, v. 25, n.3, p. 2-3, jun. 2012.

RODRIGUES, A.R.F. Enfermagem psiquiátrica. Saúde Mental: Prevenção e


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RIBEIRO, P. R. M. Saúde mental no Brasil. São Paulo: Ed. Arte & Ciência, 2019.

OLIVEIRA, A. G. B.; ALESSI. N. P. O trabalho de enfermagem em saúde mental:


contradições e potencialidades atuais. Revista Latino Americana de Enfermagem.
Ribeirão Preto, v.11, n.3, p.333-40, mai/jun. 2003.

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