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2022-1669757546350-R+ Endosc - Usp - SP 2022

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1) Considerando os sarcomas de retroperitônio, qual é o subtipo histológico mais

frequente?

A) Leiomiossarcoma.
B) Lipossarcoma.
C) Fibrossarcoma.
D) Sarcoma indiferenciado.

2) Em pacientes com melanoma cutâneo, qual é o fator relacionado a maior risco de


morte?

A) Espessura maior que 4 mm.


B) Contagem mitótica maior que 3 por milímetro quadrado.
C) Presença de ulceração.
D) Linfonodo sentinela positivo.

3) Em pacientes com neoplasia maligna de apêndice cecal não epitelial, qual é o tipo
mais frequente?

A) Tumor neuroendócrino.
B) Neoplasia mucinosa de baixo grau.
C) Linfoma.
D) Adenocarcinoma.

4) Um homem de 29 anos, vítima de ferimento por arma branca no terço médio da região
infraclavicular direita, chega ao hospital 30 minutos após o incidente. Na chegada ao
hospital, é observado pulso filiforme em membros superiores. Ao entrar na sala de
emergência, já não tem pulsos palpáveis nem pressão arterial detectável. Apresenta reação
pupilar e dissociação eletromecânica. Qual deve ser a primeira medida a ser adotada?

A) E-FAST, com ênfase em janela pericárdica.


B) Drenagem do hemitórax esquerdo.
C) Toracotomia anterolateral esquerda.
D) Acesso venoso central.
5) Uma paciente de 35 anos vem ao Pronto-Socorro referindo que foi submetida a
colecistectomia laparoscópica há 8 dias. Queixa-se de dor abdominal e náuseas e vômitos há
2 dias. No histórico cirúrgico, verificou-se que a paciente tinha sido internada de urgência, com
crises de dores abdominais reentrantes, e que a cirurgia tinha sido sem intercorrências, não
tendo sido realizada colangiografia intraoperatória. Na avaliação inicial, a paciente está
prostrada, febril (temperatura axilar: 39ºC) e ictérica ++/4+. Tem dor à palpação de
hipocôndrio direito. Ultrassonografia de abdômen: discreta dilatação de vias biliares intra-
hepáticas, sem líquido no espaço subfrênico nem no espaço de Morrison. Estes achados
ultrassonográficos são confirmados pela tomografia de abdômen. Qual é a melhor conduta?

A) Observação clínica.
B) Laparotomia exploradora.
C) Colangiorressonância.
D) Colangiografia endoscópica retrógrada.

6) A respeito dos procedimentos laparoscópicos, é correto afirmar:

A) O dióxido de carbono é incolor e pouco solúvel no sangue.


B) Durante a cirurgia laparoscópica, os efeitos mecânicos do pneumoperitônio podem ser
gerenciados pelo aumento da frequência de ventilação mecânica com pressão positiva
expiratória final (PEEP) e pelo aumento da fração de oxigênio inspirado (FiO2).
C) O posicionamento em Trendelenburg reverso (proclive) frequentemente piora a
ventilação durante a cirurgia.
D) Ocorre diminuição da pressão endotraqueal.

7) Um paciente de 55 anos queixa-se de dor em região inguinocrural direita há 6 meses,


acompanhada de abaulamento inguinal redutível. Refere herniorrafia inguinal direita há 10
anos, feita por via anterior, com tela. Ao exame, tem abaulamento redutível em região
inguinal direita, com manobra de Valsalva positiva, confirmando o diagnóstico de hérnia
inguinal recidivada. Baseado nesse caso, assinale a alternativa correta:

A) O tratamento cirúrgico de escolha deve ser hernioplastia por via posterior.


B) A técnica de escolha para a correção é a via anterior, preferencialmente pela técnica de
Lichtenstein.
C) A classificação de Nyhus do caso é IIIB.
D) As técnicas por videolaparoscopia ou robótica podem ser realizadas por via
transabdominal (TAPP) ou totalmente extraperitoneal (TEP), não devendo ser indicadas
em casos de recidiva de operação feita por via anterior.

8) Um homem de 42 anos procura atendimento médico após episódio de hematêmese


volumosa, há 30 minutos. Relata que já teve um episódio de sangramento há 2 meses,
necessitando de internação e acompanhamento clínico por cirrose hepática. Sinais vitais:
frequência cardíaca: 105 bpm, pressão arterial: 90 x 50 mmHg, frequência respiratória: 22
irpm e tempo de enchimento capilar: 3 segundos. O toque retal denota melena. Exames
laboratoriais: a hemoglobina: 8,1 g/dL, hematócrito: 25% e plaquetas: 70.000/mm³. Neste
momento, qual é a conduta que NÃO deve ser tomada?
A) Endoscopia.
B) Iniciar terlipressina ou octeotrídeo.
C) Transfusão de 2 concentrados de hemácias.
D) Omeprazol em bolus.
9) Uma senhora de 76 anos, com diagnóstico de colecistite aguda litiásica em tratamento com
antibióticos (ceftriaxona e metronidazol) em outro serviço há 3 dias, sem resposta clinica
satisfatória, foi referenciada para um serviço terciário. A paciente tem diabetes mellitus tipo 2,
com insuficiência renal dialítica e estenose aórtica grave. No momento, está em uso de
noradrenalina 0,3 mcg/kg/min e apresenta febre. Na chegada ao serviço, a paciente está
contactante, ainda que sonolenta. Tem dor à palpação do hipocôndrio direito, onde se palpa
um "plastrão". Qual é a conduta mais adequada, neste momento?

A) Colecistectomia convencional.
B) Colecistectomia com exploração radiológica da via biliar.
C) Trocar o antibiótico para Tazocin®.
D) Colecistostomia percutânea.

10) Mulher, 66 anos de idade, apresentou lesão hipercrômica em face medial de braço
esquerdo. Realizada biópsia excisional, cujo exame histopatológico mostrou tratar-se de
melanoma lentiginoso com índice de Breslow de 3 mm. Foi indicado procedimento cirúrgico
para ampliação de margens para 2 cm e pesquisa de linfonodo sentinela. Acerca da doença
em questão e do procedimento realizado, assinale a única alternativa correta:

A) A técnica ilustrada é a da injeção intradérmica de azul patente, que deve ser associada a
técnicas de medicina nuclear (linfocintilografia com ou sem SPECT-CT e detecção
radioguiada intraoperatória - gama probe) para otimização da acurácia do método.
B) Atualmente, o procedimento cirúrgico preconizado para o melanoma, independentemente
do índice de Breslow, deve ser a ampliação de margens sem a pesquisa do linfonodo
sentinela, já que há comprovação científica de que esta última não aumenta a sobrevida
global.
C) Apesar de estudos recentes demonstrarem não haver aumento de sobrevida global com a
pesquisa de linfonodo sentinela, ela ainda deve ser indicada em casos específicos, como
quando há linfonodomegalia suspeita, pois, nessa situação, há benefício em relação ao
controle local.
D) Com os recentes avanços no tratamento do melanoma, com o advento da imunoterapia,
a pesquisa do linfonodo sentinela deve ser indicada, independentemente do índice de
Breslow, para determinação precisa do real acometimento linfonodal do paciente.

11) Uma senhora de 89 anos é trazida pelos familiares ao Pronto-Socorro, com história de
ter caído da própria altura há 30 minutos, após desmaio. O acompanhante refere ter
presenciado a queda. Nos antecedentes pessoais, apresenta hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus e arritmia. Está em uso de losartana, metformina, amiodarona e xarelto®.
A paciente tem amnésia e queixa-se de cefaléia e de dor em membro superior direito. Na
avaliação inicial, apresenta hematoma subgaleal frontal à direita, de 4 cm de diâmetro, dor
à palpação de coluna cervical em C6-C7, dor em antebraço direito com edema. Sinais
vitais: frequência cardíaca: 125 bpm, pressão arterial: 110 x 65 mmHg, frequência
respiratória: 18 irpm e Glasgow: 13. O atendimento médico inicial desta paciente deve
incluir:

A) Tomografia de corpo inteiro com contraste endovenoso, eletrocardiograma e


radiografia de membro superior direito.
B) Eletrocardiograma, tomografia de crânio e avaliação da glicemia.
C) Ultrassonografia com Doppler de carótidas, radiografia de coluna cervical e lombar e
ressonância magnética de crânio.
D) Radiografia coluna cervical, tomografia de crânio e coagulograma.

12) E.A.M., 16 anos, sexo feminino, natural e procedente de São Paulo. Refere que há
aproximadamente um ano apresenta aumento do volume abdominal em hipocôndrio
esquerdo, com dor no local. Nega febre, fraqueza ou dispneia. Está em bom estado geral. O
abdome é plano, flácido e os ruídos hidroaéreos estão presentes e normais. Tem
abaulamento do hipocôndrio e flanco esquerdos. Nesses locais, a palpação provoca dor.
Marcador tumoral CA 19-9: 1129 U/mL (normal: até 37 U/mL). Foi solicitado no pronto
atendimento a seguinte tomografia: Qual é o diagnóstico mais provável?
A) Cisto esplênico epidermoide.
B) Hepatocarcinoma.
C) Cistoadenocarcinoma de pâncreas.
D) Cisto de retroperitônio.

13) Na laparoscopia, o pneumoperitônio produz os seguintes efeitos, EXCETO:

A) Diminuição da pré-carga.
B) Aumento da pós-carga.
C) Diminuição do débito cardíaco.
D) Diminuição da renina plasmática.
14) Vítima de queda de motocicleta, um paciente de 35 anos deu entrada em unidade básica
de saúde. Tem ferimento de perna direita, com fratura cominutiva, com sangramento ativo.
Queixa-se de dor. Você é médico desta unidade. Após solicitar ajuda, qual deve ser o
próximo passo?

A) Intubação traqueal.
B) Providenciar dois acessos venosos e infundir 2.000 Ml de Ringer lactato.
C) Hemostasia por compressão.
D) Explorar o ferimento e fazer ligadura do vaso sangrante.

15) JCB, 55 anos, homem, vítima de atropelamento por motocicleta, deu entrada no hospital
trazido pelo resgate aéreo. Avaliação primária no hospital, após a administração de 2.000 mL
de solução cristaloide, que recebeu durante o transporte: A. Intubação orotraqueal,
imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. B. Murmúrio vesicular presente
bilateralmente, SatO₂: 97%. C. Frequência cardíaca: 138 bpm, PA: 60 x 30 mmHg, pelve
estável, esfíncter anal normotônico, diurese clara, após sondagem vesical; FAST positivo. D.
Glasgow 3, pupilas isocóricas e fotorreagentes (recebeu sedação para intubação orotraqueal).
E. Fratura exposta em membro inferior esquerdo, sem sangramento ativo. Assinale a
alternativa com as condutas de emergência adequadas para este paciente, que devem ser
realizadas de imediato:

A) Tomografia de corpo inteiro, transfusão de 2 concentrados de hemácias e encaminhar ao


centro cirúrgico.
B) Tomografia de corpo inteiro, iniciar protocolo de transfusão maciça e solicitar avaliação da
neurocirurgia com urgência.
C) Administração 2.000 mL de soro fisiológico, administrar ácido tranexâmico, coleta de
hemoglobina, coagulograma e tipagem sanguínea.
D) Administração de ácido tranexâmico, iniciar protocolo de transfusão maciça e
encaminhar ao centro cirúrgico.

16) Paciente vítima de colisão de automóvel contra anteparo fixo, é atendido na sala de
emergência. Refere dor em região pélvica. A passagem da sonda vesical mostra hematúria
e a cistografia é mostrada a seguir. Qual é o diagnóstico mais provável?

A) Lesão de uretra bulbar.


B) Lesão de bexiga extraperitoneal.
C) Lesão de uretra posterior.
D) Lesão de cúpula vesical.

17) A respeito do trauma abdominal fechado, é correto afirmar:

A) O envolvimento do retroperitônio e a estabilidade hemodinâmica são fatores


importantes para a decisão por acesso laparoscópico.
B) A laparoscopia está indicada na evidência de líquido livre intracavitário.
C) A laparoscopia tem importante papel diagnóstico em pacientes com traumatismo
craniano (Glasgow 3-12).
D) A lesão mais frequente é associada ao cisalhamento por esmagamento no mesentério.

18) A respeito do tratamento atual da diverticulite aguda, assinale a alternativa correta:

A) A colonoscopia de rotina após um episódio de diverticulite complicada tratada


conservadoramente é geralmente recomendada na segunda semana.
B) A indicação de ressecção cirúrgica eletiva deve ser feita logo após o primeiro episódio.
C) A anastomose primária deve ser considerada sempre, a menos que o paciente esteja
instável ou as condições locais sejam desfavoráveis.
D) O tratamento inicial não operatório no Hinchey I falha em até 45% das vezes.

19) Em relação ao tratamento dos Sarcomas de Partes Moles (SPM) retroperitoneais,


assinale a alternativa INCORRETA:

A) A cirurgia constitui a principal modalidade terapêutica.


B) Diferentes modalidades e momentos de adição de radioterapia ao tratamento dos SPM
de retroperitônio não se mostraram eficazes na redução do risco de recidiva local.
C) A ressecção completa, mesmo que marginal, é considerada adequada, desde que as
margens macro e microscópicas sejam livres.
D) Entre os pacientes submetidos à ressecção completa, os portadores de lesão de alto
grau têm pior prognóstico.

20) A respeito dos fatores ligados ao aparecimento das hérnias da parede abdominal,
assinale a alternativa correta:

A) O fator técnico do fechamento da parede abdominal é o principal fator predisponente do


aparecimento das hérnias incisionais.
B) Desnutrição, fator técnico, uso de imunossupressores e infecção da ferida cirúrgica não
interferem de forma significativa no processo de cicatrização da parede abdominal.
C) O aumento repetido da pressão abdominal, em diversas situações, como obstipação,
prostatismo ou esforços físicos extenuantes são fatores desencadeantes do aparecimento das
hérnias da parede abdominal.
D) Ascite e obesidade, além dos grandes tumores abdominais de crescimento lento,
como sarcomas, diminuem a incidência das hérnias da parede abdominal.

21) Um homem de 32 anos tem queixa de dor aos esforços em região periumbilical,
associada a abaulamento local, redutível com o repouso, em topografia de cicatriz umbilical.
Palpa-se anel herniário de 2 cm. Técnica mais adequada para o tratamento da hérnia deste
paciente:
A) Reparo da hérnia com reforço com tela pré-aponeurótica (onlay).
B) Herniorrafia à Mayo.
C) Sutura primária do anel com fio inabsorvível (chuleio simples).
D) Técnica de Stoppa.

22) Uma mulher de 29 anos de idade, portadora de polipose adenomatosa familiar (PAF), foi
submetida a proctocolectomia total laparoscópica profilática há cinco anos. Tem abaulamento
em cicatriz de trocarte. Refere crescimento mais acentuado nos últimos seis meses. Vem
tendo dor, refratária a dipirona e anti-inflamatório, precisando fazer uso de morfina. Fez a
tomografia ilustrada a seguir e biópsia. O exame histopatológico evidenciou fibromatose tipo
desmoide. A respeito do caso em questão e do comportamento biológico da doença, assinale
a alternativa correta:

A) Trata-se de neoplasia mesenquimal com comportamento localmente agressivo. O


tratamento inicial dever ser a ressecção radical com margem tridimensional de 2 cm.
B) Trata-se de neoplasia benigna, sem risco de disseminação metastática. Portanto,
devemos otimizar a analgesia e manter seguimento clínico.
C) Considerando-se o antecedente da paciente, o diagnóstico mais provável é metástase de
câncer colorretal. Deve-se instituir tratamento sistêmico com oxaliplatina e solicitar nova
biópsia.
D) Considerando-se a morbidade da ressecção cirúrgica e o alto índice de recidiva local,
devem ser considerados, inicialmente, tratamentos não operatórios, como tamoxifeno,
inibidores seletivos da COX-2 ou, até mesmo, quimioterapia sistêmica.

23) Um homem de 25 anos foi vítima de ferimento por arma branca em dorso, há 30
minutos. Na entrada, tem rebaixamento do nível de consciência, localizando estímulos
dolorosos. A roupa está encharcada de sangue. Frequência cardíaca: 140 bpm, pressão
arterial: 55 X 30 mmHg, frequência respiratória: 22 irpm. O orifício da facada é em dorso, no
9º espaço intercostal esquerdo, na linha axiliar posterior. Tem dor à palpação do abdome. A
melhor conduta para este doente deve incluir:

A) Tomografia de tórax e abdômen.


B) Ácido tranexâmico e laparotomia exploradora.
C) Hipotensão permissiva e iniciar transfusão maciça, após cirurgia de controle de danos.
D) Iniciar concentrado de hemácias, fibrinogênio e droga vasoativa.
24) Uma mulher de 26 anos de idade está internada há 7 dias por pancreatite aguda biliar.
Refere persistência da dor abdominal, empachamento precoce e vômitos esporádicos,
tendo baixa aceitação da dieta. Está em bom estado geral, tem frequência cardíaca de 100
bpm. Não tem alterações cardiopulmonares. O abdome é doloroso à palpação do
epigástrio. Exames laboratoriais: Hb: 11,3g/dL; Ht: 37%; Leucócitos: 17,375/mm³; PCR:
275 mg/L. Demais exames sem alterações. Fez a tomografia de abdome ilustrada a seguir.
Como deve ser classificada esta coleção e qual deve ser a conduta, neste momento?

A) Coleção necrótica aguda e drenagem endoscópica.


B) Necrose pancreática delimitada e passagem de sonda enteral.
C) Coleção necrótica aguda e passagem de sonda enteral.
D) Necrose pancreática delimitada e drenagem endoscópica.

25) Um rapaz de 23 anos foi vítima de colisão de moto contra anteparo fixo, a cerca de 70
km/hora. Foi trazido pela equipe de pré-hospitalar ao Pronto-Socorro. Não apresenta pulso
radial, o pulso femoral é fino e as extremidades são frias. Frequência cardíaca: 138 bpm.
Você faz o e-FAST (Extended Focused Assessment with Sonography for Trauma) para
complementar a avaliação. Considerando a imagem abaixo, responda:
A) Diante do achado, devem-se considerar inicialmente outras fontes de hemorragia que
respondam pelo choque.
B) Trata-se da janela pélvica do FAST, que não evidência líquido livre.
C) A linha hiperecogênica observada no espaço hepatorrenal corrobora o diagnóstico de
hemoperitônio.
D) O FAST é negativo, o que exclui de forma definitiva a presença de sangramento intra-
abdominal.

26) Paciente de 25 anos com queixa de tosse seca constante, encaminhado pela
otorrinolaringologia com achado de laringite posterior pela nasofibroscopia. Endoscopia
digestiva alta demonstra esofagite Los Angeles A, sem hérnia de hiato. Ao exame físico
abdominal, sem dor à palpação ou visceromegalias palpáveis. IMC: 31 kg/m². Após uso de
esomeprazol em dose otimizada, apresenta discreta melhora dos sintomas. Com relação ao
caso, assinale a melhor alternativa:

A) O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico pode ser descartado e paciente


deve ser encaminhado para avaliação funcional pulmonar.
B) O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico pode ser considerado, havendo
indicação formal para cirurgia bariátrica.
C) O diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico pode ser considerado e existe
indicação formal para tratamento endoscópico como ponte para tratamento cirúrgico.
D) O diagnóstico de doença de refluxo gastroesofágico pode ser considerado, entretanto será
necessário realizar pHmetria esofágica para eventual correlação dos sintomas.

27) Paciente de 27 anos com queixa de disfagia baixa há 2 anos, atualmente se alimentando
de alimentos pastosos. Ao exame físico abdominal, sem dor à palpação ou visceromegalias
palpáveis. IMC: 20,3 kg/m². Após uso de omeprazol não teve melhora dos sintomas.
Endoscopia digestiva alta demonstra esofagite Los Angeles A, sem hérnia de hiato. No
estudo radiológico contrastado, apresenta esôfago com ondas terciárias e discreta dilatação
esofágica.
Qual hipótese diagnóstica mais provável e o melhor exame a ser solicitado, respectivamente?

A) Megaesôfago, manometria esofágica.


B) Megaesôfago, pHmetria esofágica.
C) Esofagite eosinofílica, tempo de esvaziamento esofágico.
D) Doença do refluxo gastroesofágico, cintilografia gástrica.

28) Paciente de 58 anos, tabagista e etilista há 30 anos. Durante exames de rastreamento,


realizou uma endoscopia digestiva alta com visualização de lesão no esôfago médio a 27 cm
da Arcada Dentária Superior (ADS), com 1,2 cm de extensão, plana elevada, cuja biópsia
confirmou carcinoma espinocelular, bem diferenciado. Realizados exames de estadiamento
(tomografia computadorizada, PET-TC e broncoscopia), que demonstraram tumor restrito ao
esôfago. Realizada ressecção endoscópica que demonstrou que o tumor apresentava uma
invasão da camada submucosa profunda com margem exígua. Qual o melhor tratamento para
esse paciente?

A) Esofagectomia transhiatal.
B) Esofagectomia transtorácica com linfadenectomia.
C) Quimioterapia complementar.
D) Radioablação com cateter de alta frequência.
29) Homem, 60 anos, com diagnóstico de carcinoma espinocelular de esôfago médio. Foi
submetido a esofagectomia por toracoscopia e anastomose cervical. No terceiro dia pós-
operatório, observou-se aspecto leitoso no coletor do dreno torácico à direita, com um débito
de 500mL diário. A dosagem de triglicérides no líquido pleural foi de 450mg/dl. Qual a
principal hipótese diagnóstica e o respectivo tratamento inicial?

A) Quilotórax; pleurodese.
B) Fistula de anastomose; antibiótico de amplo espectro.
C) Quilotórax; jejum, nutrição parenteral.
D) Fistula de anastomose; tratamento endoscópico.

30) Homem, 60 anos, sem comorbidades, com queixa de epigastralgia e sensação de


empachamento progressivo com vômitos recorrentes, emagrecimento de 4 kg nos últimos
6 meses. Endoscopia digestiva alta mostra lesão úlcero-infiltrativa avançada de 4 cm de
diâmetro, em pequena curvatura de corpo proximal, 3 cm abaixo da cárdia.
Anatomopatológico: adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Tomografia de tórax,
abdome e pelve descreve somente a lesão na parede gástrica e negativa para metástases.
Sobre o caso, qual a melhor conduta terapêutica?

A) Gastrectomia total com linfadenectomia D1 ampliada e reconstrução em Y-de-Roux.


B) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 e reconstrução em Y-de-Roux.
C) Gastrectomia proximal com linfadenectomia D2 e reconstrução gastro-gástrica.
D) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 e reconstrução em Y-de-Roux.

31) Mulher, 59 anos, queixa de epigastralgia, sem emagrecimento, realizou Endoscopia


Digestiva Alta que mostrou lesão ulcero-infiltrativa de 3 cm em grande curvatura gástrica.
Biópsia de lesão demonstra adenocarcinoma gástrico bem diferenciado. Todos os exames de
imagem de estadiamento sugerem lesão com acometimento de subserosa e 4 linfonodos
perigástricos acometidos. Com esses dados, qual o provável estadiamento
pré-operatório de acordo com a oitava edição da AJCC?

A) T2N2 M1.
B) T3N1 M1.
C) T3N2 M0.
D) T4N3 M0.

32) Homem, 84 anos, hipertenso, diabético, AVC prévio, epigastralgia e sensação de


empachamento progressivo com vômitos recorrentes, emagrecimento de 10kg em 6 meses.
Endoscopia digestiva alta mostra lesão úlcero-infiltrativa avançada circunferencial, de 6 cm de
diâmetro, em pequena curvatura de antro, que impede a progressão do aparelho.
Anatomopatológico: adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Tomografia de tórax,
abdome e pelve descreve somente a lesão na parede gástrica com distensão a montante e
negativa para metástases. Devido à idade e comorbidades, optou-se pela realização de
gastrectomia subtotal D1. Quais as cadeias linfonodais NÃO precisam ser retiradas nesta
forma de linfadenectomia, se comparada com a linfadenectomia D2?

A) 8a + 9 + 11p + 14.
B) 8a + 9 + 11p + 12a.
C) 8a + 11p + 12a + 14.
D) 7 + 9 + 11p + 12a.
33) Mulher, 50 anos, com perda ponderal de 2 kg em 1 ano, epigastralgia exacerbada há 1
ano. Endoscopia digestiva alta mostra lesão subepitelial de 3 cm em grande curvatura de
corpo gástrico. Ultrassom endoscópico demonstra lesão subepitelial de 3 cm de diâmetro
sugestiva de tumor gastrointestinal estromal (GIST). Tomografia de tórax, abdome e pelve
negativas para metástases. Qual o melhor tratamento?

A) Ressecção em cunha da lesão.


B) Gastrectomia subtotal com esvaziamento ganglionar.
C) Ressecção em cunha com linfadenectomia regional.
D) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2.

34) Mulher, 45 anos de idade, com achado incidental em ultrassonografia abdominal de cisto
em cauda do pâncreas. Exame de ressonância magnética identificou lesão cística na cauda
do pâncreas, com aspecto macrocístico, com paredes finas, com septos discretos, sem
comunicação com ducto pancreático principal e ausência de vegetações na luz do cisto.
Devido seu aspecto inespecífico, foi solicitada uma ultrassonografia endoscópica para
punção e obtenção de material para análise. A dosagem do antígeno carcinoembrionário
(CEA) do líquido do cisto foi de 6.000,00 ng/mL. O diagnóstico mais provável dessa paciente
é:

A) Neoplasia Cística Serosa.


B) IPMN de ducto secundário.
C) Neoplasia Cística Mucinosa.
D) Pseudocisto.

35) Mulher, 32 anos, relata episódios de hipoglicemia, com perda da consciência e


melhora com aplicação de glicose. Realizou teste de jejum de 72 horas que foi positivo
para hipoglicemia hiperinsulinêmica. Considerando a principal hipótese diagnóstica, dentre
os métodos abaixo, qual exame diagnóstico mais adequado nesse momento?

A) PET/CT com análogo de somatostatina marcado com Ga⁶⁸.


B) Ressonância magnética com contraste paramagnético endovenoso.
C) Tomografia computadorizada com contraste endovenoso.
D) Arteriografia seletiva com estímulo com cálcio.

36) Homem, 65 anos, submetido a colecistectomia laparoscópica sem intercorrências, evolui


com coleção na loja da vesícula biliar, com cerca de 200 ml. Realizada drenagem percutânea,
com dreno tipo "pig-tail", com saída de líquido bilioso. Quatorze dias após a procedimento,
persistia com drenagem de 200 ml de bile, porém sem qualquer sinal de infecção associada.
Realizada ressonância magnética com contraste hepato-específico que demonstrou
extravasamento do contraste na topografia da ligadura do ducto cístico. Dentre as condutas
abaixo, qual é a mais adequada nesse momento?

A) Drenagem transparieto-hepática.
B) Laparoscopia e religadura do ducto cístico.
C) Papilotomia endoscópica.
D) Hepaticojejunostomia em Y de Roux.

37) Homem, 26 anos, tem mãe e um irmão com Síndrome de Von Hippel-Lindau. Não
apresenta queixas clínicas e em exame de ressonância magnética de abdômen são
evidenciados múltiplos cistos serosos distribuídos por todo o pâncreas, o maior deles com
6 cm na região da cabeça pancreática e um nódulo sólido, hipervascularizado, na cauda
do pâncreas, de 15 mm de diâmetro, compatível com tumor neuroendócrino.
Dentre as possibilidades abaixo, qual a melhor conduta para esse paciente?

A) Pancreatectomia total.
B) Seguimento clínico com ressonância magnética.
C) Pancreatectomia distal.
D) Duodenopancreatectomia.

38) Homem, 55 anos, com antecedente de retossigmoidectomia laparoscópica há 2 anos por


adenocarcinoma moderadamente diferenciado de transição retossigmoide (anatomopatológico
pT3pN0 [0/23] linfonodos). Em exame de seguimento identificados 3 nódulos hepáticos
compatíveis com lesões secundárias, uma de 2,2 cm periférica no segmento 6, uma de 2,4 cm
localizada na periferia do segmento 4b, uma de 3,5 cm na periferia do segmento 3. Não foram
evidenciadas lesões pulmonares. Realizou quimioterapia sistêmica com 5-fluoracil, leucovorin
e oxaliplatina (FOLFOX) com boa tolerância e resposta parcial das lesões. Novo exame de
imagem evidenciou lesão no segmento 6 com 1,4 cm, segmento 4b com 1,8 cm e segmento 3
com 2,3 cm. Qual a melhor conduta cirúrgica para esse paciente?
A) Ressecções não regradas (nodulectomias) das lesões dos segmentos 6, 4b e 3.
B) Hepatectomia esquerda + segmentectomia do 6.
C) Setorectomia lateral esquerda + ressecção não-regrada (enucleação) da lesão do
segmento 6.
D) Trissectorectomia esquerda.

39) Mulher, 32 anos, assintomática, em uso de anticoncepcional há 5 anos. Em


ultrassonografia de abdome solicitada pelo ginecologista foi encontrada lesão de 4,7 cm
localizada no lobo hepático direito. Exame físico sem alterações, índice de massa corporal de
26,6 Kg/m², exames laboratoriais normais. Realizada ressonância magnética de abdome
superior com contraste hepatoespecífico que mostrou lesão hipervascularizada, e presença
de gordura intralesional. Na fase hepatobiliar não houve retenção de contraste pela lesão.
Qual o diagnóstico e conduta para esse paciente?

A) Hiperplasia nodular focal/suspensão do anticoncepcional e seguimento clínico.


B) Adenoma hepático/ressecção cirúrgica.
C) Hemangioma hepático/embolização.
D) Adenoma hepático/suspensão do anticoncepcional e seguimento clínico.

40) Mulher, 47 anos, sem comorbidades. Há 2 anos refere dor em região epigástrica com
piora progressiva, sem relação com alimentação; nega emagrecimento. Fez ultrassom de
abdome total que evidenciou lesão cística no lobo hepático esquerdo medindo 7 cm, com
paredes levemente espessadas, septos finos no seu interior e conteúdo levemente
heterogêneo. Foi solicitada ressonância magnética que confirmou lesão cística única centrada
no segmento 4, com septos finos sem contrastação pelo gadolíneo e determinando leve
compressão da via biliar esquerda. Qual o diagnóstico mais provável e melhor tratamento
para essa paciente?

A) Cisto hepático simples e ""destelhamento"" da cápsula.


B) Cisto hidático (Hidatidose) e ressecção do cisto.
C) Metástase de tumor neuroendócrino e radioablação.
D) Neoplasia cística mucinosa hepática (Cistoadenoma biliar) e hepatectomia.

41) Homem, 60 anos, com quadro de icterícia obstrutiva e prurido há 40 dias. Realizou
exame de ressonância magnética que demonstrou dilatação das vias biliares intra-
hepáticas e lesão compatível com colangiocarcinoma hilar Bismuth IV medindo 2,7 cm,
acometendo a artéria hepática direita e ramo portal direito, com condições de
ressecabilidade. Tomografia de tórax sem alterações. Bilirrubina total= 22 mg/dL, bilirrubina
direta=20,7 mg/dL. Foi calculado o volume do remanescente hepático (segmentos 2 e 3) de
24% do volume hepático total. Qual a melhor conduta para o caso neste momento?

A) Drenagem transparieto-hepática do remanescente hepático e embolização através de


radiologia intervencionista do ramo portal direito e do segmento 4.
B) Trissetorectomia direita + ressecção do segmento 1 + linfadenectomia hilar +
anastomose biliodigestiva.
C) Mesohepatetomia + linfadenectomia hilar + anastomose biliodigestiva bilateral.
D) Quimio e radioterapia neoadjuvantes.

42) Homem, 60 anos, apresenta vômitos repetidos 6 meses após ser submetido a Bypass
gástrico em Y de Roux para tratamento de obesidade mórbida. Na endoscopia digestiva atual
apresenta estenose da anastomose gastrojejunal, com dificuldade para passagem do
aparelho. Qual a melhor conduta no momento?

A) Manter o paciente sob tratamento clínico com inibidor de bomba de próton (IBP).
B) Utilizar uma prótese endoscópica temporária.
C) Realizar dilatação endoscópica.
D) Realizar revisão cirúrgica com confecção de nova anastomose gastrojejunal.

43) Mulher, 55 anos, submetida a gastrectomia vertical laparoscópica há 3 anos,


apresenta bom controle da perda de peso, porém vem com queixa de pirose pós-
alimentar, com náuseas e vômitos eventuais. Realizou endoscopia digestiva alta que
demonstrou: transição esofagogástrica 1 cm acima do pinçamento diafragmático com
presença de erosões em mais de 75% da circunferência do esôfago distal, estômago
tubulizado com discreta torção no seu eixo. Assinale a alternativa correta:

A) É uma evolução natural da gastrectomia vertical e a paciente pode ser controlada com
inibidor de bomba de próton (IBP)
B) A hiatoplastia está indicada para tratamento da hérnia do hiato e contenção do refluxo
gastroesofágico.
C) Estudo de pHmetria esofágica está indicado para se avaliar a capacidade secretora de
ácido do tubo gástrico.
D) A avaliação radiológica com estudo contrastado pode auxiliar na definição da conduta.

44) Mulher, 39 anos, mantém seguimento regular com endocrinologista e nutricionista há


cerca de 3 anos, no entanto com dificuldade em manter as perdas ponderais. No último ano,
evoluiu também com queixa de pirose e dor retroesternal, sendo solicitada endoscopia
digestiva alta. O exame evidenciou esôfago de calibre aumentado, presença de resíduos
alimentares, esofagite distal Los Angeles B e volumosa hérnia de hiato de 6 cm. Está com
peso atual de 110 kg e IMC 39 kg/m². Antecedentes pessoais: Diabetes Mellitus Tipo 2 há 5
anos, controlada com uso de hipoglicemiante oral e insulina. Em relação ao caso, assinale a
alternativa correta:
A) Considerando a presença de obesidade grau II associada às comorbidades, a paciente é
candidata à cirurgia bariátrica. Por conta dos achados endoscópicos, a avaliação pré-
operatória deve ser complementada com exames funcionais do esôfago.
B) A hérnia de hiato pode ser considerada gigante, pois tem mais de 5 cm e a melhor
conduta é indicar Hiatoplastia e Fundoplicatura à Nissen.
C) A paciente preenche critérios para indicação para cirurgia bariátrica e a técnica mais
adequada seria a da Gastrectomia Vertical.
D) A paciente está com a Diabetes controlada e, portanto, não há indicação para cirurgia
bariátrica.

45) Paciente de 48 anos submetido a gastroplastia em Y de Roux (bypass) por


videolaparoscopia há 3 anos, com perda de 90% do excesso de peso, procurou atendimento
médico com queixa de dor abdominal de forte intensidade há 4 dias, intermitente, associada
a distensão abdominal e náusea. Ao exame físico, apresentava-se desidratado 2+/4+, PA:
110x80mmHg, FC: 85bpm, FR: 18ipm. Abdome distendido, doloroso à palpação difusa, sem
sinais de irritação peritoneal. Em relação à hipótese diagnóstica, assinale a alternativa
correta:

A) A presença de colelitíase no pós-operatório de cirurgia bariátrica é ocorrência rara, de


modo que não há necessidade de investigação complementar para este diagnóstico.
B) A principal hipótese diagnóstica é de hérnia interna. Caso confirmada, o tratamento
deve ser cirúrgico, preferencialmente por laparoscopia.
C) A evolução clínica apresentada pelo paciente é compatível com o diagnóstico de
úlcera de boca anastomótica, sendo indicada Endoscopia Digestiva Alta para melhor
avaliação.
D) O quadro clínico é compatível com distensão intestinal por super crescimento
bacteriano e deve ser tratado com sintomáticos e probióticos, não havendo indicação para
investigação complementar.

46) Mulher, 64 anos, asmática em uso contínuo de corticoterapia, admitida em Unidade de


Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal de forte intensidade. Tomografia de
abdome demonstra divertículos em cólon, líquido livre espesso em grande quantidade e
pneumoperitônio. Durante laparotomia de urgência, foram evidenciados peritonite fecal,
divertículos e perfuração em sigmoide. Paciente mantém-se hemodinamicamente estável
durante todo o período. Qual a melhor conduta a ser tomada durante a cirurgia de
urgência?

A) Colectomia total e ileostomia terminal.


B) Rafia da perfuração e drenagem da cavidade por laparoscopia.
C) Lavagem da cavidade abdominal e drenagem aspirativa.
D) Sigmoidectomia a Hartmann com colostomia terminal.

47) Paciente sexo masculino, com histórico de ressecção de condilomatose anal. Sorologia
para HIV positiva, controlado com antirretrovirais. Refere abaulamento anal progressivo e
doloroso há 6 meses com saída de secreção malcheirosa e sanguinolenta frequente às
evacuações. Exame físico revela lesão ulcerada em canal anal com 4,0 cm de diâmetro,
dolorosa e friável ao toque retal com linfonodomegalias inguinais. Qual a melhor sequência
de condutas?

A) Anestésico local > Biópsia ambulatorial > PET-CT > Amputação de Reto.
B) Inguinotomia > Biópsia linfonodal > RNM de corpo inteiro > Radioterapia.
C) Exame sob narcose > Biópsias > RNM de pelve + Tomo de tórax e abdome >
Tratamento multidisciplinar Oncológico/Cirúrgico.
D) Revisão da ressecção da condilomatose > RNM de pelve > Imunoterapia exclusiva.

48) Homem, 69 anos, com queixa de tenesmo é diagnosticado com adenocarcinoma de reto
a 6,0 cm da borda anal. Após estadiamento específico diagnostica-se doença localmente
avançada não metastática e opta-se pela quimiorradioterapia de imediato. Completou todo o
tratamento proposto. Em reavaliação após dois meses, refere desaparecimento da
sintomatologia inicial. Ao exame físico e exame proctológico completo atual não se
encontram alterações patológicas - seu exame é normal. Assinale a alternativa correta:

A) Devido à resposta ao tratamento inicial, a cirurgia é descartada definitivamente. O


seguimento envolve consultas ambulatoriais a cada cinco anos com CEA, tomografias de
tórax, abdome e pelve.
B) Após o tratamento inicial, a conduta não cirúrgica deve ser respaldada por equipe
multidisciplinar, orientação ao paciente sobre benefícios e riscos, além de seguimento
específico com imagens a cada 3 meses.
C) Apesar da resposta ao tratamento inicial, de acordo o estadiamento avançado prévio, a
cirurgia com ressecção completa do reto sem necessidade de linfadenectomia é a melhor
opção.
D) Dada a resposta ao tratamento inicial, está indicada a manutenção do tratamento com
mais sessões de radioterapia e acrescido de imunoterapia.

49) Mulher, 72 anos, apresenta adenocarcinoma de reto em borda anal com 5,0 cm de
diâmetro, localmente avançado com fístula reto-vaginal de 1,0 cm de diâmetro. Não apresenta
metástases aos exames de estadiamento. Após quimiorradioterapia inicial, a resposta ao
tratamento foi parcial, sendo facilmente tocável lesão endurecida com 3,0 cm em anel
anorretal, porém com aumento da fístula para 2,0 cm de diâmetro. Não se evidenciam
metástases em novo estadiamento clínico. Assinale a alternativa correta:

A) A amputação de reto com ressecção da parede posterior da vagina associado à


reconstrução do períneo pela cirurgia plástica é o tratamento indicado.
B) A resposta ao tratamento inicial e a idade avançada da paciente contraindicam a
cirurgia.
C) A redução das dimensões da lesão permite apenas a ressecção local.
D) A ressecção cirúrgica do reto com excisão total do mesoreto com anastomose colo-
anal e sepultamento da vagina é a melhor opção.

50) Eletricista sofreu queimadura por alta voltagem, apresenta lesão esbranquiçada
circular e enchimento capilar retardado em indicador, os outros dedos com
vascularização normal. Quanto a melhor conduta, assinale a alternativa correta.

A) Desbridamento.
B) Arteriografia digital.
C) Observação.
D) Escarotomia imediata.

51) Mulher de 42 anos vem com episódios de sudorese e piora da dispneia nos últimos
sete dias, atualmente aos pequenos esforços. Nega febre, dor, palpitação e síncope.
Realizou troca valvar mitral biológica há oito anos por valvopatia reumática. Exame clínico:
descorada +/4+, ictérica 2+/4+, afebril, FR 25 ipm, FC 90 bpm, SpO2 92%, PA 110x60
mmHg, tempo de enchimento capilar 2 seg. Bulhas rítmicas com hipofonese de B1 e
sopro holossistólico 4+/6+ em área mitral, estertores finos em bases bilaterais, fígado
palpável a 3 cm do rebordo costal direito, doloroso e homogêneo. Baço percutível e não
palpável. Edema 2+/4+ bilateral de membros inferiores. Exames: Hb 10,2 g/dL, leucócitos
9.800/mm³, plaquetas 87.000/mm³, Na 132 mEq/L, K 4,5 mEq/L, Cr 1,3 mg/dL, Ur 40
mg/dL, PCR 47 mg/dL. Urina I: 1,2 g/L de proteínas, leucócitos 43.000/mm³, cilindros
hemáticos. Eletrocardiograma: ritmo sinusal e sobrecarga de câmaras esquerdas.
Ecocardiograma transtorácico: regurgitação periprotética mitral importante, sem vegetações
ou trombos. Além de compensação da insuficiência cardíaca, a conduta mais adequada é:

A) Ceftriaxone.
B) Troca valvar nesta internação.
C) Aguardar resultado de hemocultura.
D) Ceftriaxone, oxacilina e troca valvar nesta internação.

52) Mulher de 39 anos vem com queixa de irritabilidade, palpitações e perda de 3 Kg no


último mês. Exame clínico: FC 110 bpm; PA 140x70 mmHg; bócio discreto, indolor, difuso e
firme. Restante normal. Exames complementares: TSH < 0,01 mUI/mL; T3 total 230 ng/dL
(VR:80-200), T4 total 15 μg/dL (VR:4,5-12), tireoglobulina 130 ng/mL (VR: até 35), anti-TPO
52 UI/mL (VR:< 9), anti-TG 140 UI/mL (VR:< 4), VHS 80 mm/h; captação do I-131 nas 24
horas de 1% (VR: 14-35%). A conduta mais adequada é:

A) Prednisona e metimazol.
B) Propranolol e prednisona.
C) Metimazol e propranolol.
D) Excluir o uso de hormônio tireoidiano.

53) Homem de 52 anos é internado na UTI três horas após manejo inicial de choque séptico
de foco pulmonar no pronto-socorro. Recebeu expansão volêmica, foi iniciada noradrenalina
em acesso venoso central e coletadas hemoculturas, com início de ceftriaxone e
azitromicina. Exames: lactato (admissão) 52 mg/dl; lactato (4h) = 55 mg/dl; Cr 2 mg/dl; Ur 82
mg/dl; Na+ 142 mEq/L; K+ 5,2 mEq/L; pH 7,22; PaO² 65 mmHg (com cateter de O² 3 L/min);
PaCO² 25 mmHg; BIC 8 mEq/L; Hb 11,2 g/dl; plaquetas 88.000/mm³; bilirrubina total 1,5
mg/dl. Recebe noradrenalina 0,5 mcg/kg/min; PAM 60 mmHg; FC 125 bpm; tempo de
enchimento capilar 5 segundos; livedo grau II/V. Sonolento e confuso. Ecocardiograma
point-of-care: VE hiperdinâmico; VD normal. Você decide por proceder à intubação. A
conduta mais adequada antes da intubação é:

A) Infusão de bicarbonato de sódio e associar adrenalina.


B) Bolus de hidrocortisona e associar vasopressina.
C) Infusão de bicarbonato de sódio e associar vasopressina.
D) Bolus de hidrocortisona e associar adrenalina.

54) Homem de 74 anos, tabagista (110 maços-ano) vem com episódios de hematúria
macroscópica recorrente, com tratamento prévio de infecção urinária, sem melhora clínica.
Realizou tomografia de vias urinárias: sem cálculos urinários e com pequena lesão vegetante
em bexiga. Realizada cistoscopia: lesão de 0,9 cm, ressecada e com resultado de carcinoma
urotelial papilífero, sem representação da camada muscular na amostra.
A conduta mais apropriada é:
A) Citologia oncótica urinária.
B) Acompanhamento com ultrassom de vias urinárias.
C) Tomografia com emissão de pósitrons.
D) Cistoscopia e biópsia.

55) Homem de 67 anos com antecedente pessoal de hiperplasia prostática benigna e


infecção urinária de repetição, tendo realizado tratamentos com diversos esquemas
antimicrobianos prévios, é internado com quadro de disúria, polaciúria e febre há 4 dias, hoje
com dor lombar direita. Teste de Hodge: negativo; Teste de EDTA: positivo; O
antimicrobiano que você deveria solicitar ao laboratório para testar é:

A) Aztreonam.
B) Ceftazidima-avibactam.
C) Fosfomicina.
D) Ceftarolina.

56) Homem de 20 anos evolui com ganho de peso, estrias violáceas em abdome, giba e
fáscies em lua cheia há cinco anos. Tem lentiginose em face. Não usa nenhum medicamento.
A investigação hormonal confirmou Síndrome de Cushing. Cortisol (pós- estímulo com
dexametasona 1 mg) 14,2 mcg/dL, cortisol urinário e salivar elevados e ACTH < 5 pg/mL.
Tomografia de abdome: adrenais espessadas bilateralmente. O próximo passo é:

A) Ressonância magnética de hipófise.


B) Adrenalectomia bilateral.
C) Teste do DDAVP ou CRH.
D) Teste de supressão com 8 mg de dexametasona.

57) Homem de 60 anos vem com história de dispneia progressiva aos esforços há seis
meses. Há dois meses vem apresentando parestesias em membros inferiores. Sempre foi
saudável, fazia atividades físicas regulares e seus exames eram normais. Como único
antecedente, refere síndrome do túnel do carpo. Exames: TSH, perfil de ferro, glicemia e Hb
glicada normais. Ecocardiograma com espessamento de septo e disfunção diastólica, fração
de ejeção normal. ECG sem arritmia, com complexos diminuídos.
O diagnóstico será mais provavelmente confirmado com:

A) Eletroneuromiografia.
B) Biópsia hepática.
C) Cateterismo cardíaco.
D) Biópsia de tecido subcutâneo.
58) Homem de 62 anos com antecedente de miocardiopatia isquêmica e insuficiência
cardíaca, em uso de enalapril 10 mg (2x/d), carvedilol 25 mg (2x/d), furosemida 40 mg (2x/d),
digoxina 0,25 mg (1x/d), espironolactona 25 mg (1x/d) e AAS 100 mg (1x), refere piora
progressiva da dispneia, associada à ortopneia, dispneia paroxística noturna, edema de
membros inferiores e redução do volume urinário há cinco dias, com tempo de enchimento
capilar de dois segundos e PA 90x60 mmHg. Exames: Ur 170 mg/dL, Cr 3,5 mg/dL, K+ 5,7
mEq/L, Na+ 132 mEq/L. Exames prévios: Ur 50 mg/dL, Cr 1,5 mg/dL, K+ 4,6 mEq/L e Na+
139 mEq/L. A conduta mais adequada neste momento é:

A) Suspender diuréticos e enalapril e reduzir carvedilol.


B) Suspender carvedilol e enalapril e iniciar dobutamina.
C) Suspender espironolactona e aumentar furosemida.
D) Substituir enalapril por hidralazina/isossorbida e aumentar furosemida.

59) Homem de 67 anos com perda de força progressiva nos quatro membros. O quadro
iniciou-se há um ano com fraqueza progressiva na mão direita, com intensa atrofia da
musculatura, seguida de perda de força nas pernas, de modo assimétrico, mais intensa à
esquerda. Há dois meses notou fraqueza no braço e mão direita. Há duas semanas
apresenta engasgos com líquidos e a voz “embolada”. Ao exame neurológico: tetraparesia
assimétrica, mais acentuada na mão esquerda e perna direita, envolvendo musculatura
proximal e distal, com intensa atrofia muscular, algo assimétrica. Os reflexos profundos estão
exaltados. Reflexo cutâneo-plantar em extensão bilateral. Observadas fasciculações nos
quatro membros. Sensibilidade tátil, térmica, dolorosa e vibratória normais. Propriocepção
normal. Ao exame dos nervos cranianos observa-se atrofia de língua e fasciculações.
Podemos afirmar que:

A) A provável etiologia é compressiva.


B) O tratamento habitual é com imunoglobulina.
C) O exame do líquor deve ser normal.
D) A sensibilidade profunda geralmente é acometida tardiamente.

60) Mulher de 58 anos é submetida à colectomia esquerda com anastomose primária e


encaminhada à UTI. Antecedentes: hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, bem
controlados. Nega dispneia para subir até quatro lances de escada. Durante o intra-
operatório (5h), houve lesão de vasos mesentéricos, com hipotensão sustentada e
necessidade de drogas vasoativas. A paciente chega à UTI no período da noite, extubada,
com noradrenalina = 0,15 mcg/kg/min, PAM = 75 mmHg, tempo de enchimento capilar
= 1 segundo. Consciente e orientada, referindo dor apenas na incisão cirúrgica. Recebeu
3.500 ml de cristaloide e dois concentrados de hemácias. Apresentou diurese de 500 ml e
perda sanguínea estimada de 600 ml. Exames da admissão: lactato = 27 mg/dl, pH =
7,38, BIC = 18 mEq/L, Cr = 1,5 mg/dl, Na⁺ = 142 mEq/L, K⁺ = 4,6 mEq/L, Ca²⁺ᵢₒ = 4,2
mg/dl, troponina Iᵤₛ = 0,2 mg/dl (VR < 0,014), Hb = 8,5 g/dl. A conduta mais adequada na
admissão da UTI é:

A) Soro de manutenção e reposição endovenosa de cálcio.


B) Um concentrado de hemácias e reposição endovenosa de cálcio.
C) Um concentrado de hemácias e expansão volêmica.
D) Soro de manutenção.

61) Mulher de 58 anos é submetida à colectomia esquerda com anastomose primária e


encaminhada à UTI. Antecedentes: hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia, bem
controlados. Nega dispneia para subir até quatro lances de escada. Durante o intra-
operatório (5h), houve lesão de vasos mesentéricos, com hipotensão sustentada e
necessidade de drogas vasoativas. A paciente chega à UTI no período da noite, extubada,
com noradrenalina = 0,15 mcg/kg/min, PAM = 75 mmHg, tempo de enchimento capilar
= 1 segundo. Consciente e orientada, referindo dor apenas na incisão cirúrgica. Recebeu
3.500 ml de cristaloide e dois concentrados de hemácias. Apresentou diurese de 500 ml e
perda sanguínea estimada de 600 ml. Exames da admissão: lactato = 27 mg/dl, pH =
7,38, BIC = 18 mEq/L, Cr = 1,5 mg/dl, Na⁺ = 142 mEq/L, K⁺ = 4,6 mEq/L, Ca²⁺ᵢₒ = 4,2
mg/dl, troponina Iᵤₛ = 0,2 mg/dl (VR < 0,014), Hb = 8,5 g/dl. Na manhã seguinte, a paciente
está assintomática, em uso de cetamina = 0,1 mg/kg/h e dipirona de horário e morfina, se
necessária. Sem outras queixas. Exame clínico: PAM = 80 mmHg, FC = 92 bpm sinusal; Tax
= 37,1ºC; FR = 22 ipm; SpO₂ = 94%. Recebe noradrenalina = 0,08 mcg/kg/min. Tempo de
enchimento capilar = 1 segundo. Restante do exame normal. Exames laboratoriais: lactato =
14 mg/dl; pH = 7,41, BIC = 23 mEq/L; Na⁺ = 141 mEq/L; K⁺
= 4,2 mEq/L; Ca²⁺ᵢₒ = 4,7 mg/dl, troponina Iᵤₛ = 1 mg/dl (VR < 0,014), = Hb 8,8 g/dl.
Eletrocardiograma sinusal, sem alterações. As condutas mais adequadas nesse momento
são:

A) Repouso no leito, AAS e estatina de alta potência.


B) Mobilização do leito para poltrona, seguida de desmame de vasopressor.
C) Repouso no leito, AAS, estatina de alta potência e estratificação invasiva.
D) Mobilização, se tolerar o desmame de vasopressor, e estatina de alta potência.

62) Homem de 21 anos, em acompanhamento por asma brônquica, vem à consulta de


retorno. Nas últimas quatro semanas, tem tido sintomas todas as tardes, e acordado a
noite com chiado e dispneia uma ou duas vezes por semana. As crises não limitam a
atividade e necessita de “bombinha” uma ou duas vezes por semana. É tabagista de 3
maços-ano, tendo diminuído para quatro cigarros por dia na última semana. O tratamento
medicamentoso preferencial para este paciente é (CI indica corticoide inalatório; LABA,
beta agonista de ação longa; SABA, beta agonista de ação curta):

A) CI dose baixa + formoterol de manutenção.


B) CI dose média + LABA + SABA por demanda.
C) CI dose média + formoterol de manutenção.
D) CI dose baixa + LABA + SABA por demanda.
63) Homem de 35 anos, pedreiro, sem doenças prévias, vem ao pronto socorro com queixa
de febre há dois dias de até 39ºC e sonolência há um dia. Exame clínico: corado,
desidratado, acianótico, ictérico +/4+. Tax 39,2ºC, PA 87x54 mmHg, FC 125 bpm, FR 28
ipm, SpO₂ 97% em ar ambiente. Tempo de enchimento capilar 4 seg. Escala de Glasgow
13 (confuso e sonolento), sem sinais focais, sem rigidez de nuca. Ausculta cardíaca e
pulmonar normal. Exame físico abdominal normal. Presença de um nódulo eritematoso na
região maleolar E, com ponto flogístico central, de 3 cm de diâmetro, doloroso à palpação.
Após coleta de culturas, a antibioticoterapia recomendada neste caso é:

A) Oxacilina.
B) Vancomicina.
C) Cefazolina.
D) Sulfametoxazol-trimetoprim.

64) Homem de 48 anos tem história de manchas violáceas em membros inferiores há seis
meses associadas à fadiga, febre baixa, dor abdominal intermitente e perda ponderal de 10
Kg. Há uma semana refere pé caído à direita associado a parestesias no membro inferior
direito. Exame clínico: PA 176x95 mmHg, FC 76 bpm, incapacidade de dorsiflexão de pé
direito, hipoestesia em pé e perna direita. Reflexo aquileu abolido. Exames: Hb 10,5 g/dL,
leucócitos 5.000/mm³, plaquetas 320.000/mm3, VHS 50 mm/h, PCR 19 mg/L, creatinina 1,5
mg/dL. Urina tipo 1 sem alterações; hemoculturas negativas. AgHBs positivo, anti-HBe
positivo; anti-HCV, anti-HIV e VDRL negativos. FAN, ANCA, crioglobulinas, complemento e
anticorpos antifosfolípides negativos. Ecocardiograma normal. O exame que mais
provavelmente auxiliará na confirmação do diagnóstico é:

A) Eletroneuromiografia.
B) Ecocardiograma transesofágico.
C) Angiotomografia de aorta torácica e abdominal.
D) Biópsia hepática.

65) Mulher de 77 anos com antecedente de hipertensão essencial há 15 anos e diabetes


mellitus há cinco anos, em uso de atenolol 50 mg/dia, clortalidona 25 mg/dia e metformina
1.000 mg/dia. Vem com quadro de edema generalizado há três meses, sem outros sintomas.
Exame clínico: PA 140 x 90 mmHg, FC 80 bpm, edema de MMII +++/4+. Fundo de olho:
sinais de retinopatia hipertensiva moderada. Exames complementares: Cr 1,2 mg/dl, Ur 60
mg/dl, K+ 4,4 mEq/l, Hb 8,0 g/dL, albumina 2,4 g/dL. Urina tipo 1: proteinúria +++/4+, sem
hematúria. Relação proteinuria/creatininúria 6,8 mg/g. Além de iniciar inibidor de enzima
conversora de angiotensina, a próxima conduta mais adequada neste caso é:

A) Prednisona 60mg/dia.
B) Biópsia renal.
C) Trocar metformina por inibidor da sglt2.
D) PET-CT.

66) Homem de 65 anos, em avaliação perioperatória para colecistectomia


videolaparoscópica. Tem hipertensão e diabetes mellitus e teve infarto agudo do miocárdio
há um ano. Realiza caminhadas diárias de cerca de 2 km. Nega dispneia, dor torácica,
síncope e palpitações. Ex-tabagista (carga tabágica de 30 maços.ano) e ex- etilista, cessou
ambos hábitos há um ano. Em uso de enalapril 20 mg/dia, carvedilol 12,5 mg 12/12 h,
amlodipino 10 mg/dia, AAS 100 mg/dia, clopidogrel 75 mg/dia, omeprazol 20 mg/dia,
metformina 2000 mg/dia e atorvastatina 20 mg/dia. Exame clínico: PA 136x88 mmHg, FC 78
bpm, IMC 32 Kg/m², edema de membros inferiores 1+/4+, simétrico; restante do exame
normal. Exames: ECG com ritmo sinusal e onda Q em parede anterior, radiografia de tórax
normal, Ur 48 mg/dL, Cr 1,1 mg/dL, Na+ 140 mEq/L, K+ 5,0 mEq/L, glicemia de jejum 132
mg/dL, Hb 14,7 g/dL, leucócitos 7600/mm³, plaquetas 352.000/mm³, coagulograma normal. A
conduta mais adequada é:

A) Suspender clopidogrel cinco dias antes da cirurgia, aumentar a dose de carvedilol,


manter AAS, enalapril, amlodipino e atorvastatina.
B) Suspender AAS e clopidogrel cinco dias antes da cirurgia, introduzir furosemida e
manter enalapril, amlodipino, carvedilol e atorvastatina
C) Suspender clopidogrel sete dias antes da cirurgia, antes da cirurgia, manter AAS,
carvedilol, enalapril, amlodipino e atorvastatina
D) Suspender AAS e clopidogrel sete dias antes do procedimento, aumentar a dose de
enalapril, manter carvedilol, amlodipino e atorvastatina.

67) Homem de 55 anos procura novamente atendimento com queixa de dor abdominal,
vômitos e fadiga. Já foi três vezes ao pronto-socorro, mas os sintomas pioraram, apesar do
uso de antieméticos e analgésicos. Faz acompanhamento por diabetes mellitus tipo 2 desde
os 50 anos. Não apresenta alterações significativas ao exame clínico. Glicemia 220 mg/dL,
pH= 7,21, bicarbonato 16 mEq/L, anion gap 20 mEq/L. É mais provável que este paciente
esteja em uso de:

A) Inibidores da alfaglicosidase.
B) Inibidores de SGLT2.
C) Inibidores da dipeptidilpeptidase 4.
D) Análogos de GLP.

68) Homem de 36 anos é trazido ao pronto-socorro pelo SAMU após parada


cardiorrespiratória presenciada por transeuntes, que iniciaram suporte básico de vida, sem
indicação de choque pelo DEA. Após atendimento por unidade avançada do SAMU, chega ao
pronto-socorro com tempo total de reanimação cardiopulmonar de 20 minutos e no-flow de 4
minutos, com retorno à circulação espontânea, com via aérea assegurada, sem resposta a
estímulos dolorosos, pupilas médias. Eletrocardiograma da admissão sem alteração de ST. O
tratamento inicial deve incluir:

A) Manter PAM 80 – 90 mmHg e hipotermia terapêutica.


B) Manter PAM 80 – 90 mmHg e cateterismo cardíaco.
C) Evitar PAM < 65 mmHg e cateterismo cardíaco.
D) Evitar PAM < 65 mmHg e controle direcionado de temperatura.

69) Homem de 36 anos é trazido ao pronto-socorro pelo SAMU após parada


cardiorrespiratória presenciada por transeuntes, que iniciaram suporte básico de vida, sem
indicação de choque pelo DEA. Após atendimento por unidade avançada do SAMU, chega ao
pronto-socorro com tempo total de reanimação cardiopulmonar de 20 minutos e no-flow de 4
minutos, com retorno à circulação espontânea, com via aérea assegurada, sem resposta a
estímulos dolorosos, pupilas médias. Eletrocardiograma da admissão sem alteração de ST.
Após 18 horas do tratamento inicial, o paciente evoluiu com pupilas médio fixas, com perda
de reflexos de tronco. Não fez uso de sedação contínua. Ao exame: Tax 35,5°C. Recebe
noradrenalina 0,2 mcg/Kg/min com PAS 110 mmHg (PAM 75 mmHg), em modo pressão-
controlada com FiO₂ 30%. Gasometria arterial: pH 7,38, PaO₂ 80 mmHg, SaO₂ 98%, PaCO₂
38 mmHg. Antes de seguir com os procedimentos de morte encefálica, deve-se:

A) Confirmar o motivo da parada cardiorrespiratória.


B) Documentar temperatura central > 35ºC.
C) Aguardar 24 horas do evento e realizar neuroimagem.
D) Não é necessário nenhum procedimento adicional.

70) Mulher de 50 anos, vem para consulta de orientação sobre prevenção de câncer de
mama. Se necessário, está disposta a tirar as duas mamas, pois acompanhou o sofrimento de
uma prima que desenvolveu dois cânceres de mama entre os 40 e 45 anos. Sua família é de
origem de judeus Ashkenazi. Nenhum outro parente teve câncer de mama ou ovário. É
saudável, pratica exercícios e tem dieta saudável. Exame clínico normal. A conduta mais
adequada é:

A) Mamografias a cada seis meses.


B) Solicitar pesquisa de BRCA.
C) Ressonância de mamas anual.
D) Mamografias a cada dois anos.
71) Homem de 45 anos com sintomas dispépticos fez endoscopia digestiva alta cujo
diagnóstico foi de esofagite erosiva grau A (Los Angeles). O próximo passo para
investigação diagnóstica deste paciente é:

A) phmetria esofágica de 24 horas.


B) Manometria esofágica.
C) Pesquisa de H. pilory.
D) Não é necessária investigação adicional.

72) Mulher de 51 anos, branca, vem por alteração de enzimas hepáticas ao doar sangue.
Antecedentes: hipertensão arterial há três anos, em uso de hidroclorotiazida 25 mg. Bebe
duas taças de vinho no final de semana. Nega transfusões prévias ou outros antecedentes.
Mãe e avó com diabetes tipo II. Pai faleceu aos 68 anos por infarto do miocárdio. Exame
clínico: anictérica, IMC 30 Kg/m² , PA 140 x 90 mmHg, FC 80 bpm, circunferência abdominal
107 cm. Abdome: globoso, flácido, indolor, sem ascite. Fígado a 3 cm do rebordo costal
direito, consistência amolecida, baço não percutível. Sem outras alterações. Exames: AST 85
U, ALT 101 U/L, gama GT 204 U/L, FA 109 U/L, ferritina 605 mg/dL, saturação de transferrina
35%, glicemia 98 mg/dL, anti-HCV e HBsAg negativos, anti-HBc IgG e anti-HBs positivos,
anti-músculo liso negativo, FAN + 1/80, TSH 1,2 um/L, alfa1- antitripsina normal,
ceruloplasmina e cobre sérico normais. A elevação dos níveis de ferritina se deve
provavelmente à:
A) Hemocromatose.
B) Síndrome hemofagocítica.
C) Inflamação.
D) Consumo de álcool.

73) Mulher de 60 anos, com diagnóstico de dermatopolimiosite, recebe prednisona 1 mg/kg


há um mês, desde que foi feito o diagnóstico da doença. Na ocasião, apresentava quadro
progressivo, de dois meses, de fraqueza muscular proximal e CPK em torno de
10.000 U/L. Atualmente, consegue escovar os dentes e subir um lance de escadas, porém
queixa-se de intensa fraqueza. Sua CPK está em 200 U/L. A melhor conduta é:

A) Associar metotrexate.
B) Pulsoterapia com metilprednisolona.
C) Diminuir prednisona.
D) Associar ciclofosfamida.

74) Devido à pandemia de Covid-19, você supõe que houve um aumento na incidência de
pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) no seu hospital e decide comparar a
incidência de março de 2020 a fevereiro de 2021 com o mesmo período de 2019 a 2020. A
medida de ocorrência a ser utilizada para a comparação deve ser:

A) Taxa de incidência de PAV por 1000 pacientes internados-dia.


B) Taxa de incidência de PAV por 1000 pacientes ventilados-dia.
C) Incidência cumulativa de PAV por total de pacientes internados no período.
D) Incidência cumulativa de PAV por total de pacientes ventilados no período.

75) Homem de 35 anos, previamente hígido, há três meses com febre alta diária
associada a exantema evanescente, maculopapular avermelhado, não pruriginoso ou
descamativo, além de artrite de punhos e joelhos. Nega uso de medicações. Exame
clínico: linfonodomegalias cervicais, hepatoesplenomegalia discreta, sinovite em punhos,
sem outras alterações. Hb 10,0 g/dL, leucócitos 17.000/mm³ com 85% de neutrófilos,
plaquetas 550 mil/mm³, culturas negativas, Ur 40 mg/dL, Cr 0,6 mg/dL, urina tipo 1 sem
alterações, C3 93 mg/dL (VR: 90-180), C4 14 mg/dL (VR 10-40), sorologias para HIV,
sífilis, hepatites virais, parvovírus B19 negativas, autoanticorpos negativos. Biópsia
linfonodal: linfadenite crônica inespecífica. A próxima conduta é:

A) Corticosteroides.
B) Anti-inflamatórios não-esteroidais.
C) Nova biópsia linfonodal.
D) Biópsia de medula óssea.

76) Homem de 60 anos, tabagista (80 maços-ano) apresenta quadro de tosse, dispneia
aos esforços e perda de 15 kg há dois meses. Exame clínico: afebril, eupneico,
emagrecido, edema de face discreto, performance status (ECOG) de 2. Ausculta pulmonar:
murmúrio vesicular globalmente diminuído, estase jugular ++/4+. Fundo-de-olho sem
alterações. Consciente e orientado. Radiografia de tórax mostra massa em região de lobo
pulmonar direito, cuja biópsia revelou câncer de pulmão do tipo pequenas células. Saturação
em ar ambiente de 92%. O melhor tratamento para este paciente, neste momento, é:

A) Radioterapia torácica de emergência.


B) Quimioterapia sistêmica.
C) Colocação de stent em veia cava superior.
D) Cuidados paliativos exclusivos.

77) Mulher de 50 anos apresenta episódios recorrentes de hemorragia digestiva. Após


exaustiva investigação, concluiu-se tratar de angiodisplasia em ceco, cujo sangramento foi
controlado. Ao exame clínico, corada, PA 120X80 mmHg, FC 84 bpm. Exceto pela
presença de um sopro cardíaco, não há outras alterações. É mais provável que um
ecodopplercardiograma detecte:

A) Estenose aórtica.
B) Insuficiência mitral.
C) Comunicação interventricular.
D) Estenose mitral.

78) Homem de 62 anos está sob ventilação mecânica há 14 dias devido à insuficiência
respiratória secundária à Covid-19. Antecedentes: hipertensão arterial, dislipidemia,
miocardiopatia isquêmica com fração de ejeção de 45%. Durante a internação, realizou
quatro sessões de prona e necessitou de sedação profunda por sete dias. Diagnosticou
pneumonia por S. aureus, em tratamento há cinco dias. Exame clínico hoje: RASS 0, em uso
de morfina, se necessário, para dor. Força grau IV nos quatro membros. Sem drogas
vasoativas, FC 92 bpm, PAM 72 mmHg, boa perfusão. Secreção em pequena quantidade,
com tosse eficaz, em modo pressão de suporte, PEEP 5 cmH₂O, ∆P 8 cm H₂O, Vc 550 mL
(9 mL/Kg), FiO₂ 40%, SpO₂ 92%, FR 22 ipm. Sem distúrbios eletrolíticos ou ácido-básicos. O
próximo passo no desmame ventilatório desse paciente é:

A) Extubação para cateter nasal de alto fluxo.


B) Extubação para cateter nasal de baixo fluxo.
C) Traqueostomia.
D) Extubação para ventilação não-invasiva.

79) Mulher de 34 anos com antecedente de lúpus eritematoso sistêmico (com


manifestações articulares e cutâneas) há quatro anos, em uso atual de hidroxicloroquina 400
mg/dia e azatioprina 50 mg/dia. Refere edema progressivo e episódios de hipertensão há
dois meses. Exames: Cr 1,2 mg/dL, albumina 3,6 mg/dL. Urina tipo 1 com presença de
proteinúria, hematúria e leucocitúria. Relação proteinúria/creatininúria 1,7 mg/g. FAN positivo
1/640, anti-DNA positivo, C3 64 mg/dL (VR > 80), C4 7 mg/dl (VR > 10). O achado
histológico mais provável é:

A) Glomerulonefrite membrano-proliferativa.
B) Glomerulonefrite proliferativa difusa.
C) Alterações urinárias mínimas.
D) Glomerulonefrite membranosa.

80) Mulher de 60 anos refere que sua energia acaba antes do fim do dia há cerca de dois
meses. Seu apetite aumentou e ganhou 5 kg no período. Sua concentração está péssima e
não consegue dormir direito. Sente que está lentificada. Tais sintomas acontecem na maior
parte dos dias. Acha que vai melhorar com a viagem que está planejando com a família,
depois que a pandemia melhorar. Exame clínico: BEG, bem arrumada, com unhas e cabelo
bem feitos, PA 140x80 mmHg, FC 88 bpm. IMC 29 Kg/m². Exames: TSH 3,5 UI/mL,
polissonografia com índice de apneia/hipopneia de 5 por hora. A conduta mais adequada é:

A) Encaminhar para avaliação psiquiátrica.


B) Orientar fazer a viagem e reavaliar posteriormente.
C) Iniciar inibidor de recaptação de serotonina.
D) Refazer hormônios da tireoide, incluindo T3 reverso.

81) Mulher de 75 anos relata dores no corpo há aproximadamente cinco anos, difusa, porém
mais proeminente em região lombar, quadril e membros inferiores, pior ao realizar
movimentos, com dificuldade para deambulação. Antecedentes: hipertensão, cirurgia
bariátrica há 20 anos, fratura de colo de fêmur há três anos, corrigida cirurgicamente. Faz uso
de losartana 50 mg/dia e alendronato 70 mg/semana. Exames: 25-OH Vitamina D 10 ng/mL,
cálcio total 8,9 mg/dL, fósforo 1,7 mg/dL, PTH 75 pg/mL, fosfatase alcalina 270 U/L (VR:35-
104), CPK 70 U/L, Ur 50 mg/dL, Cr 0,9 mg/dL, TSH normal, hemoglobina 12 g/dL, leucócitos
7500/mm³, plaquetas 253.000/mm³, sorologias para HIV, hepatites virais e VDRL negativas.
O exame a ser realizado para confirmar a principal hipótese diagnóstica é:

A) Densitometria óssea.
B) Biópsia óssea com tetraciclina.
C) Radiografias de crânio, ossos longos e bacia.
D) Cintilografia óssea.

82) Homem de 48 anos, casado, 3 filhos, deseja perder peso. Refere que nos últimos dez
anos aumentou muito de peso. Refere redução da libido, desânimo e redução da função
erétil. Exame clínico: PA 120x70 mmHg; IMC 42 Kg/m²; circunferência abdominal: 133 cm,
circunferência da cintura: 129 cm, circunferência do quadril: 125 cm. Exames laboratoriais: LH
3,8 UI/L (VR < 9), FSH 2,8 UI/L (VR < 10); SHBG 18 nmol/L (VR 27-128), testosterona
230 ng/dL (VR: 240-816); testosterona livre 258 pmol/L (VR 131-640 pmol/l), prolactina 15
mcg/L (VR <20). Colesterol total 159 mg/dL, LDL-colesterol 91 mg/dL, HDL-colesterol 43 mg/dL,
triglicérides 146 mg/dL, glicemia de jejum 98 mg/dL, HbA1c 5,3 %. O diagnóstico mais provável
é:

A) Hipogonadismo hipergonadotrófico.
B) Andropausa precoce.
C) Hipogonadismo funcional secundário à síndrome metabólica.
D) Hipogonadismo hipogonadotrófico associado à obesidade.

83) Mulher de 67 anos, hipertensa, obesa e diabética vem ao pronto- socorro com fraqueza,
odinofagia, tosse e dispneia há 10 dias. Teve febre e cefaleia do 3º ao 6º dia do início dos
sintomas. Foi vacinada contra COVID-19 há três meses (AstraZeneca®). Exame clínico:
regular estado geral, Tax 36,8ºC, FR 33 ipm, FC 102 bpm, SpO₂ 89%. Estertores finos em
bases pulmonares, mais intensos à direita. Equimoses em coxas. RT-PCR para SARS-CoV-2
oro/nasofaringe positivo. Exames: Hb 11 g/dL, VCM 81 fL, HCM 29 pg, RDW 13%,
reticulócitos 1% (absoluto 42 mil/mm³), leucócitos 6.490/mm³, neutrófilos 5.120/mm³,
linfócitos 880/mm³, plaquetas 24.000/mm³. Atividade de protrombina 99%, TTPa (R) 1.08, D-
dímero 2.149 ng/mL, DHL 380 U/L. O diagnóstico mais provável é:

A) Pseudoplaquetopenia.
B) Púrpura trombocitopênica trombótica.
C) Púrpura trombocitopênica idiopática.
D) Trombocitopenia associada à vacinação.

84) Homem de 56 anos, hipertenso e diabético, apresentou há duas horas vertigem súbita,
desequilíbrio e oscilopsia. Nega cirurgias, traumatismo recente ou eventos hemorrágicos. Faz
uso de enalapril e metformina. Exame físico: PA 175/100 mmHg, FC 86 bpm. Ausculta
cardíaca com ritmo irregular e ausência de sopros. Glicemia capilar 220 mg/dL Exame
neurológico: ataxia cerebelar axial e apendicular à esquerda, hemi- hipoestesia à direita no
corpo e à esquerda na face, pupila mitótica à esquerda, nistagmo na direção do olhar
horizontal e disartria. A pontuação na escala de AVC do NIH foi de 6. Tomografia de crânio
normal e angiotomografia arterial de crânio com oclusão da artéria vertebral esquerda, sem
outras alterações. A conduta imediata mais adequada é:

A) Dupla antiagregação.
B) Trombectomia.
C) Trombólise.
D) Anticoagulação.

85) Homem de 50 anos, portador de doença renal crônica não dialítica, com diurese residual
de cerca de 600 mL/dia, vem para seu acompanhamento trimestral. Está sem queixas.
Exame clínico: PA 130x80 mmHg, FC 88 bpm, descorado +/4+, sem edemas, peso estável
em relação a três meses. Exames de três meses atrás: hemoglobina 11 g/dL, Cr 2,0 mg/dL,
cálcio total 10 mg/dL, fósforo 3,0 mg/dL e paratormônio normal. Em relação à avaliação do
cálcio, neste momento, deve-se solicitar:

A) Cálcio iônico.
B) Cálcio total e albumina.
C) Cálcio total e cálcio iônico.
D) Nenhuma avaliação.
86) Homem de 66 anos em avaliação pré-operatória por fratura de quadril. Tem hipertensão
arterial sistêmica, osteoporose e diabetes mellitus. Em uso de enalapril, amlodipino,
hidroclorotiazida, carbonato de cálcio, alendronato de sódio, metformina, gliclazida, sitagliptina
e atorvastatina. Realiza atividades de vida diária sem limitação, porém apresenta dispneia ao
subir dois lances de escada. Nega dor torácica. Refere cansaço durante o dia, com sensação
de sono não reparador e acompanhante relata roncos noturnos. Exame clínico: PA 155 x 62
mmHg, FC 87 bpm, IMC 31 Kg/m2, SatO2 em ar ambiente 94%. Restante do exame clínico e
exames laboratoriais sem alterações. A conduta mais adequada para prevenção de
complicações pulmonares é:

A) Analgesia e fisioterapia motora perioperatória.


B) Solicitar polissonografia antes do procedimento.
C) Analgesia, fisioterapia respiratória e CPAP no perioperatório.
D) Solicitar espirometria antes do procedimento.

87) Homem de 66 anos em avaliação pré-operatória por fratura de quadril. Tem hipertensão
arterial sistêmica, osteoporose e diabetes mellitus. Em uso de enalapril, amlodipino,
hidroclorotiazida, carbonato de cálcio, alendronato de sódio, metformina, gliclazida, sitagliptina
e atorvastatina. Realiza atividades de vida diária sem limitação, porém apresenta dispneia ao
subir dois lances de escada. Nega dor torácica. Refere cansaço durante o dia, com sensação
de sono não reparador e acompanhante relata roncos noturnos. Exame clínico: PA 155 x 62
mmHg, FC 87 bpm, IMC 31 Kg/m2, SatO2 em ar ambiente 94%. Restante do exame clínico e
exames laboratoriais sem alterações.

A medicação para o diabetes que pode ser mantida no perioperatório é:

A) Metformina.
B) Sitagliptina.
C) Gliclazida.
D) Nenhuma.

88) Foram estudados alguns casos de pacientes que apresentavam os seguintes achados:
fraqueza muscular com aumento de aldolase, polineuropatia, ptose palpebral e
eletroneuromiografia compatível tanto com miastenia gravis como com paralisia periódica
associada à hipocalemia. O diagnóstico mais provável é:

A) Hashimoto.
B) Basedow-Graves.
C) Cushing.
D) Addison.

89) Mulher, 75 anos, com hipertensão controlada em uso diário de losartana 50 mg, foi
submetida a tratamento dentário. Cinco minutos após a injeção de um tubete (1,8 mL) de
cloridrato de lidocaína 2% (20 mg/mL) com epinefrina (12,5 mcg/mL), referiu tontura e mal-
estar, apresentando palidez, sudorese intensa, bradicardia e hipotensão. O diagnóstico mais
provável é:

A) Reação vasovagal.
B) Reação anafilática.
C) Sobredose de lidocaína.
D) Reação ao vasoconstritor.
90) Mulher de 70 anos encontra-se no 10º pós-operatório de cirurgia de revascularização do
miocárdio e troca valvar mitral com prótese biológica complicada com infecção de sítio
cirúrgico (D4 de vancomicina). Evoluiu com instabilidade hemodinâmica e oligúria nas
últimas 72 horas. Diurese 500 mL/24h, em uso de furosemida 160 mg/24h. Balanço hídrico +
2.500 mL/24h (acumulado + 7L). Recebe noradrenalina 0,35 mcg/kg/min e dobutamina 10
mcg/kg/min. Exames: Cr 3,4 mg/dL, Ur 210 mg/dL, K+5,7 mEq/L, pH 7,28, bicarbonato 14
mEq/L. A estratégia mais adequada de manejo da lesão renal aguda é:

A) Hemodiálise intermitente.
B) Ultrafiltração lenta.
C) Manejo clínico sem diálise no momento.
D) Terapia substitutiva renal contínua.

91) Homem, 40 anos, iniciou tratamento com fenitoína devido à crise convulsiva de instalação
recente. Vinte dias após, desenvolveu quadro compatível com síndrome DRESS, sendo
indicada suspensão da fenitoína. O anticonvulsivante mais seguro para esta paciente é:

A) Gabapentina.
B) Carmabazepina.
C) Primidona.
D) Fenobarbital.

92) Homem de 32 anos com diagnóstico de infecção por HIV há três meses (CD4+: 72
células e PCR HIV 153000 cópias/ml com log 5.18). Iniciou tratamento antirretroviral com
tenofovir, lamivudina e dolutegravir, além de profilaxias primárias. Retorna ao ambulatório
após o surgimento de lesões violáceas em pele e mucosa oral. A conduta mais adequada é:

A) Realizar biópsia das lesões cutâneas.


B) Manter tratamento e reavaliar PCR quantitativo e CD4.
C) Coletar genotipagem para orientar mudança de tratamento.
D) Adicionar inibidor de protease ao esquema.

93) Homem de 50 anos vem para consulta de rotina. Ao se indagar sobre ingesta de bebida
alcoólica, informa que semanalmente, com churrasco com amigos, bebe cinco a seis latas
de cerveja, durante a tarde toda. Tem certeza que de que, se não houvesse churrasco, não
precisaria da bebida. Nenhum familiar queixa sobre seu comportamento. Nessas ocasiões,
não dirige e nem apresenta agressividade. A conduta mais adequada é:

A) Encaminhar para grupo de apoio de álcool e drogas.


B) Realizar intervenção breve.
C) Orientar sobre ser de baixo risco de abuso e observar.
D) Tentar parar a ingestão de álcool imediatamente.

94) Mulher de 26 anos vem com história de crises tônico-clônico generalizadas que ocorrem
predominantemente no período da manhã, logo após o despertar, algumas desencadeadas
por privação de sono. Refere episódios de “choques” nos braços, também
predominantemente pela manhã, e, por vezes, podem anteceder as crises tônico-clônico
generalizadas. Tem história familiar de epilepsia (pai e primo de 1º grau, lado paterno). Faz
uso de anticoncepcional oral e pretende engravidar em cerca de dois anos.
A medicação mais adequada para esta paciente é:

A) Carbamazepina.
B) Fenobrabital.
C) Valproato.
D) Levetiracetam.

95) Mulher, 35 anos, apresenta febre e adinamia há 25 dias. Refere febre reumática na
infância. exame clínico: mucosas descoradas ++/4+, petéquias em membros inferiores,
esplenomegalia, sopro sistólico em foco mitral. Hb 10 g/dL, leucócitos 12.500/mm³ ,
plaquetas 300.000/mm³ , gamaglobulina 2,5 g/dL, fator reumatoide positivo, FAN 1/160
pontilhado fino, C3 reduzido. Baseado na principal hipótese diagnóstica, o significado do fator
reumatoide é:

A) Exacerbação de doença autoimune.


B) Ativação policlonal desencadeada por infecção.
C) Mimetismo entre doença autoimune e infecção.
D) Pior prognóstico da doença atual.

96) Mulher de 14 anos, em avaliação ambulatorial por anemia refratária à reposição de


ferro. Exames: Hb 10 g/dL, VCM 60, eletroforese de hemoglobina: HbA 26%, HbA2 6%,
HbS 65%, HbF 5%. O diagnóstico mais provável é:

A) S-B+-talassemia.
B) Traço falciforme.
C) Anemia falciforme.
D) S-B0-talassemia.

97) Mulher de 40 anos vem com história de diarreia intensa há sete dias e desidratação.
Após dois litros de solução salina endovenosa, encontra-se hidratada, PA 100x70 mmHg, FC
85 bpm. Exames laboratoriais atuais: Cr 3,0 mg/dL, Ur 70 mg/dL, K+ 5,7 mEq/L e ECG
normal. A conduta mais adequada para o controle da hipercalemia é:

A) Furosemida endovenosa.
B) Dieta hipocalêmica e resina trocadora de k+.
C) Inalação com beta-agonista.
D) Hidratação com mais 1L de soro fisiológico.

98) Mulher de 24 anos procura a unidade básica de saúde para fazer exames preventivos,
pois está pensando em engravidar, pela primeira vez. Nega qualquer tipo de sintoma ou
antecedente pessoal ou familiar relevante de doença. Refere ser sexualmente ativa desde os
18 anos de idade e que manteve relações sexuais com outros três homens, antes do seu
marido. Nega secreção vaginal ou disúria. A conduta mais adequada é:

A) Pesquisar Clamídia e gonococo.


B) Fazer tratamento empírico com azitromicina.
C) Fazer tratamento empírico com ceftriaxona.
D) Não realizar nenhuma investigação ou tratamento.
99) Homem de 65 anos em tratamento de leucemia mieloide aguda com quimioterapia
intensiva, com necessidade frequente de transfusões de concentrado de hemácias e de
plaquetas. Durante transfusão de concentrado de plaquetas, inicia quadro de mal-estar; Tax
= 39ºC; tremores; hipoxemia e hipotensão. A hipótese diagnóstica mais provável é:

A) Reação febril não hemolítica.


B) Contaminação bacteriana.
C) Lesão pulmonar aguda associada à transfusão.
D) Reação alérgica ao hemocomponente.

100) Homem de 54 anos, com antecedente de cirrose alcoólica há um ano, dá entrada no


pronto-socorro com quadro de sonolência e confusão mental. Vinha em uso de furosemida =
80 mg/dia, espirolactona = 200 mg/dia e propranolol = 80 mg/dia. Exame clínico: confuso; PA
= 90 x 60 mmHg; FC = 74 bpm; ictérico = ++/4+ e com ascite =
+++/4+. Exames: Cr = 2,5 mg/dl; Ur = 180 mg/dl; K⁺ = 5,5 mEq/L; albumina = 2,8 g/dl;
bilirrubinas totais = 4,5 mg/dl; INR = 1,8 e urina tipo 1 normal. Diurese de 50 ml em seis
horas após sondagem vesical. Em relação à disfunção renal, a conduta inicial mais
apropriada é:

A) Iniciar terlipressina e albumina endovenosa.


B) Iniciar terapia substitutiva renal.
C) Suspender diuréticos e iniciar albumina endovenosa.
D) Suspender espironolactona e iniciar terlipressina.
GABARITO

1 11 21 31 41 51 61 71 81 91
B B A C A D B A B A
2 12 22 32 42 52 62 72 82 92
D A D B C B D C D B
3 13 23 33 43 53 63 73 83 93
A D B A D C A C C C
4 14 24 34 44 54 64 74 84 94
C C C C A D C B C D
5 15 25 35 45 55 65 75 85 95
D D A B B A B B D B
6 16 26 36 46 56 66 76 86 96
B B D C D B A B C A
7 17 27 37 47 57 67 77 87 97
A A A B C D B A B B
8 18 28 38 48 58 68 78 88 98
C C B A B D D D B A
9 19 29 39 49 59 69 79 89 99
D B C D A C C B A B
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
A C D D D D B B D C

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