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Resumo: Nas suas Lições de História da Filosofia, Hegel apresentou uma visão negativa sobre as contribuições da China e da Índia. Em particular, afirmou que o pensamento indiano não poderia ser classificado como filosófico. A avaliação de... more
Resumo: Nas suas Lições de História da Filosofia, Hegel apresentou uma visão negativa sobre as contribuições da China e da Índia. Em particular, afirmou que o pensamento indiano não poderia ser classificado como filosófico. A avaliação de Hegel tem influenciado a atitude dos departamentos de filosofia, ao negarem a inclusão da filosofia da Índia nos seus programas. Este artigo apresenta uma análise detalhada da crítica de Hegel ao pensamento indiano, levando em conta o conhecimento europeu sobre a Índia no início do século XIX. A conclusão é que a crítica de Hegel não era bem fundamentada.
Este texto é uma versão ampliada de uma palestra apresentada pelo autor no curso de extensão sobre Filosofia da Índia que ministrou na Universidade Federal do Paraná, em 1982, com apoio da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (SEAF) do Paraná. Foi publicado pela primeira vez no ano seguinte:
MARTINS, R. A crítica de Hegel à Filosofia da Índia. Textos SEAF, V. 3, n. 4, p. 58-116, 1983.
Esta reedição do artigo, 40 anos após sua publicação original, foi feita a convite do professor Lucas Nascimento Machado, que organizou um número especial da revista Estudos Hegelianos sobre  o tema HEGEL DE UMA PERSPECTIVA INTERCULTURAL: HEGEL E A ÍNDIA.
Roberto de Andrade Martins é físico, formado pela USP em 1972, e concluiu o doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência pela Universidade Estadual de Campinas em 1987. Realizou estágios de pós-doutoramento em História da Ciência em Oxford... more
Roberto de Andrade Martins é físico, formado pela USP em 1972, e concluiu o doutorado em Lógica e Filosofia da Ciência pela Universidade Estadual de Campinas em 1987. Realizou estágios de pós-doutoramento em História da Ciência em Oxford e Cambridge. Livre-docente na área de Física Geral, com especialidade em História da Física, Filosofia da Física e Ensino de Física, obtido em maio de 2008 no Instituto de Física Gleb Wataghin, UNICAMP. Foi professor do Instituto de Física "Gleb Wataghin", da Universidade Estadual de Campinas, de 1983 a 2010, quando se aposentou naquela instituição. Colaborou, como orientador, com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e com a Universidade de São Paulo. Após sua aposentadoria, foi professor visitante da Universidade Estadual da Paraíba e da Universidade Federal de São Carlos. Atuou como pesquisador visitante do IFSC-USP, em 2015, com apoio da FAPESP. Atualmente é professor colaborador da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e da Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB). É membro do Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências (GHTC) da USP. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) e da Associação de Filosofia e História da Ciência do Cone Sul (AFHIC). Dedica-se a pesquisas sobre história e filosofia da ciência (especialmente da física) e suas aplicações à educação; e também sobre o pensamento religioso e filosófico indiano. Contemplado com bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq de julho de 1979 até fevereiro de 2022. Orientou 23 dissertações de mestrado e coorientou 3, orientou 6 teses de doutorado e coorientou 1 nas áreas de História, Física, Educação e Filosofia. Atua na área de História, com ênfase em História das Ciências. As informações detalhadas sobre participação em eventos, palestras e seminários ministrados, participação em bancas e trabalhos de divulgação científica publicados não foram inseridas no Currículo Lattes, por serem em grande número.
The sixth chapter of Charles Darwin’s Origin of Species is called “Difficulties of the theory”. In that part of his work, Darwin reveals some possible objections to his theory and attempts to provide an answer to all of them. Such a... more
The sixth chapter of Charles Darwin’s Origin of Species is called “Difficulties of the theory”. In that part of his work, Darwin reveals some possible objections to his theory and attempts to provide an answer to all of them. Such a chapter was part of the first edition of the Origin of Species, therefore the difficulties described were not reactions derived from the publication of the book. Some of them have been probably presented by friends, such as Charles Lyell. Others can be found in works published before Darwin’s work, such as Natural Theology by William Paley, which argued for creationism and introduced arguments against any natural explanation of the origin of species. Many other problems dealt with in the sixth chapter were born, however, from Darwin’s own internal dialogue, from his own initial doubts concerning the theory and from this anticipation of criticism, as one can gather from his manuscripts. This paper describes the main difficulties shown in the sixth chapter of the Origin of Species, providing a more detailed exposition of a few topics, and analyzing Darwin’s defense, in those cases. It also discusses some of the weak points in Darwin’s line of reasoning, from a diachronic point of view.
Resumo: Os experimentos que foram realizados para bus-car fenômenos devidos ao movimento da Terra em relação ao éter luminífero, até 1878, procuravam efeitos de pri-meira ordem em v/c. A partir de uma sugestão apresentada por Maxwell... more
Resumo: Os experimentos que foram realizados para bus-car fenômenos devidos ao movimento da Terra em relação ao éter luminífero, até 1878, procuravam efeitos de pri-meira ordem em v/c. A partir de uma sugestão apresentada por Maxwell nesse ano, iniciou-se uma segunda fase de pesquisas, levando em conta efeitos de segunda ordem em v/c – como os experimentos interferométricos de Michel-son de 1881, de Michelson e Morley em 1887 e os de Morley e Miller em 1904-1905. Este artigo estuda esse período histórico, analisando principalmente os trabalhos experimentais desenvolvidos no período e as dificuldades encontradas para explicar os resultados utilizando-se as teorias do éter luminífero de Fresnel e de Stokes.
Palavras-chave: história da física; história da óptica; teorias sobre o éter.
Resumo: A ideia de uma escala de graus de calor e frio surge primeiramente na medicina helênica, nos trabalhos de Galeno que, por sua vez, foram inspirados por Hipó-crates. Durante o período medieval, as ideias de Galeno sofrem... more
Resumo: A ideia de uma escala de graus de calor e frio surge primeiramente na medicina helênica, nos trabalhos de Galeno que, por sua vez, foram inspirados por Hipó-crates. Durante o período medieval, as ideias de Galeno sofrem transformações e surge uma busca por uma quanti-ficação mais detalhada dos graus de calor e frio, para permitir a previsão das propriedades dos medicamentos compostos. Há propostas contraditórias sobre o modo de interpretar esses graus; porém, no século XVI, passa a predominar a ideia de uma escala linear de calor e frio, com implicações diretas sobre o modo de calcular os graus dos compostos através da técnica matemática de ligadura ou alligatio. No início do século XVII Santorio inventou o primeiro termômetro, destinado a usos médicos, que in-corporou e transformou a conceituação anterior. O conhe-cimento dessa longa história é importante para se compre-ender muitos aspectos da termometria desenvolvida a par-tir do século XVII.
Palavras-chave: história da física; história da termometria; história da medicina; história da farmacologia; história da matemática
Alguns pesquisadores têm destacado a importância de introduzir aspectos da Natureza da Ciência (NdC) no ensino de Ciências. A partir disso, apresentamos aqui um recorte de uma pesquisa de mestrado, destacando a fala de cinco professores... more
Alguns pesquisadores têm destacado a importância de introduzir aspectos da Natureza da Ciência (NdC) no ensino de Ciências. A partir disso, apresentamos aqui um recorte de uma pesquisa de mestrado, destacando a fala de cinco professores atuantes na educação básica, para compreender como eles pensam ser possível, enquanto professores de Ciências, utilizar a NdC no combate à pseudociência e ao negacionismo científico. Discutiremos as possibilidades elencadas por eles a partir do referencial teórico de Douglas Allchin, que propõe tratar a Ciência de forma Integral (“Whole Science”), utilizando abordagens explícitas, contextualizadas e integradas, contribuindo assim com uma visão mais ampla sobre Ciência e, dessa forma, potencializando a  compreensão e reflexão de diferentes contextos que envolvem a Ciência em nosso cotidiano. Por fim, entendemos que a compreensão da NdC é um caminho que pode oferecer inúmeras possibilidades, auxiliando os estudantes a identificar quais informações são confiáveis, como e onde buscar as informações, assim como compreender que a Ciência é dinâmica e está sujeita a erros, mas que isso não diminui sua confiabilidade, permitindo assim, que esse cidadão seja capaz de refletir e tomar decisões de maneira consciente acerca de diversas situações de seu dia a dia.
Resumo: A mais antiga obra sobre Óptica Geométrica que chegou até nós é atribuída a Euclides (aproximadamente 300 a.C.). Nesse tratado, Euclides utiliza a hipótese de raios visuais emitidos pelos olhos e analisa principalmente a aparência... more
Resumo: A mais antiga obra sobre Óptica Geométrica que chegou até nós é atribuída a Euclides (aproximadamente 300 a.C.). Nesse tratado, Euclides utiliza a hipótese de raios visuais emitidos pelos olhos e analisa principalmente a aparência visual de objetos, estudando seus tamanhos aparentes (ângulos visuais) e posições. Este artigo apresenta primeiramente uma visão geral sobre a natureza da Óptica Geométrica na Antiguidade grega, sem abordar os fenômenos de reflexão e refração, estudando várias aplicações do princípio de propagação retilínea da luz ou da visão. Depois, o artigo aborda a Optika de Euclides, apresentando sua transmissão histórica, as várias versões existentes, as discussões sobre autoria da obra e outros aspectos historiográficos. Por fim, o artigo apresenta uma análise de todo o conteúdo da Optika. Palavras-chave: Euclides; óptica geométrica; história da óptica; óptica na Antiguidade
Este trabalho tem o objetivo de discutir alguns aspectos do uso da história da astronomia no ensino, indicando não apenas certas vantagens no uso dessa abordagem, mas também apontando aspectos problemáticos do uso costumeiro da história... more
Este trabalho tem o objetivo de discutir alguns aspectos do uso da história da astronomia no ensino, indicando não apenas certas vantagens no uso dessa abordagem, mas também apontando aspectos problemáticos do uso costumeiro da história da astronomia no ensino e o perigo de utilizar fontes de informação mal fundamentadas, como muitas páginas da Internet. Para exemplificar os problemas relacionados com informações equivocadas, este artigo utiliza uma antiga página sobre Copérnico do site do Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT). Palavras-chave: história da astronomia; história da ciência; Copérnico, Nicolau; revolução Copernicana; ensino de astronomia
Resumo: O Tratado da Esfera de Johannes de Sacrobosco, escrito no início do século XIII, foi um dos mais famosos textos astronômicos jamais escritos. Ao longo dessa obra, o autor citou trechos de três poetas latinos clássicos: Virgílio,... more
Resumo: O Tratado da Esfera de Johannes de Sacrobosco, escrito no início do século XIII, foi um dos mais famosos textos astronômicos jamais escritos. Ao longo dessa obra, o autor citou trechos de três poetas latinos clássicos: Virgílio, Lucano e Ovídio. Este artigo descreve essas citações e seu contexto na obra de Sacrobosco, procurando interpretar o motivo pelo qual o autor introduziu essas menções. Comparando a ocorrência de citações literárias no Tratado da Esfera com aquilo que pode ser encontrado em outras obras de conteúdo astronômico anteriores, da mesma época e posteriores, é apresentada a interpretação de que o objetivo principal era fornecer esclarecimentos sobre os próprios textos literários, cujas menções a fenômenos astronômicos podiam ser obscuras ou incompreensíveis para os leitores. Palavras-chave: Sacrobosco, Johannes de; Tratado da Esfera; história da astronomia; astronomia medieval; literatura e astronomia; astronomia cultural
Este trabalho não é um estudo histórico e sim uma apresentação de sugestões referentes ao trabalho de elaboração de uma Dissertação de Mestrado sobre temas de História da Ciência. As indicações aqui apresentadas podem também ser úteis... more
Este trabalho não é um estudo histórico e sim uma apresentação de sugestões referentes ao trabalho de elaboração de uma Dissertação de Mestrado sobre temas de História da Ciência. As indicações aqui apresentadas podem também ser úteis para outras pessoas que estejam iniciando o desenvolvimento de pesquisas sobre história da ciência. Este documento não pretende ser um manual exaustivo, mas aborda um grande número de aspectos importantes das diversas fases de produção de uma Dissertação de Mestrado (ou outros trabalhos) nesta área. Palavras-chave: história da ciência; metodologia; pesquisa em história da ciência
The aim of this work is to describe different kinds of astronomical and astrological works written in the sixteenth century, with special emphasis on Portuguese and Spanish texts. This period is especially relevant in the development of... more
The aim of this work is to describe different kinds of astronomical and astrological works written in the sixteenth century, with special emphasis on Portuguese and Spanish texts. This period is especially relevant in the development of astronomical culture in Portugal and Spain, since this was the age of the great overseas explorations, when astronomical navigation became of fundamental importance. The astronomical culture of that time involved ancient and new concepts, and old revisited narratives about the cosmos and its influence in many facets of the sublunary world. The present research describes the influence and transformation of the classical and medieval astronomical culture in the specific context of sixteenth century Iberian texts. There were different publics involved in the production and study of those works, such as navigators, priests, physicians, farmers, astrologers and scholars. Those different aspects of astronomical and astrological knowledge were not distinct,...
Este artigo analisa uma obra escrita por Galileo para seus estudantes, provavelmente do período em que lecionou em Pádua, e que foi publicada apenas postumamente. O Trattato della sfera ovvero cosmografia é uma obra que expõe e defende a... more
Este artigo analisa uma obra escrita por Galileo para seus estudantes, provavelmente do período em que lecionou em Pádua, e que foi publicada apenas postumamente. O Trattato della sfera ovvero cosmografia é uma obra que expõe e defende a astronomia geocêntrica e que se inspirou principalmente no De sphæra de Johannes de Sacrobosco. Comparando a obra de Galileo com outros comentários a Sacrobosco da época, o presente estudo analisa quais as fontes que utilizou, até que ponto o autor estava bem informado sobre a tradição geocêntrica, e se ele notava falhas dessas obras e procurava corrigi-las.
Palavras-chave: astronomia, história; Galilei, Galileo; Sacrobosco, Johannes de;
cosmografia, história.
Este depoimento descreve as tentativas e dificuldades de obtenção de acesso à documentação inédita de um astrônomo suíço, Leopold Courvoisier (1873-1955). Esses documentos seriam importantes para esclarecer diversas questões... more
Este depoimento descreve as tentativas e dificuldades de obtenção de acesso à documentação inédita de um astrônomo suíço, Leopold Courvoisier (1873-1955). Esses documentos seriam importantes para esclarecer diversas questões historiográficas, mas uma parte deles foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial e outra parte se perdeu ou ficou inacessível por decisão da família do pesquisador.
Este artigo expõe o desenvolvimento sobre o conhecimento medieval a respeito do magnetismo, dando especial ênfase aos estudos de Petrus Peregrinus (Pierre de Maricourt). Este autor muito importante, mas pouco conhecido, escreveu a obra... more
Este artigo expõe o desenvolvimento sobre o conhecimento medieval a respeito do magnetismo, dando especial ênfase aos estudos de Petrus Peregrinus (Pierre de Maricourt). Este autor muito importante, mas pouco conhecido, escreveu a obra mais antiga que conhecemos (1269) onde aparecem os conceitos de polos magnéticos e as leis qualitativas de atração e repulsão entre eles. A parte final deste artigo contém uma tradução completa, feita a partir do texto latino, da "Epistola de magnete" desse autor, através da qual é possível perceber que Petrus Peregrinus realizou um estudo experimental sobre o magnetismo. O estudo de sua contribuição pode ajudar a superar alguns equívocos e preconceitos existentes sobre a ciência medieval.
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Resumo: Este capítulo apresenta uma visão geral sobre a vida e a obra da Marquesa de Châtelet. Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, Marquesa du Châtelet (1706-1749) foi uma importante filósofa natural francesa do século XVIII.... more
Resumo: Este capítulo apresenta uma visão geral sobre a vida e a obra da Marquesa de Châtelet. Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, Marquesa du Châtelet (1706-1749) foi uma importante filósofa natural francesa do século XVIII. Quando criança, teve uma educação excepcional e ampla. Depois de se casar e ter três filhos, voltou a se dedicar aos estudos, principalmente de matemática e filosofia natural. Conheceu o filósofo Voltaire e iniciou um relacionamento com ele a partir de 1733. Passaram a viver juntos em Cirey, durante muitos anos, embora permanecesse casada com o Marquês de Châtelet. Voltaire e a Marquesa colaboraram na elaboração de obras sobre o pensamento de Newton (que era pouco aceito na França). Em 1740 publicou seu livro "Institutions de Physique", que teve grande repercussão. Envolveu-se em controvérsias a respeito dos fundamentos da mecânica e começou a traduzir para o francês e comentar os "Principia" de Newton. Em 1748 envolveu-se com o poeta Saint-Lambert e ficou grávida. Temendo falecer por ocasião do parto, ela intensificou o trabalho de tradução da obra de Newton. Como havia temido, uma semana depois do nascimento de sua filha, a Marquesa faleceu, com 42 anos de idade. Sua tradução comentada dos "Principia" foi publicada postumamente, por seu amigo Clairaut.
Resumo: Da Antiguidade até o século XVII, os autores que se dedicaram ao desenvolvimento dos princípios da mecânicacomo Aristóteles, Arquimedes e Galileo-não dispunham do formalismo algébrico com o qual representamos atualmente as leis da... more
Resumo: Da Antiguidade até o século XVII, os autores que se dedicaram ao desenvolvimento dos princípios da mecânicacomo Aristóteles, Arquimedes e Galileo-não dispunham do formalismo algébrico com o qual representamos atualmente as leis da física. Utilizavam apenas razões e proporções e raciocínios empregando métodos geométricos. Este artigo expõe esse aspecto da história da mecânica, apresentando os aspectos relevantes da matemática grega e discutindo a possível utilidade do estudo dessa antiga abordagem no ensino de física.
Palavras-chave: história da física; história da mecânica; formalismo matemático; Aristóteles; Galileo Galilei
Resumo: Este artigo apresenta o desenvolvimento da Óptica – especialmente sob o ponto de vista da teoria da visão – da Antiguidade até o período medieval, indicando a importância do trabalho de Ibn al-Haytham no desenvolvimento de novas... more
Resumo: Este artigo apresenta o desenvolvimento da Óptica – especialmente sob o ponto de vista da teoria da visão – da Antiguidade até o período medieval, indicando a importância do trabalho de Ibn al-Haytham no desenvolvimento de novas ideias que transformaram essa teoria. No século XI, Ibn al-Haytham introduziu uma interpretação que é parcialmente igual à que aceitamos hoje: a de que a visão ocorre quando a luz atinge os objetos e, depois, é captada por nossos olhos, produzindo neles imagens. Porém, a compreensão do funcionamento dos olhos só se deu, de fato, no século XVII, culminando com a contribuição de Kepler. É necessário perceber a importância da contribuição de al-Haytham, mas também é extremamente relevante captar as limitações de sua teoria, sem descrevê-la de modo anacrônico.
Palavras-chave: história da Óptica; história da Física; teoria da visão; Ibn al-Haytham; Óptica medieval; ciência islâmica
Resumo: Durante a maior parte do século XVII, os pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento da mecânica – como Galileo, Huygens e Newton – não dispunham do formalismo algébrico com o qual representamos atualmente as leis da... more
Resumo: Durante a maior parte do século XVII, os pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento da mecânica – como Galileo, Huygens e Newton – não dispunham do formalismo algébrico com o qual representamos atualmente as leis da física. Utilizavam apenas razões e proporções e raciocínios empregando métodos geométricos. Mesmo Newton praticamente não utilizou o cálculo diferencial e integral na apresentação de seus resultados. Por outro lado, na segunda metade do século XVIII, a situação havia mudado completamente, atribuindo-se grande parte dessa mudança à influência de Euler. Este artigo expõe esse aspecto pouco conhecido da história da mecânica, sugerindo a relevância de introduzir o conhecimento dessa transformação dos métodos matemáticos da física, no nível universitário, para que os estudantes e professores possam ter um conhecimento mais adequado sobre a origem daquilo que ensinamos atualmente.
Palavras-chave: história da física; história da mecânica; formalismo matemático; Huygens, Christiaan; Newton, Isaac; Euler, Leonhard
Resumo: Até o início da década de 1920, a teoria quântica não possuía um conjunto de princípios e métodos claros, que pudesse ser aplicado a todos os fenômenos. Em meados dessa década surgiram duas propostas distintas para uma mecânica... more
Resumo: Até o início da década de 1920, a teoria quântica não possuía um conjunto de princípios e métodos claros, que pudesse ser aplicado a todos os fenômenos. Em meados dessa década surgiram duas propostas distintas para uma mecânica quântica: a mecânica matricial, iniciada por Werner Heisenberg e desenvolvida também por Max Born e Pascual Jordan; e a mecânica ondulatória de Erwin Schrödinger. Este artigo apresenta os principais personagens dessa história, bem como os passos mais importantes do desenvolvimento da mecânica quântica, focalizando principalmente os anos de 1925 e 1926. Apresenta também a questão da equivalência entre as duas abordagens – matricial e ondulatória – que começou a ser analisada nessa mesma época e que é discutida até hoje. 
Palavras-chave: mecânica quântica; mecânica ondulatória; mecânica matricial; teoria quântica; história da física
Este trabalho analisa a obra Sphæræ vtrivsquæ tabella, ad sphæræ huius mundi faciliorem enucleationem (publicada em 1593) de André do Avelar (aprox. 1546-1621), comparando-o com o Tractatus de Sphæra de Johannes de Sacrobosco e algumas... more
Este trabalho analisa a obra Sphæræ vtrivsquæ tabella, ad sphæræ huius mundi faciliorem enucleationem (publicada em 1593) de André do Avelar (aprox. 1546-1621), comparando-o com o Tractatus de Sphæra de Johannes de Sacrobosco e algumas outras versões dessa obra do século XVI. A Sphæra de Avelar se baseia no texto de Sacrobosco, porém o autor procurou atualizar e complementar o texto medieval em diversos pontos. Adicionou várias informações quantitativas e tabelas inexistentes no texto de Sacrobosco, destacando-se a tabela que fornece a declinação do Sol ao longo do ano, que era essencial para a determinação de latitudes. Alguns outros aspectos que diferenciam o texto de Avelar são a menção, em vários pontos, de Manilius; a utilização de informações que se tornaram disponíveis graças às navegações ibéricas, como o conhecimento do Cruzeiro do Sul e das nebulosas escuras, e uma nova avaliação do tamanho da Terra. As alterações e adições de Avelar são bastante adequadas, considerando-se o conhecimento da época, resultando em um manual superior ao texto de Sacrobosco. Sob o ponto de vista de informações quantitativas, a obra de Avelar é mais rica do que a de Pedro Nunes, e mais adequada do que aquela para o uso dos navegantes – o contrário do que esperaríamos. Supera também alguns outros textos da época.
Palavras-chave: história da astronomia; história da ciência em Portugal; Tratado da Esfera; Avelar, André do; Sacrobosco, Johannes de
Suppose a scientist discovers a new, unpredicted phenomenon (such as galvanism or ultraviolet radiation). How can one ascertain the causes, properties and laws of the phenomenon? How can one plan the investigation of the circumstances... more
Suppose a scientist discovers a new, unpredicted phenomenon (such as galvanism or ultraviolet radiation). How can one ascertain the causes, properties and laws of the phenomenon? How can one plan the investigation of the circumstances that affect the phenomenon, and of the effects that the new phenomenon could produce? If the phenomenon is completely unexpected and does not fit any previous theory, it is impossible to provide a theoretical prediction of its likely properties. In the empiricist tradition, therefore, the recommended method was to investigate all possibilities, because in such cases it is impossible to exclude a priori anything. William Stanley Jevons (1835-1882) provided a clear criticism of this method. It is impossible to investigate all possibilities, because they are boundless. Is it then impossible to plan the research of unexpected new phenomena? No. Jevons pointed out an alternative. According to Jevons, a scientist confronting a new, unexpected phenomenon, should compare it to other known phenomena to establish analogies. This comparison should allow the researcher to find out one or several known phenomena similar to the new one. This paper will present and discuss Jevons' proposal in the context of late 19th century methodology of science.
In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of mass in... more
In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of mass in chemical reactions. It analyzes the attitudes of Antoine Laurent de Lavoisier and Hans Landolt regarding their own experiments concerning this law of conservation. This case study is relevant for the teaching of chemistry (and of science, in general), because it clearly shows the influence of philosophical principles on the development of science, thereby providing a nice example against the inductivist view of science.
There is a remarkable difference between the cultural roles of astronomy in Antiquity and in modern times. Before the scientific revolution, astronomy belonged to an intricate network of knowledges, including religion, mythology,... more
There is a remarkable difference between the cultural roles of astronomy in Antiquity and in modern times. Before the scientific revolution, astronomy belonged to an intricate network of knowledges, including religion, mythology, geography, astrology, medicine and other fields. That network was broken after the seventeenth century and astronomy was thereafter regarded as just the study of heavenly phenomena, without much relevance for other fields. The Copernican revolution also entailed a complete change of astronomical terminology, with the loss of terms such as "orb", and the simultaneous substitution by other words, such as "orbit". The terminology changes are analyzed in this paper with the use of Google Books N-gram Viewer. The transformation of astronomical culture that accompanied the Copernican revolution is more substantial than a paradigm shift, because it is not limited to a scientific discipline-it encompasses a whole world view (Weltanschauung). This transformation also entailed many losses, as shown in this paper.
Erwin Schrödinger's work on wave mechanics started in late 1925, stimulated by his study of Louis de Broglie's thesis. It is well known that in his initial attempts to formulate a quantum theory of the atom Schrödinger tried to develop a... more
Erwin Schrödinger's work on wave mechanics started in late 1925, stimulated by his study of Louis de Broglie's thesis. It is well known that in his initial attempts to formulate a quantum theory of the atom Schrödinger tried to develop a relativistic theory, following de Broglie's ideas, and only afterwards he looked for a non-relativistic wave equation. It is straightforward to derive the wave equation corresponding to de Broglie's phase waves. both in the relativistic and nonrelativistic realms. In the case of his relativistic attempt, Schrödinger did indeed follow a simple approach, using de Broglie's theory. In the non-relativistic approach, he attempted to produce an independent derivation of the wave equation, following several different lines, instead of using de Broglie's results in the classical limit. This paper analyses Schrödinger's derivations of the wave equation, showing the differences and similarities between his theory and de Broglie's. It will be shown that, although it is formally possible to derive the wave equation from de Broglie's theory, there is an incompatibility between the two theories: it would be impossible to make any sense of de Broglie's ideas in the case of the rigid rotator, for instance. Schrödinger's approach was, in this sense, independent and incompatible with de Broglie's theory, and it could be easily applied to many different physical situations. This heuristic value of Schrödinger's wave equation is another very important distinction between the two theories, since de
Nowadays we understand 'astronomy' as the study of celestial bodies. However, astronomical knowledge in classical Greece and Rome cannot be reduced to the study of the sky. Of course, it did include the study of stars and planets, but... more
Nowadays we understand 'astronomy' as the study of celestial bodies. However, astronomical knowledge in classical Greece and Rome cannot be reduced to the study of the sky. Of course, it did include the study of stars and planets, but this knowledge was intimately linked to many other subjects, such as religion, geography, meteorology, mythology, medicine, etc. Acquaintance with many celestial phenomena and the constellations and their lore was part of ancient culture. Remove from the classical Antiquity its astronomical knowledge, and many of its features and activities would become impossible or meaningless. Astronomy was deeply implanted in ancient culture, as will be shown in this paper, and that was the reason underlying its very high status in Antiquity.
In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of mass in... more
In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of mass in chemical reactions. It analyzes the attitudes of Antoine Laurent de Lavoisier and Hans Landolt regarding their own experiments concerning this law of conservation. This case study is relevant for the teaching of chemistry (and of science, in general), because it clearly shows the influence of philosophical principles on the development of science, thereby providing a nice example against the inductivist view of science.
A few weeks after Wilhelm Conrad Röntgen communicated the discovery of X-rays, Henri Poincaré suggested that the emission of those rays could be associated to luminescence phenomena. Following Poincaré's conjecture, many researchers... more
A few weeks after Wilhelm Conrad Röntgen communicated the discovery of X-rays, Henri Poincaré suggested that the emission of those rays could be associated to luminescence phenomena. Following Poincaré's conjecture, many researchers investigated the emission of penetrating radiation by phosphors and other substances. The "discovery" of several new effect was reported-such as the emission of radiation by sugar and glow worms. The paper describes Henri Becquerel's and Silvanus Thompson's study of the radiation of uranium compounds in this context. Both adopted the natural hypothesis that the observed phenomenon was due to a special phosphorescence that violated Stokes' law. Becquerel, Thompson and contemporaneous scientists were unable to distinguish what we now call radioactivity from other spurious reported phenomena. Those researches were made in a highly speculative and uncritical period, when elementary experimental precautions were overlooked.
Pierre and Marie Curie's main discoveries on radioactivity are usually regarded as empirical investigations that were developed without any theoretical guidance. Their papers avoid indeed theoretical discussion, but it is possible to... more
Pierre and Marie Curie's main discoveries on radioactivity are usually regarded as empirical investigations that were developed without any theoretical guidance. Their papers avoid indeed theoretical discussion, but it is possible to identify the main hypothesis that directed their work. They thought that the radiation emitted by uranium compounds (and, later, by other similar substances) was similar to the secondary radiation emitted by heavy metals when they are hit by X-rays. This hypothesis, together with other relevant assumptions, was suggested by Georges Sagnac's investigation on X-rays. This paper describes Sagnac's studies and how the acceptance of the secondary radiation hypothesis guided the study of radioactivity by the Curies. For the Curies, this hypothesis explained one of the anomalous characteristics of radioactivity-the continuous emission of energy without any noticeable change of the emitting bodies. When the magnetic deviation of the beta-rays of radioactive bodies was discovered, in 1899, this presented a challenge to their hypothesis. They carefully checked that discovery, and attempted to produce a magnetic deflection of X-rays, with negative results. However, in 1900 Pierre Curie and Georges Sagnac investigated secondary X-rays and concluded that they contained both "soft" X-rays and a negatively charged radiation (similar to betarays). Because of those results, they still kept their faith in the secondary radiation hypothesis at the time when Rutherford and Soddy began to develop the disintegration theory of radioactivity.
It is usually accepted that Henri Becquerel discovered radioactivity in 1896. However, up to the beginning of 1898, nobody (including Becquerel himself) interpreted the phenomenon he studied as anything similar to our current concept of... more
It is usually accepted that Henri Becquerel discovered radioactivity in 1896. However, up to the beginning of 1898, nobody (including Becquerel himself) interpreted the phenomenon he studied as anything similar to our current concept of radioactivity. Becquerel did observe effects due to uranium radiation, but he interpreted it as due to an invisible phosphorescence. His early works are full of mistakes concerning the properties of the phenomenon he studied. This article compares Becquerel's work to the researches of Abel Niepce de Saint-Victor. Forty years before Becquerel's investigations, Niepce had detected a persistent radiation emitted by uranium nitrate in the dark. Niepce's interpretation (an invisible phosphorescence) is similar to Becquerel's and different from our concept of radioactivity. It is likely that he made experimental mistakes and intermingled different phenomena. However, if mere contact with effects of a phenomenon, without a clear understanding of its nature and properties, can count as the discovery of that phenomenon, one could argue that it was Niepce-not Becquerel-who discovered radioactivity. The paper uses this example to discuss the concept of discovery of a scientific phenomenon.
In 1896, Henri Becquerel detected a penetrating radiation emitted by some uranium salts and met a phenomenon that nowadays we call "radioactivity". Becquerel's study of uranium radiation was not casual or blind. It was guided by his... more
In 1896, Henri Becquerel detected a penetrating radiation emitted by some uranium salts and met a phenomenon that nowadays we call "radioactivity". Becquerel's study of uranium radiation was not casual or blind. It was guided by his acceptance of Poincaré's conjecture concerning a possible relation between X rays and luminescence. What Becquerel expected to find was the emission of a penetrating electromagnetic radiation (something similar to ultraviolet rays) emitted by a special phenomenon of fluorescence or phosphorescence that violated Stokes' law. Guided by his preconceptions, Becquerel described experiments that seemed to support the view that uranium radiation had the usual properties of known electromagnetic waves: reflection, refraction and polarization. He also described an increase in the emission of radiation when uranium compounds were stimulated by sunlight. Those and several other aspects of Becquerel's experimental work must nowadays be interpreted as experimental mistakes. Becquerel's mistakes were gradually corrected by other researchers. As the study of radioactivity developed, Becquerel reinterpreted his own early work, hiding his mistakes or ascribing to himself their correction. The aim of this article is to discuss one particular episode of experimentation-Becquerel's study of the phenomenon we call radioactivity-and the methodological problems aroused by his mistakes.

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Palestra: "A metodologia de pesquisa de Darwin", apresentada no evento: "50 anos do IB-USP: Você faz parte da nossa história". Dia 05 de dezembro de 2019
Apresentação PowerPoint da palestra apresentada por Roberto de Andrade Martins no V Workshop de Cosmologia e Astrofísica da Unifesp, dia 30 de novembro de 2019
Palestra apresentada no I Encontro de História da Física, USP, 02 de setembro de 2019
Abstract: In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of... more
Abstract: In his book "Identité et réalité", Émile Meyerson argued for a philosophical a priori background in the case of all scientific conservation laws. This work discusses one of the specific cases he addressed, the conservation of mass in chemical reactions. It analyzes the attitude of Antoine-Laurent de Lavoisier and other researchers regarding their own experiments concerning this law of conservation. This case study is relevant for the teaching of chemistry (and of science, in general), because it clearly shows the influence of philosophical principles on the development of science, thereby providing a nice example against the inductivist view of science. Note: This paper was presented at the XI ICHSSE (International Conference on History of Science and Science Education) on August 31, 2018.
Resumo: A esmagadora maioria das pessoas que já ouviu falar alguma coisa sobre a teoria da relatividade acredita que ela foi criada por uma única pessoa, Albert Einstein. Tal crença está historicamente equivocada; e perpetua um mito que... more
Resumo: A esmagadora maioria das pessoas que já ouviu falar alguma coisa sobre a teoria da relatividade acredita que ela foi criada por uma única pessoa, Albert Einstein. Tal crença está historicamente equivocada; e perpetua um mito que distorce o processo de construção da ciência, como se ela brotasse pronta da cabeça dos “gênios”, de um modo incompreensível. Esse mito, que é prejudicial sob o ponto de vista educacional, pode ser combatido através de um estudo sério e detalhado da história da física. Esta palestra apresentará uma abordagem histórica da teoria da relatividade dando o devido crédito a um grande número de pesquisadores que deram contribuições importantes ao seu desenvolvimento e mostrando, através desse exemplo, que nenhuma teoria científica tem um autor isolado, sendo sempre o fruto do trabalho coletivo de muitas pessoas.
Resumo: A história do magnetismo está presente nos livros didáticos de física, do ensino médio ao superior. Geralmente se fala um pouco sobre o conhecimento dos ímãs na Antiguidade, citando Tales de Mileto, depois se salta para o ano de... more
Resumo: A história do magnetismo está presente nos livros didáticos de física, do ensino médio ao superior. Geralmente se fala um pouco sobre o conhecimento dos ímãs na Antiguidade, citando Tales de Mileto, depois se salta para o ano de 1600, quando William Gilbert publicou sua obra "De Magnete". No entanto, houve contribuições muito interessantes ao estudo do magnetismo durante a Idade Média - um período pouco abordado quando se fala sobre história da física no contexto didático. Esta palestra apresentará o trabalho de Petrus Peregrinus (ou Pierre de Maricourt), que no século XIII descreveu experimentos com ímãs, estabelecendo os modos de localizar seus polos, identificar esses polos (norte e sul), enunciou claramente a lei de atração dos polos opostos e repulsão dos de mesmo tipo e analisou o que ocorre quando um ímã é quebrado, com o surgimento de novos polos magnéticos. Ele descreveu também alguns instrumentos magnéticos - incluindo dois que consideramos impossíveis. O estudo desta contribuição pode ajudar a romper a visão simplista de que a Idade Média foi um período sem experimentação e sem desenvolvimento científico.
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Costuma-se associar o pensamento (especialmente o filosófico) à expressão verbal. As palavras deveriam, nesse caso, exprimir conceitos claros e não ambíguos, para possibilitar argumentos racionais. Há, no entanto, outros usos possíveis... more
Costuma-se associar o pensamento (especialmente o filosófico) à expressão verbal. As palavras deveriam, nesse caso, exprimir conceitos claros e não ambíguos, para possibilitar argumentos racionais. Há, no entanto, outros usos possíveis das palavras. No pensamento chinês antigo, de acordo com Marcel Granet, cada ideograma é um emblema com muitos significados e não um conceito único. O uso emblemático das palavras também aparece de forma frequente no pensamento indiano antigo, estabelecendo homologias inesperadas e sem equivalente no pensamento ocidental. Porém, além disso, existe a proposta de ultrapassar tudo o que pode ser exposto por palavras. Esta palestra abordará esta temática, mostrando uma solução não-conceitual apresentada nas Upanishads, que consiste em ultrapassar o pensamento (um produto mental) para poder atingir diretamente, através de vivências (e não por palavras) a realidade que está além dos conceitos.
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As equações fundamentais da teoria da relatividade geral foram publicadas pela primeira vez, em sua forma final, em 1915, por Albert Einstein e, independentemente, por David Hilbert. Antes disso, Einstein havia publicado outras versões... more
As equações fundamentais da teoria da relatividade geral foram publicadas pela primeira vez, em sua forma final, em 1915, por Albert Einstein e, independentemente, por David Hilbert. Antes disso, Einstein havia publicado outras versões incorretas das equações de campo. Esta palestra apresenta um histórico do desenvolvimento inicial da teoria da relatividade geral, mostrando a luta de Einstein para lidar com tensores. Indica o papel fundamental de pesquisadores menos famosos, como Max von Laue, cujo tensor de momento-energia-tensão foi fundamental para a criação das equações de campo.
Ibn al-Haytham (ou Alhazen), que viveu dez séculos atrás, é um dos homenageados do "Ano Internacional da Luz", por causa de suas pesquisas sobre óptica. Cerca de 1000 anos atrás, ele propôs uma nova interpretação da visão, que teve enorme... more
Ibn al-Haytham (ou Alhazen), que viveu dez séculos atrás, é um dos homenageados do "Ano Internacional da Luz", por causa de suas pesquisas sobre óptica. Cerca de 1000 anos atrás, ele propôs uma nova interpretação da visão, que teve enorme impacto, sendo o ponto de partida da teoria que foi aperfeiçoada depois por Kepler e que constitui a base do que aceitamos atualmente. Esta palestra apresenta, primeiramente, as teorias sobre a visão existentes na Antiguidade. Depois, analisa alguns autores medievais islâmicos que se dedicaram à óptica. Por fim, descreve o trabalho de Ibn al-Haytham sobre o assunto.
O físico francês Louis de Broglie desenvolveu em 1923-1924 a primeira teoria dualística onda-partícula válida tanto para a luz quanto para corpúsculos como o elétron. Costuma-se descrever apenas a relação entre momentum e comprimento de... more
O físico francês Louis de Broglie desenvolveu em 1923-1924 a primeira teoria dualística onda-partícula válida tanto para a luz quanto para corpúsculos como o elétron. Costuma-se descrever apenas a relação entre momentum e comprimento de onda como sendo a principal contribuição de De Broglie, mas ele desenvolveu uma sofisticada teoria, fundamentada tanto na relação de Planck entre energia e frequência quanto na teoria da relatividade especial, para estabelecer as propriedades ondulatórias associadas a uma entidade quântica qualquer. Também estabeleceu a relação entre probabilidade de interação e a amplitude da onda associada ao quantum (antes de Max Born), bem como as propriedades fundamentais da emissão estimulada. Este seminário apresenta o desenvolvimento das ideias de Louis de Broglie que levaram até esses resultados, discutindo também as limitações de sua teoria.
O "Tratado da Esfera", de Johannes de Sacrobosco, foi a obra medieval mais importante sobre astronomia, utilizada nas universidades desde o século XIII até o início do século XVII. Este seminário apresentará uma visão geral sobre o ensino... more
O "Tratado da Esfera", de Johannes de Sacrobosco, foi a obra medieval mais importante sobre astronomia, utilizada nas universidades desde o século XIII até o início do século XVII. Este seminário apresentará uma visão geral sobre o ensino da astronomia no período medieval, utilizando o "Tratado da Esfera" como principal referência. A versão original desta obra apresentava uma visão geral sobre a estrutura do universo e sobre os movimentos astronômicos, sem proporcionar informações sobre como fazer cálculos sobre os movimentos. Posteriormente, as versões ampliadas e comentadas da obra de Sacrobosco se transformaram e verdadeiras enciclopédias astronômicas, incluindo a parte quantitativa. Desde a época medieval, os estudantes adquiriam alguns conhecimentos (corretos) que não fazem mais parte de nossa astronomia básica - como, por exemplo, a variação da duração do dia e da noite conforme a latitude geográfica, ao longo do ano. Havia métodos geométricos bastante simples para lidar com este e outros problemas interessantes, que serão apresentados no seminário. Com o estudo da astronomia medieval, é possível aprender várias coisas que podem ser aplicadas, atualmente, ao ensino da astronomia.
Palestra de abertura, apresentada no "2º Encontro Internacional Vital para o Brasil sobre Animais Peçonhentos", realizado em Campanha, MG. Dia 11/11/2014
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Costuma-se atribuir a Maupertuis a primeira proposta de um princípio de ação mínima na mecânica. Este autor apresentou em meados do século XVIII uma proposta de um princípio de ação mínima, para todas as áreas da física, o qual... more
Costuma-se atribuir a Maupertuis a primeira proposta de um princípio de ação mínima na mecânica. Este autor apresentou em meados do século XVIII uma proposta de um princípio de ação mínima, para todas as áreas da física, o qual considerava como um argumento a favor da existência de Deus. Tanto a fundamentação apresentada por Maupertuis para seu princípio, quanto as aplicações que fez do mesmo, estão repletas de problemas. Seu trabalho foi criticado na época, tanto por falhas científicas como por causa de alguns aspectos filosóficos e históricos. Além disso, sabe-se que Euler havia proposto, antes de Maupertuis, uma lei da Mecânica que se assemelha muito mais ao princípio de ação mínima desenvolvido posterior do que aquele que aparece nos artigos de Maupertuis; e que não alegou prioridade porque não queria desagradar ao colega, que era Presidente da Academia de Ciências de Berlim. A utilização deste episódio histórico no ensino de Física permite transmitir importantes mensagens a respeito da natureza da ciência, tais como: o estabelecimento das leis científicas é gradativo (não instantâneo), sendo o resultado de tentativas, erros, discussões e contribuições de grande número de pesquisadores; a ciência ensinada nos livros-texto esconde a complexidade histórica de sua construção; o pensamento científico pode ser fortemente influenciado por concepções filosóficas e religiosas; e a atitude dos cientistas diante de uma nova proposta pode depender de fatores pouco “científicos”, como o medo de ter uma redução de salário.
Esta é uma versão sem imagens, sem revisão, do texto de um livro publicado pela primeira vez em 1997: MARTINS, Roberto de Andrade; MARTINS, Lilian Al-Chueyr Pereira; FERREIRA, Renata Rivera; TOLEDO, Maria Cristina Ferraz. Contágio:... more
Esta é uma versão sem imagens, sem revisão, do texto de um livro publicado pela primeira vez em 1997: MARTINS, Roberto de Andrade; MARTINS, Lilian Al-Chueyr Pereira; FERREIRA, Renata Rivera; TOLEDO, Maria Cristina Ferraz. Contágio: história da prevenção das doenças transmissíveis. São Paulo: Moderna, 1997.
Os desiderata constituem um tipo de categoria axiológica representando aquilo a que se dá um valor positivo, sem no entanto adquirir o caráter de imposição. Representam condições suficientes mas não necessárias para que se atribua valor... more
Os desiderata constituem um tipo de categoria axiológica representando aquilo a que se dá um valor positivo, sem no entanto adquirir o caráter de imposição. Representam condições suficientes mas não necessárias para que se atribua valor positivo a algo. Na prática científica e epistemológica usualmente se torna necessário avaliar procedimentos e resultados científicos. Em algumas abordagens epistemológicas, procura-se formular regras de avaliação fundamentadas em exigências rígidas, do tipo: 'X é aceitável, cientificamente, se e somente se Y', que apresentam condições necessárias e suficientes para que algo receba um valor científico positivo. O uso do conceito de desideratum, mais fraco do que a idéia de uma demarcação entre ciência e não-ciência, permite uma análise mais flexível. Esta tese contém um estudo analítico do conceito de desideratum, sua relação com outros conceitos axiológicos e a estrutura geral de uma axiologia da ciência aplicando tais conceitos. Após o estudo analítico são examinados exemplos históricos confrontando-se as abordagens metodológicas existentes com a abordagem não proibitiva que faz uso dos desiderata. Por fim, é exposto um sistema metodológico compatível com essa abordagem e são discutidas suas bases e consequências.
This article presents the history of the principle of conservation of mass in chemical reactions, after the time of Lavoisier. Prout's hypothesis on atomic composition and its disagreement with measured atomic weights led to... more
This article presents the history of the principle of conservation of mass in chemical reactions, after the time of Lavoisier. Prout's hypothesis on atomic composition and its disagreement with measured atomic weights led to speculations concerning sub-atomic ...
Esta é uma versão atualizada do primeiro número de "Protofísica, revista semicientífica aperiódica", lançado originalmente em 1971. A nova versão foi preparada por Arnaldo Paes de Andrade. A revista foi editada por Roberto de Andrade... more
Esta é uma versão atualizada do primeiro número de "Protofísica, revista semicientífica aperiódica", lançado originalmente em 1971. A nova versão foi preparada por Arnaldo Paes de Andrade. A revista foi editada por Roberto de Andrade Martins.
Números 1 - 8 da revista Profísica, editada por Roberto de Andrade Martins de 1971 até 1976

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Este arquivo contém uma coletânea de documentos associados a uma proposta que fiz em 2004, com o objetivo de congregar os historiadores da ciência no Brasil para um trabalho conjunto, tendo em vista o desenvolvimento da área de História... more
Este arquivo contém uma coletânea de documentos associados a uma proposta que fiz em 2004, com o objetivo de congregar os historiadores da ciência no Brasil para um trabalho conjunto, tendo em vista o desenvolvimento da área de História da Ciência. Essa proposta era, também, o documento programático de minha candidatura à Presidência da Sociedade Brasileira de História da Ciência, nessa época. O documento principal, que encabeça este arquivo, foi enviado aos sócios da SBHC em junho de 2004. Além disso, foi também criada, pouco depois, uma página no site do Grupo de História e Teoria da Ciência da Unicamp (GHTC), que eu coordenava na época, reproduzindo não apenas o documento principal mas também agregando links para vários outros documentos. O site do GHTC na Unicamp foi desativado em 2011, após minha aposentadoria. Grande parte de seu conteúdo foi transferido para o novo site, na USP (www.ghtc.usp.br), incluindo a versão html do documento principal, mas vários links perderam sua funcionalidade. Resolvi, por isso, criar este arquivo reunindo os principais documentos que estavam interconectados ("linkados") na versão html de 2004. Eles estão divididos em dois Anexos, indicados abaixo, cuja paginação (na parte inferior da página) indica a qual Anexo o documento pertence. O presente arquivo foi criado em outubro de 2021.
Este arquivo apresenta o histórico de um projeto que foi submetido ao CNPq no início de 1988, para a criação de um Programa Nacional de História da Ciência e da Tecnologia (PRONAHCT). Em 1988, o CNPq aprovou o Programa, alocou verbas e... more
Este arquivo apresenta o histórico de um projeto que foi submetido ao CNPq no início de 1988, para a criação de um Programa Nacional de História da Ciência e da Tecnologia (PRONAHCT). Em 1988, o CNPq aprovou o Programa, alocou verbas e nomeou um comitê assessor para o mesmo, constituído por Roberto de Andrade Martins (UNICAMP), Paulo Gadelha (COC/FIOCRUZ), Shozo Motoyama (USP) e Pedro Leitão  (MAST). Foram realizadas duas reuniões do referido Comitê Assessor, que chegou a aprovar um vultuoso auxílio para a recuperação da Biblioteca de Obras Raras do Centro de Tecnologia da UFRJ. Pouco depois, no entanto, o PRONAHCT foi desativado pelo CNPq.
Memorial apresentado pelo professor Roberto de Andrade Martins no seu concurso de Livre Docência no Instituto de Física "Gleb Wataghin" (IFGW) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 2007, na área de Física Geral, Especialidade... more
Memorial apresentado pelo professor Roberto de Andrade Martins no seu concurso de Livre Docência no Instituto de Física "Gleb Wataghin" (IFGW) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 2007, na área de Física Geral, Especialidade em História da Física e Filosofia da Física.
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We welcome submission of papers on Tibetan Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China,... more
We welcome submission of papers on Tibetan Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China, Japan and Tibet), including language, religion, literature, philosophy, arts and other subjects, and covering both the current culture and its historical aspects. Its scope does not include, however, subjects such as economy, trade and politics of the contemporary period.
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We welcome submission of papers on Japanese Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China,... more
We welcome submission of papers on Japanese Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China, Japan and Tibet), including language, religion, literature, philosophy, arts and other subjects, and covering both the current culture and its historical aspects. Its scope does not include, however, subjects such as economy, trade and politics of the contemporary period.
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We welcome submission of papers on Chinese Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China,... more
We welcome submission of papers on Chinese Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China, Japan and Tibet), including language, religion, literature, philosophy, arts and other subjects, and covering both the current culture and its historical aspects. Its scope does not include, however, subjects such as economy, trade and politics of the contemporary period.
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We welcome submission of papers on Indian Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China,... more
We welcome submission of papers on Indian Studies to the new journal "Cultura Oriental". This journal publishes articles resulting from original research relating to various cultural aspects of Asian Far East (especially India, China, Japan and Tibet), including language, religion, literature, philosophy, arts and other subjects, and covering both the current culture and its historical aspects. Its scope does not include, however, subjects such as economy, trade and politics of the contemporary period.
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Resumo: Os experimentos que foram realizados para buscar fenômenos devidos ao movimento da Terra em relação ao éter luminífero, até 1878, procuravam efeitos de primeira ordem em v/c. A partir de uma sugestão apresentada por Maxwell nesse... more
Resumo: Os experimentos que foram realizados para buscar fenômenos devidos ao movimento da Terra em relação ao éter luminífero, até 1878, procuravam efeitos de primeira ordem em v/c. A partir de uma sugestão apresentada por Maxwell nesse ano, iniciou-se uma segunda fase de pesquisas, levando em conta efeitos de segunda ordem em v/c – como os experimentos interferométricos de Michelson de 1881, de Michelson e Morley em 1887 e os de Morley e Miller em 1904-1905. Este artigo estuda esse período histórico, analisando principalmente os trabalhos experimentais desenvolvidos no período e as dificuldades encontradas para explicar os resultados utilizando-se as teorias do éter luminífero de Fresnel e de Stokes.
Palavras-chave: história da física; história da óptica; teorias sobre o éter.
Resumo: A ideia de uma escala de graus de calor e frio surge primeiramente na medicina helênica, nos trabalhos de Galeno que, por sua vez, foram inspirados por Hipócrates. Durante o período medieval, as ideias de Galeno sofrem... more
Resumo: A ideia de uma escala de graus de calor e frio surge primeiramente na medicina helênica, nos trabalhos de Galeno que, por sua vez, foram inspirados por Hipócrates. Durante o período medieval, as ideias de Galeno sofrem transformações e surge uma busca por uma quantificação mais detalhada dos graus de calor e frio, para permitir a previsão das propriedades dos medicamentos compostos. Há propostas contraditórias sobre o modo de interpretar esses graus; porém, no século XVI, passa a predominar a ideia de uma escala linear de calor e frio, com implicações diretas sobre o modo de calcular os graus dos compostos através da técnica matemática de ligadura ou alligatio. No início do século XVII Santorio inventou o primeiro termômetro, destinado a usos médicos, que incorporou e transformou a conceituação anterior. O conhecimento dessa longa história é importante para se compreender muitos aspectos da termometria desenvolvida a partir do século XVII.
Palavras-chave: história da física; história da termometria; história da medicina; história da farmacologia; história da matemática

Esta é uma versão preliminar, ainda não publicada (preprint), de um capítulo de livro. Ela pode ser citada, conforme a indicação abaixo, informando o respectivo link do DOI (Digital Object Identifier) e indicando a data em que você consultou o trabalho: MARTINS, Roberto de Andrade. A pré-história da termometria: dos humores de Hipócrates aos graus de calor e de frio.
Abstract: Louis-René Matout (1869-1944) was a French researcher who worked both with Henri Becquerel (1852-1908) and his son Jean Becquerel (1878-1953) at the National History Museum, in Paris. Initially as a préparateur of the Physics... more
Abstract: Louis-René Matout (1869-1944) was a French researcher who worked both with Henri Becquerel (1852-1908) and his son Jean Becquerel (1878-1953) at the National History Museum, in Paris. Initially as a préparateur of the Physics laboratory, afterwards as an assistant, for almost 40 years he participated in the researches developed at the Museum. Besides aiding the investigations led by Henri and Jean Becquerel, he also had an independent scientific production and he became a well-known physicist, in the early twentieth century. This article offers a view of his career, also discussing the claim that he participated in the discovery of radioactivity.
Keywords: history of physics; history of science; Henri Becquerel; Jean Becquerel; Louis-René Matout; radioactivity

This is a preliminary, unpublished version (pre-print) of a book chapter. It may be used and cited according to the description presented below, informing the corresponding link and the date you accessed the work. MARTINS, Roberto de Andrade. An appreciation of Louis-René Matout, Becquerel's assistant. Pre-print, June 2022.
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Abstract: In the late 19th century, beriberi was a serious disease in Brazil. Several different causes were ascribed to that malady, including miasma infection, undernourishment, food poisoning, contagion, and changes of weather. In 1883,... more
Abstract: In the late 19th century, beriberi was a serious disease in Brazil. Several different causes were ascribed to that malady, including miasma infection, undernourishment, food poisoning, contagion, and changes of weather. In 1883, the Brazilian physician João Batista de Lacerda (1846-1915) began experimental investigation of microorganisms as possible cause of beriberi. He attempted to follow Pasteur’s and Koch’s method. Lacerda reported the finding of a microorganism he called Bacillus beribericus in the blood of beriberi patients. He claimed that he had been able to cultivate those microorganisms and to produce beriberi in healthy animals by inoculating that culture. Lacerda’s work was criticized both in Brazil and abroad. Other researchers claimed similar discoveries, including Cornelis Pekelharing, in India. The paper discusses the method used by Lacerda. It is shown that he was unable to follow the rigorous method prescribed by Robert Koch.
Keywords: Lacerda, João Batista de; beriberi; microbe theory; Koch’s method

This is a preliminary, unpublished version (pre-print) of a book chapter. It may be used and cited according to the description presented below, informing the corresponding link and the date you accessed the work. MARTINS, Roberto de Andrade. Fictitious microorganisms: Lacerda and the discovery of Bacillus beribericus. Pre-print, June 2022.
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Resumo: O Tratado da Esfera de Johannes de Sacrobosco, escrito no início do século XIII, foi um dos mais famosos textos astronômicos jamais escritos. Ao longo dessa obra, o autor citou trechos de três poetas latinos clássicos: Virgílio,... more
Resumo: O Tratado da Esfera de Johannes de Sacrobosco, escrito no início do século XIII, foi um dos mais famosos textos astronômicos jamais escritos. Ao longo dessa obra, o autor citou trechos de três poetas latinos clássicos: Virgílio, Lucano e Ovídio. Este artigo descreve essas citações e seu contexto na obra de Sacrobosco, procurando interpretar o motivo pelo qual o autor introduziu essas menções. Comparando a ocorrência de citações literárias no Tratado da Esfera com aquilo que pode ser encontrado em outras obras de conteúdo astronômico anteriores, da mesma época e posteriores, é apresentada a interpretação de que o objetivo principal era fornecer esclarecimentos sobre os próprios textos literários, cujas menções a fenômenos astronômicos podiam ser obscuras ou incompreensíveis para os leitores.
Palavras-chave: Sacrobosco, Johannes de; Tratado da Esfera; história da astronomia; astronomia medieval; literatura e astronomia; astronomia cultural

Esta é uma versão preliminar, ainda não publicada (pre-print), de um capítulo de livro. Ela pode ser citada, conforme a descrição abaixo, informando o link correspondente e também a data em que você acessou o trabalho. MARTINS, Roberto de Andrade. As fontes literárias do 'Tratado da Esfera' de Sacrobosco. Pre-print, junho de 2022. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.6614975 Porém, se quiser citar esse trabalho, é conveniente verificar se a versão final já está disponível. Para verificar se o trabalho já foi impresso e para poder utilizar a versão final, com a formatação e a paginação com que foi publicado, basta clicar no link acima.
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de discutir alguns aspectos do uso da história da astronomia no ensino, indicando não apenas certas vantagens no uso dessa abordagem, mas também apontando aspectos problemáticos do uso costumeiro da... more
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de discutir alguns aspectos do uso da história da astronomia no ensino, indicando não apenas certas vantagens no uso dessa abordagem, mas também apontando aspectos problemáticos do uso costumeiro da história da astronomia no ensino e o perigo de utilizar fontes de informação mal fundamentadas, como muitas páginas da Internet. Para exemplificar os problemas relacionados com informações equivocadas, este artigo utiliza uma página sobre Copérnico do site do Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT).
Palavras-chave: história da astronomia; história da ciência; Copérnico, Nicolau; revolução Copernicana; ensino de astronomia
Esta é uma versão preliminar, ainda não publicada (pre-print), de um capítulo de livro. Ela pode ser citada, conforme a descrição abaixo, informando o link correspondente e também a data em que você acessou o trabalho. MARTINS, Roberto de Andrade. História da Astronomia e ensino: os perigos da Internet. Pre-print, junho de 2022. Disponível em: https://doi.org/10.5281/zenodo.6614954 Porém, se quiser citar esse trabalho, é conveniente verificar se a versão final já está disponível. Para verificar se o trabalho já foi impresso e para poder utilizar a versão final, com a formatação e a paginação com que foi publicado, basta clicar no link acima.
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We invite you to submit your proposal (session, oral presentation or poster) for presentation at the 2017 Meeting of the International Society of History, Philosophy and Social Studies of Biology (ISHPSSB) & Brazilian Society for... more
We invite you to submit your proposal (session, oral presentation or poster) for presentation at the 2017 Meeting of the International Society of History, Philosophy and Social Studies of Biology (ISHPSSB) & Brazilian Society for Philosophy and History of Biology (ABFHiB). The ISHPSSB & ABFHiB 2017 Meeting will happen from 16 to 21 July, 2017, at the Institute of Biosciences of the University of São Paulo, in the city of São Paulo, Brazil.  See www.abfhib.org/ISHPSSB-2017
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