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Neste artigo, propomos a utilização do cinema como fonte histórica para discutir relações entre ciência, sociedade, política, economia e cultura durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). Foram analisadas as obras Brasil ano 2000 e... more
Neste artigo, propomos a utilização do cinema como fonte histórica para discutir relações entre ciência, sociedade, política, economia e cultura durante a Ditadura Militar no Brasil (1964-1985). Foram analisadas as obras Brasil ano 2000 e Abrigo nuclear. Na primeira, a ciência é representada como parte fundamental do projeto desenvolvimentista militar, atuando, portanto, como braço do Estado. Já na segunda, encontramos a transição da ciência aliada ao projeto militar para uma ciência engajada e comprometida com valores democráticos, refletindo, assim, as modificações das práticas discursivas adotadas pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no período.
Neste artigo, apresento uma análise de ilustrações de óptica presentes em materiais de grande repercussão publicados entre o final do século 17 e o final do século 18. Meu objetivo é mostrar que a imagética da óptica fundamentada em um... more
Neste artigo, apresento uma análise de ilustrações de óptica presentes em materiais de grande repercussão publicados entre o final do século 17 e o final do século 18. Meu objetivo é mostrar que a imagética da óptica fundamentada em um viés geométrico, como ainda encontramos nos dias atuais, já estava presente neste período de intensos estudos sobre a luz e de desenvolvimento de instrumentos ópticos como o microscópio e o telescópio. Espera-se que esta análise possa contribuir com novas abordagens da óptica em contextos de ensino.
This paper presents a proposal to teach reflection and refraction of light through a historical approach. This historical approach is based on five pillars: studies on the history of optics, the investigative experimentation, the three... more
This paper presents a proposal to teach reflection and refraction of light through a historical approach. This historical approach is based on five pillars: studies on the history of optics, the investigative experimentation, the three pedagogical moments, the contextual reading of primary sources and nature of science. Our aim is to offer alternatives to the traditional geometric approach of optics in science teaching, presenting a diverse and dynamic proposal that discuss, simultaneously, scientific concepts and its historical foundations, in an adequate, non-distorted and non-superficial manner.
Este trabalho apresenta uma proposta de ensino dos fenômenos da reflexão e da refração da luz a partir de uma abordagem histórica da ciência. Essa abordagem histórica é fundamentada em cinco pilares: estudos em história da óptica, a... more
Este trabalho apresenta uma proposta de ensino dos fenômenos da reflexão e da refração da luz a partir de uma abordagem histórica da ciência. Essa abordagem histórica é fundamentada em cinco pilares: estudos em história da óptica, a experimentação investigativa, os três momentos pedagógicos, a leitura contextualizada de fontes primárias e a natureza da ciência. Nossa intenção é oferecer alternativas ao ensino essencialmente geométrico da óptica, apresentando uma proposta diversificada e dinâmica, que trabalhe adequadamente conceitos científicos, ao mesmo tempo incluindo uma fundamentação histórica não distorcida e superficial.
Neste artigo, apresento uma tradução comentada do ensaio “Observações sobre luz e cores”, escrito por Thomas Melvill (1726-1753). Embora atualmente desconhecido nos dias atuais, o texto é um autêntico retrato da óptica nesse século,... more
Neste artigo, apresento uma tradução comentada do ensaio “Observações sobre luz e cores”, escrito por Thomas Melvill (1726-1753). Embora atualmente desconhecido nos dias atuais, o texto é um autêntico retrato da óptica nesse século, incorporando temas, controvérsias e novas perspectivas de estudo vigentes decorrentes do legado de Isaac Newton (1642-1727) na Grã-Bretanha. É primeira vez que um texto desse autor é traduzido ao português.
Research Interests:
O artigo traça um panorama dos artigos da revista A Física na Escola (FnE) com conteúdos de história da ciência publicados entre 2000 e 2020. Mostraremos como esses artigos apresentam os diferentes caminhos seguidos pelos autores na... more
O artigo traça um panorama dos artigos da revista A Física na Escola (FnE) com conteúdos de história da ciência publicados entre 2000 e 2020. Mostraremos como esses artigos apresentam os diferentes caminhos seguidos pelos autores na escrita da história da ciência ao longo desses 20 anos da revista. Também aproveitamos esse levantamento para refletir sobre questões recorrentes dentro da historiografia da história da ciência e de suas relações com o ensino de física.
Neste artigo, apresentamos uma tradução comentada para o português do texto “Observations on vision” (1793), de Thomas Young (1773-1829), seu primeiro trabalho publicado nas Philosophical Transactions da Royal Society. Nesse texto, Young... more
Neste artigo, apresentamos uma tradução comentada para o português do texto “Observations on vision” (1793), de Thomas Young (1773-1829), seu primeiro trabalho publicado nas Philosophical Transactions da Royal Society. Nesse texto, Young discutiu algumas teorias e ideias sobre a acomodação visual existentes até sua época. Após apontar diversas falhas nessas teorias, ele propôs a sua, baseada na existência de uma musculatura no cristalino responsável especificamente por esse mecanismo. A tradução é precedida por três seções, em que aspectos da história da anatomia ocular e das teorias anteriores para a acomodação visual são abordados, a fim de contextualizar a leitura do material traduzido.
Em 1953, foi lançado o filme Guerra dos Mundos, uma adaptação do romance homônimo de H.G. Wells, publicado em 1898. Neste artigo, analisamos como esse filme refletiu a tendência de valorização da ciência no período em que foi lançado,... more
Em 1953, foi lançado o filme Guerra dos Mundos, uma adaptação do romance homônimo de H.G. Wells, publicado em 1898. Neste artigo, analisamos como esse filme refletiu a tendência de valorização da ciência no período em que foi lançado, impulsionada pelas disputas políticas e militares características da Guerra Fria. Em um primeiro momento, apresentamos um panorama historiográfico sobre anos iniciais da Guerra Fria, especialmente sobre os desenvolvimentos científicos surgidos a partir da década de 1950 e o crescente enaltecimento da ciência que deles emergiram. Em seguida, mostramos como algumas cenas do filme Guerra dos Mundos (1953) reforçaram essa valorização, ao reposicionar o cientista de coadjuvante a protagonista em relação à obra original de Wells e ao ressaltar uma visão indutivista da ciência. A partir desse estudo teórico, acreditamos ser possível fornecer subsídios para atividades de ensino na interface entre história das ciências e cinema.
Neste trabalho, apresentamos uma tradução comentada de um artigo de John Michell (1724-1793), publicado em 1784, em que apresentou métodos de descobrir a distância, magnitude e outras propriedades das estrelas fixas, a partir da... more
Neste trabalho, apresentamos uma tradução comentada de um artigo de John Michell (1724-1793), publicado em 1784, em que apresentou métodos de descobrir a distância, magnitude e outras propriedades das estrelas fixas, a partir da verificação da diminuição da velocidade da luz ao se aproximar delas. Dentre seus argumentos, destaca-se aquele geralmente considerado como a primeira menção da possibilidade do que atu-almente chamamos de buracos negros.
Neste artigo, apresento uma tradução comentada do ensaio "Observações sobre luz e cores", escrito por Thomas Melvill (1726-1753). Embora atualmente desconhecido nos dias atuais, o texto é um autêntico retrato da óptica nesse século,... more
Neste artigo, apresento uma tradução comentada do ensaio "Observações sobre luz e cores", escrito por Thomas Melvill (1726-1753). Embora atualmente desconhecido nos dias atuais, o texto é um autêntico retrato da óptica nesse século, incorporando temas, controvérsias e novas perspectivas de estudo decorrentes do legado de Isaac Newton (1642-1727) na Grã-Bretanha. É primeira vez que um texto desse autor é traduzido ao português. Palavras-chave: Thomas Melvill; Óptica; Newton; Luz; Século XVIII.
This paper explores the mechanical models elaborated by projectile theorists throughout the eighteenth century to explain the reflection of light. Influenced by Isaac Newton's Opticks, these projectile theorists proposed that repulsion... more
This paper explores the mechanical models elaborated by projectile theorists throughout the eighteenth century to explain the reflection of light. Influenced by Isaac Newton's Opticks, these projectile theorists proposed that repulsion was the cause of reflection. My purpose is to show that their models were not unified and lacked a deeper understanding of the origin of repulsive powers. This analysis illustrates how a simple optical phenomenon was not easy for eighteenth-century theorists to explain, even when the projectile theory of light was prominent among natural philosophers.
Para explicar a formação e a periodicidade encontrada nos anéis coloridos que se formam em uma película fina, Newton desenvolveu o conceito de "estados" de fácil transmissão e fácil reflexão, em que o raio de luz estaria disposto a ser... more
Para explicar a formação e a periodicidade encontrada nos anéis coloridos que se formam em uma película fina, Newton desenvolveu o conceito de "estados" de fácil transmissão e fácil reflexão, em que o raio de luz estaria disposto a ser transmitido ou refletido pela superfície. Para Newton não estava completamente claro o que seriam os estados de fácil transmissão e de fácil reflexão e tampouco suas causas. Mesmo dizendo que não se comprometeria com a origem dos "estados" e não elaboraria hipóteses em sua ciência, Newton discutiu diferentes possibilidades para explicar a origem dos estados. Este artigo discute os diferentes modelos desenvolvidos por Newton para explicar os "estados", bem como os seus limites, contradições e o uso de hipóteses no desenvolvimento destes modelos. Palavras-chave: Isaac Newton, óptica, estados da luz, interferência, hipóteses.
In this paper, I analyse extracts of what is possibly the first French translation of Newton’s Opticks, a manuscript discovered by I. Bernard Cohen in the 1960s that is kept today at Bibliothèque de l’Arsenal in Paris. This manuscript is... more
In this paper, I analyse extracts of what is possibly the first French translation of Newton’s Opticks, a manuscript discovered by I. Bernard Cohen in the 1960s that is kept today at Bibliothèque de l’Arsenal in Paris. This manuscript is presumed to have been written by Étienne-François Geoffroy, a French savant who obtained a copy of the first edition of Opticks from his close friend Hans Sloane, the then secretary of the Royal Society. Geoffroy read his translation to the members of the Académie des Sciences at a series of meetings between 1706 and 1707, but the précis was never published. The extracts correspond to Book II in Opticks, in which Newton discussed the colours of bodies and the coloured rings in thin and in thick films. This analysis will show that the anonymous author of the translation made several omissions and abridgments to the content of Book II. In accordance with current historiography on the reception of Newtonian ideas in France, I will also discuss how these omissions and abridgements offer further and relevant evidence to support the presumption that Geoffroy was the real author of the manuscript.
Neste artigo, é analisado em detalhes o manuscrito "Reflexões breves sobre a natureza e propriedades da luz, ou sobre os dous sistemas da vibração, e da emanação Carteziano e Neutoniano", escrito por Estevão Cabral (1734-1811), não... more
Neste artigo, é analisado em detalhes o manuscrito "Reflexões breves sobre a natureza e propriedades da luz, ou sobre os dous sistemas da vibração, e da emanação Carteziano e Neutoniano", escrito por Estevão Cabral (1734-1811), não publicado, e hoje guardado nos arquivos da biblioteca da Academia de Ciências de Lisboa, em Portugal. O manuscrito, sem data, traz uma forte crítica à concepção corpuscular para a luz - ou seja, à óptica newtoniana -, ao mesmo tempo em que destaca a superioridade da concepção vibracional. Uma vez que a literatura especializada geralmente aborda a recepção favorável a Newton em terras portuguesas, o manuscrito de Cabral parece ser uma notável exceção.
Neste artigo, apresentamos uma tradução integral e comentada da carta escrita por Benjamin Franklin (1706-1790) e endereçada a John Mitchel (1711-1768), contendo sua explicação para a formação de temporais com raios e trovões. Trata-se da... more
Neste artigo, apresentamos uma tradução integral e comentada da carta escrita por Benjamin Franklin (1706-1790) e endereçada a John Mitchel (1711-1768), contendo sua explicação para a formação de temporais com raios e trovões. Trata-se da primeira vez que este texto é traduzido para o português brasileiro. Na carta, redigida no auge dos estudos de Franklin em eletricidade, o norte-americano utilizou um estilo característico de muitos escritos do século XVIII, partindo de evidências experimentais e seguindo um passo-a-passo indutivo. Para corroborar suas proposições, ele valeu-se extensivamente de sua teoria de um único fluido elétrico, então recém-elaborada.
Este artigo apresenta uma análise crítica da possível disputa entre as teorias sobre luz e cores elaboradas por Newton e Huygens que teria ocorrido entre os séculos XVII e XIX. Com base em diversos estudos historiográficos já realizados... more
Este artigo apresenta uma análise crítica da possível disputa entre as teorias sobre luz e cores elaboradas por Newton e Huygens que teria ocorrido entre os séculos XVII e XIX. Com base em diversos estudos historiográficos já realizados sobre o tema, será mostrado que na Historiografia da Ciência a ideia de uma disputa entre as ópticas de Newton e Huygens é considerada ultrapassada. O artigo fornece um apanhado histórico da Óptica no período, oferecendo subsídios para que essa questão seja também problematizada no Ensino, assim como foi na Historiografia da Ciência atual.
Este trabalho apresenta uma proposta de ensino dos fenômenos da reflexão e da refração da luz a partir de uma abordagem histórica da ciência. Essa abordagem histórica é fundamentada em cinco pilares: estudos em história da óptica, a... more
Este trabalho apresenta uma proposta de ensino dos fenômenos da reflexão e da refração da luz a partir de uma abordagem histórica da ciência. Essa abordagem histórica é fundamentada em cinco pilares: estudos em história da óptica, a experimentação investigativa, os três momentos pedagógicos, a leitura contextualizada de fontes primárias e a natureza da ciência. Nossa intenção é oferecer alternativas ao ensino essencialmente geométrico da óptica, apresentando uma proposta diversificada e dinâmica, que trabalhe adequadamente conceitos científicos, ao mesmo tempo incluindo uma fundamentação histórica não distorcida e superficial.
In 1772, Joseph Priestley published The History and Present State of Discoveries Relating to Vision, Light and Colours, also known as The History of Optics. The book intended to present all the achievements in the matter of light and... more
In 1772, Joseph Priestley published The History and Present State of Discoveries Relating to Vision, Light and Colours, also known as The History of Optics. The book intended to present all the achievements in the matter of light and colors, from the Ancient times to the 18 th century. This paper presents a study of the content of The History of Optics, in order to analyze how it sold Newtonian optics in the historiography of light. It will comprise discussions on Priestley's views on History, his involvement with optical studies, his perceptions on Newtonian optics and the Biographical Chart included in the book. This analysis can add new elements for the current Historiography on Priestley, clarifying other aspects that demonstrate his commitment to a Newtonian view of the History of Optics, as well as an example of the prestige that Newton's Natural Philosophy had throughout the 18 th century.
No início do século xviii, Isaac Newton publicou seu principal trabalho sobre óptica, o Opticks (Óptica). Impregnado por uma perspectiva indutiva, o livro logo se tornou a principal referência para os estudos sobre a luz e as cores, sendo... more
No início do século xviii, Isaac Newton publicou seu principal trabalho sobre óptica, o Opticks (Óptica). Impregnado por uma perspectiva indutiva, o livro logo se tornou a principal referência para os estudos sobre a luz e as cores, sendo amplamente popularizado pelos seguidores de Newton. Neste artigo, analisamos como dois
importantes livros contribuíram para essa popularização e também qual era a imagem de ciência que tencionavam propagar, o Élements de la philosophie de Newton (Elementos da filosofia de Newton) de Voltaire e o Newtonianismo per le dame (Newtonianismo para as damas) de Algarotti. Será possível perceber que ambos os autores distorceram o conteúdo do livro de Newton, no intuito de propagar uma imagem idealizada das ideias newtonianas e da própria filosofia natural.
The present paper presents a historical study on the acceptance of Newton’s corpuscular theory of light in the early eighteenth century. Isaac Newton first published his famous book Opticks in 1704. After its publication, it became... more
The present paper presents a historical study on the acceptance of Newton’s
corpuscular theory of light in the early eighteenth century. Isaac Newton first published his
famous book Opticks in 1704. After its publication, it became quite popular and was an
almost mandatory presence in cultural life of Enlightenment societies. However, Newton’s
optics did not become popular only via his own words and hands, but also via public
lectures and short books with scientific contents devoted to general public (including
women) that emerged in the period as a sort of entertainment business. Lectures and
writers stressed the inductivist approach to the study of nature and presented Newton’s
ideas about optics as they were consensual among natural philosophers in the period. The
historical case study presented in this paper illustrates relevant aspects of nature of science,
which can be explored by students of physics on undergraduate level or in physics teacher
training programs.
This paper presents a historical approach about the double refraction of light, especially the ideas of Isaac Newton. Initially, I discuss the studies of Erasmus Bartholinus, who discovered and described the phenomenon in 1669, and also... more
This paper presents a historical approach about the double refraction of light, especially the ideas of Isaac Newton. Initially, I discuss the studies of Erasmus Bartholinus, who discovered and described the phenomenon in 1669, and also the studies of Christiaan Huygens, who developed an explanatory model based on a vibration conception of light in his Treatise of light (1690). Next, I analyze the concept of sides of light elaborated by Newton to explain the phenomenon and described in the “Queries” of the Opticks (1704). Through this analysis, I intend to outline other elements of Newtonian optics not yet known by academics and educators.
In this paper, we present a proposal for contextual teaching of historical content to pre-service teachers, called Multicontextual Approach of History of Science (MCAHS). In MCAHS, the historical episodes are studied by a problematization... more
In this paper, we present a proposal for contextual teaching of historical content to pre-service teachers, called Multicontextual Approach of History of Science (MCAHS). In MCAHS, the historical episodes are studied by a problematization view and through three contexts of analysis: scientific, metascientific and pedagogical. We present two examples of how historical episodes can be analyzed through MCAHS and at the end of the paper, we discuss some general parameters for future uses in pre or in-service teachers programs.
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre o conceito de natureza da Ciência em trabalhos publicados em livros e periódicos nacionais e internacionais de História e Filosofia da Ciência e de Ensino de Ciências nas últimas três... more
Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre o conceito de natureza da Ciência em trabalhos publicados em livros e periódicos nacionais e internacionais de História e Filosofia da Ciência e de Ensino de Ciências nas últimas três décadas. A partir disso, pretendemos oferecer um aporte para que historiadores, educadores e demais pesquisadores possam ter uma noção abrangente e atual acerca deste conceito, bem como dos caminhos para incorporá-lo ao ensino a partir da História e Filosofia da Ciência.
In this paper, I analyze quotes of a popular book of science published in Brazil in 2007. These quotes are used as examples of an inadequate view of science and scientific enterprise, with reference to Gil-Perez and colleagues (2001).... more
In this paper, I analyze quotes of a popular book of science published in
Brazil in 2007. These quotes are used as examples of an inadequate view of
science and scientific enterprise, with reference to Gil-Perez and colleagues
(2001). This analysis can be useful to substantiate activities about nature of
science in teaching, especially in teacher training contexts.
Despite the difficulty of precisely describing the nature of science, there is a widespread agreement concerning the necessity of incorporating into curricula some notions about how the scientific activity works. Studying the history of... more
Despite the difficulty of precisely describing the nature of science, there is a widespread agreement concerning the necessity of incorporating into curricula some notions about how the scientific activity works. Studying the history of conceptual development and the process of acceptance of scientific ideas by the scientific community may help teachers to incorporate notions of nature of science in their classes. The present paper analyses the development and acceptance process of Newtonian optics during the eighteenth century in Europe, and emphasizes some aspects of nature of science that can be learned by the study of this historical episode.
It is not rare to find mentions to Isaac Newton’s ideas in sources and material devoted to Physics teaching and dissemination to a broader public. Some of these texts and internet websites suggest that Newton had anticipated light dual... more
It is not rare to find mentions to Isaac Newton’s ideas in sources and material devoted to Physics teaching and
dissemination to a broader public. Some of these texts and internet websites suggest that Newton had anticipated light
dual behavior in his optical studies. The main evidences for this sort of affirmation rely on the fact he assumed a
corpuscular model for light and used it to explain optical phenomena with periodic properties. These historical
accounts use Newton’s discussion on colored rings in thin films and his concept of “fits of easy reflection and easy
transmission” of light published in his book Opticks. The present paper brings a historical study based on examination
of Opticks and other Newton’s works on optics. The analysis of primary and secondary sources shows that Newton
was refractory to any possibility of an undulatory model for light. Moreover, it indicates that “fits” were not a
foresight of wave-particle duality. This paper intends to show, among other things, that we must regard the context in
which ideas of past scientists were developed and avoid considering them as anticipations of currently accepted
concepts.
Neste livro, o leitor encontrará uma seleção de trabalhos apresentados na 4ª Conferência Latino-Americana do International History, Philosophy and Science Teaching Group (IHPST).
Neste livro, estão reunidos diversos ensaios englobando temas da história das ciências, epistemologia, gênero e arte. Voltados para a formação de professores, os ensaios buscam oferecer subsídios não apenas para o aprimoramento... more
Neste livro, estão reunidos diversos ensaios englobando temas da história das ciências, epistemologia, gênero e arte. Voltados para a formação de professores, os ensaios buscam oferecer subsídios não apenas para o aprimoramento intelectual dos leitores, como também para fomentar novas iniciativas em situações de sala de aula.
Neste livro, são apresentadas traduções de sete textos escritos por Benjamin Franklin (1706-1790) sobre a eletricidade e a luz, publicados em seu Experiments and observations on electricity (1751). Os textos compreendem cartas enviadas... more
Neste livro, são apresentadas traduções de sete textos escritos por Benjamin Franklin (1706-1790) sobre a eletricidade e a luz, publicados em seu Experiments and observations on electricity (1751). Os textos compreendem cartas enviadas por Franklin a correspondentes europeus e estadunidenses entre 1747 e 1752, além de dois ensaios redigidos em 1750 e 1788. Em três deles, foram acrescidas figuras originais, elaboradas especialmente para o livro, a fim de esclarecer algumas descrições experimentais de Franklin. Nesses materiais, é possível encontrar suas principais ideias sobre a eletricidade e a luz, tais como: o poder das pontas, a eletrização positiva e negativa, o conceito de para-raios, o experimento da pipa, a concepção da luz como uma vibração, dentre outras. É a primeira vez que textos de Franklin são traduzidos para o português. Considerando a importância do autor para a filosofia natural do século XVIII, o livro apresenta-se como um caminho para que a extensão de sua obra científica seja conhecida e discutida, tanto por historiadores quanto educadores brasileiros e demais leitores de língua portuguesa. As traduções são precedidas de dois capítulos introdutórios, em que são abordados os estudos em eletricidade e luz na época, a fim de contextualizar o leitor acerca do estado da filosofia natural quando Franklin desenvolveu seus próprios estudos. Fundamentado na historiografia moderna sobre o célebre personagem estadunidense e a filosofia natural setecentista, o livro é resultado de quatro anos de pesquisas com as fontes primárias do autor e busca contribuir para uma leitura mais crítica de episódios da história da ciência.
APRESENTAÇÃO Propostas para a utilização da História e da Filosofia da Ciência (HFC) no Ensino de Ciências (EC) fazem parte das pesquisas em Ensino de Ciências há, pelo menos, cinquenta anos. Desde então, diferentes perspectivas têm sido... more
APRESENTAÇÃO
Propostas para a utilização da História e da Filosofia da Ciência (HFC) no Ensino de Ciências (EC) fazem parte das pesquisas em Ensino de Ciências há, pelo menos, cinquenta anos. Desde então, diferentes perspectivas têm sido dadas a esta utilização. Até mesmo a natureza desta “utilização” tem sido diferente. Em alguns casos, a HFC é uma estratégia didática, em outros, um material didático, uma abordagem ou apenas uma introdução ao assunto. Tantos sentidos e significados trazem em comum o quão importante é aproximar a reflexão que se faz nas ditas “ciências humanas” como a história e a filosofia, das “ciências naturais e exatas”, como a física, a química e a biologia.
Ao investigar origens históricas e filosóficas de conteúdos científicos, fica claro que a separação entre “ciências humanas” e “ciências naturais e exatas” não faz sentido. As ciências são, sem distinção, fruto da análise e interpretação do homem sobre fenômenos. Onde tais fenômenos ocorrem, seja na natureza ou em meio à sociedade, implica apenas numa divisão analítica e pragmática, que não encontra ressonância no mundo real, ou seja, não há, efetivamente, qualquer separação, embora convencionalmente se acredite em tal conceito. Mas ao final, o que leva à compreensão do fenômeno é nossa capacidade de analisá-lo amplamente, considerando diferentes olhares, referenciais téoricos, interpretações e influências.
É por esse viés plural e dinâmico que o presente livro pretende apresentar novos elementos para a pesquisa em História e Filosofia da Ciência no Ensino de Ciências. Os capítulos que o compõem correspondem a um conjunto de conferências apresentadas durante dois eventos realizados em 2018, no Brasil: a 11th
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International Conference on History of Science and Science Education (ICHSSE) e a 4ª Conferência Latino-Americana do International History, Philosophy and Science Teaching Group(IHPST-LA). São trabalhos selecionados especialmente por apresentarem novas reflexões quanto ao papel da HFC no Ensino de Ciências a partir de perspectivas mais amplas, avançando ideias já bastante consolidadas entre os pesquisadores nesses campos do conhecimento.
Baseados em trabalhos de longa data de experts no assunto, os capítulos trazem novas questões filosóficas sobre os modelos e narrativas das ciências; os pressupostos culturais dos experimentos e teorias científicas e sua relação com o ensino e, de maneira inversa, como teorias e pressupostos científicos estão presentes na cultura e na divulgação de conhecimentos.
Roberto de Andrade Martins, no estudo de caso sobre Lavoisier e a conservação das massas, deixa claro que aspectos apriorísticos guiam os trabalhos experimentais. Ou seja, a adoção da atividade empírica como neutra na obtenção de verdades sobre a natureza é questionável. É o que discute também Ana Paula Bispo da Silva ao tratar do experimento de Thomas Johann Seebeck sobre o termomagnetismo. Além de ter sido influenciado por pressupostos filosóficos, como a Naturphilosophie, os estudos experimentais de Seebeck não deixam explícitas informações referentes a conhecimentos técnicos necessários para que os resultados obtidos sejam aqueles esperados pelo experimentador.
Nem mesmo o início da ciência moderna está isento de uma discussão quanto à exatidão de resultados. É o que discute Pierre Boulos, em outro estudo de caso que mostra como até mesmo Isaac Newton teve suas “verdades” sobre o movimento dos planetas questionadas por Euler. José Otávio Baldinato e Paulo Alves Porto também analisam um estudo de caso em que a ciência é influenciada por outros conhecimentos, nesse caso a teologia. Ao investigar os trabalhos de William Prout, Baldinato e Porto destacam como fenômenos químicos foram explicados a partir
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de pressupostos teológicos em pleno século 19, quando a análise quantitativa e a precisão experimental pretendiam atribuir uma racionalidade máxima à ciência. Com um foco mais voltado a discutir questões de natureza da ciência em situações de ensino, o capítulo de Douglas Allchin nos mostra como estudos de caso envolvendo dois cientistas brasileiros – Vital Brazil e Carlos Chagas – podem oferecer subsídios muito relevantes para mostrar como aspectos da ciência nacional também têm potencial para discutir a construção do conhecimento científico.
Os relatos de experiências e vivências em sala de aula também mostram a diversidade da relação entre História e Filosofia da Ciência e o Ensino de Ciências. Andreia Guerra descreve como a história cultural da ciência tem sido um aporte historiográfico para as pesquisas e propostas de seu grupo de pesquisa, o Núcleo de Investigação em Ensino, História da Ciência e Cultura (NIEHCC). Por sua vez, Thais Cyrino de Mello Forato apresenta suas experiências com abordagens históricas em diferentes disciplinas em um curso de formação de professores, fazendo um retrospecto das atividades desenvolvidas com licenciandos desde 2011. Elizabeth Cavicchi relata como um conjunto de atividades ligadas à história da astronomia instigou a curiosidade de alunos no prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT). No texto de Katya Braghini fica explícito como a prática experimental, analisada a partir do acervo de objetos de um gabinete de física de uma escola, está associada a uma visão de ciência e de educação científica. Por fim, Breno Arsioli Moura descreve como sua experiência como professor de disciplinas de história da ciência o levou a construir a proposta de leitura contextualizada (LC), a fim de facilitar o trabalho com fontes primárias em situações de ensino. Nos diferentes cursos e espaços discutidos por esses autores, a discussão de aspectos históricos e do contexto científico permitiu que os participantes assumissem uma postura mais crítica quanto ao caráter neutro, racional e verdadeiro da ciência.
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O livro se encerra com uma importante reflexão de André L. de O. Mendonça e Antonio A.P. Videira acerca da relação entre História, Filosofia e Sociologia da Ciência. Para esses autores, não há mais sentido em distinguir tais “ciências”. Tanto as naturais quanto as humanas correspondem a uma categorização a posteriori. Em tempos em que a reflexão e a análise crítica devem se destacar em relação a conhecimentos prontos, o presente livro amplia a discussão sobre a efetiva utilização da História e da Filosofia da Ciência no Ensino de Ciências e busca fomentar a criação de novas estratégias, discussões e questões nessa que tem se tornado uma das mais profícuas áreas de pesquisa em Educação e Ensino no mundo. Esperamos que a leitura seja produtiva e que, a partir das reflexões aqui colocadas, novos rumos possam ser traçados na complexa, mas frutífera, relação entre essas diferentes áreas do conhecimento.
Os organizadores agradecem o suporte intelectual do International History, Philosophy and ScienceTeaching Group (IHPST), Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), Sociedade Brasileira de Física (SBF), Inter-Divisional Teaching Comission (IDTC-IUHPST) e o suporte financeiro da Sicredi-Creduni, Universidade Estadual da Paraíba, Universidade Federal do ABC, Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esses suportes foram essenciais para a realização dos eventos e, consequentemente, para a organização deste livro.
Ana Paula Bispo da Silva
Breno Arsioli Moura
Review do livro "The Newton Papers", de Sarah Dry.