- Universidade Federal do Espirito Santo, Direito, Undergraduateadd
- Criminología Crítica, Política De Drogas, Criminology (Social Sciences), Criminology, Feminist criminology, Latin American Drug Policy, and 17 moreFeminism, Criminal Law, Feminismo, Feminismo Negro, Bell Hooks, Pós-Colonialidade E Descolonialidade, Decolonial Feminism, Feminismo Decolonial, Estudos Culturais, América Latina, Feminismo Latinoamericano, Feminist Epistemology, Encarceramento Feminino, Prisão, Escravidão, Subaltern Studies, and Pensamiento decolonialedit
- Interesse em Direito e Sociologia, com ênfase em Criminologias, Estudos étnico-raciais, Gênero e Teorias Decoloniais.edit
Resumo O presente trabalho se constitui como uma revisão bibliográfica que objetiva refletir a necessária articulação dos estudos feministas, raciais e decoloniais para a constante (re)construção de uma epistemologia criminológica que... more
Resumo O presente trabalho se constitui como uma revisão bibliográfica que objetiva refletir a necessária articulação dos estudos feministas, raciais e decoloniais para a constante (re)construção de uma epistemologia criminológica que busca a compreensão da realidade social brasileira. O pensamento criminológico dominante, bem como a maioria dos outros campos do saber, se demonstra como uma ciência orientada por noções masculinas, de branquidade e eurocêntricas. Dessa forma, buscamos suscitar: i) a assimilação dos discursos positivistas e racistas na criminologia brasileira; ii) as contribuições e impactos das teorias feministas, raciais e decoloniais nas estruturações metodológicas e epistemológicas nesse campo; e iii) aludir as necessárias imbricações das categorias raça, gênero, classe e localização geopolítica interconectadas com a modernidade e a colonialidade. As reflexões expostas neste trabalho permitiram constatar como tais teorias auxiliam a reexaminar premissas e conceitos, bem como a partir da empiria revisitar as teorias até então produzidas, ampliando as percepções da questão criminal. Palavras-chaves: epistemologias, criminologia crítica, criminologias feministas, racismo, decolonialidade. Considerações Iniciais Investigações científicas advém de inquietações que lhes antecedem. O presente trabalho nasce de uma delas: a verificação do quanto o saber criminológico ainda é tão engendrado em concepções androcêntricas, racistas e colonialistas.
Research Interests: Epistemologias Descoloniais, Prisão, Criminología Crítica, Colonialidade do Saber, Epistemologías del Sur, and 7 moreDecolonialidade, Pós-Colonialidade E Descolonialidade, Epistemologías Críticas, Criminologia Crítica, Criminologia Crítica Feminista, Encarceramento Feminino, and Encarceramento em massa
O presente trabalho é fruto de uma pesquisa científica que está em andamento, na qual se busca elaborar o perfil das assistidas do Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, compreendendo as consequências... more
O presente trabalho é fruto de uma pesquisa científica que está em andamento, na qual se
busca elaborar o perfil das assistidas do Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública
do Estado do Espírito Santo, compreendendo as consequências da prisão e da própria
execução da pena na vida das familiares. Objetiva-se, com isso, dar subsídio às políticas
públicas no atendimento desse público, seja pela instituição da Defensoria, sejam pelas
demais instituições da área de segurança pública.
Ora, se a maioria das assistidas no Núcleo são mulheres – constatação assimilada no
atendimento das familiares dos apenados em regime fechado e semiaberto da Grande
Vitória, e futuramente melhor constatada com a análise de dados – urge analisar em que
medida o fator gênero é compatível com essa indagação.
Diferente da pretensão do princípio da intranscendência da pena, consagrada no direito
pátrio, o núcleo familiar, é atingido de maneira peculiar, sobretudo as mulheres negras e
pobres. A rejeição e exclusão social do “inimigo” se estendem às famílias dos presos, na
qual os estereótipos se voltam como uma extensão do estigma cerca o preso. A sociedade
os vê de forma fundida: a mãe de presidiário ou a mulher de bandido.
Porém, para o desenvolvimento dessas críticas, nasce a necessidade de se aprofundar nos
marcos teóricos das categorias que auxiliam sua compreensão.
Assim, propõe-se trabalhar uma revisão bibliográfica para o estudo das categorias de
estigmatização, com base em Erving Goffman e Howard Saul Becker, através da sociologia
do conflito, bem como das expressões de preconceito e de racismo, conforme os estudos de
Luciano Góes, Marcus Eugênio Oliveira Lima e Jorge Vala. Nessa contribuição, valer-se-á
também do pensamento das autoras Heleieth Saffioti e Mirla Cisne, para compreender o
quanto à pena ultrapassa o apenado e atinge de maneira diferenciada as mulheres,
constituindo-se numa expressão da violência baseada no gênero.
busca elaborar o perfil das assistidas do Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública
do Estado do Espírito Santo, compreendendo as consequências da prisão e da própria
execução da pena na vida das familiares. Objetiva-se, com isso, dar subsídio às políticas
públicas no atendimento desse público, seja pela instituição da Defensoria, sejam pelas
demais instituições da área de segurança pública.
Ora, se a maioria das assistidas no Núcleo são mulheres – constatação assimilada no
atendimento das familiares dos apenados em regime fechado e semiaberto da Grande
Vitória, e futuramente melhor constatada com a análise de dados – urge analisar em que
medida o fator gênero é compatível com essa indagação.
Diferente da pretensão do princípio da intranscendência da pena, consagrada no direito
pátrio, o núcleo familiar, é atingido de maneira peculiar, sobretudo as mulheres negras e
pobres. A rejeição e exclusão social do “inimigo” se estendem às famílias dos presos, na
qual os estereótipos se voltam como uma extensão do estigma cerca o preso. A sociedade
os vê de forma fundida: a mãe de presidiário ou a mulher de bandido.
Porém, para o desenvolvimento dessas críticas, nasce a necessidade de se aprofundar nos
marcos teóricos das categorias que auxiliam sua compreensão.
Assim, propõe-se trabalhar uma revisão bibliográfica para o estudo das categorias de
estigmatização, com base em Erving Goffman e Howard Saul Becker, através da sociologia
do conflito, bem como das expressões de preconceito e de racismo, conforme os estudos de
Luciano Góes, Marcus Eugênio Oliveira Lima e Jorge Vala. Nessa contribuição, valer-se-á
também do pensamento das autoras Heleieth Saffioti e Mirla Cisne, para compreender o
quanto à pena ultrapassa o apenado e atinge de maneira diferenciada as mulheres,
constituindo-se numa expressão da violência baseada no gênero.