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RESUMO: O presente artigo tem como objetivo delinear as perspectivas hermenêuticas e tra-dutórias adotadas para uma tradução rítmica e poética da Teogonia de Hesíodo. Ao final, apre-sentaremos alguns trechos do trabalho de tradução a fim... more
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo delinear as perspectivas hermenêuticas e tra-dutórias adotadas para uma tradução rítmica e poética da Teogonia de Hesíodo. Ao final, apre-sentaremos alguns trechos do trabalho de tradução a fim de ilustrar a teoria que buscaremos expor aqui. PALAVRAS-CHAVE: Hesíodo, Teogonia, tradução poética, tradução rítmica, estudos de tra-dução. ABSTRACT: This paper aims to line out the hermeneutic and translation pespectives used in our rhythmic and poetic translation of Hesiod's Theogony. By the end of the text, we will present a few excerpts of the translation in order to illustrate what will be exposed here theory-wise. Este artigo é fruto do trabalho de Iniciação Científica desenvolvido junto ao Departa-mento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul entre agosto de 2017 e julho de 2018. Durante esse período, foi realizada uma tradução integral, com viés rítmico e poético, da Teogonia de Hesíodo. Aqui, apresentaremos as perspectivas herme-nêuticas e tradutórias que adotamos para empreender esse trabalho, para, em seguida, ilustrá-las com trechos da tradução. Do ponto de vista hermenêutico, seguimos Steiner na concepção de que "entender é traduzir" 3. Ou seja: existe um primeiro trabalho de tradução envolvido na própria leitura exe-cutada pelo tradutor ao tentar compreender o texto a ser traduzido. Por conta disso, cremos que é imperioso se pensar também em que tipo de lentes estamos usando para enxergar um texto, já que o sentido de uma obra de arte não é dado como pronto e imutável, mas construído e recons-truído dialeticamente a cada releitura.
This paper carries out a survey on the musical translation of ancient poetry, as well as its developments toward other areas. After a brief overview of the reasons and relevance of putting ancient poetry into music in translation, we will... more
This paper carries out a survey on the musical translation of ancient poetry,
as well as its developments toward other areas. After a brief overview of
the reasons and relevance of putting ancient poetry into music in translation, we will map it through three elements: an initial attempt at USP; the
production carried out in contact between UFRGS and UFPR; and the current moment of convergence and exchanges at Casa Guilherme de Almeida, and around the person of Marcelo Tápia and the annual event
“Translation of the Classics in Brazil”, hosted by the institution.
Antologias da "Antologia Grega".
Para esta antologia mínima, são apresentados 10 dos poemas favoritos dos tradutores, selecionados a partir dos mais famosos de Byron (desconsiderando-se os épicos). As traduções são todas métricas, procurando emular o desenho rítmico do... more
Para esta antologia mínima, são apresentados 10 dos poemas favoritos dos tradutores,
selecionados a partir dos mais famosos de Byron (desconsiderando-se os épicos). As traduções são
todas métricas, procurando emular o desenho rítmico do texto de partida, mas frequentemente
adotando versos um pouco mais longos. Foram mantidos os padrões de rimas e o número de
versos dos textos de partida. Toda a obra de Lord Byron está em domínio público.
Apresentarei três exemplos dos trabalhos que venho desenvolvendo em frentes diferentes, mas correlatas: uma tradução poética da Ilíada usando decassílabos duplos; um coro do Édipo Tirano, traduzido a partir de uma abordagem de recriação... more
Apresentarei três exemplos dos trabalhos que venho desenvolvendo em frentes diferentes, mas correlatas: uma tradução poética da Ilíada usando decassílabos duplos; um coro do Édipo Tirano, traduzido a partir de uma abordagem de recriação radical; e um poema próprio, inspirado no conflito entre Aquiles e Agamêmnon, poema esse que irá compor o épico Miríade, que estou criando. ABSTRACT: I will present three examples of the works that I have been developing on different, but correlated, front lines: a poetic translation of the Iliad using double "decassílabos"; a chorus from Oedipus Tyrannus, translated through radical recreation; and a poem of my own, inspired on the conflict between Achilles and Agamemnon, a poem that will be part of the Myriad, an epic that I am creating. Aproveitando o tema proposto, tradução e também recepção dos clássicos via produção poética própria, apresentarei três exemplos dos trabalhos que venho desenvolvendo em frentes diferentes, mas correlatas. Em primeiro lugar, trago um exemplo do meu projeto mais recente: uma tradução da Ilíada em decassílabos duplos. A proposta do projeto é bastante simples: produzir uma nova tradução da Ilíada, que fique num entrelugar (a meu ver ainda não ocupado) situado a meia distância das excelentes traduções que já temos: de um lado, as poéticas; de outro lado, as prosaicas. Os dois lados têm contribuições excelentes para a recepção do texto homérico, entrelaçando-se numa teia de possibilidades de leituras e de experiências estéticas da épica antiga. Porém, parece-me que há esse entrelugar, ainda não preenchido, para uma tradução com preocupações estéticas (à semelhança das traduções poéticas) e que seja ao mesmo tempo clara e legível (como as traduções prosaicas). Essa é minha motivação para trazer à público mais uma tradução de uma obra já tão traduzida. O método escolhido, como já mencionado, é o de traduzir cada hexâmetro dactílico de Homero por dois decassílabos vernáculos. Antes de chegar a essa solução, 1 Disponível em: http://www.casaguilhermedealmeida.org.br/revista-reproducao/ver-noticia.php?id=100.
Research Interests:
In this paper, I present a series of structurally complex poems
by Anacreon. Most of them are comprised of lines with some meter-related
difficulty, for which I offer commentaries and translation proposals.
Research Interests:
In this article, I present all elegiac fragments from Anacreon of Teos in an annotated translation. This translation attempts to recreate, to some degree, the rhythm from the greek elegiac couplet.
Resumo: Neste texto, trato das temáticas encontradas nos poemas que compõem o corpus das Anacreônticas, apresentando a discussão à luz dos poemas originais acompanhados de traduções próprias, de viés poético. Abstract: In this article he... more
Resumo: Neste texto, trato das temáticas encontradas nos poemas que compõem o corpus das Anacreônticas, apresentando a discussão à luz dos poemas originais acompanhados de traduções próprias, de viés poético. Abstract: In this article he themes found in the poems that comprise the corpus of the Anacreontea are analyzed by referring to the original poems and my own poetic translations.
Research Interests:
Tradução com notas dos "Fenômenos" de Arato [Translation with notes of Aratus' "Phaenomena"].
Resumo. A imagem que temos dos poetas gregos está intimamente ligada às histórias atribuídas a eles e às leituras que os antigos fizeram de sua poesia. A fim de delinear minimamente a imagem de Anacreonte, apresento uma tradução poética... more
Resumo. A imagem que temos dos poetas gregos está intimamente ligada às histórias atribuídas a eles e às leituras que os antigos fizeram de sua poesia. A fim de delinear minimamente a imagem de Anacreonte, apresento uma tradução poética das chama-das Anacreônticas, uma coletânea de poemas à moda de (ou em homenagem a) Ana-creonte, introduzidas por uma pequena seleção de poemas a respeito do poeta de Teos. Ainda que provavelmente sejam mais fruto de lenda do que de um relato fiel a respeito da vida e da pessoa do poeta, esses poemas são valiosos para vislumbrarmos o que poderia ser a ideia que se tinha de Anacreonte na antiguidade.
Research Interests:
Research Interests:
In this paper I analyze the the poem 23 of the Anacreontea, providing a few considerations regarding the original poem and Byron's translational choices. Lastly, I further present my own translation, in Portuguese, to Byron's translation,... more
In this paper I analyze the the poem 23 of the Anacreontea, providing a few considerations regarding the original poem and Byron's translational choices. Lastly, I further present my own translation, in Portuguese, to Byron's translation, commenting on the challenge of translating the translation of a text that was, in its own, already shaped after an earlier poet, Anacreon.
Research Interests:
Uma tradução poética de 26 Hinos Homéricos, seguindo a solução de Carlos Alberto Nunes para reproduzir o ritmo do hexâmetro dactílicos grego em língua portuguesa.
Research Interests:
This paper presents the commented translation, in brazilian Portuguese, of three sonnets (XVII, XVIII and XXIX) by William Shakespeare, indicating a few difficulties in the translational task and the way that they were faced while... more
This paper presents the commented translation, in brazilian Portuguese, of
three sonnets (XVII, XVIII and XXIX) by William Shakespeare, indicating a few
difficulties in the translational task and the way that they were faced while striving for a
transposition similar in shape and meaning, albeit allowing itself a few liberties
Research Interests:
Since Antiquity Sappho’s lyric poetry has been admired as among the most beautiful examples of the genre. Nowadays we face many obstacles to the appreciation of them: the Greek language to begin with (with all the references that to us... more
Since Antiquity Sappho’s lyric poetry has been admired as among the most beautiful examples of the genre. Nowadays we face many obstacles to the appreciation of them: the Greek language to begin with (with all the references
that to us may be strange or unknown), the fragmentary state of the poems, the loss of their accompanying music etc. In the translations here presented, I try to bridge the gap between us and the lyricism we find in the poems by using poetical solutions in the translation so as to recreate the poetry.
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In this paper I present several poetic translations and recreations of Sappho's fragment 31 (from Catullus' version to my own recreation of Byron's recreation of the poems of Sappho and Catullus) with an intent to analyze both the... more
In this paper I present several poetic translations and recreations of Sappho's fragment 31 (from Catullus' version to my own recreation of Byron's recreation of the poems of Sappho and Catullus) with an intent to analyze both the practical result of the various stances on meter as well as the extension of freedom the translator may enjoy in his task and the possibility of dialogue between different translations and the original text.
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Vivemos, no Brasil de hoje, um momento curioso em que todos, de repente, resolveram politizar-se. Até pouco tempo atrás, vigorava um senso comum de que não valeria a pena discutir a respeito de política, porque, afinal de contas,... more
Vivemos, no Brasil de hoje, um momento curioso em que todos, de repente, resolveram politizar-se. Até pouco tempo atrás, vigorava um senso comum de que não valeria a pena discutir a respeito de política, porque, afinal de contas, políticos são todos corruptos. Opinião política era considerada uma coisa tão pessoal, que não era de bom tom perguntar a respeito disso a ninguém, assim como não se perguntaria quanto uma pessoa ganha ou qual seria a sua fé (ou ao menos assim ditavam os bons costumes). Agora, em especial no que concerne à política, já não me parece que as coisas são assim. Um maior acesso a informação (de todos os tipos e procedências), aliado à abertura de um novo canal de diálogo nas redes sociais, tem feito com que as pessoas passem mais frequentemente a dar voz às suas opiniões, entrando, por isso mesmo, muitas vezes em confronto com conhecidos e familiares. Nisso, há um agravante: justamente por não termos prática de debater a respeito de política, há uma enorme confusão de conceitos dentro do que hoje constitui o diálogo político médio no Brasil, o que em nada ajuda a mitigar a situação de confronto. Essa confusão de conceitos – creio eu – não é acidental. Ela não é apenas fruto do estado precário da educação em nosso país, mas, sim, advém de um esforço consciente, das várias partes envolvidas, para desinformar as pessoas. Que esse esforço exista em não apenas um lado do embate político, não é algo que eu ignore. Se é maior de um lado ou de outro, não cabe a mim julgar. Entretanto, é notório que tenha havido, recentemente, um crescimento no número de pessoas que se identificam como de direita (sabendo bem o que é isso ou não). Esse crescimento tem ocorrido não sem um enorme esforço de desinformar muitas dessas mesmas pessoas a respeito do que é ser de esquerda (e, por extensão, também a respeito do que é ser de direita). Por conta disso, vejo-me, mais frequentemente do que gostaria, na triste necessidade de não apenas ter de explicar meus pontos de vista, mas também de tentar – muitas vezes em vão – desfazer confusões conceituais e preconceitos que meus interlocutores trazem a partir de sua exposição à hiperinformação. É em vista dessa necessidade que eu me ponho a escrever este texto, esperando que ele possa informar, de alguma maneira e em algum grau, o que é ser de esquerda, o que é ser de direita e o que é ser de centro. Reitero o caráter pessoal deste texto por um motivo simples: não há uma única acepção 1 Publicado no Jornal Já em 06/07/2016. Disponível em: http://www.jornalja.com.br/esquerda-direita-ou-centro/.
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All extant fragments of Anacreon (and all poems of the Anacreontea) translated into portuguese, with an introduction and comments.
The Iliad translated into Portuguese using two decassílabos (the portuguese equivalent of the iambic pentameter) to parse each homeric line.
Antologias da "Antologia Grega".
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Organizadores: Rafael Brunhara e C.Leonardo B. Antunes. Artigos de André Malta, Christian Werner, Paula da Cunha Corrêa, Giuliana Ragusa, Pedro Ipiranga Jr., José Marcos Macedo, Alexandre P. Hasegawa, Fernando Rodrigues Jr., Carlos... more
Organizadores: Rafael Brunhara e C.Leonardo B. Antunes. Artigos de André Malta, Christian Werner, Paula da Cunha Corrêa, Giuliana Ragusa, Pedro Ipiranga Jr., José Marcos Macedo, Alexandre P. Hasegawa, Fernando Rodrigues Jr., Carlos Alberto Martins de Jesus, Flávia Vasconcellos Amaral, Paulo Martins, Roberto Arruda de Oliveira, Leni Ribeiro Leite, Camila Ferreira Paulino da Silva, João Angelo Oliva Neto e Jaa Torrano.
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Entrevista para o site "Como eu escrevo".
Entrevista concedida a Mário Coutinho para a revista Homo Literatus.
Neste número 13 da Translatio, temos a satisfação de entrevistar o poeta, músico, crítico, letrista e ensaísta Ronald Augusto, nascido em Rio Grande em 1961 e autor de uma extensa e longeva obra criativa que abarca desde o mais... more
Neste número 13 da Translatio, temos a satisfação de entrevistar o poeta, músico, crítico, letrista e ensaísta Ronald Augusto, nascido em Rio Grande em 1961 e autor de uma extensa e longeva obra criativa que abarca desde o mais experimental das poesias concreta e marginal ao rigor da forma fixa. Organizou, em edição crítica, a Obra Reunida de Oliveira Silveira (2012). Seus ensaios foram reunidos recentemente no livro Decupagens assim (2012). No mesmo ano, sua produção poética, até aquele momento, foi reunida em Cair de costas (2012). Além de escrever letras para diversos artistas, entre eles Marcelo Delacroix e Simone Rasslan, mantém um longo trabalho com a banda Os poETs junto dos poetas-músicos Alexandre Brito e Ricardo Silvestrin. C. Leonardo B. Antunes (LA): Antes de mais nada, Ronald, gostaria de dizer que é uma honra, uma alegria e um privilégio poder entrevistá-lo para esta edição especial da Translatio: uma honra porque você é, para mim e para muitos, o maior poeta gaúcho da atualidade e certamente um dos nomes mais importantes da poesia brasileira; uma alegria porque você é tão grande poeta quanto amigo; e um privilégio porque, nesse ínterim, acabei eu próprio me tornando tradutor seu ao traduzir três poemas d'À Ipásia que o espera, seu belíssimo e mais recente livro, que possui uma comunicabilidade incomum em relação ao restante de sua obra, em especial aos poemas mais antigos.
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