Ángel Crespo
4 Followers
Recent papers in Ángel Crespo
Title: Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa Contributors: Vizcaíno, Fernanda (author) | Pizarro, Jerónimo (author) Doi: 10.7301/Z0DR2T1H | https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H Date Issued: Spring 2018... more
Title: Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa
Contributors: Vizcaíno, Fernanda (author) | Pizarro, Jerónimo (author)
Doi: 10.7301/Z0DR2T1H | https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
Date Issued: Spring 2018
www.pessoaplural.com
Vizcaíno, Fernanda, and Pizarro, Jerónimo, "Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa" (2018). Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
Resumo: Alberto de Serpa foi um extraordinário colecionador. Ao longo da vida juntou um considerável espólio, um «arquivo pessoal», como lhe chamou, entre cartas recebidas e cartas de terceiros, manuscritos raros, fotografias, provas tipográficas e muitos outros documentos. À guarda da Biblioteca Pública Municipal do Porto ficou grande parte do seu espólio, contabilizando cerca de 5884 documentos, adquiridos em leilão no ano de 1988. Entre os milhares de documentos contam-se onze autógrafos de Fernando Pessoa, além de um breve recorte assinado por Álvaro de Campos, enviado por António Botto a Serpa como um gesto de amizade. Pretendemos descrever este pequeno núcleo de documentos pessoanos que Alberto de Serpa «deixou ficar» no seu imenso espólio. A partir do testemunho de cartas de vários contemporâneos como Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, entre outros, percebe-se o interesse de Alberto de Serpa em adquirir autógrafos de Fernando Pessoa antes mesmo de a obra do poeta lisboeta começar a ser publicada. Muitas outras cartas de tantos outros correspondentes fazem referência a Pessoa, revelando pormenores interessantes sobre o Poeta.
Abstract: Alberto de Serpa was an extraordinary collector. During his lifetime he put together a considerable estate, a “personal archive” as he called it, made of letters, rare manuscripts, photographs, typographical proofs and many other documents. The Municipal Public Library of Oporto (Biblioteca Pública Municipal do Porto) keeps some 5884 documents of his archive, which were acquired in a 1988 auction. Among the thousands of documents one may find eleven autographs of Fernando Pessoa, besides an extra paper cutting signed by Álvaro de Campos, sent by António Botto to Serpa as a token of friendship. We intend to describe these few documents that Serpa “simply left there” in his great archive. Considering several letters written by several contemporaries, such as Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, among others, it becomes evident that Serpa was interested in acquiring autographs of Fernando Pessoa even before the work of the famous Lisbon poet started to be published. Many other letters still, from other correspondents, mention Pessoa and reveal curious details about the Poet.
Keywords: Letters | Cartas, Correspondence | Correspondência, Manuscripts, Personal archives, Orpheu 3,
Extent: pp. 237-347
Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa studies
Issue 13, Spring 2018
[Doi: 10.7301/Z0HH6HMF]
[Abstract]
Pessoa Plural celebrates the birth, 130 years ago, of Fernando Pessoa — on June 13th, 1888 — by presenting 13 pieces and thus extending the 5000+ pages we already dedicated to Fernando Pessoa. This issue, the 13th of Pessoa Plural, opens with the triple poem of the "santos lisboetas de Junho" (the "June Lisboner saints") as Pessoa calls them, after crossing out the first version "santos populares" ("popular saints"), presented by José Barreto. This "13" in part extends issue 12 (published in December 2017 and dedicated to architect Fernando Távora), but now summons the estate of Alberto Serpa, another great collector from the North of Portugal. Among many other pieces, this issue also presents a dossier of Pessoa’s writings on detective literature and an essay on Pessoa and Walter Benjamin. We include five reviews as well, covering recent books and exhibits.
Contributors: Vizcaíno, Fernanda (author) | Pizarro, Jerónimo (author)
Doi: 10.7301/Z0DR2T1H | https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
Date Issued: Spring 2018
www.pessoaplural.com
Vizcaíno, Fernanda, and Pizarro, Jerónimo, "Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa" (2018). Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
Resumo: Alberto de Serpa foi um extraordinário colecionador. Ao longo da vida juntou um considerável espólio, um «arquivo pessoal», como lhe chamou, entre cartas recebidas e cartas de terceiros, manuscritos raros, fotografias, provas tipográficas e muitos outros documentos. À guarda da Biblioteca Pública Municipal do Porto ficou grande parte do seu espólio, contabilizando cerca de 5884 documentos, adquiridos em leilão no ano de 1988. Entre os milhares de documentos contam-se onze autógrafos de Fernando Pessoa, além de um breve recorte assinado por Álvaro de Campos, enviado por António Botto a Serpa como um gesto de amizade. Pretendemos descrever este pequeno núcleo de documentos pessoanos que Alberto de Serpa «deixou ficar» no seu imenso espólio. A partir do testemunho de cartas de vários contemporâneos como Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, entre outros, percebe-se o interesse de Alberto de Serpa em adquirir autógrafos de Fernando Pessoa antes mesmo de a obra do poeta lisboeta começar a ser publicada. Muitas outras cartas de tantos outros correspondentes fazem referência a Pessoa, revelando pormenores interessantes sobre o Poeta.
Abstract: Alberto de Serpa was an extraordinary collector. During his lifetime he put together a considerable estate, a “personal archive” as he called it, made of letters, rare manuscripts, photographs, typographical proofs and many other documents. The Municipal Public Library of Oporto (Biblioteca Pública Municipal do Porto) keeps some 5884 documents of his archive, which were acquired in a 1988 auction. Among the thousands of documents one may find eleven autographs of Fernando Pessoa, besides an extra paper cutting signed by Álvaro de Campos, sent by António Botto to Serpa as a token of friendship. We intend to describe these few documents that Serpa “simply left there” in his great archive. Considering several letters written by several contemporaries, such as Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, among others, it becomes evident that Serpa was interested in acquiring autographs of Fernando Pessoa even before the work of the famous Lisbon poet started to be published. Many other letters still, from other correspondents, mention Pessoa and reveal curious details about the Poet.
Keywords: Letters | Cartas, Correspondence | Correspondência, Manuscripts, Personal archives, Orpheu 3,
Extent: pp. 237-347
Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa studies
Issue 13, Spring 2018
[Doi: 10.7301/Z0HH6HMF]
[Abstract]
Pessoa Plural celebrates the birth, 130 years ago, of Fernando Pessoa — on June 13th, 1888 — by presenting 13 pieces and thus extending the 5000+ pages we already dedicated to Fernando Pessoa. This issue, the 13th of Pessoa Plural, opens with the triple poem of the "santos lisboetas de Junho" (the "June Lisboner saints") as Pessoa calls them, after crossing out the first version "santos populares" ("popular saints"), presented by José Barreto. This "13" in part extends issue 12 (published in December 2017 and dedicated to architect Fernando Távora), but now summons the estate of Alberto Serpa, another great collector from the North of Portugal. Among many other pieces, this issue also presents a dossier of Pessoa’s writings on detective literature and an essay on Pessoa and Walter Benjamin. We include five reviews as well, covering recent books and exhibits.
A Vida Plural de Fernando Pessoa tem um lugar de relevo no desenvolvimento dos estudos pessoanos que não deve ser subestimado. Ángel Crespo foi o primeiro estudioso que, após a proliferação de críticas negativas e questionamentos de... more
A Vida Plural de Fernando Pessoa tem um lugar de relevo no desenvolvimento dos estudos pessoanos que não deve ser subestimado. Ángel Crespo foi o primeiro estudioso que, após a proliferação de críticas negativas e questionamentos de diversa índole contra a Vida e Obra de Fernando Pessoa: história de uma geração, de João Gaspar Simões, assumiu o desafio de contestar essa obra pioneira. Por esse motivo, não surpreende que seja em contraposição a esse livro colossal que surjam os maiores acertos desta segunda biografia, a qual, a seu favor, ainda contou com uma vasta quantidade de textos pessoanos publicados no intervalo entre os dois trabalhos.
VIZCAÍNO, Fernanda; PIZARRO, Jerónimo, "Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa" (2018). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 13, Spring, pp. 237-347. Brown Digital Repository. Brown University Library.... more
VIZCAÍNO, Fernanda; PIZARRO, Jerónimo, "Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa" (2018). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 13, Spring, pp. 237-347. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
Is Part of:
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 13
Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa
[New Unpublished Poems and Documents: the Serpa literary estate]
https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
RESUMO
Alberto de Serpa foi um extraordinário colecionador. Ao longo da vida juntou um considerável espólio, um «arquivo pessoal», como lhe chamou, entre cartas recebidas e cartas de terceiros, manuscritos raros, fotografias, provas tipográficas e muitos outros documentos. À guarda da Biblioteca Pública Municipal do Porto ficou grande parte do seu espólio, contabilizando cerca de 5884 documentos, adquiridos em leilão no ano de 1988. Entre os milhares de documentos contam-se onze autógrafos de Fernando Pessoa, além de um breve recorte assinado por Álvaro de Campos, enviado por António Botto a Serpa como um gesto de amizade. Pretendemos descrever este pequeno núcleo de documentos pessoanos que Alberto de Serpa «deixou ficar» no seu imenso espólio. A partir do testemunho de cartas de vários contemporâneos como Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, entre outros, percebe-se o interesse de Alberto de Serpa em adquirir autógrafos de Fernando Pessoa antes mesmo de a obra do poeta lisboeta começar a ser publicada. Muitas outras cartas de tantos outros correspondentes fazem referência a Pessoa, revelando pormenores interessantes sobre o Poeta.
ABSTRACT
Alberto de Serpa was an extraordinary collector. During his lifetime he put together a considerable estate, a “personal archive” as he called it, made of letters, rare manuscripts, photographs, typographical proofs and many other documents. The Municipal Public Library of Oporto (Biblioteca Pública Municipal do Porto) keeps some 5884 documents of his archive, which were acquired in a 1988 auction. Among the thousands of documents one may find eleven autographs of Fernando Pessoa, besides an extra paper cutting signed by Álvaro de Campos, sent by António Botto to Serpa as a token of friendship. We intend to describe these few documents that Serpa “simply left there” in his great archive. Considering several letters written by several contemporaries, such as Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, among others, it becomes evident that Serpa was interested in acquiring autographs of Fernando Pessoa even before the work of the famous Lisbon poet started to be published. Many other letters still, from other correspondents, mention Pessoa and reveal curious details about the Poet.
BIBLIOGRAFIA
BLANCO, José (2008). Pessoana; vol. I, bibliografia passiva, selectiva e temática (referida a 31 de
Dezembro de 2004); vol. II, índices. Lisboa: Assírio & Alvim.
BNP (2015). «BNP integra, por doação, novo autógrafo de Fernando Pessoa». Notícia, 30-11-2015
[http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1109:noticiabnp-
integra-por-doacao-novo-autografo-de-fernando-pessoa-nov-
2015&catid=165:2015&Itemid=1129&lang=en, acesso em 3 Jun. 2018].
CIRURGIÃO, António (1990). O «olhar esfíngico» da Mensagem de Pessoa e a Concordância. Lisboa:
Ministério da Educação; Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.
DIX, Steffen (2017). «O Orpheu ou o “momento histórico” da modernidade / modernização
sociocultural em Portugal». Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 11,
Primavera, pp. 23-43 [Doi: 10.7301/Z0HQ3X42].
FERRARI, Patricio (2015). «Bridging Archives: Twenty-Five Unpublished English Poems by Fernando
Pessoa». Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 8, Outono, pp. 365-431 [Doi:
10.7301/Z01V5C64].
____ (2010). «Anotações» | «Annotations». Biblioteca Digital de Fernando Pessoa. Lisboa: Casa
Fernando Pessoa [http://bibliotecaparticular.casafernandopessoa.pt/index/anotacoes.htm,
acesso em 3 Jun. 2018].
FERREIRA, Manuel (1988). «Catálogo da preciosa colecção de manuscritos reunida pelo poeta
Alberto de Serpa». Porto: s.n. [Catálogo de um leilão que teve lugar em Vila Nova de Gaia].
FUNDACION JUAN MARCH (1981). Homenaje a Pessoa. Madrid, Junho [programa disponível em
https://recursos.march.es/culturales/documentos/conciertos/cc686.pdf?v=96526376, acesso
em 3 Jun. 2018].
HOURCADE, Pierre (2016). A Mais Incerta das Certezas – Itinerário Poético de Fernando Pessoa. Edição e
tradução de Fernando Carmino Marques. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
LOURENÇO, Eduardo (2000). Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Lisboa:
Gradiva. [1.ª ed., Porto: Inova, 1973.]
MARTINHO, Fernando J. B. (1983). Pessoa e a Moderna Poesia Portuguesa (do «Orpheu» a 1960). Lisboa:
Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Ministério da Educação. Biblioteca Breve, vol. 82
[http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/estudos-literarios-criticaliteraria/
103-103/file.html, acesso em 3 de Junho de 2018].
____ (1982). «Fernando Pessoa e Alberto Serpa». Diário de Lisboa, n.º 20973, suplemento literário
Ler Escrever, n.° 80, 7 de Out., pp. 1 & 3. [Fundação Mário Soares: http://casacomum.org/cc/
visualizador?pasta=06838.188.29457#!27, acesso em 3 Jun. 2018].
MONTEIRO, Adolfo Casais (1953). Poemas Inéditos Destinados ao n.º 3 de ‘Orpheu’. Lisboa: Editorial
Inquérito.
PESSOA, Fernando (2018). Fausto. Edição de Carlos Pittella; colaboração de Filipa de Freitas. Lisboa:
Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2017). Teatro Estático. Edição de Filipa de Freitas e Patricio Ferrari; colaboração de Claudia
J. Fischer. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2016). Eu Sou Uma Antologia: 136 autores fictícios. Edição de Jerónimo Pizarro e Patricio
Ferrari. Lisboa: Tinta-da-china. 1.ª edição de bolso (col. «Pessoa»).
____ (2016). Alberto Caeiro – Obra Completa. Edição de Jerónimo Pizarro e Patricio Ferrari.
Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2014). Álvaro de Campos – Obra Completa. Edição de Jerónimo Pizarro e Antonio
Cardiello; colaboração de Jorge Uribe e Filipa Freitas. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2006). Poesia 1931-1935 e Não Datada. Edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria
Freitas e Madalena Dine. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2005a). Poemas 1915-1920. Edição crítica de João Dionísio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa
da Moeda (Edição Crítica de Fernando Pessoa, Série «Maior», vol. I, tomo II).
____ (2005b). Poesia 1902-1917. Edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas e
Madalena Dine. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2003). Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal. Edição e posfácio, Richard
Zenith; colaboração, Manuela Pareira da Silva. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2001). Poemas 1921-1930. Edição crítica de Ivo Castro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da
Moeda (Edição Crítica de Fernando Pessoa, Série «Maior», vol. I, tomo III).
____ (1998). A Grande Alma Portuguesa. A carta ao Conde de Keyserling e outros dois textos
inéditos estabelecidos e comentados por Pedro Teixeira da Mota. Lisboa: Manuel Lencastre.
____ (1993). Mensagem. Poemas Esotéricos. Edição crítica, José Augusto Seabra (coord.). Madrid:
Archivos, CSIC (Colecção «Archivos», n.º 28).
____ (1972). Obra Poética. Organização, introdução e notas de Maria Aliete Galhoz. Rio de
Janeiro: José Aguilar Editôra. 1. ª ed., 1960; 2. ª ed., 1965; 3. ª ed., 1969; 4. ª ed., 1972.
____ (1942). Poesias. Lisboa: Ática.
PESSOA, Fernando; VAZ, Ruy [dir.] (1924-1925). Athena: revista de arte, vol. 1, n.º1 (Out. 1924) a n.º 5
(Fev. 1925). Lisboa: Imprensa Libanio da Silva [Casa Fernando Pessoa, 0-28MN;
http://bibliotecaparticular.casafernandopessoa.pt/0-28MN, acesso em 3 Jun. 2018].
PITTELLA, Carlos (2017). «Juliano Apóstata: um poema em três arquivos». Pessoa Plural – A Journal of
Fernando Pessoa Studies, n.o 12, Outono, pp. 457-488 [Doi: 10.7301/Z0K935RH].
____ (2012). Pequenos infinitos em Pessoa: uma aventura filológico-literária pelos sonetos de Fernando
Pessoa. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC-Rio como
requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Letras. Orientadora: Prof ª. Cleonice
Serôa da Motta Berardinelli. Rio de Janeiro: PUC-Rio.
PITTELLA, Carlos; PIZARRO, Jerónimo (2017). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a Sua Vida: primeiras
lições. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
PIZARRO, Jerónimo (2017a). «Álvaro de Campos Revisited». Estudos Regianos, n.º 22-23 (número
comemorativo), Vila do Conde, Centro de Estudos Regianos, pp. 67-90. Direcção Editorial:
Isabel Cadete Novais [vide http://joseregio-cer.pt/index.php/o-boletim/, acesso em 3 Jun.
2018].
____ (2017b). «Poemas e documentos inéditos: o lote 31 e a Colecção Fernando Távora». Pessoa
Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 12, Outono, pp. 333-456 [Doi:
10.7301/Z0FJ2F16].
Is Part of:
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 13
Novos Poemas e Documentos Inéditos: o espólio Serpa
[New Unpublished Poems and Documents: the Serpa literary estate]
https://doi.org/10.7301/Z0DR2T1H
RESUMO
Alberto de Serpa foi um extraordinário colecionador. Ao longo da vida juntou um considerável espólio, um «arquivo pessoal», como lhe chamou, entre cartas recebidas e cartas de terceiros, manuscritos raros, fotografias, provas tipográficas e muitos outros documentos. À guarda da Biblioteca Pública Municipal do Porto ficou grande parte do seu espólio, contabilizando cerca de 5884 documentos, adquiridos em leilão no ano de 1988. Entre os milhares de documentos contam-se onze autógrafos de Fernando Pessoa, além de um breve recorte assinado por Álvaro de Campos, enviado por António Botto a Serpa como um gesto de amizade. Pretendemos descrever este pequeno núcleo de documentos pessoanos que Alberto de Serpa «deixou ficar» no seu imenso espólio. A partir do testemunho de cartas de vários contemporâneos como Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, entre outros, percebe-se o interesse de Alberto de Serpa em adquirir autógrafos de Fernando Pessoa antes mesmo de a obra do poeta lisboeta começar a ser publicada. Muitas outras cartas de tantos outros correspondentes fazem referência a Pessoa, revelando pormenores interessantes sobre o Poeta.
ABSTRACT
Alberto de Serpa was an extraordinary collector. During his lifetime he put together a considerable estate, a “personal archive” as he called it, made of letters, rare manuscripts, photographs, typographical proofs and many other documents. The Municipal Public Library of Oporto (Biblioteca Pública Municipal do Porto) keeps some 5884 documents of his archive, which were acquired in a 1988 auction. Among the thousands of documents one may find eleven autographs of Fernando Pessoa, besides an extra paper cutting signed by Álvaro de Campos, sent by António Botto to Serpa as a token of friendship. We intend to describe these few documents that Serpa “simply left there” in his great archive. Considering several letters written by several contemporaries, such as Luís de Montalvor, Branquinho da Fonseca, João Gaspar Simões, Silva Tavares, among others, it becomes evident that Serpa was interested in acquiring autographs of Fernando Pessoa even before the work of the famous Lisbon poet started to be published. Many other letters still, from other correspondents, mention Pessoa and reveal curious details about the Poet.
BIBLIOGRAFIA
BLANCO, José (2008). Pessoana; vol. I, bibliografia passiva, selectiva e temática (referida a 31 de
Dezembro de 2004); vol. II, índices. Lisboa: Assírio & Alvim.
BNP (2015). «BNP integra, por doação, novo autógrafo de Fernando Pessoa». Notícia, 30-11-2015
[http://www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=1109:noticiabnp-
integra-por-doacao-novo-autografo-de-fernando-pessoa-nov-
2015&catid=165:2015&Itemid=1129&lang=en, acesso em 3 Jun. 2018].
CIRURGIÃO, António (1990). O «olhar esfíngico» da Mensagem de Pessoa e a Concordância. Lisboa:
Ministério da Educação; Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.
DIX, Steffen (2017). «O Orpheu ou o “momento histórico” da modernidade / modernização
sociocultural em Portugal». Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 11,
Primavera, pp. 23-43 [Doi: 10.7301/Z0HQ3X42].
FERRARI, Patricio (2015). «Bridging Archives: Twenty-Five Unpublished English Poems by Fernando
Pessoa». Pessoa Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 8, Outono, pp. 365-431 [Doi:
10.7301/Z01V5C64].
____ (2010). «Anotações» | «Annotations». Biblioteca Digital de Fernando Pessoa. Lisboa: Casa
Fernando Pessoa [http://bibliotecaparticular.casafernandopessoa.pt/index/anotacoes.htm,
acesso em 3 Jun. 2018].
FERREIRA, Manuel (1988). «Catálogo da preciosa colecção de manuscritos reunida pelo poeta
Alberto de Serpa». Porto: s.n. [Catálogo de um leilão que teve lugar em Vila Nova de Gaia].
FUNDACION JUAN MARCH (1981). Homenaje a Pessoa. Madrid, Junho [programa disponível em
https://recursos.march.es/culturales/documentos/conciertos/cc686.pdf?v=96526376, acesso
em 3 Jun. 2018].
HOURCADE, Pierre (2016). A Mais Incerta das Certezas – Itinerário Poético de Fernando Pessoa. Edição e
tradução de Fernando Carmino Marques. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
LOURENÇO, Eduardo (2000). Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Lisboa:
Gradiva. [1.ª ed., Porto: Inova, 1973.]
MARTINHO, Fernando J. B. (1983). Pessoa e a Moderna Poesia Portuguesa (do «Orpheu» a 1960). Lisboa:
Instituto de Cultura e Língua Portuguesa; Ministério da Educação. Biblioteca Breve, vol. 82
[http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/biblioteca-digital-camoes/estudos-literarios-criticaliteraria/
103-103/file.html, acesso em 3 de Junho de 2018].
____ (1982). «Fernando Pessoa e Alberto Serpa». Diário de Lisboa, n.º 20973, suplemento literário
Ler Escrever, n.° 80, 7 de Out., pp. 1 & 3. [Fundação Mário Soares: http://casacomum.org/cc/
visualizador?pasta=06838.188.29457#!27, acesso em 3 Jun. 2018].
MONTEIRO, Adolfo Casais (1953). Poemas Inéditos Destinados ao n.º 3 de ‘Orpheu’. Lisboa: Editorial
Inquérito.
PESSOA, Fernando (2018). Fausto. Edição de Carlos Pittella; colaboração de Filipa de Freitas. Lisboa:
Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2017). Teatro Estático. Edição de Filipa de Freitas e Patricio Ferrari; colaboração de Claudia
J. Fischer. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2016). Eu Sou Uma Antologia: 136 autores fictícios. Edição de Jerónimo Pizarro e Patricio
Ferrari. Lisboa: Tinta-da-china. 1.ª edição de bolso (col. «Pessoa»).
____ (2016). Alberto Caeiro – Obra Completa. Edição de Jerónimo Pizarro e Patricio Ferrari.
Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2014). Álvaro de Campos – Obra Completa. Edição de Jerónimo Pizarro e Antonio
Cardiello; colaboração de Jorge Uribe e Filipa Freitas. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
____ (2006). Poesia 1931-1935 e Não Datada. Edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria
Freitas e Madalena Dine. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2005a). Poemas 1915-1920. Edição crítica de João Dionísio. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa
da Moeda (Edição Crítica de Fernando Pessoa, Série «Maior», vol. I, tomo II).
____ (2005b). Poesia 1902-1917. Edição de Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas e
Madalena Dine. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2003). Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal. Edição e posfácio, Richard
Zenith; colaboração, Manuela Pareira da Silva. Lisboa: Assírio & Alvim.
____ (2001). Poemas 1921-1930. Edição crítica de Ivo Castro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da
Moeda (Edição Crítica de Fernando Pessoa, Série «Maior», vol. I, tomo III).
____ (1998). A Grande Alma Portuguesa. A carta ao Conde de Keyserling e outros dois textos
inéditos estabelecidos e comentados por Pedro Teixeira da Mota. Lisboa: Manuel Lencastre.
____ (1993). Mensagem. Poemas Esotéricos. Edição crítica, José Augusto Seabra (coord.). Madrid:
Archivos, CSIC (Colecção «Archivos», n.º 28).
____ (1972). Obra Poética. Organização, introdução e notas de Maria Aliete Galhoz. Rio de
Janeiro: José Aguilar Editôra. 1. ª ed., 1960; 2. ª ed., 1965; 3. ª ed., 1969; 4. ª ed., 1972.
____ (1942). Poesias. Lisboa: Ática.
PESSOA, Fernando; VAZ, Ruy [dir.] (1924-1925). Athena: revista de arte, vol. 1, n.º1 (Out. 1924) a n.º 5
(Fev. 1925). Lisboa: Imprensa Libanio da Silva [Casa Fernando Pessoa, 0-28MN;
http://bibliotecaparticular.casafernandopessoa.pt/0-28MN, acesso em 3 Jun. 2018].
PITTELLA, Carlos (2017). «Juliano Apóstata: um poema em três arquivos». Pessoa Plural – A Journal of
Fernando Pessoa Studies, n.o 12, Outono, pp. 457-488 [Doi: 10.7301/Z0K935RH].
____ (2012). Pequenos infinitos em Pessoa: uma aventura filológico-literária pelos sonetos de Fernando
Pessoa. Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC-Rio como
requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Letras. Orientadora: Prof ª. Cleonice
Serôa da Motta Berardinelli. Rio de Janeiro: PUC-Rio.
PITTELLA, Carlos; PIZARRO, Jerónimo (2017). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a Sua Vida: primeiras
lições. Lisboa: Tinta-da-china (col. «Pessoa»).
PIZARRO, Jerónimo (2017a). «Álvaro de Campos Revisited». Estudos Regianos, n.º 22-23 (número
comemorativo), Vila do Conde, Centro de Estudos Regianos, pp. 67-90. Direcção Editorial:
Isabel Cadete Novais [vide http://joseregio-cer.pt/index.php/o-boletim/, acesso em 3 Jun.
2018].
____ (2017b). «Poemas e documentos inéditos: o lote 31 e a Colecção Fernando Távora». Pessoa
Plural—A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.o 12, Outono, pp. 333-456 [Doi:
10.7301/Z0FJ2F16].
BARRETO, José, "A última paixão de Fernando Pessoa" (2017). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 12, Fall, pp. 596-641. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0QJ7FJ9 Is Part of:... more
BARRETO, José, "A última paixão de Fernando Pessoa" (2017). Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 12, Fall, pp. 596-641. Brown Digital Repository. Brown University Library. https://doi.org/10.7301/Z0QJ7FJ9
Is Part of:
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 12
A última paixão de Fernando Pessoa
[The last passion of Fernando Pessoa]
https://doi.org/10.7301/Z0QJ7FJ9
RESUMO
Ofélia Queiroz é geralmente apontada como o único amor da vida de Fernando Pessoa. Todavia, em 1935, ano da sua morte, Pessoa escreveu em várias línguas um número invulgar de poemas de amor na primeira pessoa, incluindo versos denotando intensa paixão. Esse facto levou Ángel Crespo em 1989 a formular a hipótese de Pessoa ter morrido profundamente apaixonado por uma mulher misteriosa, sobre cuja identidade nunca conseguiu dados plausíveis. Este artigo apresenta uma hipótese de identificação do alvo dessa paixão tardia de Pessoa, partindo da análise de vários dos seus poemas de amor de 1935 e de algumas cartas, até hoje desconhecidas, trocadas no mesmo ano entre ele e Madge Anderson, uma inglesa que visitou repetidamente Portugal a partir de 1929. Madge era irmã de Eileen, que por sua vez era a cunhada de Pessoa, casada com o seu meio-irmão João Maria Nogueira Rosa (ou John).
ABSTRACT
It is often stated that Ofélia Queiroz was the only love in the life of Fernando Pessoa. However, in 1935, the year of his death, Pessoa wrote in several languages an unusual number of love poems in the first person, including verses conveying intense passion. This led Ángel Crespo to formulate, in 1989, the hypothesis that Pessoa died deeply in love with a mysterious woman, though Crespo did not gather enough plausible information to uncover her identity. This article proposes an identity for the target of Pessoa's late passion, through the analysis of several of his love poems of 1935 and of some letters, previously unknown, exchanged in that same year between him and Madge Anderson, a British woman who repeatedly visited Portugal from 1929 onwards. Madge was the sister of Eileen, who in turn was Pessoa's sister-in-law, married to his half-brother João Maria Nogueira Rosa (aka John).
BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Fernanda de (1988). Ao fim da memória. Lisboa: Verbo, vol. II.
CAVALCANTI, José Paulo (2011). Fernando Pessoa: uma quase autobiografia. Rio de Janeiro: Record.
CRESPO, Ángel (1989). “El último amor de Fernando Pessoa”, in Revista de Occidente, n.º 94, Madrid,
pp. 5-‐‑26.
FRANÇA, Isabel Murteira (1987). Fernando Pessoa na Intimidade. Lisboa: Dom Quixote.
LOPES, Teresa Rita (1990). Pessoa por conhecer, II – Textos para um novo mapa. Lisboa: Estampa.
MONTEIRO, Adolfo Casais (1954). Fernando Pessoa: o insincero verídico. Lisboa: Ed. Inquérito.
MOURÃO-‐‑FERREIRA, David; QUEIROZ, Maria da Graça (1978). Cartas de amor de Fernando Pessoa.
Lisboa: Ática.
NOGUEIRA, Manuela; AZEVEDO, Maria da Conceição (1996) (eds.). Cartas de amor de Ofélia a Fernando
Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim.
PESSOA, Fernando (2016). English Poetry. Edição de Richard Zenith. Lisboa: Assírio & Alvim.
_____ (2015). Associações Secretas e outros escritos. Edição de José Barreto, Lisboa: Ática.
_____ (2014). Obra Completa de Álvaro de Campos. Edição de Jerónimo Pizarro e Antonio Cardiello;
colaboração de Jorge Uribe e Filipa Freitas. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑china.
_____ (2011). Sobre o fascismo, a Ditadura Militar e Salazar. Edição de José Barreto. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑
china.
_____ (2000). Poesia Inglesa. Edição de Luísa Freire. Lisboa: Assírio & Alvim, vol. II.
_____ (1960). Obra Poética. Edição de Maria Aliete Galhoz. Rio de Janeiro: Ed. José Aguilar, 1960.
_____ (1935). “Nota ao acaso” [de Álvaro de Campos], in Sudoeste, n.º 3, Lisboa, Novembro, p. 7.
PIZARRO, Jerónimo; FERRARI, Patricio; CARDIELLO, Antonio (2013). “Fernando Pessoa e Ofélia
Queiroz: objectos de amor”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 4,
Dezembro, pp. 153-‐‑195.
PIZARRO, Jerónimo; PITTELLA, Carlos (2016). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a sua Vida. Primeiras
Lições. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑china.
QUEIROZ, Carlos (1936). “Fragmentos de algumas cartas de amor de Fernando Pessoa” e “Carta à
memória de Fernando Pessoa”, in Presença, n.º 48, Coimbra, Julho, pp. 2-‐‑3 e 9-‐‑11.
SEVERINO, Alexandrino E.; JENNINGS, Hubert D. (2013). “In praise of Ophelia: an interpretation of
Pessoa’s only love”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 4, Dezembro,
pp. 1-‐‑30.
SILVA, Manuela Parreira da (2012) (ed.). Cartas de amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz. Lisboa:
Assírio & Alvim.
WINTERBOTHAM, F. W. [Frederick William] (1974). The Ultra Secret. New York: Harper and Row.
Is Part of:
Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, Issue 12
A última paixão de Fernando Pessoa
[The last passion of Fernando Pessoa]
https://doi.org/10.7301/Z0QJ7FJ9
RESUMO
Ofélia Queiroz é geralmente apontada como o único amor da vida de Fernando Pessoa. Todavia, em 1935, ano da sua morte, Pessoa escreveu em várias línguas um número invulgar de poemas de amor na primeira pessoa, incluindo versos denotando intensa paixão. Esse facto levou Ángel Crespo em 1989 a formular a hipótese de Pessoa ter morrido profundamente apaixonado por uma mulher misteriosa, sobre cuja identidade nunca conseguiu dados plausíveis. Este artigo apresenta uma hipótese de identificação do alvo dessa paixão tardia de Pessoa, partindo da análise de vários dos seus poemas de amor de 1935 e de algumas cartas, até hoje desconhecidas, trocadas no mesmo ano entre ele e Madge Anderson, uma inglesa que visitou repetidamente Portugal a partir de 1929. Madge era irmã de Eileen, que por sua vez era a cunhada de Pessoa, casada com o seu meio-irmão João Maria Nogueira Rosa (ou John).
ABSTRACT
It is often stated that Ofélia Queiroz was the only love in the life of Fernando Pessoa. However, in 1935, the year of his death, Pessoa wrote in several languages an unusual number of love poems in the first person, including verses conveying intense passion. This led Ángel Crespo to formulate, in 1989, the hypothesis that Pessoa died deeply in love with a mysterious woman, though Crespo did not gather enough plausible information to uncover her identity. This article proposes an identity for the target of Pessoa's late passion, through the analysis of several of his love poems of 1935 and of some letters, previously unknown, exchanged in that same year between him and Madge Anderson, a British woman who repeatedly visited Portugal from 1929 onwards. Madge was the sister of Eileen, who in turn was Pessoa's sister-in-law, married to his half-brother João Maria Nogueira Rosa (aka John).
BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Fernanda de (1988). Ao fim da memória. Lisboa: Verbo, vol. II.
CAVALCANTI, José Paulo (2011). Fernando Pessoa: uma quase autobiografia. Rio de Janeiro: Record.
CRESPO, Ángel (1989). “El último amor de Fernando Pessoa”, in Revista de Occidente, n.º 94, Madrid,
pp. 5-‐‑26.
FRANÇA, Isabel Murteira (1987). Fernando Pessoa na Intimidade. Lisboa: Dom Quixote.
LOPES, Teresa Rita (1990). Pessoa por conhecer, II – Textos para um novo mapa. Lisboa: Estampa.
MONTEIRO, Adolfo Casais (1954). Fernando Pessoa: o insincero verídico. Lisboa: Ed. Inquérito.
MOURÃO-‐‑FERREIRA, David; QUEIROZ, Maria da Graça (1978). Cartas de amor de Fernando Pessoa.
Lisboa: Ática.
NOGUEIRA, Manuela; AZEVEDO, Maria da Conceição (1996) (eds.). Cartas de amor de Ofélia a Fernando
Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim.
PESSOA, Fernando (2016). English Poetry. Edição de Richard Zenith. Lisboa: Assírio & Alvim.
_____ (2015). Associações Secretas e outros escritos. Edição de José Barreto, Lisboa: Ática.
_____ (2014). Obra Completa de Álvaro de Campos. Edição de Jerónimo Pizarro e Antonio Cardiello;
colaboração de Jorge Uribe e Filipa Freitas. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑china.
_____ (2011). Sobre o fascismo, a Ditadura Militar e Salazar. Edição de José Barreto. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑
china.
_____ (2000). Poesia Inglesa. Edição de Luísa Freire. Lisboa: Assírio & Alvim, vol. II.
_____ (1960). Obra Poética. Edição de Maria Aliete Galhoz. Rio de Janeiro: Ed. José Aguilar, 1960.
_____ (1935). “Nota ao acaso” [de Álvaro de Campos], in Sudoeste, n.º 3, Lisboa, Novembro, p. 7.
PIZARRO, Jerónimo; FERRARI, Patricio; CARDIELLO, Antonio (2013). “Fernando Pessoa e Ofélia
Queiroz: objectos de amor”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 4,
Dezembro, pp. 153-‐‑195.
PIZARRO, Jerónimo; PITTELLA, Carlos (2016). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a sua Vida. Primeiras
Lições. Lisboa: Tinta-‐‑da-‐‑china.
QUEIROZ, Carlos (1936). “Fragmentos de algumas cartas de amor de Fernando Pessoa” e “Carta à
memória de Fernando Pessoa”, in Presença, n.º 48, Coimbra, Julho, pp. 2-‐‑3 e 9-‐‑11.
SEVERINO, Alexandrino E.; JENNINGS, Hubert D. (2013). “In praise of Ophelia: an interpretation of
Pessoa’s only love”, in Pessoa Plural – A Journal of Fernando Pessoa Studies, n.º 4, Dezembro,
pp. 1-‐‑30.
SILVA, Manuela Parreira da (2012) (ed.). Cartas de amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz. Lisboa:
Assírio & Alvim.
WINTERBOTHAM, F. W. [Frederick William] (1974). The Ultra Secret. New York: Harper and Row.
Lectura de "Puede ser un paisaje" (Lira secreta; El ave en su aire) de Ángel Crespo.
Los ensayos de Ángel Crespo suponen un ejercicio de lectura y relectura, fruto de un enorme arsenal intelectual. El presente estudio se centra en el pensamiento crítico de Crespo que desemboca en la expresión de su propia creatividad a... more
Los ensayos de Ángel Crespo suponen un ejercicio de lectura y relectura, fruto de un enorme arsenal intelectual. El presente estudio se centra en el pensamiento crítico de Crespo que desemboca en la expresión de su propia creatividad a través de la poesía. Desde una óptica filológica, el ensayista español opta por revisar la tradición literaria degustando el sabor de los clásicos con objeto de alcanzar un horizonte universal, al tiempo que dignifica las diferentes lenguas y expresa un anhelo de preservar el conocimiento. En su crítica se percibe una postura que va más allá de la contradicción con la que elabora sus idearios y compone sus versos. Para el autor, las experiencias artísticas se consideran una práctica poética que implica distintos materiales, espacios y sentidos.
«En la muerte de Ángel Crespo, traductor y poeta», Sendébar, 6, 1995, Facultad de Traducción e Interpretación de la Universidad de Granada.
Reseña de la reedición de la revista de poesía «Doña Endrina» (1951-56), ed. facsímil con introducción de José Luis Calvo Carilla, Ciudad Real, Archeles, 1999.
Related Topics