Almanaques

Desde el año 1900, el Grupo Maxam (antigua Unión Española de Explosivos) publica un almanaque anual ilustrado por un pintor español al que se le encarga una obra relacionada con la actividad de la compañía. Conocido popularmente como “el museo de los que no van a los museos” o como el “calendario de mujeres explosivas”, este artículo analiza, desde una perspectiva cultural e histórica, el programa iconográfico de este singular archivo con especial atención a los años del franquismo. Las dinámicas representacionales de la mujer, las tensiones entre cultura burguesa y popular, así como las preguntas que inspira en torno a su vida social e institucional, invitan a tomar esta colección, minusvalorada debido a su calidad artística, como un complejo dispositivo cultural, útil para analizar las continuidades y discontinuidades estéticas asociadas la modernidad española.

Esse estudo diz respeito ao Almanack da Parnahyba, um livro de caráter
periódico classificado como almanaque de cidade. Entendido como um
documento histórico, a imersão em suas páginas possibilitou construir
determinados aspectos vinculados à História da Cultura Escrita, circunscrita ao Piauí, na cidade de Parnaíba. A partir da análise do periódico, foi possível, por meio das características de sua materialidade e editoração, a compreensão de seu processo de edição, circulação e relação com o leitor. Observou-se que, no decorrer da temporalidade estudada, esse almanaque foi encontrado em distintos estados; sua presença ainda foi identificada em alguns países além do Brasil. Durante o período de sua publicação, atuou, direta ou indiretamente, como um difusor de ideais de civilidade, ancorado em um processo de discurso de modernização.

Periódico de características singulares, os almanaques alcançaram largas tiragens e ampla aceitação do  público brasileiro  especialmente  a  partir  da  segunda  metade  do século  XIX,  figurando  como importantes  aliados  para  o acesso  à  leitura.  O  artigo  se  propõe a  analisar  as  redes de  produção  e circulação dos almanaques a partir da feitura nas tipografias, pelas mãos dos “operários da palavra impressa”, no Ceará do final do século XIX e início do XX. Parte-se da impressão do Almanach do Ceará no ano de 1895, o impresso do gênero mais longevo no Estado (num total de 65 anos), que teve  como  fundador  um  ex-tipógrafo  da  Capital, João  Câmara.  Frente  às  características  dos almanaques, que tornam-se fonte-objeto de estudo, uma questão é pertinente: para além de uma elite intelectual,  que  outros  leitores  são possíveis?  Por  meio  de  anúncios,  textos  em  metalinguagem  e correspondências  de  leitores  publicadas em  almanaques  cearenses  e  luso-brasileiros,  pretende-se examinar as contribuições desses impressos para a formação e um  público leitor no período, que não exclui trabalhadores e mulheres.

El presente trabajo se centra en el almanaque para el año 1878 de la revista limeña La Broma a través de su principal impulsor, el español Eloy Perillán Buxó. La vida y obra de este personaje nos permitirán entender la dimensión de esta publicación, así como su historia y posteridad. Aunque se trata de un documento del cual no tenemos copias originales, su filiación con otros proyectos de Buxó y sus colaboradores (entre ellos Ricardo Palma, Manuel Atanasio Fuentes o el uruguayo Benito Neto y el boliviano Julio Jaimes) proporciona suficiente información para que podamos reconstruir, aunque sea de forma fragmentaria, este curioso opúsculo que reunió a lo más granado de la literatura decimonónica en castellano.

Resumo: Conjugando formato, conteúdo e linguagem de maior acesso, os Almanaques alcançaram largas tiragens e ampla aceitação do público luso-brasileiro especialmente a partir da segunda metade do século XIX, figurando como importantes aliados para o acesso à leitura. Esses impressos contribuíram para formação e ampliação do público leitor, promovendo intercâmbios culturais entre os diversos espaços das províncias brasileiras, com Portugal e outros países. Na diversidade de tipologias, destaca-se nesta Comunicação de Pesquisa o caso de Almanaques vinculados a casas livreiras no Brasil e em Portugal até o começo do século XX. Guardavam em comum a possibilidade de comunicação direta da livraria com seus leitores, divulgando autores, livros, serviços, formando vínculos de leitura. O Almanach dos Municípios do Estado do Ceará para 1908, editado pela Livraria Araújo, em Fortaleza, é um desses títulos editados por livreiros com vínculos luso-brasileiros. Impresso nas oficinas da Parceria António Maria Pereira, em Lisboa, tinha seu público leitor nos diversos municípios do litoral e sertão cearense, Nordeste do Brasil. Os leitores buscam os conteúdos do Almanaque: textos em prosa, recreativos, poesias, informações sobre a cidade, calendário; e o Almanaque os leva a outras publicações, reproduzindo trechos de livros, contando sobre autores, oferecendo as leituras que estão disponíveis na livraria. A partir dessa publicação, observam-se experiências de divulgação de impressos por meio do Almanaque no Brasil do início do século XX. Gênero editorial de ampla circulação desde meados do século XIX, o Almanaque é entendido como fonte e objeto de pesquisa, conectando-se à história do livro e da leitura no Brasil. É visto prescrevendo leituras, promovendo o livro, articulando circuitos do impresso, estabelecendo vínculos com o mundo editorial português. Palavras-chave: Almanaques, História do Livro e da Leitura, impressos luso-brasileiros.

Resumen: El Almanaque de La Mujer para el año 1899 construye un nuevo relato en torno al habitus de las mujeres chilenas acomodadas de fines del siglo XIX. A través de la adopción y adaptación del formato del almanaque La Mujer para el año 1899 se propuso una representación del tiempo cuyo propósito era estimular el surgimiento de lectoras modernas. La novedad de este artículo radica en el análisis de un corpus escasamente abordado, el cual es estudiado con el fin de develar las estrategias desplegadas por las responsables del almanaque para modificar las percepciones de los roles de la mujer, ad portas del siglo XX. La hipótesis señala que, con el uso de un formato cuyo centro fue la representación del tiempo, las encargadas de este almanaque lo utilizaron como pretexto para diferenciar el fin de una época y el inicio de otra, marcada por el rol activo de la mujer como lectora e intelectual. La metodología empleada para el análisis de estas prácticas considera las aproximaciones de Roger Chartier sobre la
producción de formas textuales y su adquisición de sentido; las de Pierre Bourdieu, Adriana Valdés y Patrizia Violi sobre las disposiciones de género sexual y la escritura de mujeres; y las
de Claudia Montero sobre la prensa de mujeres. Las conclusiones indican que el almanaque se modernizó asumiendo elementos propios del magazine, convirtiéndose en un vehículo idóneo para traspasar sus funciones tradicionales, dando como resultado la percepción del advenimiento de una nueva apropiación del tiempo y de los roles de género y sexuales.

Abstract: The Almanac of Women for the year 1899 builds a new story about the habitus of well-to-do women of the late nineteenth century. Through the adoption and adaptation of the almanac format, La Mujer para el año 1899 represents the time with the purpose of stimulating the emergence of modern readers in the year 1899. The novelty of this article lies in the analysis of a poorly addressed corpus, which is studied with the purpose of unveiling the strategies it deploys to modify the perceptions of women’s roles, a step away of the twentieth century. The hypothesis indicates that with the use of a format which core is the representation of time, those responsible for this Almanac, use it as a pretext to differentiate the end of one era and the beginning of another, marked by the active role of women as reader and intellectual. The methodology of this work considers the articulation of Roger Chartier’s approximations on the production of textual forms and their acquisition of meaning; on the provisions of sexual gender and the writing of women to
Pierre Bourdieu, Adriana Valdés, Patrizia Violi, and Claudia Montero about the women’s press. The conclusions indicate that the almanac was modernized assuming proper elements of the magazine, becoming an ideal vehicle to transfer its traditional functions, as a result and thanks to extensive reading, the perception of the advent of a new appropriation of time and gender-sex roles.

Resumen: En el enorme auge que experimenta la escritura de almanaques y pronósticos astrológicos anuales en la primera mitad del siglo XVIII en España tiene un papel clave Diego de Torres Villarroel. Entre las novedades que introduce en este género de impresos, a fin de convertirlos en creaciones literarias más allá de sus contenidos astrológicos, se incluye el uso sistemático de la poesía para las secciones judiciarias del almanaque. Este artículo analiza la evolución y características de esas partes poéticas de los pronósticos.

Abstract: Diego de Torres Villarroel plays a key role in the enormous increase that occurred in the writing of annual astrological almanacs and pronostications during the first half of the eighteenth century in Spain. He made great innovations in this genre of imprints, in order to transform them into literary creations beyond their astrological contents; amidst them, we can include a systematical use of poetry in the judicial sections of the almanacs. This paper analyses the evolution and characteristics of these poetical parts in the pronostications.

RESUMO: Este artigo propõe uma apresentação do Almanak Caralhal, um almanaque satírico português oitocentista. Tomando esse impresso como escrita de uma história cultural que possibilita recompor discursos sobre questões culturais e políticas que atravessavam aquele momento de produção, além de recuperar seu papel como agente que intervinha na sociedade e na cultura, destaca-se seu conteúdo homoerótico. Aponta-se sua relação com a literatura portuguesa e com a cultura homoerótica do período. ABSTRACT: This paper proposes a presentation of Almanak Caralhal, a satirical Portuguese nineteenth century almanac. Taking this printed as the writing of a cultural history that enables the recomposition of discourses on cultural and political issues that crossed that moment of production, and is recovered its role as an agent that intervene in society and culture, there is its homoerotic content. It points to his relationship with the Portuguese literature and the homoerotic culture of the period.

Este artigo busca dar a conhecer pela primeira vez reflexões iniciais de uma pesquisa ainda em andamento que busca estabelecer uma cartografia e perfil das bibliotecas no Rio de Janeiro Imperial, tomando por fonte única o Almanak Laemmert. A ideia nasceu a partir de um trabalho de conclusão de curso orientado por um dos autores. Na ocasião, por meio de pesquisa bibliográfica verificou-se a ausência de pesquisas que tenham se dedicado ao sistemático cotejamento das bibliotecas que aparecem arroladas de 1844 (primeiro número) até 1889. O recorte até o final do Império parte da premissa que algumas daquelas instituições eram além de espaços de circulação de impressos, mas também de importante ambiente de sociabilidade e poderiam possuir relações interinstitucionais. Assim, este presente trabalho buscará deslindar o panorama metodológico do projeto que pretende identificar cada biblioteca, seus funcionários, tipologia de coleção, formas de funcionamento, localização etc com vistas a estabelecer as conexões, trajetórias institucionais, por exemplo

O objetivo deste artigo é apontar manifestações gráficas de uma Belle Époque na cidade de Pelotas. Para tanto, traça-se um pequeno histórico sobre o estilo Art Nouveau, característico da época, e também um panorama da cidade em questão no contexto abordado. Os estudos são feitos, principalmente, com base nas análises dos anúncios da 5ª edição do Almanach de Pelotas, publicado em 1917.

Palavras-chave: Art Nouveau; história do design gráfico; memória gráfica.

The article is devoted to the sources for the study of the literary-artistic digest Zemlya [Ground] (Moscow: Moscow Publishing
House, 1908–1917): archival materials, bibliographic references, memoirs, epistolary collections, literary reviews, research works.
The aim of identifying the reasons behind the negative attitude developed towards this digest is set. Soviet historiography
(O.D. Golubeva’s, A.A. Tarasova’s works) looked upon the publishing of the digest Zemlya as a purely commercial venture of “literary shopkeepers”. This kind of researchers’ attitude was mostly promoted due to the memoirs of N.S. Klyostov (Angarsky) who had
been in charge of Moscow Publishing House in 1907–1909. But epistolary evidence of the editor of the first two issues of Zemlya
I.A. Bunin and the staff (B.K. Zaitsev, L.N. Andreev, F. Sologub and others) should be taken into consideration as well. In references
and histories of literature, there is practically no factual information on G.A. Blumenberg and G.G. Blumenberg, the owners of Moscow Publishing House, as well as on D.M. Rebrik, the procurist (authorized representative) of the Blumenberg Trading House, who
was personally engaged in the composition of Zemlya issues. In separate works (A.B. Dubovikov, I. Gazer, E.A. Dyakova,
L.R. Berdysheva) there are some discrepancies concerning the digest’s content, publishing dates, etc. With the purpose of historical
reconstruction of the relationships within the editorial board, the archival materials from the funds of the Russian State Archive of
Literature and Arts (RGALI), Moscow, have been studied. The digest’s main authors (M.P. Artsybashev, A.I. Kuprin, F. Sologub,
V.K. Vinnichenko, E.N. Chirikov, N.A. Krasheninnikov) were criticized, too. The writers were perceived as bourgeois representatives of the “literary collapse” propagating depravity and godlessness. However, journal and newspaper reviewers at the beginning of
the 20th century (Z.N. Gippius, M.O. Gershenzon, M. Kuzmin, E. Koltonovskaya, D.V. Filosofov and others) thought that the digest
Zemlya managed to gather the most popular names of modern Russian literature. Artsybashev’s image can be called central in the
digest Zemlya. The writer’s notoriety was projected to the image of the whole digest and reflected in Soviet literature scholars’ critical works. However, although starting from the 1990s the attitude of the researchers (T.F. Prokopov, M.N. Nikolaev, L.R. Berdysheva, O.Yu. Malkina, I.V. Suvorova, A.N. Dolgenko, A.I. Garaev) towards Artsybashev’s personality and works underwent a 180-
degree turn, the unjustified representation of Moscow Publishing House’s digests as a second-class manifestation of popular literature was not overcome yet. The digest Zemlya occupied a leading position in the literary marketplace for nine years. They are still of
undeniable historical and literary interest and of high artistic value, and they deserve greater attention of researchers.

Lina Cuéllar Wills
https://revistas.unal.edu.co/index.php/achsc/article/view/75554

Este artículo propone una definición y caracterización de las guías de forasteros publicadas en América hispana desde la segunda mitad del siglo xviii hasta finales del xix, por medio de una clasificación tripartita de dichos impresos: el modelo imperial, el modelo letrado y el modelo comercial. Esta forma de organizar tales guías permite entenderlas como parte del proceso de formación y consolidación de las formas impresas en el continente, en un contexto social, cultural y político que duró aproximadamente 120 años. El enfoque principal de este estudio es la historia cultural y, más específicamente, la historia de las formas impresas.

El presente artículo, a modo de catálogo, describe 59 almanaques y pronósticos impresos en el siglo XVIII que se conservan en la Biblioteca Capitular y Archivo de la Catedral de Córdoba. Destacan piscatores de reconocido prestigio como Torres Villarroel, Gonzalo Antonio Serrano, Pedro de Enguera y el Sarrabal de Milán, entre otros. Con esta catalogación se exponen a la luz de la crítica 32 pronósticos desconocidos hasta el momento con el objetivo de abrir nuevas vías de investigación acerca de este género editorial.

El Almanaque  del  ángel  del  hogar compuesto  por  María del  Pilar  Sinués para  el  año1866 constituye  un  testimonio excepcional  del  auge  de  las  empresas editoriales comandadas  por mujeres en la segunda mitad del siglo XIX. Además, desde el punto de vista de la historia del libro, supone toda una renovación en relación con la evolución del género del almanaque en España.Con este trabajo esperamos ser capaces de aportar nuevos datos con los que pueda darse a conocer una parte  específica  de  esta  producción, aquella  destinada  a  un  público  femenino,  la  variedad  de  sus contenidos y el alcance de su recepción.

María del Pilar Sinués’ Almanaque del ángel del hogar, written for 1866, constitutes an outstanding proof for the consideration of publishing enterprises lead by women in the Nineteenth Century. Moreover, from the viewpoint of print culture, it entails an absolute renovation related to the evolution of the genre of almanacks in Spain. Our research aims to provide new information on the  production  of  female-oriented almanacks,  the  diversity  of  their  contents  and  their  reception range

El siglo XVIII español asiste a un extraordinario auge de los almanaques o pronósticos astrológicos, tras el éxito de la fórmula creada por Diego Torres Villarroel, muy imitada desde la década de 1730. Lo que eran breves folletos funcionales con el calendario anual y sus predicciones astrológicas devienen piezas más largas y ambiciosas de contenidos literarios o de divulgación didáctica. Este proceso alcanza su apogeo en los años 50 y luego decae hasta su práctica extinción a fines de los 60, pero ha sido generalmente olvidado en la historia cultural española, por los prejuicios contra la astrología, por la incomprensión de su contexto y por la naturaleza menor, jocoseria o popular de la producción almanaquera. Tras las huellas de Torres Villarroel, resultado de un proyecto de investigación colectivo, presenta los primeros estudios monográficos sobre los quince autores más relevantes de este género, seguidores, imitadores o contradictores de Torres Villarroel: Francisco León y Ortega, Gómez Arias, Alejos de Torres, Pedro Sanz, Tomás Martín, Isidoro Ortiz, Antonio Romero Martínez, Francisco de Horta, Germán Ruiz Gallirgos, José Patricio Moraleja, Jerónimo Audije, Francisco Martínez Molés, Bartolomé Ulloa, José Iglesias de la Casa y José Julián López de Castro.

O objetivo deste artigo e apontar manifestacoes graficas de uma Belle Epoque na cidade de Pelotas. Para tanto, traca-se um pequeno historico sobre o estilo Art Nouveau, caracteristico da epoca, e tambem um panorama da cidade em questao no contexto abordado. Os estudos sao feitos, principalmente, com base nas analises dos anuncios da 5a edicao do Almanach de Pelotas, publicado em 1917.  Palavras-chave: Art Nouveau; historia do design grafico; memoria grafica.

Diego  de  Torres  Villarroel  predijo  funestas  consecuencias  a  raíz  del
eclipse  de  sol  que  se  produciría  el  13  de  junio  de  1760.  Dichas
predicciones astrológicas fueron impresas y comercializadas a lo largo
de  la  península,  provocando  que  un  buen  número  de  detractores
publicasen sendos papeles en contra de sus vaticinios. Esta polémica de
base astrológica se dirimió a través de la imprenta en diferentes géneros
editoriales: un ensayo científico divulgativo, una breve ficción narrativa,
un pliego poético y un almanaque literario. El trabajo pretende conocer
el verdadero leitmotiv de la polémica, vinculado al comercio librario y los
réditos económicos que produjo.

En este trabajo presentamos la trayectoria de un personaje literario del siglo xviii que se convierte en fingido autor de almanaques burlescos y aparece en varias obras de diferente autoría publicadas entre 1737 y 1745. La reiteración de motivos y el diálogo intertextual entre los almanaques permite ampliar nuestro conocimiento sobre las prácticas editoriales y los pronósticos burlescos, especialmente en relación con las estrategias autoriales y con la respuesta a su recepción; asimismo, suscita sugerentes interrogantes para el desarrollo de trabajos futuros.

El Almanaque de La Mujer para el año 1899 construye un nuevo relato en torno al
habitus de las mujeres chilenas acomodadas de fines del siglo XIX. A través de la adopción y
adaptación del formato del almanaque La Mujer para el año 1899 se propuso una representación
del tiempo cuyo propósito era estimular el surgimiento de lectoras modernas. La novedad de
este artículo radica en el análisis de un corpus escasamente abordado, el cual es estudiado con
el fin de develar las estrategias desplegadas por las responsables del almanaque para modificar
las percepciones de los roles de la mujer, ad portas del siglo XX. La hipótesis señala que, con
el uso de un formato cuyo centro fue la representación del tiempo, las encargadas de este
almanaque lo utilizaron como pretexto para diferenciar el fin de una época y el inicio de otra,
marcada por el rol activo de la mujer como lectora e intelectual. La metodología empleada
para el análisis de estas prácticas considera las aproximaciones de Roger Chartier sobre la
producción de formas textuales y su adquisición de sentido; las de Pierre Bourdieu, Adriana
Valdés y Patrizia Violi sobre las disposiciones de género sexual y la escritura de mujeres; y las
de Claudia Montero sobre la prensa de mujeres. Las conclusiones indican que el almanaque
se modernizó asumiendo elementos propios del magazine, convirtiéndose en un vehículo
idóneo para traspasar sus funciones tradicionales, dando como resultado la percepción del
advenimiento de una nueva apropiación del tiempo y de los roles de género y sexuales.

With an introduction and translation by José Leitão, the Bibliotheca Valenciana binds together three of Jerónimo Cortez’s great works, the Non Plus Ultra Do Lunario, the Physiognomy and Various Secrets of Nature, and the Treatise of the Animals, presented and compiled for the first time in the English language.
Coming out of the Spanish 17th century, while little is known about Cortez himself, his impact on the newly created and emergent Iberian middle classes broke with the centuries old academic establishment previously monopolized the wealthy, educated nobility and of course by the priests who served the masses. By offering the historically underprivileged knowledge of the stars, the land, and of their own bodies, Cortez’s books quickly placed themselves in a revolutionary cultural crossroads from where these would influence local folklore, folk magic, and the grimoires of later centuries, such as the literary continuum of the Iberian Books of St. Cyprian.
The works by Cortez, while subtle in their visibility, are of an extremely long lasting influence on Iberian and South American conceptions of the universe and it’s functioning, framing folk medical, agricultural, magical and religious conceptions to the present day. The Lunario in particular, Cortez’s crown jewel, was the definitive work on its subjects in Spain and later Portugal and Brazil, taking information from and feeding it back into magical and medical lore with each new printing. Today Cortez’s works not only have value as historical documents, but also as a powerful, rich and broad bridge offering access to the way our ancestors thought about and acted upon the world in which they lived, no longer in the role of passive victims of destiny, but as active directors of their reality.
The Lunario is an early almanac, full of astrological and astronomical information, prognostications of the weather, descriptions of the various winds, information on bloodlettings, and includes remedies for a variety of conditions such as windy inflammation, gout, cataracts, and mange.
The Physiognomy is part medical treatise covering the humours, the qualities of the astrological signs, the physiognomy of each part of the body, and part astrological text, describing the properties of the elements and their regions. It also includes sections on the many uses of rosemary and aguardente.
The Treatise is a bestiary covering the land and air animals, and includes mythical beasts such as the unicorn and the dragon.

From the early modern period on, St. Cyprian of Antioch emerges as the par-excellence Iberian magical hero, a kind of local king Solomon. Besides numerous prayers and incantation for the purposes of protection, domination and divination, his name is also associated with the title of local magic books, as early as 1621.
The publication of various grimoires calling themselves The Book of Saint Cyprian (or other variation on this title) in the mid 19th century solidly cemented this as the ultimate source and master of all Portuguese magical arts. Yet, alongside the propagation of these Cyprian grimoires, one also finds the occurrence of various cheap periodicals, fully dedicated to magic and occultism. These, not only constantly rehash the content of the larger Cyprian books, but actually give this a new female authorship. This talk hopes to explore these publications, their social context within the larger frame a female literacy and economical emancipation and the gender switching these create by not only ‘stealing’ their content from Cyprian and attributing it to female author, but also by presenting some of these same (likely fictional) authors as powerful and authoritarian witches, taking the place and role of Cyprian within magical incantations and prayers.

Resumen: El género de los almanaques o pronósticos astrológicos, tan en boga en España en el siglo XVIII, fue también cultivado por mujeres, entre las cuales Manuela Sánchez de Oreja, la Gran Piscatora Aureliense, y Francisca de Osorio, la Musaraña del Pindo. Ambas aprovecharon la ocasión de escribir para plantear la reivindicación de las capaci-dades femeninas y de su derecho a publicar igual que los hombres, algo habitual entre las escritoras de entonces. Dado que las dos se adscribieron al modelo literario conformado por Torres Villarroel, utilizaron sus motivos temáticos y recursos estilísticos burlescos con ese fin, dotándolos de una nueva funcionalidad y en combinación con afirmaciones serias. De este modo participaron en el debate de los sexos del Dieciocho ya en los años 40 y 50, anticipándose a otras escritoras de finales de siglo. PalabRas Clave: Pronósticos astrológicos, mujeres, estilo burlesco, Manuela Sánchez de Oreja, Francisca de Osorio, escritura, siglo XVIII. BETWEEN JOKES AND TRUTHS: STRATEGIES FOR RECOGNITION BY MANUELA TOMASA SÁNCHEZ DE OREJA AND FRANCISCA DE OSORIO, WOMEN ALMANAC WRITERS abstRaCt: The genre of almanacs or astrological forecasts, so in vogue in Spain in the 18th century, was also cultivated by women, such as Manuela Sánchez de Oreja, «la Gran Piscatora Aureliense», and Francisca de Osorio, «la Musaraña del Pindo». As was usual among the women writers of that time, they used their texts to argue in favour of female abilities and their equal right to publish their work as men did. Since both followed the literary model formed by Torres Villarroel, they used similar thematic motifs and burlesque style, while giving them new functionality and adding to them more serious affirmations related to their position as women writers. Thus, they participated in the gender debate of their time, anticipating already in the 40s and 50s other women writers later in the century.

A contribuição deste estudo é trazer o almanaque de cordel para o espaço dialógico interdisciplinar dos estudos culturais e comunicacionais. Este artigo revisa a história do almanaque, cuja narrativa mescla saber científico e saber popular, artefato da cultura com os pés na tradicionalidade do homem do campo e a cabeça na contemporaneidade do homem da cidade. O estudo historiográfico aliado à teoria da Folkcomunicação revelam as formas pelas quais as pessoas experienciam e dão sentido às práticas comunicacionais, distinguem o passado e identificam a cultura. Os almanaques portugueses, " O Seringador " e " O Borda D'Água " formam o corpus empírico: objeto folkcomunicacional, do gênero visual, formato impresso, tipo almanaque de cordel. ABSTRACT he purpose of this study is to bring the almanac to the interdisciplinary dialogical space of cultural and communicational studies. This paper reviews the history of the almanac, a narrative that merges scientific knowl...

Se plantean aquí algunas vías de interpretación sobre un territorio todavía por cartografiar en la historia literaria española, los almanaques astrológicos de la primera mitad del siglo XVIII. En concreto se pretende reflexionar sobre los modos de tratar los espacios públicos y la sociabilidad en las introducciones narrativas de esas obras y sobre lo que tales modos nos sugieren sobre los cambios en el público lector, en las funciones del almanaque y en la misma sociedad española. En sus introducciones narrativas los almanaques proporcionan una representación (mínima casi siempre) de personajes, lugares y costumbres. La tesis de este estudio es que esa mímesis que a menudo se califica de «costumbrista» expresa un desdoblamiento entre la cosmovisión y el lenguaje propios de la calle, la dimensión carnavalesca que describió Bajtín y una moderna concepción más burguesa y crítica del hombre sociable, que apunta más al proceso de creación de la opinión pública descrito por Habermas.

En la España de la primera mitad del siglo XVIII se experimenta un auge de los almanaques, o pronósticos astrológicos anuales. Este género de impresos sufre profundos cambios que lo hacen evolucionar desde el campo de la ciencia astrológica hacia el de la literatura de entretenimiento o la literatura didáctica. La hipótesis formulada es que tales cambios son una reacción ante el desprestigio de la astrología, en particular la judiciaria, que obliga a reconfigurar la legitimación social e intelectual de los almanaques, reclasificándolos bajo criterios de utilidad y de calidad literaria, en vez de eficacia científica. Este estudio cartografía la clasificación intelectual de los almanaques mediante el análisis de más de doscientas censuras incluidas como «aprobaciones» en los propios impresos, y pretende igualmente ofrecer un modelo para el uso de estos documentos en los estudios literarios de este periodo.

Este  artigo  é  uma  ramificação  da  pesquisa  Memória  Gráfica  de  Pelotas:  um  século  de design, constituindo-se em um subprojeto, que estuda os reclames dos periódicos produzidos
na cidade no início do século XX e que constituem o acervo da Bibliotheca Pública Pelotense. Dentre o manancial de periódicos e edições que compõem o projeto são contemplados aqui os anúncios  do  Almanach  de  Pelotas  dos  anos  de  1913,  1915  e  1917.  Assim,  intenta-se,  neste estudo,  identificar  a  estética  presente  nos  reclames,  averiguando  a  existência  de  uma identidade  nestes  elementos  de  comunicação  visual  dentro  do  campo  profissional  que  hoje conhecemos  como  design  gráfico.  Compreendendo  os  frutos  desta  atividade  como componentes da cultura material, como signos interpretáveis e compreensíveis, sugere-se que estes permitam o resgate da memória da profissão e, ainda, do contexto do qual emergiram. 
Palavras-chave: Memória gráfica, Anúncios, Almanach de Pelotas, Análises

Al hilo del debate de los sexos en el siglo xviii, las mujeres trataron de incorporarse a la República de las Letras, dominada por los hombres. Géneros menores con éxito como los almanaques ofrecieron esa posibilidad, según revelan tres autoras conocidas en el ámbito español: Manuela Sánchez de Oreja, la Gran Piscatora Aureliense; Francisca
de Osorio, la Musaraña del Pindo; y Teresa González, la Pensadora del Cielo, que publicaron en las décadas de los 40, 50 y 60, respectivamente. Las tres aprovecharon los paratextos antepuestos a los pronósticos astrológicos (dedicatorias, prólogos, ficciones literarias) para defender su igual capacidad y para exhibir su preparación, obtenida con esfuerzo, y de ahí, para reivindicar su derecho a ser escritoras a pesar de los recelos masculinos. Su breve producción ejemplifica la existencia de un sujeto literario femenino y los intentos de reformular las funciones sociales tradicionales ya a mediados de siglo.

Renglones de otro mundo congrega trece estudios sobre representaciones de los movimientos ocultistas y el diálogo con el más allá en las letras españolas. Los almanaques astrológicos, el conde Cagliostro, la magia, el espiritismo, el mesmerismo y otros conceptos ocultistas, así como obras de Valera, Fernández y González, Rubén Darío, Muñoz Seca, Benavente y Roberto Bolaños, entre otros, constituyen un itinerario que recorre sincopadamente de comienzos del siglo XVIII a finales del siglo XX.

This essay analyses the presence of cultural and moral values of the late nineteenth century and early decades of the twentieth century in the pages of the Novo Almanach de Lembranças Luso-Brasileiro. This extremely popular almanac reflected the cultural-ideological orientation of the country during a period of profound historical change. In 1890 Portugal was a liberal monarchy attempting to emulate the British model. By 1930 the Portuguese regime had become a republic, which the military dictatorship were aiming to transform into a nationalist corporative state, on the model of Italian fascism.