Creche

Este estudo teve como objetivo analisar e compreender as práticas de atividade física (AF) que os educadores de infância (EI) realizam com crianças em idade de creche, ou seja entre 1 e 2 anos. Para tal, construiu-se e validou-se um questionário com questões abertas e fechadas que foi aplicado a 41 educadores de infância. Concluiu-se que a maioria dos EI fazem atividade física com as crianças, considerando-a muito importante e mencionando diversas vantagens para a saúde, decorrentes destas atividades.
No entanto, verificou-se que a AF na creche é realizada essencialmente, uma vez por semana e não existe consenso quanto à nomenclatura utilizada, aparecendo designações como, ginástica, psicomotricidade, movimento e motricidade.

A obra “Memórias da Educação Infantil: histórias das primeiras creches municipais de São Carlos” pretende contar e relatar as histórias das creches municipais de São Carlos a partir de seus próprios protagonistas. Perspectiva ousada, na medida em que nos mostra que as pessoas podem narrar suas próprias histórias, e ao fazerem compõem e significam suas trajetórias, lhes dão sentidos, configurando os espaços sociais e compondo suas próprias vidas. Esta narratividade é um componente da subjetividade. Quando as narrativas são tecidas fazem história, situam a si, os outros e as coisas. A narrativa é uma maneira de mapear a vida e o social, mostrando os seus impasses, extraindo linhas de resistência, de escape, invenção e, portanto, situando e produzindo a si mesma ao longo dessas linhas.
O livro, desta forma, é uma cartografia que se faz como um território a partir das linhas que são traçadas. Portanto ele compõe as histórias das creches de São Carlos e de seus e suas protagonistas. Esta narratividade proposta pelo livro não é um gênero literário apenas, não são apenas reminiscências. Não é só Mnemosyne (figura grega que personifica a memória), cuja função é preservar do esquecimento, as narrativas nesta obra é uma forma de fazer história. Deste modo, este livro entrelaça história oral, lembrança, narração, acontecimento, e nos mostra de que maneira a educação das crianças pequenas foi se institucionalizando em São Carlos.
Outro ponto a sublinhar na proposta desta obra é a maneira pela qual a obra é composta. Todos(as) escrevem, cada um de seu jeito e a partir do lugar que ocupa(va) na história das creches. Todos escrevem, não há um autor que fala pelos outros ou que compõem a história para todos, não há uma grande narrativa que diga a verdade unificada dos acontecimentos. Cada um traz um pedaço da história que só poderia ser contada a partir daquele que narra, e que se une aos outros. Uma história sem representação, cada um tem a força da palavra e traça sentido ao seu trajeto, e nesta medida se faz a história social da conquista da creche no município de São Carlos. O livro é também uma inovação historiográfica, pois a história é contada por muitos: os pais, os professores, a comunidade, a universidade, os profissionais da creche, os gestores e etc.

Esse livro nasceu em fevereiro de 2018, quando iniciei minha experiência como supervisora na Educação Infantil, mas propriamente em uma creche. Eu já tinha vivenciado a Educação Infantil como supervisora, mas dessa vez, a relação estabelecida teve outro sentido, me senti totalmente arrebatada pela creche.

Acredito que ao olharmos para dentro, conseguimos identificar os muitos que nos constituem, eu sou o resultado das tantas pessoas que conviveram e convivem comigo, muitas impressões delas ficaram em mim e me tornaram o que sou hoje. Sou as professoras e professores que fizeram parte da minha formação, sou as tantas pessoas do curso de Pedagogia que fui professora, sou as tantas professoras e professores que convivi como diretora e também como supervisora, enfim, cada um de vocês estão em mim.

Hoje tenho a dimensão de que uma parte minha, acredito que a melhor, foi formada pela minha relação com as crianças. Eu tenho uma relação especial com as crianças, tenho um sentimento genuíno para com todas elas, e me alimento de cada uma delas na sua pureza de ver a vida e as outras pessoas. Eu sempre acreditei na gratidão, sempre exerci a gratidão, penso que esse sentimento nos eleva como humanos, pois nos permite refletir o quanto precisamos das pessoas, o quanto elas acrescentam em nossas vidas. Assim, quando chego no momento de agradecer aqueles que me tocaram no decorrer da minha experiência na educação infantil, não posso, de maneira alguma, esquecer das crianças. Ao sentar para escrever, seus rostinhos, sorrisos e questionamentos vinham à minha mente, e por vezes, me peguei envolta em lembranças, em boas lembranças, que deram sentido a toda a escrita. Cada palavra escrita teve a participação das crianças, elas me inspiram todos os dias, me surpreendem, despertam a minha criança interior e me permitem sonhar, voar e querer ver os outros sonhando e alçando voos, esse é o impacto que as crianças exercem em mim.

Esse livro é inteiramente dedicado às crianças, que despertam o melhor de mim todos os dias, que recarregam as minhas energias por vezes perdida diante do cotidiano. Com este livro eternizo um momento lindo da minha vida cercado por aqueles que eu escolhi e que fui escolhida. Finalizo apenas com um desejo: que sejamos maduros o suficiente para amarmos como crianças.

This paper presents results of research conducted during a major in coordinating education for school managers at the Federal University of Ouro Preto-UFOP. The study had as its theme the pedagogical documentation in order to verify whether its use has been performed satisfactorily within the School of Early Childhood Education environment. The intervention took place in two private nursery schools serving children between 0 and 5 years old. The focus of the research revolved around the Childcare providers of these institutions and their experiences with pedagogical documentation. Questionnaires were used in the methodology of action, observations, studies on the subject, training with the spokesperson of the city of Belo Horizonte. These actions than resulted in the improvement of these childhood education professionals in the practice of records.

This case studies synthesis report draws on 5 case studies commissioned by the Institute of Social Studies Trust (ISST) with the support of the Social Policy Unit, UNICEF India on the provision of quality day care services for children under 3 years in India. Drawing on a matrix developed to identify commonalities amongst the case studies, the report documents a variety of models of provision of quality day-care services for children under 3 years and assesses what lessons may be learnt from them, in terms of models of delivery, components of quality care, and how this may be effectively delivered, particularly given the government’s focus on the ICDS as the primary modality of public provisioning of childcare for young children. The report also draws on supplementary field visits, reports, discussions, project documents, and it is consolidated with feedback through a workshop with project partners.
Further, the report is premised on the understanding that both familial and public provisioning (including the provisioning in the private sector, the role of employers, community, state and nongovernmental actors) of care should be enabled/regulated at every stage in the life cycle of an infant. In other words, there should exist for all children under 3 years of age a universal entitlement to quality day-care provision, which gives women as mothers flexibility and choice in the provision of care. In this sense, day-care services are a crucial component of the broader provision of ECCE. The provision of day-care services is not a question of an either/or provision. It sits alongside a wide range of other components of ECCE, including universal maternity rights and entitlements, parental leave and pay, and the enablement of other forms of familial provision of care for instance through take home rations (THR) or home visits of ASHA and anganwadi workers for pregnant and lactating women and children under 3 years, or awareness-raising sessions through health and nutrition days.

Partindo da pesquisa “Formação de Educadores de Creche para o Acompanhamento do
Desenvolvimento Psíquico de Crianças de 0 a 3 anos de Idade”, o trabalho procura apontar as
implicações relacionadas com o acompanhamento em serviço de educadoras de creche, com
vistas à detecção e intervenção precoce com bebês que apresentam risco psíquico.
Considerando o aumento da demanda pelas creches, decorrente das novas configurações
sociais, torna-se necessário um cuidado especial na formação de educadores de creche, visto
que, por passarem dois turnos do dia com a criança, apresentam uma função importante na
subjetivação estas. A metodologia IRDI (Indicadores de Risco Psíquico para o
Desenvolvimento Infantil) é utilizada na formação de professores, com o objetivo de tornar
visível o andamento dos quatro eixos de subjetivação da criança (suposição de sujeito,
estabelecimento da demanda, alternância presença-ausência e função paterna). Por se tratar de
uma pesquisa de referencial teórico psicanalítico, com relação à subjetivação do bebê e à
detecção precoce de risco psíquico, propomos uma transmissão de saberes alternativa àquela
dos saberes técnico-científicos. Por lidarmos com a hipótese do inconsciente, procuramos na
formação dos professores transmitir sobre um saber que chamamos inconsciente. Sendo este
saber aquele capaz de tornar um bebê sujeito da cultura. Concluímos que o uso da
metodologia IRDI abre espaço para um pensar da infância pautado nos próprios saberes das
educadoras, aliado ao instrumental técnico-científico que permeia a cultura e as instituições
atuais. A capacitação das educadoras não consistiu somente em uma apresentação teórica dos
saberes do campo psicanalítico com relação à subjetivação dos bebês, e sua posterior
aplicação prática, mas sim na transmissão, através do acompanhamento em serviço, da
possibilidade de olhar um sujeito que se manifesta ou que tarda a se manifestar e da
capacidade que estas educadoras tem, em intervir.

Este trabalho apresenta algumas experimentações iniciais acerca do uso da cartografia, tal como formulada por Gilles Deleuze, Félix Guattari e Fernand Deligny para pensar o encontro da pesquisa com os bebês através de um outro dispositivo, não como aqueles tradicionalmente conhecidos nas pesquisas acadêmicas, mas como uma possibilidade metodológica num campo de pesquisa onde não cabem as metodologias tradicionais, uma vez que os desafios da pesquisa com bebês nos chama à busca dessa nova perspectiva. Uma forma de dar voz e visibilidade a aquilo que passa, e que potencialmente forma e cria a realidade. Um movimento de pesquisa que quando encontra o bebê, encontra também sua potência de agir, de afectar-se. A isso serve a cartografia, para buscar a intensidade desses afectos. Ao invés das respostas e determinações, necessidade que acompanham as pesquisas acadêmicas, a cartografia pergunta pelo encontro das coisas no movimento, questiona a realidade. E é nas perguntas, encontros e afectos que parte este trabalho, não na busca de um manual, ou uma fórmula mágica, mas como forma de compartilhar as inquietações vivenciadas nessa prática de pesquisa. Dessa forma, pensar a cartografia como uma possibilidade de pesquisa com bebês, que olha para o processo, retrata o movimento, pensando o cartógrafo como aquele que experimenta e vivencia a pesquisa a medida que cartografa. Palavras-chave: cartografia, bebês, metodologia de pesquisa.

Maria da Assunção Folque é doutora em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres (2008), instituição onde realizou o Mestrado em Desenvolvimento da Criança e Educação de Infância (1995). Educadora de Infância de formação inicial, trabalhou com
crianças em idade pré-escolar durante doze anos. Atualmente é Professora Auxiliar na Universidade de Évora onde dirige os cursos de Mestrado Profissional em Educação Pré-escolar e Educação Pré-Escolar e Primeiro Ciclo do Ensino Básico (1º CEB). É membro do Centro de Investigação em Educação e Psicologia (CIEP) da Universidade de Évora, da International Society for Cultural Historical Activity Research (ISCAR), e sócia do Movimento da Escola Moderna Portuguesa (MEM). Foi representante da Associações Pedagógicas por parte do Movimento da Escola Moderna portuguesa no Conselho Nacional de Educação entre 2012 e 2016. Tem se utilizado das teorias histórico-culturais de aprendizagem e desenvolvimento para estudar: a Pedagogia da Educação de Infância; a Qualidade na Educação de Infância; Educação para o Desenvolvimento Sustentável na Infância; e o Desenvolvimento Profissional de Educadores de Infância e professores do 1º CEB. É
autora de livro, capítulos de livros e diversos artigos relacionados à educação da infância e temas afins. Tem desenvolvido parcerias com pesquisadoras da UNESP-Marília e mais recentemente da UFAL. Assunção me acolheu na Universidade de Évora durante minha licença de capacitação no período de fevereiro a abril de 2017, oferecendo uma vasta e profícua programação que envolveu encontros de formação junto ao Movimento de Escola Moderna português, visitas a creches e jardins-de-infância públicos e privados, e a inserção nos cursos de Mestrado Profissional que dirige. A entrevista que segue tem como foco especificamente o tema da creche em Portugal abordado em várias dimensões, política, formativa e curricular.

RESUMO O estudo apresenta resultado parcial da pesquisa Processos de letramento na infância: modos de letrar e ser letrado na família e no espaço educativo formal. Envolveu dez crianças de quatro e cinco anos da Creche UFF, com observações e entrevistas tanto no espaço educativo como nas residências das famílias das crianças. O presente artigo focaliza a prática pedagógica da Creche, vista em rodinhas e outras atividades. Discutimos essa prática na perspectiva do movimento discursivo da professora, bolsistas e crianças, destacando modos como a cultura letrada é trabalhada. Observam-se eventos, atividades e objetos, marcados e impregnados pelos valores da sociedade letrada, sem que necessariamente a linguagem escrita esteja presente. A análise dos dados evidencia que parte da produção relativa ao letramento dessas crianças se apresenta por meio da oralidade. Situações relevantes dos processos de letramento das crianças lhes permitem realizar procedimentos e gerar produtos do letramento. As linguagens sociais e os gêneros do discurso em que são envolvidas, os objetos que as cercam, tudo fala a favor da ampliação do conhecimento e pertencimento a uma cultura letrada. As crianças vão, complexamente, fazendo leituras do que veem, ouvem e experimentam, mostrando a análise que vão construindo do material falado e escrito. Palavras-chave: Educação infantil; letramento; prática pedagógica.

INTRODUÇÃO O estudo apresenta resultado parcial da pesquisa Processos de letramento na infância: modos de letrar e ser letrado na família e no espaço educativo formal, realizada com auxílio do CNPq. A pesquisa foi desenvolvida com dez crianças de quatro e cinco anos da Creche UFF, envolvendo observações, questionários e entrevistas no próprio espaço de Educação Infantil, e também questio-nários e entrevistas com as famílias das crianças e visitas às residências. O foco deste artigo é a prá-tica pedagógica observada na Creche em rodinhas e em outras atividades do cotidiano. O objetivo é discutir aspectos daquela prática na perspectiva do movimento discursivo da professora, bolsistas e crianças, destacando modos como a cultura letrada entra na " roda " pedagógica e é trabalhada. A Creche UFF se localiza no Campus do Gragoatá, na cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. É um espaço que atende a comunidade universitária, oferecendo um serviço pedagógico a crianças de zero a seis anos, atendendo a filhos de alunos, de funcionários e de professores. Carac-teriza-se também como um campo de investigação e prática que possibilita a formação profissional e acadêmica de estudantes de graduação e pós-graduação interessados na modalidade da Educação Infantil. A escolha de crianças da faixa etária de quatro e cinco anos justifica-se pelo fato de já estarem utilizando a linguagem oral para plena comunicação, bem como estarem em processo de des-coberta e compreensão de conhecimentos sociais de diversas origens, incluindo os usos, as funções

This research was conducted to evaluate the bacteriological quality of aerial ambient air in selected creche and daycare centers in Ugbowo, Benin City. Indoor air samples were collected (plates exposed for 30 and 45 minutes) from two daycare centers (SCH A and SCH B) and subjected to bacteriological analyses. The airborne bacterial burden, characterization, antibiogram and multiple antibiotic resistance (MAR) index were evaluated. Multiple comparisons (Turkey test) were used to analyze collected data. Results revealed significantly higher bacterial count for plates exposed for and 45 min over 30 min. more so, there was no difference (P>0.05) between plates incubated for 24 h and 48 h. The bacterial count for ranged between 0.1850 to 0.4444 ×10 3 cfu/m 3 and 0.3704 to 0.3889 ×10 3 cfu/m 3 for SCH A and Sch B respectively. Comparing an enriched with a general purpose medium, bacterial count for Columbia blood agar was significantly (p<0.05) higher than the later. E. coli, Bacillus, Staphylococcus aureus and Pseudomonas were found in the indoor air of SCH A and B classrooms. Following sanitary standards, there were intermediate to high level of contamination for SCH A and B during period of class activities. The antibiogram of the isolates revealed that they were susceptible to gentamicin while resistance was seen in most of the tested antibiotics thus confirming that these isolates were multiresistant. All isolated bacteria were found to have MAR index greater than 0.2. This further connotes that the pathogens were from high sources of contamination and have a public health importance.

Resumo Este artigo tem por objetivo a análise crítica à legislação portuguesa para a pequena infância. Pretende-se, através da perspetiva sociológica da infância, analisar as principais problemáticas existentes no atendimento de crianças dos 0 aos 3 anos de idade. Desta forma, pretende-se refletir sobre o estado da educação para a pequena infância, em Portugal, sendo os principais problemas apontados: a negligência manifesta pelo Governo em legislar e a desresponsabilização praticada pelo Ministério da Educação em não assumir a tutela da valência de creche, isto é, o atendimento de crianças dos 0 aos 3 anos (Conselho Nacional de Educação [CNE], 2011; Coutinho, 2002, 2010; Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico [OCDE], 2000, Tadeu, 2012). Ao longo deste artigo, serão igualmente apresentadas e analisadas algumas das fragilidades a que todos os profissionais de educação que trabalham com crianças pequenas estão expostos, tais como: a falta de reconhecimento por parte do Estado relativamente à contagem dos anos de serviço; a existência de preconceitos pejorativos em considerar-se que para educar/cuidar de crianças pequenas não é necessário possuir-se formação académica desvalorizando-se e desqualificando-se o trabalho pedagógico realizado por todos os profissionais que opcionalmente (ou não) desenvolvem a sua prática pedagógica com crianças dos 0 aos 3 anos; entre outros.

Este artigo discute a prática da amamentação em uma creche de universidade pública estadual, portanto, uma creche instalada no local de trabalho das mães. Foram utilizados documentos impressos e manuscritos, oficiais e não-oficiais, fotografia e entrevistas com ex-usuárias, com funcionárias e com a equipe organizadora da creche. As entrevistas e documentos evidenciaram a importância da amamentação na creche e as formas de sua inserção descontextualizada e autoritária no cotidiano das mulheres usuárias deste serviço. Foi possível analisar, ainda, que a amamentação compulsória constituiu-se no preço pago pela creche.
Criança pequena, amamentação, creche, trabalho feminino

O espaço do berçário tem o compromisso de motivar o trabalho do professor com as crianças e oferecer uma infraestrutura que possibilite os profissionais na aprendizagem e ao desenvolvimento educacional das crianças de maneira confortável, segura e atrativa. A fim de identificar a influência do espaço na atividade de ensino e aprendizagem, realizou-se uma analise ergonômica, sob o ponto de vista da ergonomia física, cognitiva e organizacional na sala do berçário na Creche Waldemar da Silva Filho em Florianópolis. Ao fim, foi elaborada uma proposta de mobiliário para o trabalho dos professores do berçário. Palavras-chave: Avaliação ergonômica, design para berçário. ABSTRACT The daycare space looks to motivate the teacher's work with children and offer an infrastructure that allows professionals in the learning and educational development of childs in comfortly, safety and attractive way. To identify the influence of space in teaching activity and learning, held an ergonomic analysis from the point of view of physical ergonomics, cognitive and organizational in the daycare room in Daycare Waldemar da Silva Filho in Florianopolis. At the end we present a proposal of furniture for daycare teachers' work.

A creche é um contexto educativo onde se devem criar oportunidades de aprendizagem significativas na vida de bebés e crianças. Este artigo pretende dar ênfase a uma perspetiva pedagógica para a educação em creche, a perspetiva de Emmi Pikler, e ao seu contributo em processos formativos no âmbito da prática educativa supervisionada de um mestrado profissionalizante, em contexto português. Tem como objetivo descrever e analisar a experimentação do Triângulo de Pikler no âmbito de um estágio desenvolvido em contexto de creche, com atenção simultânea aos efeitos desta proposta pedagógica na experiência das crianças e na aprendizagem profissional de educadoras estagiárias.  Relativamente à primeira, são de destacar efeitos positivos ao nível da autonomia, interações e experiência emocional das crianças, enquanto, relativamente à segunda, salienta-se o contributo formativo no âmbito da observação contextualizada e participante, sensível e atenta, e da tomada de consciência das particularidades da ação profissional com crianças mais novas, sobretudo ao nível da assunção de um papel não interferente.

A creche é um contexto educativo onde se devem criar oportunidades de aprendizagem significativas na vida de bebés e crianças. Este artigo pretende dar ênfase a uma perspetiva pedagógica para a educação em creche, a perspetiva de Emmi Pikler, e ao seu contributo em processos formativos no âmbito da prática educativa supervisionada de um mestrado profissionalizante, em contexto português. Tem como objetivo descrever e analisar a experimentação do Triângulo de Pikler no âmbito de um estágio desenvolvido em contexto de creche, com atenção simultânea aos efeitos desta proposta pedagógica na experiência das crianças e na aprendizagem profissional de educadoras estagiárias.  Relativamente à primeira, são de destacar efeitos positivos ao nível da autonomia, interações e experiência emocional das crianças, enquanto, relativamente à segunda, salienta-se o contributo formativo no âmbito da observação contextualizada e participante, sensível e atenta, e da tomada de consciência das particulari...

A garantia de vagas em creches nas redes públicas municipais de ensino é um direito de toda criança e crescente necessidade social, contudo sua efetivação tem se constituído um desafio para os municípios, haja vista a recorrente observação de listas de espera por vagas nessa etapa de escolarização. Este artigo, resultado de uma pesquisa de base documental e do tipo exploratória, com dados atualizados, analisa os indicadores da política educacional do município de São José do Rio Preto – SP para a oferta de vagas em creches de sua rede pública no período de 2010 a 2019, destacando sua expressiva demanda e as ações desenvolvidas com a finalidade de zerar as listas de espera. Os resultados indicam que, mesmo com um planejamento pautado em dados oficiais e com a realização de um significativo conjunto de ações que ampliaram a oferta de vagas, o número de inscritos nas listas de espera em 2019 supera o número observado em 2010, haja vista a observada ampliação na demanda. Variáveis como a mobilidade urbana entre os municípios e as diferentes taxas de crescimento por região no interior do município impactam  diretamente no planejamento dessas ações e consequentemente no cumprimento dessa determinação legal, o que implica na necessidade de atuação conjunta entre as diferentes secretarias e departamentos da
administração pública municipal.

Esse trabalho buscou discutir a importância do Psicopedagogo Institucional na Educação Infantil e de que maneira ele contribui para a formação da criança de baixa renda; identificar de que maneira os professores que atuam na creche municipal encaram o processo de formação das crianças. A pesquisa norteou-se pelas seguintes indagações: qual a importância do Psicopedagogo no contexto educacional? De que maneira o Psicopedagogo contribui para o trabalho do professor de Educação Infantil? Como os professores e o Psicopedagogo podem mudar a realidade desse aluno de baixa renda e suas dificuldades de aprendizagem? Percebemos a importância do trabalho psicopedagógico nas instituições de ensino e que ele se torna indispensável no âmbito da Educação Infantil. Em se tratando da creche de Quixabeira-BA, identificamos uma necessidade latente da presença do Psicopedagogo, como também de uma política de assistencialismo às famílias das crianças de baixa renda que frequentam a instituição. Palavras-chave: Psicopedagogo. Creche. Crianças de Baixa Renda.

Resumo : Este breve artigo tem como objetivo discutir o cuidado com os bebês no contexto de creche e o papel dos educadores que atuam diretamente nesse cuidado e na educação de crianças tão pequenas numa perspectiva ética. Inicialmente situamos a discussão em torno da transformação histórica da creche passando do modelo assistencial-higienista para o contexto do binômio cuidar e educar. Neste caminho problematizamos os estudos de Foucault, acerca do cuidado de si, na sua obra A Hermenêutica do sujeito (2010) situada na cultura greco-romana, para apontar o cuidado como um movimento de interrogar-se a si mesmo, numa perspectiva ética. Diante dos apontamentos que perpassam todo o texto, podemos compreender a necessidade dos educadores de creche desse cuidado de si e do retorno para si mesmos, reconhecendo e ressignificando o seu papel como educador, compreendendo assim o cuidado como ética na sua atuação e relação com os bebês para além do atendimento às necessidades básicas do bebê. Implica em questionar o modo de ser e de fazer, questionar a própria instituição e as as políticas públicas que a cercam, questionar acima de tudo nossa capacidade de olhar e agir verdadeiramente com os bebês numa busca de incitação a liberdade.

A investigação tem indicado que o envolvimento dos pais é um fator crítico para a eficácia das práticas em creche. No entanto, em Portugal, a participação dos pais no dia-a-dia das creches é, na maioria dos casos, passiva. Embora sejam dadas informações e convites para a participação nas iniciativas realizadas na creche, os pais raramente são convidados a participar do planeamento ou a ter um papel ativo na dinamização das atividades na creche. Quisemos, então, investigar as opiniões dos pais sobre os objetivos, práticas, relação pais-educadores e o impacto da creche no desenvolvimento da criança. Desta forma, desenvolveu-se um questionário aplicado a 170 pais (80% de escolas particulares, 62% de primogénitos, 57% de meninas). Os nossos resultados indicam que os pais valorizam: relacionamentos afetivos, boas instalações, boas condições / espaços, materiais e práticas educativas adequadas. Adicionalmente, os pais consideram a creche como um ambiente educacional que promove o desenvolvimento da criança e, portanto, querem ter um relacionamento aberto e de confiança com os educadores. Os fatores como o estatuto da escola (privado versus público) e o género dos pais afetaram as suas opiniões. Os nossos resultados sugerem que os pais procuram ter um maior envolvimento na escola dos seus filhos e desejam uma comunicação mais aberta com os educadores. Estes resultados foram discutidos mais tarde com dois grupos de vinte educadores, em sessões de focus group independentes. Os educadores expressaram a sua surpresa com alguns dos resultados e afirmaram que no futuro vão criar mais oportunidades para envolver os pais
Palavras-chave: Creche, pais, relação pais-escola, representações dos pais