Criptojudaísmo

A Casa da Vivência Judaica em Gouveia é um espaço de conhecimento histórico da cidade, que retrata o papel da comunidade judaica medieval e cristã-nova da época moderna na construção do centro histórico, enquadrando a importante Inscrição Hebraica de Gouveia, referente à construção da última sinagoga na Península Ibérica Medieval, inaugurada poucos meses antes do édito manuelino, em 1496.

Los conversos hispanos, en gran parte de origen lusitano en la España de los siglos XVI y XVII, carecen de apego al territorio. Tal es la imagen dominante en la sociedad hispana, marcada por los estatutos de limpieza de sangre y la actividad inquisitorial, y frecuentemente retomada por la historiografía. Por cierto, impulsada por sus actividades comerciales y favorecida por sus extensas redes familiares, su movilidad geográfica es intensa. Sin embargo, cabe destacarse que sus desplazamientos alternan con períodos de estabilidad y permiten la génesis de anclajes territoriales. Asi es como las prácticas judaizantes y la organisación de comunidades marranas, que funcionan a modo de las sociedades secretas de Simmel, dan lugar a nuevas formas territoriales, concretas como imaginarias que integran a los conversos en la diáspora sefardí. Por lo tanto, esta ponencia se propone examinar la territorialidad marrana a través de sus diversos anclajes y de sus ‘territorios circulatorios’ y del registro imaginario asi creado.

O presente trabalho teve por objetivo apresentar o criptojudaísmo no município de São Gonçalo(RJ) entre o final do século XVII e início do século XVIII.
A análise se inicia com a conversão forçado dos judeus na Espanha e Portugal que dá origem ao termo cristão-novo o que passa a ser usado para distingui-los dos demais cristãos, e a vinda destes para o Brasil. Há uma descrição da Capitania do Rio de Janeiro no citado período e da freguesia de São Gonçalo. Buscou-se finalmente uma análise dos cristãos-novos e de suas possíveis práticas secretas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Gonçalo.
A parte final do trabalho teve por objetivo a análise do processo de um cristão-novo lavrador de cana em São Gonçalo, preso pelo Santo Ofício em 1710: Diogo Bernal da Fonseca.

Universidade Federal Fluminense, 2018.

O objetivo central deste trabalho é discutir a memória religiosa criptojudaica no século XVIII no espaço da Bahia de Todos os Santos, lugar importante do Atlântico Português em função da projeção agrária-comercial. A análise da comunidade centra-se nos processos de 14 mulheres cristãs-novas enredadas no Tribunal da Inquisição de Lisboa, sobre as quais recaíram acusações da prática da religião dos ancestrais cuja proibição remontava à unificação católica iniciada duzentos anos antes. A partir delas a pesquisa se expande para a rede de relações. Tem-se como resultado, neste particular, a circulação de pessoas e de ideias e materialidades religiosas entre os lados do Atlântico.

A participação dos cristãos-novos na sociedade baiana setecentista é o tema deste trabalho. Em uma sociedade onde a repressão inquisitorial agia sobremaneira contra esses indivíduos e uma legislação discriminatória dela os excluía, os cristãos-novos criaram mecanismos de integração convivendo, socializando e rivalizando com a população cristã-velha em todas as esferas da vida colonial. Os caminhos para esta integração, as articulações sociais e econômicas dentro do próprio grupo e com os cristãos-velhos, as respostas a essa repressão e a consciência que os distinguia do restante da população luso-brasílica, é a discussão que colocamos em pauta com essa pesquisa.

This study undertakes a reconstruction of the religious beliefs and practices of Jewish conversos in
the city of Xàtiva during the 15th century, based on evidence from the formal reports filed with the
officers of the Royal Inquisition Court of Valencia. The analysis of the depositions given by a group
of Old Christians who reported various Jewish conversos in Xàtiva has allowed us to examine a wide
range of religious beliefs, festive traditions, customs, gestures, rituals and superstitions practiced by the
Jewish conversos. Our study has also highlighted the inquisitorial zeal and horizontal social control
carried out by some individuals –Old Christians– against other people –Jewish conversos– under the
protection of the Inquisition officers.

RESUMO - O texto aborda o discurso da Inquisição portuguesa contra a heresia judaica na Bahia e destaca a atuação da instituição contra a família cristã-nova Bernal Nunes de Miranda. Ao acompanhar o percurso de duas gerações da família, enfatizam-se os aspectos do sangue, da fé e da heterodoxia. O artigo sublinha as migrações de Portugal ao Brasil, aponta as alternativas empregadas para a inserção social e discorre sobre os modos como os indivíduos geriram os estigmas e as barreiras no tempo dos juízes da fé. Analisa, por fim, alguns pormenores da religiosidade estranha ao catolicismo e avalia as possibilidades do criptojudaísmo no século XVIII.

Neste artigo trataremos da diversidade que a religião judaica adquiriu entre os cristãos-novos da Bahia, no século XVIII passando por práticas imprecisas e sincréticas, até o judaísmo
tradicional. É a religiosidade de um cristão-novo português que viveu na França e depois na
Bahia, o parâmetro para a análise que apresentamos. Este estudo é o resultado parcial de pesquisa realizada em quarenta processos inquisitoriais contra cristãos-novos que viveram na
Bahia na primeira metade do século XVIII, particularmente o processo contra Antônio Cardoso Porto, quem consideramos um difusor secreto da religião judaica, isto é, um heresiarca.

Opens Session: Rites, rituals and liturgies as "place" of resilience The session focuses on relationships between rite and religious groups' identity, aiming to highlighting the connections between celebration and resilience. In which manners can rites, rituals and liturgies become "places" of individual and community resilience? Can they provide chances to keep a strong identity even in dangerous conditions? A community threatened or persecuted can find strength to survive in its own performed liturgies? Papers try to answer these questions from a historical and religious historical points of view analyzing historiographical interpretations, documents, case studies. Cross disciplinary contributes are also welcome. The session is oriented on main monotheistic traditions. Connected topics are: Rites and liturgies maintained, preserved, perpetuated to ensure continuity to religious groups' identities; Specific celebrations marking a resilience process (e.g. consecrations or re-consecrations, building and rebuilding sacred places, etc.); Cripto religious identities and cripto rites (or gestures); Liturgies and religious persecutions; Prayer texts and liturgical formulae evidencing resilience processes; Symbolic objects used during liturgies or personal devotions to mark identity and religious belongings. References: De Bruijne, M.; Boin, A.; van Eeten, M., Resilience: Exploring the concept and the meaning, in Comfort, L.K.; Boin, A.; Demchak, C.C. (eds.), Designing Resilience: Preparing for Extreme Events; University Pittsburgh Press: Pittsburgh, PA, USA, 2010 Engh, L. C.; Eriksen, S. G.; Steen, F. F.; Prescott, C. (ed.), Tools for transformation: liturgy and religious practice in late antique Rome and medieval Europe; Acta ad archaeologiam et artium historiam pertinentia, 31, Roma 2019 Bergmann, C. D.; Kranemann, B. (ed.), Ritual dynamics in Jewish and Christian contexts: between Bible and liturgy; Brill, Leiden 2019 Endress, M. C.; Clemens, L.; Rampp, B. (eds.), Strategies, Dispositions ad Resources of Social Resilience: a Dialogue between Medieval Studies and Sociology; Springer, Wiesbaden 2020 To submit papers: https://www.easr2021.org/rites-rituals-and-liturgies-as-place-of-resilience/ Further info: info@renatasalvarani.it

El presunto uso por parte de los judíos y conversos de determinados alimentos llamó la atención de una sociedad que buscaba elementos para la diferenciación y caracterización de este colectivo. En este trabajo, se estudia el posible empleo de la mención de alimentos y preparaciones culinarias (en general cotidianos) como marca para acusa a alguien, más o menos veladamente, de ser judío, descendiente de judíos o de judaizar. Estas menciones se encuentran tanto en textos literarios como en documentos.
This paper deals with the alleged use by Jews and "new Christians" of certain foods and dishes not so frequently consumed by "old Christians". These supposed culinary and dietary habits were used to accuse people of being Jews or false Christians both in archive documents and in literary texts.

El beato Gregorio López (1542 – 1596), conocido como el primer ermitaño mexicano, pertenece a las figuras más enigmáticas en la historia literaria y espiritual de la Nueva España. Casi la única fuente para reconstruir su biografía es la Vida del siervo de Dios Gregorio López escrita por el cura Francisco Losa, marcada por muchos clichés característicos del género hagiográfico; dado a este factor la personalidad de Gregorio López ya se ha convertido en un personaje literario, en que parece difícil dividir lo real de lo ficticio. Mientras tanto, en los Procesos contra Luis de Carvajal el Mozo leemos sobre los contactos cercanos entre el ermitaño y Luis de Carvajal, el judaizante novohispano más conocido del siglo XVI. Eso permitió a muchos investigadores, como Alfonso Toro y Martin Cohen entre otros, concluir que Gregorio López fue un cripto-judío enmascarado. Esa posición fue criticada, pero hasta ahora no mereció una examinación más detallada. Tratemos de aportar algunas consideraciones de nuestra parte.
Según nuestro parecer, la clave para comprender los fundamentos del pensamiento de Gregorio López debe ser su Tratado de Apocalipsis, donde el ermitaño, comentando los pasajes del libro de Apocalipsis sobre los hijos de Israel y su lugar que ellos habrán de ocupar en la utopía de la Jerusalén Celeste, expresa en una manera encubierta sus preocupaciones acerca de los judeoconversos que deberán constituir el núcleo de la Iglesia católica renovada.
Es muy pertinente notar, que el libro de Revelación comúnmente adscrita a San Juan el Teólogo lleva muchos rasgos de la tradición apocalíptica judía y pertenece a la época del judeo-cristianismo, cuando la Iglesia todavía no se ha separado por completo de la sinagoga. Por eso era de esperarse que el autor, identificándose como judío, trata de presentar el ejemplo de salvación para los demás judíos, quienes, según su modelo escatológico, habrán de representar a los 144 000 hijos de Israel sellados, el resto fiel de todo el pueblo israelita. Los paralelos vetero-testamentarios a la visión de la Jerusalén nueva y a las torturas apocalípticas son evidentes, y parece muy importante que Gregorio López los notó y los atribuyó correctamente por haber citado los libros de los profetas Isaías y Ezequiel, que se refieren a la confirmación y renovación del pacto entre Dios y su pueblo elegido. Es muy sintomático que Gregorio López usa la palabra Ley, anotando implícitamente que la Ley de Moisés no se abolió sino fue reforzado por la fe que los judíos habrán de tener en Jesucristo como Mesías de Israel.
Entonces, ¿podemos calificar las creencias de Gregorio López como definitivamente cripto-judíos? Nosotros creemos que no y que la situación era más complicada. Nos atrevemos a proponer la idea según la cual Gregorio López, como representante encubierto del alumbradismo, podría haber tenido un interés especial hacia la imagen judeo-cristianismo principal dentro de un paradigma de la iglesia espiritualmente renovada. Ese interés era característico para los erasmistas y otros humanistas europeos y precisamente por ese interés podemos observar el surgimiento de los estudios hebreos entre los humanistas de los siglos XV-XVI (basta recordar los nombres del mismo Erasmo y de Johannes Reuchlin). Podemos suponer que la preocupación de Gregorio López acerca de los judeocristianos también podría haberse condicionada por la búsqueda de un paradigma histórico-dogmático integral, propio para la fe de la Iglesia cristiana de los primeros siglos, y esa búsqueda podría haberse ubicada dentro de una visión religiosa, histórica y antropológica producido por el alumbradismo español y novohispano, conocido por su anhelo de descubrir el camino personal hacia Dios por el conocimiento espiritual directo.

El pensamiento judío ha podido ejercer una gran influencia a lo largo de la historia en diversos autores, sobre todo por la propia esencia del pensamiento religioso, cuestión que, por estar inserta en la naturaleza más íntima del individuo, nunca puede ser establecida completamente si el personaje no se ha declarado abiertamente sobre ello. Esta influencia pudo ser tenue comparada con otros movimientos intelectuales que pudieron tener mayor calado e importancia para la filosofía, pero está ahí presente y sería un error de análisis desdeñarla: Michel de Montaigne, Giordano Bruno (el nolano) y Francisco Sánchez (el escéptico); muy peculiares ellos, sin ninguna relación entre sí, presentan un carácter heteróclito respecto a la línea principal de pensamiento de su época. Ninguno de los tres era judío. Los elementos judíos presentes en ellos son difíciles de precisar porque se encuentran imbricados en otras tradiciones. El mundo criptojudío pudo tener contacto con la corriente escéptica recuperada en el Renacimiento. La mentalidad que surge del pensamiento hebreo encaja de forma más adecuada, por sus características particulares, con el escepticismo. Las características de crítica constante, sin aferrarse a ninguna afirmación dogmática, son comunes tanto a esta línea de pensamiento judío como al escepticismo. Quizá estos autores que presentan este tipo de filosofía vinculada al escepticismo, como Sánchez, Bruno y Montaigne, hayan visto orientado su pensamiento debido a la influencia del judaísmo.

“El problema converso” es algo que se hace patente por toda la geografía española, a raíz de las conversiones masivas tras lo sucedido en 1391. Centrándonos en las comunidades conversas de Ciudad Real, hacemos un recorrido por su historia y su reacción ante la implantación del tribunal del Santo Oficio en dicha ciudad. Para ello contamos con particularidades extraídas de los procesos inquisitoriales llevados a cabo entre 1483 y 1485.