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  • Sou professor substituto no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) onde leciono no Ensino... moreedit
  • Prof. Dr. Igor Salomão Teixeira (Masters and PhD), Prof. Dr. Renato Viana Boy (Undergraduate degree)edit
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar a participação do Outro no contexto formativo dos povos Ingleses (731 – 899). Esta investigação tem como base três documentos: a Ecclesiastica Historia Gentis Anglorum, obra do monge Beda... more
Resumo: O objetivo desta dissertação é analisar a participação do Outro no contexto formativo dos povos Ingleses (731 – 899). Esta investigação tem como base três documentos: a Ecclesiastica Historia Gentis Anglorum, obra do monge Beda datada de 731, a sua tradução ao Inglês Antigo feita no século IX e o estoque comum da Crônica Anglo-Saxônica, obra que começa a ser escrita em 890-2 na corte do rei Alfredo de Wessex (871 – 899) e termina em 1154. Nossa problemática central é: como interpretar os efeitos do Outro no discurso de formação identitária dos povos Ingleses? Para responder a esta questão trabalhamos com o termo ‘situações de outridade’. Estas situações servem para englobar a situacionalidade da etnia – sendo a etnicidade um dos elementos-chave de análise – que se move no espectro entre a identidade e a alteridade. Através de uma interpretação tropológica do discurso ao redor dos termos gens Anglorum e da Angelcynn, as referências das fontes para a ideia de ‘povos Ingleses’, obtemos nossa hipótese central de que este processo formativo se pautou pela pluralidade étnica. No capítulo I, instrumentalizamos as situações de outridade enquanto ferramenta teórica na formação dos povos Ingleses. No capítulo II, analisamos a outridade no discurso da gens Anglorum bedaniana. No capítulo III, interpretamos o discurso da Angelcynn alfrediana.

Palavras-chave: Beda; Crônica Anglo-Saxônica; Povos Ingleses; Situações de outridade; Etnicidade.





Abstract: The aim of this dissertation is to analyze the participation of the Other in the formative context of the English peoples (731 – 899). This investigation has its basis in three documents: the Ecclesiastica Historia Gentis Anglorum, a work of the monk Bede, dated for 731, its translation to Old English made in the 9th century and the common stock of the Anglo-Saxon Chronicle, a work that begins to be written in 890-2 in the court of the king Alfred of Wessex (871 – 899) and finishes in 1154. Our central problematic is: how to interpret the effects of the Other in the discourse of identity formation of the English peoples? For answering this question, we work with the term ‘situations of otherness’. These situations serves for encompassing the situationality of ethnicity – one of our key elements of analysis – that moves in the spectrum between identity and alterity. Through a tropological interpretation of the discourse around of the terms gens Anglorum and Angelcynn, the references of the sources for the idea of ‘English peoples’, we obtain our central hypothesis that this formative process was guided by ethnic plurality. In the first chapter, we mean to instrumentalize the situations of otherness as a theoretical tool in the formation of English peoples. In the second chapter, we analyze otherness in the Bedan discourse of gens Anglorum. In the third chapter, we interpret the discourse of Alfredian Angelcynn.

Keywords: Bede, Anglo-Saxon Chronicle; English peoples; Situations of otherness; Ethnicity.
Caderno de resumos do ST 06: Possibilidades de pesquisa em História entre os séculos V e XV: do Oriente ao Ocidente. Este Simpósio Temático aconteceu entre os dias 01 e 04 de setembro de 2020 no IV Encontro Discente de História da UFRGS e... more
Caderno de resumos do ST 06: Possibilidades de pesquisa em História entre os séculos V e XV: do Oriente ao Ocidente. Este Simpósio Temático aconteceu entre os dias 01 e 04 de setembro de 2020 no IV Encontro Discente de História da UFRGS e foi realizado em modalidade online.
Resumo: Como um dos períodos mais ricos em termos de produção de documentos, o reinado de Alfredo, o Grande (871 – 899) se destaca em diversos âmbitos. Estando em um contexto de reformas, o reinado de Alfredo ressignifica as produções... more
Resumo: Como um dos períodos mais ricos em termos de produção de documentos, o reinado de Alfredo, o Grande (871 – 899) se destaca em diversos âmbitos. Estando em um contexto de reformas, o reinado de Alfredo ressignifica as produções intelectuais em Inglês Antigo. Tal ressignificação acontece na criação de documentos oficiais como a Crônica Anglo-Saxônic e diversas obras clássicas em Latim são traduzidas ao vernacular. Uma destas traduções é a da Ecclesiastica Historia Gentis Anglorum, de autoria do monge Beda, o Venerável (673 – 735) publicada na língua latina em 731. A origem desta tradução está dentro do projeto alfrediano que visa contemplar a construção de unidades dos povos Ingleses na esfera do político, com Alfredo proclamando-se rei dos Anglos e dos Saxões e do cultural, com a criação e tradução de documentos no vernacular. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a trajetória dos seis manuscritos que compõe a versão de Beda em Inglês Antigo e, principalmente, dissertar sobre sua origem e transmissão. Ao investigar isto, lemos como um único documento, envolvido em projeto de unidade, fragmenta-se em manuscritos que possuem trajetórias distintas no decorrer da história.

Palavras-Chave: Beda; Alfredo; Unidade; Transmissão manuscrita; Inglês Antigo.

Abstract: As one of the richest periods in terms of production of documents, the kingship of Alfred, the Great (871 – 899) stands out in various scopes. Being in a context of reforms, the kingship of Alfred resignifies the intelectual productions in Old English. Such resignification happen in the creation of official documents like the Anglo-Saxon Chronicle, and a number of classical works in Latin are translated to the vernacular. One of these is the Ecclesiastica Historia Gentis Anglorum, authored by the monk Bede, the Venerable (673 – 735) and published in Latin language in 731. The origin of this translation is on the alfredian project which aims to contemplate the construction of unities of the English people in the sphere of the political, with Alfred claiming itself king of the Angles and the Saxons, and of the cultural, with the creation and translation of documents into vernacular. Thus, the purpose of this work is to investigate the trajectory of the six manuscripts which compounds the version of Old English Bede and, mainly, to dissert of its origin and transmission. By investigating this, we read how a single document, involved in a project of unity, fragments itself in manuscripts which have distinctive trajectories throughout history.

Keywords: Bede; Alfred; Unity; Manuscript transmission; Old English.
O artigo propõe estudar aspectos de historiografia e história política do Reino de Kent na escrita da Crônica Anglo-Saxônica. A Crônica Anglo-Saxônica trata-se de um documento que tem sua escrita iniciada no século IX na corte de Alfredo,... more
O artigo propõe estudar aspectos de historiografia e história política do Reino de Kent na escrita da Crônica Anglo-Saxônica. A Crônica Anglo-Saxônica trata-se de um documento que tem sua escrita iniciada no século IX na corte de Alfredo, o Grande (849 – 899) então rei de Wessex e continua até o ano de 1154, quando deixa de ser escrita. O documento é escrito originalmente em anglo-saxão (ou inglês antigo), sendo o último de seus sete manuscritos escrito tanto em inglês antigo quanto em latim. O objetivo deste trabalho quando ao visualizar o Reino de Kent, é verificar nas descrições presentes na Crônica Anglo-Saxônica objetos como o político e seus personagens na constituição deste reino anglo-saxão em específico. Ao analisar o Reino de Kent, iremos nos depreender em questões como a forma em que o reino se estabelece, junto ao seu próprio caráter de reino, suas relações de poder, estruturas políticas e sua imagem política na Crônica Anglo-Saxônica, fonte escrita no Reino de Wessex.
Research Interests:
O seguinte trabalho é parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida em estágio inicial junto ao LEME – Laboratório de Estudos Medievais. O trabalho tem como fonte principal a Crônica Anglo-saxônica, que é um documento que começa a ser... more
O seguinte trabalho é parte de uma pesquisa que está sendo desenvolvida em estágio inicial junto ao LEME – Laboratório de Estudos Medievais. O trabalho tem como fonte principal a Crônica Anglo-saxônica, que é um documento que começa a ser escrito no século IX no reino de Wessex a mando de Alfredo, o Grande, relatando todos os eventos principais da ilha Britânica desde o nascimento de Cristo até o ano de 1154, quando deixa de ser escrita. O principal recorte do trabalho são os séculos VII e VIII, que é um período rico em conflitos internos, começando no século VII com o ápice político dos reinos anglo-saxões “menores” da ilha e suas disputas com os reinos vizinhos, e terminando no século VIII, mais precisamente em 793 com o primeiro relato de presença viking na ilha, onde remetendo às estruturas políticas, este evento tende a ser uma ruptura, pois tratando-se de um estado propriamente dito, as invasões vikings abalam estas estruturas dos reinos, uma vez que estas invasões não só afetam o campo militar, mas também a política, a sociedade e a cultura dos reinos anglo-saxões. O trabalho de pesquisa tem por objetivo apresentar as estruturas de poder e problematizar o conceito de reino que a Crônica Anglo-saxônica procura transmitir, explorando estas diversas estruturas e como elas podem se relativizar, tendendo a ter como principal foco, o comportamento destas estruturas em seus determinados personagens.
Research Interests:
Resumo: O objetivo do artigo é investigar as conexões dos projetos políticos de Alba e Wessex disponíveis a partir das narrativas de duas crônicas insulares. A Crônica Anglo-Saxônica, escrita a mando de AElfred de Wessex (r. 871-899) em... more
Resumo: O objetivo do artigo é investigar as conexões dos projetos políticos de Alba e Wessex disponíveis a partir das narrativas de duas crônicas insulares. A Crônica Anglo-Saxônica, escrita a mando de AElfred de Wessex (r. 871-899) em Winchester, teve estoque comum finalizado por volta de 892, quando iniciou sua escrita contemporânea até 1054. A Crônica dos Reis de Alba teve estoque comum finalizado em torno de 971 no reinado de Cináed II mac Mael Choláim (r. 971-995), mas com conteúdo que retoma ao reinado de Cináed I mac Ailpín (r. 843-858). Sob a metodologia das Histórias Conectadas, questionamos: que narrativas se conectam nos projetos políticos de Wessex e Alba? Nas descrições dos documentos as narrativas são interligadas por dois pontos: 1) a construção de projetos de poder para coesão interna dos respectivos reinos; 2) o estabelecimento de unidade étnica frente à ameaça de agentes externos.
RESUMO: O presente artigo objetiva sugerir uma interpretação do papel da Crônica da Irlanda em sua tradição de escrita da históriaos anais medievais irlandeses. A partir de provocações da historiografia que manifestam sua inexistência,... more
RESUMO: O presente artigo objetiva sugerir uma interpretação do papel da Crônica da Irlanda em sua tradição de escrita da históriaos anais medievais irlandeses. A partir de provocações da historiografia que manifestam sua inexistência, questionamos: que evidências atestam a existência da Crônica da Irlanda dentro dos anais irlandeses? Configuramos a Crônica da Irlanda interconectando as sequências comuns dos anais tardo-medievais em três pontos. Primeiro definimos os anais irlandeses como uma tradição historiográfica, segundo sugerimos um recorte cronológico do documento entre 740 e 911 e terceiro identificamos seu corpus de manuscritos.

PALAVRAS-CHAVE: Crônica da Irlanda; historiografia; cronologia; tradição manuscrita.

Abstract: The following article aims to suggest an interpretation of the Chronicle of Ireland’s role in its written tradition – the medieval Irish annals. Departing from provocations of the historiography that manifests its inexistence, we question: which evidences attests the existence of the Chronicle of Ireland inside the Irish annals? We configure the Chronicle of Ireland interconnecting the common sequences of late medieval annals in three points. First, we define the Irish annals as a historiographical tradition, second, we suggest a chronological cut-out of the document between 740 and 911, and third, we identified its manuscript corpus.

Keywords: Chronicle of Ireland; historiography; chronology; manuscript tradition.

Resumen: El presente artículo objetiva sugerir una interpretación del papel de la Crónica de Irlanda en su tradición de escrita de historia – los anales medievales irlandeses. A partir de provocaciones de la historiografía que manifiestan su inexistencia, cuestionamos: ¿Qué evidencias atestiguan la existencia de la Crónica de Irlanda dentro de los anales irlandeses? Configuramos la Crónica de Irlanda interconectando las secuencias comunes de los anales medievales tardíos en tres puntos. Primero definimos los anales irlandeses como una tradición historiográfica, segundo sugerimos un recorte cronológico del documento entre 740 y 911, y tercera identificamos su corpus de manuscritos.

Palabras clave: Crónica de Irlanda; historiografía; cronología; tradición manuscrita.
A Crônica Anglo-Saxônica é uma fonte que começa a ser escrita no século IX até o ano de 1154. Este documento é dividido em sete manuscritos escritos em anglo-saxão até o sétimo, escrito tanto em anglo-saxão quanto em latim. O documento... more
A Crônica Anglo-Saxônica é uma fonte que começa a ser escrita no século IX até o ano de 1154. Este documento é dividido em sete manuscritos escritos em anglo-saxão até o sétimo, escrito tanto em anglo-saxão quanto em latim. O documento procura relatar a história da ilha britânica desde o ano um até 1154, quando deixa de ser escrita. A Crônica começa a ser escrita na corte de Alfredo, o Grande (849 – 899), em Wessex. Nosso objetivo neste artigo é analisar as passagens referentes ao reino da Nortúmbria, analisando sua unificação junto aos reinos de Deira e Bernícia no início do século VII até o ano de 793, quando é registrada a primeira passagem de invasão viking na ilha, considerada uma ruptura política. O reino da Nortúmbria com sua formação atribuída em diferentes momentos na Crônica Anglo-Saxônica se estabelece como o maior reino em extensão territorial entre os reinos anglo-saxões do período, possuindo certo antagonismo com Wessex, de onde parte a perspectiva de escrita da Crônica. Portanto, analisaremos relações de poder entre Wessex e Nortúmbria partindo da escrita da história da Nortúmbria, compreendendo questões como a narrativa do documento e também silêncios em relação a situação política deste reino.
Resumo: Neste artigo, nos atentaremos aos elementos de escrita da Crônica Anglo-Saxônica tendo como objetivo perceber o documento como um local de desenvolvimento de memória e narrativa sobre as populações anglo-saxônicas do século IX.... more
Resumo: Neste artigo, nos atentaremos aos elementos de escrita da Crônica Anglo-Saxônica tendo como objetivo perceber o documento como um local de desenvolvimento de memória e narrativa sobre as populações anglo-saxônicas do século IX. Teremos como princípio a análise de escrita da história inserida na Crônica Anglo-Saxônica. Primeiramente, procuraremos perceber o espaço de escrita da Crônica no reinado de Alfredo, o Grande e seus elementos de propaganda de seu reinado, fazendo uma análise bibliográfica a partir de historiadores com produção vinculada a figura de Alfredo. Em uma segunda etapa nos atentaremos a escrita da Crônica atrelada ao ambiente monástico, identificando as etapas de escrita depois do documento ter saído da corte de Alfredo e a mudança no sentido de sua própria escrita. Por fim, analisaremos os elementos da memória, narrativa e temporalidade dentro da Crônica Anglo-Saxônica, identificando o marco temporal na sua temporalidade, a sua estrutura de narrativa e seu desenvolvimento enquanto um espaço de memória. Assim, nosso propósito é verificar a Crônica Anglo-Saxônica como um espaço de escrita da história na Idade Média, encontrando seu lugar dentro da escrita da história universal e fazendo um diálogo com a História Eclesiástica do Povo Inglês, de autoria do Venerável Beda, a partir de sua influência na escrita da Crônica Anglo-Saxônica. Estes elementos assim, serão guiados pela percepção da historiografia tendo como centro de análises a própria Crônica, sendo a escrita do documento o local de desenvolvimento destas questões. Palavras-chave: Historiografia, Crônica Anglo-Saxônica, tempo e narrativa. Time, narrative and historiography in the writing of the Anglo-Saxon Chronicle under the reign of Alfred, the Great in the ninth century Abstract: In this article, we'll pay attention to the elements of writing of the Anglo-Saxon Chronicle having as objective to see the document as a situation of development of memory and narrative in the anglo-saxons of the ninth century. We'll have as a principle the analysis of writing of history inserted in the Anglo-Saxon Chronicle. Firstly we'll notice the space of writing of the ASC in Alfred, the Great and its elements of propaganda of his reign, making a bibliographical analysis from historians with their productions linked to the figure of Alfred. In a second stage we'll pay attention to the writing of the ASC linked to the monastic ambient, identifying the stages of writing after the document has left the court of Alfred with the changing of the direction of its own writing. Yet, we'll make an analysis with the elements of memory, narrative and temporality inside the ASC, identifying the time frame in its temporality, its narrative structure and its development in a space of memory. Therefore, our purpose is verify the Anglo-Saxon Chronicle inside a space of the writing history in the Middle Ages, involving its place inside the universal history and making a dialogue with the Ecclesiastical History of English People of Venerable Bede from its influence in the writing of ASC. These elements are thus guided by the perception of historiography having as center of analysis the own ASC, being the writing of the document the main place of development of these questions.
Research Interests:
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