Pe. Rohrbacher - Vidas Dos Santos Vol. 19
Pe. Rohrbacher - Vidas Dos Santos Vol. 19
Pe. Rohrbacher - Vidas Dos Santos Vol. 19
(NN
VIDAS
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SAI\TOS
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Padre Rohrbacher
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AVISO AO LEITOR:
VIDAS
DOS
SA NT OS
EDIO ATUALIZADA POR
VOLUME XIX
I
r-
Outubro
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J
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-
***
Q) Ac., 9. 3L.-42.
I
SO CRISANTO e SANTA DARIA (*)
Mrtires
***
so FRONTO (*)
Primeiro BisPo (e Prigueux
So Fronto nasceu na atual Dordonha, antiga
Lnocassium. Quando contava sete anos, principiou
a aprender as primeiras letras e, diz a legenda, _ o
saltrio. Moc,, deixou a ter:.a em que nascera e foi
viver no Egito, onde visitou o monge Apolnio, a
cuja cela duas serpentes montavam guarda.
Depois de longa estada no deserto, ao lado de
Apolnic,, So Fronto rumou para Roma. Ali, livrou
a filha dum senador dos tormentos que o demnio
lhe infligia. Ora, So Pedro,, ouvindo falar dle,
chamc,tt-o para conhec-lo, e, agradado, resolveu
envi-lo para Prigueux como bispo. Como compa-
nheiro, levou consigo o padre forge.
forge morreu pelo caminho, e Frontc, todo
choroso, voltou-se para So Pedro, contando-lhe o
sucedido. O Prncipe dos Apstol'c,s deu-lhe o bor-
do que sempre trazia consigo, e com le o santo
bispo ressuscitou o companheiro, na presena de
grande nmero de pagos, os quais se converteram.
Quando retomaram o caminho de Prigueux,
Fronto e ]orge iam acompanhados de setenta disc-
pulos. Assim, chegaram ao fim da viagem.
Iorge. mais tarde, foi feito bispo do Velay, mas
o seu fim ignorado.
Fronto, effi Prigueux, comeou pcr sofrer te-
naz perseguio dum pssimo homem poderoso, ptd-
\
VIDA DOS SANTOS 25
*t*
VIDAS DOS SANTOS 27
Sculo V
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SO BERNWARD OU BERNARDO
Bislto de Hildesheim
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SANTA GIBITRUDES (*)
Monia
Sculo VII
Sbre Santa Gibitrudes, um monge, chamado
fonas, escreveu:
"Ljma virgem, chamada Gibitrudes, nobre pero
nascimento e pela r,eligio, converteu-se e deixou o
sculc' par_a ganhar u c.*unidade (de Eborircu)-,
e a me do mosteiro, Burgondofara ( 1 ), ,.c"beu-a
c.om alegria, como a um racioso presente, porque
ela era sua parenta. Queimava-a um tal ardr,
Or;
sempre a graa do Esprito Santo parecia inflam a_la.
"Estava ela ainda na casa paterna,
quando, a
conselhc dc Esprito Santo, decidiu votar-r ao culto
cia religio, e rogou ao pai e me que lhe.rigi..
um oratrio onde pudesse ser a r.rr dc seu ciiador.
"Os pais julgaram-na erradamente: os dois
eram nobres da raa franca e no se importavam ainda
com a vida que leva ao reinc, dcs ceu. pelo contr-
rio, desejavam fruir das honras do sculo, e pcr isso
queriam da filha._ uma posteridade, antes qu" dar
penhor ao cu. Todavi, nada conseguiram azer
para demover a jovem do gue trazia no eprito: cede-
(1) ou Santa Fara oq FAf,
I
!.
***
I
27., DIA DE OL]TUBRO
SANTO ELESBO
Re da Etipia
***
Santc Abrao:
E ento? A paixo vive. Est apenas prsa,
.icminacla. Mas eis que tu ouves falar de dois irmos:
um dles te ama, c, outro, te odeia, humilha-te. Um
clia, aparecem na tua casa. Tu os recebes igualmente?
No, mas combato o meu esprito, pocurl-
d.l tratar bem o meu inimigo, assim como trato o meu
amigo.
Ora v tu: as paixes vivem, apenas so
reprimidas pelcs santos.
Santc Abrao faleceu antes do ano de 368.
t**
28., DIA DE OUTL]BRO
so slMo E so JUDAS (*)
APstolos
I j Sculo
disse-lhe:
62 PADRE ROHRBACHER
64 PADRE ROHRBACHER
I
Salvador, gue o nico sbic'. Glria e magnifi-
cncia, e fra e poder, agora e em todos os sculos.
Amm!" (9)
***
+.+
SANTO ANGILRANO (*)
Bispo
68 PADRE ROHRBACHER
?o PeDns RoHecHE,
so NARCTSO (*)
Bspo
***
SANTA ERMELINDA (*)
Vrgem
(Sculo VI?)
**a-
BEM-AVENTURADA PAULA
MONTALDI (*)
Clarssa
***
JO., DIA DE O(]TUBRO
so MARCELO (*)
Centurio Mrtir
-
I
"Aos 5 das calendas de agsto (l),sob o corr-
sulado de Fausto e de Galo, Marcelo, centurio,
tendo comparecido diante do governador Astsio
Fortunato, ste lhe perguntou:
verdade qu julgas bom, contra a disci-
plina, tirar o cinturo e arrojar por terra a espada e a
cepa de vinho?"
"So Marcelo resPondeu:
Sim, a12 das-calendas de agsto (2), gua'-
do celebraste a festa do teu imperador, eu j havia
declarado em alta voz que era cristo e que no o
poderia mais servir como oficial. No sirvo seno
;"t,rt Cristo, o Filho de Deus Todo-poderoso".
" Fortunato replicou:
Causaste um escndalo. No posso abafar
o sucedido. Sou obrigado a encaminhar-te aos nossos
senhores Augustos e Csares. Tu sers, pois, envia-
do ao tribunl de meu senhor Agricolano".
(1) 28 de jho.
(2) 21 de julho.
VIDAS DOS SANTOS
II
"Manlio (sic) Fortunato, ao seu guerido Agri-
colano, saudaes. Quando celebramos o dia to
bem-aventurado e to jubiloso para todo o universo
do prprio nascimento de nossos Augustcs e Csares,
eu te informo, Senhor Aurlio Agricolano, que Mar-
celo, centurio ordinrio, prsa de no sei que loucura,
despojcu-se espontneamente do seu boldri e achou
bom arrojar diante das tropas de nossos senhores a
espada e a cepa gue trazia. Vi-me, ento, l tecs-
sidade de enviar o caso tua jurisdio, e de te con-
duzir o inculpado".
III
"Sob o consulado de Fausc, e de Galo, aos 3
das calendas de novembro (3) , em Ting i (4) , Mar-
celo, centurio, foi introduzido diante do jui.z. I-ei-
tura foi feita das peas pelo escrivo, "O gover-
nador Fortunato conferiu a tua jurisdio a Mrcelo
aqui presente. Eis a carta escrita a ste respeito e a
qual vai ser lida, se tu o ordenares".
"Agricolano pronunciou :
Que seja lida".
Depoi-s da leitura, Agricolano perguntou ao
acusado:
Disseste o que foi consignado na ata?"
Eu o disse".
aa
Cada uma destas palavras?"
ar. ,,
Dtm
(3) 30 de outubro.
(4) Tanger.
82 peDE, ROHR,BACHER
Resumo do martirolgio:
"Em Tanger, fl Mauritnia, a paixo de So
Marcelo, centuiio, pai dos santos mrtires Cludio,
Luprcio e Vitrio: teve a cabea cortada e assim
consumiu o martrio sob Agricolano, lugar-tenente
do prefeito do pretrio, eil 298" .
rl..r
a
so GERMANO (*)
Bispo
+r+
BEM-AVENTURADO NGELO
D'ACRI (*)
Capuchinho
*t
I
curouimitarognerodevidaadoaadooelo.santo
patriarea, de gue se torrrara'tiil. supriu o vinho
regentemente noites
e a carne, habituou-se. a passar dos $r-
inreiras ;;;; ,frtrao nas tp"tus pedra
"*
des dias .art,. bormia no cho e uma lhe
noite' discipli-
servia de trav"e"ss"i*o-.- Trgs vzes Pora renunciar em
rV-se arruti.nt* *ut foi
obrig+
em obedincia
parte a essa prii, a" mtrtific"aao de vida no
ao seu .ott"r;;:-*T" ustero t'po
tardo,u em .;;;i* ' totit
a" envinda e -la
cairdoente.Sobrevieram-lhelcerastodolorosas,
ligeiramente'
gue ningum-paiu . mov-la' mesmo- Depois ter
sem causar-lhe cruis sofrimentos' 'de
ez voto de a
.
ir
passado cinco anos nesse estado'
bc,lonha,ririt' as relguils L Sao
;;;.rP"rao da sua sade' Levaram- "T:n#".ffjr:
'cidade; mal chegou ao tmulo do santo sentiu-se
sbitamente curada'
retornou
De regresso ao seu pas' Benvinda tinham
sua antigu ;eira de vir' gue as. doenas
a gue
irir."*!,ia". Deseiava, com os santos rigores
*
submetiu,".,.o,po.,subordinarinteiramenteacarne
ao esprito. 'i'u'idu pt ieiuns' pelas viglias
ssa santa criatura' que
;;;;, longo -pelo
.esgotam"ttto'
gue deseiava ardentemente
s suspirava 1'' e s portas da morte
reunir-se l;;; 'i'to'
'it'-t" Recebeu com
numa idade ainda pouco avanad' e entregou o
"
terna d".rofao os uliimos sacramentos de alegria
esprito ao" riado, com os sentimentos
desorendida das
naturais a uma alma intJmente
coisas terrenas' Sua morte
ocorreu "" dia 19 de
que 9s ficis tinham de
outubro a""'2. alta idcia uma
;;;;;tidade z com gue a considerasse como
VIDAS DOS SANTOS
T
SANTO AFONSO RODRGIJEZ
lesuta, Portero de Colgio
***
L
SO VOLFANGO
BisPo de Ratisbona
de pais rlo-
So Volfangc nasceu na Subia'
iniciado seus
destos. D";;-; ter brilhantemente para
rur..teiro de Reichenau, transferiu-se
"r*a.. "o
Wurtzburg de Henrique' irmo de
";-;;*panhia que mandara vir da
Pappon, bispo Ju-- iaua"' e chamado Est-
^*"'p"muito to*ptttnte
Itlia um professor
vc. Pcuco depois' isto ' em 956' o rei
de Trveris a Henri-
Oton I entregou ao u""o"!ado
novo prelado levou
que, de qu. era parente' e o
cumul-lo de bens
consigo o ,.u t"id"' Pretet'dia na
e honrariat ; ;t'gut-lh" aVolfango
maicr autcridade
no aceitou
diocese, abaixo da u; mas
outropstoanoSeromagistrio;eexercia-o9t-
as retribuies
tuitamente, recusando at mesmc'
oferecidas,emantendosuacustaoslunospobres'
costumes de seus
No se preccupava menos com os
instruo; e abstinha-se
discpulos do que com " ;;
de carne, i"iiu*u' f'azia viglias
e rezava muito' e
Recusou as abadias'
nunca usava roupas 1'*t"''' quis confiar-lhe'
cuia direo o A"tbispo Henrique em alguIS cIo-
decano
e apenas aceitou o cargo de
I
VIDAS DOS SANTOS 91
***
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BEM-AVENTURADO TOMS DE
FLORENA (*)
Franciscoto
***
7\ovembro
1., DIA DE A/OVEMBRO
TODOS OS SANTOS E FINADOS
Que bela festa! como se Todos os Santos e
Finados fra uma s festa. Dum lado, a Igreja mili-
tante, sbre a terra, roga Igreja triunfanie do cu,
e doutro lado, roga pela Igr,eya sofredora e paciente
do purgatrio. E as tr Igrejas so uma nica
Igreja.
A caridade, mais fc,rte do gue a morte, uniu-as
do ceu terra, e da terra ao prrgatrio. E pelo
mesmo sacrifcio que ns agradeemos a Deus a
glria com a gual cumula os iantcs do cu, e implo-
ramos a misericrdia para os santos do purgatrio,
santcs ainda no perf,eitos.
Tal sacrifcio ]esus mesmo, gue santifica uns
e outros, de guem esperamos a graa de nos santificar
a ns mesmos. Assim, todos se renem em vs,
|esus! Somos felizes!
LLz PADRE ROHRBACHER
***
-
***
I
so MATURINO (*)
Contessor
*t*
TODOS OS SANTOS (*)
(Apndice)
***
I
reqomendar
-De-us
sua intercesso. Doutro !ado,. supl[c4.,
a que se lembre dos servidores e servidoras Orle--
nos preoederam no outro mundo cor-n a chancela d
te, gnando-Se cc,nceder-lhes a estadia no refrigrio,
na luz e na paz.
A crena do purgatrio e a orao pelos mortos
acham-se er,n todos os doutres da Igreja, bem co',nlo
nos.atos dos mrtires, notadamente nos atos de So
Perptuo, escritos por le mesmo.
Todos os santo's rogaram pelos morto. Santo
Odilon, abade de Cluny, nc, sculo XI, tinha'um zlo
particular pelo que dizia respeito ao refrigrio das
almas do purgatrio. Foi movido pela compaixo,
pensandc no sofrimento das almas do purgatrio gye,
adiantandc-se Igreia, ordenou se rogasse pelas
almas, tendo destinado para isso um dia especial; '
Eis como Santo Cdilon animou tal instituio, cqme- ,
Eo ermito respondeu:
E que, prximo do mosteiro, h um lugar
at
1.'
':33
:'
VIDAS DOS.SANTOS
***
so MARCIANO (*)
Ermito
Marciano nasceu numa das mais ricas famlias
da cidade de Ciro. Embora tudo tivesse, nome e
gueza, guando moo deixou a casa dos pais e se
f.Czpara o deserto, onde construiu peguenina cela,
to peguena gue smente a le abrigava, e ali varava
os dias a recitar os Salmos e a ler as Escrituras.
Algum tempo depois, dois discpulc.s juntarIrl-se
ao Santo: Agapito e Eusbio, os guais ergueram nova
cela e ficaram a seguir o mtodo d,e vida do mestre.
Uma noite, Eusbio viu gue o rosto de Marciano
jazia todo envolto numa brilhante lumino'sidade.
Ciente da grande santidade do mestre, entrou a
vener-lo. Conta-se gue, c,erta vez, o mesmo Eusbio,
indo co,nsultar o Santo sbre um ponto que desejava
esclarecer, viu um feio drago trepado no teto da
cela do ermito, a observ-lo, como esperando melhor
ocasio para peg-lo e devor-lc. Aterrorizada,
deixou escapar agudo grito.
Marciano, que plcidamente orava, saiu da cela
e deu com o discpulo a tremer, plido e boquiaberto.
Seguindo-lhe o olhar, desccbriu o drago. Sem se
comover, ez o sinal da cuz. E tendo soprado no
monstro um grande spro, f-lo d,esabar donde estava,
aos pedaos.
VIDAS DOS SANTOS 139
***
I
BEM-AVENTURADA MARGARIDA DE
. r ' 1' LORENA
(*)
-
Duquesa de Alenon
Clarissc
***
CoMEMORAO DOS FIIS DEFUNTOS
( Apendicel
***
- -'i
!-.
..
SO MALAQUIAS
Arcebspo de Arm,agh, ne lrlanda
r**
***
4., DIA DE IOVEMBRO
SO CARLOS BORROMEU
Cardeal, Arcebispo de Milo
Um prncipe passava por Milo: para homena-
ge-lo, celebrarl-se divertimentos pblicos. De
repente, uma notcia sinistra se espalhou cleremente:
maniestara-se a peste em dois lugares da cidade.
O prncipe, imediatamente, e com precipitao re-
tirou-se, seguido do governadcr e de grande parte da
nobreza e dos magistrados.
Ficaram na cidade apenas o povo e os pobres,
com um pequenc nmero de magistrados e alguns
bcrns padres ou religiosos, num terror e desolao
inenarrveis.
O santo arcebispc, Carlos fra administrar os
ltimos sacramentos a um bispo da provncia. Quan-
do regressou, tda a gente se lhe reuniu ao redor, a
gritar, consternada, e a chorar:
Misericrdia, Senhor, misericrdia! A peste
aqui ficar por seis meses!
Carlos foi o salvador do pc,vo. Secundado por
padres e religiosos, que animava caridade, proveu
as necessidades corporais e espirituais dos doentes,
visitando-cs e administrando-lhes, le mesrro, os s-
cramentos. Para aliment-l:,s ou vesti-los, vendia
tudo aguilo gue tinha, at a cama, resignando-se a
VIDAS DOS SANTOS 175
*tr
I
-
-
Primeros Scu/os
***
SANTA PERPTUA (*)
Espsa de So Pedro
I ] Scula
Os trs evangelhos sinticos contam como Nosso'
Senhor |esus curou a scgra de So Pedro, que estava
de cama com febre. So Mateus diz que, "tendo
chegado |esus casa de Pedro, viu que a sc gra
dale estava de cama ccm febre; e tomou-a pela mo,
e a febre a deixou, e ela se levantou e se ps a Ser-
vi-lcs (Mt. 8, 14-15) . So Marcos refere-se sogra
de Sc Pedro, bem como So Lucas, quase que nos
mesmos trmos (M.. l, 29-30; Lc. 4, 38-39). Por
estas passagens que ficamos sabendo que o Prncipe
dcs Apstolos foi casado.
Desde o sculo II, vem-se excogitando sbre-a
mulh,er de Pedro (Escritos pseudo-clementincs ) ,
escrevendo-se a respeito do Seu martrio em Roma,
I:ara onde fra seguindo o espso.
Eusbio de Cesaria conta que So Pedro, vendo
a mulher que sempre amata ser cond uzda ac, suplcio,
experimentou grnde alegria, porque a via firme no
Senhor. E a ecorajava e consolava, carinhosamente
chamando-a pelo nome.
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VIDAS DOS SANTOS 193
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F.
Santa Isabel recebe a visita da SSma. Virgem (de um afrsco
de Sodoma, sc. XVI).
202 PADRE ROHRBACHER
***
I
SANTA BERTILA (*)
Abadssa
***
BEM-AVENTURADO MARTINHO (*),
Domnicano
I
I
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I
.
VIDAS DOS SANTOS 2r9
-
O zlo levou-o a instruir as g,entes da vizinhana;
muitos dos gue o cuviam foram tocados singular-
mente pelas pregaes gue Ihes f.azia: e alguns se
sentiram mesmo animados a imit-lo naquele gnero
de vida. E foram procura do santo,, o deserto, em
que vivia: nasceu o mosteiro, depois clebre, de So
Leonardo de Noblac.
O rei Teodeberto d'Austrsia, em reconheci-
mento de gue a rainha, num parto muitc, laborio,so,
c'btivera pelas oraes do santo, um feliz desfcho,
doou ao mosteiro um a pafte considervel da floresta
onde Leonardo e os discpulos viviam.
primeira caridade de Sc, Leonardo pelos
cativos no fz mais gue aumentar com a perfeita
converso. Mais de um prisioneiro se viu livre das
prises pelas oraes do santo. O rei concedeu-lhe
mesmo, por um ,especial privilgio, libertar guem
achasse que tal merecia. Da So Leonardo, que
mcrreu aos 6 de novembro de 559, ser invocado,
particularmente, ern favor dos prisioneiros e das pa-
turientes.
L pelo ano de 502, o rei Clvis veio a conhecer
o,utro santo, nas cercnias de Poitiers. Em fins do
sculo V e nc, princpio do VI, os visigodos arianos
que ocupavam a Galia meridional perseguiam os
bispos e os fiis catlicos, suspeitos de desejar o
o govrno mais humano dos francos, senhores da
Gaha setentrional que, desde ento, dles tomara o
nome de Frana. No anc,de 502, tendo sido curado
duma f ebre, por So Severino, abade de Agaune,
disse ClOvis aos francos:
i
220 PADRE ROHRBACHE,
-
ajuda de Deus. Tratemos de trazer o pas ao nosso
poder.
Todos os francos aplaudiram o rei, e a guerra
foi preparada.
So Remi, tendo conhecim,ento da resoluo,
acreditou gue devia dar conselhcs ao rei, paternais
avisos, escrevendo-lhe, ento, nestes trmos: "At
ns chegou o rudo de gue organizais uma segunda
expedi-o militar. Nao novidade gue sejais tal
como foram vossos ancestrais. Deveis, pcnm, tudo
-
azer para gue no vos desvieis da lei do Senho,r,
porgug pelo fim gue se julga a ao. Escolhei
conselheiros cuja sabedoria d novo brilhc, a vossa
glria. Honrai vossos bispos, e reco,rrei, ertr tudo,
aos conselhos gue vos pdero dar. se com les
estiverdes em bcm entendimento, vosso reino s,er
mais f.eliz e mais forte. Aliviai o po,vo, consolai os
aflitos, protegei as vivas e cuidai os rfos. Fazei
tudo para que mais vos amem e mais crdito tenhais.
sede r'eto na distribuio da justia. Dos pobres e
dcs e'strangeiros, nada deveis receber. Qe vosso
palcio esteja aberto par? todos, e gue ningum, por
vossa causa, tenha gue abrigar a tristeza n co"uo.
Empregai no resgaie dos ctirros os bens de vosso
domnio paternal. Tornai pcssvel aos estrangeiros
gye, na vossa presefl, no se sintam estrangeiros.
Numa palawa, se guiserdes reinar com glria, ffios-
trai-vos agradvel com os jovens, mas no trateis
de negcios seno com os velhos".
Para mais atrair as bnc,s do cu sbre a
emprsa, Clvls erigiu em Paris uma grande igreja
em honra de So Pedro e de So Paulo, sbre o
sepulcro de Santa Genoveva, morta pouco antes. E
publicou uma ordem, na gual proibia aos soldados
221
VIDAS DOS SANTOS
***
jEM'""tTI3iliI|t*tTIirrNA DE
Virgan
***
7., DIA DE A/OVEMBRO
SO VILIBRODO
Bispo de (Jtrecht, Apstolo da Frsia
I
230 PADRE ROHRBACHER
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so BALDINO (*)
Bispo
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Estilita
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SO GODOFREDO
Bittw de Amiens
So Godofredo, abade de Nogent-sous-Couci,
e depois bispo de Amiens, mostrou no convento de
Sao Quentin os sentimentos de piedade gue o izeram
um dos mais santos abades e um dos maiores bispos
de seu tempo. Como cs pais haviam encomendado
seu nascimento s oraes daquela comunidade to
piedosa, levaraln-lo ao monte So Quentin para gue
ali recebesse o batismo. Aos cinco anos, ingressou
n,o mosteiro.
O pai, Frodon, abraou a vida monstica no
convento de Nogent, e um dos irmos, Odon, retirou-
se ao monte de So Quentin, onde se distinguiu por
grande au,s,teridade e por to, exata observncia do
ilncio, que, durante a quaresma, no proferia uma
nica palavra, a no ser quando se confessava.
Godoredo revelava mais virtude ainda, consi-
derando-se tenra idade. O amor pela pobreza e o
recolhimento levaram-to ser procurador da comu-
nidade. A prudncia de Godofredo azia as vzes
da experincia. Amava a poupana g no ?d dYd-
rento. Por sua aplicao, ps em orderl, o pouco
tempo, os negcios do aonvento, gue iaziam em mau
estado, pagou dvidas, sendo, ento, agradve[ aos
religiosos e aos seculares.
VIDAS DOS SANTOS 253
x**
BEM-AVENTURADO GREGRrO (*)
Abade
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it
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9., DIA DE NOVEMBRO
SO TEODORO
***
I
-
A DEDICAO DA BASLICA DO
SANTO SALVADOR DE
LATRO (*)
A antiga famlia dos Laterani, desde o I.n sculo,
possua esplendoroso palcio. na vertente do Clio,
situado fora dc,s muros de Roma. Nero confiscou-o,
tomando-o d Plauto Laterano, ao qual acusou de ter
conspirado contra o seu govrno.
Setimo Severo, no ano 197 , restituiu-o um ami-
go, da mesma velha famlia dos, Laterani, Tito Sexto
Laterano, mas em parte. Tito, perto, construiu grande
caserna, para os cavaleiros chamados de elite os
esqutes singulares. Com a elevao do muro de
Aureliano, o Latro entrou na cidade. Ora, Cons-
tantino, depois da vitria do Ponto Mlvio, suprimiu
agules cavaleiros de elite, ? d caserna, livre, deu-a
aos cristos,, juntamente com as co,nstrues vizinhas,
que pertenciam ao fisco.
Com a doao de Latro aos cristos, comeou
a criao de baslicas, que deviam prest-se para as
grandes assemblias convocadas para a celebrao
das festas de Noss,o Senhor ou dos santos.
S"gundo o costume, antigo costume, a baslica
foi designada com o nome do fundador
tino - Constan-
rns o nome de Latro continuou a ser elpre-
-
gado correntemente. Mais tarde, apareceu o voc-
PADRE
I
bulo religioso de So Salvador, gue foi mais ou
menos suplantado pelo, de So )oo de Latro.
Desconhecem-se o ano e o dia em que a bas-
lica foi dedicada.
Do palcio pontifical, que abrigou os papas do
sculo IV ao sculo XIV, no resta quase nada. O
atual palcio cbra do arquiteto Fontana.
***
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so JUSTO
Bispo de Rochester, um dos com:panheiros de
Agostinho, a1sto:Lo dos nglses.
I
294 PADRE ROHRBACHER
TTT
so No (*)
Antigo Testamento
Lemos, no Eclesstico,:
"No, foi encontrado perfeito e justo,
e nos tempos da ira tornou-se a reconciliao
( dos homens,) .
Por isso fc,ram deixados uns restos (d" seres
vivos) sbre a terra,
quando veio o dilvio
***
***
II., DIA DE NOVEMBRO
SO MARTINHO
Bispo de Tours
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VIDAS DOS SANTOS 321.
A 'sombra disse:
Fui um salteador, ladro, morto por meus
crimes, que o pcvo at aqui honrava erradamente.
Nada teho, asolutamente, em comum com os mr-
tires.
viu a sombra, mas os gu9 o
SO So Martirrho
u.o.prru.ru- ouviram-lhe a voz. O altar foi des-
trud e o povo livre daquela superstio'
Freqtie.rtemente, com perigo de vida, Martinho
destruiu vrics templos de dc'los e abateu um ser-
,r*"ro de rvores que os pagos adoravam como
sagradas.
" u* dia, destroand,o, um templo muito antigo,
resolveu abater um pinheiro que por perto se e:guia:
o fo"titi." e pags outros opuserarn-se. Afinal,
depois de muit cntrovrrsia, disseram les:
' Se tens tanta confiana em teu Deus' ns
-
mesmos abateremos esta rvore, CC'1r a condio de
que tu estejas debaixo dela quando tombar'
O santo aceitou a condio que lhe impuseam.
-duma
E principiou-se o corte, ,rittu incalculvel
ritiao. Os monges, que acompanhavam So Mar-
tinho, estavam tran"sidcs. Eis seno quando o grande
pinheiro oscilou, gemeu e comeou a inclinar-se Pf
L ludo do santo. E, quando ia i a queda a meio
.caminho, Martinho, fervorosamente, .ez o sinal da
clJ:-, Um vento, furicso, levantou-se imediatamente.
E.num turbilh, desfez a traietria da rvore, incli-
r
328 PADRE ROHRBACHER
***
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il
s9 MENA (*)
Mrtir
' So Mena era natural do Egito. Soldado, corl-
ta-se que, um dia, a crte gual pertencia, esta-
cio,nou em Cotiia, na Frgia, justamente quando foi
promulgado o edito de perseguio (III-IV.sculos).
Mena, ento, deixou o exi"cito, retirando-se nas
montanhas da vizinhana.
Um dia de' festa, quando todo o povo estava
reunidc,, o valoroso soldado apareceu, com o fim de
confessar Nc,sso Senhor. Pirro era, ento, o goVer-
nador. So Mena f oi prso e levado presena
daguela alta autoridade..
Interrogado, disse ser cristo, e Pirro, furic,so,
ordenou que o metessem no crcere. No dia seguinte,
tiraram-no da priso para segundo interrogatrio.
Como reafirmasse o gue na vspera asseverara,' foi
tcrturado, mas todos os suplcios resultaram inteis,
no f.izeram mais do que lhe aumentar a fe e a deter-
minao d,e sofrer por fesus Cristo.
Como nada o levasse a apostatar, foi decapitado,
tendo sido o corpo atirado ac, fogo.
So Mena.tornou-se clebre pelos milagres, cuja
principal caracterstica a sua repentina apario
340 PADRE ROHRBACHER
***
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SO MARTINHO
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I
VIDAS DOS SANTOS 373
I
378 PADRE ROHRBACHER,
Diz a sentena:
"Ftio, que, como est agora demonstrado, cla-
ramente, teve parte nos cismas, deixou o sculo
para ser ordenado bispo po,r Gregrio de Siracusa,
depc,sto e excomungado de longa data; que, em vida
de nosso colega Incio, patriarca de Constantinopla,
ustrpou-lhe a sede e entrou no aprisco como um
ladro noite entra numa casa para roubar; qu,
depois, relacionou-se cc,m os gue haviam condendo
nosso predecessor Bento, de saudo,sa memria; gue,
contra sua promessa, convocou um conclio, onde
ousou depc'r e anatematiz;,at nosso irmo Incio,; que
corrompeu os legados da Santa S, contra o direito
dos homens, e os obrigo,tr, no smente a despr,ezar,
mas a combater nossas ordens; que r,eleg,c,u os bispos
que com le no desejavam comunicar-se, colocando
outrc,s ro,s lugares ento vagos; gue perseguiu a
Igr,eja e ainda hoje a persegue, e no cessa de f.azer
sofrer tormentc,s horrveis a nosso irmo e colega
Incio, muito' santo patriarca: ste Ftio, de tantos
crimes culpado, seja privado, de tda honra sacerdo-
tal e de tda funo clerical, pela autoridade de Deus
Todo-poderoso, dos apstolo,s So Pedro e So Paulo,
de todos c,s Santo,s, dos seis conclios gerais e' do
iulgamento gue o Santo Esprito por ns pr,cnuncia.
De sorte que se, depois de er tido conhecimento
ds,te decreto, se esforar para ter a sede de Constan-
tinopla e nela continuar, c,u impedir que nosso cc.lega
Incio governe tranqilamente sua igreja, ou se ousai
imiscuir-se em qualguer funo sacerdotal, seja
excludo de tda a esperana de reentrar na cortu-
nho, e figue anatematizado, sem receber o corpo e
c, sangue de ]esus Cristo Noso, Senho,r, salvo em
artigo de morte".
)
390 PADRE ROHRBACHER,
E
VIDAS DOS SANTOS 393
I
VIDAS DOS SANTOS 401
I+t
I
SANTO HOMOBONO
No decimo-segundo sculo, enguanto a bem-
aventurada Maria d'Oignies edificava o pas de Li-
ge, santo Homobono trabalhava na cidde de cre-
mona, na ltlia. O nome da famlia era Tucinge. O
de Homobcno, ou homem de bem, receber no
batismo, pressagiando_o que seria um dia. O pai no
era rico nem pobre. E o jovem foi criado nos senti-
mentos da piedade e na prtica das virtudes crists.
Quando a idade o permitiu, dedicou-se ao co,mr-
cio, sem passar pelo estudo das letras. Foi-lhe o guia
o Es-prito de Deus, por todo o curso da vida pr""."r-
vando-o de te,dos os escolhos onde lhe poderia ierigar
a inocncia. Desde a infncia, mostro grandohorior
pelas injustias. E, se fra rico, gostolamente per-
deria a riqueza para no pecar. via no seu esado
uma ocupao que Deus lhe dera. E dela se desin-
cumbia como se fra um dever de obedincia aos
c."u:, por justia a si mesmo, pela famlia e pela socie-
dade, da qual era membro.
Propuseram-lhe os pais que se casasse. Obe-
-
diente em tudo, virtuosa e capaz
desposou- uma iorr"rn
de auxiliar no govrno da caja. com ela viveu'ro
temor de Deus e na observao dos mandamentos,
segundo os preceitos que o Apstolo dava s pessoas
Gasadas.
4:l-0 PADR,E ROHRBACHER
***
so DIEGO DE ALCALA (*)
F rancscano
I
NDICE
OUTUBRO
25.n dia de outubro
So Gaudncio, bispo de Brscia, Ita g
Santa Tabita ou Dorcas, Novo Testamento .. 16
So Crisanto e Santa Daria, mrtires 18
So tr'ronto, primeiro bispo de Prigueux . 24
So Crispim e So Crispiniano, mrtires ... 26
So Lbo, bispo 28
3l .n dia de outubro
A Beata Benvinda Bojano, virgem da Ordem Terceira de
So Domingos 91
Sa"nto fonso Rodrguez, jesu[ta, porteiro do colgio 94
So Volfango, bispo de Ratisbona 96
So tr'oillan, abade 103
Bem-aventurado Toms de F'lorena, franciscano 105
NOVEMBRO ';
'
NDICE