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Lição 3

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Lição 3: 

Elias, um profeta humilde e determinado


 
TEXTO ÁUREO
 
“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando,
pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu
sobre a terra” (Tg 5.17).
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 
1 Reis 17.1; 18.1,2,36,38,39.
 
1 Reis 17
1 - Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe:
Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes
anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha
palavra.
 
1 Reis 18
1 - E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a
Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a Acabe, porque darei
chuva sobre a terra.
2 - E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome era extrema em Samaria.
36 - Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta
Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de
Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu
servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
38 - Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a
lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.
39 - O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o
SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!
 
COMENTÁRIO
 
INTRODUÇÃO
 
Palavra Chave
Determinação: Virtude por meio da qual a pessoa persevera a
despeito das adversidades.
 
Elias, o tisbita, profetizou em Israel no período em que Acabe fora o
rei daquela nação. Era um homem bastante dedicado aos problemas e
necessidades morais e espirituais do povo. Sobre tudo que realizou, sua
principal missão era fazer com que os israelitas reconhecessem que “só
o Senhor é Deus”.
 
I. ISRAEL NO TEMPO DE ELIAS
 
1. Divisão do Reino. Salomão, rei de Israel, sob a influência de
suas esposas pagãs, abandonara ao Senhor, prostrando-se diante de
falsos deuses (1 Rs 11.1-5). Esse terrível pecado jamais ficaria impune!
Deus suscitou diversos inimigos contra Israel (1 Rs 11.14-25), fazendo-o
amargar duríssimas derrotas.
Após morrer Salomão, seu filho, Roboão, reinou em seu lugar (1 Rs
11.43). Este, por sua ignorância e imprudência, fez com que a nação
fosse dividida em dois reinos: o Reino do Norte, denominado Israel, e o
do Sul, chamado Judá (1 Rs 12.16-25).
2. O Reino do Norte. Israel teve dezenove reis. Todos ímpios. O
primeiro foi Jeroboão, filho de Nebate (1 Rs 12.20). Depois, vieram
Nadabe, Baasa, Elá, Zinri e Onri. Este último, fora o pai de Acabe, o
general responsável pela mudança da capital de Tirza para Samaria (1
Rs 16.16-29). O reinado de Onri foi marcado por muitas conspirações,
assassinatos, e todo tipo de afronta contra o Senhor. Ao morrer Onri,
Acabe assumiu o trono em seu lugar, superando em maldade todos os
que foram antes dele (1 Rs 16.29-34). Este perverso personagem casou-
se com Jezabel, uma pecadora contumaz e ardilosa.

3. Elias, o profeta. É nesse contexto de incredulidade e rebeldia


que Deus levanta o profeta Elias para resgatar a verdadeira
religiosidade e qualidade de vida espiritual de Israel (1 Re 17.1). O
Eterno precisava de um homem de fé resoluta, disposto a enfrentar a
apostasia das lideranças ímpias daqueles tempos. Não poderia ser
outro! Elias estava à mercê de Deus, pronto para ser moldado e usado
na reversão daquele quadro crítico de infidelidade do povo de Deus.
 
II. ASPECTOS DO CARÁTER DE ELIAS
 
1. Fidelidade. Naquelas dias de tamanha ignorância espiritual, o
Senhor precisava de um homem que cresse nEle e fosse fiel à sua
Palavra. Ao dirigir-se ao rei Acabe, Elias, ousadamente, recobrou-lhe a
memória acerca da advertência que Deus fizera ao povo no tempo da
peregrinação no deserto (Dt 11.16,17). O profeta estava certo de que
Deus estava com ele, e que cumpriria cabalmente sua Palavra. Ainda
hoje o Senhor procura servos de corações resignados que, acima de
qualquer coisa, creiam piamente em suas promessas, para realizarem
obras extraordinárias no Reino de Deus (Js 1.1-9; Is 6.8; Mt 4.18-22; Lc
1.38; At 9.11-15). Não seria a falta dessa virtude a causa de tantos
problemas, dificuldades, desacertos e sofrimentos na vida de muitos
crentes?

2. Determinação. A despeito das circunstâncias desfavoráveis:


perseguição (1 Rs 18.10; 19.2), escassez (1 Rs 17.10-13), e solidão (1 Rs
17.6), Elias não desistiu da missão para a qual Deus o tinha chamado.
Aquele santo profeta determinara cumprir toda a vontade divina. Elias
não tinha dúvida de que a fé na Palavra era a principal ferramenta
espiritual para aqueles que servem a Deus com sinceridade. Nenhum
homem deixaria de morar livremente numa cidade para viver
escondido em cavernas, a não ser por inteira confiança no Senhor (1 Rs
17.2-7).

3. Obediência. Ao receber a ordem de Deus para esconder-se


junto ao ribeiro de Querite, Elias não hesitou: obedeceu-a prontamente
(1 Rs 17.2-5). Mais tarde, quando o ribeiro secou, o Senhor lhe ordenou
que fosse a Sarepta. Mais uma vez o profeta submeteu-se à vontade
divina (1 Rs 17.8-10). Decorridos três anos, Elias recebera um novo
mandado do Senhor: teria de comparecer novamente perante o rei
Acabe. Então, resignado, lá estava o servo do Altíssimo atendendo-lhe
a voz (1 Rs 18.1,2).
Há muitos crentes que são insubmissos a Deus e à sua Palavra. Os
tais se esquecem que obedecer é um princípio fundamental da vida
cristã. Lembremo-nos de que Jesus foi obediente até a morte, pelo que
Deus o exaltou soberanamente (Fp 2.5-8).

4. Coragem. É o mesmo que bravura ou intrepidez. A coragem se


manifesta diante dos perigos ou situações de intenso risco. Em diversas
ocasiões Elias provou ser um homem ousado (1 Rs 18.10,15, 22-40;
21.19,20). Ele foi extremamente corajoso ao desafiar os profetas de
Baal no Monte Carmelo. Ali, suplicou ao Senhor com fé e firmeza, e a
resposta veio com fogo do céu (1 Rs 17.1; 18.38; Tg 5.17,18).

5. Fragilidade. Tiago afirma em sua epístola que “Elias era


homem sujeito às mesmas paixões que nós” (5.17). Como ele, qualquer
crente fiel e perseverante pode passar por momentos de fragilidade
física e emocional (1 Rs 19.1-4). Por isso, todo crente precisa vigiar e
orar constantemente. "Vigiar" diz respeito ao perigo iminente; "orar"
fala de nossa total dependência do Senhor (Mt 26.41).
O zelo pelo reino de Deus tem levado muitos crentes a exagerarem
nos trabalhos e atividades da igreja local. Esses “excessos” têm
culminado em exaustão física, mental e emocional. Deus não deseja
isso para os seus filhos, mas espera de cada cristão o exercício prudente
de sua mordomia (Js 1.7; 1 Ts 5.23).
 
III. ELIAS, UM EXEMPLO DE VIDA COM DEUS
 
1. Exemplo para os crentes de seu tempo. A comunhão de
Elias com Deus; sua coragem, determinação e submissão, suscitaram
em Eliseu o ardente desejo de seguir-lhe os passos. Com esse claro
objetivo, o filho de Safate jamais se afastou de Elias. Convivendo com
um grande mestre, facilmente assimilou as virtudes espirituais e
morais do seu caráter (1 Rs 19.19-21; 2 Rs 2.1-15). Foi assim que Eliseu
destemidamente atravessou o Jordão (2 Rs 2.14), e quando lhe
enviaram Naamã, o comandante do exército da Síria, para ser curado,
dispôs-se imediatamente a recebê-lo, na certeza de que Deus mais uma
vez mostraria seu poder (2 Rs 5.8).

2. Exemplo para os crentes de hoje. Dentre todos os aspectos


do caráter de Elias, destaca-se sua incondicional confiança em Deus.
Somente pela fé, teria ele ido a Sarepta, cerca de 160 km do lugar onde
estava, com a convicção que Deus o livraria de seus perseguidores (Sl
91.1). Elias não fora vencido pelo medo, desânimo, incerteza ou
qualquer necessidade (1 Rs 17.8-24). Do mesmo modo podemos confiar
integralmente na proteção e provisão divinas (Sl 23.4).
Sobre esse aspecto da vida cristã, Jesus nos ensina que não
devemos ficar ansiosos pelo que havemos de comer ou vestir, pois Deus
sabe do que necessitamos (Mt 6.25-34). Assim como Elias, o crente de
hoje, ao passar por dificuldades, não deve estacionar na fé, mas
continuar crescendo no conhecimento do Senhor (Sl 23.1; Os 6.3).
 
CONCLUSÃO
 
O Deus de Elias continua o mesmo. Ele ainda chama homens e
mulheres que tenham determinação para aceitar, desenvolver e
cumprir cabalmente sua sagrada missão neste mundo, que demanda fé,
coragem e persistência. O profeta Elias é um destacado modelo de
dever cumprido na obra de Deus. Sigamos-lhe o exemplo!

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