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Monografia

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2016/2017

Ivo Paulo Ramos Sá Marques


ACOS (Síndrome de Sobreposição Asma-Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica) – Reflexão sobre Diagnóstico e Tratamento.
ACOS (Asthma-Chronic Obstructive Pulmonary Disease
Overlap Syndrome) – Reflection on Diagnosis and Treatment.

março, 2017
Ivo Paulo Ramos Sá Marques
ACOS (Síndrome de Sobreposição Asma-Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica) – Reflexão sobre Diagnóstico e Tratamento.
ACOS (Asthma-Chronic Obstructive Pulmonary Disease
Overlap Syndrome) – Reflection on Diagnosis and Treatment.

Mestrado Integrado em Medicina

Área: Pneumologia
Tipologia: Monografia

Trabalho efetuado sob a Orientação de:


Doutor Henrique José Correia Queiroga

Trabalho organizado de acordo com as normas da revista:


Arquivos de Medicina

março, 2017
ACOS (Síndrome de Sobreposição Asma-Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) –

Reflexão sobre Diagnóstico e Tratamento.

ACOS (Asthma-Chronic Obstructive Pulmonary Disease Overlap Syndrome) –

Reflection on Diagnosis and Treatment.

Ivo Sá Marques1, Henrique Queiroga2,3

1
Aluno do sexto ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto, Portugal

2
Assistente Hospitalar Sénior de Pneumologia, Hospital São João, Porto, Portugal

3
Professor auxiliar do Departamento de Medicina, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,

Porto, Portugal

Correspondência:

Ivo Sá Marques

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto

Alameda Prof. Hernâni Monteiro, 4200-319 Porto, Portugal

E-mail: sa.marques.ivo@gmail.com

Título para cabeçalho:

ACOS (Síndrome de Sobreposição Asma-Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) – Reflexão sobre

Diagnóstico e Tratamento.

1
ACOS (Síndrome de Sobreposição Asma-Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica) –

Reflexão sobre Diagnóstico e Tratamento.

Resumo

A síndrome da sobreposição Asma-DPOC (ACOS) é usada para descrever doentes com

diagnóstico e/ou características de Asma e DPOC, termo que surgiu para simplificar a classificação dos

doentes num fenótipo que melhor descreve as suas características. Doentes de ACOS sofrem

exacerbações mais graves e frequentes, declínio da função respiratória mais rápido, maior morbilidade

e pior qualidade de vida do que aqueles que apresentam Asma ou DPOC isoladas. A prevalência

aumenta com a idade, é superior no género feminino e representa aproximadamente 20% dos doentes

com doença respiratória obstrutiva. Este trabalho visa uma reflexão da importância de ACOS como

“nova” entidade, suas características clínicas mais relevantes e tratamento.

Foi efetuada uma pesquisa de artigos na base de dados Pubmed em julho de 2016, utilizando os

termos “(ACOS) OR (asthma – chronic obstructive pulmonar disease overlap syndrome) OR (asthma -

COPD overlap syndrome)”, tendo sido selecionados 38 artigos para a realização desta monografia.

Historicamente a Hipótese Holandesa, que sustentava a origem comum de Asma e DPOC, gerou

controvérsia, levando investigadores e empresas farmacêuticas a excluir doentes com características de

sobreposição dos ensaios clínicos. Surgiram três razões para o emergir de ACOS: a necessidade de

integrar os doentes em ensaios clínicos, o diagnostico e identificação dos mecanismos de

desenvolvimento de DPOC.

ACOS é caracterizada por limitação persistente do fluxo aéreo e identificada na prática clinica

por várias características normalmente associadas quer a Asma quer a DPOC. Esta definição é limitada,

uma vez que não reconhece os diferentes níveis de sobreposição entre Asma e DPOC. A possibilidade

de ACOS não ser uma única entidade, mas sim um conjunto de diferentes fenótipos clínicos, levou a

2
que autores sugerissem que o termo “síndrome” fosse descartado e focar nos fenótipos da doença ou no

seu tratamento.

Nos doentes de ACOS, a extensão da contribuição dos mecanismos subjacentes das duas doenças pode

diferir significativamente entre os indivíduos principalmente pela predisposição genética, exposição

ambiental, condição inicial e evolução da história natural de cada doente. Na TC de alta resolução do

tórax, doentes com ACOS apresentam um maior aprisionamento de gás, menos enfisema e maior

espessura da parede brônquica quando comparados com doentes com DPOC. De forma semelhante aos

doentes com Asma ou com DPOC, o aumento da fibrose da parede da via aérea é encontrada em doentes

de ACOS.

A recomendação GINA/GOLD é uma abordagem progressiva em cinco categorias:

reconhecimento da doença da via aérea, definir ACOS, confirmação por espirometria, iniciar terapêutica

e se necessário, encaminhamento para investigações especializadas. Outras abordagens diagnósticas têm

sido sugeridas. Um comité de especialistas da Europa Ocidental, América do Norte e Asia criou um

consenso que considera que os doentes precisam de cumprir três critérios major e um critério minor para

serem diagnosticados com ACOS. O GINA/GOLD aconselha iniciar a abordagem terapêutica com

corticoterapia inalada e adição de beta agonista de longa ação ou anti muscarínico de longa ação. Os

doentes devem também iniciar outras terapêuticas comuns da doença obstrutiva crónica. Ao iniciar o

tratamento deve aconselhar-se o doente sobre a minimização da exposição a fatores de risco, como o

tabagismo e alergénios. Nos doentes mais graves, o uso da terapia tripla pode ser considerado.

Muitos autores sugerem que é prematuro a introdução da designação de uma doença como

ACOS sem mais evidências disponíveis e que será melhor caracterizar o mais detalhada e

completamente possível estes doentes a fim de permitir ao médico um tratamento mais individual e

dirigido a cada doente, obtendo assim uma melhor resposta.

Palavras chave: ACOS; Asma; DPOC; Síndrome de Sobreposição.

3
Abstract

Asthma-COPD overlap syndrome (ACOS) is used to describe patients with diagnosis and/or

characteristics of Asthma and COPD, a term that emerged to simplify the classification of patients into

a phenotype that best describes their characteristics. ACOS patients experience more severe and frequent

exacerbations, faster respiratory function decline, increased morbidity and worse quality of life than

those with asthma or COPD alone. The prevalence increases with age, is higher in the female gender

and represents approximately 20% of patients with obstructive respiratory disease. This paper aims to

reflect on the importance of ACOS as "new" entity, more relevant clinical features and treatment.

An article search was performed in the Pubmed database in July 2016 using the terms "(ACOS)

OR (asthma - chronic obstructive pulmonary disease overlap) OR (asthma - COPD overlap syndrome),

concluding with a selection of 38 articles for this monograph.

Historically the Dutch Hypothesis, which supported the common origin of Asthma and COPD,

has generated controversy, prompting researchers and pharmaceutical companies to exclude patients

with overlapping characteristics of clinical trials. Three reasons appeared for the emergence of ACOS:

the need to integrate patients into clinical trials, diagnosis and to identify the mechanisms for the

development of COPD.

ACOS is characterized by the limitation of persistent airflow and is identified in clinical practice

by features it shares with both Asthma and COPD. This definition is limited as it does not recognize the

different levels of overlap between Asthma and COPD. This possibility of ACOS not being a single

entity, but a set of different clinical phenotypes led authors to suggest that the term "syndrome" be

discarded and to focus on phenotypes of the disease or its tractable traits.

In ACOS patients, the extent of the contribution of the underlying mechanisms of the two

diseases may differ significantly among individuals mainly due to genetic predisposition, environmental

exposure, initial condition, and evolution of each patient's natural history. On high-resolution CT of the

thorax, ACOS patients have a higher gas trap, less emphysema, and greater wall thickness of the bronchi

4
when compared to patients with COPD. Similar to patients with asthma or COPD, increased airway wall

fibrosis is found in ACOS patients.

The GINA / GOLD recommendation is a progressive approach in 5 categories: recognition of

airway disease, defining ACOS, confirmation by spirometry, initiating therapy and if necessary, referral

to specialized investigations. Other diagnostic approaches have been suggested. A committee of experts

from Western Europe, North America and Asia has created a consensus that patients need to meet three

major criteria and one minor criterion to be diagnosed with ACOS. GINA / GOLD advises to initiate

the therapeutic approach with inhaled corticosteroid therapy and the addition of long-acting beta agonist

or long-acting anti muscarinic. Patients should also initiate common therapies for chronic obstructive

disease. At the start of the treatment, the patient should be advised to minimize exposure to risk factors

such as smoking and allergens. In more severe patients, the use of triple therapy may be considered.

Many authors suggest that it is premature to introduce the designation of a disease as ACOS

without further evidence available and that it will be better to characterize as fully and completely as

possible these patients in order to allow the physician a more individual and targeted treatment for each

patient, thus obtaining a better response to it.

Keywords: ACOS; Asthma; COPD; Overlap Syndrome.

5
Introdução

A nível mundial, aproximadamente uma em cada doze pessoas são afetadas por asma ou Doença

Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) .(1) Nas crianças e nos adultos jovens, uma vez excluídas doenças

infeciosas e condições não pulmonares, a asma é a doença respiratória mais prevalente.(2) A Asma é

uma doença heterogénea, caracterizada por inflamação crónica da via aérea e definida por história

clínica com sintomas respiratórios como pieira, dispneia, aperto no peito e tosse, com variação no tempo

e na intensidade, e funcionalmente com limitação variável do fluxo aéreo expiratório.(2) Os doentes

com asma sofrem crises devido a obstrução generalizada das vias aéreas, que se manifesta com

diminuição da capacidade vital (VC) e do volume expiratório forçado no 1º segundo (FEV1), que

geralmente reverte após cessação da crise. Esta obstrução das vias aéreas, resulta predominantemente,

do espasmo do músculo liso da parede brônquica, embora a produção excessiva de muco e os infiltrados

inflamatórios na parede brônquica também contribuam. A hiperreactividade brônquica (resposta

broncoconstritora aumentada a um estimulo inalado) é comum e uma característica de asma, não sendo,

contudo, suficientemente especifica para estabelecer um diagnóstico. (1) Nos adultos com idade superior

a 40 anos, a DPOC torna-se mais prevalente. É uma patologia prevenível, caracterizada por limitação

persistente do fluxo aéreo que habitualmente é progressiva e associada a uma resposta inflamatória

crónica das vias aéreas e do pulmão, relativamente à inalação de partículas e gases nocivos. As

comorbilidades e exacerbações contribuem para o grau de gravidade global nos doentes

individualmente. (2) Os dois fenótipos - bronquite crónica e enfisema - coexistem muitas vezes, embora

possa existir um predominante em certos pacientes. Na bronquite crónica, há infiltrados inflamatórios

na mucosa da via aérea, nomeadamente no aparelho secretor de muco, enquanto que no enfisema, há

aglomerados de células inflamatórias junto ao tecido alveolar degradado.(1) É tipicamente causada pelo

tabagismo (1,2) embora fumo passivo, poluição atmosférica e exposição ambiental profissional também

possam estar implicadas na doença. A limitação do fluxo aéreo nas vias respiratórias é persistente e

progressiva e está clinicamente associada a tosse crónica, expetoração excessiva, e cursa com

exacerbações agravadas pelas comorbilidades (3). A obstrução da via aérea resulta da contração do

6
músculo liso, produção excessiva de muco e destruição das paredes alveolares, ou uma combinação

destes, com perda da “compliance” que leva a um encerramento precoce da via aérea.(1)

Os quadros clínicos extremos de Asma e DPOC são facilmente reconhecidos. (1) No entanto,

um número significativo de doentes, particularmente idosos, com sintomas respiratórios crónicos, tem

diagnóstico e/ou características de ambas Asma e DPOC, apresentando limitação crónica do fluxo aéreo

(que não é completamente reversível após broncodilatação) e distingui-las torna-se problemático. (2) A

obstrução irreversível das vias aéreas desenvolve-se ao longo do tempo em doentes com asma e é

resultado da remodelação da via aérea.(1)

A síndrome da sobreposição Asma-DPOC (ACOS) é usada para descrever doentes que

apresentam características simultâneas de ambas as doenças. (2) Este termo surgiu para simplificar a

classificação dos pacientes com Asma e DPOC num fenótipo que melhor descreve as suas

características. (4) Os doentes com ACOS sofrem exacerbações cerca de 3 vezes mais graves e

frequentes, um declínio da função respiratória mais rápido, maior morbilidade e pior qualidade de vida

do que aqueles que apresentam Asma ou DPOC isoladas.(5,6,7,8,9,10,11) O custo da doença é superior

em pacientes com ACOS em comparação com qualquer uma das doenças individualmente, com uma

estimativa que sugere ser o dobro do de asma isoladamente.(12) A mortalidade é superior à da asma

mas semelhante à da DPOC (6).

A prevalência de ACOS aumenta consistentemente com a idade, com um padrão semelhante ao

do aumento de prevalência de DPOC.(4) e é superior no género feminino (9,13). Um estudo na

população italiana mostrou uma prevalência de ACOS de 1,6% dos 20-44 anos, 2,1% dos 45-64 anos e

4,5% dos 65-84 anos.(14) Nos doentes com doença respiratória obstrutiva, a prevalência de ACOS

representa aproximadamente 20%.(4) A prevalência entre países pode alterar devido aos critérios de

definição adotados. (11,15)

Este trabalho visa uma revisão da literatura nos últimos 10 anos de forma a entender o porquê

desta “nova” entidade, a agrupar as características clínicas mais relevantes de ACOS bem como

potenciar o tratamento destes doentes.

7
Métodos

Foi efetuada em julho de 2016, uma pesquisa de artigos na base de dados da Pubmed utilizando

os termos: “(ACOS) OR (asthma - chronic obstructive pulmonary disease overlap syndrome) OR

(asthma - COPD overlap syndrome)” tendo sido obtidos 713 artigos, ordenados por relevância.

Procedeu-se à leitura dos abstracts dos artigos relacionados diretamente com o tema tendo sido elaborada

uma seleção dos mais relevantes, nos últimos 10 anos, dando preferência a artigos de revisão. Foram

selecionados um total de 38 artigos sendo excluídos os artigos que não estivessem redigidos em língua

portuguesa ou inglesa e não se mostrassem pertinentes para o trabalho.

8
Interesse Histórico

A Hipótese Holandesa foi enunciada pela primeira vez em 1961 pelo Professor Orie que

sustentava que a Asma e a DPOC (naquele tempo denominada bronquite) teriam origem comum e

seriam determinadas por fatores endógenos (hereditariedade, idade e sexo) e exógenos (alergénios,

tabagismo, vírus e poluição ambiental). Advertiu para a importância que teria caracterizar

detalhadamente os doentes na prática clínica e não apenas diagnosticar Asma ou DPOC, e sugeria uma

entidade chamada “doença pulmonar crónica não especifica”. Este novo ponto de vista gerou muito

debate e oposição, surgindo a Hipótese Britânica ou Splitting View que sugeria não existir uma origem

comum ou relação entre Asma e DPOC. (16,17,18)

Face a esta controvérsia, investigadores e empresas farmacêuticas fizeram esforços para excluir

doentes com características de sobreposição de Asma e DPOC dos ensaios clínicos. Fumadores com

mais de 5 unidades maço ano (UMA) foram excluídos de ensaios de asma e, da mesma forma, os ensaios

de DPOC quase sempre excluíam doentes com história de asma, rinite alérgica ou atopia. No passado,

estes pacientes eram chamados “asmáticos”, “asmáticos bronquíticos” ou “asmáticos bronquíticos

crônicos”. (11,18)

Surgiram então três razões principais para o emergir de ACOS. Primeiro, os pacientes com

ACOS eram excluídos de ensaios clínicos de tratamento e, com o aumento da proporção de pacientes

idosos com doença obstrutiva, os dados de eficácia do tratamento podem não ser relevantes. Cerca de

30% dos pacientes com asma são fumadores, e isto significa uma importante proporção da população

que era excluída de ensaios clínicos randomizados controlados. Fumadores com asma tem uma

resistência relativa aos corticosteroides de modo que estes são menos eficazes nestes doentes do que em

não fumadores com asma. Isto enfatiza a necessidade de estudar a eficácia de medicamentos em

populações clinicamente relevantes, e a necessidade de incluir a síndrome de sobreposição nos

programas de avaliação dos medicamentos. Em segundo lugar, os clínicos estariam confusos sobre como

9
e se deviam diferenciar Asma de DPOC. Muitos clínicos, sob a incerteza de quando usarem uma

classificação curta como a asma fornecerem informação suficiente sobre o caso, sentiram a necessidade

de alargar a classificação do diagnostico para além da asma de modo a apontar a presença de outras

características clinicas, usando termos adicionais como “asma com bronquite cônica”, asma com

obstrução permanente e DPOC com componente reversível. Em terceiro lugar seria que o estudo mais

aprofundado da síndrome de sobreposição levaria à identificação de mecanismos que conduziriam a

conhecimento sobre o desenvolvimento da DPOC de forma a modificar a perda acelerada da função

pulmonar.(19)

10
Definição

ACOS é caracterizada por limitação do fluxo aéreo persistente com várias características

habitualmente associadas quer a Asma quer a DPOC. ACOS é, portanto, identificada na prática clinica

por características que partilha tanto com Asma como com DPOC. Uma definição especifica para ACOS

não pode ser desenvolvida até estar disponível maior evidencia sobre os seus fenótipos clínicos e

mecanismos subjacentes. (2)

Contudo, esta definição é limitada, devido ao facto de nem todos os doentes se encaixarem

facilmente dentro destes critérios. É reconhecido que doentes com DPOC, doentes com Asma

(particularmente a grave) ou ACOS podem apresentar obstrução fixa das vias aéreas. Enquanto que há

uma necessidade obvia de agrupar doentes com asma ou DPOC bem estabelecidas, existe também

exigência de reconhecer a variabilidade entre as duas patologias, incluindo diferentes níveis de

sobreposição entre elas. Com base na atual definição, doentes de ACOS podem expressar diferentes

características e diferentes graus ao longo do espectro apresentado pelas definições de Asma e DPOC.

Como por exemplo, um doente com história de asma desde infância que desenvolveu uma obstrução

fixa do fluxo aéreo depois de hábitos tabágicos significativos, muito provavelmente difere do doente

com um diagnostico de longa data de DPOC e sem história de asma que apresenta características

asmáticas na idade avançada. Estas subcaracterizações adicionais e definições devem ser

cuidadosamente consideradas, pois podem levar a confusão na clinica e a inadequada simplificação e

utilização de recursos. (4)

A possibilidade de a ACOS não ser uma única entidade, mas sim um conjunto de diferentes

fenótipos clínicos (1,20) levou a que autores sugerissem que o termo “síndrome” fosse descartado (já

que síndrome implica patogenia comum), enquanto outros têm recomendado ir além de rótulos

diagnósticos (muitas vezes imprecisos) para se focar nos fenótipos da doença para uma medicina precisa.

Outros ainda têm defendido um foco em traços tratáveis para promover a gestão otimizada dos pacientes

com uma variabilidade de características. (18)

11
Clínica

Na asma e na DPOC, os processos patogénicos são desencadeados por interações entre o

hospedeiro e fatores ambientais. A mesma suposição é feita em doentes com ACOS (4) que assim

partilha fatores de risco com as duas patologias (20) tais como: hiper-reactividade brônquica(1,19,20),

atopia (1,11), história familiar e predisposição genética (13), baixo peso à nascença(4) e exacerbações

da doença (19,21), bem como fatores de risco de asma : exposição a alergénios; infeções respiratórias e

sensibilizadores ocupacionais; e fatores de risco de DPOC: défice de Alfa-1 antitripsina; tabagismo;

exposição ocupacional; poluição; baixo nível socio económico. A asma é fator de risco independente

para DPOC.(4,20,22) O tabagismo é um hábito de 30% dos asmáticos e ironicamente a própria asma é

fator de risco para começar a fumar.(21,23) O facto da incidência de asma ser superior nas mulheres e

estas serem mais suscetíveis ao fumo do tabaco também pode explicar porque a sua prevalência é

superior na ACOS. (13) Visto a ACOS ser mais prevalente em idosos, é provável que alguns doentes de

asma possam complicar com DPOC, tipicamente depois de uma longa exposição ao fumo do tabaco ou

a outras partículas de gases nocivos.(4,20) Os estudos genéticos mostram-se contraditórios face a um

mecanismo para a sobreposição. Num estudo é sugerido que não há componente genético comum entre

asma e DPOC ou, em alternativa, fatores ambientais que obscureceram a contribuição genética comum.

(24) Outro identificou vários polimorfismos de nucleótido únicos codificantes e não codificantes no

gene GPR65 como associadas a ACOS. A proteína codificada pelo gene GPR65 é uma proteína G

acoplada ao receptor 65 membro da família G2A e participa de modo importante na ativação eosinofilica

durante asma e, na inibição extracelular de citocinas proinflamatorias (13).

Nos doentes com asma, os processos patogénicos típicos são conhecidos por incluírem

broncoconstrição mediada por mastócitos, inflamação devido a produção local de anticorpos, e

inflamação eosinofilica. Estes processos complexos são mediados por grande número de diferentes

moléculas mensageiras, incluindo histamina, cysteinil leucotrienos, prostaglandina D2, interleucinas e

quimiocinas. A limitação do fluxo aéreo brônquico experimentado na maior parte dos doentes com asma

é geralmente reversível. Um diagnóstico de limitação persistente do fluxo aéreo é por norma unicamente

12
característico de doentes com asma grave.(4,25) Em doentes com DPOC, os mecanismos patogénicos

típicos incluem hipersecreção de muco, destruição da parede alveolar e fibrose. Uma vez mais estes

processos complexos são realizados por várias células e moléculas mensageiras incluindo células

epiteliais, macrófagos, quimiocinas, monócitos, neutrófilos células T-helper e células citotóxicas tipo 1.

A limitação do fluxo nos doentes com DPOC não é, geralmente, reversível apenas por B2-agonistas.

Nos doentes de ACOS, a extensão da contribuição dos mecanismos subjacentes das duas doenças podem

diferir significativamente entre os indivíduos principalmente pela predisposição genética, exposição

ambiental, condição inicial e evolução da história natural de cada doente.(4)

A remodelação da via aérea ocorre tanto na Asma como na DPOC. Embora existam semelhanças

estruturais em termos de remodelação entre as duas doenças, a magnitude da mudança é diferente.(19).

Na tomografia computorizada (TC) de alta resolução do tórax, doentes com ACOS apresentam um

aprisionamento de gás intratorácico superior, menos enfisema e maior espessura da parede brônquica

quando comparados com doentes com DPOC. (19,26) Nos doentes com Asma, o aumento da espessura

da parede tem sido, em grande medida, atribuída à inflamação, fibrose subepitelial e aumento da

espessura do músculo liso. Isto também ocorre na DPOC, mas resulta num espessamento menos

proeminente.(19) De forma semelhante o aumento da fibrose da parede da via aérea é encontrada em

doentes de ACOS. (4) Alguns doentes com Asma apresentam um índice de enfisema por TC quantitativa

semelhante aos de DPOC e apresentam exacerbações mais frequentes do que os asmáticos com baixo

índice enfisematoso, tornando possível que medições de enfisema quantitativas possam ajudar no

diagnóstico de ACOS.(27) Apesar da grande variedade de características que podem estar presentes na

sobreposição de Asma e DPOC, até à data ainda não foram identificadas características especificas de

ACOS, provavelmente devido à heterogeneidade desta população. (4)

Têm sido estudados possíveis marcadores biológicos para melhorar o diagnóstico de ACOS. Na

expetoração foi encontrado maior quantidade de neutrófilos e células totais em doentes com ACOS ou

DPOC isolada do que em doentes com Asma isolada e pacientes saudáveis. Enquanto que os números

de eosinófilos foram significativamente maiores nos doentes com Asma em comparação a pacientes de

controlo, mas não diferentes entre Asma, DPOC e ACOS. A presença de inflamação eosinofilica nas

13
vias aéreas pode ser um indicador de melhor resposta a possível introdução de corticoterapia inalada

(CI) na asma, no entanto a informação é limitada para DPOC ou ACOS (4). O óxido nítrico fracionado

exalado (FeNO) quando superior a 35 ppb foi utilizado para o diagnóstico de ACOS numa população

de doentes com DPOC indicando uma prevalência de 16%. (28) Contudo, é necessária alguma precaução

na interpretação destes resultados, embora FeNO tenha sido demonstrado ser um biomarcador

diagnóstico em doentes com Asma, os dados em doentes de DPOC são menos consistentes,

possivelmente devido à influência do tabagismo.(4) É importante referir que o FeNO é importante mas

não é um marcador biológico ideal. Primeiro, é um marcador de inflamação eosinofilica indiretamente

relacionado com asma, pois pode estar aumentado noutras condições como atopia. Segundo, os valores

podem aumentar devido a ingestão na dieta, altitude, febre dos fenos, baixa qualidade do ar ou

diminuídos por tabagismo ou exercício. Foi proposto que a combinação de IgE e FeNO pode prever a

resposta aos corticoides/broncodilatadores nos doentes com DPOC, o que é correlacionado com FeNO

no fenótipo ACOS. Mais especificamente, caso o FeNO> 35ppb tem 80% sensibilidade e 66,7%

especificidade para identificar doentes com melhoria significativa do FEV1 pós broncodilatação, e

quando o FeNO se combina com IgE a especificidade para melhoria do FEV1 é de 100%.(17) Também

foi observado que doentes com ACOS e DPOC isolada têm um perfil semelhante do biomarcador

proteína surfactante A plasmática, a forma solúvel do receptor para a glicosilação avançada de produtos

finais, e níveis de mieloperoxidase na expetoração, o que diferiu nos doentes com Asma. Além disso,

os níveis elevados de lipocalina associada à gelatinase dos neutrófilos na expetoração, foram observados

em doentes com ACOS o que contrastou com DPOC isolada, permitindo distingui-las. (29) O estudo

do padrão de citocinas na expetoração mostrou nos doentes de ACOS predominância de neutrófilos na

via aérea e elevados níveis de IL-1B, factor de necrose tumoral-α e aumento da colonização bacteriana.

(22,30)

14
Diagnóstico

As recomendações GINA/GOLD é uma abordagem progressiva em cinco categorias. Na

primeira há reconhecimento da presença de doença das vias aéreas com recurso a uma história clínica

detalhada, exame físico, imagiologia e questionários de rastreio. Na segunda categoria são definidas em

Asma, DPOC ou ACOS com base em comparação de características como idade de surgimento da

doença, padrão dos sintomas respiratórios, função pulmonar, história familiar, progressão da doença e

raio-x torácico. Se três ou mais caraterísticas forem favoráveis com asma ou com DPOC, é provável que

o doente tenha uma dessas doenças. Caso um número semelhante de características aponte quer para

asma quer para DPOC então o diagnóstico de ACOS deve ser considerado. O terceiro passo será a

confirmação por espirometria. Num quarto passo será iniciada a terapia de acordo com a patologia, e

num quinto, se necessário, encaminhamento para investigações especializadas. Embora o

reconhecimento inicial e o tratamento da ACOS possam ser realizados nos cuidados de saúde primários,

o encaminhamento para investigações confirmatórias é encorajada, pois os resultados dos doentes com

ACOS são muitas vezes piores do que cada em doença isolada. (2) A maioria dos especialistas acredita,

que a ACOS deva ser diagnosticada por pneumologistas embora o “follow-up” possa ser partilhado com

os cuidados primários. (31)

Outras abordagens diagnósticas têm sido sugeridas(4,21,32). As diferenças entre as orientações

de diagnóstico destacam a complexidade implicada em tentativas de subclassificar ainda mais a doença

respiratória. É importante salientar que a maioria das orientações concentram-se na identificação do

componente asmático nos doentes com DPOC diagnosticada, o que é plausível de ser a abordagem mais

revelante para uma gestão eficaz dos pacientes individualmente.(4)

Um comité de especialistas da Europa Ocidental, América do Norte e Asia criou recentemente

um consenso que considera que doentes precisam de cumprir três critérios major e um critério minor

para serem diagnosticados com ACOS. Como critérios major: a limitação persistente do fluxo das vias

aéreas para indivíduos com idade superior a 40 anos (é imperativo realizar uma espirometria pré e pós

15
broncodilatador a todos os doentes). Um valor limite ajustado à idade para o FEV1/FVC é preferível,

caso contrario, FEV1/FVC menor que 70%. História de asma antes dos 40 anos, ou nos indivíduos que

não têm diagnóstico de asma antes dos 40 anos a resposta aos broncodilatadores (RBD) pode ser

utilizada como um critério major de ACOS se demonstrada uma grande resposta, definida como um

aumento superior a 400 mL do FEV1 após albuterol/salbutamol (ou equivalente), isto é uma exceção

dada a incerteza dos limiares da RBD na distinção entre doentes com DPOC e com Asma, pelo que não

deva ser um critério major para ACOS. Tabagismo presente ou passado deve ser um critério major para

ACOS para o limite maior ou igual a 10 UMA nos países onde a exposição a biomassa não é um

contribuinte major para a limitação do fluxo aéreo brônquico (América do Norte e Europa Ocidental).

Noutras partes do mundo em que a poluição interior e exterior desempenha um papel importante na

Asma e DPOC em não fumadores não existe um método universal para quantificar a exposição pelo que

o critério pode ser cumprido em não fumadores ou fumadores com menos que 10UMA que têm biomassa

ou poluição ambiental equivalentes considerado pelos cuidados de saúde primários. Como critérios

minor: história de atopia ou renite alérgica; RDB maior ou igual a 200mL e 12% dos valores basais em

duas ou mais visitas; mais que 300 uL de eosinófilos no sangue periférico. (18)

16
Tratamento

O GINA/GOLD aconselha iniciar a abordagem terapêutica de ACOS com o tratamento da Asma

até que mais investigações sejam realizadas. Isto enfatiza o papel essencial dos CI na prevenção da

morbilidade e mortalidade de doentes com asma não controlada. Deve então ser introduzida a terapia

com CI em doses baixas ou moderadas dependendo dos sintomas. Habitualmente também se pode

utilizar broncodilatadores de longa ação tais como beta agonistas de longa ação (LABA) e ou/ anti

muscarínicos de longa ação (LAMA). Contudo, é contra-indicada a monoterapia com LABA. Os

doentes devem também iniciar outras terapêuticas comuns da doença obstrutiva crónica tais como:

tratamento dos fatores de risco, incluindo cessação tabágica, tratamento de comorbilidades, vacinação e

estratégias não farmacológicas, tais como atividade física e reabilitação pulmonar. (2)

Os tratamentos anteriormente mencionados não são específicos de ACOS, estão indicados para

tratamento de asma ou DPOC ou ambas. A evidência cientifica para o tratamento farmacológico de

doentes com ACOS é fraca, uma vez que tais doentes têm sido historicamente excluídos de ensaios

clínicos randomizados, portanto as recomendações terapêuticas são extrapoladas a partir de efetuados

na Asma ou DPOC isoladamente(20,11,33). Ao iniciar o tratamento deve aconselhar-se o doente sobre

a minimização da exposição a fatores de risco, como o tabagismo e alergénios.(4,20,11). A cessação

tabágica é na intervenção da DPOC o mais importante e comprovadamente o único modificador da

história natural da doença. (11) A terapia farmacológica para a cessação tabágica inclui substitutos de

nicotina ou medicação não nicotínica, como a bupropiona e a vareniclina (11) A maioria dos consensos

recomenda nestes doentes o uso de LABA/CI combinados. Além disso o uso da terapia tripla, a junção

de um LAMA a LABA e CI, pode ser considerada em doentes com sintomatologia mais grave,

especialmente na presença de exacerbações mais frequentes. (11,30) É importante considerar que alguns

pacientes fumadores com doença obstrutiva podem apresentar uma resposta reduzida aos CI (23,32,34)

e nestes casos os modificadores de leucotrienos podem ser benéficos (23,32). Nos asmáticos fumadores,

a sinergia entre teofilina em baixa dose e ICS pode melhorar a função pulmonar e o controlo da asma,

contudo, deve-se notar que estes dados não foram obtidos para doentes com ACOS.(34)

17
Tal como acontece com a seleção de qualquer regime terapêutico, as questões de segurança e

tolerabilidade justificam atitudes cuidadosas. Os objetivos do tratamento da ACOS passam pelo controlo

ou redução dos sintomas e comorbilidades bem como a redução dos riscos, incluindo exacerbações,

declínio da função pulmonar e efeitos adversos da medicação.(11). Por exemplo, o uso de CI a longo

prazo foi associado a um aumento dos riscos de efeitos colaterais em doentes com DPOC, mas não se

sabe se o risco em doentes com ACOS é o mesmo. (4,11) Doentes com ACOS que recebem tratamento

com LABAs+LAMAs possuem um maior risco de desenvolver tuberculose do que doentes que recebem

qualquer um deste grupo de medicamentos isolado. O risco também aumenta com CI, e aumenta com a

dose e tempo de utilização.(5) Em doentes com asma, omitir a terapêutica com CI e tratar com LABA

em monoterapia está associado a deterioração do controlo da asma, aumento da gravidade, e aumento

da mortalidade (4,35). Embora o impacto de LABA em monoterapia em ACOS não seja conhecido, esta

não está indicada nestes doentes devido à maior carga de doença. (4,35) Em média ocorre uma maior

taxa de exacerbações em doentes com ACOS do que com DPOC isolada, mas um significativo número

de doentes com DPOC experimenta exacerbações frequentes sem a presença do componente asmático.

É importante diferenciar claramente exacerbações de doentes com DPOC sem componente asmático

porque estes pacientes podem beneficiar mais de dupla broncodilatação do que do uso de CI ou outra

terapia anti-inflamatória. (4)

Os inibidores das fosfodiesterase-4 e macrólidos são opções anti-inflamatórias nas

exacerbações dos doentes com DPOC em terapia inalada. (36,37) O tratamento com roflumilast pode

reduzir exacerbações e hospitalizações de doentes com DPOC grave, mesmo quando já é utilizada a

terapia tripla.(36). Em doentes com DPOC e com um risco aumentado de exacerbações, a adição de

macrólidos ao tratamento com duração de 1 ano foi associado a uma diminuição da frequência das

exacerbações apesar de efeitos colaterais como perda de acuidade auditiva e do aumento de resistências

aos macrolidos. (37) O omalizumab mostrou ser eficaz na diminuição das exacerbações e

hospitalizações em doentes mal controlados com a terapia tripla e adição de antagonista do receptor de

leucotrienos (LTRA). (38) Embora haja evidência suficiente para orientar o tratamento na maioria dos

18
doentes com Asma ou DPOC como doenças separadas, é necessária mais pesquisa nos resultados dos

diferentes tratamentos quando existe sobreposição das duas.(4)

19
Conclusão

O debate sobre o uso ou não de um termo para caracterizar doentes com características de Asma

e ou DPOC vem já desde 1961 apresentado por Orie, que já sustentava a importância que teria

caracterizar detalhadamente os doentes na prática clínica e não apenas diagnosticar uma doença.

(1,16,19). Nos doentes mais graves ou formas de doença mais difícil de tratar, mesmo médicos

experientes têm dificuldade em incorporar opções de tratamento adicionais com base em características

especificas, que permitem a classificação em diferentes fenótipos. A introdução de um termo coletivo

adicional com características pouco claras e orientações inespecificas como ACOS pode resultar em

confusão e dificuldade na seleção do tratamento apropriado pelo médico de família. (4) Muitos autores

sugerem que é prematuro a introdução da designação de uma doença como ACOS sem mais evidências

disponíveis e que será melhor caracterizar o mais detalhada e completamente possível estes doentes a

fim de permitir ao médico um tratamento mais individual e dirigido a cada doente, e obtendo assim uma

melhor resposta ao mesmo. (1,4,21,18,20,34,35)

20
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Dec;53(10):1048-50

25
Agradecimentos

Agradeço em primeiro lugar ao Doutor Henrique José Correia Queiroga, orientador desta

monografia, pela disponibilidade e rigor científico demonstrados ao longo da elaboração deste trabalho.

Agradeço aos meus pais, irmã e avós por me apoiarem e não me deixarem cair em desânimo

face às vicissitudes encontradas no decorrer da elaboração deste projeto.

Agradeço à Sofia, ouvinte paciente de lamentações sucessivas, por me acompanhar durante

todas as etapas do trabalho e incentivar a chegar mais longe.

26
Anexos

Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa

27
Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa

NORMAS PUBLICAÇÃO
Acta Médica Portuguesa’s Publishing Guidelines

Conselho Editorial ACTA MÉDICA PORTUGUESA


Acta Med Port 2016, 30 dezembro 2016

1. MISSÃO
Publicar trabalhos científicos originais e de revisão na relativamente ao processamento ou à submissão de arti-
área biomédica da mais elevada qualidade, abrangendo gos.
várias áreas do conhecimento médico, e ajudar os médicos A taxa de aceitação da Acta Médica Portuguesa, em
a tomar melhores decisões. 2014, foi de aproximadamente de 20% dos mais de 700
Para atingir estes objectivos a Acta Médica Portuguesa manuscritos recebidos anualmente.
publica artigos originais, artigos de revisão, casos clínicos, Os manuscritos devem ser submetidos online via
editoriais, entre outros, comentando sobre os factores clí- “Submissões Online” http://www.actamedicaportuguesa.com
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tam a saúde. A Acta Médica Portuguesa pode considerar Submissions.
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Independência e imparcialidade editorial. senho de estudos).
Ética e respeito pela dignidade humana. A política editorial da Revista incorpora no processo de
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torial (Editorial Policy Statements) emitidas pelo Conselho
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10. PROCESSO EDITORIAL da primeira revisão.

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metidos para publicação noutros locais. • No caso da aceitação, em qualquer das fases ante-
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cego (single-blind) de revisão por pares (peer-review, exter- prazo inferior a um mês, o Conselho Editorial enviará o ar-
nos à revista). Os manuscritos recebidos serão enviados a tigo para revisão dos Autores já com a formatação final,
peritos das diversas áreas, os quais deverão fazer os seus mas sem a numeração definitiva. Os Autores dispõem de
comentários, incluindo a sugestão de aceitação, aceitação cinco dias para a revisão do texto e comunicação de quais-
condicionada a pequenas ou grandes modificações ou re- quer erros tipográficos. Nesta fase, os Autores não podem
jeição. Na avaliação, os artigos poderão ser: fazer qualquer modificação de fundo ao artigo, para além
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b) aceites após modificações propostas pelos consulto- pequenos erros. Não são permitidas, nomeadamente, alte-
res científicos; rações a dados de tabelas ou gráficos, alterações de fundo
c) recusados. do texto, etc.
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poral: posta, após o decurso dos cinco dias, o artigo considera-se
• Após a recepção do artigo, o Editor-Chefe, ou um dos concluído.
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dois revisores, caso esteja de acordo com as normas de de fundo aos artigos não serão aceites e poderão implicar
publicação e se enquadre na política editorial. Poderá ser a sua rejeição posterior por decisão do Editor-Chefe.
recusado nesta fase, sem envio a revisores. Chama-se a atenção que a transcrição de imagens,
• Quando receberem a comunicação de aceitação, os quadros ou gráficos de outras publicações deverá ter a pré-
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co, o formulário de partilha de direitos que se encontra no mentos às normas que regem os direitos de autor.
site da Acta Médica Portuguesa, devidamente preenchido e
assinado por todos os Autores. 11. PUBLICAÇÃO FAST-TRACK
• No prazo máximo de quatro semanas, o revisor de- A Acta Médica Portuguesa dispõe do sistema de publi-
verá responder ao editor indicando os seus comentários cação Fast-Track para manuscritos urgentes e importantes
relativos ao manuscrito sujeito a revisão, e a sua sugestão desde que cumpram os requisitos da Acta Médica Portu-
de quanto à aceitação ou rejeição do trabalho. O Conselho guesa para o Fast-Track.
Editorial tomará, num prazo de 15 dias, uma primeira deci- a) Os autores para requererem a publicação fast-track
são que poderá incluir a aceitação do artigo sem modifica- devem submeter o seu manuscrito em http://www.actame-
ções, o envio dos comentários dos revisores para que os dicaportuguesa.com/ “submeter artigo” indicando clara-
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do artigo. para a publicação rápida. O Conselho Editorial tomará a
Os Autores dispõem de 20 dias para submeter a nova decisão sobre se o manuscrito é adequado para uma via
versão revista do manuscrito, contemplando as modifica- rápida (fast-track) ou para submissão regular;
ções recomendadas pelos peritos e pelo Conselho Editorial. b) Verifique se o manuscrito cumpre as normas aos au-
Quando são propostas alterações, o autor deverá no prazo tores da Acta Médica Portuguesa e que contém as informa-
máximo de vinte dias, carregar na plataforma electrónica ções necessárias em todos os manuscritos da Acta Médica
da Acta Médica Portuguesa uma versão revista do artigo, Portuguesa.
com as alterações inseridas destacadas com cor diferente, c) O Gabinete Editorial irá comunicar, dentro de 48 ho-
bem como um novo Documento Suplementar respondendo ras, se o manuscrito é apropriado para avaliação fast-track.
a todas as questões colocadas. Se o Editor-Chefe decidir não aceitar a avaliação fast-track,
• O Editor-Chefe dispõe de 15 dias para tomar a deci- o manuscrito pode ser considerado para o processo de re-
são sobre a nova versão: rejeitar ou aceitar o artigo na nova visão normal. Os autores também terão a oportunidade de
versão, ou submetê-lo a um ou mais revisores externos retirar a sua submissão.
cujo parecer poderá, ou não, coincidir com os resultantes d) Para manuscritos que são aceites para avaliação

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fast-track, a decisão Editorial será feita no prazo de 5 dias Os componentes do manuscrito são: Página de Título,
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úteis. Resumo, Texto, Referências, e se apropriado, legendas


e) Se o manuscrito for aceite para publicação, o objecti- de figuras. Inicie cada uma dessas secções em uma nova
vo será publicá-lo, online, no prazo máximo de 3 semanas página, numeradas consecutivamente, começando com a
após a aceitação. página de título.
Os formatos de arquivo dos manuscritos autorizados in-
12. REGRAS DE OURO ACTA MÉDICA PORTUGUESA cluem o Word e o WordPerfect. Não submeta o manuscrito
a) O editor é responsável por garantir a qualidade da em formato PDF.
revista e que o que publica é ético, actual e relevante para
os leitores. SUBMISSÃO
b) A gestão de reclamações passa obrigatoriamente Os manuscritos devem ser submetidos online, via “Sub-
pelo editor-chefe e não pelo bastonário. missão Online” da Acta Médica Portuguesa http://www.
c) O peer review deve envolver a avaliação de revisores actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/about/
externos. submissions#onlineSubmissions.
d) A submissão do manuscrito e todos os detalhes asso- Todos os campos solicitados no sistema de submissão
ciados são mantidos confidenciais pelo corpo editorial e por online terão de ser respondidos.
todas as pessoas envolvidas no processo de peer-review. Após submissão do manuscrito o autor receberá a con-
e) A identidade dos revisores é confidencial. firmação de recepção e um número para o manuscrito.
f) Os revisores aconselham e fazem recomendações; o
editor toma decisões. Na primeira página/ página de título:
g) O editor-chefe tem total independência editorial. a) Título em português e inglês, conciso e descritivo
h) A Ordem dos Médicos não interfere directamente na b) Na linha da autoria, liste o Nome de todos os Autores
avaliação, selecção e edição de artigos específicos, nem (primeiro e último nome) com os títulos académicos e/ou
directamente nem por influência indirecta nas decisões edi- profissionais e respectiva afiliação (departamento, institui-
toriais. ção, cidade, país)
i) As decisões editoriais são baseadas no mérito de tra- c) Subsídio(s) ou bolsa(s) que contribuíram para a rea-
balho submetido e adequação à revista. lização do trabalho
j) As decisões do editor-chefe não são influenciadas d) Morada e e-mail do Autor responsável pela corres-
pela origem do manuscrito nem determinadas por agentes pondência relativa ao manuscrito
exteriores. e) Título breve para cabeçalho
k) As razões para rejeição imediata sem peer review ex-
terno são: falta de originalidade; interesse limitado para os Na segunda página
leitores da Acta Médica Portuguesa; conter graves falhas a) Título (sem autores)
científicas ou metodológicas; o tópico não é coberto com a b) Resumo em português e inglês. Nenhuma informa-
profundidade necessária; é preliminar de mais e/ou espe- ção que não conste no manuscrito pode ser mencionada no
culativo; informação desactualizada. resumo. Os resumos não podem remeter para o texto, não
l) Todos os elementos envolvidos no processo de peer podendo conter citações nem referencias a figuras.
review devem actuar de acordo com os mais elevados pa- c) Palavras-chave (Keywords). Um máximo de 5
drões éticos. Keywords em inglês utilizando a terminologia que consta
m) Todas as partes envolvidas no processo de peer re- no Medical Subject Headings (MeSH), http://www.nlm.nih.
view devem declarar qualquer potencial conflito de interes- gov/mesh/MBrowser.html, devem seguir-se ao resumo.
ses e solicitar escusa de rever manuscritos que sintam que
não conseguirão rever objectivamente. Na terceira página e seguintes:
Editoriais:
13. NORMAS GERAIS Os Editoriais serão apenas submetidos por convite do
ESTILO Editor. Serão comentários sobre tópicos actuais. Não de-
Todos os manuscritos devem ser preparados de acordo vem exceder as 1.200 palavras nem conter tabelas/figuras
com o “AMA Manual of Style”, 10th ed. e/ou “Uniform Requi- e terão um máximo de 5 referências bibliográficas. Não pre-
rements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”. cisam de resumo.
Escreva num estilo claro, directo e activo. Geralmente,
escreva usando a primeira pessoa, voz activa, por exemplo, Perspectiva:
“Analisámos dados”, e não “Os dados foram analisados”. Artigos elaborados apenas por convite do Conselho
Os agradecimentos são as excepções a essa directriz, e Editorial. Podem cobrir grande diversidade de temas com
deve ser escrito na terceira pessoa, voz activa; “Os auto- interesse nos cuidados de saúde: problemas actuais ou
res gostariam de agradecer”. Palavras em latim ou noutra emergentes, gestão e política de saúde, história da medici-
língua que não seja a do texto deverão ser colocadas em na, ligação à sociedade, epidemiologia, etc.
itálico. Um Autor que deseje propor um artigo desta categoria

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deverá remeter previamente ao Editor-Chefe o respectivo Caso Clínico:

NORMAS PUBLICAÇÃO
resumo, indicação dos autores e título do artigo para ava- O relato de um caso clínico com justificada razão de pu-
liação. blicação (raridade, aspectos inusitados, evoluções atípicas,
Deve conter no máximo 1200 palavras (excluindo as re- inovações terapêuticas e de diagnóstico, entre outras). As
ferências e as legendas) e até 10 referências bibliográficas. secções serão: Introdução, Caso Clínico, Discussão, Refe-
Só pode conter uma tabela ou uma figura. Não precisa de rências.
resumo. A linha de autoria deste tipo de artigos não deverá ex-
ceder quatro autores. Outros contributos poderão ser reco-
Artigos Originais: nhecidos no final do texto, sob o parágrafo “Agradecimen-
O texto deve ser apresentado com as seguintes sec- tos”.
ções: Introdução (incluindo Objectivos), Material e Méto- O texto não deve exceder as 1.000 palavras e 15 refe-
dos, Resultados, Discussão, Conclusão, Agradecimentos rências bibliográficas. Deve ser acompanhado de figuras
(se aplicável), Referências, Tabelas e Figuras. ilustrativas. O número de tabelas/figuras não deve ser su-
Os Artigos Originais não deverão exceder as 4.000 pa- perior a 5.
lavras, excluindo referências e ilustrações. Deve ser acom- Inclua um resumo não estruturado que não exceda 150
panhado de ilustrações, com um máximo de 6 figuras/tabe- palavras, que sumarie o objectivo, pontos principais e con-
las e 60 referências bibliográficas. clusões do artigo.
O resumo dos artigos originais não deve exceder as
250 palavras e serão estruturados (com cabeçalhos: Intro- Imagens em Medicina (Imagem Médica):
dução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão e Con- A Imagem em Medicina é um contributo importante da
clusão). aprendizagem e da prática médica. Poderão ser aceites
A Acta Médica Portuguesa, como membro do ICMJE, imagens clínicas, de imagiologia, histopatologia, cirurgia,
exige como condição para publicação, o registo de todos os etc. Podem ser enviadas até duas imagens por caso.
ensaios num registo público de ensaios aceite pelo ICMJE Deve incluir um título com um máximo de oito palavras
(ou seja, propriedade de uma instituição sem fins lucrativos e um texto com um máximo de 150 palavras onde se dê
e publicamente acessível, por ex. clinicaltrials.gov). Todos informação clínica relevante, incluindo um breve resumo do
os manuscritos reportando ensaios clínicos têm de seguir o historial do doente, dados laboratoriais, terapêutica e con-
CONSORT Statement http://www.consort-statement.org/. dição actual. Não pode ter mais do que três autores e cinco
Numa revisão sistemática ou meta-análise siga as referências bibliográficas. Não precisa de resumo.
PRISMA guidelines. Só são aceites fotografias originais, de alta qualidade,
Numa meta-análise de estudos observacionais, siga as que não tenham sido submetidas a prévia publicação. Para
MOOSE guidelines e apresente como um ficheiro comple- informação sobre o envio de imagens digitais, consulte as
mentar o protocolo do estudo, se houver um. «Normas técnicas para a submissão de figuras, tabelas ou
Num estudo de precisão de diagnóstico, siga as STARD fotografias».
guidelines.
Num estudo observacional, siga as STROBE guideli- Guidelines / Normas de orientação:
nes. As sociedades médicas, os colégios das especialida-
Num Guideline clínico incentivamos os autores a seguir des, as entidades oficiais e / ou grupos de médicos que
a GRADE guidance para classificar a evidência. desejem publicar na Acta Médica Portuguesa recomenda-
ções de prática clínica, deverão contactar previamente o
Artigos de Revisão: Conselho Editorial e submeter o texto completo e a versão
Destinam-se a abordar de forma aprofundada, o estado para ser publicada. O Editor-Chefe poderá colocar como
actual do conhecimento referente a temas de importância. exigência a publicação exclusiva das recomendações na
Estes artigos serão elaborados a convite da equipa edito- Acta Médica Portuguesa.
rial, contudo, a título excepcional, será possível a submis- Poderá ser acordada a publicação de uma versão resu-
são, por autores não convidados (com ampla experiência mida na edição impressa cumulativamente à publicação da
no tema) de projectos de artigo de revisão que, julgados versão completa no site da Acta Médica Portuguesa.
relevantes e aprovados pelo editor, poderão ser desenvol-
vidos e submetidos às normas de publicação. Cartas ao Editor:
Comprimento máximo: 3500 palavras de texto (não in- Devem constituir um comentário a um artigo da Acta
cluindo resumo, legendas e referências). Não pode ter mais Med Port ou uma pequena nota sobre um tema ou caso
do que um total de 4 tabelas e / ou figuras, e não mais de clínico. Não devem exceder as 400 palavras, nem conter
50-75 referências. mais de uma ilustração e ter um máximo de 5 referências
O resumo dos artigos de revisão não deve exceder as bibliográficas. Não precisam de resumo.
250 palavras e serão estruturados (com cabeçalhos: Intro- Deve seguir a seguinte estrutura geral: Identificar o arti-
dução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão, Con- go (torna-se a referência 1); Dizer porque está a escrever;
clusão. fornecer evidência (a partir da literatura ou a partir de uma

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experiência pessoal) fornecer uma súmula; citar referên-


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cias. Legendas: Após as referências bibliográficas, ainda


A(s) resposta(s) do(s) Autor(es) devem observar as no ficheiro de texto do manuscrito, deverá ser enviada le-
mesmas características. genda detalhada (sem abreviaturas) para cada imagem. A
Uma Carta ao editor discutindo um artigo recente da Acta imagem tem que ser referenciada no texto e indicada a sua
Med Port terá maior probabilidade de aceitação se for sub- localização aproximada com o comentário “Inserir Figura nº
metida quatro semanas após a publicação do artigo. 1… aqui”.

Abreviaturas: Não use abreviaturas ou acrónimos no Tabelas: É obrigatório o envio das tabelas a preto e
título nem no resumo, e limite o seu uso no texto. O uso de branco no final do ficheiro. As tabelas devem ser elabora-
acrónimos deve ser evitado, assim como o uso excessivo das e submetidas em documento word, em formato de ta-
e desnecessário de abreviaturas. Se for imprescindível re- bela simples (simple grid), sem utilização de tabuladores,
correr a abreviaturas não consagradas, devem ser defini- nem modificações tipográficas. Todas as tabelas devem ser
das na primeira utilização, por extenso, logo seguido pela mencionadas no texto do artigo e numeradas pela ordem
abreviatura entre parenteses. Não coloque pontos finais que surgem no texto. Indique a sua localização aproximada
nas abreviaturas. no corpo do texto com o comentário “Inserir Tabela nº 1…
Unidades de Medida: As medidas de comprimento, al- aqui”. Neste caso os autores autorizam uma reorganização
tura, peso e volume devem ser expressas em unidades do das tabelas caso seja necessário.
sistema métrico (metro, quilograma ou litro) ou seus múlti- Quaisquer tabelas submetidas que sejam mais longas/
plos decimais. largas do que duas páginas A4 serão publicadas como
As temperaturas devem ser dadas em graus Celsius Apêndice ao artigo.
(ºC) e a pressão arterial em milímetros de mercúrio (mm As tabelas devem ser acompanhadas da respectiva le-
Hg). genda/título, elaborada de forma sucinta e clara.
Para mais informação consulte a tabela de conversão Legendas devem ser auto-explicativas (sem necessida-
“Units of Measure” no website da AMA Manual Style. de de recorrer ao texto) – é uma declaração descritiva.
Nomes de Medicamentos, Dispositivos ou outros Legenda/Título das Tabelas: Colocada por cima do cor-
Produtos: Use o nome não comercial de medicamentos, po da tabela e justificada à esquerda. Tabelas são lidas de
dispositivos ou de outros produtos, a menos que o nome cima para baixo. Na parte inferior serão colocadas todas as
comercial seja essencial para a discussão. notas informativas – notas de rodapé (abreviaturas, signi-
ficado estatístico, etc.) As notas de rodapé para conteúdo
IMAGENS que não caiba no título ou nas células de dados devem
Numere todas as imagens (figuras, gráficos, tabelas, conter estes símbolos *, †, ‡, §, ||, ¶, **, ††, ‡‡, §§, ||||, ¶¶,‌
fotografias, ilustrações) pela ordem de citação no texto.
Inclua um título/legenda para cada imagem (uma frase Figuras: Os ficheiros «figura» podem ser tantos quan-
breve, de preferência com não mais do que 10 a 15 pala- tas imagens tiver o artigo. Cada um destes elementos de-
vras). verá ser submetido em ficheiro separado, obrigatoriamente
A publicação de imagens a cores é gratuita. em versão electrónica, pronto para publicação. As figuras
No manuscrito, são aceitáveis os seguintes formatos: (fotografias, desenhos e gráficos) não são aceites em fi-
BMP, EPS, JPG, PDF e TIF, com 300 dpis de resolução, cheiros word.
pelo menos 1200 pixeis de largura e altura proporcional. Em formato TIF, JPG, BMP, EPS e PDF com 300 dpis
As Tabelas/Figuras devem ser numeradas na ordem de resolução, pelo menos 1200 pixeis de largura e altura
em que são citadas no texto e assinaladas em numeração proporcional.
árabe e com identificação, figura/tabela. Tabelas e figuras As legendas têm que ser colocadas no ficheiro de texto
devem ter numeração árabe e legenda. Cada Figura e Ta- do manuscrito.
bela incluídas no trabalho têm de ser referidas no texto, da Caso a figura esteja sujeita a direitos de autor, é res-
forma que passamos a exemplificar: ponsabilidade dos autores do artigo adquirir esses direitos
Estes são alguns exemplos de como uma resposta antes do envio do ficheiro à Acta Médica Portuguesa.
imunitária anormal pode estar na origem dos sintomas da Legenda das Figuras: Colocada por baixo da figura,
doença de Behçet (Fig. 4). gráfico e justificada à esquerda. Gráficos e outras figuras
Esta associa-se a outras duas lesões cutâneas (Tabela 1). são habitualmente lidos de baixo para cima.
Figura: Quando referida no texto é abreviada para Fig., Só são aceites imagens de doentes quando necessá-
enquanto a palavra Tabela não é abreviada. Nas legendas rias para a compreensão do artigo. Se for usada uma figura
ambas as palavras são escritas por extenso. em que o doente seja identificável deve ser obtida e reme-
Figuras e tabelas serão numeradas com numeração tida à Acta Médica Portuguesa a devida autorização. Se a
árabe independentemente e na sequência em que são re- fotografia permitir de forma óbvia a identificação do doente,
feridas no texto. esta poderá não ser aceite. Em caso de dúvida, a decisão
Exemplo: Fig. 1, Fig. 2, Tabela 1 final será do Editor-Chefe.

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• Fotografias: Em formato TIF, JPG, BMP e PDF com nas.

NORMAS PUBLICAÇÃO
300 dpis de resolução, pelo menos 1200 pixeis de largura e 1. Com menos de 6 autores
altura proporcional. Miguel C, Mediavilla MJ. Abordagem actual da gota. Acta
• Desenhos e gráficos: Os desenhos e gráficos devem Med Port. 2011;24:791-8.
ser enviados em formato vectorial (AI, EPS) ou em ficheiro 2. Com mais de 6 autores
bitmap com uma resolução mínima de 600 dpi. A fonte a Norte A, Santos C, Gamboa F, Ferreira AJ, Marques A, Lei-
utilizar em desenhos e gráficos será obrigatoriamente Arial. te C, et al. Pneumonia Necrotizante: uma complicação rara.
As imagens devem ser apresentadas em ficheiros se- Acta Med Port. 2012;25:51-5.
parados submetidos como documentos suplementares, em
condições de reprodução, de acordo com a ordem em que Monografia:
são discutidas no texto. As imagens devem ser fornecidas Autor/Editor AA. Título: completo. Edição (se não for a
independentemente do texto. primeira). Vol.(se for trabalho em vários volumes). Local de
publicação: Editor comercial; ano.
AGRADECIMENTOS (facultativo) 1. Com Autores:
Devem vir após o texto, tendo como objectivo agrade- Moore, K. Essential Clinical Anatomy. 4th ed. Philadelphia:
cer a todos os que contribuíram para o estudo mas não Wolters Kluwer Lippincott Williams & Wilkins; 2011.
têm peso de autoria. Nesta secção é possível agradecer a 2. Com editor:
todas as fontes de apoio, quer financeiro, quer tecnológico Gilstrap LC 3rd, Cunningham FG, VanDorsten JP, editors.
ou de consultoria, assim como contribuições individuais. Operative obstetrics. 2nd ed. New York: McGraw-Hill; 2002.
Cada pessoa citada nesta secção de agradecimentos deve
enviar uma carta autorizando a inclusão do seu nome. Capítulo de monografia:
Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome altera-
REFERÊNCIAS tions in human solid tumors. In: Vogelstein B, Kinzler KW,
Os autores são responsáveis pela exactidão e rigor das editors. The genetic basis of human cancer. New York: Mc-
suas referências e pela sua correcta citação no texto. Graw-Hill; 2002. p. 93-113.
As referências bibliográficas devem ser citadas nume-
ricamente (algarismos árabes formatados sobrescritos) por Relatório Científico/Técnico:
ordem de entrada no texto e ser identificadas no texto com Lugg DJ. Physiological adaptation and health of an ex-
algarismos árabes. Exemplo: “Dimethylfumarate has also pedition in Antarctica: with comment on behavioural adap-
been a systemic therapeutic option in moderate to severe tation. Canberra: A.G.P.S.; 1977. Australian Government
psoriasis since 199413 and in multiple sclerosis.14” Department of Science, Antarctic Division. ANARE scientific
Se forem citados mais de duas referências em sequên- reports. Series B(4), Medical science No. 0126
cia, apenas a primeira e a última devem ser indicadas, sen-
do separadas por traço.5-9 Documento electrónico:
Em caso de citação alternada, todas as referências de- 1.CD-ROM
vem ser digitadas, separadas por vírgula.12,15,18 Anderson SC, Poulsen KB. Anderson’s electronic atlas of
As referências são alinhadas à esquerda. hematology [CD-ROM]. Philadelphia: Lippincott Williams &
Não deverão ser incluídos na lista de referências quais- Wilkins; 2002.
quer artigos ainda em preparação ou observações não 2. Monografia da Internet
publicadas, comunicações pessoais, etc. Tais inclusões só Van Belle G, Fisher LD, Heagerty PJ, Lumley TS. Biosta-
são permitidas no corpo do manuscrito (ex: P. Andrade, co- tistics: a methodology for the health sciences [e-book]. 2nd
municação pessoal). ed. Somerset: Wiley InterScience; 2003 [consultado 2005
As abreviaturas usadas na nomeação das revistas Jun 30]. Disponível em: Wiley InterScience electronic col-
devem ser as utilizadas pelo National Library of Medicine lection
(NLM) Title Journals Abbreviations http://www.ncbi.nlm.nih. 3. Homepage/Website
gov/nlmcatalog/journals Cancer-Pain.org [homepage na Internet]. New York: Asso-
Notas: Não indicar mês da publicação. ciation of Cancer Online Resources, Inc.; c2000-01; [consul-
tado 2002 Jul 9].Disponível em: http://www.cancer-pain.org/.
Nas referências com 6 ou menos Autores devem ser
nomeados todos. Nas referências com 7 ou mais autores PROVAS TIPOGRÁFICAS
devem ser nomeados os 6 primeiros seguidos de “et al”. Serão da responsabilidade do Conselho Editorial, se os
Seguem-se alguns exemplos de como devem constar Autores não indicarem o contrário. Neste caso elas deve-
os vários tipos de referências. rão ser feitas no prazo determinado pelo Conselho Edito-
rial, em função das necessidades editoriais da Revista. Os
Artigo: autores receberão as provas para publicação em formato
Apelido Iniciais do(s) Autor(es). Título do artigo. Título PDF para correcção e deverão devolvê-las num prazo de
das revistas [abreviado]. Ano de publicação;Volume: pági- 48 horas.

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Normas de Publicação da Acta Médica Portuguesa, 2016

ERRATA E RETRACÇÕES NOTA FINAL


NORMAS PUBLICAÇÃO

A Acta Médica Portuguesa publica alterações, emendas Para um mais completo esclarecimento sobre este as-
ou retracções a um artigo anteriormente publicado. Altera- sunto aconselha-se a leitura do Uniform Requirements for
ções posteriores à publicação assumirão a forma de errata. Manuscripts Submitted to Biomedical Journals do Interna-
tional Commitee of Medical Journal Editors), disponível em
http://www.ICMJE.org.

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