- Professor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do... moreProfessor do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde lidera o coletivo de pesquisa e extensão ILHARGAS - Cidades, Políticas e Violências (https://ilhargas.ufam.edu.br/). Atualmente, coordena o projeto de extensão "InfoCadeia-AM: Informações sobre Encarceramento no Amazonas (UFAM, 2021-atual)" e o projeto de pesquisa "Encarceramento no Amazonas: transformações políticas e sociais pós-massacres" (FAPEAM, 2022-Atual). É pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Violência, Poder e Segurança Pública (INViPS/CNPq) e membro do Comitê Cidadania, Violência e Gestão estatal da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). É coordenador local do projeto de pesquisa em rede Políticas e fluxos prisionais: experiências de vida em torno dos cárceres no Norte e Nordeste do Brasil (CNPq, 2022-atual). Realizou estágio pós-doutoral na Facultad de Sociología y Política da Universidad Complutense de Madrid (Espanha, 2018-2019) e coordenou os projetos de pesquisa "Linchamentos e segurança de rua em três metrópoles brasileiras (CNPq, 2019-2022), "Linchamentos na Região Metropolitana de Manaus: um estudo multidimensional e comparado sobre justiça de rua, estado e moralidades (FAPEAM, 2020-2022) e "Regimes de mobilidade espacial na Amazônia urbana" (CNPq, 2016-2018), além do projeto de extensão "Observatório da Violência de Gênero no Amazonas" (UFAM, 2016-2018). Obteve o título de doutor em sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Desenvolve pesquisas em sociologia e antropologia urbana, com ênfase em violência, segurança, crime e punição; mobilidades e fronteiras; gênero, raça e outras diferenças.Também tem interesse e orienta pesquisas nos temas: habitação, educação, meio ambiente, ciência e tecnologia e filosofia política. Mais informações em http://lattes.cnpq.br/1238486546150788
Professor at the Department of Social Sciences and at the Postgraduate Program in Sociology at the Federal University of Amazonas (UFAM), where he leads the research group ILHARGAS - Cities, Politics and Violences (CNPq). Currently, he coordinates the extension project "InfoCadeia-AM: Information on Incarceration in Amazonas (UFAM)" and the research project ""Incarceration in the Amazon: political and social transformations after massacres". He is a researcher at the National Instituto of Science and Technology Violence, Power and Public Security (INiPS/CNPq, 2022-) and member of the Citizenship, Violence and State Management Committee of the Brazilian Association of Anthropology (ABA). He is a local coordinator of the network research project Politics and prision flows: life experiences around prision in the North and Northeast of Brazil" (CNPq). He held a postdoctoral internship at the Facultad de Sociología y Política at the Universidad Complutense de Madrid (Spain, 2018-2019) and coordinated the research projects "Lynching and street security in three Brazilian metropolis (CNPq, 2019-2022), "Linchyng in the Metropolitan Region of Manaus: a multidimensional and comparative study on street justice, the state and moralities (FAPEAM, 2020-2022) and "Regimes of spatial mobility in the urban Amazon" (CNPq, 2016-2018), and the extension project "Gender Violence Observatory in the Amazonas"(UFAM, 2016-2018). He obtained a doctorate in sociology from the State University of Campinas (2011). He develops research in sociology and urban anthropology, with an emphasis on violence, security, crime and punishment; mobility and borders; gender, race and other differences. He is also interested in and guides research on the following topics: housing, education, environment, science and technology and political philosophy. More informations: http://lattes.cnpq.br/1238486546150788.edit
Em 2017 e 2019 ocorreram dois ‘massacres’ em prisões de Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas. O discurso dominante reduz esses acontecimentos a uma ‘guerra’ entre facções criminosas pelo controle de rotas internacionais de... more
Em 2017 e 2019 ocorreram dois ‘massacres’ em prisões de Manaus, capital do estado brasileiro do Amazonas. O discurso dominante reduz esses acontecimentos a uma ‘guerra’ entre facções criminosas pelo controle de rotas internacionais de tráfico de drogas. O artigo parte de uma problematização desse discurso (de sua natureza colonial e de seus efeitos de verdade) e esboça uma outra análise que atenta para as correlações entre transformações carcerárias e criminais. O artigo defende a ideia de que uma nova gestão do sofrimento e um novo regime de tortura, experimentados por presos e suas familiares, foram determinantes para a desestabilização e reconfiguração das alianças no crime após os massacres. O texto é fruto de uma experiência de conhecimento imersa na luta anticarcerária, incluindo convivência intensa com familiares de pessoas presas e sobreviventes, comunicações com órgãos de fiscalização e participação em inspeções dentro de unidades prisionais. //
In 2017 and 2019 there were two massacres in prisons in Manaus, capital of the Brazilian state of Amazonas. The dominant discourse reduces these two events to a war between criminal factions disputing international drug trafficking routes control. The article starts from a problematization of this discourse (its colonial nature and its effects of truth) and outlines another analysis that pays attention to the correlations between prison and criminal transformations. The article defends the idea that a new management of suffering and a new torture regime, experienced by prisoners and their families, were decisive for the destabilization and reconfiguration of alliances in crime after the massacres. The text is the result of an experience of knowledge immersed in the fight against prisons, including intense contact with family members of prisoners and survivors, communications with inspection institutions and participation in inspections within prison units.0
In 2017 and 2019 there were two massacres in prisons in Manaus, capital of the Brazilian state of Amazonas. The dominant discourse reduces these two events to a war between criminal factions disputing international drug trafficking routes control. The article starts from a problematization of this discourse (its colonial nature and its effects of truth) and outlines another analysis that pays attention to the correlations between prison and criminal transformations. The article defends the idea that a new management of suffering and a new torture regime, experienced by prisoners and their families, were decisive for the destabilization and reconfiguration of alliances in crime after the massacres. The text is the result of an experience of knowledge immersed in the fight against prisons, including intense contact with family members of prisoners and survivors, communications with inspection institutions and participation in inspections within prison units.0
Research Interests:
En este capítulo, volveremos a algunas conclusiones anteriores sobre el funcionamiento más abstracto de los “dispositivos de seguridad y justicia callejeras” (Candotti, Pinheiro & Alves, 2019). Desde una perspectiva etnográfica y... more
En este capítulo, volveremos a algunas conclusiones anteriores sobre el funcionamiento más abstracto de los “dispositivos de seguridad y justicia callejeras” (Candotti, Pinheiro & Alves, 2019). Desde una perspectiva etnográfica y micropolítica, avanzaremos tanto en el análisis de este funcionamiento abstracto como en la comprensión de las moralidades que conforman los agenciamientos más concretos de la “justicia callejera”, en lo que se incluye una repercusión mediática. Para ello, proponemos hilvanar desde un punto de vista etnográfico el análisis de seis situaciones de linchamiento ocurridas entre 2015 y 2021 y motivadas por acusaciones de robo y hurto. Con base en estas situaciones y en diálogo con el concepto de zona gris de Fuentes Díaz (2017), proponemos, a continuación, el concepto de vigilantismo difuso. Luego presentamos un análisis puntual y generificado de la moralidad agenciada en algunas situaciones. Finalmente, actualizamos la tesis de los linchamientos como un modo de gestión del sufrimiento que conforma un continuum punitivo más amplio.
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O artigo propõe uma antropologia histórica em aliança com o pensamento de William da Silva Lima no livro Quatrocentos contra um-uma história do Comando Vermelho, publicado em 1991. Trata-se de uma obra geralmente enquadrada como um... more
O artigo propõe uma antropologia histórica em aliança com o pensamento de William da Silva Lima no livro Quatrocentos contra um-uma história do Comando Vermelho, publicado em 1991. Trata-se de uma obra geralmente enquadrada como um testemunho da experiência carcerária e uma narrativa da formação do "crime organizado". Caminhando em outra direção, esse escrito é experimentado no artigo como a fonte de uma sociologia da repressão e de sua transformação no período histórico consagrado, no Brasil, pelo termo "transição democrática". Após uma apresentação da linha de vida entre cárceres de Lima e de sua narrativa, são descritos os deslocamentos históricos definidos por ela e, por fim, a sua teoria sociológica da repressão e da resistência. Em resumo, o que essa teoria demonstra é, em primeiro lugar, uma transformação do sistema carcerário e da segurança pública no Rio de Janeiro, sintetizada na invenção de uma espécie de dispositivo de "crime organizado" cuja função estratégica é a demonização de pessoas presas e sua luta pela liberdade. Em segundo lugar, essa sociologia prisioneira oferece uma teoria a respeito daquilo que mantém vivos e unidos homens cujas vidas foram e são sistematicamente expostas à morte e separadas pelo sistema: a afetividade.
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Apresentação do dossiê "Regimes de presença e mobilidade na Amazônia
Urbana", na Revista Mundo Amazónico (v. 13, n. 1, 2022).
Urbana", na Revista Mundo Amazónico (v. 13, n. 1, 2022).
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"Recusando o mal, o colonizador de boa vontade jamais pode alcançar o bem, pois a única escolha que lhe é permitida não é entre o bem e o mal, é entre o mal e o mal-estar."
(Albert Memmi, 1957)
(Albert Memmi, 1957)
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Nos últimos quatro meses de pandemia, começou um nova fase desse outro massacre nas prisões brasileiras e de outros países marcados por processos coloniais. Arquipélago de instituições onde “o colapso é o ponto de partida”. Momento novo... more
Nos últimos quatro meses de pandemia, começou um nova fase desse outro massacre nas prisões brasileiras e de outros países marcados por processos coloniais. Arquipélago de instituições onde “o colapso é o ponto de partida”. Momento novo – e talvez menos excepcional do que se deseja – que, no entanto, serve para pensar esse campo de batalhas numa escala temporal mais ampla e como uma guerra onde a verdade sobre a materialidade carcerária é um foco central de luta. Momento que impele a pensar na maneira como a verdade sobre a “saúde” e as “doenças” é feita num jogo desigual e dramático de forças e perspectivas entre, de um lado, pessoas presas e suas familiares – sobreviventes da escravidão e do genocídio negro e indígena – e, de outro, a gestão carcerária-militar – comandada, no Amazonas, por uma instituição que narra com orgulho sua origem como Guarda Policial, criada em 1837 para massacrar a Cabanagem.
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Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Trata-se de uma análise do processo histórico de individuação de um dispositivo de saber e governo que nasce no... more
Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Trata-se de uma análise do processo histórico de individuação de um dispositivo de saber e governo que nasce no interior de tecnologias pedagógicas disciplinares. Definido com o "dispositivo de participação", sua invenção remete à formação dos movimentos juvenis no início do século XX e ganha força junto aos saberes racistas ocidentais no entreguerras. A tese centra-se nesse momento inicial, oferecendo uma análise micropolítica do funcionamento abstrato desse dispositivo. Em seguida, traça uma breve análise de outros acontecimentos que, após a 2ª Guerra Mundial, possibilitaram a emancipação do dispositivo em relação a tecnologias disciplinares e sua conexão a outros saberes relativos ao multiculturalismo e à democracia. Por fim, discute-se como essa tecnologia participativa chega ao Brasil, no início do século XXI, junto com uma nova geração de políticas sociais de juventude.
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Texto lido no debate sobre o filme Eles não usam black tie (Dir. León Hirszman, 1981) projetado na mostra “Cinema, memória & resistência: de novo NÃO!”, realizado em 19 de setembro de 2016, no Museu da Amazônia (MUSA), no Largo São... more
Texto lido no debate sobre o filme Eles não usam black tie (Dir. León Hirszman, 1981) projetado na mostra “Cinema, memória & resistência: de novo NÃO!”, realizado em 19 de setembro de 2016, no Museu da Amazônia (MUSA), no Largo São Sebastião, Manaus. A mostra foi parte das atividades do projeto Sexta Etnográfica, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Amazonas. Agradeço à Flávia Melo pela leitura e comentários à primeira versão do texto.
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Ensaio bibliográfico sobre sete livros, lançados entre 2017 e 2018, que tratam a respeito de crime, segurança e prisão em São Paulo. As obras são as seguintes: BIONDI, Karina. Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no... more
Ensaio bibliográfico sobre sete livros, lançados entre 2017 e 2018, que tratam a respeito de crime, segurança e prisão em São Paulo. As obras são as seguintes:
BIONDI, Karina. Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no PCC. São Paulo: Terceiro Nome, 2018.
FELTRAN, Gabriel. Irmãos: uma história do PCC. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
GODOI, Rafael. Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos. São Paulo: Boitempo, 2017.
HIRATA, Daniel. Sobreviver na adversidade: mercados e formas de vida. São Carlos: EdUFSCar, 2018.
MANSO, Bruno Paes; DIAS, Camila. A guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil. São Paulo: Ed. Todavia, 2018.
MARQUES, Adalton. Humanizar e Expandir: uma genealogia da segurança pública em São Paulo. São Paulo: IBCCRIM, 2018.
PADOVANI, Natália Corazza. Sobre casos e casamentos: afetos e amores através de penitenciárias femininas em São Paulo e Barcelona. São Carlos: EdUFSCar, 2018.
BIONDI, Karina. Proibido roubar na quebrada: território, hierarquia e lei no PCC. São Paulo: Terceiro Nome, 2018.
FELTRAN, Gabriel. Irmãos: uma história do PCC. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
GODOI, Rafael. Fluxos em cadeia: as prisões em São Paulo na virada dos tempos. São Paulo: Boitempo, 2017.
HIRATA, Daniel. Sobreviver na adversidade: mercados e formas de vida. São Carlos: EdUFSCar, 2018.
MANSO, Bruno Paes; DIAS, Camila. A guerra: a ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil. São Paulo: Ed. Todavia, 2018.
MARQUES, Adalton. Humanizar e Expandir: uma genealogia da segurança pública em São Paulo. São Paulo: IBCCRIM, 2018.
PADOVANI, Natália Corazza. Sobre casos e casamentos: afetos e amores através de penitenciárias femininas em São Paulo e Barcelona. São Carlos: EdUFSCar, 2018.