Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
Luena Pereira
  • 5521984223738
Este artigo apresenta os resultados preliminares de nossa pesquisa, dedicada ao levantamento e analise de obras de literatura infanto-juvenil que abordam a tematica afro-brasileira. Abordamos alguns elementos para a analise das condicoes... more
Este artigo apresenta os resultados preliminares de nossa pesquisa, dedicada ao levantamento e analise de obras de literatura infanto-juvenil que abordam a tematica afro-brasileira. Abordamos alguns elementos para a analise das condicoes da producao da literatura infanto-juvenil realizada por autores ligados a construcao de uma educacao antirracista bem como sobre uma nova disposicao do mercado editorial. Nossa intencao e por em perspectiva o que tem sido produzido desde 2003, considerando que nos encontramos em um novo momento da implementacao da lei 10.639, no qual percebemos novos desafios analiticos. Viemos observando a emergencia de discursos que produzem novas formas de construir a identidade nacional brasileira com base em modelos mais plurais. Apontamos o possivel desenvolvimento de uma “literatura afro-brasileira infanto-juvenil” e da formacao de um publico leitor mais sensivel as tematicas das relacoes inter-raciais e da diversidade etnica. Palavras-chave: Literatura negra...
Acusações de feitiçaria a crianças e adolescentes têm emergido em diversas partes da África, com destaque para a República Democrática do Congo. Em Angola este fenômeno é observado principalmente entre o grupo étnico Bakongo. Procura-se... more
Acusações de feitiçaria a crianças e adolescentes têm emergido em diversas partes da África, com destaque para a República Democrática do Congo. Em Angola este fenômeno é observado principalmente entre o grupo étnico Bakongo. Procura-se aqui apontar alguns fatores envolvidos na emergência deste fenômeno em Angola, considerando esta especificidade étnica. Outro objetivo é o de analisar como diferentes agentes em instituições do Estado angolano, igrejas e ONGs vêm construindo percepções, discursos e formas de intervenção sobre esta questão, considerando diferentes noções de alteridade, cultura, família, igreja e comunidade.
Esta dissertação trata da inserção social dos regressados na cidade de Luanda (Angola). Diz respeito a um importante contingente do grupo etno-lingüístico Bakongo, originalmente situado no norte de Angola, que, migrado para o país... more
Esta dissertação trata da inserção social dos regressados na cidade de Luanda (Angola). Diz respeito a um importante contingente do grupo etno-lingüístico Bakongo, originalmente situado no norte de Angola, que, migrado para o país vizinho, Zaire(atual República ...
Este artigo tem como objetivo discutir as relações entre religião e parentesco entre os bakongo, um dos principais grupos étnicos de Angola. Explora as formas específicas pelas quais este grupo reorganiza-se internamente no contexto de... more
Este artigo tem como objetivo discutir as relações entre religião e parentesco entre os bakongo, um dos principais grupos étnicos de Angola. Explora as formas específicas pelas quais este grupo reorganiza-se internamente no contexto de Luanda desde a independência, a partir da entrada de importantes contingentes antes exilados no então Zaire, atual República Democrática do Congo (RDC) em Luanda. Procura-se demonstrar como e porque a religião vem sendo a principal instituição mediadora que integra diferentes instâncias tais como recomposição de redes de sociabilidade e parentesco num contexto urbano, veiculação de identidades étnica e nacional, dando sentido tanto às transformações ocorridas quanto aos processos de continuidade na história recente dos bakongo em Luanda. Esta demonstração se fará através da análise do pentecostalismo em Angola tomando como ponto de observação os bairros periféricos de Luanda de grande concentração bakongo.
Resenha de:SANTANA, Jacimara Souza. Médicas-sacerdotisas: religiosidades ancestrais e contestação ao sul de Moçambique (c. 1927-1988). Campinas: Editora da Unicamp, 2018. 383p.
A partir da minha experiência de campo em Angola, busco problematizar a tradicional caracterização da antropologia brasileira - e por extensão das ciências sociais - como feita por “brasileiros” sobre o “Brasil”, refletindo sobre o novo... more
A partir da minha experiência de campo em Angola, busco problematizar a tradicional caracterização da antropologia brasileira - e por extensão das ciências sociais - como feita por “brasileiros” sobre o “Brasil”, refletindo sobre o novo perfil dos cientistas sociais quanto ao pertencimento étnico, racial e de classe que tem se pluralizado nos últimos 20 anos. Esta transformação do perfil dos cientistas sociais desafia a ideia de um “nós antropológico” centrado em uma ideia naciocêntrica que não reconhece sua posição de classe, raça e território, ou seja, branca, de classe média, oriunda ou socializada no sul/sudeste do país. Defendo o descentramento das ciências sociais brasileiras inspirada pelos novos movimentos de descolonização das ciências sociais. Esse descentramento passa pelo reconhecimento e politização da branquidade hegemônica das ciências sociais como condição para sua revisão crítica.
Primeira versão do texto, publicado depois na revista África e Africanidades
Resenha do livro de
SANTANA, Jacimara Souza. Médicas-sacerdotisas: religiosidades ancestrais e contestação ao sul de Moçambique (c. 1927-1988).
Campinas: Editora da Unicamp, 2018. 383p.
Este artigo apresenta os resultados preliminares de nossa pesquisa, dedicada ao levantamento e análise de obras de literatura infanto-juvenil que abordam a temática afro-brasileira. Abordamos alguns elementos para a análise das condições... more
Este artigo apresenta os resultados preliminares de nossa pesquisa, dedicada ao levantamento e análise de obras de literatura infanto-juvenil que abordam a temática afro-brasileira. Abordamos alguns elementos para a análise das condições da produção da literatura infantojuvenil realizada por autores ligados à construção de uma educação antirracista bem como sobre uma nova disposição do mercado editorial. Nossa intenção é pôr em perspectiva o que tem sido produzido desde 2003, considerando que nos encontramos em um novo momento da implementação da lei 10.639, no qual percebemos novos desafios analíticos. Viemos observando a emergência de discursos que produzem novas formas de construir a identidade nacional brasileira com base em modelos mais plurais. Apontamos o possível desenvolvimento de uma “literatura afro-brasileira infanto-juvenil” e da formação de um público leitor mais sensível às temáticas das relações inter-raciais e da diversidade étnica.
From my field experience in Angola, I seek to question the traditional characterization of Brazilian anthropology-and, by extension, social sciences-formed by "Brazilians" about "Brazil", reflecting on the new profile of social scientists... more
From my field experience in Angola, I seek to question the traditional characterization of Brazilian anthropology-and, by extension, social sciences-formed by "Brazilians" about "Brazil", reflecting on the new profile of social scientists with regards to ethnic, racial and class belonging, which has pluralized in the last 20 years. This transformation in the profile of social scientists challenges the idea of an "anthropological us", focused on a nation-centric idea that does not recognize the position of class, race and territory, i.e. white, middle-class, originating from or socialized in the South/ Southeast regions of the country. I defend the decentering of Brazilian social sciences, inspired by the new decolonization movements of social sciences. This decentering involves the recognition and politicization of the hegemonic whiteness of social sciences as a condition for its critical revision.
A partir da minha experiência de campo em Angola, busco problematizar a tradicional caracterização da antropologia brasileira-e por extensão das ciências sociaiscomo feita por "brasileiros" sobre o "Brasil", refletindo sobre o novo perfil... more
A partir da minha experiência de campo em Angola, busco problematizar a tradicional caracterização da antropologia brasileira-e por extensão das ciências sociaiscomo feita por "brasileiros" sobre o "Brasil", refletindo sobre o novo perfil dos cientistas sociais quanto ao pertencimento étnico, racial e de classe que tem se pluralizado nos últimos 20 anos. Esta transformação do perfil dos cientistas sociais desafia a ideia de um "nós antropológico" centrado em uma ideia naciocêntrica que não reconhece sua posição de classe, raça e território, ou seja, branca, de classe média, oriunda ou socializada no sul/sudeste do país. Defendo o descentramento das ciências sociais brasileiras inspirada pelos novos movimentos de descolonização das ciências sociais. Esse descentramento passa pelo reconhecimento e politização da branquidade hegemônica das ciências sociais como condição para sua revisão crítica.
Oobjetivo deste texto é fazer um percurso histórico e teórico sobre as noções de raça, ressaltando o caráter multifacetado e contraditório desta concepção. Buscamos demonstrar como a ideia de raça é fruto de um debate enraizado na... more
Oobjetivo deste texto é fazer um percurso histórico e teórico sobre as noções de raça, ressaltando o caráter multifacetado e contraditório desta concepção. Buscamos demonstrar como a ideia de raça é fruto de um debate enraizado na história contemporânea, que diz respeito tanto à produção de homogeneidades e hierarquias no bojo da construção dos Estados nacionais, bem como das relações entre os centros hegemônicos do "Ocidente" com o "resto do mundo". As diferentes
formas pelas quais a antropologia e a sociologia interpretaram os fenômenos correlatos à raça dão mostras de como essas disciplinas, que são frutos desse mesmo contexto histórico, herdaram e transformaram distintas tradições intelectuais no que concerne à produção de nação e de cultura.
As palavras que constituem este texto foram proferidas no anfiteatro principal da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Agostinho Neto (UAN), por ocasião da abertura do seu II Semestre Lectivo, cujo programa incluia o... more
As palavras que constituem este texto foram proferidas no anfiteatro principal da Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da Universidade Agostinho Neto (UAN), por ocasião da abertura do seu II Semestre Lectivo, cujo programa incluia o lançamento da obra intitulada O paradoxo angolano. Uma política externa em contexto de crise (1975-1994), de José Maria Nunes Pereira, recentemente falecido no Rio de Janeiro, República Federativa do Brasil, e cuja cerimónia o homenageava pelo muito que fez pelas relações cordeais e fraternas entre os dois países.
Resumo: O texto parte de observação em espaços de sociabilidade e exercício de poder local entre os Bakongo, especifi camente os mercados, as igrejas e os quintais das casas nos bairros periféricos da cidade de Luanda (entre outros, os... more
Resumo: O texto parte de observação em espaços de sociabilidade e exercício de poder local entre os Bakongo, especifi camente os mercados, as igrejas e os quintais das casas nos bairros periféricos da cidade de Luanda (entre outros, os bairros Palanca, Cazenga, Mabor e Petrangol). Deste modo, procura pensar sobre a noção de espaço público a partir dos signifi cados dados pelos agentes sociais a estes espaços através de suas práticas e interacções. Estas práticas sociais estão permeadas por relações de género, classe e geração, produzidas muitas vezes em situações de confl ito. A intenção, portanto, é suscitar uma refl exão sobre os signifi cados locais atribuídos espaço público e espaço privado, sobretudo o alcance e a pertinência desta oposição, através dos fenómenos de poder local, tradição e confl ito.
Este texto analisa diferentes formas de percepção sobre a feitiçaria assumidas emdois Estados africanos através do debate público sobre acusações de feitiçaria em Angola e África do Sul. A análise parte da descrição dos processos de... more
Este texto analisa diferentes formas de percepção sobre a feitiçaria assumidas emdois Estados africanos através do debate público sobre acusações de feitiçaria em Angola e África do Sul. A análise parte da descrição dos processos de produção e apropriação de dois relatórios antropológicos realizados nestes países. Estes  relatórios procuraram explicar a “reemergência” de acusações em seus contextos nacionais e sugerir políticas públicas para evitar e controlar ataques a supostos feiticeiros. Comparo o “Relatório Ralushai”, vindo a público na África do Sul em 1996, com o relatório produzido em Angola entre 2001 e 2003, mas não publicado, que chamarei de “Relatório Friedman-Nsenga”. As formas de tratamento que cada relatório recebeu permitem perceber o lugar do debate público sobre feitiçaria nos dois países revelando as tensões entre perspectivas modernizantes e as de defesa do direito tradicional e da diversidade cultural.
Nesse artigo procuro refletir sobre minha experiência de campo em Angola, na cidade de Luanda, entre os anos de 1998 e 2001, na qual minhas identidades racial e religiosa, configuradas no Brasil, foram reposicionadas a partir de minha... more
Nesse artigo procuro refletir sobre minha experiência de campo em Angola, na cidade de Luanda, entre os anos de 1998 e 2001, na qual minhas identidades racial e religiosa, configuradas no Brasil, foram reposicionadas a partir de minha inserção nos sistemas de classificações locais. Este deslocarmento identitário, produzido no contexto de pesquisa, me possibilitou perceber como as formas de filiação religiosa locais forneciam a chave que conectava as questões identitarias (étnicas e nacionais) as práticas cotidianas e as articulações de parentesco e vizinhança que bus-cava desvendar. Embora a minha analise sobre questões angolanas nao se tenha debruçado sobre qualquer tipo de analise comparativa entre Africa e Brasil, ou entre processos historicos e culturais africanos e afrobrasileiros, a experiência de pesquisa, naquilo que ela afetou minhas próprias identidades, impeliu a uma reflexão sobre as distintas formas pelas quais se classifica racialmente no Brasil e em Angola-atraves dos lugares diferenciados ocupados pelo "mestiço" nos dois países - e sobre como se dão as composições religiosas entre cristianismo e religiosidades "afro" ou "locais": em Angola, através da variedade de discursos político-identitários veiculados pelas igrejas cristãs, e no Brasil, pelas religiões
Research Interests:
Este artigo trata dos ex-exilados angolanos, de origem etnolinguístico Bakongo,retornados a Luanda após um longo período de vivência no país vizinho Zaire (atual RDC),durante a guerra de independência de Angola ocorrida entre os anos de... more
Este artigo trata dos ex-exilados angolanos, de origem etnolinguístico Bakongo,retornados a Luanda após um longo período de vivência no país vizinho Zaire (atual RDC),durante a guerra de independência de Angola ocorrida entre os anos de 1961-1974. Os Bakongo são uma “etnia de fronteira” presente tanto em Angola como nos dois Congos. O retorno deste grupo, com pelo menos uma geração nascida no exterior, sugere questões sobre a formação e o acirramento de identidades étnicas e o aparecimento de novas concepções de nacionalidade a partir de uma cultura construída numa experiência externa ao país. A busca de nova sformas de participação de reconhecimento social e político através da disputa da legitimidade em torno de concepções de identidade nacional é mais um ingrediente complexificador no processo da reconstrução nacional de Angola.
Este artigo tem como objetivo discutir as relações entre religião e parentesco entre os bakongo, um dos principais grupos étnicos de Angola. Explora as formas específicas pelas quais este grupo reorganiza-se internamente no contexto de... more
Este artigo tem como objetivo discutir as relações entre religião e parentesco entre os bakongo, um dos principais grupos étnicos de Angola. Explora as formas específicas pelas quais este grupo reorganiza-se internamente no contexto de Luanda desde a independência, a partir da entrada de importantes contingentes antes exilados no então Zaire, atual República Democrática do Congo (RDC) em Luanda. Procura-se demonstrar como e porque a religião vem sendo a principal instituição mediadora que integra diferentes instâncias tais como recomposição de redes de sociabilidade e parentesco num contexto urbano, veiculação de identidades étnica e nacional, dando sentido tanto às transformações ocorridas quanto aos processos de continuidade na história recente dos bakongo em Luanda. Esta demonstração se fará através da análise do pentecostalismo em Angola tomando como ponto de observação os bairros periféricos de Luanda de grande concentração bakongo.
Acusações de feitiçaria a crianças e adolescentes têm emergido em diversas partes da África, com destaque para a República Democrática do Congo. Em Angola este fenômeno é observado principalmente entre o grupo étnico Bakongo. Procura-se... more
Acusações de feitiçaria a crianças e adolescentes têm emergido em diversas partes da África, com destaque para a República Democrática do Congo. Em Angola este fenômeno é observado principalmente entre o grupo étnico Bakongo. Procura-se aqui apontar alguns fatores envolvidos na emergência deste fenômeno em Angola, considerando esta especificidade étnica. Outro objetivo é o de analisar como diferentes agentes em instituições do Estado angolano, igrejas e ONGs vêm construindo percepções, discursos e formas de intervenção sobre esta questão, considerando diferentes noções de alteridade, cultura, família, igreja e comunidade.
Prefácio do Livro de Rosiane Rodrigues "A luta por um modo de vida - Enfrentamento ao racismo religioso no Brasil"