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Artigo da Revista Literatura Italiana Traduzida (ISSN 2675-4363). Link: https://literatura-italiana.blogspot.com/2020/07/de-pai-para-filho-e-de-filho-para-pai-o.html
O presente estudo objetiva analisar a aparente continuidade tematica presente em duas obras literarias escritas na decada de 1960. Trata-se da peca teatral L’avventura di un povero cristiano, de Ignazio Silone (1900-1978), e do romance... more
O presente estudo objetiva analisar a aparente continuidade tematica presente em duas obras literarias escritas na decada de 1960. Trata-se da peca teatral L’avventura di un povero cristiano, de Ignazio Silone (1900-1978), e do romance Roma senza papa, de Guido Morselli (1912-1973). Em ambas as obras, uma de cunho historico, outra prevalentemente ficcional, e abordado um assunto particular: Papas que se mudam da canonica sede romana do Vaticano. No entanto, a combinacao de elementos documentais e criativos, tanto na escrita dramatica quanto na narrativa, refletem posicionamentos artisticos e ideologicos dos autores, orientados a uma critica do aparato doutrinario da Igreja.
É sabido como o escritor italiano Giorgio Manganelli (1922-1990) amava escrever para seus livros orelhas e contracapas que, de alguma forma, dialogavam e integravam o próprio texto. Já em dois dos seus três livros traduzidos no Brasil –... more
É sabido como o escritor italiano Giorgio Manganelli (1922-1990) amava escrever para seus livros orelhas e contracapas que, de alguma forma, dialogavam e integravam o próprio texto. Já em dois dos seus três livros traduzidos no Brasil – Hilarotragoedia (Imago, 1993) e Centúria (Iluminuras, 1995) –, encontram- se prefácios e introduções, sendo reposicionados ou parcialmente omitidos os peritextos, de acordo com a definição de Genette, originais. Este artigo, portanto, pretende analisar a diferente articulação dos paratextos nas edições traduzidas, a fim de refletir sobre as estratégias pensadas para a recepção no Brasil de um autor, sem dúvida, de difícil acesso.
As décadas de 1960 e 1970 na Itália, época social e politicamente conturbada, marcada por paradoxos, criticidades, embates, atentados, lutas armadas, são lidas por alguns escritores recorrendo a uma “terceira via”: nem declaradamente... more
As décadas de 1960 e 1970 na Itália, época social e politicamente conturbada, marcada por paradoxos, criticidades, embates, atentados, lutas armadas, são lidas por alguns escritores recorrendo a uma “terceira via”: nem declaradamente engajada nem ostensivamente distanciada. Em particular, autores como Juan Rodolfo Wilcock, Goffredo Parise, Giorgio Manganelli, entre outros, se utilizam de formas literárias breves para propor uma síntese original que conjugue experiência jornalística, invenção narrativa e crítica social.   
Paolo Puppa. “Krisis - Tempos de Covid-19” e un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianopolis (Brasile) presso l’Universita Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta e creare uno... more
Paolo Puppa. “Krisis - Tempos de Covid-19” e un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianopolis (Brasile) presso l’Universita Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta e creare uno spazio di riflessione, nonche un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle piu diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla liberta di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Alberto Savinio (1891-1952) e Guido Morselli (1912-1973) representam dois casos paradigmaticos na literatura italiana de seculo XX no tocante a complexa relacao entre literatura e historia. De fato, a materia historica em suas narrativas... more
Alberto Savinio (1891-1952) e Guido Morselli (1912-1973) representam dois casos paradigmaticos na literatura italiana de seculo XX no tocante a complexa relacao entre literatura e historia. De fato, a materia historica em suas narrativas se combina com elementos ficcionais e ate – o que chama mais atencao – autobiograficos, originando exitos absurdos, grotescos e/ou fantasticos. Em particular, serao analisados o conto “Formoso” (1945), de Savinio, e o romance Roma senza papa ( Roma sem papa , escrito em 1966), de Morselli, que se concentram em torno de um eixo tematico comum: Roma e os papas.
Un profilo in controluce di Morselli dentro e fuori dal suo tempo
Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e na primeira década do século XXI, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de... more
Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e na primeira década do século XXI, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de chegada: ou seja, em suas relações com o ambiente em que surgiram, mas sobretudo com o ambiente que os acolhe. Nosso ponto de partida é a ideia de que o meio privilegiado com que um país dá as boas-vindas a uma obra é a tradução. Refletir sobre as traduções em seu contexto de chegada significa também refletir sobre este mesmo contexto, isto é, sobre o sistema literário nacional. Entendemos que as literaturas traduzidas, concebidas como sistemas literários especiais dentro dos polissistemas constituídos pelas literaturas nacionais (conforme a definição de Even-Zohar), sofrem condicionamentos peculiares, de acordo com os diversos momentos atravessados pelos países que as recebem. Para a otimização do levantamento de dados, será dada continuidade ao Dic...
Lendo esse texto de Nancy (Eccezione virale), encontro os traços que desde sempre o caracterizaram-em particular uma generosidade intelectual que eu mesmo pude experimentar no passado, tirando ampla inspiração de seu pensamento, sobretudo... more
Lendo esse texto de Nancy (Eccezione virale), encontro os traços que desde sempre o caracterizaram-em particular uma generosidade intelectual que eu mesmo pude experimentar no passado, tirando ampla inspiração de seu pensamento, sobretudo nos meus trabalhos sobre a comunidade. O que num certo momento interrompeu nosso diálogo foi a nítida aversão de Nancy ao paradigma da biopolítica, ao qual ele sempre opôs-como também nesse texto-à relevância dos dispositivos tecnológicos-como se as duas coisas fossem necessariamente contrastantes. Ao passo que, na verdade, até o termo "viral" indica uma contaminação biopolítica entre diferentes linguagens-políticas, sociais, médicas, tecnológicas-, unificadas pela mesma síndrome imunitária, entendida como polaridade semanticamente contrária ao léxico da communitas. Apesar de o próprio Derrida ter abundantemente feito uso da categoria de imunização, provavelmente a recusa de Nancy de se confrontar com o paradigma da biopolítica pode ter tido influência da distonia que herdou de Derrida em relação a Foucault. Estamos falando, de toda forma, de três entre os maiores filósofos contemporâneos. Robert Cutler Hinckley, The first operation under ether
Analisi comparata del film "Habemus papam" di N. Moretti e del romanzo "Roma senza papa" di G. Morselli
Un profilo in controluce di Morselli dentro e fuori dal suo tempo
L'universo dell'impossibile possibile nella narrativa di Guido Morselli
Este artigo pretende refletir, através de algumas discussões, que vão de Gobetti a Flores D’Arcais, de Savinio a Magris, de Pasolini a Calvino, de Didi-Huberman a Agamben, sobre as responsabilidades da política e da intelligentsia... more
Este artigo pretende refletir, através de algumas discussões, que vão de Gobetti a Flores D’Arcais, de Savinio a Magris, de Pasolini a Calvino, de Didi-Huberman a Agamben, sobre as responsabilidades da política e da intelligentsia italiana em relação à decadência de um espaço crítico público, que afeta de forma decisiva as relações entre arte e sociedade.
Research Interests:
Profilo (meta)fisico e poetico di Alberto Savinio
Alcune rappresentazioni del treno nella narrativa italiana del primo Novecento
O presente trabalho pretende apresentar uma resenha significativa, embora não exaustiva, e ao mesmo tempo estimular uma reflexão crítica sobre a presença ferroviária no imaginário artístico de autores italianos do século XX,... more
O presente trabalho pretende apresentar
uma resenha significativa, embora não
exaustiva, e ao mesmo tempo estimular
uma reflexão crítica sobre a presença
ferroviária no imaginário artístico de
autores italianos do século XX,
considerando os reflexos proporcionados
pelo trem no âmbito histórico e social.

PALAVRAS-CHAVE
Ferrovia; modernidade; Svevo; Pirandello;
Gadda.
Research Interests:
Enrico Testa's latest book, translated in portughese (Brazil)
Fluxos, trânsitos, movimentos que perpassam pela escrita literária, consolidando-a e transformando-a, deixando rastros e vestígios de uma contemporaneidade que marca o nosso tempo. Contemporâneo, entendido aqui, como algo que está... more
Fluxos, trânsitos, movimentos que perpassam pela escrita literária, consolidando-a e transformando-a, deixando rastros e vestígios de uma contemporaneidade que marca o nosso tempo. Contemporâneo, entendido aqui, como algo que está inserido num determinado tempo histórico mas, ao mesmo tempo, o questiona e se afasta dele. Um estar dentro e fora, que vê em andamento um amplo debate que vai de Walter Benjamin a Giorgio Agamben, de Antoine Compagnon a Georges Didi-Huberman.
    Contemporâneo, intempestivo e anacrônico, portanto, ampliando o conceito, são três adjetivos que podem configurar tanto possíveis atitudes de autores perante o seu tempo quanto formas de interdiscursividade narrativa que, do mesmo modo, chegam a criar um embate com uma tradição consolidada.
A relação entre texto e imagem e a questão das coleções e arquivos estão centro do debate impulsionado pelo coletânea de textos Coleções literárias. Organizada por Patricia Peterle, Andrea Santurbano e Maria Aparecida Barbosa, a obra... more
A relação entre texto e imagem e a questão das coleções e arquivos estão centro do debate impulsionado pelo coletânea de textos Coleções literárias. Organizada por Patricia Peterle, Andrea Santurbano e Maria Aparecida Barbosa, a obra reúne um conjunto de artigos que, com clareza, densidade e precisão, abordam temas como movimentos e translações nas artes; tradução e sobrevida das imagens; imagens poéticas; acervos, dispositivos e memória; sobrevivência de arquivos e coleções.
Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è doman- dato: ma la poesia dialettale non è stata presa in considerazione? In e etti, in queste edizioni di Mosaico la poesia dialettale non è stata trattata,... more
Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è doman- dato: ma la poesia dialettale non è stata presa in considerazione? In e etti, in queste edizioni di Mosaico la poesia dialettale non è stata trattata, appunto perché gli editori e, in particolare, le curatrici delle raccolte volevano dare risalto a questa produzione dedicandole il numero conclusivo della serie.
Nel corso del Novecento si assiste ad una ripresa della scrittura in dialetto, molti poeti vi trovano nei particolari suoni e ritmi le cadenze ottimali per parlare del mondo attorno a loro. L’antologia della Poesia dialettale del Novecento di Pier Paolo Pasolini, pubblicata nel 1952, è un segno della complessità delle operazioni poetiche dialettali, che percorrono praticamente tutto il territorio italiano. Intuizione, attenzione e pa- zienza fanno parte di questo rapportarsi con una lingua intima, una sorta di stare di fronte al suo ascolto, insomma fare esperienza con essa. Una lingua legata all’infanzia, all’uso comune, alle circostanze minute è infatti quella che troviamo nei tre poeti qui riuniti: Edoardo Zuccato, Franca Grisoni e Fabio Franzin. Dialetto come espressione, come modo di vedere e, in ne, come modo di confrontarsi, allo stesso tempo, con un dentro e con un fuori.
C’è da ammettere che in questa piccola costellazione manca un nome più che im- portante nello scenario dialettale che è quello di Franco Loi. Speriamo che i nostri let- tori ci possano perdonare per quest’assenza. Jolanda Insana, nata a Messina nel 1937, trasferitasi a Roma alla  ne degli anni ’60, venuta a mancare lo scorso ottobre, è un altro nome da non dimenticare. Scoperta da Giovanni Raboni, che le pubblicò la prima raccolta per i tipi di Guanda, benché avesse accettato di partecipare a questo proget- to, vi è stata poi impedita per i gravi problemi di salute. Una poesia, quella di Insana, resa unica da intense “pennellate”. Durezza e dolcezza, i tratti ispidi, lo sperimentare un uso misto di italiano e dialetto siciliano sono altre sue caratteristiche.
Nella seconda parte del numero, alcune pagine sono dedicate ad Alfonso Gatto, il cui quarantennale della scomparsa è stato celebrato nel 2016. Giorgio Sica cura la scel- ta delle poesie e le traduzioni, oltre a  rmare una presentazione del poeta di Il capo sulla neve. E in chiusura, facendo fede al carattere comparatista di Mosaico, troviamo un saggio di Maria Belén Hernández-González su Giuseppe Bonaviri e la sua predilezio- ne per i classici universali, in particolare Cervantes e i suoi indimenticabili personaggi Don Chisciotte e Sancho Panza.
Research Interests:
Quais são os movimentos da literatura italiana contemporânea? Quais as tramas, hoje, dessa escritura? Como alguns poetas e escritores pensam a literatura, se relacionam com a palavra e com a própria língua? Essas são algumas das linhas... more
Quais são os movimentos da literatura italiana contemporânea? Quais as tramas, hoje, dessa escritura? Como alguns poetas e escritores pensam a literatura, se relacionam com a palavra e com a própria língua? Essas são algumas das linhas que pretendem orientar as discussões propostas para o evento internacional Contemporaneidades na/da literatura italiana, que pretende ser mais um espaço de encontro e debate focando a literatura italiana da segunda metade do século XX até os dias de hoje, criando uma oportunidade especial para debates, indagações e trocas intelectuais que estimulam e aprimoram as pesquisa em desenvolvimento. Será também importante, para enriquecer as discussões e reforçar o lugar e espaço da fala, quando possível, estabelecer relações com a cultura e a literatura brasileira. Tais incursões, sem dúvida, poderão estimular ainda mais o diálogo e propor novas perspectivas de leitura da própria produção.

Há, certamente, lacunas e muitos espaços vazios quando se pensa na literatura italiana no Brasil10. Em primeiro lugar, pelo fato de os clássicos italianos terem um peso e uma presença determinantes, exigem muito de quem os acolhe, deixando, consequentemente, pouco tempo e espaço para outras investidas. Por outro lado, todos sabemos que falar em literatura italiana significa pensar num pequeno nicho do mercado editorial, ainda mais se o argumento é literatura contemporânea e estrangeira. Associa-se geralmente ao gênio itálico a prerrogativa de se relacionar com o universo da escrita a partir de uma perspectiva social, histórica, fatual; enfim, recorrendo a procedimentos eminentemente miméticos. Se pensarmos na recepção no Brasil, por exemplo, uma vertente alternativa se reduz a Calvino, um pouco de Buzzati e nada, ou quase, dos vários Landolfi, Savinio, Bufalino, Manganelli, Wilcock etc. Portanto, há ainda muito a ser feito no que concerne as relações entre Brasil e Itália.

A realização desse evento internacional quer, portanto, ao mesmo tempo, estreitar os laços e a rede internacional de pesquisadores que trabalham com a literatura italiana moderna-contemporânea, configurando-se como uma porta entreaberta de acesso, que procura, ao mesmo tempo, se inscrever no panorama que já vem sendo delineado desde 2014, na Universidade Federal de Santa Catarina, quando foi realizado o primeiro evento integralmente dedicado à poesia italiana, cuja realização só foi possível com apoio dado pelos órgãos de fomento (CAPES, CNPq, FAPESC). O Programa de Literatura, neste mesmo ano de 2014, também contou com a presença de Enrico Testa como professor visitante CNPq, o qual ofereceu um curso intensivo dedicado a Giorgio Caproni e Vittorio Sereni. Outro evento rico e importante foi o seminário internacional Resíduos do humano: experiência e linguagem na literatura italiana das últimas décadas, ocorrido em junho de 2016, com apoio de CAPES, CNPq e FAPESC, que contou com duas mesas-redondas temáticas e três minicursos de 6 horas cada, ministrados por três destacados professores italianos de diferentes instituições (Università degli Studi di Genova, Università di Roma “Tor Vergata” e Università “G. d’Annunzio” di Chieti-Pescara).
“Povere mie parole”: la poesia di Giorgio Caproni Innanzitutto, ci sia consentito un accenno personale, ma di significativo impatto per Mosaico: a partire da questo numero, e per i prossimi mesi, le edizioni saranno curate insieme dai tre... more
“Povere mie parole”:
la poesia di
Giorgio Caproni
Innanzitutto, ci sia consentito un accenno personale, ma di significativo
impatto per Mosaico: a partire da questo numero, e per i prossimi mesi, le edizioni
saranno curate insieme dai tre editori – Patricia Peterle, Fabio Pierangeli
e Andrea Santurbano – tutti e tre eccezionalmente riuniti e operanti dall’Italia.
Non per questo la rivista vedrà snaturato il suo ruolo di ponte tra culture,
anzi già in questo numero sono raccolti contemporaneamente contributi di
studiosi italiani e brasiliani. E nel far ciò, siamo voluti ripartire da un’edizione
monografica dedicata ad uno degli autori (già oggetto in passato della nostra
attenzione in occasione del centenario della nascita) tra i più grandi della seconda
metà del secolo XX: Giorgio Caproni (1912-1990).
Parlare di Caproni significa ripercorrere una topografia poetica che spazia
da Genova, a Roma, a Livorno, cioè luoghi che man mano si polverizzano
nella sua scrittura, così come tutte le indicazioni, le direzioni e i riferimenti più
marcati. Poeta sensibile e attento al suo drammatico e problematico tempo
(quello della guerra, del dopoguerra e dei dubbi umani), Caproni, infatti, si
spoglia di tutte le quotidiane certezze, dai primi scritti giovanili – poi raccolti in
volumi quali Come un’allegoria, Ballo a Fontanigorda, Finzioni e Cronistoria – a
Il passaggio d’Enea, libro che riuniva tutta l’opera poetica di Caproni fin là prodotta,
presentando altresì trentasei nuove poesie (“il terzo libro”). In seguito,
come il lettore più informato sa, la penna di Caproni, “con la mano che trema”,
batterà anche strade meno conosciute, i celebri “luoghi non giurisdizionali”,
annunciati ne Il muro della terra, ma già in qualche modo anticipati ne Il Seme
del piangere e Il Congedo del viaggiatore cerimonioso ed altre prosopopee. Le
raccolte posteriori si faranno, poi, sempre più eteree, allo stesso modo in cui si
disegnerà sempre più incerto il destino dell’uomo e del suo camminare, il suo
ragionare e la sua sua stessa lingua.
Oltre a vari saggi di studiosi importanti, trova posto in queste pagine
una piccola sezione di scritti che prende spunto da riflessioni sul tempo e la
memoria condotte a partire dalla visione del documentario di Werner Herzog,
The cave of forgotten dreams (2011), e dalla lettura della poesia di Caproni
“La porta”.
Come sempre, non ci resta che augurarvi buona lettura!
Gli editori

INDICE

Luigi Surdich
Lettura di Da Villa Doria (Pegli) di Giorgio Caproni
Fabio Moliterni
Incisi e spazi bianchi nella poesia dell’ultimo Caproni (Il vetrone)
Michela Zompetta
“Oltre la parola”: la scrittura sul “pentagramma” dell’ultimo Caproni
Stefano Gambari e Giulia Zambrini
Giorgio Caproni: una biblioteca d’autore
Vera Lúcia de Oliveira
La poesia di Giorgio Caproni
Égide Guareschi
Il passaggio: la poesia cambiante di Caproni
Fabiana Vasconcellos Assini
Aspettando il sole
Caproni-Herzog: una lettura tra presente e passato
Joseni Pasqualini
In ascolto dell’eco
Bruna Brito Soares
Porte per i sogni
Lucas de Sousa Serafim
La porta sul retro che dà alla riflessione: Caproni e Herzog
Rubrica
Francesco Alberoni
Elasticità
PASSATEMPO

Novembre 2014
Editora Comunità
Rio de Janeiro - Brasil
www.comunitaitaliana.com
mosaico@comunitaitaliana.com.br
Direttore responsabile
Pietro Petraglia
Editori
Andrea Santurbano
Fabio Pierangeli
Patricia Peterle
Revisore
Cleo Cirelli
Giovanna Vettraino
Grafico
Wilson Rodrigues
Poeti italiani d’oggi -2 Già nel 2015 Mosaico ha proposto ai suoi lettori un primo contatto con le voci più rappresentative della poesia italiana contemporanea, attraverso interviste in esclusiva e poesie inedite, anch’esse concesse in... more
Poeti italiani d’oggi -2

Già nel 2015 Mosaico ha proposto ai suoi lettori un primo contatto con le
voci più rappresentative della poesia italiana contemporanea, attraverso interviste
in esclusiva e poesie inedite, anch’esse concesse in esclusiva alla nostra
rivista. In un primo momento, queste vere e proprie chicche venivano pubblicate,
singolarmente, alla fine di alcuni numeri (si ricorderanno gli “Incontri
di carta” con Mariangela Gualtieri, Giuseppe Conte, Enrico Testa, Eugenio De
Signoribus, Valerio Magrelli); poi, nello scorso mese di settembre, si è deciso di
dedicare un intero numero, dal titolo “Poeti italiani d’oggi – 1”, a questo materiale,
con interviste e inediti di Tiziano Rossi, Michele Mari, Antonella Anedda,
Giampiero Neri, Alessandro Fo.
Ora, il modo migliore di onorare quest’inizio di anno ci sembra proprio
quello di continuare a portare avanti quest’iniziativa, dedicando l’intero numero
ad altri cinque importanti personaggi del panorama culturale italiano
contemporaneo: Fabio Pusterla, Elisa Biagini, Mariano Baino, Claudio Damiani
e Nicola Gardini. Diversi modi di vedere la poesia, una riflessione sulla stessa
scrittura, nonché sulla valenza attuale del fare poetico, sono alcuni dei temi
dell’ampio ventaglio che viene offerto ai nostri lettori, che possono così continuare
a mettere a confronto le risposte e i profili che ne scaturiscono, per
cercare, insomma, di avere un contatto diretto con la poesia italiana oggi.
Buona lettura e buon 2016!
Gli editori

INDICE

PRESENTAZIONI, INTERVISTE E INEDITI
a cura di Patricia Peterle e Elena Santi
Contenuto civile e dissonanze della realtà: Fabio Pusterla
Intervista: nelle parole sopravvive dunque una traccia del passato
Inedito di Fabio Pusterla: Nel Silenzio
Scarnificazione e purificazione: Elisa Biagini
Intervista: Io e la parola ci stiamo molto simpatiche!!
Inedito di Elisa Biagini
Una poesia poliedrica, nonsense e pastiche: Mariano Baino
Intervista: Lingua…accordo all’interno di ciascuna comunità
Inedito di Mariano Baino: parkour
L’osservazione del mondo naturale: Claudio Damiani
Intervista: … si tratta semplicemente di guardare, e descrivere, si tratta semplicemente di dire
quello che vediamo
Inedito di Claudio Damiani
Voglia di ascoltare e vivere il mondo della lingua: Nicola Gardini
Intervista: Una poesia è un organismo vivente. Si riconosce perché sorprende e si muove
Inedito di Nicola Gardini: Polline
Rubrica
Francesco Alberoni
PIL e trasformazioni
PASSATEMPO

Gennaio 2016
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Poeti italiani d’oggi - 5 C’è una domanda fissa, forse un po’ provocatoria, presente nella serie di interviste ai poeti italiani contemporanei, grandi protagonisti quest’anno delle pagine di Mosaico (siamo infatti arrivati, con grande... more
Poeti italiani d’oggi - 5

C’è una domanda fissa, forse un po’ provocatoria, presente nella serie
di interviste ai poeti italiani contemporanei, grandi protagonisti quest’anno
delle pagine di Mosaico (siamo infatti arrivati, con grande soddisfazione, al
quinto numero della serie); e cioè, la quantità di poeti, o presunti tali, non starebbe
forse superando quella degli stessi lettori?
Chi di sicuro non si arroga il diritto di fregiarsi di una qualche corona
d’alloro è Chico Buarque, indiscusso protagonista della scena musicale brasiliana
dell’ultimo mezzo secolo, e poi anche affermato scrittore. Trascriviamo
liberamente le sue parole tratte dal bel film-documentario Palavra (en)cantada
(2008), che in italiano suona come Parola (in)cantata, di Helena Solberg:
«Quando lavoro con testi musicali è un’altra faccenda: lavoro sulla musica, non
è un poeta quello che sta scrivendo. Quelle parole si realizzano, appaiono solo
in quanto quella musica preesiste, nascono per quella musica. Ciò non impedisce
che alcuni testi possano avere qualità poetica. Ciò che mi infastidisce è
il volerli paragonare alla poesia… Io non mi voglio atteggiare a poeta, perché
non lo sono…». Aggiungendo, infine, sornione: «E poi si creano problemi con
altri poeti, che si fanno gelosi…».
Non c’è dubbio che il Nobel a Bob Dylan ha dato di che discutere. Ci è
stato ricordato, un po’ didascalicamente, che poesia e musica, poesia e canto
nascono indissociabili, tuttavia è pur vero che se dal basso Medioevo hanno
preso strade diverse qualche motivo ci sarà. Insomma, il dibattito è aperto, e
sarebbe stato oggi interessante aggiungere anche questa domanda alla griglia
di interviste. Eppure, il motivo per cui si è voluto ricordare Chico Buarque
va oltre la faccenda Dylan. Se il legame tra poesia e impegno, parola e verità
sono senza dubbio al centro delle riflessioni di Gianni D’Elia, Emilio Zucchi, Elio
Pecora, Vivian Lamarque e Umberto Fiori, altrettanto lo è il legame tra forme
e concetti, tra aspetto fonico e valore significante della lingua usata nelle produzioni
in oggetto. E proprio la ricerca di una lingua più “essenziale”, immediata,
spogliata di ammiccamenti arcaicizzanti e desueti, lontana anche dalle
esperienze neoavanguardistiche ed anzi tesa al recupero o al rispetto di una
tradizione, sembra essere un tratto che accomuna i poeti di questo numero.
Nel far ciò, l’esigenza di una voce ancora udibile dalla comunità si coniuga con
un’espressione che vuol essere la più calibrata possibile, quando non addirittura
accomunabile ad un canto semplice, mai manierato.
Lasciamo dunque la parola a queste ulteriori, straordinarie testimonianze
oblique dei nostri tempi. Oblique, come una famosa pioggia di Fernando
Pessoa, perché attraversano la contemporaneità con uno sguardo non allineato,
non ne seguono il flusso, ma allo stesso tempo non vi si sottraggono,
consapevoli che il loro posto è là.
Buona lettura.

INDICE

PRESENTAZIONI, INTERVISTE E INEDITI
a cura di Patricia Peterle e Elena Santi
La poesia in cerca dell’altro: Gianni D’Elia
Intervista: La parola è con noi, dentro al Reale, ci accompagna sempre
Inedito di Gianni D’Elia: “Per l’Anniversario della Bella Morta (2015)”
Essere poeta tra le cose che aspettano: Emilio Zucchi
Intervista: Le parole hanno per me una concretezza meravigliosa
Inedito di Emilio Zucchi: “XXXIII”
L’umano in scena: la poesia di Elio Pecora
Intervista: E mai parole desuete, nemmeno addobbate… parole che nascono e rimangono
Inedito di Elio Pecora: da Rifrazioni
Tra infanzia e poesia: la lingua di Vivian Lamarque
Intervista: A un poeta basta prendere un pezzetto di carta e una matita
Inedito di Vivian Lamarque: “Altro che la visione”
Il linguaggio tra comunicazione e critica: Umberto Fiori
Intervista: … il poeta è uno che cerca
Inedito di Umberto Fiori: “Misure”
Rubrica
I mali della coppia
Francesco Alberoni
PASSATEMPO


Novembre 2016
Editora Comunità
Rio de Janeiro - Brasil
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Direttore responsabile
Pietro Petraglia
Editori
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Fabio Pierangeli
Patricia Peterle
Revisore
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Giovanna Vettraino
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Voci e urla dal carcere alla letteratura e ritorno Un numero di Mosaico solo apparentemente diviso in due sezioni: da una parte le voci dalla detenzione, dall’altra, per merito di Paola Villani e Marco Camerini, voci autorevoli dalla... more
Voci e urla dal carcere alla letteratura e ritorno

Un numero di Mosaico solo apparentemente diviso in due sezioni:
da una parte le voci dalla detenzione, dall’altra, per merito
di Paola Villani e Marco Camerini, voci autorevoli dalla letteratura
di questi mesi in Italia, tra le quali le molteplici inserite, tra
critica, filologia, poesia, testimonianza militante, nel bellissimo
volume dedicato a Maria Antonietta Grignani, grande amica di
Mosaico, filologa insigne, fine interprete di testi moderni e contemporanei,
per anni direttrice intelligente e fattiva del Centro
studi per la tradizione manoscritta di autori moderni e contemporanei
dell’Università di Pavia.
Ma è proprio attraverso la letteratura (poesia, tesi di laurea, testimonianze
varie), in una osmosi palpabile in questo numero
che chiude l’anno 2016, che le voci dal carcere acquistano la sostanza
inquieta di un grido di sofferenza sul modello della tragedia
greca, con duplice intonazione: dolore per aver gettato via
parte della vita; dolore e insofferenza per una società che non
ammette che si possa imboccare una strada giusta, di ripensamento
del sé, di svolta etica e di esempio per figli e nipoti tramite
attività culturali, religiose, di studio umanistico o scientifico.
Con l’impressione umiliante di restare, nonostante tutti i tentativi,
emarginati, gettati in una cella e dimenticati. Consegniamo
tali voci urlanti all’anno nuovo, con queste parole forti, tragiche
rivolte a Papa Francesco da cinque “ergastolani”, come vogliono
definirsi senza fronzoli, del reparto di alta sicurezza di Rebibbia:
«Vorremmo suicidarci, ma da cristiani sappiamo che se lo facessimo
sarebbe un peccato. La vita che Dio ci ha donato non la
possiamo disdegnare a tal punto.
Il punto è che prospettive umane e dignitose della Vita donata
abbiamo noi ergastolani ostativi? Siamo padri, nonni, figli …
abbiamo perso tutto! Ventiquattro anni di carcere consecutivo
distruggono ogni figlio dell’Uomo. Siamo arrivati all’amara
conclusione che solo la morte potrà salvarci. Dio ci perdonerà.
Se abbiamo sbagliato, stiamo pagando. La vendetta non è del
giusto ma del malvagio, di chi non ha timore a trattare i suoi
simili come bestie, carne da macello. Invece, siamo uomini che
hanno peccato e che peccato, ma che hanno bisogno di qualcuno
che dia loro Speranza».

INDICE

Occasioni tra Italia e Brasile e un appello
Fabio Falbo
Vivere in carcere
Anonimo di Rebibbia
Per capire l’universo/ parti dal tuo gesto
Giuseppe Perrone
Scambio epistolare tra un detenuto e sua moglie. L’urlo di Teorema di Pasolini, le poesie di
Ungaretti, la voce dal carcere
a cura di Mosaico
La storia della fotografia a Rebibbia
Alberto Manodori Sagredo
La principessa bambina Il viaggio di Antigone dall’antichità alla II guerra mondiale
(Sofocle, Anouilh, Brecht)
Maurizio De Luca
Onnipotenza e fragilità Analisi dell’Agamennone di Eschilo
Giovanni Colonia
«A carte scoperte»
Paola Villani
Minuscolo, / come la moneta/ persa nella tasca; / immenso,/ come l’orbita descritta /
da un corpo celeste
Paola Villani
La finestra sulla narrativa Roma, Israele e il “secondo mestiere”: “Dove la storia finisce” di
Alessandro Piperno
Marco Camerini
Rubrica
Inventare
Francesco Alberoni
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Poeti Italiani 6 Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è domandato: ma la poesia dialettale non è stata presa in considerazione? In effetti, in queste edizioni di Mosaico la poesia dialettale non è... more
Poeti Italiani 6

Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è domandato:
ma la poesia dialettale non è stata presa in considerazione? In effetti, in queste
edizioni di Mosaico la poesia dialettale non è stata trattata, appunto perché gli editori
e, in particolare, le curatrici delle raccolte volevano dare risalto a questa produzione
dedicandole il numero conclusivo della serie.
Nel corso del Novecento si assiste ad una ripresa della scrittura in dialetto, molti
poeti vi trovano nei particolari suoni e ritmi le cadenze ottimali per parlare del mondo
attorno a loro. L’antologia della Poesia dialettale del Novecento di Pier Paolo Pasolini,
pubblicata nel 1952, è un segno della complessità delle operazioni poetiche dialettali,
che percorrono praticamente tutto il territorio italiano. Intuizione, attenzione e pazienza
fanno parte di questo rapportarsi con una lingua intima, una sorta di stare di
fronte al suo ascolto, insomma fare esperienza con essa. Una lingua legata all’infanzia,
all’uso comune, alle circostanze minute è infatti quella che troviamo nei tre poeti qui
riuniti: Edoardo Zuccato, Franca Grisoni e Fabio Franzin. Dialetto come espressione,
come modo di vedere e, infine, come modo di confrontarsi, allo stesso tempo, con un
dentro e con un fuori.
C’è da ammettere che in questa piccola costellazione manca un nome più che importante
nello scenario dialettale che è quello di Franco Loi. Speriamo che i nostri lettori
ci possano perdonare per quest’assenza. Jolanda Insana, nata a Messina nel 1937,
trasferitasi a Roma alla fine degli anni ’60, venuta a mancare lo scorso ottobre, è un
altro nome da non dimenticare. Scoperta da Giovanni Raboni, che le pubblicò la prima
raccolta per i tipi di Guanda, benché avesse accettato di partecipare a questo progetto,
vi è stata poi impedita per i gravi problemi di salute. Una poesia, quella di Insana,
resa unica da intense “pennellate”. Durezza e dolcezza, i tratti ispidi, lo sperimentare
un uso misto di italiano e dialetto siciliano sono altre sue caratteristiche.
Nella seconda parte del numero, alcune pagine sono dedicate ad Alfonso Gatto, il
cui quarantennale della scomparsa è stato celebrato nel 2016. Giorgio Sica cura la scelta
delle poesie e le traduzioni, oltre a firmare una presentazione del poeta di Il capo
sulla neve. E in chiusura, facendo fede al carattere comparatista di Mosaico, troviamo
un saggio di Maria Belén Hernández-González su Giuseppe Bonaviri e la sua predilezione
per i classici universali, in particolare Cervantes e i suoi indimenticabili personaggi
Don Chisciotte e Sancho Panza.
Con questo, dunque, chiudiamo i numeri dedicati alle interviste coi poeti, augurandoci
di aver reso meno amaro un anno, il 2016, pieno di tribolazioni.
Buona Lettura!
Gli editori

INDICE

A cura di Patricia Peterle e Elena Santi
Le voci del quotidiano: Edoardo Zuccato
Intervista: la poesia è percezione tanto quanto intelletto
Inedito di Edoardo Zuccato
Amore e spiritualità: la voce di Franca Grisoni
Intervista: All’ascolto dell’altro
Inedito di Franca Grisoni
Il poeta all’incontro con l’altro: Fabio Franzin
Intervista: …gesto d’amore, non certo come atto sovversivo…
Inedito di Fabio Franzin
Alfonso Gatto. Resistere nel Canto
Giorgio Sica
Giuseppe Bonaviri a confronto con Cervantes, percorsi incrociati
M. Belén Hernández-González
Rubrica
Movimenti Nordafrica
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I corpi di Pasolini Negli ultimi tre anni di vita Michel Foucault aveva cominciato ad affrontare nei suoi scritti e nei suoi corsi, l’ultimo dei quali al Collège de France, il concetto greco di parresia. Ossia, il dire tutto, senza... more
I corpi di Pasolini

Negli ultimi tre anni di vita Michel Foucault aveva cominciato ad affrontare
nei suoi scritti e nei suoi corsi, l’ultimo dei quali al Collège de France, il
concetto greco di parresia. Ossia, il dire tutto, senza filtri, senza maschera, e
volerlo dire a chiunque; o in altre parole, secondo il titolo del succitato corso,
praticare il coraggio della verità. Quindi, non semplicemente libertà di espressione,
quanto piuttosto l’esprimere le proprie idee, in modo puro e sincero,
senza calcoli e compromessi con le convenzioni del potere, anche a costo di
sacrificare, socraticamente, la propria vita.
Impossibile trovare, secondo questa ipotesi, un esempio di parresia più
eclatante, calzante e per tanti versi irripetibile di quello incarnato da Pier Paolo
Pasolini sulla scena civile e culturale dell’Italia che risorge dalle ceneri del
dopoguerra. Al di là delle note teorie di suicidio, su quel “farsi ammazzare”,
sostenute da Giuseppe Zigaina, c’è comunque ritagliato in tutta la vicenda-
Pasolini una sorta di itinerario di passione cristica tragicamente votata ad un
sacrificio finale. Quasi come fine ineluttabile e al contempo straordinariamente
simbolica, in cui dietro alla mano del carnefice si nascondono idealmente
le tante istanze conservatrici che volevano vedere questa figura, scomoda e
irriverente, tacere per sempre. Ma soprattutto, quel che colpisce nell’impegno
dell’artista e dell’intellettuale è il coinvolgimento totale del corpo sino al martirio
finale, a configurare un completo atto parresiastico, come un Diogene di
Sinope, per esempio. Certo Pasolini non era un cinico, in senso filosofico, mai
si era allontanato dai piaceri e dai beni fisici e materiali, anzi aveva capito in anticipo
la performatività dell’immagine, ne aveva fatto un linguaggio. Immagine
curata, mostrata, esibita, anche in modo narcisistico, durante la vita. Da qui,
dunque, i tanti corpi pasoliniani.
Attorno a questo tema si concentrano gli straordinari contributi di questo
numero, arricchiti da tante immagini di Pasolini, alcune di queste tratte dalla
collezione privata di Giuseppe Garrera, esibite nel corso di un’esposizione a
Roma, a cura di Alessandro Dandini de Sylva.
Per una malaugurata svista nell’impaginazione, sullo scorso numero di
gennaio (Poeti contemporanei 6) non è stata pubblicata, come da sommario,
la poesia inedita che ci era stata gentilmente concessa da Fabio Franzin. La
presentiamo ora con le nostre più sentite scuse all’autore. Anzi, raddoppiamo
e ne presentiamo anche un’altra.
In chiusura, attraverso una recensione del suo ultimo lavoro, vogliamo segnalare
un’altra accurata e originale ricerca condotta da un amico, ancorché
condirettore e instancabile animatore di questo foglio, Fabio Pierangeli.
Buona lettura,
Andrea Santurbano e Patricia Peterle

INDICE

Il corpo di Pasolini. Considerazioni intorno ad un’esposizione
Sebastiano Triulzi
I corpi di Pasolini
Istvan Puskas
Pier Paolo Pasolini, poeta di vita
Laura Pacelli
Pasolini e Nievo, un possibile dialogo interrotto troppo presto
Fabio Pierangeli
Poesia
Il poeta all’incontro con l’altro: Fabio Franzin
a cura di Patricia Peterle e Elena Santi
Poesie di Fabio Franzin
Recensioni
Ungaretti e il secondo mestiere: il poeta-giornalista sotto il fascismo
Franco Zangrilli
Rubrica
Saper giudicare
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Giorgio Caproni “ad alta voce” Non è la prima volta che lo sguardo di Mosaico si rivolge a Giorgio Caproni. Altri due numeri, infatti, Giorgio Caproni scrittore in versi, dell’ottobre del 2012, e “Povere mie parole” – La poesia di... more
Giorgio Caproni
“ad alta voce”

Non è la prima volta che lo sguardo di Mosaico si rivolge a Giorgio Caproni. Altri
due numeri, infatti, Giorgio Caproni scrittore in versi, dell’ottobre del 2012, e “Povere
mie parole” – La poesia di Giorgio Caproni, del novembre 2014, erano già stati dedicati
al poeta, livornese di nascita, genovese d’adozione e romano di “abitazione”. Caproni,
dunque, è senz’altro un poeta caro a questa redazione, e non da oggi. A ciò si aggiunga
una felice coincidenza: mentre questo numero era in cantiere, il 21 giugno scorso, si è
avuta la sorpresa che tra le tracce dell’esame di maturità in Italia (una specie di Enem,
per chi vive in Brasile) quella letteraria era appunto dedicata a Caproni. Apriti cielo! L’autore
non è studiato nei programmi scolastici, ma chi lo conosce, troppo moderno ecc. Permetteteci
allora una breve considerazione: paese strano l’Italia, ci si lamenta sempre
che non è al passo coi tempi, che per i giovani non c’è futuro, e poi si scopre che anche i
giovani sono già vecchi, vivono con fastidio anche delle impreviste novità (ovviamente,
come si dice, senza voler generalizzare). Giorgio Caproni, invece, è ormai un “classico
contemporaneo”, attualissimo, stimolante, e la poesia scelta, che riportiamo a seguire,
Versicoli quasi ecologici, tratta da Res Amissa, nella sua semplicità si fa carico di tutta la
complessità dei nostri rapporti con la natura e con noi stessi, senza che neanche ci sia il
bisogno di consultare i tradizionali medaglioni biografici dell’autore:

Non uccidete il mare,
la libellula, il vento.
Non soffocate il lamento
(il canto!) del lamantino.
Il galagone, il pino:
anche di questo è fatto
l’uomo. E chi per profitto vile
fulmina un pesce, un fiume,
non fatelo cavaliere
del lavoro. L’amore
finisce dove finisce l’erba
e l’acqua muore. Dove
sparendo la foresta
e l’aria verde, chi resta
sospira nel sempre più vasto
paese guasto: Come
potrebbe tornare a essere bella,
scomparso l’uomo, la terra.

Fatta questa doverosa premessa, chiariamo che il presente numero vuole riproporre
Caproni sotto un altro sguardo, attraverso il rapporto della poesia con la voce:
in altre parole, la sua lettura ad alta voce. Lo spunto ci è stato fornito da un incontro,
tenutosi il 27 aprile scorso, presso la Biblioteca Guglielmo Marconi di Roma, dove è
ospitato uno degli archivi del poeta (quello dei libri della sua biblioteca privata), dal
titolo Giorgio Caproni “ad alta voce”, a cura dell’Area del Polo SBN e sviluppo collezioni
Biblioteche di Roma. La serata è stata aperta dalla responsabile, dott.ssa Moira
Miele, coordinata da Stefano Gambari, cui hanno fatto seguito tre interventi a cura
di Roberto Mosena, Patricia Peterle e Fabio Pierangeli, che ha dedicato l’intervento
al suo maestro Emerico Giachery, il quale a sua volta ci ha cortesemente concesso la
pubblicazione di una parte del suo saggio dedicato alla “Voce alta”. Queste pagine
vogliono quindi offrire una testimonianza dell’incontro romano, in cui è stato inoltre
presentato il volume Sulla poesia (ItaloSvevo), a cura di Roberto Mosena, che è la
trascrizione della registrazione, fatta dall’attore e caratterista romano Pietro Tordi,
di una conferenza tenuta dal poeta il 16 febbraio 1982 al Teatro Flaiano. La strana e
brillante “mania” di Tordi, di registrare conversazioni ed incontri dedicati alla poesia,
permettono oggi di riassaporare cose che sembravano perse e disperse nel tempo.
Oltre ai saggi, trova infine posto in questo numero un’intervista più che speciale, concessa
gentilmente a Mosaico da Attilio Mauro e Silvana Caproni, figli del poeta, in cui viene
offerta un’immagine intima di Caproni, nonché una percezione “viva” della sua voce.
Buona Lettura!

INDICE

A voce alta
Emerico Giachery
Giorgio Caproni e la poesia ad alta voce
Stefano Gambari e Giulia Zambrini
Poesia: un’esecuzione per diventare cosa viva
Patricia Peterle
Giorgio Caproni registrato - Incontri e letture dal Fondo di poesia Pietro Tordi
Roberto Mosena
“Una voce limpida, pacata e, a volte, intrisa di una fitta ironia”
Intervista a Silvana e Attilio Mauro Caproni
di Patricia Peterle
Sulla poesia di Giorgio Caproni
Claudio Mariotti
Rubrica
Il burocrate
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Luglio 2017
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Verso Nord. Dialoghi, poesia, narrativa Abbiamo dedicato il numero di settembre di Mosaico italiano alla poesia verso il Sud, ora, con il significativo intermezzo della poesia del fiorentino Franco Fortini, viriamo verso il Nord d’Italia,... more
Verso Nord. Dialoghi,
poesia, narrativa
Abbiamo dedicato il numero di settembre di Mosaico italiano alla
poesia verso il Sud, ora, con il significativo intermezzo della poesia del
fiorentino Franco Fortini, viriamo verso il Nord d’Italia, dall’Ovest piemontese
di Cesare Pavese all’Est friulano-veneto di Pier Paolo Pasolini
e Dino Buzzati, su cui, grazie a Laura Bartolomei, il lettore potrà penetrare
il un mondo di silenzi e sottintesi, come di improvvise accensioni,
attorno al femminile.
Coscienti che la letteratura si abbevera di paesaggi e atmosfere caratteristiche
di un luogo geografico quanto abbatte steccati e confini
precisi, per indirizzarsi all’umano tout court.
Buzzati, come Fortini, sono richiamati dalla grande editoria milanese,
Pasolini, nato a Bologna, ma dal cuore poetico e dalla formazione
friulana, terra materna, arriva nel 1950 nella capitale, dove troverà una
morte atroce venticinque anni dopo, la notte tra il 1 e il 2 di novembre.
Angela Felice, direttrice del Centro internazionale di Studi Pasoliniani
di Casarsa, ci ammonisce con una attività straordinaria, oltreché
saggistica pedagogica e teatrale, di considerarlo presente, rinnovando
il suo messaggio e la sua profezia.
«Io produco una merce, la poesia, che in realtà è inconsumabile morirò
io, morirà il mio editore, moriremo tutti noi, morirà tutta la nostra
società, morirà il capitalismo ma la poesia resterà inconsumata».
Buona lettura

INDICE

L’INFLUENZA DEI DIALOGHI CON LEUCO’ SUL TEATRO DI POESIA E SULLA POESIA
ITALIANA SUCCESSIVA
Beppe Mariano
Pasolini e la giustizia. Il “caso” Pilade
Angela Felice
Due racconti di Dino Buzzati
A cura di Mosaico
Sottomissione masochistica e dominazione sadica in “Un amore” di Dino Buzzati
Laura Bartolomei
L’intervista di Panafieu
Laura Bartolomei
Osservatorio
Carmine Chiodo, Rocco Pezzimenti, Fabio Pierangeli
Rubrica
Il potere
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La cultura italiana in spagna: Intrecci e rapporti lungo la storia L’Italia e la Spagna si sono guardate nello specchio del mare Mediterraneo lungo i secoli, stabilendo alleanze e amicizie talvolta tornate in disaccordi, polemiche... more
La cultura italiana in spagna: Intrecci e rapporti lungo la storia

L’Italia e la Spagna si sono guardate nello specchio del mare Mediterraneo lungo
i secoli, stabilendo alleanze e amicizie talvolta tornate in disaccordi, polemiche diplomatiche
e confrontazioni belliche. La vicinanza geografica, le affinità sociali, politiche
e culturali di entrambi paesi hanno configurato stretti rapporti artistici e letterari; i
quali tuttora non sono stati esplorati completamente, dalla prospettiva della estetica
e della letteratura comparata.
L’influenza della letteratura italiana in Spagna è stata notata molto presto, cominciando
dall’opera di Francesco Petrarca, figura ispiratrice per tutti gli intellettuali
dell’umanismo ispanico. La presenza petrarchesca è ben nota nell’ars poetica iberica
attraverso i primi secoli del castigliano: dal marchese di Santillana a Antonio Prieto,
attraverso Jorge Manrique, Boscán, Garcilaso, Acuña, Jorge de Montemayor, Herrera,
Fray Luis de Leon e molti altri autori reinterpretati nella modernità. La Commedia di
Dante occupa ugualmente un posto importante nella storia della ricezione letteraria,
particolarmente negli autori romantici e novecenteschi.
Gli scrittori italiani classici, da Boccaccio, Sannazaro, Machiavelli, Castiglione,
Mazzini, Leopardi, Carducci, a Pirandello; generi letterari come le forme dell’allegoria,
la lirica, il romanzo pastorale, la Commedia dell’Arte, il melodramma ...; le tendenze artistiche
dall’umanesimo e l’Arcadia, fino al futurismo ... hanno trovato un’ampia accettazione
in Spagna. Quasi tutti gli autori ispanici contemporanei hanno anche ricevuto
ispirazione dall’Italia; da Juan Valera, Emilia Pardo Bazán, Azorín, Antonio Costa, Emilio
Castelar, Blasco Ibáñez, Eugenio D’Ors, Carmen de Burgos, Rubén Darío, Gómez
de la Serna, Alberti, Jorge Guillen, Carlos Barral, Cernuda, Borges ... a Antonio Colinas,
Angel Crespo, Eloy Sánchez Rosillo o Andrés Trapiello.
Allo stesso modo, la presenza della cultura spagnola in Italia è stata intensa sin
dal Medioevo, quando la corona di Aragona ha suggellato stretti legami con gli Stati
italiani; la presenza politica ispanica, continuerà lungo i secoli, con i Monarchi Cattolici,
la Casa d’Austria e i Borboni, che sono presenti a Napoli fino al XVIII secolo.
Di fatto, dopo la conquista di Napoli nel 1443, da parte di Alfonso d’Aragona, la
letteratura spagnola si estese in Italia favorita dalle somiglianze tra le lingue ispaniche e
italiane - probabilmente le più affini all’interno dell’area romanica - e dalla storia comune
che hanno vissuto ambedue nazioni. Questo fenomeno si riflette in illustri esempi letterari
di ogni secolo, da Cervantes a Moratín, da Aretino a Edmondo di Amicis, così come in
opere numerose e trascendenti, come I promessi sposi di Manzoni, le Memorie di Spagna
di Casanova, il Criticón di Gracián, La donna di ambra di Gómez de la Serna, ecc.
Nonostante i forti legami tra le due penisole, la nascita degli studi ispanistici in
Italia si produce soltanto alla fine dell’Ottocento, con le prime indagini di Benedetto
Croce e Farinelli, che aprirono la strada ad una importante fioritura degli ispanisti italiani
vigente sino ad oggi; oltre che ad un fertile dialogo tra le due letterature durante
l’ultimo terzo dell’Ottocento e l’intero Novecento. Questo intreccio è manifesto nel
lavoro sviluppato, tra gli altri, da: Franco Meregalli, promotore della rivista “Rassegna
Iberistica” a Venezia e autore di numerose pubblicazioni di letteratura comparata; Giuseppe
Bellini, presidente dell’Associazione Internazionale d’Insegnanti di Spagnolo e
autore di opere classiche per studi comparativi, come Storia delle relazioni letterarie tra
l’Italia e l’America; Oreste Macrì, a Firenze, con studi sugli autori classici e attuali; Carlo
Bo, rettore dell’Università di Urbino e direttore della rivista “Lingua e Letteratura” di
Milano; Piero Menarini, Gabriele Morelli, Mario di Pinto e una nutrita schiera di studiosi.
D’altra sponda, gli studi italianistici e comparativi condotti in Spagna, ebbero inizio
nei primi decenni del Novecento, ben prima della guerra del 1936, con i saggi di Miguel
di Unamuno, Eugeni D’Ors e le traduzioni dall’italiano promosse dalle case editrici di
Blasco Ibáñez, le opere teatrali di Valle Inclán e Rivas Cheriff, e le novità italiane pubblicate
dalla “Revista de Occidente” diretta da Ortega e Gasset... In ambito universitario,
dagli anni ‘70 è fiorita una scuola moderna, la quale ha dato interessanti frutti negli
ultimi decenni; per menzionare alcuni esempi notevoli: gli studi accademici di Vicente
González, presidente della Società Spagnola d’Italianisti, l’analisi sull’accoglienza spagnola
di Alfieri di Cristina Barbolani, lo studio delle versioni tradotte da Sei personaggi
in cerca d’autore, realizzato da Joaquín Espinosa, il lavoro sulla ricezione in Spagna di
Leopardi, realizzato da Prieto de Paula e Pedro Luís Ladrón de Guevara, la ricerca sulla scrittura delle donne diretta da Mercedes Arriaga, ecc. Questi sono soltanto alcuni dei nomi
che mostrano la diversificazione e il crescente interesse per gli studi comparativi.
Si inserisce in quest’ambito il presente, dedicato ai fenomeni culturali legati alla ricezione
e alla traduzione di italiani in Spagna. Al fine di mostrare un panorama articolato delle
nostre culture lungo la storia, abbiamo inquadrato sei aspetti ed epoche diverse dal Seicento
fino al XXI secolo, tutti presentati da docenti e ricercatori universitari specialistici. Il lettore
potrà fare un viaggio temporale con le seguenti proposte per capitoli.
Il primo saggio, intitolato: Lo “scenario” del Seicento: letteratura drammatica tra Italia
e Spagna, indaga sui rapporti tra drammaturghi, attori e capocomici del cosiddetto Siglo de
Oro. L’autrice, Elena E. Marcello, è docente dell’Università degli studi Roma Tre, si occupa
prevalentemente dell’edizione di testi drammatici del Seicento (Cubillo de Aragón, Rojas Zorrilla,
Girolamo Gigli) e dello studio delle relazioni letterarie tra la Spagna e l’Italia; è membro
dell’Instituto Almagro de Teatro Clásico e ha partecipato a vari progetti di ricerca sul teatro
spagnolo.
Il secondo saggio, intitolato: Leopardi nella poesia spagnola, offre un panorama completo
delle traduzioni e principali influenze dell’opera leopardiana nella moderna poesia ispanica.
Siamo guidati da Pedro Luis Ladrón de Guevara, prof. ordinario dell’Università di Murcia, vicepresidente
della ‘Società degli italianisti spagnoli’ (SEI), poeta e traduttore di autori come
Dino Campana, Luzi, Tabucchi e Magris; nel 2005 ha pubblicato il libro: Leopardi en los poetas
españoles.
Il terzo saggio, intitolato: La diffusione della narrativa italiana nella Spagna di fine secolo
attraverso le riviste, apre lo sguardo sull’ingente produzione narrativa e pubblicistica della
fine dell’Ottocento, una delle tematiche meno studiate finora nella letteratura comparata.
Linda Garosi è ricercatrice e docente presso l’Università di Cordova in Spagna; i suoi lavori
scientifici riguardano la narrativa italiana (1860-1950), la rappresentazione della migrazione e
i rapporti tra letteratura e immagine. Si è occupata di Dossi, Praga, Tarchetti, D’Annunzio, De
Amicis, Pirandello, Gadda, Manzini ed è autrice della tesi di ricerca: Poética de una crisis. Las
literaturas italiana y española entre los siglos XIX y XX (2006).
Il seguente saggio, quarto, intitolato: Sulle tracce dei poeti ermetici italiani in Spagna, ripercorre
l’eco della principale corrente letteraria dell’Italia della prima metà del XXesimo Secolo:
il denominato “Ermetismo fiorentino”. L’autrice, Encarna Esteban, giovane ricercatrice
e docente presso l’Università di Murcia, si è dottorata con una tesi sulla poesia spirituale di
Mario Luzi ed è autrice del libro Viaje terrestre y celeste de Mario Luzi (Aracne, 2015).
Nel penultimo e quinto saggio: Da Salamanca a nessuna parte: punti di vicinanza e
lontananza tra il cinema italiano e spagnolo negli anni 50 e 60, Sara Velázquez presenta
interessantissime informazioni sulle collaborazioni cinematografiche tra i due paesi, con
spunti sulla società e la letteratura. S. Velázquez insegna presso l’Università di Salamanca,
come ricercatrice si occupa della letteratura italiana e l’immigrazione e la ricezione e
traduzione di opere italiane e del loro influsso in Spagna.
Completando il percorso comparativo del presente numero, il sesto saggio, intitolato:
Italia versus Spagna: linguaggio televisivo a confronto, passa in rassegna i principali prodotti
televisivi dei due paesi e i loro protagonisti. È stato realizzato da Salvatore Bartolotta,
docente presso l’U.N.E.D. di Madrid, direttore della Sezione di Filologia Italiana e il Programma
di Dottorato Internazionale in Filologia presso la stessa università. Bartolotta si occupa
prevalentemente di cinema, musica e televisione al femminile; tra i tanti suoi contributi ricordiamo:
Cine, música y televisión en la Italia actual (UNED, 2008) e Storie di donne che non si
arrendono (Aracne, 2012).
Ringraziando i collaboratori per il loro impegno nel porgere alla comunità italiana una
visione rigorosa e ricca di spunti e prospettive per il rinnovo degli studi comparativi tra le
nostre culture, vi auguriamo una buona lettura.
María Belén Hernández González
(Univ. di Murcia)
Coordinatrice del numero

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Mappe cangianti e meta narrazioni del presente Il titolo di questo numero di Mosaico vuole essere un ringraziamento alla “lunga fedeltà” filologica, linguistica ed ermeneutica di Maria Antonietta Grignani ai testi della letteratura... more
Mappe cangianti e meta
narrazioni del presente
Il titolo di questo numero di Mosaico vuole essere un ringraziamento alla “lunga
fedeltà” filologica, linguistica ed ermeneutica di Maria Antonietta Grignani
ai testi della letteratura italiana moderna e contemporanea.
Una mappa cangiante. Studi su lingua e stile di autori italiani contemporanei (Pacini
editore, 2017) è difatti il suo ultimo libro su cui apriamo un dibattito sugli
ultimi anni della prosa e della poesia italiana, grazie all’intervento di Paola Villani,
prof.ssa ordinaria alla napoletana università Suor Orsola Benincasa.
Allieva di Maria Corti, di cui per molti anni è stata l’erede come direttrice
dell’autorevole Centro per la Tradizione Manoscritta di Autori Moderni e Contemporanei
dell’Università di Pavia, docente in quella sede universitaria di Linguistica
italiana e di Letteratura italiana contemporanea, la Grignani ha spaziato
per gran parte delle nostre lettere otto-novecentesche, con uno sguardo
sempre vigile al panorama contemporaneo, specie poetico. Tra gli altri, si è
occupata di Eugenio Montale e di Beppe Fenoglio.
Dirige attualmente, con Angelo Stella, la rivista «Autografo», voce del Centro
Manoscritti, con significativi numeri monografici, di cui l’ultimo in ordine di
tempo è quello dedicato, sempre a cura della Grignani e di Domenico Scarpa,
a Natalia Ginzburg.
Sottoscriviamo l’idea di mappa cangiante presentando in questo numero pagine
di narrativa in autori emblematicamente molti distanti tra loro, Cacciapuoti,
Mari, D’Avenia, Onorati, Petri, la testimonianza del medico di Lampedusa
Pietro Bartolo, insieme ad esempi di autorevole metodologia ermeneutica:
con la Grignani, Emerico Giachery, impegnato, in un dialogo Maestro-Allievo
con Carmine Chiodo (docente Associato Università degli Studi di Roma “Tor
Vergata”) ad esplicitare le sue passioni sintoniche di interprete e Andrea Gialloreto,
tra i migliori studiosi provenienti dall’Accademia (docente Associato
all’Università degli Studi di Chieti) capaci di padroneggiare le mappe cangianti
con finezza e autorità, come nell’ultima fatica sulla contemporaneità: Tra fiction
e non-fiction. Metanarrazioni del presente, Franco Cesati editore, 2017.
«Nell’assenza di scuole o poetiche dominanti, i percorsi si intrecciano per affinità
o meglio per poligenesi »: la Grignani ci introduce nel percorso senza
parametri precostituiti, attorno ad una costellazioni di problematiche critiche
corrispondenti ad altrettanti topoi.
A cominciare dall’io, “sliricato e spatriato”, ma in definitiva nascosto e riaffiorante,
tra spinte avanguardistiche e ritorno, travestito, alla tradizione, come la
splendida introduzione al lungo percorso del volume, di cui mi piace segnalare
almeno i due capitoli su Sereni e la sosta sugli echi novecenteschi di Dante.
Buona lettura e buon 2018 a tutti i lettori dalla direzione di Mosaico

INDICE

Il ferro e i golem. Michele Mari e l’inventario della modernità
Andrea Gialloreto
La provincia come teatro della narrazione della realtà
Massimo Cacciapuoti
LAMPEDUSA: IL PORTO DEI DESTINI SOSPESI RACCONTATO DA PIETRO BARTOLO
Debora Vitulli
Maria Antonietta Grignani, Una mappa cangiante. Studi su lingua e stile di autori italiani
Paola Villani
Un modello di ermeneutica: la passione sintonica di Emerico Giachery
Carmine Chiodo
Romana Petri e il suo rapporto con la lingua e la cultura portoghese: “Amore a prima vista”
Giovanni Zambito
Ciò che sai amare rimane. D’Avenia e il femminile. Il racconto di una presentazione alla
Feltrinelli di Roma
Camilla Fabretti e Federica Trapani
Il microcosmo di Onorati
Lior Levy
Rubrica
Odio e amore
Francesco Alberoni
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Gramsci vivo: dall’Italia al Brasile, dal Brasile al mondo Lo scorso anno Gramsci è stato celebrato a ottant’anni dalla sua scomparsa. Morto nel 1937, Gramsci oggi continua a essere più letto e studiato che mai, in Italia come nel resto... more
Gramsci vivo: dall’Italia al
Brasile, dal Brasile al mondo
Lo scorso anno Gramsci è stato celebrato a ottant’anni dalla sua scomparsa.
Morto nel 1937, Gramsci oggi continua a essere più letto e studiato che mai,
in Italia come nel resto del mondo. L’anniversario gramsciano è stato particolarmente
fruttuoso e produttivo in termini di convegni e pubblicazioni. In
questo il Brasile si è mostrato estremamente attivo. Segnaliamo, in particolare,
due eventi di enorme rilievo scientifico: il I Colóquio Internacional Antonio
Gramsci, tenutosi all’Unicamp tra il 22 e il 25 agosto e il Dicionário Gramsciano
tradotto dall’italiano e pubblicato per i tipi della casa editrice Boitempo.
Questo numero di Mosaico intende proporre ai propri lettori i contributi di
alcuni tra i più importanti studiosi di Gramsci a livello internazionale, riconducibili
a generazioni differenti. Si comincia con uno scritto di Guido Liguori,
professore di Storia del pensiero politico contemporaneo, nonché presidente
dell’International Gramsci Society Italia. Liguori fa il punto sulla ricezione di
Gramsci, in Italia e nel mondo. È poi la volta di una nostra intervista a Maria
Luisa Righi, coordinatrice della redazione dell’Edizione nazionale degli scritti
di Antonio Gramsci, l’operazione editoriale finalizzata a restituire ai lettori in
una veste completa, definitiva e filologicamente rigorosa i testi di Gramsci.
Segue un contributo di Angelo d’Orsi, docente di Storia contemporanea all’Università
di Torino, che fa un resoconto del suo recente Gramsci, edito dalla
casa editrice Feltrinelli.
Dal 2014 esiste anche un’International Gramsci Society Brasil. Ne parlerà Marcos
del Roio, professore di Scienze politiche all’Unesp di Marília e presidente
dell’IGS Brasil, nel corso di un’intervista rilasciata al mestrando del PPGLetras/
UFC Matheus Silva Vieira, nella quale si ripercorre – tra i molti temi trattati – la
fortuna di Gramsci in Brasile, dagli anni Venti ai nostri giorni. Thinking Matters
Fellow alla Stanford University, Nicole Gounalis propone un intervento sulle
riflessioni di Gramsci in ambito letterario, mettendone a fuoco l’attualità. Chiude
la sequenza di interventi Rocco Lacorte, docente di Filosofia all’Universidade
de Brasilia. Al centro del suo scritto la traducibilità come processo capace
di investire allo stesso tempo educazione ed emancipazione.
Insomma, sei modi diversi per avvicinarsi all’universo teorico e pratico di un
gigante del pensiero.
Buona lettura!
Yuri Brunello (UFC/PPGLetras)


INDICE

Il fascino di un marxismo “aperto” e “dialogico”
Guido Liguori
Dieci domande a Maria Luisa Righi
Yuri Brunello
La vita straordinaria di Gramsci: come raccontarla?
Angelo d’Orsi
Dieci domande a Marcos del Roio
Matheus Silva Vieira
Gramsci e la letteratura nel mondo statunitense
Nicole Gounalis
Lo spostamento del centro di gravità sul lavoro “pedagogico”
Rocco Lacorte
Rubrica
Odio e amore
Francesco Alberoni
PASSATEMPO


Febbraio 2018
Editora Comunità
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Direttore responsabile
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Andrea Santurbano
Fabio Pierangeli
Patricia Peterle
Revisore
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«Um livro de poesia italiana e um livro sobre poesia italiana» Per iniziativa di Patricia Peterle e di Elena Santi, è uscito alla fine del 2017, per il “nostro” Editora Comunità di Rio de Janeiro, il volume di ben 466 pagine Vozes. Cinco... more
«Um livro de poesia italiana e
um livro sobre poesia italiana»
Per iniziativa di Patricia Peterle e di Elena Santi, è uscito alla fine del 2017, per
il “nostro” Editora Comunità di Rio de Janeiro, il volume di ben 466 pagine
Vozes. Cinco Décadas de Poesia italiana, «um livro de poesia italiana e um livro
sobre poesia italiana», come lo definisce Marcos Siscar nella seconda di copertina.
Si tratta infatti di 33 interviste a poeti italiani, preceduti da una scheda
sintetica ma quanto mai precisa, tutto in lingua portoghese-brasiliana, seguiti
da alcuni testi inediti donati dagli autori, in lingua originale.
L’operazione, sotto la direzione dei condirettori di Mosaico italiano, Patricia
Peterle e Andrea Santurbano, ha coinvolto per le traduzioni i giovani studiosi
del brillante nucleo della Università di Florianópolis, che ho avuto occasione
di conoscere e di apprezzare per la vivacità culturale, la preparazione, la capacità
di dialogo, per esempio con il poeta e illustre linguista Enrico Testa e con
Andrea Gialloreto, altro finissimo studioso che con il sottoscritto hanno condiviso
un fruttuoso periodo di incontri brasiliani nel giugno del 2016. La poesia è
contagiosa e quella italiana contemporanea, nonostante gli approssimativi e
qualunquistici giudizi di parte della cultura, è vivissima, complessa, plurisensa
e pluritematica.
Dunque un’antologia suggestiva e un ritratto inedito in Brasile, ma utilissimo
strumento anche in Italia, di cui, spero a breve, avremo una edizione, tanto più
che i 33 capitoli erano usciti in italiano su «Mosaico» che nel presente numero
di marzo 2018 continua a occuparsi di poesia novecentesca (Rebora-Raboni)
e contemporanea, con un affondo sulle problematiche legati ai linguaggi, alle
traduzioni, alla trasmissione ai giovani delle letterature comparate, tra Italia,
Brasile e Portogallo.
Singolari illustrazioni accompagnano Vozes: Aline Fogaça, studiosa e giovane
docente di Lingua e letteratura italiana, pittrice, ha ritratto, con uno splendido
bianco e nero, gli occhi dei poeti, nonché dei curatori e dei prefatori. La «poesia
che mi guardi», che ci guarda, di Antonia Pozzi.
Il guardare, visionario o reale che sia, rimane tra le azioni primarie della poesia.
Arriva all’origine delle cose. Alla creaturalità. L’eco della tradizione riposa ancora
nello stupore dei versi, nei ritmi della parola contemporanea. Vibra e percuote.
(F.P.)
Buona lettura

INDICE

Il libro degli amici e due amici poeti (Elio Pecora e Tommaso Ottonieri)
Fabio Pierangeli
L’Intercomprensione: un approccio ‘plurale’ all’apprendimento e all’uso delle lingue
Salvador Pippa
Due esperienze di docenza tra italiano e portoghese
Giovanni Zambito
Il Natale dei poeti:Clemente M. Rebora
Marco Camerini
Per Elio Fiore
Claudio Cherin
Raboni e Baudelaire
Arianna Di Sabantonio
Elogio della poesia. Pronomi personali
Fabio Pierangeli
Basta Ciechi. Come rompere i luoghi comuni. Il Viaggio di formazione di Roberto Kervin
Roberto Kervin
Rubrica
La storia
Francesco Alberoni
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Marzo 2018
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«Me ne vado/sapendo/chi sono» Il teatro dell’imprevisto In ogni caso il romanzo non è esclusivamente un excursus parodistico sulla nostrana Repubblica della Lettere, ma una riflessione sul senso di colpa.[…]: il diavolo pare saperlo assai... more
«Me ne vado/sapendo/chi sono»
Il teatro dell’imprevisto
In ogni caso il romanzo non è esclusivamente un excursus parodistico sulla
nostrana Repubblica della Lettere, ma una riflessione sul senso di colpa.[…]: il
diavolo pare saperlo assai bene e, con un sorprendente coup de theatre conclusivo,
gioca tutte le sue carte finendo con l’accattivarsi la simpatia, se non il consenso,
del lettore.
Così chiude il suo bel saggio Marco Camerini, attraversando gli ultimi libri
di narrativi di due autori di spicco nel panorama odierno: Paolo Maurensig e
Leonardo Colombati.
Lo scambio di tecnica e struttura tra romanzo e teatro è anche a tema nel
bel romanzo di Dario Buzzolan (non a caso anche drammaturgo e saggista
cinematografico) La vita degna, che ci pone di fronte ad un interrogativo assai
interessante e necessario: la felicità consiste esclusivamente nella realizzazione
dei propri desideri o in altro, che magari si palesa attraverso imprevisti e
strade non previste e precisate?
Colpi di teatro insomma, sul palcoscenico imprevedibile della vita. Ne è
maestro Gigi Proietti, in queste pagine di Mosaico ritratto da Katiuscia Torquati
nel suo spettacolo dedicato a Ettore Petrolini.
Una narrazione “teatrale” nella sua drammaticità e esemplarità, forgiata
sulla attesa e sulla domanda di senso, è la vita di Kafka come raccontata da Sabino
Caronia in La consolazione della sera, romanzo presentato qui da Giorgio
Taffon, non a caso docente di Letteratura teatrale, saggista, e drammaturgo,
ma anche scrittore di racconti incentrati, argutamente, sul teatro e la teatralità:
Una proposta (in)credibile e la recentissima raccolta Fatti d’amore teatro e
di sogni di cui ci ripromettiamo di parlare prossimamente.
Apre questo numero di maggio il saggio sulla giornalista, attrice, scrittrice
Adele Cambria, parte di un lavoro più ampio di cui auspichiamo la pubblicazione
integrale.
La giovane autrice dell’intervento sulla Cambria, Eleonora Proietti, non
potrà continuare gli studi.
Una malattia incurabile l’ha portata via nell’estate del 2017. A lei e alla sua
famiglia dedichiamo questo numero di Mosaico. Eleonora lascia anche una
bellissima raccolta di versi, Faccia di velluto, corredata dai suoi disegni (come
quello in copertina di Mosaico) e da un sorprendente CD audio, il suo testamento,
dove parla della sua esperienza di vita, breve ma intensa, in termini di
gratitudine e non di rabbiosa ribellione.
Come in una delle sue ultime poesie, intitolata semplicemente Vita:
Questa bella vita
non mi ha raggirata:
è stato un assaggio
giunto ad aprile e terminato a maggio.

Eleonora Proietti

INDICE

Istambul e altri viaggi in compagnia di Adele Cambria
Eleonora Proietti
Gigi Proietti e... “Caro Petrolini”
Katiuscia Torquati
Il teatro dell’imprevisto La vita degna di Dario Buzzolan
Fabio Pierangeli
Amori, viaggi, diavoli: Colombati e Maurensig
Marco Camerini
La consolazione della sera di Sabino Caronia
Giorgio Taffon
Max Gobbo e la riscrittura fantastica
Franco Zangrilli
Scaffale
Laboratorio di scrittura Università Tor Vergata-Istituto Villa Flaminia-Roma
Rubrica
Amore
Francesco Alberoni
PASSATEMPO


Maggio 2018
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Così Marcel Schwob nella prefazione al suo Vite immaginarie: La scienza storica ci lascia nell’incertezza circa gli individui. Non rivela che i punti in base ai quali essi erano associati alle azioni generali. Ci dice che Napoleone era... more
Così Marcel Schwob nella prefazione al suo Vite immaginarie:
La scienza storica ci lascia nell’incertezza circa gli individui. Non rivela che i punti in base ai quali essi erano associati alle azioni generali. Ci dice che Napoleone era sofferente il giorno di Waterloo, che occorre attribuire l’eccesso di attività intellettuale di Newton alla continenza assoluta del suo temperamento, che Alessandro era ubriaco quando uccise Clito e che la fistola di Luigi XIV ha potuto essere la causa di certe sue risoluzioni. […] Tutti questi fatti individuali hanno valore solo perché hanno modificato gli avvenimenti o avrebbero potuto deviarne la serie. Sono delle cause reali o possibili. [...] L’arte è contraria alle idee universali, descrive solamente l’individuale, desidera solo l’unico. Non classifica; declassifica. […].
Ed è da questo sentimento dell’individuale, rintracciabile nelle crepe della storia o della cronaca, che comincia a delinearsi, sin dagli anni sessanta, l’opera narrativa di Juan Rodolfo Wilcock, dal momento che proprio nelle notizie di cronaca possono annidarsi, ben al di là delle apparenze, paradossi e illogicità, che rivelano la “mostruosa” contingenza del quotidiano. Roland Barthes, non a caso, fa del fait divers un genere narrativo.