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Relatamos aqui uma pesquisa de campo prospectiva que objetivou mapear atores, acoes e relacoes sociais que configuram a Economia Solidaria da Zona Sul da cidade de Sao Paulo. Para isso, conduzimos treze oficinas de Mapeamento... more
Relatamos aqui uma pesquisa de campo prospectiva que objetivou mapear atores, acoes e relacoes sociais que configuram a Economia Solidaria da Zona Sul da cidade de Sao Paulo. Para isso, conduzimos treze oficinas de Mapeamento Participativo nas quais os participantes localizaram no mapa da regiao 150 atores sociais, incluindo coletivos informais, associacoes civis, cooperativas e entes estatais. A metodologia de Analise de Redes Sociais possibilitou identificar, entre os atores sociais, a presenca de mais de 200 conexoes e vinte conectores sociais que atuam como protagonistas territoriais, promovendo relacoes solidarias e desenvolvendo acoes publicas nas areas da cultura, educacao, saude, seguranca alimentar, assistencia social e gestao de residuos urbanos. Realizamos por fim uma interpretacao coletiva dos mapas e diagramas que permitiu compreender como pessoas e associacoes civis criam redes de relacoes solidarias, organizam acoes coletivas com carater social e economico e, finalmente, como algumas praticas sociais sao propagadas pelo territorio.
Partindo da aproximação da Psicologia Social com o campo dos estudos urbanos, essa pesquisa buscou compreender a dimensão subjetiva de um processo de remoção urbana na Zona Leste de São Paulo. Essa ação envolveu o reassentamento de cerca... more
Partindo da aproximação da Psicologia Social com o campo dos estudos urbanos, essa pesquisa buscou compreender a dimensão subjetiva de um processo de remoção urbana na Zona Leste de São Paulo. Essa ação envolveu o reassentamento de cerca de 900 famílias que viviam às margens do rio Aricanduva, sob o pretexto de retirá-las de uma área com riscos causados por enchentes. A partir de uma pesquisa-ação participante que envolveu trabalho de campo, constatou-se que o processo de remoção, mesmo extinguindo os danos de alagamentos, criou outras fontes de risco, como questões de subsistência e de permanência no novo conjunto habitacional. A condução do projeto não envolveu a participação efetiva da comunidade do Tabor em sua formulação e implementação e, ao não considerar elementos da realidade social do território e de seus moradores, promoveu rupturas e gerou formas de desgaste e sofrimento.
O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de... more
O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de trabalho precário, promove implicações à saúde e à subjetividade de trabalhadores que têm que lidar com diversos riscos frente à manutenção da vida. Com objetivo de discutir modos pelos quais trabalhadores enfrentam este processo, apresentamos casos que expressam formas coletivas de resistências. A metanálise evidenciou que segmentos pobres da população constroem relações de trabalho e de vida social baseadas na cooperação, ajuda mútua e vínculos comunitários, que representam formas de resistência à precarização do trabalho. Embora cada caso tenha origens, propósitos e alcances distintos, a solidariedade neles presente evidencia a possibilidade de construção de relações sociais capazes de produzir e sustentar outras economias e subjetividades, a depen...
O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de... more
O artigo apoia-se em quatro investigações empíricas realizadas no marco teórico da Psicologia Social do Trabalho. No Brasil, a desigualdade antiga e persistente, somada à substituição de postos de trabalho regulados por novas formas de trabalho precário, promove implicações à saúde e à subjetividade de trabalhadores que têm que lidar com diversos riscos frente à manutenção da vida. Com objetivo de discutir modos pelos quais trabalhadores enfrentam este processo, apresentamos casos que expressam formas coletivas de resistências. A metanálise evidenciou que segmentos pobres da população constroem relações de trabalho e de vida social baseadas na cooperação, ajuda mútua e vínculos comunitários, que representam formas de resistência à precarização do trabalho. Embora cada caso tenha origens, propósitos e alcances distintos, a solidariedade neles presente evidencia a possibilidade de construção de relações sociais capazes de produzir e sustentar outras economias e subjetividades, a depen...
(pt) Este artigo recorda a experiência dos autores como membros de uma cooperativa de trabalho com objetivo de contribuir para a reflexão sobre aspectos das interações solidárias neste contexto. Realizamos um exame retrospectivo por meio... more
(pt) Este artigo recorda a experiência dos autores como membros de uma cooperativa de trabalho com objetivo de contribuir para a reflexão sobre aspectos das interações solidárias neste contexto. Realizamos um exame retrospectivo por meio do diálogo entre as memórias do fenômeno da autogestão por quem o viveu cotidianamente. A análise das lembranças mais significativas da participação nas atividades da Verso Cooperativa amparou a reflexão sobre a experiência de solidariedade nas relações de trabalho. Conforme discutiremos, as interações solidárias tornam-se solo fértil para o incremento da criatividade nas experiências de trabalho pois aproximam os espaços de trabalho e o das experiências comunitárias dentro e fora do espaço laboral. Este texto também vale, em alguma medida, como uma contribuição para pesquisas sobre a história da Economia Solidária no Brasil, na perspectiva de seus participantes.
(es) Este artículo recuerda la experiencia de los autores como miembros de una cooperativa de trabajo con el objetivo de contribuir a la reflexión sobre aspectos de las interacciones solidarias en este contexto. Realizamos un examen retrospectivo a través del diálogo entre las memorias del fenómeno de la autogestión por parte de quienes lo vivieron a diario. El análisis de los recuerdos más significativos de participación en las actividades de Verso Cooperativa apoyó la reflexión sobre la experiencia de solidaridad en las relaciones laborales. Como discutiremos, las interacciones solidarias se convierten en un terreno fértil para aumentar la creatividad en las experiencias laborales ya que reúnen espacios de trabajo y experiencias comunitarias dentro y fuera del lugar de trabajo. Este texto también es válido, en cierta medida, como un aporte para la investigación sobre la historia de la Economía Solidaria en Brasil, desde la perspectiva de sus participantes.
(en) This article recalls the experience of the authors as members of a work cooperative aiming to contribute to the reflection on aspects of solidarity interactions in this context. We conducted a retrospective examination through the dialog between the memories of the phenomenon of self-management by those who lived it daily. The analysis of the most significant memories of participation in Verso Cooperativa activities supported the reflection on the experience of solidarity in labor relations. As we'll discuss, solidary interactions become fertile ground for increasing creativity in work experiences as they bring work spaces closer to those of community experiences inside and outside the workplace. This text is also valid, to some extent, as a
contribution to research on the history of the Solidarity Economy in Brazil, from the perspective of its participants.
Relatamos aqui uma pesquisa de campo prospectiva que objetivou mapear atores, ações e relações sociais que configuram a Economia Solidária da Zona Sul da cidade de São Paulo. Para isso, conduzimos treze oficinas de Mapeamento... more
Relatamos aqui uma pesquisa de campo prospectiva que objetivou mapear atores, ações e relações sociais que configuram a Economia Solidária da Zona Sul da cidade de São Paulo. Para isso, conduzimos treze oficinas de Mapeamento Participativo nas quais os participantes localizaram no mapa da região 150 atores sociais, incluindo coletivos informais, associações civis, cooperativas e entes estatais. A metodologia de Análise de Redes Sociais possibilitou identificar, entre os atores sociais, a presença de mais de 200 conexões e vinte conectores sociais que atuam como protagonistas territoriais, promovendo relações solidárias e desenvolvendo ações públicas nas áreas da cultura, educação, saúde, segurança alimentar, assistência social e gestão de resíduos urbanos. Realizamos por fim uma interpretação coletiva dos mapas e diagramas que permitiu compreender como pessoas e associações civis criam redes de relações solidárias, organizam ações coletivas com caráter social e econômico e, finalmente, como algumas práticas sociais são propagadas pelo território. / We reported here a field research that aimed to map actors and social relations that characterize the solidarity Economy of the South Zone of the city of São Paulo. We conducted thirteen Participative Mapping workshops in which participants located 150 social actors on the map of the region, including informal collectives, civil associations and state entities. Te methodology of Social Network Analysis made it possible to identify, among social actors, the presence of more than 200 connections and twenty social connectors who act as territorial protagonists, promoting solidary relations and developing public actions in the areas of culture, education, health, food security, social assistance and urban waste management. Finally, we carried out a collective interpretation of maps and diagrams that demonstrate how people and civil associations create networks of solidarity relations, organize collective actions with a social and economic character, and finally, how some social practices are propagated throughout the territory.
Poucos reúnem grandeza intelectual, humildade genuína e uma profunda coerência entre o que escreve e pratica, como ele. Paul Singer não apenas refletiu sobre as violências do mundo do trabalho, como se dedicou a fazê-lo junto de... more
Poucos reúnem grandeza intelectual, humildade genuína e uma profunda coerência entre o que escreve e pratica, como ele. Paul Singer não apenas refletiu sobre as violências do mundo do trabalho, como se dedicou a fazê-lo junto de trabalhadores, ombro a ombro, anos a fio. Ao seu estilo, como um igual, dando o mesmo valor a cada fala e pessoa. Nesse processo, ajudou a construir um dos mais bonitos movimentos de resistência brasileiros, um projeto de emancipação com vistas a enfrentar essas violências, a Economia Solidária. A entrevista foi realizada para o projeto “Vozes da Economia Solidária: narrativas de resistência no mundo do trabalho”, que teve por objetivos compreender as origens da Economia Solidária brasileira a partir da perspectiva de seus pioneiros/as. Nela, Paul Singer rememora a migração para o Brasil, a juventude na São Paulo do pós-guerra - período de sua participação no movimento sionista - quando surgiram a inspiração para o trabalho como professor e a decisão de ficar e lutar pelo socialismo no Brasil.  Logo, ele fala sobre sua relação com o movimento sindical, vivida como operário, e de sua participação na icônica Greve dos 300 mil, cuja comissão de salários compôs, experiência que representou uma das fontes de seu interesse pela economia. De seu percurso militante, ele destaca ainda a aproximação com os socialistas cristãos e com os fenômenos que mais tarde viria a nomear de Economia Solidária que, para ele, deve ser entendida como um fenômeno indissociável da luta de classes.
Research Interests:
... 6 Discursando na solenidade comemorativa do 82º Dia Internacional do Cooperativismo (6 de julho de 2004), o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou: “nós haveremos de ... Participavam do grupo Daniela Fernandez,... more
... 6 Discursando na solenidade comemorativa do 82º Dia Internacional do Cooperativismo (6 de julho de 2004), o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou: “nós haveremos de ... Participavam do grupo Daniela Fernandez, Alcione Silva, Cris Andrada e eu. ...
... No trabalho de campo foi realizada observação etnográfica do cotidiano de trabalho na cooperativa, bem como realizadas entrevistas com seis cooperados. Os resultados apresentam: a cooperativa, o histórico da cooperativa ...
... 6 Discursando na solenidade comemorativa do 82º Dia Internacional do Cooperativismo (6 de julho de 2004), o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou: “nós haveremos de ... Participavam do grupo Daniela Fernandez,... more
... 6 Discursando na solenidade comemorativa do 82º Dia Internacional do Cooperativismo (6 de julho de 2004), o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou: “nós haveremos de ... Participavam do grupo Daniela Fernandez, Alcione Silva, Cris Andrada e eu. ...
... No trabalho de campo foi realizada observação etnográfica do cotidiano de trabalho na cooperativa, bem como realizadas entrevistas com seis cooperados. Os resultados apresentam: a cooperativa, o histórico da cooperativa ...
Workers recovered from bankruptcy a metallurgic industry and constituted a self-managed industrial cooperative. Their peculiar way of coordinating the productive and commercial activities resulted in increased productivity, participation... more
Workers recovered from bankruptcy a metallurgic industry and constituted a self-managed industrial cooperative. Their peculiar way of coordinating the productive and commercial activities resulted in increased productivity, participation and employee satisfaction. Had they developed their own form of self-management in labor and production? This article presents a study that combines periods of interaction with co-workers during their work activities with the realization of semi-structured interviews. The investigation revealed a daily work routine marked by freedom and concern. We found that, supported by freedom, workers circulate in the factory, talk during work and modify the production process. Freedom, therefore, leads to flexibility, mobility, learning, communication and improvement of production processes. On the other hand, while dealing with the production, cooperative’s members also get concerned about the viability of the cooperative. Concern generates responsibility, mutual monitoring and conflicts among members. Together, freedom and concern enabled the combined increase of productivity, worker participation and their satisfaction. The conclusion of this study is that this way of working, free and concerned, characterizes their own mode of self-management of production and work.
Research Interests:
This article presents the perspective of social psychology of work (SPW) and offers a relationship it establishes between research and intervention. We appreciate, from our viewpoint, that the SPW stems from the responses to the... more
This article presents the perspective of social psychology of work (SPW) and offers a relationship it establishes between research and intervention. We appreciate, from our viewpoint, that the SPW stems from the responses to the socio-economic problems faced by workers. In the Brazilian case, it evolves a critical social psychology and grows especially by means of two areas, the Occupational Health and the Solidary Economy. While entering into public debates and addressing socially relevant problems, research in SPW often takes the shape of intervention, and vice versa. Thus, there is a dynamic and unpredictable relationship between research and intervention in the field where social demands emerge.
Research Interests:
Workers recovered from bankruptcy a metallurgic industry and constituted a self-managed industrial cooperative. Their peculiar way of coordinating the productive and commercial activities resulted in increased productivity, participation... more
Workers recovered from bankruptcy a metallurgic industry and constituted a self-managed industrial cooperative. Their peculiar way of coordinating the productive and commercial activities resulted in increased productivity, participation
and employee satisfaction. Had they developed their own form of self-management in labor and production? This article presents a study that combines periods of interaction with co-workers during their work activities with the realization of semistructured interviews. The investigation revealed a daily work routine marked by freedom and concern. We found that, supported by freedom, workers
circulate in the factory, talk during work and modify the production process. Freedom, therefore, leads to fl exibility, mobility, learning, communication and improvement of production processes. On the other hand, while dealing with the production, cooperative’s members also get concerned about the viability of the cooperative. Concern generates
responsibility, mutual monitoring and conflicts among members. Together, freedom and concernenabled the combined increase of productivity, worker participation and their satisfaction. The conclusion of this study is that this way of working, free and concerned, characterizes their own mode of self-management of production and work.
Research Interests:
Este estudo de caso analisou a formação da identidade de cooperado entre trabalhadores de uma fábrica recuperada. Foi realizado por meio de conversas no cotidiano de trabalho e de entrevistas, quando os trabalhadores se referiram à... more
Este estudo de caso analisou a formação da identidade de cooperado entre trabalhadores de uma fábrica recuperada. Foi realizado por meio de conversas no cotidiano de trabalho e de entrevistas, quando os trabalhadores se referiram à cooperativa e às suas histórias de vidas de trabalho. Demonstra que, na constituição da cooperativa, os líderes do grupo construíram uma identidade prototípica que opera como uma expectativa social sobre o modo de atuação dos cooperados. A assunção pessoal dessa identidade depende da possibilidade de sua performance pelo trabalhador, que é dificultada pelas limitações em controlar e modificar seu próprio trabalho. Isso resulta numa identidade simultaneamente induzida pela liderança e interrompida pelo processo de trabalho, ou seja, em crise.
Research Interests:
Este estudo de caso investigou como cooperados de uma cooperativa industrial negociam interesses e constroem entendimentos no cotidiano da autogestão de sua cooperativa. Com este objeto, conduzimos uma observação etnográfica do dia a dia... more
Este estudo de caso investigou como cooperados de uma cooperativa industrial negociam interesses e constroem
entendimentos no cotidiano da autogestão de sua cooperativa. Com este objeto, conduzimos uma observação
etnográfica do dia a dia de trabalho dos cooperados, o que incluiu longas conversas ao lado das máquinas, bem como
seis entrevistas semiestruturadas. Obtivemos que os cooperados formularam ao menos três importantes regras tácitas
sobre o funcionamento coletivo na cooperativa: “todos são iguais”; “todos são responsáveis”; e “todos estão no
mesmo barco”. Os cooperados utilizam tais regras para manter a simetria de poder na cooperativa, para cobrar
atitudes uns dos outros e para manter a coesão do grupo. Cada regra corresponde a uma característica psicossocial
desses cooperados: eles se preocupam com a cooperativa; eles controlam os demais cooperados; e eles se sentem
parte da cooperativa. Concluímos que os cooperados alternam, simbolicamente, posições e interesses: ora se
posicionam como “sócios favoráveis à cooperativa”, ora como “trabalhadores em prol dos cooperados” e ora como
“pessoas em busca de uma vida melhor”.
Research Interests:
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