Rute Rosas

Catálogo de exposição realizada no Palácio das Artes- Fábrica de talentos, com trabalhos provenienets das várias áreas tecnológicas da FBAUP,: vidro, cerâmica, fotografia e gessos. Organização conjunta Faculdade de Belas Artes da Universidade do Portoe Fundação da Juventud

Pyrosequencing of the bacterial community associated with a cosmopolitan marine diatom during enrichment with crude oil revealed several Arenibacter phylotypes, of which one (OTU-202) had become significantly enriched by the oil. Since members of the genus Arenibacter have not been previously shown to degrade hydrocarbons, we attempted to isolate a representative strain of this genus in order to directly investigate its hydrocarbon-degrading potential. Based on 16S rRNA sequencing, one isolate (designated strain TG409 T ) exhibited >99% sequence identity to three type strains of this genus. On the basis of phenotypic and genotypic characteristics, strain TG409 T represents a novel species in the genus Arenibacter , for which the name Arenibacter algicola sp. nov. is proposed. We reveal for the first time that polycyclic aromatic hydrocarbon (PAH) degradation is a shared phenotype among members of this genus, indicating that it could be used as a taxonomic marker for this genus. K...

Page 1. Page 2. A Percepção Somatossensorial da Obra de Arte Pressupostos de um Projecto Artístico Rute Ribeiro Rosas Dissertação de Mestrado em Arte Multimédia Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto Maio 2002 Page 3. Agradecimentos ...

Rute Rosas, 2019 Como breve enquadramento tomo o termo Ação Privada e o texto que escrevi entre 2018 e 2019: Ação Privada e Experiência do Corpo Multissensorial: Motivações e anúncio da designação e significação nas Artes Plásticas. 1 À luz do conceito de Ação Privada e do Projeto Radionómada de Rodrigo Paglieri, do qual que tive conhecimento e comecei a acompanhar quando o artista visitou a cidade do Porto 2. Motivada pelas conversas que tive com o artista sobre o seu percurso artístico, investigações e o interesse artístico e académico que este projeto apresentava resolvi conceber e programar, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) e com o Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da FBAUP (I2ADS), duas iniciativas: Apresentação do Projeto após o início da caminhada radio-mapa, na Livraria do I2ADS/FBAUP 3 e que permitiu o acompanhamento do projeto, em direto, através da pagina web que o artista criou-www.radionomade.art-e a Masterclass 5 leituras sobre o Projeto Radionómada: uma viagem, uma caminhada em rádio-mapa com Rodrigo Paglieri que aconteceu em 28 de Maio de 2019, na Aula Magna da FBAUP 4. Imagens da a Masterclass 5 leituras sobre o Projeto Radionómada: uma viagem, uma caminhada em rádio-mapa com Rodrigo Paglieri A escolha deste projeto em concreto para a escrita deste ensaio, prende-se diretamente com as relações que este estabelece com o conceito de Ação Privada, mas também com o Corpo Multissensorial, e a possibilidade que tive 1 ROSAS, Rute, 2019. Disponível em http://www.ruterosas.com/pt/textos/ 2 Rodrigo Paglieri não conhecia o Porto. Acompanhei a sua visita, pela primeira vez, em janeiro de 2019, procurando dar-lhe a conhecer a cidade e responder às questões politicas, culturais e sociais, que me ia colocando sobre Portugal e as regiões do Norte de Portugal, mais concretamente.

Não seria previsível que na Era da Comunicação, numa sociedade que se apresenta como transparente, se chegasse a uma tal solidão,
desconforto e marginalização. Não estamos cada vez mais próximos, mas sim cada vez mais distantes, em culturas menos comunicantes, com desigualdades sociais cada vez maiores. Não é preciso distanciar-mo-nos para outro continente. Existem aqueles que estão próximos de nós geograficamente mas que por não terem acesso aos novos meios vivem num fosso de distância nunca tão marcadamente evidente. São nomeadamente as diferenças entre os informados, os desinformados, os mal-informados, os ricos e os pobres. Os factores económicos nunca foram tão decisivos para a diferenciação entre os homens e são eles o motor da nossa vida, hoje mais do que nunca. Mas é a nossa capacidade única de possuir consciência, criatividade, emoção e senso comum que pode alterar as previsões mais catastróficas: o fim da humanidade.
Na arte e, concretamente, nas obras de artes plásticas sinto que, como no quotidiano, por vezes, embora acompanhados pelas obras, estamos sós. Será porque, como reflexo do que vivemos e como disse Samuel Beckett: «A arte tende, não para a expansão, mas para a contracção»?
O texto que escrevi procura incitar à atenção, à acção e à expansão, quanto mais não seja porque somos seres humanos.
Considerando que a arte pode ser um veículo para a promoção de uma cultura da sensibilidade, a relação intrínseca que a arte tem com a vida implicará um conhecimento profundo de nós próprios e dos outros, impulsionando o artista à construção de obras de arte somatossensoriais, estabelecendo relações de reciprocidade entre o autor, a obra e os fruidores-participantes, num processo comunicante activo, de envolvimento total, motivando a presença da arte na vida e da vida na arte - capítulo 4. Em torno de um Projecto Artístico. Se, por vezes, esta ideia aparece relacionada, hoje, com o anúncio da possibilidade de abdicar da obra de arte no que respeita à sua apresentação enquanto objecto e a outros modos de representação, assunto tratado no capítulo 2. A Indústria do Corpo e a Proposta Multissensorial e no capítulo 4. Em torno de um Projecto Artístico, parece tornar-se necessário repensar a nossa condição e confrontarmo-nos com algumas das nossas mais valiosas capacidades - criação, imaginação e senso comum - partes que constituem um todo no ser humano: somos os principais responsáveis, como explicou Gregory Bateson, pela forma como conduzimos a nossa civilização e, portanto, aquilo que nós edificarmos terá como resultado aquilo que vamos ter e, consequentemente, ser.
Assim, o desafio proposto passará por «continuara sonhar sabendo que se sonha» (NIETZCSHE, 1874) através de uma maior atenção e consciência relativamente àquilo que está dentro e fora de nós, apresentado, por vezes, de forma invisível, no sistema de que todos fazemos parte.

Pela necessidade do recurso à linguagem escrita como ferramenta universalmente traduzível - associada à necessidade de uma articulação entre o que se entende por linguagem, discurso, narratividade, denotativo e conotativo - definem-se critérios metodológicos que estabelecem ligações com o meu pensar e agir artisticamente. A escrita epistol@r ou de c@rtas evidencia - foi estruturante e estruturadora - todo o processo/ação. Trata-se do elemento impulsionador ou a Alma de um Corpo e que justifica quer a importância da Partilha com Outro num grau de exclusividade, como a consequente Autocensura - uma escrita performativa privada.
Em Processos de Criação que implicam uma relação umbilical Arte/Vida, Corpo/Mente, Espaço/Tempo – no seu sentido vivencial – e, consequentemente da Autorrepresentação e/ou da Autobiografia, a Autocensura enquanto agente poético assume-se como:
- A legítima proteção entre o que é privado e o que se torna público;
- O não-dizível pelos limites da linguagem;
- O feliz “impedimento” da consciencialização do inconsciente, mesmo quando existe um profundo autoconhecimento.
Considerando que as Obras de Arte são expressões formalizadas plasticamente - pensamentos que dão origem a ações que, pela sua autonomia e capacidade comunicante, sentem-se, ativam sensações, podendo estimular a sinestesia – cada um as sentirá de acordo com a sua experiência vivencial e a sua predisposição, pelo que os criadores serão aqueles cuja vida se centra atentamente na expressão do sentir através de processos e materializações distintas.
Numa combinação entre o já vivido e o que se está a viver (que nesta altura já se viveu – pertence ao passado pela efemeridade do momento) procuram-se expor processos de criar, criativamente, recorrendo à Memória e Recordação através do Impulso da Imaginação Criadora, conscientes da nossa capacidade de recriar o que naturalmente implica uma estrutura não-narrativa e inconclusiva.

porque é que precisa de ser seduzido?
¿para integrar me a la sociedad?
porque ainda nos é desconhecido?
¿por falta de cultura o por desconocimiento científico?
porque não sabemos falar sobre ele/a ou com ela/e?
¿porqué no lo hemos experimentado nunca o por el materialismo social?
porquê?
¿porque necesitamos una proyección emocional?

This Thesis/Work of Art named A Autocensura como Agente Poético Processual da Criação Escultórica - Projectos, Processos e Práticas Artísticas (Self-censorship as a Processual Poetic Agent in Sculpture Creation – Artistic Projects, Processes and Practices) is based on the assumption that artistic truths are Works of Art. Therefore it is important to distinguish truth from reality and veracity.
Given the need to resort to written language – a universally translatable instrument – we have defined methodological criteria which are somehow connected to my artistic way of thinking and acting, through an epistol@ry system. Thus, we felt the need to articulate what is commonly understood as language, discourse, narrative, denotative and connotative character.
In general Fine Arts, and particularly in Sculpture – the area of knowledge of this Thesis/Work of Art – we consider that there is no such thing as a universal language. We do not question the existence of principles or guidelines, codes, or even approaches to grammar, but we especially favour intuition and experience and also the relevance of making use of the most diverse matters, of every language, code or grammar – hence the designation of plasticity, a synonym of malleability. So it is more correct to use Plastic Expression than Plastic Language (not to mention that in our opinion the expression Visual Arts is quite restrictive and only represents the passive acceptance of a foreign term).
We also question the possibility of putting Sculpture in spoken or written words, which is quite different of speaking or writing about Sculpture; this affects teaching in Art, since it will be different to be a student in Art or of Art.
For the above reasons, and because the Creative Processes presented in this Thesis/Work imply an umbilical connection between Art and Life and consequently between body and mind – space and time, Self-Censorship as a poetic agent is taken as:
- A legitimate protection between what is private and what becomes public;
- The unspeakable by the limits of language;
- The happy ‘impediment’ of the awareness of the unconscious, even when there is a deep self-knowledge.
C@rd*-writing or epistol@ry writing – as structuring as it is – clearly shows all the process/action of this thesis/work; this action is determined by the exchange of mail
22
between myself and my supervisor that, though limited in time, has been kept going until today.
This correspondence has been the prompting element or Soul of this Document body/artist edition and the justification for both the importance of exclusively Sharing with Another person, and the resulting Self-censorship I have performed during all the re-readings done along the past years. Re-reading these documents also prompted the introduction of new elements of information, both by re-censoring and by withdrawing previous censorial trials, in a private performative writing that resulted from all the decisions of this un-ended life path.
Therefore, Works of Art are formal plastic expressions – or thoughts that turn into actions – which, by their autonomy and communicating ability are felt, can activate sensations and potentially stimulate synaesthesia and, after the Socialisation and contact with Others, become Artistic Practices.
Each one will feel them according to their own education, their culture and, therefore, their living experience and their predisposition; creators will be those whose life is closely centred on the expression of feeling through different processes and materializations.
Consequently, it is within a combination between what we have already lived and what is being lived (and which already belongs to the past, due to the ephemeral quality of every moment) that we try to expose creation processes, in a creative manner, resorting to Memory and to Recollection, through the Impulse of Creative Imagination, while being aware of our capacity to recreate – whether or not in a mimetic way – which naturally implies a non-narrative and inconclusive structure.
Last but not least, the complementary character of Artistic Creation and Teaching Practice becomes evident not only on the examples that are presented but also in the way classes are taught – using strategies and guidelines that are based on sharing and Community Dialogue – in which the students are the main witnesses, and that took place during approximately 70% of the total period that ran from the enrolment to the handing in of this Doctorate thesis/work.
* Note: In Portuguese as in other languages, the word ‘card’ can have several meanings, i.e. game card or, as in this case, a written text addressed to someone, an epistle.