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V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 Museu Virtual da Infância: constelações de culturas infantis Ana Beatriz Bahia1 Universidade Federal de Santa Catarina Museu da Infância (Universidade do Extremo Sul Catarinense) Palavras-chave: Museu virtual, infância, banco de dados A noção de museu como depósito de objetos estranhos às novas gerações não condiz com o campo museal atual. Isso fica evidente quando nos museus que têm a criança como público privilegiado, ou naqueles que tomam a infância como tema norteador. É este o caso do Museu da Infância2, que objetiva coletar, documentar, preservar e disseminar a produção científica e artístico-cultural da, sobre e para a infância3 e, dessa forma, fornecer subsídios para os processos e as pesquisas que abordam ou tangenciam a infância. O Museu da Infância nasceu em 2005, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e ao Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Educação Estética4 (GEDEST). Foi proposto como projeto de extensão, sendo coordenado por Celdon Fritzen, juntamente com Maria Isabel Leite e Gladir Cabral, e contando com a colaboração de alunos de graduação e de pós-graduação, além de pesquisadores convidados externos à UNESC, como é o meu caso. O Museu realiza exposições, oficinas com grupos de escolares e ciclos de debate abertos à comunidade intra e extra-universitária. Ainda, em parceria ao Núcleo de Arte Educação do Museu de Arte de Santa Catarina e com o Centro de Educação da UFSC, promove mensalmente, em Florianópolis, desde maio de 2006, o ciclo Museu, Educação e Cultura em debate. Isso por entender que um museu se consolida como instituição de pesquisa e de educação, nem tanto pelo tipo e quantidade de dados de seu 1 Ana Beatriz Bahia é graduada em Artes Plásticas (UDESC), doutoranda em Educação (UFSC), fundadora do estúdio de criação digital Casthalia (http://www.casthalia.com.br) e pesquisadora convidada do projeto Museu da Infância. 2 http://www.museudainfancia.unesc.net 3 Entendendo por produção da infância os desenhos, pinturas, esculturas, partituras, trabalhos escolares e demais bens culturais realizados por crianças; produção sobre a infância, a científica e artístico-cultural, cujo eixo central é a diversidade de enfoques sobre a criança; produção para infância, artístico-cultural destinada ao público infantil, como jogos, brinquedos, músicas, literatura, filmes, entre outros. 4 http://www.gedest.unesc.net V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 acervo, mas pela qualidade da comunicação que estabelece com seus públicos e pelos efeitos daí decorrentes. Figura 1: Acervo sobre a infância, home-page do Museu da Infância V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 Figura 2: página Links da home-page do Museu da Infância Também em 2006 a equipe do Museu da Infância resolveu estendê-lo ao Ciberespaço5 em dois momentos: primeiro, elaborando a home-page para veiculação de resenhas (ver figura 1) e indicações de web-sites pertinentes ao tema (ver figura 2); segundo, implementando um museu virtual, propriamente dito. No presente artigo situo o Museu Virtual da Infância, os conceitos nos quais ele está sendo fundamentado e a estrutura elaborada na primeira etapa de desenvolvimento, do banco de dados, que será finalizada em 2008. Da Infância: Os estudos de Philippe Ariés (1981) nos mostraram o quão gradual e parcial foi o processo de reconhecimento dos signos da infância até o século XIX: do olhar reticente à criança no início da Idade Moderna à idealização desta no ideário romântico. O oitocentos culminou com o isolamento da criança, ora introduzida num regime educacional disciplinar de internato, onde deveria permanecer até ser avaliada como preparada para adentrar o mundo (dos adultos); ora mantida em ambiente protegido das mazelas da vida em sociedade e que favorecesse um tipo de aprendizagem não violentadora de sua “natureza” - como intentou fazer preceptor de Emílio6. Por mais distintas que sejam essas duas abordagens educacionais, em ambas a criança era mantida afastada do “mundo dos adultos”. Ou seja, a medieval indiferença à infância foi transformada em uma muralha que separava a vida da criança da adulta, assim como, as relações privadas (construída ao redor da criança) e das públicas (das quais a criança era excluída). Tal muralha foi criticada durante o século XX, em especial, a partir das reflexões tecidas por Walter Benjamin (1984). As brincadeiras e demais produções culturais vivenciadas pelas crianças mostram-se mais do que expressão de um modo de vida autônomo e especial, mas como “um mudo diálogo simbólico entre ela [a criança] 5 Ciberespaço foi definido por Lúcia Leão (2004) como as redes de computadores interligadas, incluindo os programas, dados, informações, pessoas, grupos e instituições que participam dessa interconectividade, ou seja, o espaço (virtual, social, informacional, cultural e comunitário) que emerge da tecnologia de rede, que por sua vez está implicado em uma concepção de espaço sem territórios e distâncias prefixados. Por incluir a dimensão sócio-cultural da tecnologia de rede, o Ciberespaço está implicado na Cibercultura. Esta, por sua vez, não se configura como uma cultura global, ao contrário, é composta como um mosaico de culturas (das pequenas às mega) que co-existem no Ciberespaço em intenso processo de hibridação, inter-relação, sem que isso acarrete a pasteurização das mesmas. 6 Faz-se referência ao jovem personagem da obra de Jean J. Rousseau, Emílio. V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 e o povo [cidadão adulto]” (Ibidem, pág. 70). Desde daí, deixou-se de encarar a criança como expressão da pura natureza humana, para entendê-la como sujeito que possui modos singulares de vivenciar e significar o mundo, de se apropriar e produzir cultura. Sujeito de contextos espaço-temporais múltiplos e implicados no cotidiano adulto. Passar do diálogo mudo à voz ecoante, extrapolar o contexto privado para os espaços públicos, ultrapassar o processo de reconhecimento dos signos da infância rumo à promoção de uma comunicação efetiva entre crianças e adultos, são alguns dos intuitos que norteiam as ações do Museu da Infância. Mais do que colecionar de desenhos, brinquedos, livros, filmes e tudo mais relacionado à criança, o Museu da Infância visa promover a produção de novos enunciados científicos e artístico-culturais da, sobre e para a criança. Por isso vem desenvolvendo um projeto de museu virtual com múltiplas faces, a fim de mostrar-se amigável tanto ao adulto e à criança, ao pesquisador a ao curioso. Museu Virtual: Os museus começaram a povoar a Web nos anos 90, com home-pages que traziam informações acerca das ações presenciais da instituição. Logo vieram as simulações do museu-prédio, feitas com programas gráficos 3D, nas quais o internauta descolava-se pelas salas expositivas do museu tendo a planta-baixa como navegador. Essa transcrição direta do espaço arquitetônico do museu para o meio digital não satisfez aqueles que defendem que um museu virtual não se realiza pela mera digitalização e veiculação do acervo na Web. Faz-se necessário reinventar os modos do museu operar, tendo em vista as especificidades do novo ambiente no qual vai atuar; buscar novas formas de abordar as informações que resguarda e de realizar seus objetivos institucionais. É pertinente pensar os museus virtuais como uma forma realização da ação museal? O termo virtual é utilizado no cotidiano para qualificar aquilo não faz parte da vida “real” e, por isso, não pertence ao mundo palpável. No entanto, na definição filosófica do termo, o virtual é real. Tal idéia foi abordada por Gilles Deleuze e Félix Guattari (1997) e Pierre Lévy (1996) e remonta à definição de potência de Aristóteles7: 7 Segundo o dicionário de filosofia de N. Abbagnano, virtual equivale a Potência, definida por Aristóteles nos livros Terceiro (parte VI), Quinto (parte XII) e Nono da Metafísica. É apresentada em oposição ao V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 a realidade é composta tanto pelo o que possui forma, que está colocado em ato, quanto por aquilo que está em potência, que é virtual. Apesar de intangível, o virtual não é distante do mundo atual. É o informe que está prestes a tomar forma, a realizar-se enquanto ato: como a árvore que está em potência na semente, ou o fogo, no palito de fósforo. O processo de efetivação da forma nunca é mecânico, como a forma da árvore, que resulta tanto das informações contidas na semente quanto do ambiente no qual ela cresceu. As interferências de outras formas, que repercutem em processos de seleção natural e artificial, trazem modificações na própria semente, na virtualidade-árvore. Logo, o virtual e o atual não são dimensões estanques e isoladas, ao contrário, o que seria da árvore sem a semente? Ou, tomando outro exemplo, o que seria de um conceito (virtual) sem o enunciado filosófico (atual)? O enunciado nunca esgota a potência do conceito, mas garante que ele siga existindo, que seja re-pensado e re-enunciado por outros filósofos. Ou seja, é necessário encarar o virtual, não apenas como real, mas como algo indissociável do atual, que existe em co-operação com este: do virtual ebuli a forma que o retroalimenta. O que motiva o uso do termo virtual para designar os sites de museus recheados de recursos tecnológicos? Segundo Lévy, alçamos o virtual toda vez que problematizamos aquilo que conhecemos em ato, duvidamos das certezas que temos. Logo, a virtualização de um museu não se dá apenas pela digitalização de seu acervo e criação de interfaces gráficas, mas, antes, relendo de seus objetivos institucionais para além das estratégias até então utilizadas e criação de ações propícias ao Ciberespaço. Isso começa quando refletimos sobre a relatividade das estratégias sedimentadas com os museus oitocentistas, que sequer nos damos conta o quão implicadas estão com a dinâmica da vida em cidade, com o espaço arquitetônico que contém seu acervo, ou com a incumbência institucional de preservar a materialidade dos objetos. O museu virtual pode ter objetivos comuns aos do museu-prédio, mas deve possuir projetos específicos, que sequer são secundários em relação aos presenciais. A comunicação ali estabelecida não deve ser entendida como solução paliativa para aqueles que não podem ir ao prédio. Trata-se de uma forma adicional do museu atuar, oferecendo ao visitante novas formas de apropriação e construção de ato, que por sua vez define-se pela realidade realizada ou que está se realizando. Diferente do que faz Deleuze e Lévy, Aristóteles aproxima o uso dos termos potência e possibilidade em sua definição. Para Deleuze uma possibilidade é aquilo que está plasmado na arte, por exemplo; já a potência é da ordem do acontecimento, é imanência, pura reserva. V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 conhecimento, muitas delas inviáveis de serem realizadas no museu presencial. Nem mesmo as dificuldades de ação que um museu virtual enfrentará têm correspondência com as conhecidas no museu-prédio: na Internet não temos horário de funcionamento; podemos nos dirigir a pessoas de todos os cantos do mundo; um visitante pode estar em dois ou mais museus virtuais ao mesmo tempo, estabelecendo cruzamentos de dados e de abordagens museológicas em múltiplas janelas de seu programa de navegação pela Web; o número de visitantes que pode receber simultaneamente uma informação é exponencialmente maior do que o vivido no prédio. É claro que devemos lembrar que ainda é pequena porcentagem da população mundial que têm acesso à internet8, mesmo assim é fato que as ações do Museu Virtual da Infância, por exemplo, atingirão um público mais diverso e numeroso do que aquele que participa das ações presenciais do Museu da Infância. É um equívoco crer que o advento de museus virtuais represente perigo à existência dos museus presenciais, pois as ações museais ali realizadas não substituem e nem são secundárias as do museu-prédio, mas suplementares. Considerando trais questões, está claro que a criação de um museu virtual não depende apenas de recursos tecnológicos de ponta, mas de um corpo de profissionais dispostos a questionar alguns dos paradigmas sob os quais o museu se sedimentou no século XIX - como a valoração do objeto original (não-reproduzido), ou a contemplação presencial como o melhor modo de apreensão do mesmo. Um museu virtual é o resultado do complexo e profícuo processo de fusão entre o Museu e a Cibercultura, algo que aponta tornar-se tão relevante para o internauta do século XXI, quanto foram os museus-prédio aos citadinos do século XIX. Outro aspecto que define a ação do museu no Ciberespaço como “virtual” é a possibilidade veicular seu acervo sem definir, com exatidão, a forma como este será visualizado pelos visitantes – exteriorizando o caráter multiforme dos acervos e da própria Web. Tal flexibilização esteve presente em uma das primeiras soluções de interface usadas na construção de museus virtuais: a estrutura de bancos de dados acompanhada de ferramentas de busca. Ao entrar em espaços desse tipo, o visitante não se depara com uma exposição, mas com motor e filtros de busca através dos quais poderá acessar as informações. 8 Segundo relatório acerca do acesso das tecnologias da informação no Brasil, apresentado por Cláudio Nazareno, Elizabeth Bocchino, Fábio Luis Mendes e José de Sousa Paz Filho (Coordenação de Publicações da Câmara/Brasília, 2006) em 2002 cerca de 10,3% da população brasileira tinha acesso a Internet e, em 2005, este número cresceu para 13,9%. V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 Banco de dados: Um banco de dados informacional é uma coleção de dados estruturados de maneira particular a fim de tornar a busca e a visualização dos itens o mais eficiente e flexível possível. Os tipos de banco existentes (como os modelos hierárquico, relacional e orientado ao objeto) diferem apenas no método adotado para tanto, pois em todos temos a negação da seqüencialidade, característica marcante nas salas expositivas dos museus presenciais. Isso não quer dizer que a estrutura de banco de dados possa liberar o museu daquilo que lhe é inexorável – a dimensão ideológica de todo o discurso museográfico -, mas tem-se ali a opção de reunir os itens da coleção sem predefinir um desencadeamento temático, um começo e um fim de visualização do acervo. Assim, solicita-se que o visitante ocupe a posição de co-curador, que realize operações no sistema não-seqüencial de organização dos dados e construa suas próprias narrativas. Por essa via é que Lev Manovich (2007) aponta a estrutura de banco de dados como o paradigma da cultura atual, plasmado na Internet - esse banco de dados gigantesco, desestruturado e deslegitimado, que reúne e se constitui na relação com os meios que lhes são anteriores. Manovich entende isso como projeção da ontologia do computador sobre a própria cultura. Bart Marable (2004) também parte dos bancos de dados e daquilo que considera um dos maiores ganhos das mídias digitais: a capacidade de prover perspectivas múltiplas de um mesmo conjunto de informações. Assim, elabora um modelo de estruturação para museus virtuais, que tanto se refere à forma de organização/apresentação dos dados, quanto aos papeis que a instituição desempenha juntos ao público. Propõe um museu folhado em camadas, com três entradas distintas e interconectados, referentes aos três níveis de acesso às informações: a) Pesquisa, ou nível de arquivamento do acervo, pensada para especialistas que dominem termos e nomes específicos da área, estruturado como banco de dados e que dá acesso ao nível máximo de informações veiculadas pelo museu; b) Exposição, semelhante àquilo que costumamos ver nos museus-prédio, voltado ao público em geral, destacando as informações interpretativas e educativas produzidas acerca do acervo. Neste, o banco de dados é implícito (pois pode ser acessado como possibilidade de aprofundamento das informações) pois o que está explicito é a narrativa expográfica; c) Experiência: distingue-se do nível anterior por propiciar a imersão, ou seja, o visitante vê-se V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 envolvido por artifícios estéticos e lúdicos, vivendo momentos de interação e de observação, podendo buscar informações mais aprofundadas (os níveis anteriores). Banco de dados do Museu Virtual da Infância: O Museu Virtual da Infância foi pensado tendo em vista o modelo de Marable, por isso foi iniciado com a implementação do banco de dados (parte do projeto “Culturas infantis processos de apropriação e produção”, proposto por Ma. Isabel Leite e financiado pelo CNPq), só posteriormente serão desenvolvidos os demais níveis, nos quais a criança estará incluída como público alvo. Para estruturação do banco de dados, partiu-se da segmentação do acervo em bens culturais da, para e sobre a criança. Cada segmento possui uma ficha de documentação de cada objeto, usado na modelagem do banco de dados. Os tópicos das fichas, com exceção de dados confidenciais (como nome da criança que produziu determinado desenho), também servirão aos filtros de busca. Até o momento, tais fichas estão estruturadas da seguinte maneira: - acervo da criança: 1) dados do autor, como gênero e idade, escola que freqüenta e localidades onde mora; 2) dados do objeto, título, local, data e: a) do contexto de produção, seja espaço de educação formal (como escola), não-formal (como museu, centro cultural, ou ateliê de artista) e informal (como casa ou parque), esclarecendo se a proposta de produção era didática, lúdica ou artístico-cultural; b) tipo de produção (desenho, pintura, brinquedo, entre tantos outros); c) dados da materialidade do objeto, como o meio/suporte utilizado (como vídeo, papel ou caderno escolar), materiais e técnicas utilizadas; d) dados da temática explicitada, citando os elementos representados e as apropriações de imagens provindas de outras produções culturais (como a colagem ou o desenho de um personagem de desenho animado). - acervo para a infância: 1) dados do autor, além do gênero e localidade onde reside e trabalha, o tipo de autoria exercida (como escritor, diretor, roteirista), este tópico permitirá múltiplas incursões de dados sobre um mesmo objeto do acervo; 2) dados do objeto, título, data, numeração de produção, além de: a) resenha ou texto histórico do objeto; b) contexto de produção, referindo se foi processo artesanal ou industrial; c) adaptação de outra produção cultural (quando é o caso); d) tipo de produção (como história em quadrinho, brinquedo e música); e) meio/suporte utilizado; f) depoimentos das crianças que utilizaram o objeto ou similares a ele. V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 - acervo sobre a infância: 1) dados do autor (semelhante ao acervo da infância); 2) dados do objeto, título, data, numeração de produção e: a) resenha; b) tipo de produção (como livro, pintura e filme); c) contexto de produção, referindo se foi processo artesanal ou industrial; d) meio/suporte utilizado. Tal estrutura está sendo elaborado com o intuito de abarcar o máximo de informações possíveis acerca dos objetos, não apenas para termos uma base consistente para a edificação das demais camadas, mas para permitir desde já múltiplas possibilidades de cruzamento das informações veiculadas. Assim, o Museu Virtual da Infância se configura como espaço propício à construção de constelações de culturas infantis, a partir não só de seu acervo do museu presencial, mas de doações de reproduções digitais por instituições e pessoas que tenham o interesse em colaborar com a construção desse planetário da Infância. Referências bibliográficas: ARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2ª. Edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. ARISTÓTELES. Metafísica (disponível em http://www.filosofia.org/cla/ari/azc10.htm) Madri: Medina e Navarro, 1874. BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. DELEUZE, Gilles. GUATTARI, Félix. O que é filosofia? 2a. edição. São Paulo: editora 34, 1997. LEÃO, Lúcia. Derivas: cartografia do ciberespaço. São Paulo: Annablume, 2004. LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. V Seminário Memória, Ciência e Arte, UNICAMP, 2007 MARABLE, Bart, Experience, Learning, and Research: Coordinating the Multiple Roles of On-line Exhibitions. In BEARMAN, David. TRANT, Jennifer (org.). Museums and the Web 2004: Proceedings. Toronto: Archives & Museum Informatics. Disponível em http://www.archimuse.com/mw2004/papers/marable/marable.html, acessado em 12 de dezembro de 2006. MANOVICH, Lev. 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