Revista 100 CS 2010
Revista 100 CS 2010
Revista 100 CS 2010
CATÁLOGO
REVISTA 100-Cs ISSN 0719-5737 VOLUMEN 2 – NÚMERO 4 – OCTUBRE/DICIEMBRE 2016
CEPU ICAT
ISSN 0719-5737 - Volumen 2 - Número 4 – Octubre / Diciembre 2016 pp. 07-36
Resumo
O objetivo do artigo de revisão foi explicar os métodos para acelerar a redução da dor muscular tardia e
apresentar as vantagens e desvantagens de cada procedimento. Os métodos para acelerar a redução da dor
muscular tardia após o esforço físico foram compostos pelas seguintes técnicas: crioterapia, recuperação
ativa e suplementação de algumas substâncias. Em conclusão, existem várias métodos de reduzir os níveis
de dor muscular tardia, merecendo estudo dos cientistas para detectar o melhor método de acabar com esse
tipo de fadiga de acordo com o tipo de esporte ou conforme a modalidade da atividade física.
Palavras-Chaves
Abstract
The objective of the review article was to explain methods to accelerate the reduction of the delayed onset
muscle soreness (DOMS) and present the advantages and disadvantages of each procedure. The methods to
accelerate the reduction of the DOMS after physical effort were composed by the following techniques:
cryotherapy, active recovery and supplementation of some substances. In conclusion, there are several
methods of reduce the levels of the DOMS, It is necessary study of the scientists to detect the best method to
end with this type of fatigue in accordance with the type of sport or as modality of the physical activity.
Keywords
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 08
Introdução
Uma das teorias que tentam explicar os mecanismos fisiológicos da fadiga que
interferem no exercício é a teoria do “Modelo do Governador Central”, desenvolvida
inicialmente por Hill7 e continuada por Noakes8 e por sua equipe9. Essa teoria informa que
a fadiga acontece de maneira integrada entre o sistema nervoso central (SNC) e o
sistema nervoso periférico, mas pelo SNC que ocorre o comando para continuar ou
cessar o exercício, protegendo o praticante da “catástrofe fisiológica”, a isquemia do
miocárdio10.
1
A. Hill and H. Lupton. Muscular exercise, lactic acid, and the supply and utilization of oxygen. Q J
Med 16 (1923):135-71; T. Hough. Ergographic studies in muscular fatigue and soreness. J Boston
Soc Med Sci 5:3(1900):81-92 and P. Merton. Voluntary strength and fatigue. J Physiol
123:3(1954):553-64.
2
V. Strojnik and P. Komi. Neuromuscular fatigue after maximal stretching-shortening cycle
exercise. J Appl Physiol 84:1(1998):344-50 and C. Nicol; J. Avela and P. Komi. The stretch-
shortening cycle: a model to study naturally occurring neuromuscular fatigue. Sports Med
36:11(2006):977-99.
3
C. Giulio; F. Daniele and C. Tipton. Angelo Mosso and muscular fatigue: 116 years after the first
congress. Adv Physiol Educ 30:2(2006):51-7 e N. Marques Junior. Mecanismos fisiológicos da
fadiga. Rev Bras Prescr Fisio Exerc 9:56(2015):671-720.
4
C. Black; A. Gonglach; R. Hight and J. Renfroe. Time-course of recovery of peak oxygen uptake
after exercise-induced muscle damage. Respir Physiol Neurobiol 216:15(2015):70-7 and L.
Peñailillo; A. Blazevich and K. Nosaka. Muscle fascicle behavior during eccentric cycling and its
relation to muscle soreness. Med Sci Sports Exerc 47:4(2015):708-17.
5
D. Boullosa and F. Nakamura. The evolutionary significance of fatigue. Front Physiol
4:309(2013):1-2.
6
R. Enoka and J. Duchateau. Muscle fatigue: what, why and how it influences muscle function. J
Physiol 586:1(2008):11-23.
7
A. Hill. The oxidative removal of lactic acid. J Physiol 48:5(1914): X-XI.
8
T. Noakes. Challenging beliefs: ex Africa semper aliquid novi: 1996 J. B. Wolffe memorial lecture.
Med Sci Sports Exerc 29:5(1997):571-90 and T. Noakes. The VO2max and the central governor: a
different understanding. In. F. Marino (ed). Regulation of fatigue in exercise. (Hauppauge: Nova
Science Publishers, 2011), p. 79-100.
9
T. Noakes and A. St Clair Gibson. Logical limitations to the “catastrophe” models of fatigue during
exercise in humans. Br J Sports Med 38:5(2004):648-9 and A. St Clair Gibson; D. Baden; M.
Lambert; E. Lambert; Y. Harley; D. Hampson; V. Russell and T. Noakes. The conscious perception
of the sensation of fatigue. Sports Med 33:3(2003):167-76.
10
T. Noakes. Time to move beyond a brainless exercise physiology: the evidence for complex
regulation of human exercise performance. Appl Physiol Nutr Metab 36:1(2011):23-35 and M.
Inzlicht and S. Marcora. The central governor model of exercise regulation teaches us precious little
about the nature of mental fatigue and self-control failure. Front Psychol 7:656(2016):1-6.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 09
a fadiga para que o ser humano consiga melhor rendimento na disputa ou proporcione um
incremento no condicionamento físico do cidadão comum11.
É sabido na literatura da fadiga, que o início da dor muscular tardia com níveis
consideráveis acontece entre 8 a 24 horas após o exercício, o seu pico está entre 48 a 72
horas e em alguns casos, os valores da mialgia podem durar por um período de 7 dias ou
mais13.
A dor muscular tardia é considerada um dos sítios fadiga porque ela prejudica o
desempenho do ser humano em diversas tarefas14. Já foi evidenciado nos estudos
científicos que a dor muscular declina os níveis de força15, diminui a altura do salto
vertical16, interfere no resultado da corrida de velocidade17, reduz os valores da
11
T. Noakes. Physiological models to understand exercise fatigue and the adaptations that predict
or enhance athletic performance. Scand J Med Sci Sports 10:3(2000):123-45; D. Arruda e N.
Marques Junior. Percepção subjetiva da dor muscular de uma equipe feminina sub 15 de voleibol:
um estudo durante a 2ª etapa do estadual do Paraná de 2015. Rev Observatorio Dep
2:1(2016):143-59.
12
N. Marques Junior; D. Arruda e G. Nievola Neto. Validade e confiabilidade da escala de faces da
percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol: um estudo durante a
competição. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):26-62; G. Kenttä and P. Hassmén. Overtraning and
recovery: a conceptual model. Sports Med 26:1(1998):1-16; K-L. Taylor; D. Chapman; J. Cronin; M.
Newton and N. Gill. Fatigue monitoring in high performance sport: a survey of current trends. J Aust
Strength Cond 20:1(2012):12-23 and M. Lambert and J. Borresen. A theoretical basis of monitoring
fatigue: practical approach for coaches. Int J Sports Sci Coaching 1:4(2006):371-88.
13
V. Sethi. Literature review of management of delayed onset muscle soreness (DOMS). Int J Biol
Med Res 3:1(2012):1469-75; Z. Vequar. Causes and management of delayed onset muscle
soreness: a review. Elixir Hum Physio 55: (2013):13205-11 and P. Clarkson and M. Hubal.
Exercise-induced muscle damage in humans. Am J Phys Med Rehabil 81:5(2002):52-69.
14
T. Bompa. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4ª ed. (São Paulo: Phorte, 2002),
p. 145-7; E. Dantas. A prática da preparação física. 3ª ed. (Rio de Janeiro: Shape, 1995), p. 231-2;
L. Lima; I. Teixeira; P. Nakamura; M. Hayakawa; C. Assumpção and R. Menzes. Neuromuscular
profile of handball players during a short-term condensed competition in Brazil. Rev Bras
Cineantropom Desempenho Hum 17:4(2015):389-99 e M. Mohr; D. Draganidis; A. Chatzinikolaou;
J. Álvarez; C. Castagna; I. Douroudos; A. Avloniti; A. Margeli; I. Papassotiriou; A. Flouris; A.
Jamurtas; P. Krustrup; I. Fatouros. Muscle damage, inflammatory, immune and performance
responses to three football games in 1 week in competitive male players Eur J Appl Physiol
116:1(2016):179-93.
15
A. Fouré; J. Wegrzyk; Y. Fur; J-P. Mattei; H. Boudinet; C. Vilmen; D. Bendahan and J. Gondin.
Impaired mitochondrial function and reduced energy cost as a result of muscle damage. Med Sci
Sports Exerc 47:6(2015):1135-44.
16
T. Taylor; D. West; G. Howatson; C. Jones; R. Bracken; T. Love; C. Cook; E. Swift; J. Baker and
L. Kilduff. The impact of very after intensive, muscle damaging, and maximal speed training in
professional team sports players. J Sci Med Sport 18:3(2015):328-32.
17
G. Pearcey; D. Squires; J. Kawamoto; E. Drinkwater; D. Behm and D. Button. Foam rolling for
delayed-onset muscle soreness and recovery of dynamic performance measures. J Athlet Train
50:1(2015):5-13.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 10
Existem meios para acelerar a redução da dor muscular tardia? Quais são esses
procedimentos?
A literatura da dor muscular informou que existem várias maneiras para acelerar a
redução da mialgia tardia - crioterapia, o exercício aeróbio de baixo volume e intensidade
e outros22. Porém, uma revisão sobre esse tema explicando as vantagens e desvantagens
sobre esses procedimentos até a data presente não foi realizado. Então, o objetivo do
artigo de revisão foi explicar os métodos para acelerar a redução da dor muscular tardia e
apresentar as vantagens e desvantagens de cada procedimento.
A dor muscular tardia acontece após algumas horas depois do exercício 23, sendo
mais pronunciada quando a atividade ocorre após um elevado número de ações
musculares excêntricas24. Alguns pesquisadores informaram que o grau da mialgia tardia
está relacionado com o tipo de exercício, duração e intensidade da tarefa, com o nível do
condicionamento físico do praticante e outros25.
18
M. Ormsee; E. Ward; C. Bach; P. Arciero; A. McKune and L. Panton. The impact of a pre-loaded
multi-ingredient performance supplement on muscle soreness and performance following downhill
running. J Int Soc Sports Nutr 12:2(2015):1-9.
19
T. Ojala and K. Häkkinen. Effects of the tennis tournaments on players physical performance,
hormonal responses, muscle damage and recovery. J Sports Sci Med 12:2(2013):240-8.
20
V. Freitas; E. Souza; R. Oliveira; L. Pereira e F. Nakamura. Efeito de quatro dias consecutivos de
jogo sobre a potência muscular, estresse e recuperação percebida, em jogadores de futsal. Rev
Bras Educ Fís Esp 28:1(2014):23-30 and O. Girard; G. Lattier; J-P. Micallef and G. Millet. Changes
in exercise characteristics, maximal voluntary contraction, and explosive strength during prolonged
tennis playing. Br J Sports Med 4:6(2006):521-6.
21
J. Baker; D. Balley; D. Hullin; I. Young and B. Davies. Metabolic implications of resistive force
selection for oxidative stress and markers of muscle damage during 30 s of high-intensity exercise.
Eur J Appl Physiol 92:3(2004):321-7.
22
G. Howatson and K. Someren. The prevention and treatment of exercise – induced muscle
damage. Sports Med 38:6(2008):483-503 and M. Kovacs and L. Baker. Recovery interventions and
strategies for improved tennis performance. Br J Sports Med 48:S1 (2014):18-21.
23
H. Arazi; S. Rahmati; F. Pashazadeh and H. Rezaei. Comparative effect of order based
resistance exercises on number of repetitions, rating of perceived exertion and muscle damage
biomarkers in men. Rev Andal Med Dep 8:4(2015):139-44 and W. Gomes; C. Lopes e P. Marchetti.
Fadiga central e periférica: uma breve revisão sobre os efeitos locais e não locais no sistema
neuromuscular. CPAQV 8:1(2016):1-20.
24
P. Zondi; D. van Rensburg; C. Grant and A. van Rensburg. Delayed onset muscle soreness: no
pain, no gain? The truth behind this adage. S Afr Fam Pract 57:3(2015):29-33.
25
C. Abbiss and P. Laursen. Models to explain fatigue during prolonged endurance cycling. Sports
Med 35:10(2005):865-98; K. Nosaka; A. Aldayel; M. Jubeau and C. Chen. Muscle damage induced
by electrical stimulation. Eur J Appl Physiol 111:10(2011):2427-37 and O. Yanagisawa; J. Sakuma;
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 11
Um aspecto fisiológico que está relacionado com a maior ou menor dor muscular
tardia é o tipo de fibra muscular predominante do indivíduo, sendo evidenciado nos
estudos que as fibras rápidas do tipo II ocasionam fadiga mais breve e maior mialgia
tardia26.
1.1. Crioterapia
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 12
Gráfico 1
Relação entre o aumento da temperatura corporal e da elevação da dor muscular tardia
mensurada através da escala de dor muscular do voleibol (Obs.: Dados fictícios)
Apesar desse método ser eficaz para cessar a dor muscular tardia33, ele possui
limitações, a logística do material compromete seu uso e foi evidenciado por
31
E. Neves; J. Alves; N. Antunes; I. Felisberto; C. Rosa and V. Reis. Different responses of the skin
th
temperature to physical exercise: systematic review. 37 Annual International Conference of the
IEEE Engineering in Medicine and Biology Society. -:-(2015):1307-10 and F. Matos; E. Neves; M.
Norte; C. Rosa; V. Reis and J. Alves. The use of thermal imaging to monitoring skin temperature
during cryotherapy: a systematic review. Infrared Phys Technol 73:-(2015):194-203.
32
L. Silva; M. Oliveira e F. Caputo. Método de recuperação pós-exercício. Rev Educ Fís/UEM
24:3(2013):489-508; I. Wilcock; J. Cronin; W. Hing. Physiological response to water immersion: a
method for sport recovery? Sports Med 36:9(2006):747-65.
33
R. Law and R. Herbert. Warm-up-reduces delayed-onset-muscle soreness but cool-down does
not: a randomised controlled trial. Australian J Physiother 53:2(2007):91-5; J. Leeder; C. Gissane;
K. van Someren; W. Gregson and G. Howatson. Cold water immersion and recovery from
strenuous exercise: a meta-analysis. Br J Sports Med 46:4(2012):2-8; H. McGorm; L. Roberts; J.
Coombes and J. Peake. Cold water immersion: practices, trends and avenues of effect. ASPETAR:
Sports Med J 4:1(2015):106-11.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 13
Os estudos sobre o descanso ativo evoluíram ao longo dos anos, tendo destaque no
período pré-científico (1936 a 1964)36, através do extraordinário atleta Emil Zatopek
(Thecoslováquia) e por causa dos treinadores do atletismo como Gerschller (Alemanha),
Toni Nett (Thecoslováquia) e Igloi (Hungria)37.
Entretanto, o período exato que o descanso ativo foi aplicado para acelerar a
redução ou cessar a dor muscular tardia a literatura não informou40, mas é sabido que foi
através do treino esportivo que essa metodologia passou a ser utilizada para recuperar o
indivíduo da fadiga41, ou seja, migrou do treinamento para um trabalho recuperador com o
intuito de acabar com a mialgia tardia.
34
N. Nosaka; K. Sakamoto; M. Newton and P. Sacco. Influence of pre-exercise muscle temperature
on responses to eccentric exercise. J Athlet Train 39:2(2004):132-7 and M. Fröhlich; O. Faude; M.
Klein; A. Pieter; E. Emrich and T. Meyer. Strength training adaptations after cold-water immersion. J
Strength Cond Res 28:9(2014):2628-33.
35
A. Zakharov. Ciência do treinamento desportivo. (Rio de Janeiro: GPS, 1992), p. 72.
36
E. Dantas. A prática da preparação física. 3ª ed. (Rio de Janeiro: Shape, 1995), p. 19-20 e H.
Almeida; D. Almeida e A. Gomes. Uma ótica evolutiva do treinamento desportivo através da
história. Rev Trein Desp 5:1(2000):40-52.
37
J. De Hegedus. Ciencia del entrenamiento deportivo. (Buenos Aires: Stadium, 1985), p. 43-58.
38
M. Tubino. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11ª ed. (São Paulo: Ibrasa, 1993),
p. 39-42.
39
M. Tubino e S. Moreira. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11ª ed. (São Paulo:
Ibrasa, 1993), p. 37-9.
40
J. González; N. Terrados; J. Ayuso; A. Delextrat; I. Jukic; A. Vaquera; L. Torres; X. Schelling; M.
Stojanovic and S. Ostojic. Evidence-based post-exercise recovery strategies in basketball. Phys
Sportsmed 44:1(2016):74-8.
41
Y. Verkhoshanski. Força: treinamento da potência muscular. 2ª ed. (Londrina: CID, 1998), p. 153-
4 e C. Villar. La preparación física del fútbol basada en el atletismo. 3ª ed. (Madrid: Gymnos, 1987),
p. 260-74.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 14
A recuperação ativa para reduzir mais rápido possível a dor muscular tardia pode
ser efetuada através de diversos exercícios42, como através do trabalho aeróbio de baixo
volume e intensidade43, pela recuperação específica – fazendo a tarefa de treino da
modalidade, por exemplo, fazer alpinismo na parede com baixa velocidade por 2
minutos44, realizar trabalho leve com peso de musculação45 etc. Outra maneira para
cessar a dor muscular tardia é pela eletroestimulação46, com rolo de espuma no membro
inferior47, com a plataforma vibratória48, com o tensiomiográfico49 e outros.
O intervalo ativo reduz ou termina com a dor muscular tardia porque proporciona um
aumento do fluxo sanguíneo da musculatura que está com mialgia e ocasiona uma
cicatrização das microrupturas do tecido somada a remoção dos resíduos nocivos na
musculatura50. Esse intervalo ativo ainda promove uma maior liberação de endorfina que
possui efeito analgésico na musculatura e reduz a sensação de mialgia51.
Existem várias maneiras de cessar ou diminuir a dor muscular tardia que é um dos
sítios da fadiga pelo intervalo ativo. A maneira mais fácil e de baixo custo financeiro para
acabar com o incômodo da mialgia tardia é através do trabalho aeróbio de baixo volume e
intensidade. Esse tipo de trabalho pode ser utilizado em esportes que acontecem várias
disputas ao longo do dia, como no voleibol de dupla na areia ou no voleibol master, ou
depois do término do treino de qualquer modalidade.
Por exemplo, a equipe de voleibol master Street Volei/Barra Music treina por 2 horas
na 4ª feira e no sábado (ano de 2016), sempre após o treino, um dos treinadores coleta os
valores da carga interna pela escala de percepção subjetiva do esforço adaptada
42
P. Bishop; E. Jones and K. Woods. Recovery from training: a brief review. J Strength Cond Res
22:3(2008):1015-24.
43
H. Andersson; T. Raastad; J. Nilsson; G. Paulsen; I. Garthe and F. Kadi. Neuromuscular fatigue
and recovery in elite female soccer: effects of active recovery. Med Sci Sports Exerc
40:2(2008):372-80.
44
P. Valenzuela; P. Villa and C. Ferragut. Effect of two types of active recovery on fatigue and
climbing performance. J Sports Sci Med 14:4(2015):769-75.
45
G. Lattier; G. Millet; A. Martin and V. Martin. Fatigue and recovery after high-intensity exercise
part II: recovery interventions. Int J Sports Med 25:6(2004) 450-6.
46
A. Tessitore; R. Meeusen; R. Pagano; C. Benvenuti; M. Tiberi and L. Capranica. Effectiveness of
active verus passive recovery strategies after futsal game. J Strength Cond Res 22:5(2008):1402-
12
47
G. MacDonald; D. Button; E. Drinkwater and D. Behm. Foam rolling as recovery tool after on
intense bout of physical activity. Med Sci Sports Exerc 46:1(2014):131-42.
48
P. Xanthos; N. Lythgo; B. Gordon and A. Benson. The effect of whole-body vibration as a
recovery technique on running kinematics and jumping performance following eccentric exercise to
induce delayed-onset muscle soreness. Sports Technol 6:3(2013):112-21.
49
E. Rey; C. Peñas; J. Ballesteros; L. Casáis. The effect of recovery strategies on contractile
properties using tensiomyography and perceived muscle soreness in professional soccer players. J
Strength Cond Res 26:11(2012):3081-8.
50
T. Chen; C-J. Chung; H-L. Chen and C-J. Wu. Effects of a 4 – day low-intensity run after downhill
running on recovery of muscle damage and running economy. J Exerc Sci Fit 5:1(2007):24-32.
51
K. Cheung; P. Hume and L. Maxwell. Delayed onset muscle soreness: treatment strategies and
performance factors. Sports Med 33:2(2003):145-64 and G. Howatson and K. Someren. The
prevention and treatment of exercise-induced muscle damage. Sports Med 38:6(2008):483-503.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 15
Tipo de Trabalho: treino intervalado recuperativo, esforço com trote e pausa com
caminhada54.
52
N. Marques Junior. Escala de prescrição da intensidade subjetiva do esforço do treino (PISE
TREINO): elaboração e aplicação na sessão – parte 2. Rev Observatorio Dep 2:2(2016):52-98.
53
N. Marques Junior; D. Arruda e G. Nievola Neto. Validade e confiabilidade da escala de faces da
percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol: um estudo durante a
competição. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):26-62.
54
M. Arruda e J. Hespanhol. (2008). Fisiologia do voleibol. (São Paulo: Phorte, 2008) e M. Tubino e
S. Moreira. (2003). Metodologia científica do treinamento desportivo. 13ª ed. (Rio de Janeiro:
Shape, 2003), p. 296-308.
55
A. Eira e M. Janeira. Perfil da atividade do jogador de voleibol. Um estudo em iniciados
masculino. In. I. Mesquita; C. Moutinho e R. Faria (Eds.). Investigação em voleibol. Estudos
ibéricos. (Porto: Universidade do Porto, 2003), p. 246-52 e N. Marques Junior. Periodização
específica para o voleibol: atualizando o conteúdo. Rev Bras Prescr Fisio Exerc 8:47(2014):453-84.
56
M. Oliveira; F. Caputo; C. Greco e B. Denadai, B. Aspectos relacionados com a otimização do
treinamento aeróbio para o alto rendimento. Rev Bras Med Esp 16:1(2010):61-6; C. Pastre; F.
Bastos; J. Netto Júnior, L. Vanderlei e R. Hoshi. Métodos de recuperação pós-exercício: uma
revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 15:2(2009):138-44 e P. Valenzuela;
P. Villa and C. Ferragut. Effect of two types of active recovery on fatigue and climbing performance.
J Sports Sci Med 14:4(2015):769-75.
57
L. De Lucca; G. Freccia e A. Lima e Silva e F. Oliveira. Talk test como método para controle da
intensidade de exercício. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 14:1(2012):114-24.
58
C. Pastre; F. Bastos; J. Netto Júnior, L. Vanderlei e R. Hoshi. Métodos de recuperação pós-
exercício: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 15:2(2009):138-44.
59
W. McArdle; F. Katch e V. Katch. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho
humano. 7ª ed. (Rio de Janeiro: Guanabara, 2011), p. 16-18.
60
J. Marins e R. Giannichi. Avaliação e prescrição de atividade física. 2ª ed. (Rio de Janeiro:
Shape, 1998), p. 161.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 16
Resultado
%FCmáx = 44% (limite inferior) e 58% (limite superior)
Após o intervalo ativo, os valores de dor muscular são coletados 2 horas depois do
treino de cada jogador para saber se ocorreu uma adequada recuperação.
61
H. Tanaka; K. Monahan and D. Seals. (2001). Age-predicted maximal heart rate revisited. J Am
College Cardiol 37:1(2001):153-6.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 17
Figura 1
Atletas da equipe de voleibol master Street Volei/Barra Music
praticando o treino de jogo por 2 horas
Caminhada
Trote
Figura 2
Após o treino de jogo, os jogadores do Street Volei/Barra Music efetuaram o intervalo
ativo aeróbio por 3 minutos com trote e caminhada na distância de 9 metros com o talk
test para monitorar a intensidade onde os atletas merecem conversar confortavelmente
(fala de nível 1)
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 18
1,5
1,5
1
0,5
0
Após o Treino 2 h após o Treino
Gráfico 2
Valores da mialgia coletados pela escala de dor muscular do voleibol62, sendo
identificada uma mialgia forte após o treino e leve 2 horas depois da sessão
Existem poucos estudos sobre o intervalo ativo aeróbio, mas na investigação de Gill
e Cook63, os benefícios desse trabalho recuperativo foram evidenciados.
62
N. Marques Junior; D. Arruda e G. Nievola Neto. Validade e confiabilidade da escala de faces da
percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol: um estudo durante a
competição. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):26-62.
63
N. Gill and C. Cook. Effectiveness of post-match recovery strategies in rugby players. Br J Sports
Med 40:3(2006):260-3.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 19
100 ***p≤0,05
% de Recuperação da CK
90 *
* *
80 88,2 85 84,4
70
60
50
40
30 ***
39
20
10
0
Aeróbio Terapia de Roupa de Passiva
Contrasste Compressão
Tipo de Recuperação
Gráfico 3
Resultados do tipo de recuperação do % da CK (dor muscular)
Porém, apesar dos benefícios da recuperação ativa pelo trabalho aeróbio, ainda são
necessários mais estudos, precisa ser determinado pelos cientistas o tempo do esforço e
da pausa (1:1, 1:2 e 1:3), verificar se intervalo aeróbio é melhor ou pior do que o intervalo
específico.
Por exemplo, a equipe de voleibol master Street Volei/Barra Music costuma realizar
a recuperação ativa após o treino por 3 minutos com trote e caminhada na distância de 9
metros com uso do talk test com fala de nível 1 para controlar a intensidade. Mas poderia
ser verificado se um jogo atacando a bola “meia força” e fazendo o mesmo no saque com
o intuito de manter esse implemento o mais tempo possível no ar com uma movimentação
de velocidade média causaria uma melhor recuperação do voleibolista master após o
treino ou depois da disputa.
64
K. Suzuki; M. Takahashi; C-Y. Li; S-P. Lin; M. Tomari; C. Shing and S-H. Fang. The acute effects
of green tea and carbohydrate coingestion on systemic inflammation and oxidative stress during
sprint cycling. Appl Physiol Nutr Metab 40:10(2015):997-1003.
65
E. Fox; R. Bowers e M. Foss. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 4ª ed. (Rio
de Janeiro: Guanabara, 1991), p. 125.
66
G. Close; T. Ashton; T. Cable; D. Doran; C. Holloway; F. McArdle and D. MacLaren. Ascorbic
acid supplementation does not attenuate post-exercise muscle soreness following muscle
damaging exercise but may delay the recovery. Br J Nutr 95:5(2006):976-81.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 20
Outro tipo de substância que pode combater a dor muscular tardia é a arnica,
podendo ser adquirida em farmácia homeopática. A arnica com potência 30X foi oferecida
para 519 corredores de longa distância, mas a redução da dor muscular não ocorreu67. A
arnica montana Lé um analgésico e anti-inflamatório natural, sendo recomendado a
ingestão de cinco tabletes duas vezes ao dia para o nível da mialgia tardia decrescer68.
Pode-se concluir que, ainda são conflitantes os efeitos da arnica na dor muscular tardia,
merecendo mais estudos sobre essa medicina homeopática.
Portanto, como a erva mate pode diminuir ou cessar a dor muscular tardia, torna-
se interessante conhecer alguns estudos sobre essa substância. Porém, é bom lembrar,
caso o praticante do exercício ingira a erva mate através do chá mate, recomenda-se que
a água esteja gelada para o organismo absorver mais rápido esse líquido72.
O artigo de Panza et al.73, oriundo da sua tese de Doutorado que foi defendida na
UFSC em 2016 evidenciou os efeitos positivos da erva mate.
67
D. Connolly; S. Sayers and M. McHugh. Treatment and prevention of delayed onset muscle
soreness. J Strength Cond Res 17:1(2003):197-208.
68
D. Gulick; I. Kimura; M. Sitler; A. Paolone and J. Kelly. Various treatment techniques on signs and
symptoms of delayed onset muscle soreness. J Athlet Train 31:2(1996):146-52.
69
D. Bastos; D. Oliveira; R. Matsumoto; P. Carvalho and M. Ribeiro. Yerba maté: pharmacological
properties, research and biotechnology. Med Aromatic Plant Sci Biotechnol 1:1(2007):37-46.
70
M. Singulani; L. Santos; A. Chaves Neto; W. Mello; S. Morais; R. Dornelles e A. Nakamune. Chá
mate melhora resistência à natação e reduz o dano oxidativo induzido pelo exercício em ratos
submetidos à única sessão de natação. Arch Health Invest 3:1(2014):68-76.
71
I. Yunusa and I. Ahmad. Energy – drinks: composition and health benefits. B J Pure Appl Sci
4:2(2011):186-91; S. Kowalczyk. A utilização do mate – um antioxidante natural como estratégia
para a promoção da saúde: um estudo experimental. (Dissertação, Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem, UFRG, 2004); T. McLellan and H. Lieberman. Do energy drinks contain active
components other than caffeine? Nutr Rev 70:12(2012):730-44; E. Mejia; S. Puangpraphant and R.
Eckhoff. Tea and inflammation. Tea in health and disease prevention. (Elsevier, 2013), p. 563-79.
72
N. Marques Junior. Altas temperaturas. Mov Percep 9:12(2008):6-17.
73
V. Panza; F. Diefenthaeler; A. Tamborindeguy; C. Camargo; B. Moura; H. Brunetta; R.
Sakugawa; M. Oliveira; E. Puel; E. Nunes and E. Silva. Effects of mate tea consumption on muscle
strength and oxidative stress markers after eccentric exercise. Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
74
N. Marques Junior. Escala de prescrição da intensidade subjetiva do esforço do treino (PISE
treino): possível evolução da psicofísica – parte 1. Rev Observatorio Dep 2:2(2016):7-51.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 21
Os dois grupos ingeriram suas respectivas bebidas (GE com mate e GC com
água) em três momentos distintos (manhã, tarde e noite) do 1º ao 7º dia. A partir do 8º
dia, a erva mate foi consumida pelo GE através de 1 grama (1 colher de chá) de mate
instantâneo (foi usado da empresa Mate Leão) em 200 mililitros (ml) de água gelada e
sem açúcar. Esse consumo do mate instantâneo ocorreu 1 hora antes do exercício por
um período de 4 dias (do 8º dia ao 11º). O GC ingeriu água 1 hora antes da tarefa física
durante o mesmo tempo do GE. O exercício foi realizado pela flexão unilateral do cotovelo
no dinamômetro isocinético (Biodex System – 4 Pro®) através de 3 séries e 20 repetições,
durante a velocidade angular de 45 º/s (graus por segundo).
Para avaliar a geração de força máxima dos sujeitos, Panza et al. 75 instruíram os
indivíduos em realizar 3 máximas forças voluntárias isométricas da flexão do cotovelo no
ângulo de 90º por 3 segundos e tendo 2 minutos de pausa. Essa avaliação ocorreu antes
da execução do exercício, após a tarefa, 24 horas (h) após a atividade, 48 h após o
exercício e 72 h depois do esforço físico. Após 11 dias do consumo da erva mate pelo
mate instantâneo, os grupos fizeram um intervalo do experimento por 17 dias. Em
seguida, os grupos foram trocados – GE torna-se GC e o GC agora é GE, e o mesmo
experimento foi repetido por 11 dias. A figura 3 ilustra esse estudo de Panza et al.76
Figura 3
Delineamento crossover da investigação de Panza et al.77
75
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
76
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
77
V. Panza.... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 22
Os resultados foram tratados pela Anova two way de medidas repetidas que
detectou diferença significativa (p≤0,05) e o post hoc Tukey identificou diferença
significativa em algumas comparações da máxima força isométrica durante a flexão do
cotovelo. O gráfico 4 ilustra esses resultados.
120
*p≤0,01
*p≤0,001
Máxima Força Isométrica (%)
100
80 ** * *
*
60 * Mate
Água
40
20
0
pré-teste Após o 24 h 48 h 72 h
Exercício
Gráfico 4
Resultados da máxima força isométrica em percentual (%) durante a flexão do cotovelo
Outro resultado de Panza et al.78, a Anova two way de medidas repetidas detectou
diferença significativa (p≤0,05) e o post hoc Tukey (p≤0,01) identificou diferença
significativa em algumas comparações da recuperação da força isométrica durante a
flexão do cotovelo. O gráfico 5 ilustra esses resultados.
78
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 23
30 *p≤0,01
Recuperação da Força
25
Isométrica (%)
20
15 * Mate
Água
10
*
5
0
24 h 48 h 72 h
Gráfico 5
Resultados da recuperação da força isométrica em percentual (%) durante a flexão do
cotovelo
79
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
80
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
81
E. Oliveira. Efeito do consumo agudo de erva mate sobre o rendimento físico em esteira
ergométrica e indicadores metabólicos da exaustão em profissionais de futebol. (Tese de
Doutorado, UNESP, 2014), p. 9-53.
82
V. Panza... Br J Nutr 115:28(2016):1370-8.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 24
quilômetros por hora (km/h) durante 1 minuto. Após esse tempo, os esportistas
caminharam 6 km/h com incremento da velocidade de 1 km/h por minuto até 10 km/h.
Quando a esteira atingiu 10 km/h com os futebolistas, aconteceu um incremento de 5% da
inclinação a cada 5 minutos, mantendo um aumento de 1 km/h a cada 1 minuto até a
exaustão do atleta de futebol. A exaustão do testado se caracterizou quando aconteceu
desistência do avaliado.
Figura 4
Delineamento crossover da investigação de Oliveira85
Oliveira86 evidenciou na sua tese de Doutorado que o consumo de chá mate não
aumentou o tempo em segundos na esteira dos futebolistas quando foi comparado com a
ingestão de água (p>0,05). O gráfico 6 ilustra esse resultado.
83
N. Marques Junior. Escala de prescrição da intensidade subjetiva do esforço do treino (PISE
treino): possível evolução da psicofísica – parte 1. Rev Observatorio Dep 2:2(2016):7-51.
84
E. Oliveira.... (Tese de Doutorado, UNESP, 2014), 9-53.
85
E. Oliveira.... (Tese de Doutorado, UNESP, 2014), 9-53.
86
E. Oliveira.... (Tese de Doutorado, UNESP, 2014), 9-53.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 25
654 p>0,05
653
652
Segundos
651
650
649
648
Água Chá Mate
Gráfico 6
Tempo da corrida na esteira dos futebolistas até a exaustão
350 ***p≤0,05
Unidade por Litro
300 *
250 *
200
150
100
50
0 * * * *
CK AST ALT
Água 159,3 32,7 24,3
Chá Mate 195 32,5 23,3
Gráfico 7
Valores após o exercício de marcadores da lesão muscular que estão relacionados com a
dor muscular
O leitor após observar o gráfico 7, detectou que os futebolistas que ingeriram chá
mate tiveram maiores níveis de CK, enquanto a AST e a ALT foi similar entre os atletas
que beberam água e chá mate. Porém, em todas as comparações ocorreram diferença
significativa (p≤0,05). Então, o estudo teve limitações, não foi coletado valores do grupo
que obteve maior dor muscular (água x chá mate). Tal tarefa poderia ser realizada com a
escala de dor muscular elaborada por Marques Junior, Arruda e Nievola Neto87.
Em conclusão, são necessários mais estudos sobre o chá mate para comprovar
seus benefícios na redução da dor muscular. Porém, o protocolo do estudo não simula o
jogar do futebol, podendo comprometer os resultados da pesquisa em relação aos níveis
de dor muscular tardia dos futebolistas, ou seja, aconteceu uma avaliação não específica
através de uma corrida contínua, enquanto o futebol é um trabalho intermitente,
possuindo esforço e pausa.
87
N. Marques Junior; D. Arruda e G. Nievola Neto. Validade e confiabilidade da escala de faces da
percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol: um estudo durante a
competição. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):26-62.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 26
Apesar da erva mate ser eficaz para combater a dor muscular, seus valores de
cafeína podem prejudicar o sono do praticante do exercício88, merecendo ser testada
durante o treino e só depois, deve ser aplicada antes da competição para os esportistas.
O suco de cereja foi comprovado cientificamente que reduz ou diminui os níveis das
dores musculares89.
88
L. Spriet e M. Gibala. Nutritional strategies to influence adaptations to training. In. R. Maughan; L.
Burke and F. Coyle (Eds.). Food, nutrition and sports performance. (New York: Routledge, 2004), p.
204-28.
89
D. Connolly; M. McHugh and O. Zakour. Efficacy of a tart cherry juice blend in preventing the
symptoms of muscle damage. Br J Sports Med 40: (2006):679-83; K. Kuehl; E. Perrier; D. Elliot and
J. Chesnutt. Efficacy of tart during running a randomized controlled trial. JISSN 7:17(2010):1-6 and
L. Lima; C. Assumpção; J. Prestes and B. Denadai. Consumption of cherries as a strategy to
attenuate exercise-induced muscle damage and inflammation in humans. Nutr Hosp 32:5
(2015):1885-93.
90
G. Howatson; M. McHugh; J. Hill; J. Brouner; A. Jewell; K. van Someren; R. Shave and S.
Howatson. Influence of tart cherry juice on indices of recovery following marathon running. Scand J
Med Sci Sports 20:6(2010):843-52.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 27
600
**p≤0,02 *
500 *
*
400 *
N
300
200
100
0
Antes da Após a
24 h 48 h
Maratona Maratona
Suco de Cereja 432 310 387 435
Placebo 384 276 313 349
Gráfico 8
Valores da contração isométrica máxima em Newton (N) dos maratonistas
4000
3000
U/l
2000
1000
0
Antes da Após a
24 h 48 h
Maratona Maratona
Suco de Cereja 109 586 2227 1118
Placebo 187 912 2814 1487
Gráfico 9
Valores da CK em unidades por litro (U/l) dos maratonistas do GE e do GC
91
R. Dias; C. Alves; M. Negrão e A. Pereira. Variantes genéticas e exercício físico. In. C. Negrão e
A. Barretto (Eds.). Cardiologia do exercício. 3ª ed. (Barueri: Manole, 2010), p. 347-8; N. Marques
Junior. Metabolismo energético no trabalho muscular do treino competitivo ou do fitness. Rev Min
Educ Fís 9:1(2001):63-73.
92
R. Hespanha. Ergometria. (Rio de Janeiro: Rubio, 2004), p. 35.
93
G. Howatson; M. McHugh; J. Hill; J. Brouner; A. Jewell; K. van Someren; R. Shave and S.
Howatson. Influence of tart cherry juice on indices of recovery following marathon running. Scand J
Med Sci Sports 20:6(2010):843-52.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 28
Porém, esse tipo de bebida o autor dessa revisão não encontrou desvantagem por
causa do seu breve conhecimento sobre o tema, merecendo a leitura de outros artigos
sobre esse assunto. Caso o leitor queira investigar as desvantagens do suco de cereja,
indica-se a coleta de artigos no Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br/) pela
palavra-chave cherry juice.
Conclusões
Referências
Abbiss, C., Laursen, P. Models to explain fatigue during prolonged endurance cycling.
Sports Med 35:10(2005):865-98.
Almeida, H., Almeida, D., Gomes, A. Uma ótica evolutiva do treinamento desportivo
através da história. Rev Trein Desp 5:1(2000):40-52.
Andersson, H., Raastad, T., Nilsson, J., Paulsen, G., Garthe, I., Kadi, F. Neuromuscular
fatigue and recovery in elite female soccer: effects of active recovery. Med Sci Sports
Exerc 40:2(2008):372-80.
Arazi, H., Rahmati, S., Pashazadeh, F., Rezaei, H. Comparative effect of order based
resistance exercises on number of repetitions, rating of perceived exertion and muscle
damage biomarkers in men. Rev Andal Med Dep 8:4(2015):139-44.
Arruda, D., Marques Junior, N. Percepção subjetiva da dor muscular de uma equipe
feminina sub 15 de voleibol: um estudo durante a 2ª etapa do estadual do Paraná de
2015. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):143-59.
Baird, M., Graham, S., Baker, J., Bickerstaff, G. Creatine kinase and exercise related
muscle damage implications for muscle performance and recovery. J Nutr Metabol
(2012):1-13.
Baker, J., Balley, D., Hullin, I. Young and B. Davies. Metabolic implications of resistive
force selection for oxidative stress and markers of muscle damage during 30 s of high-
intensity exercise. Eur J Appl Physiol 92:3(2004):321-7.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 29
Bastos, D., Oliveira, D., Matsumoto, R., Carvalho, P., Ribeiro, M. Yerba maté:
pharmacological properties, research and biotechnology. Med Aromatic Plant Sci
Biotechnol 1:1(2007):37-46.
Bishop, P., Jones, E., Woods, K. Recovery from training: a brief review. J Strength Cond
Res 22:3(2008):1015-24.
Black, C., Gonglach, A., Hight, R., Renfroe, J. Time-course of recovery of peak oxygen
uptake after exercise-induced muscle damage. Respir Physiol Neurobiol 216:15(2015):70-
7.
Byrne, C., Twist, C., Eston, R. Neuromuscular function after exercise-induced muscle
damage: theoretical and applied implications. Sports Med 34:1(2004):49-69.
Chen, T., Chung, C-J., Chen, H-L., Wu, C-J. Effects of a 4 – day low-intensity run after
downhill running on recovery of muscle damage and running economy. J Exerc Sci Fit
5:1(2007):24-32.
Cheung, K., Hume, P., Maxwell, L. Delayed onset muscle soreness: treatment strategies
and performance factors. Sports Med 33:2(2003):145-64.
Close, G., Ashton, T., Cable, T., Doran, D., Holloway, C., McArdle, F., MacLaren, D.
Ascorbic acid supplementation does not attenuate post-exercise muscle soreness
following muscle damaging exercise but may delay the recovery. Br J Nutr
95:5(2006):976-81.
Connolly, D., Sayers, S., McHugh, M. Treatment and prevention of delayed onset muscle
soreness. J Strength Cond Res 17:1(2003):197-208.
Connolly, D., McHugh, M., Zakour, O. Efficacy of a tart cherry juice blend in preventing the
symptoms of muscle damage. Br J Sports Med 40:-(2006):679-83.
Dantas, E. A prática da preparação física. 3ª ed. (Rio de Janeiro: Shape, 1995), p. 19-20;
231-2.
Dias, R., Alves, C., Negrão, M., Pereira, A. Variantes genéticas e exercício físico. In.
Negrão, C., Barretto, A. (Eds.). Cardiologia do exercício. 3ª ed. (Barueri: Manole, 2010), p.
347-8.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 30
De Lucca, L., Freccia, G., Lima e Silva, A., Oliveira, F. Talk test como método para
controle da intensidade de exercício. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum
14:1(2012):114-24.
Enoka, R., Duchateau, J. Muscle fatigue: what, why and how it influences muscle function.
J Physiol 586:1(2008):11-23.
Eston, R., Byrne, C., Twist, C. Muscle function after exercise-induced muscle damage:
considerations for athletic performance in children and adults. J Exerc Sci Fit
1:2(2003):85-96.
Fell, J., Williams, D. The effect of aging on skeletal-muscle recovery from exercise:
possible implications for aging athletes. J Aging Phys Act 16:1(2008):97-115.
Fouré, A., Wegrzyk, J., Fur, Y., Mattei, J-P., Boudinet, H., Vilmen, C., Bendahan, D.,
Gondin, J. Impaired mitochondrial function and reduced energy cost as a result of muscle
damage. Med Sci Sports Exerc 47:6(2015):1135-44.
Fox, E., Bowers, R., Foss, M. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 4ª
ed. (Rio de Janeiro: Guanabara, 1991), p. 125.
Fröhlich, M., Faude, O., Klein, M., Pieter, A., Emrich, E., Meyer, T. Strength training
adaptations after cold-water immersion. J Strength Cond Res 28:9(2014):2628-33.
Freitas, V., Souza, E., Oliveira, R., Pereira, L., Nakamura, F. Efeito de quatro dias
consecutivos de jogo sobre a potência muscular, estresse e recuperação percebida, em
jogadores de futsal. Rev Bras Educ Fís Esp 28:1(2014):23-30.
Girard, O., Lattier, G., Micallef, J-P., Millet, G. Changes in exercise characteristics,
maximal voluntary contraction, and explosive strength during prolonged tennis playing. Br
J Sports Med 4:6(2006):521-6.
Giulio, C., Daniele, F., Tipton, C. Angelo Mosso and muscular fatigue: 116 years after the
first congress. Adv Physiol Educ 30:2(2006):51-7.
Gomes, W., Lopes, C., Marchetti, P. Fadiga central e periférica: uma breve revisão sobre
os efeitos locais e não locais no sistema neuromuscular. CPAQV 8:1(2016):1-20.
González, J., Terrados, N., Ayuso, J., Delextrat, A., Jukic, I., Vaquera, A., Torres, L.,
Schelling, X., Stojanovic, M., Ostojic, S. Evidence-based post-exercise recovery strategies
in basketball. Phys Sportsmed 44:1(2016):74-8.
Gulick, D., Kimura, I., Sitler, M., Paolone, A., Kelly, J. Various treatment techniques on
signs and symptoms of delayed onset muscle soreness. J Athlet Train 31:2(1996):146-52.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 31
Hill, A., Lupton, H. Muscular exercise, lactic acid, and the supply and utilization of oxygen.
Q J Med 16: (1923):135-71.
Hough, T. Ergographic studies in muscular fatigue and soreness. J Boston Soc Med Sci
5:3(1900):81-92.
Howatson, G., Someren, K. The prevention and treatment of exercise – induced muscle
damage. Sports Med 38:6(2008):483-503.
Howatson, G., McHugh, M., Hill, J., Brouner, J., Jewell, A., van Someren, K., Shave, R.,
Howatson, S. Influence of tart cherry juice on indices of recovery following marathon
running. Scand J Med Sci Sports 20:6(2010):843-52.
Inzlicht, M., Marcora, S. The central governor model of exercise regulation teaches us
precious little about the nature of mental fatigue and self-control failure. Front Psychol
7:656(2016):1-6.
Kenttä, G., Hassmén, P. Overtraning and recovery: a conceptual model. Sports Med
26:1(1998):1-16.
Kovacs, M., Baker, L. Recovery interventions and strategies for improved tennis
performance. Br J Sports Med 48:S1(2014):18-21.
Kuehl, K., Perrier, E., Elliot, D., Chesnutt, J. Efficacy of tart during running a randomized
controlled trial. JISSN 7:17(2010):1-6.
Lambert, M., Borresen, J. A theoretical basis of monitoring fatigue: practical approach for
coaches. Int J Sports Sci Coaching 1:4(2006):371-88.
Lattier, G., Millet, G., Martin, A. and Martin, V. Fatigue and recovery after high-intensity
exercise part II: recovery interventions. Int J Sports Med 25:6(2004) 450-6.
Leeder, J., Gissane, C., van Someren, K., Gregson, W., Howatson, G. Cold water
immersion and recovery from strenuous exercise: a meta-analysis. Br J Sports Med
46:4(2012):2-8.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 32
Lima, L., Teixeira, I., Nakamura, P., Hayakawa, M., Assumpção, C., Menezes, R.
Neuromuscular profile of handball players during a short-term condensed competition in
Brazil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 17:4(2015):389-99.
Lima, L., Assumpção, C., Prestes, J., Denadai, B. Consumption of cherries as a strategy
to attenuate exercise-induced muscle damage and inflammation in humans. Nutr Hosp
32:5 (2015):1885-93.
Marins, J., Giannichi, R. Avaliação e prescrição de atividade física. 2ª ed. (Rio de Janeiro:
Shape, 1998), p. 161.
Marques Junior, N. Mecanismos fisiológicos da fadiga. Rev Bras Prescr Fisio Exerc
9:56(2015):671-720.
Marques Junior, N., Arruda, D., Nievola Neto, G. Validade e confiabilidade da escala de
faces da percepção subjetiva da dor muscular do esforço físico do voleibol: um estudo
durante a competição. Rev Observatorio Dep 2:1(2016):26-62.
Matos, F., Neves, E., Norte, M., Rosa, C., Reis, V., Alves, J. The use of thermal imaging to
monitoring skin temperature during cryotherapy: a systematic review. Infrared Phys
Technol 73:-(2015):194-203.
McArdle, W., Katch, F., Katch, V. Fisiologia do exercício: nutrição, energia e desempenho
humano. 7ª ed. (Rio de Janeiro: Guanabara, 2011), p. 16-8.
McGorm, H., Roberts, L., Coombes, J., Peake, J. Cold water immersion: practices, trends
and avenues of effect. ASPETAR: Sports Med J 4:1(2015):106-11.
McLellan, T., Lieberman, H. Do energy drinks contain active components other than
caffeine? Nutr Rev 70:12(2012):730-44.
Mejia, E., Puangpraphant, S., Eckhoff, R. Tea and inflammation. Tea in health and disease
prevention. (-: Elsevier, 2013), p. 563-79.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 33
Mohr, M., Draganidis, D., Chatzinikolaou, A., Álvarez, J., Castagna, C., Douroudos, I.,
Avloniti, A., Margeli, A., Papassotiriou, I., Flouris, A., Jamurtas, A., Krustrup, P., Fatouros,
I. Muscle damage, inflammatory, immune and performance responses to three football
games in 1 week in competitive male players Eur J Appl Physiol 116:1(2016):179-93.
Neves, E., Alves, J., Antunes, N., Felisberto, I., Rosa, C., Reis, V. Different responses of
the skin temperature to physical exercise: systematic review. 37th Annual International
Conference of the IEEE Engineering in Medicine and Biology Society. (2015):1307-10.
Nicol, C., Avela, J., Komi, P. The stretch-shortening cycle: a model to study naturally
occurring neuromuscular fatigue. Sports Med 36:11(2006):977-99.
Noakes, T. Challenging beliefs: ex Africa semper aliquid novi: 1996 J. B. Wolffe memorial
lecture. Med Sci Sports Exerc 29:5(1997):571-90.
Noakes, T. Physiological models to understand exercise fatigue and the adaptations that
predict or enhance athletic performance. Scand J Med Sci Sports 10:3(2000):123-45.
Noakes, T. The VO2max and the central governor: a different understanding. In. Marino, F.
(ed). Regulation of fatigue in exercise. (Hauppauge: Nova Science Publishers, 2011), p.
79-100.
Noakes, T. Time to move beyond a brainless exercise physiology: the evidence for
complex regulation of human exercise performance. Appl Physiol Nutr Metab
36:1(2011):23-35.
Noakes, T., St Clair Gibson, A. Logical limitations to the “catastrophe” models of fatigue
during exercise in humans. Br J Sports Med 38:5(2004):648-9.
Nosaka, N., Sakamoto, K., Newton, M., Sacco, P. Influence of pre-exercise muscle
temperature on responses to eccentric exercise. J Athlet Train 39:2(2004):132-7.
Nosaka, K., Aldayel, A., Jubeau, M., Chen, C. Muscle damage induced by electrical
stimulation. Eur J Appl Physiol 111:10(2011):2427-37.
Neves, E., Matos, F., Cunha, R., Reis, V. Thermography to monitoring of sports training:
an overview. Pan Am J Med Thernol 2:1(2015):18-22.
Ojala, T., Häkkinen, K. Effects of the tennis tournaments on players physical performance,
hormonal responses, muscle damage and recovery. J Sports Sci Med 12:2(2013):240-8.
Oliveira, E. Efeito do consumo agudo de erva mate sobre o rendimento físico em esteira
ergométrica e indicadores metabólicos da exaustão em profissionais de futebol. (Tese de
Doutorado, UNESP, 2014), p. 9-53.
Oliveira, M., Caputo, F., Greco, C., Denadai, B. Aspectos relacionados com a otimização
do treinamento aeróbio para o alto rendimento. Rev Bras Med Esp 16:1(2010):61-6.
Ormsee, M., Ward, E., Bach, C., Arciero, P., McKune, A., Panton, L. The impact of a pre-
loaded multi-ingredient performance supplement on muscle soreness and performance
following downhill running. J Int Soc Sports Nutr 12:2(2015):1-9.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 34
Panza, V., Diefenthaeler, F., Tamborindeguy, A., Camargo, C., Moura, B., Brunetta, H.,
Sakugawa, R., Oliveira, M., Puel, E., Nunes, E., Silva, E. Effects of mate tea consumption
on muscle strength and oxidative stress markers after eccentric exercise. Br J Nutr
115:28(2016):1370-8.
Pastre, C., Bastos, F., Netto Júnior, J., Vanderlei, L., Hoshi, R. Métodos de recuperação
pós-exercício: uma revisão sistemática. Rev Bras Med Esp 15:2(2009):138-44.
Pearcey, G., Squires, D., Kawamoto, J., Drinkwater, E., Behm, D., Button, D. Foam rolling
for delayed-onset muscle soreness and recovery of dynamic performance measures. J
Athlet Train 50:1(2015):5-13.
Peñailillo, L., Blazevich, A., Nosaka, K. Muscle fascicle behavior during eccentric cycling
and its relation to muscle soreness. Med Sci Sports Exerc 47:4(2015):708-17.
Rey, E., Peñas, C., Ballesteros, J., Casáis, L. The effect of recovery strategies on
contractile properties using tensiomyography and perceived muscle soreness in
professional soccer players. J Strength Cond Res 26:11(2012):3081-8.
Sethi, V. Literature review of management of delayed onset muscle soreness (DOMS). Int
J Biol Med Res 3:1(2012):1469-75.
Silva, L., Oliveira, M., Caputo, F. Método de recuperação pós-exercício. Rev Educ
Fís/UEM 24:3(2013):489-508.
Singulani, M., Santos, L., Chaves Neto, A., Mello, W., Morais, S., Dornelles, R.,
Nakamune, A. Chá mate melhora resistência à natação e reduz o dano oxidativo induzido
pelo exercício em ratos submetidos à única sessão de natação. Arch Health Invest
3:1(2014):68-76.
St Clair Gibson, A., Baden, D., Lambert, M., Lambert, E., Harley, Y., Hampson, D.,
Russell, V., Noakes, T. The conscious perception of the sensation of fatigue. Sports Med
33:3(2003):167-76.
Suzuki, K., Takahashi, M., Li, C-Y., Lin, S-P., Tomari, M., Shing, C., Fang, S-H. The acute
effects of green tea and carbohydrate coingestion on systemic inflammation and oxidative
stress during sprint cycling. Appl Physiol Nutr Metab 40:10(2015):997-1003.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 35
Tanaka, H., Monahan, K., Seals, D. Age-predicted maximal heart rate revisited. J Am
College Cardiol 37:1(2001):153-6.
Taylor, K-L., Chapman, D., Cronin, J., Newton, M., Gill, N. Fatigue monitoring in high
performance sport: a survey of current trends. J Aust Strength Cond 20:1(2012):12-23.
Taylor, T., West, D., Howatson, G., Jones, C., Bracken, R., Love, T., Cook, C., Swift, E.,
Baker, J., Kilduff, L. The impact of very after intensive, muscle damaging, and maximal
speed training in professional team sports players. J Sci Med Sport 18:3(2015):328-32.
Tessitore, A., Meeusen, R., Pagano, R., Benvenuti, C., Tiberi, M. and Capranica, L.
Effectiveness of active verus passive recovery strategies after futsal game. J Strength
Cond Res 22:5(2008):1402-12.
Tubino, M. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11ª ed. (São Paulo: Ibrasa,
1993), p. 39-42.
Tubino, M., Moreira, S. Metodologia científica do treinamento desportivo. 11ª ed. (São
Paulo: Ibrasa, 2003), p. 37-9, 296-308.
Valenzuela, P., Villa, P., Ferragut, C. Effect of two types of active recovery on fatigue and
climbing performance. J Sports Sci Med 14:4(2015):769-75.
Vequar, Z. Causes and management of delayed onset muscle soreness: a review. Elixir
Hum Physio 55:-(2013):13205-11.
Villar, C. La preparación física del fútbol basada en el atletismo. 3ª ed. (Madrid: Gymnos,
1987), p. 260-74.
Wilcock, I., Cronin, J., Hing, W. Physiological response to water immersion: a method for
sport recovery? Sports Med 36:9(2006):747-65.
Xanthos, P., Lythgo, N., Gordon, B., Benson, A. The effect of whole-body vibration as a
recovery technique on running kinematics and jumping performance following eccentric
exercise to induce delayed-onset muscle soreness. Sports Technol 6:3(2013):112-21.
Yanagisawa, O., Sakuma, J., Kawakami, Y., Suzuki, K., Fukubayashi, T. Effect of
exercise-induced muscle damage on muscle hardness evaluated by ultrasound real-time
tissue elastography. Springer Plus 4:308(2015):1-9.
Yunusa, I., Ahmad, I. Energy – drinks: composition and health benefits. B J Pure Appl Sci
4:2(2011):186-91.
Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a redução desse inconveniente neuromuscular pág. 36
Zondi, P., van Rensburg, D., Grant, C., van Rensburg, A. Delayed onset muscle soreness:
no pain, no gain? The truth behind this adage. S Afr Fam Pract 57:3(2015):29-33.
Marques Junior, Nelson Kautzner. Dor muscular tardia: procedimentos para acelerar a
redução desse inconveniente neuromuscular. 100-Cs. Vol. 2. Num. 4. Octubre-
Diciembre (2016), ISSN 0719-5737, pp. 07-36.