Trabalho Sistêmica
Trabalho Sistêmica
Trabalho Sistêmica
Os terapeutas usavam a perspectiva sistêmica (tal como foi formulada por Ludwing von
Bertalanfly). Mas devido as suas limitações (pois tratava essencialmente de sistemas abertos em
equilíbrio) passaram a se orientar pelos estudos de Prigogine (Prêmio Nobel de Química) onde
podiam ser contemplados o funcionamento de sistemas abertos fora de equilíbrio.
Além disso, os trabalhos de Heinz von Foerster (cibernética de 2ª ordem) e de Humberto
Maturana (percepção (?)) influenciava nesse processo de modo que o terapeuta passou a se ver
dentro sistema terapêutico – e não como um “observador neutro”.
Em uma visita a Nova Iorque, conheceu Félix Guattari, que o ajudou a elucidar certas
questões da teoria Geral de sistemas. → apendeu que seu enfoque sistêmico (e suas leis) corriam o
risco de cometer o mesmo erro do estruturalismo e da Teoria Geral de Sistemas. A teoria geral dos
sistemas (ou enfoque sistêmico) tinha o erro de aplicar as mesmas leis a sistemas muito diversos
como os fisioquímicos, os biológicos e os humanos. O estruturalismo, que era extremamente
popular na França, tentava aplicar estruturas comuns a meios muito distintos, como o inconsciente e
a lingüística.
Além disso a Teoria Geral dos Sistemas se ocupava mais de sistemas fechados e estáveis,
enquanto o que interessava o autor era a mudança, o processo a instabilidade de um sistema mais
aberto. Com essa forma de ver o sistema estático o tempo tinha pouca importância para a Teoria
Geral de Sistemas. Havia mais importância sobre as Regras ou leis que regem um sistema, do que
atenção à singularidade do sistema. Como o autor sempre esteva mais ligado aos elementos que
eram únicos para cada indivíduo ou sistema, ele cunhou o termo singularidade em terapia familiar,
que são os elementos que não podem ser reduzidos ao nossos moldes explicativos e permanecem
inexplicáveis.
Para a Teoria Geral dos Sistemas, é a interação que constitui um sistema. Cada parte está tão
relacionada com as demais, que a mudança em uma parte, acarreta em mudança em todas as outras.
Com base nisso, a Teoria Geral de Sistemas ajudou a compreender que um sintoma ia além do nível
individual, e cumpria uma função no sistema familiar. Dessa forma, o autor percebeu que a Teoria
Geral dos sistemas era útil, porém limitada.
Em 1970 Mony Elkain foi para a Bélgica, e conheceu Ilia Prigogine (um químico), através
do marido de uma amiga. O trabalho de Prigogine influenciou e foi crucial. Prigogine trabalhava
com sistemas afastados do equilíbrio, nos quais havia mudança e nos quais as regras intrínsecas
desempenhavam um papel maior que o papel das leis gerais. Dessa forma o autor consegue manter
sua visão sistêmica acrescentando a noção de tempo. Antes disso, a noção de tempo ainda não era
considerada de maneira determinista.
Ainda como limitação do enfoque sistêmico Elkain pode identificar a idéia do paradoxo, que
era enquadrada na teoria dos “tipos lógicos” de Whitehead e Russel, onde buscava-se “enquadrar
determinados tipos de sistemas”, simplificando-os, a ponto de torná-los a um sofisma (conduções
lógicas que levam a uma verdade insustentável).
Além disso o autor fala que por um golpe de sorte, conheceu Heinz von Foerster e Humberto
Maturana, que estavam desenvolvendo os princípios da cibernética de 2ª ordem – Maturana
afirmava que o que vemos não existe como tal fora de nós. Eles introduziram neste momento a idéia
de que o observador – terapeuta – não é “neutro” no sistema, mas faz parte dele, e não é possível
operar como se ele não fizesse parte.
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