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ANTRAQUINONAS

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ANTRAQUINONAS

As antraquinonas são quimicamente definidas como substâncias fenólicas derivadas da


dicetona do antraceno:

Os derivados antraquinônicos são frequentemente compostos alaranjados, algumas


vezes observados in situ, como nos raios parenquimáticos do ruibarbo e cáscara-sagrada. São
geralmente solúveis em água quente ou álcool diluído. Podem estar presentes nos fármacos na
forma livre ou na forma de glicosídeo, isto é, na qual uma molécula de açúcar está ligada nas
formas de O- e C-glicosídeo, em várias posições. O teste de Bornträger é frequentemente
usado para detecção de antraquinonas livres, onde coloração rósea, vermelha ou violeta é
desenvolvida em meio básico. A microssublimação também é empregada para sua
caracterização, uma vez que as antraquinonas passam diretamente do estado sólido para o
gasoso, cristalizando-se sob a forma de agulhas amarelas.

São empregados terapeuticamente como laxativos e catárticos, por agirem irritando o


intestino grosso, aumentando a motilidade intestinal e, consequentemente, diminuindo a
reabsorção de água.

IDENTIFICAÇÃO DAS ANTRAQUINONAS

1. Reação geral para identificação dos derivados antraquinônicos (Reação de Bornträger)

Empregada para detectar agliconas antraquinônicas, sendo negativa para os


heterosídeos, devido a estes últimos não serem solúveis nos solventes apolares, que são o
meio de reação. Pode-se eventualmente detectar as agliconas dos O- e C-heterosídeos, desde
que estes sejam submetidos a uma hidrólise prévia (hidrólise ácida – H2SO4 a 20%; hidrólise
oxidativa – H2O2 ou FeCl3).

Esta reação baseia-se na solubilidade dos derivados 1,8-dihidroxiantraquinônicos livres


nos solventes orgânicos imiscíveis com a água (solventes apolares) e na solubilidade dos
respectivos fenolatos alcalinos na água. Estes derivados quando em solução nos hidróxidos
alcalinos, coram-se de vermelho ou rosa (depende da concentração dos compostos
antraquinônicos na amostra analisada).

Ocorre a ionização das hidroxilas fenólicas para fenolatos hidrossolúveis.


DROGAS RICAS EM DERIVADOS QUINÔNICOS em especial ANTRAQUINONAS

Definição: diversas espécies vegetais são ricas em derivados obtidos da oxidação


de compostos aromáticos, principalmente de origem fenólica, a oxidação desse tipo d e
grupo leva a quinonas, que tem como característica principal a presença de dois
grupos carbinólicos conjugados entre si através de uma dupla conjugada (orto-
quinona ou 1,4-dicetona), é possível encontrar composto quinônicos do tipo para-
quinona (1,2-dicetonas). Como são constituintes derivados aromáticos, associa-se o nome
das quinonas ao número de anéis aromáticos fundidos, sendo classificadas de
benzo, nafto e antraquinonas, como pode ser visto na figura abaixo. Orto-benzoquinona,
1,2-benzoquinona Para-benzoquinona, 1,4-benzoquinona 1,2-naftoquinona 1,4-naftoquinona
9,10-antraquinona. Os derivados quinônicos são conhecidos p elo homem desde a
antiguidade, devido ao caráter aromático, possuem cor, sendo uma das primeiras
descrição como corantes naturais, a exemplo, a Rubia tinctorumi. Mas outras atividades
biológicas se destaca m nas quinonas naturais, muitas delas relacionadas ao potencial
de oxi-redução comum nesta classe de constituinte, interferindo na transferência de
elétrons de processos importantes em organelas celulares.

AS ANTRAQUINONAS: Algumas quinonas já são de uso medicinal ou já


estiveram em experimentação, por exemplo, o lapachol, uma naftoquinona
prenilada, que apresenta atividade antitumoral, mas devido a sua baixa atividade e
presença de efeitos colaterais foi desaconselhado seu uso. Uma classe bastante comum o
seu uso são os derivados antraquinônicos, bastante comuns na terapêutica como
drogas laxantes, usado em constipação intestinal e como adjuvante para o
emagrecimento. Constipação intestinal ou seja, diminuição da eliminação fecal é uma
das maiores queixas em consultórios médicos, nos EUA, em uma pesquisa
desenvolvida neste país, 66% dos americanos acreditam que um bom
funcionamento intestinal é sinal de boa saúde.

Os laxantes deveriam ser de importância secundária com relação a uma dieta


rica em fibras e consumo adequado de água, seguida de atividade física regular.

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DAS ANTRAQUINONAS:

Origem biossintética: As antraquinonas tem origem a partir da condensação


de unidades de acetato, dando origem a unidades policetídeos (cadeias poli- β-
cetídeos), as mesmas sofrem ciclização e aromatização. A formação da unidade
policetídeo, conduz a ciclização, aromatização e por sucessivas reações enzimáticas
de redução e oxidação leva a formação dos derivados antranquinônicos.
A formação da unidade
police tídeo, conduz a ci
clização, aromatização e
p or sucessivas
reações enzimáticas de
redução e oxidação leva
a formação dos d
erivados
antranquinônicos
A formação da unidade
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redução e oxidação leva
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A formação da unidade
police tídeo, conduz a ci
clização, aromatização e
p or sucessivas
reações enzimáticas de
redução e oxidação leva
a formação dos d
erivados
antranquinônicos
A formação da unidade
police tídeo, conduz a ci
clização, aromatização e
p or sucessivas
reações enzimáticas de
redução e oxidação leva
a formação dos d
erivados
antranquinônicos
A formação da unidade policetídeo, conduz a ciclização, aromatização e por
sucessivas reações enzimáticas de redução e oxidação leva a formação dos
derivados antranquinônicos.

Características do anel aromático:

na planta, ocorrendo na
forma livre, mas a
predominância é na
forma glicosilada (C-
glicosilada e O-
glicosilada). Por auto-
oxidação ou pela ação
de enzimas as antronas
e
antranóis dao origem as
antraquinonas, que são
formas mais oxidadas e
mais estáveis.
Pode ocorrer ainda, o
acoplamento oxidativo
dessas espécies levando a
dímeros.
As variações que ocorrem
geralmente sã o bem
definidas do ponto de vista
biossintético, o
grupo de antraquinonas
possuem hidroxilas em C
-1 e C-8, bem como o
grupo cetônico
em C-9 e C-10.
Grupamentos metila,
metoxila e carboxila em C-
3 pode ocorrer. A forma O
-glicosídeo ocorre,
geralmente, nas hidroxilas
presentes em C-1, ou
C-8 ou C-6. Os
derivados C-glicosídeo, com
ligação C-C, em C-10.
As antronas e antranóis são formados inicialmente na planta, ocorrendo na
forma livre, mas a predominância é na forma glicosilada (C-glicosilada e O-
glicosilada). Por auto-oxidação ou pela ação de enzimas as antronas e antranóis
dao origem as antraquinonas, que são formas mais oxidadas e mais estáveis. Pode
ocorrer ainda, o acoplamento oxidativo dessas espécies levando a dímeros. As variações que
ocorrem geralmente sã o bem definidas do ponto de vista biossintético, o grupo de
antraquinonas possuem hidroxilas em C -1 e C-8, bem como o grupo cetônico em
C-9 e C-10. Grupamentos metila, metoxila e carboxila em C-3 pode ocorrer. A forma O -
glicosídeo ocorre, geralmente, nas hidroxilas presentes em C-1, ou C-8 ou C-6.
Os derivados C-glicosídeo, com ligação C-C, em C-10.

Do ponto de vista farmacológico, referente a atividade laxante, esta


atividade está relacionada a o estágio de oxidação do derivado encontrado. Ou
seja, os derivados reduzidos possuem atividade mais acentuada que os oxidados,
por isso que se encontra nas monografias de plantas usadas na terapêutica a
seguinte descrição “ A planta deve ser usada somente após um ano de sua colheita”.

Propriedades físico-químicas: Geralmente são substâncias cristalinas de cor


amarelada a vermelha, ocasionalmente, podem apresentar cor azul. As antronas são
amarelas, enquanto que as antraquinonas laranja ou vermelhas e as naftodiantronas
violeta a vermelhas. As formas mais estáveis, como citado anteriormente, são as oxidadas.
Em meio alcalino, as quinonas hidroxiladas (fenólicas) transformam em seus
derivados fenolatos correspondentes, o s quais sofrem um mudança de cor
(geralmente, do laranja para o vermelho), devido ao deslocamento batocrômico
observado. Esta reação é bastante comum e muito utilizada para identificação nas
monografias de drogas vegetais ricas em antraquinonas, denominada reação de
Bornträger. Solventes orgânicos usuais são eficientes para a extração de antraquinonas.

Identificação de antraquinonas: As antraquinonas são facilmente identificadas


por reações químicas em meio básico (Reação de Bornträger), tanto em reações em tubos
ou por cromatografia em camada delgada, borrifando esse reagente diretamente a
placa . A quantificação das antraquinonas pode ser feita por espectrometria no visível, uma
vez que apresentam cor. Métodos mais sofisticados por cromatografia líquida de
alto empenho (CLAE) é também citado, mas com a limitação do custo. Exemplo em CCD de
placa de Hypericum perforatum, droga vegetal rica em diidroantrona, HIPERICINA, não
laxativa, revelação somente em ultra-violeta, demonstra a presença de cor intensa
devido a este constituinte.

Atividade farmacológica: Como citado anteriormente, as antraquinonas são as


quinonas de uso farmacológico mais comumente difundidas. São reconhecidas pelo
seu e feito laxante. Várias plantas medicinais produzem o efeito laxante e contem
uma mistura de derivados glicosilados (em sua maioria) de antraquinonas,
antranóis, antronas e diantronas. Estas drogas são classificadas como laxantes
estimulantes, porque favorecem o peristaltismo, não fisiológico , produzindo irritação,
via receptores da mucosa e submucosa, que eleva o aumento propulsora do cólon
e redução do tempo de trânsito intestinal. Abertura dos canais de cloro,
estimulando a secreção do íon cloreto, causando a diminuição de absorção de
liquido e eletrólitos. Bloqueio da bomba de sódio (sódio-potássio-ATPase) no epitélio
intestinal. Inibe a absorção de sódio e água (ação anti-absorção). O mecanismo de ação
justifica alguns efeitos colaterais já relatados pelo uso continuo (mais de um ano) de
drogas ricas em antraquinonas:–cólicas e dores abdominais p odem ocorrer (pe
ristaltismo e irritação da mucosa intestinal)–cãibras (perda excessiva de potássio)–
redução natural do esvaziamento intestinal (“intestino preguiçoso”)–melanose do cólon
(coloração avermelhada intestinal em função d o efeito irritante, conhecido também
como síndrome do cólon irritado).–Interação com digitálicos–nefrites com uso prolongado,
mudança na coloração da urina, n ão deve ser utilizados por mulheres que
amamentam.–Interação com medicamentos co m redução do tempo de meia-vida
de alguns medicamentos, efeito seri amente demonstrado pa ra o Hypericum p
erforatum, hiperico, rico em hipericina, diantrona não la xante. A interaçao já foi
detectada em pacientes com órgaos transplantados, pacientes usuarios de anti retro-viraisv.

DROGAS RICAS EM ANTRAQUINONAS:

cáscara-sagrada, Rhamnus purshianus D. C., Rhamnaceae. Casca. Possui não menos


que 8% de hidroxi-antraquinonas com, no mínimo, 60% de cascarosídeo.
Cascarosídeo A e B, Cascarosídeo C e D ., aloina, desoxi-aloina, entre outras. Folha-
de-sene, Cassia senna L., Cesalpinea , folhas.2%-3,5% de glicosídeos de diantronas (não
menos que 2,5%), calculado como senosídeo B: senosídeos A e B, senidina A e B.

Ruibarbo e falso-ruibarbo, Rheum palmatum L e Rheum rhaponticum


L,respectivamente.

O ruibarbo verdadeiro possui d e 1% a 6% de hidroxi-antraquinonas (não


menos que 2,5 %): 60% a 80% de mono e diglicosilados de fisciona, crisofanol,
emodina.Enquanto que o falso-ruibarbo possui baixa quantidade de antraquinonas,
sendo não indicado o uso como laxante. No falso-ruibarbo ( Rheum palmatu m), o
teor de antraquinonas é de 0,3% a 0,5% de deri vados antraqunonas n a forma
livre e glicosídeo. Há uma presença acentuada de derivados estilbenos
(raponticosídeo) que é utilizado para diferenciar o falso-ruibarbo do verdadeiro, pois
este constituinte é somente encontrado no falso-ruibarbo

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