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O objetivo deste artigo é analisar o modo como a produção dis cursiva da mídia jornalística pernambucana apresentou as de mandas políticas do Gatho, primeiro grupo organizado do mo vimento LGBT em Pernambuco, na década de 1980. Em... more
O objetivo deste artigo é analisar o modo como a produção dis
cursiva da mídia jornalística pernambucana apresentou as de
mandas políticas do Gatho, primeiro grupo organizado do mo
vimento LGBT em Pernambuco, na década de 1980. Em nossas
análises, traçamos aproximações à literatura sobre o movimen
to denominado “homossexual” durante o processo de redemo
cratização do país, destacando dinâmicas e jogos de força que
atuaram naquele período. As analíticas acerca da produção jor
nalística a que nos debruçamos estão organizadas a partir de re
pertórios discursivos em quatro eixos: (a) narrativas contra-he
gemônicas do Gatho; (b) narrativas sobre primeiros encontros
organizados pelo movimento homossexual; (c) críticas do Gatho
à mídia sensacionalista; (d) articulação do Gatho com a comuni
dade/produção acadêmica. Os resultados construídos colaboram
para dar visibilidade a experiências raramente referidas à his
tória do movimento LGBT no Brasil, que, em geral, prioriza as
narrativas do Sul e Sudeste do país.
O objetivo deste artigo é problematizar a construção histórica das políticas públicas no país, considerando sua historicidade recente e duas populações específi cas: a população de rua e a LGBT+. Compreendemos que a historicidade e a... more
O objetivo deste artigo é problematizar a construção histórica das políticas
públicas no país, considerando sua historicidade recente e duas populações específi cas:
a população de rua e a LGBT+. Compreendemos que a historicidade e a questão populacional que destacamos nos fornecem questões analíticas para pensar a governabilidade
e as relações históricas estabelecidas entre o Estado brasileiro e as vidas sob seu governo.
Estaremos situados no campo de problematização que reúne a construção teórica e a luta
político-social da militância na academia e nos movimentos sociais, a partir do controle
social e da produção científi ca. Destacamos como os atuais desmontes colocam em risco
as populações que mencionamos, ao mesmo tempo em que também remetem para questões estruturais das relações históricas entre Estado e as vidas no país, considerando as
diferentes populações atendidas pelas políticas públicas brasileiras.
Resumo Neste artigo buscamos problematizar a função das narrativas e da ideia de vulnerabilidade nos modos de construir conhecimento em psicologia social. A construção de conhecimento tem sido deslocada da noção de experiência,... more
Resumo Neste artigo buscamos problematizar a função das narrativas e da ideia de vulnerabilidade nos modos de construir conhecimento em psicologia social. A construção de conhecimento tem sido deslocada da noção de experiência, associando-se à contagem numérica e a uma pretensa habilidade do pesquisador em objetificar seu campo de estudo. Propomos fazer da experiência em acompanhar equipes de saúde nos campos de pesquisa um elemento para a análise da construção de outra objetividade na pesquisa, principalmente quando estas práticas se direcionam à efetivação de políticas públicas. Ao acompanhar equipes que atendem territórios vulneráveis, destacamos aspectos e condições para se pensar os processos urbanos e seu governo. Para isto, primeiro formulamos narrativas do contexto socioambiental desses territórios, em seguida apresentamos contribuições de Walter Benjamin para se pensar o uso dos fragmentos na pesquisa, e então discutimos alguns posicionamentos referentes à força analítica d...
Resumo Na perspectiva da Psicologia Social em diálogo com as teorizações de Michel Foucault e Giorgio Agamben, o objetivo deste artigo é problematizar de que maneira as drogas são constituídas como explicação para assassinatos de... more
Resumo Na perspectiva da Psicologia Social em diálogo com as teorizações de Michel Foucault e Giorgio Agamben, o objetivo deste artigo é problematizar de que maneira as drogas são constituídas como explicação para assassinatos de moradores de rua, construindo práticas e discursos relacionados ao governo da vida e da morte nas cidades. O material que apresentamos consiste em textos midiáticos e documentos públicos elaborados entre julho de 2010 e novembro de 2012 abordando tais assassinatos. Analisamos como o dispositivo das drogas formula uma ambiguidade e uma complexidade importantes para o governo dos moradores de rua a partir da construção de oposições: criminoso ou em situação de vulnerabilidade social. Procuramos contribuir criticamente com políticas públicas que visem os diversos modos de existir na cidade, pensar os espaços urbanos, os modos de governo e os processos de subjetivação, considerando a análise da ambiguidade e da complexidade produzidas em torno do dispositivo da...
Problematizamos os processos urbanos, a partir dos modos como produzem apagamento e esquecimento de vidas, corpos e experiências nas cidades brasileiras, considerando a emergência de políticas narrativas urbanas. Para isto, buscamos a... more
Problematizamos os processos urbanos, a partir dos modos como produzem apagamento e esquecimento de vidas, corpos e experiências nas cidades brasileiras, considerando a emergência de políticas narrativas urbanas. Para isto, buscamos a partir dos autores Walter Benjamin e Michel Foucault, pensar algumas narrativas da cidade como formas de resistência e de emergência de uma luta que ocorre pela via da construção de mapas de sensibilidade e de memória que tensionam o silêncio e esquecimento associado às violências e violações de direitos em alguns territórios das cidades. Recorremos a relatos, notícias de jornais e textos em mídias sociais como material analítico para pensar e analisar algumas questões, remontando a força das narrativas como ferramenta para a composição de uma resistência urbana que atrela à memória lugar de luta social. Dispomos por discorrer sobre uma máquina de esquecimento que ocorre pela via da construção de uma vulnerabilidade que desponta para a formulação de na...
Problematizamos os processos urbanos, a partir dos modos como produzem apagamento e esquecimento de vidas, corpos e experiências nas cidades brasileiras, considerando a emergência de políticas narrativas urbanas. Para isto, buscamos a... more
Problematizamos os processos urbanos, a partir dos modos como produzem apagamento e esquecimento de vidas, corpos e experiências nas cidades brasileiras, considerando a emergência de políticas narrativas urbanas. Para isto, buscamos a partir dos autores Walter Benjamin e Michel Foucault, pensar algumas narrativas da cidade como formas de resistência e de emergência de uma luta que ocorre pela via da construção de mapas de sensibilidade e de memória que tensionam o silêncio e esquecimento associado às violências e violações de direitos em alguns territórios das cidades. Recorremos a relatos, notícias de jornais e textos em mídias sociais como material analítico para pensar e analisar algumas questões, remontando a força das narrativas como ferramenta para a composição de uma resistência urbana que atrela à memória lugar de luta social. Dispomos por discorrer sobre uma máquina de esquecimento que ocorre pela via da construção de uma vulnerabilidade que desponta para a formulação de narrativas e registros urbanos de uma cidade mortífera para algumas vidas.
Resumo: Neste artigo buscamos problematizar a função das narrativas e da ideia de vulnerabilidade nos modos de construir conhecimento em psicologia social. A construção de conhecimento tem sido deslocada da noção de experiência,... more
Resumo: Neste artigo buscamos problematizar a função das narrativas e da ideia de vulnerabilidade nos modos de construir conhecimento em psicologia social. A construção de conhecimento tem sido deslocada da noção de experiência, associando-se à contagem numérica e a uma pretensa habilidade do pesquisador em objetificar seu campo de estudo. Propomos fazer da experiência em acompanhar equipes de saúde nos campos de pesquisa um elemento para a análise da construção de outra objetividade na pesquisa, principalmente quando estas práticas se direcionam à efetivação de políticas públicas. Ao acompanhar equipes que atendem territórios vulneráveis, destacamos aspectos e condições para se pensar os processos urbanos e seu governo. Para isto, primeiro formulamos narrativas do contexto socioambiental desses territórios, em seguida apresentamos contribuições de Walter Benjamin para se pensar o uso dos fragmentos na pesquisa, e então discutimos alguns posicionamentos referentes à força analítica das citações nas pesquisas. Concluímos assinalando os territórios vulneráveis como lugar de produção de saber e de resistência na cidade. Os resultados apontam para a compreensão dos elementos marginalizados como garantidores da cognoscibilidade dos aspectos urbanos das cidades brasileiras, atravessados pelo afeto e pelo caráter dialógico das relações entre diferentes componentes sociais. Abstract: In this article we analyze the function and space constructed by narratives and the vulnerability in the ways of building knowledge in social psychology. Production of knowledge has become increasingly displaced from the notion of experience, being recently associated with numerical counting and a presumed ability of the researcher to objectify their field of study. We propose to make the experience of accompanying health teams in the fields of research an element of analysis and construction of a different objectivity in research, especially when these practices are directed to the production and criticism of public policies. In this way, we follow health teams that serve territories in situations of social vulnerability in the Brazilian Northeast region, stressing aspects and conditions to investigate the urban processes and governance of these populations. For such, we first present narratives about the socioenvironmental context of these territories, then some contributions of Walter Benjamin concerning the use of fragments in this paper, only then formulating stances regarding the analytical force of citations in studies. We conclude by indicating vulnerable territories as spaces of production of knowledge and resistance in urban regions. The results point out marginalized elements as ensuring the ability to know urban aspects of Brazilian cities, crossed by the affection and dialogical nature of the relations between different social actors.
Na perspectiva da Psicologia Social em diálogo com as teorizações de Michel Foucault e Giorgio Agamben, o objetivo deste artigo é problematizar de que maneira as drogas são constituídas como explicação para assassinatos de moradores de... more
Na perspectiva da Psicologia Social em diálogo com as teorizações de Michel Foucault e Giorgio Agamben, o objetivo deste artigo é problematizar de que maneira as drogas são constituídas como explicação para assassinatos de moradores de rua, construindo práticas e discursos relacionados ao governo da vida e da morte nas cidades. O material que apresentamos consiste em textos midiáticos e documentos públicos elaborados entre julho de 2010 e novembro de 2012 abordando tais assassinatos. Analisamos como o dispositivo das drogas formula uma ambiguidade e uma complexidade importantes para o governo dos moradores de rua a partir da construção de oposições: criminoso ou em situação de vulnerabilidade social. Procuramos contribuir criticamente com políticas públicas que visem os diversos modos de existir na cidade, pensar os espaços urbanos, os modos de governo e os processos de subjetivação, considerando a análise da ambiguidade e da complexidade produzidas em torno do dispositivo das drogas.
Palavras-chave: dispositivo; drogas; sem-teto; políticas públicas; homicídio.
Research Interests:
Nesse artigo problematizamos os discursos que operam na objetivação e subjetivação de moradores de rua como criminosos, a partir da análise de textos de jornais e outros documentos públicos produzidos por ocasião dos 108 assassinatos de... more
Nesse artigo problematizamos os discursos que operam na objetivação e subjetivação de moradores de rua como criminosos, a partir da análise de textos de jornais e outros documentos públicos produzidos por ocasião dos 108 assassinatos de moradores de rua de uma capital do nordeste brasileiro entre 2010 e fevereiro de 2014. Abordamos a noção de identidade biográfica, relacionada à produção de uma subjetividade criminosa dos moradores de rua, com base nas teorizações de Michel Foucault. Em seguida, tomamos as contribuições de Giorgio Agamben sobre a vida nua, demarcando a relação de abandono da vida nua com a política nas sociedades modernas. Por fim, abordamos os efeitos de verdade que estes discursos produzem nas práticas sociais cotidianas.
Research Interests:
Os debates sobre as dificuldades na formação para o trabalho do Psicólogo no Sistema Único de Saúde remetem ao modelo de formação adotado pelos Cursos de Graduação, que não teriam abandonado concepções individualistas, principalmente as... more
Os debates sobre as dificuldades na formação para o trabalho do Psicólogo no Sistema Único de Saúde remetem ao
modelo de formação adotado pelos Cursos de Graduação, que não teriam abandonado concepções individualistas,
principalmente as que concernem ao sujeito e à saúde. Diante disso, o objetivo deste artigo é problematizar a
formação nos Cursos de Graduação de Psicologia no Estado de Alagoas, a partir da temática da clínica psicológica
e sua interface com o Sistema Único de Saúde. Realizamos uma análise curricular dos quatro cursos de Psicologia
do Estado de Alagoas no período 2010 e 2011, identificando e problematizando ementas, conteúdos programáticos
e bibliografias dos programas das disciplinas e sua relação com os princípios e diretrizes da política pública de
saúde. Os resultados apontam para uma concentração das discussões sobre clínica e saúde em dois eixos principais
que indicam uma formação que remete à clínica psicológica e às interfaces socioculturais, considerando o contexto
alagoano.
Research Interests:
Censo da Psicologia Brasileira realizado pelo Conselho Federal de Psicologia
Cap. Receitas Manchadas de Resistência
Censo da Psicologia Brasileira realizado pelo Conselho Federal de Psicologia